Encarte 6º Festival Shimmie . 2016

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GISELE TARGA www.shimmie.com.br

CONHEÇA A CAMPEÃ DO SOLO PROFISSIONAL

ANO 7 . Nº 37 R$ 14,90

FESTIVAL NACIONAL . EDIÇÃO SÃO PAULO

2016 COBERTURA COMPLETA DE TUDO O QUE ACONTECEU

CONCURSOS ENTREVISTAS COM OS VENCEDORES

SHOW DE GALA GRANDES NOMES DA MÚSICA

ENTREVISTA MERCEDES NIETO

MOSTRAS TALENTO EM CENA




Quando me conferiram a missão de entrevistar a bailarina e professora internacional Mercedes Nieto, confesso que fiquei tensa. O que perguntar para uma artista que tanto admiro? Como extrair dela, por mensagens, um pouquinho de sua vivência e sua visão da dança? Estudei um pouco sua história, e, assim como nos palcos, Mercedes foi incrível: ela nos dá, de presente, uma aula sobre a difícil e tão almejada carreira de uma bailarina de seu escalão, além de explicar com maestria as nebulosas questões entre a cultura árabe e a tremenda ascensão da dança do ventre no Leste Europeu. A minha admiração por ela só cresceu. A sua, com certeza, também crescerá.

MERCEDES NIETO Entrevista e tradução por PATY SAAD fotos ARQUIVO PESSOAL

Conheça mais da mulher por trás da superstar húngara nesta entrevista exclusiva

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Shimmie: Você já fez aulas de jazz e flamenco, e dança desde os 12 anos de idade. Como entrou em contato com a dança do ventre? Mercedes: Eu sempre fui fascinada pela cultura egípcia e a mitologia antiga egípcia; durante um período, quando era adolescente, eu queria ser arqueóloga. Eu estava estudando flamenco em uma escola e o próximo curso em que queria me inscrever estava lotado – aí, eu vi um curso de dança do ventre egípcia no mesmo local. Eu nunca soube que a dança poderia ser particularmente egípcia, então me interessei muito e tentei a aula. Foi amor à primeira vista. Eu vi minha primeira professora, Tia, na aula, e senti que nunca havia visto algo tão feminino, belo e místico antes. Sua dança e a música egípcia roubaram o meu coração. Foi como eu iniciei meus estudos na dança oriental. Shimmie: Você tem duas faculdades e trabalhava como jornalista. Como e por que você decidiu se tornar uma bailarina profissional? MN: Na verdade, eu nunca decidi ser uma bailarina profissional. Eu queria ser uma jornalista e estudei para isso, mas, ao mesmo tempo, eu estava estudando e depois ensinando dança. Depois de terminar a faculdade, trabalhando como jornalista enquanto lecionava, eu ganhei um concurso de dança do ventre na Hungria, e o prêmio principal era viajar para os Estados Unidos, para outra competição. Ao mesmo tempo, recebi uma proposta da revista em que eu trabalhava para ser editora. Este foi o ponto em que tive que escolher: eu sabia que não conseguiria me preparar para a competição e para o novo trabalho ao mesmo tempo. Mas minha mente me instigou a aceitar o emprego - era algo incrível para se alcançar na minha idade, algo para que eu havia trabalhado muito, não pude negar. Então, eu aceitei e fui para o escritório para as minhas primeiras 8 horas regulares de um longo dia de trabalho. Me mostraram minha mesa, meu computador, a copa etc. Eu sentei um pouco, tentei imaginar meus dias ali, fazendo coisas interessantíssimas, mas sem dançar. No dia seguinte, decidi me demitir. Eu disse a mim mesma: eu ainda posso escrever mais tarde, mas vamos ver o que posso fazer se tirar uma folga e me testar como uma bailarina em tempo integral. Isso foi há exatamente 10 anos. Shimmie: Como a conexão cultural entre a Europa e o Oriente Médio funciona? As pessoas na Hungria têm influencias da cultura árabe? Foi difícil trabalhar como bailarina de dança do ventre no seus país? MN: A conexão cultural entre a Europa e o Oriente Médio é muito complicada e diversa. Existem países com conexões históricas e artísticas próximas às do Oriente Médio, mais exatamente do Norte da África, como a Espanha, onde a relação artística é óbvia e visível devido à história comum dos tempos Mouros, especialmente em Andaluzia. Outros países têm habitantes do Oriente Médio em parte devido aos processos pós-coloniais, como a França. E há países que não tem ligações significantes, exceto as imigrações dos tempos modernos, em alguns casos. A Hungria é um pouco diferente – foi ocupada pelo Império Otomano por um século e meio; temos muitas memórias desta era em nossa arquitetura, comida, língua. Então, o país foi um pouco influenciado pela cultura turca, que por sua vez tem conexões com a cultura árabe – mas eu não posso dizer que temos influências culturais árabes em nosso país. Ser uma bailarina de dança do ventre profissional soava estranho aqui há dez anos, nós não éramos muitas. E não havia muitas possibilidades para trabalhos sérios ou produções para nós, não havia e ainda não há um background acadêmico desta dança, o nível das bailarinas é muito misturado e era quase impossível fazer com que a área profissional de dança nos levasse a sério. Era um círculo vicioso. Hoje, é um pouco mais aceito como um emprego, embora ainda soe estranho e as bailarinas tenham que lutar muito contra o preconceito. As pessoas ainda têm informações superficiais e a maioria delas não vê a dança como uma real forma de arte ou um real emprego, ou qualquer coisa que não um hobby ou entretenimento. É muito difícil viver de dança do ventre na Hungria. Você tem que trabalhar muito e fazer muitas coisas comerciais, como dançar em restaurantes, marketing massivo e dar muitas aulas. Isso nos deixa com muito pouco tempo para experimentações pessoais e criações, mas temos incríveis bailarinas que conseguiram sucesso em ambas as vias, comercial e artística. A Hungria é um pais muito artístico, sensível e aberto culturalmente, o que é ótimo. Mas a situação econômica em geral não ajuda as formas de arte ou hobbys a florescerem. No entanto, as fanáticas por dança do ventre vão manter esta arte viva. Muitas de nós colocamos ênfase nos trabalhos internacio-

