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ANO 8 . Nº 46 R$ 14,90
ISIS MAHASIN CONHEÇA A CAMPEÃ DO SOLO PROFISSIONAL MODERNO
FESTIVAL NACIONAL . EDIÇÃO SÃO PAULO
2018 COBERTURA COMPLETA DE TUDO O QUE ACONTECEU
I FÓRUM ORIENTA PALESTRAS E OFICINAS
CONCURSOS ENTREVISTAS COM OS VENCEDORES
SHOW DE GALA SENTIDOS
20VER DANÇAR ESTUDO EM FOCO
MOSTRAS TALENTO EM CENA
Fernanda Guerreiro
Ana Claudia Borges
Kaamilah Mourad
Sebrae . Luana de Freitas
Natalia Capistrano
Renato Macchia
Sebrae . Ana Claudia Mariano
Marcia Dib
SeminĂĄrios AcadĂŞmicos
Lia Penteado e Josi Madureira
Kahina
Esmeralda
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Melinda James
Elaine Rollemberg
Jonathan Lanna
Fran Passos
Mahaila el Helwa
Lu Midlej
Um pouco de tudo que aconteceu em
1 semana de evento Daniella Ogeda
Josi Madureira
Octรกvio Nassur
Ju Marconato
Dalilah Lopes
Najla Nar
Rebeca Sasaki
Mahira Hasan
Natรกlia Piassi
Lunah Farah
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PRÊMIO Shimmie
Ana Claudia . Bailarina Responsável | Paty Saad . Editora
Matéria Ano 6 . Melinda James
Homenagem . Representatividade artística do estilo libanês no Brasil . Brigitte Bacha
Figurino . Levi Junior
Homenagem especial . Contribuição artística na Revista e Festival Shimmie . Rhazi Manat
Bailarino do ano . Tarik | Bailarina do ano . Mahaila el Helwa
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Produção de Capa . Angela Cheirosa, Najla Hayek e Adelita Chohfi
Matéria Ano 7 . Nanda Zompero
Homenagem . Representatividade artística do Folclore Árabe no Brasil . Munira Magharib
Bailarina revelação . Isis Mahasin
Coreógrafa . Mahaila el Helwa
Matéria Ano 8 . Bruna Nacif
Homenagem . Empreendedorismo em Escolas de dança do Ventre no Brasil . Leonel Consorte e Amara Saadeh - Escolas Luxor
Ana Claudia Borges
Mahaila el Helwa
Fran Passos
Show de lançamento da Coleção
ShimmieOn
Jonathan Lanna
Melinda James
Lunah Farah
Luciana Midlej
Natalia Piassi
Paty Saad shimmie.com.br
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fórum orienta . WORKSHOPS E PALESTRAS
OFICINA SHAINA NUR
O tema da minha oficina foi sobre Figurinos. Falei um pouco sobre como reaproveitar um figurino de grupo e transformá-lo em algo que pudesse ser usado mais vezes como, por exemplo, pegar uma peça simples e incrementá-la. Levei algumas opções de material e algumas ideias para as meninas. A troca de informações com as participantes foi bem legal. Falamos também sobre como lavar, guardar e cuidar adequadamente da roupa. Acho muito importante o Fórum Shimmie com tantos temas e propostas diferentes, sendo uma forma de fazer as mentes trabalharem em prol da nossa arte.
PALESTRA BRYSA MAHAILA
O tema proposto foi Profissionalização em Dança do Ventre, experiência de 15 anos do Curso de Formação Profissional Templo do Oriente que resultou na coleção Os Pilares da Profissionalização em Dança do Ventre, cujo volume III foi lançado no Festival. O público foi pequeno, em torno de 12 pessoas, porém todas estavam muito interessadas e foi uma experiência bem rica. Eram professoras de dança do ventre e bailarinas buscando informações sobre a formação profissional em dança do ventre. Eram de diferentes lugares, principalmente interior de São Paulo. A experiência foi enriquecedora – é sempre muito construtiva essa troca com um público que não está acostumado com o nosso trabalho (fora das redes sociais). O contato direto, a troca de experiências, poder ouvir o público que te acompanha é muito bom, gratificante. Considero fundamental para os festivais propiciarem espaços para troca de experiências com palestras como essa que ministrei, e como as demais que tiveram no Fórum do Festival. O público participante de festivais precisa ser educado para a importância do debate e da instrução teórica que pode contribuir muito para o seu desenvolvimento profissional e consciência crítica.
OFICINA BRUNA NASSIF
O tema da oficina foi Aquecimento x Alongamento, com o propósito de promover saúde em sala de aula por meio do direcionamento e planejamento correto das aulas. Entre as participantes, que foram cerca de 10, acredito que a maioria era de bailarinas profissionais, sendo que 3 já haviam feito o curso de BellyFitness comigo em outras ocasiões. Essa experiência foi significativa para colocar um novo tema no “circuito de aulas” do mercado e, pessoalmente, tirar do papel e da teoria algo que já escrevi na coluna da Shimmie, fazendo com que as pessoas visualizassem aquilo que quis dizer na matéria. O Fórum é importante para fazer circular mais pessoas entre as aulas com propostas gratuitas, mostrar o vasto e amplo repertório de temas e cursos que os profissionais estudam, e oferecer qualidade para quem deseja se aprimorar.
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Neste ano, a Shimmie resolveu inovar e fazer uma semana inteira dedicada à dança, arte e cultura árabe. Da segunda-feira, dia 24/09, até o domingo, dia 30, foram diversos workshops, seminários e debates, visando uma imersão completa no universo da dança. Houve 3 participantes que mergulharam completamente nesta experiência, participando de praticamente todos os eventos da programação. Abaixo, elas dividem um pouquinho como foi ter essa vivência intensiva.
FRANCYNNE HERNANDES
LILIAN MARINHO
LUANA BRANDÃO
“Nem preciso falar que achei incrível fazer essa overdose de dança do ventre nas atividades da Shimmie. Foi uma loucura, meu corpo cansou, mas minha mente e minha alma ficaram preenchidas com tantos conhecimentos novos. Foi sensacional conhecer profissionais com quem nunca tivera contato de aulas, alguns fora do meio oriental. Acho que obrigação de bailarina é estudar, e fico muito feliz do Festival proporcionar e se desafiar com tudo isso, feito com tanto carinho e tanta competência, principalmente trazendo palestras que abordam diferentes assuntos que podem agregar à dança oriental para ajudar nosso mercado a se desenvolver e crescer mais. Essas atividades foram essenciais para o momento de bailarina/professora pelo qual estou passando, e considero essencial ter tudo isso, principalmente de pessoas diferentes da nossa área e que nos mostram outras portas, referências e outras visões de mundo do que estamos habituadas no nosso “bellydance bolha”. Ano que vem participarei novamente e digo: conhecimento e estudo nunca são demais, nunca são perdidos. Obrigada Dani e Josi por elevar o mercado da dança para este patamar tão sério!”
“A semana do Fórum Orienta foi, além de muito conteúdo e muito aprendizado com os melhores profissionais que se pode juntar num pacote só, uma viagem pelas mulheres da minha vida, as que eu fui e que conheci... Achei a organização impecável, e tive, durante a semana, a Dani e a Josi ali como minhas “mamães” – elas ficaram o tempo todo conosco, o que para mim foi uma segurança sem tamanho. Eu digo para todos que este Festival foi um divisor na minha vida de bailarina, mulher, esposa e em todos os setores da minha vida! Amei, virei fã, e ano que vem eu vou de novo!”
“Tendo a dança do ventre como uma das minhas maiores paixões, o desejo de aprender mais sempre esteve presente, e devido ao Festival Shimmie, consegui estar em contato com ela durante todo o dia, por uma semana. Foi-me proporcionado uma imersão total na dança, pois além dos shows e palestras, tive acesso a aulas práticas e teóricas, ministradas por profissionais incríveis. Me senti extremamente acolhida e tudo que aprendi me acrescentou não só como bailarina, mas também como pessoa; sendo assim, só tenho a agradecer pela experiência fantástica.”