nais, o que traz novas inspirações para a área no país. Precisamos apenas achar uma maneira de formatar um tipo de sistema de critérios e continuar aumentando a qualidade do nível das performances de dança do ventre, para fazer as pessoas entenderem que não é algo estranho, não é um hobby, é sério e feito por artistas incríveis e apaixonados. Shimmie: Atualmente, países do Leste Europeu estão trazendo para o mundo muitas bailarinas excepcionais. Por que você acha que a dança do ventre se tornou tão famosa nesta região? MN: Existem muitas razões, mas eu acho que não só a dança do ventre é muito popular, e sim todas as danças e quase todas as formas de arte. Nestes países, existe uma educação artística séria, nós aprendemos sobre a importância da arte durante nosso crescimento. Em vários locais, existe uma educação de esportes e dança comprometida desde a infância, assim como uma cultura de competições, que fazem as pessoas trabalharem mais pesado e com mais seriedade. Além disso, a Europa Oriental é mais perto do Oriente Médio, é mais fácil viajar para o Egito ou trazer mestres egípcios para nossos países. Mas ainda assim cada país é diferente, o estilo egípcio não é o único que é popular, temos estilos totalmente diferentes. Mas o entusiasmo é realmente geral, é intenso e maravilhoso. Shimmie: Você esteve em mais de 40 países, ensinando e dançando. Como você equilibra suas vidas profissional e pessoal, tendo uma carreira tão intensa? MN: Não é fácil. Ser uma bailarina profissional em tour exige muito trabalho duro e sacrifícios sérios. Eu estou tentando balancear, pois minha família é muito importante para mim, e eu também tenho um estúdio de dança, e um festival anual internacional em Budapeste, que tenho que cuidar. Não posso me ausentar por muito tempo. Eu sempre tento ficar um tempo em casa entre trabalhos, e sei que não vou “queimar neste fogo” para sempre – a vida está em constante mudança e, um dia, eu estarei mais tempo em casa. Eu sou grata a todos os locais em que estive. Eu aprecio a vida que tenho agora e me sinto abençoada, mesmo com as dificuldades, e sei que eu tenho que aproveitar agora por completo, porque sei que pode mudar muito rápido. Eu estou apenas pensando no próximo passo, e em ir na onda das minhas intuições – mas eu sempre considero minha família, em cada escolha que eu faço. Shimmie: Que dicas você daria para bailarinas de todo o mundo que te admiram e buscam uma carreira internacional? MN: Não tem receita. Cada um tem seus caminhos. Uma carreira internacional requer muito tempo, entusiasmo, criatividade, fé, energia e trabalho. Muito trabalho duro e amor real por essa forma de dança e suas conexões culturais. Agora está ficando mais fácil por causa das mídias sociais. Quando eu comecei não era assim. Hoje qualquer um pode ser internacional em um dia, graças ao Facebook, Youtube e Instagram. Muito menos trabalho pode te fazer muito mais famoso do que antes, devido às plataformas das redes sociais. Eu não sei se isso é bom, ou nem tanto. Mas com certeza é mais fácil. Eu acho que, no final, o que decide o futuro de um artista é a real substância e qualidade, dançando e pessoalmente também. E o tempo. É fácil ser interessante e estar na moda por alguns anos. Mas as tendências mudam. O público muda. Outras bailarinas mudam. É arte, é uma evolução continua que ninguém pode parar. Você nunca pode sentar e relaxar, você precisa estar sempre acompanhando e procurando novas inspirações, se renovar, se questionar, trabalhar mais, compartilhar mais, amar mais, e descobrir sua unicidade em todo e a cada passo. Este seria meu conselho. Assim como ser humilde, sensível, acreditar no que faz, e acreditar que sua beleza e perfeição estão na sua própria imperfeição. E sempre se questionar. Questões são muito inspiradoras. Elas te ajudam a te manter na linha, ser uma bailarina melhor, uma artista com profundidade, e mais verdade consigo mesma também. Shimmie - Você está vindo para o Brasil em breve! O que acha das bailarinas brasileiras? MN: É difícil explicar como estou feliz em ir ao Brasil! Estou muito entusiasmada. Já vi muitas bailarinas incríveis daí antes, algumas das minhas favoritas são brasileiras. Acredito ser um dos grandes impérios da dança do ventre, pois nos dá tantos artistas únicos e apaixonados, que é o que eu realmente amo sobre esta dança. Eles são livres, selvagens, únicos e reais, e ao mesmo tempo, treinados e sérios. Mal posso esperar para conhecer a área de dança brasileira e compartilhar um pouco de minha própria paixão e visão. Será um encontro eletrizante. shimmie.com.br

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Cia Pandora

Grupo Zaleekhan

Grupo Mabruk

Grupo Estrelas da Mooca

Templo de Isis . Derbak

Casa de Isis . Vila Maria

Templo de Isis . Bollywood

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Grupo Zaleekhan

Cia Pandora

Liana Matos

Grupo Avivit

Grupo Zaleekhan

Cia Brigitte Bacha


Cia Nar

Cia Nar

Cia Bele Fusco

Cia Gabh Diniz

Cia Giuliana Scorza

apresentações . sábado

MOSTRAS

Grupo Najla Hayek

Grupo Munira Magharib

Cia Mariana Quadros

Cia La Luna

Cia Giza Xambre

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1º LUGAR GRUPO MODERNO CIA SHIVA NATARAJ Cidade: São Paulo, SP Coreógrafa: Lunah Farah

1.Qual a motivação para participar de concurso com sua Cia? Além de ressaltar e divulgar as alunas e a escola, trabalhar uma outra categoria (moderna), com outras exigências de perfil coreográfico e técnico. A escola Shiva Nataraj sempre participa de concursos nas modalidades clássico e moderno, afim de desafiar ainda mais as possibilidades do grupo e aprimorar cada vez mais suas experiências artísticas e suas habilidades técnicas. 2.Como foi desenvolvido e elaborado o tema moderno da coreografia? Foi a partir da música que desenvolvi todos os outros aspectos (figurino, musicalidade, movimentos, desenhos espaciais, habilidades técnicas e expressivas). 3.Como foi a rotina de ensaios e a preparação para o festival? Três horas de ensaios semanais, divididos entre parte técnica e coreográfica. 4.Qual foi o principal desafio? O principal deles foi superar nossos próprios limites, através de uma coreografia mais ousada, dinâmica e comunicativa. A cia Shiva Nataraj tem tradição em concursos de dança, principalmente na categoria moderna, e sempre buscamos o melhor de nós para que tenhamos nossos objetivos alcançados.

2º LUGAR GRUPO SEMIRAMIS

3º LUGAR TEMPLO DE ÍSIS

Cidade: Taboão da Serra . SP Coreógrafa: Lisleine Diniz

Cidade: Campinas . SP Coreógrafa: Olympia Silvério 1. Qual sua motivação para participar de concurso com sua cia? Participar de competições sempre nos desafia e nos faz buscar melhorar a cada evento. É muito importante conhecermos as opiniões de outros profissionais e acompanhar os grupos participantes, é muito enriquecedor para os estudos e desenvolvimento. 2. Como foi desenvolvido e elaborado o tema moderno da coreografia? O primeiro passo para a elaboração da coreografia deu-se na adequação ao tema, buscando a música, instrumento, passos utilizados e figurino de acordo com a proposta. Nos baseamos na imagem da Flor de Lótus e algumas de suas características como o mistério, elegância, beleza, graça e cor. 3. Como foi a rotina de ensaios e a preparação para o festival? A Cia tem encontros pré agendados para o ano todo, com duração de 3 a 4 horas. Quando estamos próximas de competições, nos reunimos com mais frequência e a cobrança pela qualidade aumenta. Todas se dedicam para dar o seu melhor. São feitas avaliações individuais e filmamos várias vezes para nos avaliarmos. 4. Qual foi o principal desafio? O principal desafio é que a Cia Templo de Ísis é um grupo consideravelmente novo, com dois anos, ainda em fase de desenvolvimento, mas com muita sede de crescer, sem medo de enfrentar os novos desafios.