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fórum orienta . IMERSÃO
IMERSÃO TOTAL I FÓRUM ORIENTA
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festival . MOSTRA BELLYBLACK
MOVIMENTO BELLYBLACK
“A revolução não acontece quando a sociedade adota novas ferramentas. Acontece quando a sociedade adota novos comportamentos.” Clay Shirk
no Festival Shimmie São Paulo E foi assim no Festival Shimmie São Paulo 2018. Um festival diferente, diverso e consciente. Uma série de ações, com intuito de dar voz e visibilidade às bailarinas negras da dança do ventre brasileira, aconteceram nos dias 29 e 30 de setembro no Teatro Eva Wilma – SP. Mas o que ocorreu para que esse novo olhar tomasse forma? Tudo começou com a grande repercussão da primeira capa com uma bailarina negra na Revista Shimmie em maio de 2017 – Angela Cheirosa – que trouxe à tona a importância e a necessidade das bailarinas negras de se sentirem representadas nessa arte, prioritariamente branca. Palavras de ordem como Representatividade e Visibilidade ganharam força em todos os segmentos da sociedade, e na dança do ventre não está sendo diferente. De lá pra cá, as discussões acerca da representatividade negra na dança do ventre se intensificaram e ações práticas precisavam ser tomadas: nasce assim o Movimento BellyBlack e a Mostra BellyBlack no Festival Shimmie São Paulo 2018. AS AÇÕES WORKSHOP COM ANGELA CHEIROSA Angela Cheirosa - BA, professora, bailarina e coreógrafa de dança do ventre, mantenedora do projeto Flor de Lótus que há seis anos empodera mulheres em situação de vulnerabilidade através da dança do ventre. A aula aconteceu na manhã de sábado, dia 29, e muito mais do que um workshop, foi uma celebração.
para mim. Me fez pensar sobre tantas atitudes de racismo que temos as vezes sem perceber. Me fez enxergar o quanto a sociedade maltrata essas meninas lindas, o quanto elas não se sentem representadas e respeitadas dentro do mundo da dança do ventre e da sociedade como um todo. E me fez ver que a nossa missão é fazer com que o mundo as veja, com essa beleza tão forte. Fazer com que elas se sintam acolhidas, abraçadas e amadas. E abrir as portas do amor para que o racismo e a intolerância não tenham mais vez. Amei participar do debate com elas. E desse debate estamos fazendo nascer uma semente BellyBlack no MS. Para que nossas meninas negras possam dançar sem medo ou vergonha de sua beleza. Hanna Aysha/ MS
”
MESA EMPODERAMENTO No domingo de Festival, o tema Empoderamento Feminino foi abordado na mesa redonda com Ju Marconato e Angela Cheirosa. Foi mais uma oportunidade para abordar as questões raciais no que se refere à estima da mulher negra dentro da dança do ventre e como o conceito de empoderamento pode ser trabalhado de forma a diminuir as distâncias e preconceitos no meio da dança. Estar ao lado da Ju Marconato, num momento de pura celebração ao “ feminino foi incrível! Ali éramos todas sagradas e cada palavra que dizíamos parecia tocar o íntimo de cada pessoa. A dança nos proporciona esses momentos de êxtase. Angela Cheirosa
”
“ Pra mim, estar ali, com gente de todo o Brasil, celebrando a nossa “ história, a nossa arte, foi muito mais que um workshop, foi um marco que sinalizava que dias melhores estão por vir. Eu me senti feliz em ser a primeira bailarina negra professora de um festival dessa magnitude, mas o sentimento que me tomava era: serei a primeira de muitas. Angela Cheirosa
”
O workshop de Angela Cheirosa encheu o meu coração de ale“ gria por conta da diversidade, representatividade e das mulheres incríveis que participaram. Além disso o tema escolhido (um shaabi) foi gostoso e a abordagem didática de Angela tornou tudo leve e divertido. Patrícia Morgado/RJ
”
MESA REPRESENTATIVIDADE No sábado à tarde aconteceu a mesa redonda sobre representatividade negra na dança do ventre com mediação de Angela Cheirosa/BA, Ivis Telles/MG e Luciana Nogueira/RJ. Esse foi o momento em que bailarinas negras e não-negras olharam nos olhos e tiveram uma conversa franca e amorosa. Falaram das suas dores, necessidades, percepções e sentimentos. A pauta foi diversa e tratou de assuntos como a estética negra, a participação em concursos, presença negra em destaque no mercado da dança e na mídia, racismo em eventos e nas redes sociais, a origem negra da dança, empatia, respeito e sororidade.