1. Qual sua motivação para participar de concurso com sua cia? Sempre levo meus alunos para participar de concursos e mostras, pois acredito que a vivência no palco é muito importante para a formação de um bailarino. O feedback dos jurados e de nossa Diretora, Semíramis Diniz, é sempre muito importante, pois é a partir dele que direciono o estudo das novas coreografias e dinâmicas; além de que participar de concursos é uma grande motivação para as bailarinas da minha Cia. de danças, pois é nítida a evolução de cada uma das participantes a cada apresentação. 2. Como foi desenvolvido e elaborado o tema moderno da coreografia? Gosto muito da liberdade que o tema moderno nos proporciona para a escolha de passos, músicas, figurinos e na utilização de acessórios como fan véu, espada, wings, flags. Mas decidi junto com minha Cia que iríamos trabalhar a dança em si, sem acessórios neste ano. A partir daí, estudamos os movimentos que mais combinavam, hora com a melodia e hora com a base da música, além dos desenhos coreográficos possíveis em cada momento. 3. Como foi a rotina de ensaios e a preparação para o festival? E qual foi o principal desafio? Nossa rotina de ensaios foi bem intensa no mês de setembro, pois viajamos em julho para o Egito com minha aluna, Thais Hayra, e o grupo não se reuniu enquanto estivemos fora. Em agosto, aconteceu o nosso Sarau Oriental onde todas as bailarinas da Escola participaram, e por este motivo as aulas estavam voltadas para este acontecimento. Os ensaios para o Festival Shimmie iniciaram em setembro e aconteceram uma vez por semana, durante 1 hora e meia para aperfeiçoarmos a coreografia que já estava pronta e sincronizarmos todos os passos. Para isso, tive o empenho e dedicação de cada uma das participantes da Cia. para que todas estivessem presentes nas aulas dando o seu melhor durante os ensaios.

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PARTICIPANTES DO CONCURSO

Cia Aida Gamal

Espaço Klarik

Cia Nanda Zompero

Cia Nar


1º LUGAR GRUPO CLÁSSICO GRUPO MAHAILA EL HELWA Cidade: São Paulo, SP Academia: Shangrila House Coreógrafa: Mahaila el Helwa

2º LUGAR CIA SHIVA NATARAJ – PROF. LUNAH FARAH

3º LUGAR ELEVÉ DANÇA E ARTE

Cidade: São Paulo . SP Coreógrafa: Lunah Farah

Cidade: São Paulo . SP Coreógrafa: Maitê Fracassi 1. Qual sua motivação para participar de concurso com sua cia? Acreditamos que os festivais sejam em parte um bom balizador dos resultados dos nossos trabalhos. Nós, da Elevé dança e arte, achamos importante a participação em concursos como uma forma de analisar a evolução de nossa dança e assim, o desenvolvimento das nossas alunas, porém, sempre respeitando a escolha e motivação de cada uma com este modelo de evento. 2. Como foi desenvolvida e elaborada a coreografia? Sempre começamos com a discussão e análise de diversas músicas, todas pesquisam, não é nada imposto. As meninas trazem algumas propostas e eu outras, até que chegamos em acordo. A coreografia é desenhada e desenvolvida passo a passo já com a preocupação de detalhes e limpeza desde o primeiro instante. Acredito que desconstruir seja mais difícil que construir, por isso tentamos pensar em todos os detalhes desde o primeiro movimento. É muito importante que todas estejam “confortáveis” com a elaboração dos movimentos dentro de toda coreografia, então, sempre deixo em aberto para as opiniões e contribuições. Com isso, se dá a harmonia e prazer de dançarem juntas. 3. Como foi a rotina de ensaios e a preparação para o festival? Procuramos ensaiar no final de todas as aulas. Por volta de 30 minutos por semana. E quando chegamos mais próximo da data, nos finais de semana. 4.Qual foi o principal desafio? Conseguir ajustar os horários de final de semana para ensaiarmos. As meninas do grupo avançado estão em uma rotina muito forte de trabalho e faculdade, o que está nos limitando muito, coisa que não acontecia há alguns anos. Mas nada que com parceria, amor e respeito, não possamos chegar em um acordo.

1.Qual a motivação para participar de concurso com sua Cia? Nossa motivação é ressaltar os talentos dos alunos dos cursos técnico e livre da escola Shiva Nataraj, bem como a divulgação da escola e o aprimoramento e evolução técnica das participantes através das avaliações dos jurados. 2.Como foi desenvolvida e elaborada a coreografia? O tema clássico foi elaborado a partir das capacidades e qualidades das participantes, junto com uma música escolhida para favorecer esses aspectos. 3. Como foi a rotina de ensaios e a preparação para o festival? Ensaiamos três horas por semana, religiosamente! Nos ensaios, abordamos parte técnica e coreográfica, como aulas que variam de acordo com as necessidades da coreografia. 4. Qual foi o principal desafio? No trabalho coreográfico em grupo, o desafio maior foi preservar as mesmas qualidades técnicas e expressivas em todas, além da sincronia. Manter o grupo harmônico e fluido, apesar das diferenças de estilos entre as integrantes – apontamentos importantes feitos por jurados em outros concursos no passado. Isso exigiu muita disciplina e dedicação, para que o público e jurados nos vissem como uma unidade e não como várias solistas no placo.

1.Qual sua motivação para participar de concurso com sua Cia? Montei o Grupo Mahaila El Helwa com o intuito de estrearmos no Festival Shimmie do ano passado. Desde então, buscamos participar de outros concursos para apresentar e divulgar nosso trabalho, além de sermos um grupo extremamente unido, no qual as integrantes têm um prazer enorme de estar em cima do palco juntas. Gostamos da energia do festival e foi muito bom voltar a participar um ano depois da sua formação. 2.Como foi desenvolvida e elaborada a coreografia? O grupo é formado por alunas que já estão comigo há alguns anos e que conhecem minha técnica e forma de trabalhar. Escolhi uma música que gostava e que achava que teria um bom potencial para o que eu gostaria de utilizar na coreografia unindo a técnica, a leitura musical e a emoção ao dinamismo e desenhos de palco que acho muito interessante em coreografias em grupo. 3. Como foi a rotina de ensaios e a preparação para o festival? Ensaiamos durante três meses, uma vez por semana. Em cada ensaio, eu trazia um parte nova da coreografia e assim fomos construindo. Nas minhas ausências durante minhas viagens de trabalho, minha assistente Giselle Bellas comandava os ensaios com as demais integrantes. 4. Qual foi o principal desafio? O principal desafio além daqueles que sempre são presentes (limpeza e boa execução técnica, sincronia, entre outros) foi fazer um trabalho que fosse tão bom quanto nossa coreografia de trabalho anterior, na qual tivemos um retorno muito gratificante.

PARTICIPANTES DO CONCURSO

Cia Aida Gamal

Cia Alana Mesquita

Cia Layla Farah

Grupo Semiramis

Cia Mahira Hasan

Cia Marian Belim

Cia Tatyana Carla

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1º LUGAR GRUPO FOLCLÓRICO ESPAÇO LA LUNA Cidade: Ribeirão Preto , SP Coreógrafa: Rossana Mello

1 .Qual sua motivação para participar de concurso com sua cia? Mostrar o estudo da verdadeira arte para profissionais que são referência no país. 2. Qual o folclore escolhido e como foi o desenvolvimento coreográfico do tema? Muwashahat - clássico folclórico Egípcio para homenagear o grande mestre Mahmoud Reda. 3. Como foi a rotina de ensaios e a preparação para o festival? Foram treinamentos intensos, durante vários dias da semana, incluindo finais de semana. Todas as bailarinas são dedicadas, e o entrosamento e amizade facilitaram os treinos. 4.Qual foi o principal desafio? Preparar uma coreografia que fizesse jus aos ensinamentos do Mahmoud Reda em uma música do ritmo Samae, muito pouco conhecida em nosso país.