“
Participar da mesa representatividade com a querida Ângela Cheirosa e as meninas da mostra BellyBlack foi muito importante
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Foi uma experiência incrível participar do fórum ao lado de Angela Cheirosa. Juntas complementamos ideias, e um clima de reflexão se instalava no ar. O público foi muito atento e receptivo. Sem dúvida uma experiência enriquecedora. Ju Marconato
”
MOSTRA BELLYBLACK A primeira Mostra BellyBlack foi um marco. Bailarinas negras de todo o Brasil se reuniram e encheram o palco do Festival Shimmie São Paulo de representatividade, com danças intensas, cheias de técnica e sentimento. Foi um momento histórico, tanto para as participantes como para a plateia que presenciou esse momento. Participar de uma mostra de Dança do Ventre só com mulheres ne“ gras, foi um sonho realizado. Amei cada momento, adorei conhecer mulheres tão incríveis. Por muito tempo me senti deslocada na dança por não ter referências de mulheres negras. Hoje vejo mulheres negras, lindas, corajosas, mulheres unidas prontas para se ajudar e lutar pelo nosso reconhecimento e mostrar que temos tanto talento quanto qualquer outra bailarina branca, pois talento não depende da cor da pele, e sim de dedicação! Me sinto muito honrada em fazer parte desse acontecimento histórico na Dança do Ventre. Marília Nicácio/SP
”
“
Dançar no bloco Bellyblack foi a maior emoção que senti nesses 15 anos de dança. Me senti acolhida e entre os meus. Dancei com alma e a minha verdade. Josy Zahara/SP
“
”
Ver tantas bailarinas negras tendo a oportunidade de mostrar o que sabem fazer, mostrando todo seu sentimento, dedicação e investimento
pra nos trazer uma apresentação maravilhosa foi incrível, e ter a oportunidade de ver uma Flor de Lótus, Elaine Alves, no palco do Festival da Shimmie 2018 nos trouxe tanto orgulho e mostra que com todas as dificuldades ainda vale a pena buscar fazer o que se ama. Graças à nossa professora, idealizadora do projeto Flor de Lótus, todas nós hoje, podemos nos sentir representadas em qualquer lugar, não só na dança, mas na vida. Aline Alves/Projeto Flor de Lótus
”
Elaine Alves
Anandah
Shirley Cunha
Eu não estava preparada! Aliás, ninguém na plateia estava. Fui provo“ cada, sacudida e impactada, e assim que tinha que ser. A cada momento, toda aquela certeza do “agora siiiim!” ia crescendo, cada performance com seu recado, motivação, doçura, força, afronta. O BellyBlack chegou chegando, pra ficar, pra brilhar, pra mostrar que é indispensável. Esse acontecimento trouxe olhos de encantamento e admiração, de reconhecimento e identificação, diferente daqueles olhares de antes, cheios de estranhamento! Vida longa ao BellyBlack. Gabriela Tavares/BA
Joice Amaral
Josy Zahara
festival . MOSTRA BELLYBLACK
Apresentação BellyBlack
Marília Nicacio
”
“
Dançar é intrínseco à humanidade. Ver bailarinas negras, lindas e empoderadas dançando com seus corpos, cabelos e turbantes, sem culpas, despidas de estereótipos, mostrando a beleza individual e coletiva da mulher que luta pelo seu espaço na sociedade atual, é sublime. A dança do bellyblack traduz todo o esforço e dedicação, ancestralidade, amor e paixão, muita luta por reconhecimento e espaço, além de dedicação e investimento, para cultuar uma tradição milenar. Mestre Soldado/BA
Verônica Vanessa
Roberta Kalili
Patricia Maria da Silva
”
APRESENTAÇÃO SURPRESA No meio do Festival, uma surpresa! Bailarina negras de diversos Estados do Brasil se reuniram e proporcionaram ao público uma apresentação cheia de diversidade e emoção. Diversos ritmos populares, do afoxé ao funk, foram utilizados nas fusões, finalizadas com um solo de derbake da bailarina mineira Paula Telles. A responsabilidade de ser a primeira bailarina negra a tocar nos “ maiores eventos de Minas Gerais e São Paulo tornou estes dois momen-
Luciana Nogueira
Ivis e Paula Telles
Rayara Rodrigues
Tamiris Amirah
Resistência BellyBlack
tos os melhores destes 9 anos de dança. A gratidão, pela confiança em mim depositada e o reconhecimento do meu trabalho, vai além do que as palavras podem traduzir. Paula Telles/MG
”
“
Em um momento em que a cultura é tão renegada, ter a oportunidade de ver e sentir a junção da dança enquanto protesto e representatividade do povo negro foi uma experiência ímpar. Me emocionei como em poucas vezes, prova de que a arte não é só dança, não é só beleza, é luta, é amor, é sentimento. Marcelo Veneri.