2º LUGAR YALLA SHABAB

3º LUGAR GRUPO CHRYSTAL KASBAH

Cidade: São Paulo . SP Coreógrafa: Anderson Vaccari

Cidade: São Paulo . SP Coreógrafa: Chrystal Kasbah 1 – Qual sua motivação para participar de concursos com sua Cia? Eu diria que tenho três motivações principais. O aprimoramento das alunas - a dedicação das alunas é motivada pela possível conquista de uma colocação e essa reflete-se na evolução de todas as participantes antes e após o concurso, e nada me motiva mais do que ver minhas alunas crescendo como bailarinas e como pessoas. A oportunidade de mostrar meu trabalho como coreógrafa e como professora e a confraternização com outras participantes - nos concursos temos a oportunidade de conhecer outras bailarinas e seus respectivos trabalhos. 2 – Qual o folclore escolhido e como foi o desenvolvimento coreográfico? O folclore escolhido foi o Ghawazee, que é apresentado com pés no chão, pernas mais afastadas do que o habitual, muito movimento pélvico com acento para frente, batidas laterais de quadril, básicos egípcios, braços relaxados, etc. Para a elaboração do figurino, contei com a renomada estilista Simone Galassi, que realizou uma ampla pesquisa com diversas ilustrações, tomando um cuidado especial na escolha dos tecidos com cores vibrantes baseados no folclore Ghawazee. Escolhi uma música estilo Ghawazee cuja letra conta a estória de um casamento, identifiquei todos os movimentos a serem utilizados, desenvolvi os desenhos coreográficos, trabalhei a expressão e finalmente muitos ensaios. 3 – Como foi a rotina de ensaios e a preparação para o festival? A rotina dos ensaios foi desenvolvida paralelamente às aulas regulares, com planejamento e assiduidade das alunas. Elas participaram ativamente nas pesquisas de informações sobre Ghawazee como palestras, documentários, apresentações de dança, tudo sob minha supervisão. Muitas das movimentações, expressões e trejeitos dessas pesquisas foram utilizados na coreografia. 4 – Qual foi o principal desafio? Como coreógrafa, o principal desafio foi a limitação da variedade de movimentos que eu poderia utilizar sem fugir ao tema e ainda assim desenvolver um trabalho diferenciado e interessante.

1.Qual sua motivação para participar de concurso com sua Cia? A maior motivação é a busca da superação dos desafios, fazer com que os integrantes se unam e estudem de uma forma mais profunda, ultrapassando seus limites. Além de uma visibilidade na divulgação do trabalho. 2.Qual o folclore escolhido e como foi o desenvolvimento coreográfico do tema? O folclore foi o dabke. Quanto ao desenvolvimento buscamos algo diferenciado, que fosse além de movimentos modernos, muito utilizados nos dias de hoje. Escolhemos as lanças para os homens, comuns em apresentações no Líbano, e pandeiros para as meninas, trazendo a graciosidade e alegria. Neste contexto, acrescentamos desenhos e movimentos característicos que, unidos à energia do grupo, pudessem apresentar a força que o dabke possui. 3. Como foi a rotina de ensaios e a preparação para o festival? Nossa programação foi iniciada a partir de fevereiro, onde fizemos uma apresentação na mesquita de Guarulhos com esse mesmo estilo e vimos que poderíamos adaptar para as apresentações em festivais. Nossa rotina foi preparada durante as aulas e alguns encontros regulares. Durante os ensaios, tivemos mudanças de integrantes e adaptações para atender ao regulamento do festival. 4.Qual foi o principal desafio? Foi entrar em um concurso com grupo de alunos com pouca experiência em palcos e concursos, tendo como desafio concorrer com grupos formados por professores e integrantes com mais tempo de experiência e acostumados com a rotina de festivais.

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PARTICIPANTES DO CONCURSO

Ayla Zahra

Espaço Klarik

Grupo Semiramis

Cia Munira Magharib

Cia Ventremania

Cia Zaleekhan


1º LUGAR DUPLA CLASSICA LAURA GUIDO E LUÍZA GUIDO

2º LUGAR ALINE MUCCI E DUDA NAWAAR 1.Qual sua motivação para participar de concurso com sua dupla? Minha motivação está diretamente ligada à oportunidade de mostrar o meu trabalho como professora e, pelo fato de ser concurso, me faz estudar mais para desenvolver melhor a dança em todos os detalhes, e ainda, receber a avaliação dos jurados que, no caso do festival Shimmie, são pessoas que admiro. 2. Como foi desenvolvida e elaborada a coreografia? O primeiro passo foi a escolha da música e a edição para o tempo estipulado no regulamento do concurso, de forma que os cortes e as emendas fossem imperceptíveis, bem como deixando a música com a estrutura principal da rotina oriental, enfim, com entrada, baladi, taksim, folclore, percussão e finalização. Música pronta, percebidos os ritmos e humores, passo para a leitura dos instrumentos principais, bem como os secundários para leitura diferenciada, imagino possíveis desenhos em cada momento e passo tudo para o papel. Com as sequências prontas, gosto de filmar para verificar o que precisa ser mudado ou aprimorado. 3. Como foi a rotina de ensaios e a preparação para o festival? A rotina de ensaios foi muito intensa principalmente no último mês antecedente ao festival, pois procuramos deixar a coreografia na alma e tentamos eliminar as diferenças de movimentos. Nos últimos ensaios o figurino também foi incluído, para nos acostumarmos com ele. 4. Qual foi o principal desafio? O principal desafio foi equilibrar emoções e intenções para buscar a sincronia, harmonia e a energia da dupla em cada momento da rotina clássica

3º LUGAR LISLEINE DINIZ E LIDIANE SOUSA 1.Qual sua motivação para participar de concurso com sua dupla? Minha “partner”, Lidiane Souza, e eu gostamos muito de participar de concursos pois temos oportunidade de melhorar nosso desempenho técnico e cênico, além de recebermos o feedback de excelentes profissionais da área da dança. Foi o segundo ano que participamos do Festival Shimmie como dupla. Em 2015, fomos campeãs na Categoria Dupla Folclórica. E neste ano, escolhemos a Dupla Clássica. 2. Como foi desenvolvida e elaborada a coreografia? Gostamos muito de músicas clássicas que podemos iniciar utilizando movimentos com o véu e que tenha um trecho de tacksim e folclore. Assim que escolhemos a música que agradava a ambas, desenvolvi os passos e figuras coreográficas, colocando os passos que mais gostávamos para que saíssem em sincronia. 3. Como foi a rotina de ensaios e a preparação para o festival? Nossa rotina de ensaios foi intensa, pois foi uma coreografia inédita feita em três semanas. Tivemos que conciliar nossos horários e, com o esforço e dedicação de ambas, conseguimos nos encontrar duas vezes por semana. 4. Qual foi o principal desafio? Nosso principal desafio foi decorar a sequência coreográfica em pouco tempo, além de sincronizarmos os movimentos, pois cada bailarina tem uma movimentação própria. É muito gratificante participar do Festival Shimmie, e a cada ano que participamos observamos nossa evolução na dança do ventre.

1.Qual sua motivação para participar de concurso com sua dupla? Em todos esses anos que dançamos juntas, poucas vezes participamos de concursos. Mas em 2016 resolvemos arriscar e montar um duo clássico. No início do ano ganhamos o 1º lugar no Dança Ação em Sorocaba, e melhor coreografia da noite. Logo em seguida, ganhamos o 1º lugar no Mercado Persa e fomos convidadas a participar de dois programas televisivos com essa coreografia. Assim ficamos ainda mais motivadas para participar do Festival Shimmie, e pegamos firme nos ensaios. 2. Como foi desenvolvida e elaborada a coreografia? Quando resolvemos participar dos concursos, começamos a planejar a escolha da música. Pensamos em uma música que fosse rica, com uma entrada grandiosa, uma cadencia envolvente, um pouco de folclore e até um derback. À princípio parecia muita informação, mas com a ajuda da nossa amiga e bailarina Cintia Janiiah de Curitiba, conseguimos editar a música de uma forma perfeita. Depois começamos a pensar numa evolução de véu legal e trabalho de quadril, com a mescla de leitura das duas. Apesar de dançar tanto tempo juntas, temos uma personalidade diferente quando “separadas”. Mas o bom é que quando a gente se compromete a fazer o duo, uma cede espaço para a outra dar ideias e sugestões, e assim a sintonia fica cada vez melhor. 3. Como foi a rotina de ensaios e a preparação para o festival? Começamos a coreografar em fevereiro de 2016, levamos por volta de 2 meses e depois disso começaram os ensaios. Nossos sábados de manhã eram reservados exclusivamente para o duo. A gente filmava tudo e ficava procurando onde podíamos melhorar, arrumava um detalhe aqui, outro ali. Passava de frente para o espelho, de lado, de costas e em diferentes tamanhos de espaço. A Helena Ceresa, que acompanha nosso trabalho todos esses anos, foi quem também ajudou a deixar do jeitinho que a gente queria. Ela é a nossa “sargenta” e nos ajuda demais nos dirigindo. Foi muito legal trabalhar essa coreografia. 4. Qual foi o principal desafio? O principal desafio era saber que tínhamos fortes concorrentes participando e todas estavam se preparando para o grande dia. Nosso objetivo era deixar o mais sincronizado possível. O outro foi que eu (Laura) engravidei faltando 2 meses para o festival e minha irmã Luiza arrumou um emprego que exige viagens constantes. Com isso, os ensaios foram levemente prejudicados, mas a gente sempre dava um jeito de ensaiar e continuar mantendo a nossa sincronia para o festival.

PARTICIPANTES DO CONCURSO

Aline e Denise

Ana Beatriz e Bruna Lemes

Franciele Zainab e Jessica Aislan

Tati Lamas

Tatyana Carla e Samara

Veronica Reis e Patricia Erlichman

Vivian Carla e Larissa Dias

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Cia Semiramis . Juvenil

Cia Semiramis . Juvenil

Cia Romani

Cia Rebeca Piñeiro

Cia Bele Fusco . Juvenil

apresentações . domingo

MOSTRAS

Grupo Valeria Forner

Templo de Ísis

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Cia Bele Fusco

Grupo Manat

Cia Hana el Samira


Cia Ashra

Lais Jardim

Cia Bele Fusco . Juvenil

Cia Rebeca Piñeiro

Templo de Ísis

Cia Tati Lamas

Juliana Nagahara

Grupo La Luna

Breno Braga

Templo de Ísis

Fluencia

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1º LUGAR . SOLO PROFISSIONAL

GISELE TARGA Conheça um pouco mais da trajetória da bailarina e da preparação que garantiu o título de campeã do Solo Profissional do Festival Nacional Shimmie 2016. Shimmie - Como você se interessou pela dança do ventre? Conte um pouco de sua trajetória. Tive meu primeiro contato com a dança e aulas de musicalização aos 3 anos. Frequentei durante muitos anos as aulas e tive uma ótima professora de ballet clássico. Depois conheci um pouco de outros estilos como o tango, bolero, zouk, contemporâneo e fiz uns meses de dança do ventre. Em 2012, resolvi voltar a dançar e fui procurar a dança oriental, pois eu ansiava por um amadurecimento pessoal. Por uma indicação e também seguindo minha intuição, fui ao Espaço La Luna, um lugar com características e decorações egípcias, que de cara me fez sentir em casa! Conheci minha atual professora Rossana Mello e logo me encantei. Depois disso, participei de workshops e aulas com nomes renomados como Soraya Zaied, Esmeralda Colabone, Mahaila El Helwa, Warda Maravilha, Wael Mansour, Mahmoud Al Masri (derbakista) e Jorge Sabongi. Em 2014, prestei a pré-seleção da Casa de Chá Khan El Khalili e obtive o Padrão de Qualidade; em outubro de 2015, virei bailarina da Casa e, em abril de 2017, farei o teste para bailarina Noites do Harém. Participei do Festival Heshk Beshk 2015, em Bari (Itália), onde frequentei workshops de grandes bailarinos da modalidade oriental. Shimmie - Quando e por que a dança deixou de ser um hobby para se tornar profissão? Sempre encaro minhas apresentações com muito profissionalismo e responsabilidade, e a dança passou a não ser mais um hobby quando iniciei shows em eventos e certificações de bailarinas. Conforme fui aprendendo, senti muita vontade e entusiasmo em compartilhar os conhecimentos que fui adquirindo, e então resolvi partilhar com alunas que estão iniciando a base oriental. Sou formada desde 2013 em Arquitetura e Urbanismo. As duas profissões têm se encaixado bem no meu itinerário e ambas trabalham a criação, então para mim elas se relacionam. Shimmie - Você foi vencedora do solo profissional do Festival Nacional Shimmie. Como foi sua preparação? Já tinha participado de concursos anteriormente? Estudei todas as etapas do concurso com muita dedicação. Na preparação do improviso, precisei adotar uma metodologia, dividida em quatro partes: conhecimento musical, estudo inicial da própria dança (com supervisão e ajuda da minha professora), estratégia (conhecimento do palco, figurino, adequação às músicas, técnica etc.) e prática e ação! Criei táticas de estudos para todas as etapas, incluindo a leitura de todas as matérias das edições propostas pelo regulamento. E tive a experiência de montar um personagem para a última fase. O Festival Shimmie não foi o primeiro concurso que participei. Durante a minha carreira, já estive em outros, como: competição internacional do solo profissional no Festival Heshk Beshk 2015 em Bari, Itália, no qual obtive pontuação para ficar entre as 8 finalistas; no Espaço La Luna, conquistei o primeiro lugar numa avaliação competitiva com a visão do grande mestre egípcio Wael Mansour; no Mercado Persa, em abril de 2016, na modalidade Dupla Show, obtive junto ao Derbakista Paulo Nagô o 2o lugar; no Festival Shimmie SP 2016, além do solo, obtive o 1o lugar junto ao Grupo Espaço La Luna, na categoria Grupo Folclórico, com a coreografia Muwashahat, da coreógrafa Rossana Mello.