”
Nas redes sociais, o movimento foi bem recebido pelas pessoas e houve o entendimento da necessidade e da urgência em se promover ações que fomentem a discussão sobre a participação da mulher negra na dança do ventre, bem como as questões do preconceito, visibilidade e diversidade no meio da dança. Emocionada, parabéns a todas envolvidas, parabéns Angela Cheirosa pela sensibilidade e por enaltecer a mulher e as alunas. Deus abençoe! Normasi Alves/ BA
Workshop Angela Cheirosa
“
”
Mesa Representatividade shimmie.com.br
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fórum orienta . SEMINÁRIOS ACADÊMICOS 12
SEMINÁRIOS ACADÊMICOS Os Seminários Acadêmicos surgiram com o intuito de possibilitar o diálogo entre eventos de dança e as produções acadêmicas sobre dança do ventre, proposto e coordenado pelas Mestras Liana Matos Araújo (Antropologia) e Thaís da Silva Baptista (Educação Física) O objetivo era oferecer um espaço de debate sobre a produção científica, na área da dança, produzida por pesquisadores em diversas áreas do conhecimento e tornar mais acessível monografias, dissertações e teses ao público que consome essa cultura milenar. Essa primeira edição teve como tema central “Dança do Ventre sem Fronteiras: Sujeitos, Saberes e Práticas”, o qual foi subdivido em três grupos de trabalhos por afinidade temática. A apresentação dos trabalhos selecionados aconteceu na manhã do dia 27 de setembro com a presença dos autores dos artigos e de participantes ouvintes que estavam curiosos sobre essas produções. O público esteve presente - bailarinas profissionais, amadoras, estudantes, pesquisadores - se dispôs a ouvir sobre essas produções e debater sobre várias temáticas dentro do universo da dança do ventre. Nesse cenário de debates, trabalhos apresentados e discussões suscitadas os Seminários Acadêmicos trouxeram temáticas diversificadas como: “Ventre colonizado: intersecções entre a pintura orientalista e a dança árabe” - Nina Nayad; Para além do velho e o novo em moda: o Upcycling no desenvolvimento de figurino de dança do ventre clássica – Suélen Carolini de Paula; Expressões: deixe sua imaginação mudar a sua dança – Marieli Maio Braga; A dança do ventre: movimento e expressão – Thaís da Silva Baptista; Método BellyMamãe: uma proposta de estudo da Dança do Ventre para Gestantes, Mamães e Bebês – Liana Matos Araújo. Assim, além de reunirmos um acervo variado e rico de temas que trazem a dança do ventre como escopo central em suas abordagens, foi possível debater cada trabalho, questionar os pesquisadores, indagar os colegas presentes no debate e levantar comentários sobre tudo apresentado no encontro. Um momento singular dentro do I Fórum Orienta que demarca uma linha temporal significativa nas discussões sobre essa arte que permeia a vivência de várias pessoas elevando o discurso sobre ela e estabelecendo, concretamente, a ponte entre eventos de dança do ventre e o mundo acadêmico. Liana Matos Araújo shimmie.com.br
LUGAR
2º LUGAR
NANDA ZOMPERO
3º
ILA CASSANDRA
LUGAR
1. Qual sua motivação para participar do concurso solo folclore? Me superar! O folclore sempre foi algo muito, muito difícil para mim. O meu corpo simplesmente travava diante do estilo e as principais razões eram emocionais, causadas por algumas experiências ruins ao tentar dançar um determinado folclore. Então, a minha motivação foi me desafiar perante ao júri e ao público para me resolver de vez com o que mais me incomodava, que era a sensação de incapacidade para este estilo de dança. 2. Como foi sua rotina de estudos? Muito intensa. Eu treinei entre 2.3 horas todos os dias num período de 38 dias que foi o tempo que tive entre minha inscrição e véspera do concurso. 3. Qual o folclore escolhido e como foi o desenvolvimento coreográfico do tema? O folclore escolhido foi o Saidi. Quando fiz a inscrição convidei o bailarino e professor de folclore árabe Téo Versiani para me direcionar neste interessante processo realizado à distância - enquanto eu estava em São Paulo, o Téo estava em Brasília. Construí então a coreografia e à medida que eu ia gravando, enviava os vídeos ao Téo, recebia de volta o feedback com as alterações necessárias, adaptações coreográficas criadas por ele, retorno sobre o desempenho técnico, se a energia e emoção estavam chegando até ele pelo vídeo, o que geralmente fica mais difícil do que estar vendo ao vivo, e assim fui entendendo o termômetro dessa força, alegria e energia que estão tão presentes no folclore de modo geral, e em especial no Saidi. 4. Qual seu recado para quem tem vontade de participar de concursos? Vá! Experimente e não perca a oportunidade se você tem vontade. Eu já participo de concursos há alguns anos e este foi um dos caminhos que eu escolhi para buscar evolução e superação na dança, pois observei que se trata de uma grande ferramenta para atingir um crescimento, desde o técnico até o emocional. Para mim valeu a experiência de cada concurso que participei até hoje, em qualquer categoria. Me ensinaram e ensinam a melhorar no que se faz necessário e traz cada vez mais com segurança o que desejo para minha bailarina.