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Shimmie - Um dos pontos altos de sua performance foi a interpretação de Janis Joplin. Por que escolheu esta artista? Confesso que demorei um pouco para escolher o meu personagem, pois o meu intuito era representar um ícone musical que me ajudasse no meu crescimento emocional. Inicialmente, fiquei um pouco inibida com essa proposta, que se tornou um grande desafio, pois dançar como a Gisele é diferente de dançar representando um dos grandes nomes da música. Dentre muitas opções escolhi Janis Joplin, cantora, compositora e grande ícone da década de 70, considerada a “Rainha do Rock and Roll”. A música escolhida foi “Kozmic Blues”, um rock clássico com pegada blues. A letra fala sobre mudanças, amadurecimento e busca de sonhos, e me identifiquei muito, pois o meu ano foi de grandes mudanças pessoais, transformações relacionadas a trabalho da arquitetura e da dança. O grande desafio que vi pela frente foi em relação a internalizar o personagem, e pensei: “Como seria interpretar a Janis, com sua potência musical, voz e emoção?”. Resolvi estudar a própria Janis Joplin. Li matérias sobre ela, assisti vídeos de músicas variadas, para entender como ela se posicionava em diferentes apresentações. Minha estratégia foi montar minha personagem com estudo de fusão dos movimentos e produção artística. O traje usado foi baseado na própria artista e no movimento Hippie dos anos 70. Não se esquecendo da maquiagem, e do modo como ela usava o cabelo colado ao rosto. Shimmie - Um turbilhão veio com o título – a começar pela ida ao programa de Fátima Bernardes, no Rio de Janeiro. Como foi e está sendo esta experiência? Quando foi anunciado que fui a primeira colocada, eu nem acreditava no que tinha conquistado e nem mensurava a imensidão que era tudo isso. Sabia que tinha feito um bom trabalho, mas que competia com bailarinas que admiro muito e com alto nível profissional. Tudo aconteceu muito rápido. Após o anúncio, eu já estava correndo para organizar minha mala para ir direto ao Rio de Janeiro (para participar do programa no Projac). Fui bem orientada pela equipe da Shimmie, que me acompanhou durante todo o andamento. E senti que seria uma responsabilidade muito grande, pois estaria representando, como bailarina, a tão amada dança oriental no nosso país. Foi como se todos os bailarinos estivessem comigo naquele momento, uma sensação difícil de descrever. Lá, conheci a própria Fátima Bernardes, que é uma mulher incrível e que me deixou contagiante e confiante, e tudo saiu conforme o planejado, com ajuda da sua equipe. Quando o programa foi ao vivo, eu senti uma mistura muito forte de emoção, alegria e uma imensa responsabilidade. O meu intuito maior era divulgar minha dança e leitura oriental, pois eu ainda não era conhecida. Essa vitória foi muito importante, pois abriu grandes portas e obtive prestígios de bailarinos que fazem parte do meu estudo e aprendizado, os quais admiro como exímios em sua arte e dança. Essa experiência tem me mostrado o resultado de muito estudo e muita dedicação que sempre tive com a dança. Shimmie - Quais os sonhos da Gisele bailarina daqui para frente? O que podemos esperar? Como toda bailarina oriental, meu grande sonho é conhecer o Egito e poder vivenciar um pouco da sua arte, cultura, história e admirar sua arquitetura. Tenho a intenção para o próximo ano de conhecer o trabalho de mais bailarinos tanto do Brasil quanto do Egito e aprimorar minhas fontes de conhecimento. E então, continuarei trabalhando o conceito da minha identidade e aperfeiçoando-a com muitos estudos e workshops, para continuar doando a minha dança ao público.



2º LUGAR . PROFISSIONAL

3º LUGAR . PROFISSIONAL

1. SOBRE A BAILARINA Desde criança me interessei pela dança, praticando vários estilos, entre eles jazz, ballet e dança do ventre. Mas foi aos 20 anos que realmente fui a fundo na dança, intensificando meus estudos e participando dos meus primeiros festivais como solista, representando a Academia Semíramis, local onde fui recebida com muito carinho e apresentada a oportunidades nunca antes imaginadas. Em 2013, conquistei o 3° lugar no Solo Clássico no Festival Nacional Shimmie -SP. Em 2014, iniciei meus estudos em Tribal Fusion no Studio Espaço Corpo & Arte com a bailarina e professora internacional Tasharrafina. No decorrer de minha trajetória, além de ser convidada para lecionar na Academia Semíramis, participei de festivais na Argentina (Buenos Aires), onde fui campeã em sete categorias e vice em um. Participei no México (Cancun) sendo campeã em 5 categorias e indicada ao título de melhor bailarina do festival. Em 2015, adquiri o Padrão de Qualidade na Arte da Dança do Ventre Khan el Khalili, e este ano fui indicada a realizar o teste para Noites do Harém, que acontecerá em março de 2017. Sendo assim, sempre procuro estudar através de workshops, cursos e aulas particulares, além das regulares - este ano, iniciei mais um novo estudo em Danças Urbanas. 2. Como estudou as músicas da primeira fase? Qual a metodologia para estudo de improviso? Escolhi a prática como metodologia de estudo, escutando e improvisando no mínimo 1 hora por dia. Durante as horas de estudo, realizava anotações sobre as músicas, o que poderia melhorar e o que poderia explorar mais. Também fiz aulas particulares com a minha professora, Lisleine Diniz, para um melhor direcionamento. 3. Como foi o processo para criação da coreografia da segunda fase? O primeiro passo foi a escolha de um grande nome da música que desafiasse a minha bailarina. Estudei à fundo o Rei do Pop, Michael Jackson, e coloquei em prática algumas ideias que enriquecessem a minha performance no palco e, depois de unir todos estes fatores, juntamente com as minhas duas professoras, Lisleine Diniz e Semíramis Diniz, montamos a coreografia. Foram horas de ensaio e direcionamento até a exaustão. 4. Quais as dicas para as profissionais que desejam participar de concurso? Estudem muito, se possível com o auxílio de suas professoras e o mais importante: divirtam- se e entreguem- se de corpo e alma.

1. SOBRE A BAILARINA Giselle Bellas iniciou seus estudos na dança do ventre em 2005. Em 2008, recebeu um certificado de reconhecimento de sua dança pela mestra egípcia Raqia Hassan. Bailarina convidada a integrar o corpo de baile do espetáculo SIX, organizado pela Shimmie no Teatro Alfa. Em 2014, tornou-se Bailarina Noites no Harém da casa de chá Khan El Khalili. Idealizadora e organizadora do Projeto New Generation. É integrante do Grupo 1001 Noites. Em 2014 viajou para o Egito e se apresentou no Festival Ahlam Wa Sahlam. Mantém seus estudos constantemente com grandes nomes da dança do ventre do Brasil e do exterior. Bailarina convidada a participar do DVD de Mahaila El Helwa com o tema “Dinâmica musical e possibilidades de adequação“ e outro com o tema “Deslocamentos em cena”. Participou também do DVD Duplo Lulu & George Dimitri Sawa – “Apreciação de Música Árabe para Bailarinas”. Recebeu o reconhecimento pela sua dança da mestra Lulu Sabongi. Em 2016, conquistou o 3º lugar no concurso nacional Belly Dance Factor e o 3º lugar no concurso profissional do Festival Shimmie SP. Giselle Bellas é professora no Centro Cultural Shangrila e assistente de Mahaila El Helwa. 2. Como estudou as músicas da primeira fase? Qual a metodologia para estudo de improviso? Escutei muitas vezes todas as músicas da primeira fase. Embora fossem na maioria conhecidas, precisava saber certinho a edição que fora feito em todas elas. É preciso ouvir as músicas de forma consciente, identificando todos os seus momentos e já estruturando o que você gostaria de trabalhar em cada um deles. Muitas vezes, o que se trabalha em uma música, pode-se aproveitar para a outra com algumas adaptações, já que todas elas eram músicas clássicas (rotina oriental). Por fim, a aplicação prática é essencial. Dancei todas elas, improvisando, e insistia nas que eu sentia mais dificuldade. 3. Como foi o processo para criação da coreografia da segunda fase? A primeira artista que veio na minha cabeça foi a Beyoncé e logo aceitei o desafio! Comecei assistindo todos os seus vídeos de shows para escolher qual a música eu iria dançar e também em qual dos seus figurinos eu iria me inspirar. Decidida a música, fui fazer aulas particulares de Stilleto e Hip Hop, e esse processo de experimentar outros estilos foi maravilhoso! Peguei alguns trechos principais da coreografia que a Beyoncé faz em seus shows e mesclei com os movimentos de dança do ventre. O mais difícil foi encarnar a “diva” mesmo, fazer os carões, mas no final deu tudo certo e me surpreendi comigo mesma. Foi inesquecível! 4. Quais as dicas para as profissionais que desejam participar de concurso? É preciso se sentir preparada, se dedicar muito aos estudos, se manter tranquila, e ter na cabeça que independente do resultado, você dará o seu melhor e com certeza ganhará uma super experiência com todo esse processo.

MARIANA CUZTÓDIO

GISELLE BELLAS

PARTICIPANTES DO CONCURSO

Aline Mucci

Aline Prieto

Anandah

Andrezza Maggi

Camila Arruda

Flavia Inci

Fran Passos

Ila Cassandra

Juliana Nagahara

Kahina Manelli

Lais Jardim

Laura Guido

Lili Pardini

Lili Zahira

Luiza Guido

Monique Kervelegan

Muneerah Runny

Nanda Zompero

Paty Nurhan

Simone Rosa

Tayna Carlini

Vivi Gimenez

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1º LUGAR SOLO CLÁSSICO CECÍLIA KFOURI

1 .Qual sua motivação para participar do concurso solo clássico? A minha motivação é poder divulgar meu trabalho e crescer no meio da dança. Além disso, o estilo clássico da música árabe é a minha maior paixão. 2.Como foi sua rotina de estudos? Meus estudos vieram com aulas regulares das professoras Ana Claudia Borges e Mahaila el Helwa, além de ter assistido muitos vídeos para que pudesse criar e enriquecer minha dança, aproximadamente 2 meses antes da competição. A coreografia é própria, e por isso o processo de criação é intenso e muito importante para a evolução de qualquer bailarina. 3. Qual seu recado para quem tem vontade de participar de concursos? Eu aconselho que todas as bailarinas e bailarinos participem de concursos. Eles servem para, além da premiação, incentivar os estudos, evoluir sua dança, ter um feedback de jurados incríveis, proporcionar maior visibilidade e o mais importante: a possibilidade de passar ao público o que sentimos quando estamos dançando.

PARTICIPANTES DO CONCURSO

Aline Teles

Bruna Lemes

2º LUGAR RAYARA RODRIGUES 1 .Qual sua motivação para participar de concurso solo clássico? Minha principal motivação é a oportunidade de receber o feedback de grandes nomes na dança do ventre brasileira, o que me auxilia muito no direcionamento de estudos. Além disso, achei que seria uma boa forma de divulgar o trabalho que venho desenvolvendo, tanto em sala de aula com as minhas professoras como em casa, durante os meus ensaios. 2.Como foi sua rotina de estudos? Já vinha me preparando há alguns meses. Como também estou participando do processo de pré-seleção da Khan El Khalili, as rotinas clássicas foram um tópico de estudo importantíssimo durante esse ano e o fim do ano passado. Para o concurso, escolhi uma clássica que gostei bastante, estudei a música e procurei aplicar o que estudei. 3. Qual seu recado para quem tem vontade de participar de concursos? Vale a pena! Claro que todas queremos vencer, ganhar colocação, ter um bom resultado e sermos reconhecidas, mas o mais importante mesmo é a evolução que você conseguiu extrair do seu tempo de dedicação. Estude, se dedique de verdade, dê sempre o seu melhor e o resultado virá! Colocações vem e vão, títulos se renovam a cada ano, mas o seu aprendizado estará sempre com você.

3º LUGAR RENATA GARCIA 1.Qual sua motivação para participar de concurso solo clássico? Nunca havia participado de concursos e achei que a experiência seria interessante para intensificar meus estudos e ampliar conhecimentos, aproveitando que seria extremamente prazeroso, pois adoro as clássicas árabes! Com o incentivo de minha professora, encarei o desafio. 2. Como foi sua rotina de estudos? Foi um trabalho em conjunto e sob a orientação de minha professora Munira Magharib, através de estudos com ela em sala de aula e também sozinha em casa. 3. Qual seu recado para quem tem vontade de participar de concursos? Foco e estudo!

Duda Nawar

Jasmyne el Shadday

Marjorie Dubin

Natalie

Nicole Ribeiro

Patricia Dorah

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1º LUGAR DUPLA FOLCLÓRICA CAMILA ONGARO E NATASHA SAID Cidade: São Paulo, SP Coreógrafo: Tarik

1. Qual sua motivação para participar de concurso com sua cia? Um dos motivos foi pela qualidade e seriedade que o Festival Shimmie tem nos concursos em termo de avaliações e jurados. E também como aplicação dos estudos desenvolvidos em sala de aula. 2. Qual o folclore escolhido e como foi o desenvolvimento coreográfico do tema? O folclore foi Hagalla. O trabalho coreográfico foi desenvolvido a partir de práticas e técnicas do tema escolhido, criando uma coreografia com passos variados e desenhos coreográficos sem perder a essência do folclore.

2º LUGAR ALINE MUCCI E DUDA NAWAAR

3º LUGAR ADRIANA BELE FUSCO E MARILIA NAJLA

Cidade: Rio de Janeiro . RJ

Cidade: São Caetano do Sul . SP 1. Qual sua motivação para participar de concurso com sua dupla? Ser um grupo de professoras de minha escola. 2. Qual o folclore escolhido e como foi o desenvolvimento coreográfico do tema? Mowashahat. Foi tranquilo, devido ao meu conhecimento e de Najla. 3. Como foi a rotina de ensaios e a preparação para o festival? Muito tranquila e rápida. Ensaiamos cerca de 3 vezes para o primeiro festival, entre montagem e já ensaio. E 2 vezes para o Shimmie. 4. Qual foi o principal desafio? Encarar o frio na barriga de competir em dupla, depois de muito tempo sem participar de competições diretamente no palco.

1. Qual sua motivação para participar de concurso com sua dupla? Vejo a participação em concursos como uma forma de incentivo ao estudo, fazendo com que a pesquisa da dança escolhida seja maior, os ensaios sejam mais intensos, cada um dando o seu melhor. E ainda, temos a oportunidade de receber a avaliação dos jurados que no festival Shimmie são pessoas renomadas. No caso da categoria folclore, existiu também a intenção de executar um que não é tão conhecido por muitas bailarinas. 2. Qual o folclore escolhido e como foi o desenvolvimento coreográfico do tema? O desenvolvimento da coreografia do Mamboty foi realizada em 3 etapas. A primeira foi montar a coreografia geral, trabalhando os movimentos de acordo com a leitura da música; a segunda foi a introdução de encenações; e a terceira foi o desenvolvimento do trabalho com as colheres. 3. Como foi a rotina de ensaios e a preparação para o festival? A rotina de ensaios foi intensa principalmente no último mês, onde tentamos eliminar as diferenças de movimentos. Considero importante ensaiar com o figurino para evitar possíveis problemas na hora do espetáculo. 4. Qual foi o principal desafio? O principal desafio foi o trabalho com as colheres, trabalhar as sequências no mesmo ritmo, no mesmo pulso e pular e deslocar tocando, em sincronia, e ainda lidar com as dores, pois elas machucam dependendo da intensidade do toque, então, tentávamos encontrar maneiras de evitar os hematomas, o que nem sempre era possível.