concursos . SOLO FOLCLÓRICO
1º
1. Qual sua motivação para participar do concurso solo folclore? Eu amo concursos! Através deles, eu consigo melhorar como bailarina, me desafiar, além de ter a possibilidade de mostrar o meu trabalho e fazer o que eu mais amo: DANÇAR! 2. Como foi sua rotina de estudos? A minha rotina de estudos sempre é intensa! Eu costumo começar com o estudo da música, e tradução da mesma e depois vou treinando as ideias no meu corpo. E quando estou em período de festival, procuro separar de 30 min a 1h30 por dia pra treinar. 3. Qual o folclore escolhido e como foi o desenvolvimento coreográfico do tema? Dancei um Baladi! Este novo trabalho é de uma música feita para a bailarina Randa Kamel, eu adoro a energia da música e as possibilidades de interpretação que ela me dá! Eu sempre danço com improviso estudado, pois descobri que desta forma eu consigo transmitir melhor o que sinto e ser mais espontânea. Então, meus treinos são cheios de repetições, o que faz com que alguns momentos fiquem coreografados. 4. Qual seu recado para quem tem vontade de participar de concursos? Estude, estude muito! Não para ser melhor do que ninguém, mas pra evoluir e superar a si mesma. Poucas sensações são tão boas como a de subir no palco segura e feliz com o que está fazendo! E isso você só conseguirá treinando e estudando muito. Aproveite muito os feedbacks dos profissionais que te assistiram e aceite as críticas como forma de crescimento e evolução! Trabalhe em cima disso!
MAHAYLA SHEY
1. Qual sua motivação para participar do concurso solo folclore? Minha maior motivação é o amor pelo folclore, e a segunda seria valorizar esse estilo, sinto que o folclore é uma modalidade que a maioria das bailarinas faz “obrigatoriamente”, quando aparece na rotina clássica, mas o folclore é muito importante e remete à raiz de uma determinada região. Mostrar isso, pra mim, é a maior motivação. 2. Como foi sua rotina de estudos? Eu treinava toda semana, e próximo ao festival, eu intensifiquei o treino para diário, sempre focando nos movimentos que me dessem mais insegurança e instabilidade. Treinei o condicionamento também, pois o desgaste físico, e força muscular, principalmente nos braços, era alta. 3. Qual foi o folclore escolhido, e como foi o desenvolvimento coreográfico do tema? Dentro do saidi, escolhi representar os dois bastões, sabemos que, não é uma dança muito comum entre as bailarinas, por isso quis mostrar todo o desempenho, destreza e habilidade possível com esse acessório. Tentei ao máximo, mostrar todas as possibilidades de como usar dois bastões, sem que ficasse, muito circense, mas a utilização dos dois na composição coreográfica é totalmente performática, não deixei de pensar na dança, e na raiz, achar um equilibro é muito difícil, mas possível. 4. Qual o seu recado para quem tem vontade de participar de concurso? A coisa mais importante é ter foco, querer crescer, querer mostrar seu trabalho, pois as vezes, o maior prêmio nem sempre é o troféu, as vezes o maior prêmio é o aprendizado, o feedback, principalmente do júri, a emoção que você transmite pro público, as amizades e contatos que são feitos, vale muito a pena por todos esses ganhos, além do troféu.