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3. Como foi a rotina de ensaios e a preparação para o festival? Foi um pouco cansativo, pois tivemos pouco tempo para criação e ensaios. Mas mantemos o foco o tempo todo e as meninas se dedicaram muito. Tenho muito amor pelo meu trabalho e sei que minha Troupe também tem esse mesmo pensamento com elas mesmas na arte que representamos, o Folclore Árabe. 4. Qual foi o principal desafio? O Hagalla é um folclore que exige muito da técnica de quadril e agilidade na execução dos passos. Mas fui muito chato (risos) e exigente nos ensaios, para que as meninas não perdessem a qualidade. E também pelos outros grupos que iriam participar e que possuíam uma grande qualidade técnica na dança e de conhecimento.

PARTICIPANTES DO CONCURSO

Fernanda Gomes e Natalia Azevedo

Cia Semiramis


1º LUGAR DUPLA MODERNA

LISLEINE DINIZ E MARIANA CUZTÓDIO

2º LUGAR CECÍLIA KFOURI E LUANNE OLIVEIRA 1. Qual sua motivação para participar de concurso com sua cia? Nossa motivação para participar foi nossa paixão por concursos e por acharmos uma forma válida de aprimorar nossa dança. Além disso, o festival Shimmie é um concurso conceituado e de grande credibilidade, nos dando a oportunidade de mostrar o nosso talento. Também, uma forma de fortalecer nossa amizade e nos aproximar ainda mais, sempre aprendendo uma com a outra. 2.Como foi desenvolvido e elaborado o tema moderno da coreografia? Desenvolvemos o tema em cima das músicas escolhidas junto com nossa professora Ana Claudia Borges, e pensamos num figurino que trouxesse vida para a coreografia. Além disso, tentamos colocar uma movimentação dinâmica e fluída consequente de um estudo prévio para distinguir o estilo moderno da fusão. Usamos muitos impactos, mas ao mesmo tempo criamos uma coreografia com harmonia e leveza. 3.Como foi a rotina de ensaios e a preparação para o festival? Para os ensaios, montamos a coreografia com 3 ensaios por semana. Depois de memorizada, passamos a ensaiar uma vez por semana e nossa professora fez as alterações necessárias, como uso do espaço cênico e leitura musical. 4.Qual foi o principal desafio? Nosso maior desafio foi conseguir conciliar nossos horários de ensaio devido aos nossos compromissos. Além disso, o nervosismo pré-apresentação também foi um obstáculo que conseguimos, juntas, superar.

3º LUGAR HANA EL SAMIRA E DANI MANSUR 1. Qual sua motivação para participar de concurso com sua cia? Trabalho com dança há mais de 19 anos, e hoje consigo perceber quando um concurso recebe as melhores bailarinas do Brasil, que serão avaliadas por uma equipe séria e isenta, e isso fez a Cia Hana treinar no mais alto nível, para conquistar uma posição entre as melhores da Dança do Ventre Nacional. Concorrer no Festival Shimmie também me enche de orgulho e felicidade, pois sou fã da Shimmie e disputar em um evento que adoro com bailarinas que admiro é ainda mais motivador! 2. Como foi desenvolvido e elaborado o tema moderno da coreografia? O tema moderno me permite usar elementos que amo, o primeiro é a dança do ventre, o segundo é o som do violino e tudo isso junto com o véu pói, instrumento pelo qual venho me apaixonando cada vez mais nos últimos 2 anos. Tenho buscado desenvolver novas técnicas com o pói, usando a batida moderna da música ocidental, unida ao som clássico do violino, criando com o véu desenhos lúdicos coordenados com o corpo da bailarina, que executa os movimentos da dança do ventre. Com isso, buscamos fazer o público sentir a conexão e domínio da bailarina sobre a música, o véu e seu próprio corpo. 3. Como foi a rotina de ensaios e a preparação para o festival? Dedicamos de três a quatro horas de ensaios semanais durante três meses. Porém, para uma apresentação em dupla com Véu Poi e usando uma música tão forte e que exige muita energia, a Dani Mansur vem treinando comigo as técnicas de Poi há mais de um ano, somente dessa forma conseguimos a sincronia desejada. 4. Qual foi o principal desafio? Coordenar movimentos rápidos com o Véu Poi unidos a técnica da dança do ventre. É necessário sincronia e força, e isso sem dúvida é o mais desafiador, pois a coreografia exige muita resistência nos braços para manter o controle e a postura adequada, além da concentração nas técnicas de quadril com os braços sempre erguidos, sem contar na possibilidade de o véu enrolar, o que dá muita preocupação. A nossa dedicação nos ensaios foi fundamental para participar de um concurso tão disputado, e todo esse esforço valeu muito a pena, pois recebemos esse maravilhoso prêmio do Festival Shimmie.

1.Qual sua motivação para participar de concurso com sua cia? Participar do Festival Shimmie é uma maneira de divulgar o trabalho da Escola/ Academia Semíramis que está há 34 anos em Taboão da Serra, e de vivenciar novas possibilidades ao lado de minhas talentosas alunas, com muito estudo e parceria. 2.Como foi desenvolvido e elaborado o tema moderno da coreografia? A característica que mais persistiu em meio as ideias para nosso dueto foi a “Emoção”. Dentro disto, procuramos músicas que nos possibilitassem melhor explorá-la. Assim que a música foi decidida, iniciamos os estudos práticos, sempre atentas a leitura, dinâmica musical, expressão facial e corporal. 3.Como foi a rotina de ensaios e a preparação para o festival? Como somos professoras da Academia Semíramis, estávamos atarefadas com o Sarau Oriental e o Espetáculo de Final de Ano em comemoração aos 34 anos da Escola/Academia e nossos horários acabaram ficando escassos. Mas nas possibilidades de ensaio, procurávamos aproveitar ao máximo cada minuto. 4.Qual foi o principal desafio? Um dos nossos principais desafios foi a questão do tempo versus a proposta que escolhemos. Como fazer com que dois corpos sintam as mesmas emoções e entrem em sintonia em um curto período de tempo? Foi perante este desafio que o nosso amor pela dança falou mais alto e o superamos.

PARTICIPANTES DO CONCURSO

Carolina e Daniela

Edlene Silva e Noemia

Kedina Ramalho e Isabela

Lina e Iris

Vivian Carla

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Show de Gala

GRANDES NOMES DA MÚSICA Músicos e intérpretes que marcaram a história fotos ADELITA CHOHFI

Mercedes Nieto

Esmeralda . Bruno Mars

Mahaila el Helwa . Elis Regina

Chrystal Kasbah . Nino Rota

Natália Piassi . Guns N’ Roses Hariane Pereira . Clara Nunes Elis Pinheiro . Enigma

Fernanda Guerreiro . Maria Bethânia

Roberta Soares, Silvia Soares e Danielly Inô . Luiz Gonzaga

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Danna Gamma . Michael Jackson

Kahina . Prince


Cia Yusk Abreu . Pout pourri de Abertura

Munira Magharib . Show dos Campeões

Catarina Hora . David Garrett

Alika Hanan . Queen

Najmah al Nureen . Led Zeppelin

Lainah . Seal

Lisleine Diniz . Rita Lee

Cia Brigitte Bacha . Show dos Campeões

Paty Saad . Show dos Campeões

Yusk Abreu . Beyoncé

Nur . David Bowie

Malak Alaoani . Ray Charles shimmie.com.br

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