PARTICIPANTES DO CONCURSO
Carolynne Rangel
Fernanda Gomes
Karol Sálua
Natalia de Oliveira
Natascha Eggers
Caliope Nahan
Yona Santos
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fórum orienta . RUMOS
VOCÊ SABIA? QUALQUER PESSOA PODE SER PROFESSOR DE DANÇA, MESMO SEM QUALIFICAÇÃO NENHUMA! A lei que 6533 de 1978 é a lei que rege a nossa profissão. Ela estabelece quem é artista: “Art 2°- Para os efeitos desta Lei é considerado: I - Artista, o profissional que cria, interpreta ou executa obra de caráter cultural de qualquer natureza, para efeito de exibição ou divulgação pública, através de meios de comunicação de massa ou em locais onde se realizam espetáculos de diversão pública.” Estabelece também que para atuar profissionalmente como artista é obrigatório o registro profissional no Ministério do Trabalho, que pode ser feito com o diploma (no nosso caso de nível superior ou técnico em Dança) ou por atestado de capacitação profissional emitido pelo sindicato (SATED ou Sindicato e Dança) para bailarino, coreografo ou maitre. Ou seja, para se apresentar profissionalmente, é obrigatório o registro profissional na DRT (Delegacia Regional do Trabalho), mas não para o professor. Para atuar em instituições formais de ensino (faculdades e cursos técnicos) é obrigatório o diploma, mas para atuar em cursos livres (como por exemplo, academias e estúdios de dança) não existe exigência legal. QUALQUER UM PODE SER PROFESSOR DE DANÇA EM CURSOS LIVRES, MAS PARA SE APRESENTAR PROFISSIONALMENTE É OBRIGATÓRIO O REGISTRO PROFISSIONAL.
Que os profissionais de Dança Árabe da sua cidade ou Estado pode m constituir um Fóru m Permanente para reu nir profissionais intere ssados em discutir cam inhos que somem pa ra crescimento da classe e que este FÓRUM é uma organização, sem fins lucrativos, que po derá representar a cla sse e produzir ações em conjunto para valoriza r a Dança Árabe em su a região? Existem expe riências como estas, de Fóruns de Dança (em geral) ou de Fóruns Cu ltura em todo o país.
PROFESSOR DE DANÇA NÃO PRECISA SER REGISTRADO NO CONSELHO DE EDUCAÇÃO FÍSICA O Tribunal Regional Federal da 3ª região decidiu que o Conselho de Educação não tem competência para fiscalizar o professor de dança, uma vez que a lei 9.696/1998, ao elencar as competências do profissional de Educação Física, entre elas, coordenar, planejar, programar, supervisionar, dinamizar, dirigir, organizar, avaliar e executar trabalhos, programas, planos e projetos, bem como prestar serviços de auditoria, consultoria e assessoria, dar treinamentos especializados, participar de equipes multidisciplinares e interdisciplinares e elaborar informes técnicos, científicos e pedagógicos, todos nas áreas de atividades físicas e do desporto, não abrange as atividades do profissional de dança. O desembargador diz nesta decisão que não devem ser confundidos os objetos da dança e das artes marciais, atividades lúdicas e de lazer, e os próprios da educação física. “Se toda atividade física se submeter à fiscalização do Conselho de Educação Física, nenhuma atividade humana escaparia da inscrição, posto que em todas se reclama o movimento corporal”.
O MEI NÃO CONTEMPLA O PROFISSIONAL DA DANÇA ro ofiO MEI (Micro Empreendedor Individual) é um regist ssional cial no governo de alguém que trabalha como profi , com 2008 em u Surgi io. autônomo ou tem um micro negóc trabade res milha a Lei nº 128, para tirar da informalidade ca. lhadores que não tinham nenhuma segurança jurídi mento Para ter seu registro como MEI é necessário ter fatura essitos requi os er atend 00, anual máximo de R$81.000, ades ativid das uma tabelecidos na lei e se enquadrar em Resolução econômicas (CNAEs) previstas no Anexo XI, da relaciona CGSN nº 140, de 22 de maio de 2018, o qual MEI. ao todas as atividades permitidas define a Ocorre que o anexo XI, no item 8592-9/02, que categoria de instrutor de Arte Cênica estabelece:
Instrutor(A) De Artes Cênicas 8592-9/02 Ensino De Artes Cênicas, Exceto Dança
nos enDesta forma, enquanto, profissionais de dança, não quadramos no MEI.
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fórum orienta . RUMOS
RUMOS
CONSTRUINDO O FUTURO QUE QUEREMOS PARA A DANÇA DO VENTRE Somos apaixonados pela Dança Árabe, mas esbarramos, em todos os cantos do país, em dificuldades quanto à profissionalização, mercado de trabalho, ética e outras tantas que constantemente conversamos nos bastidores. O que podemos fazer para melhorar o mercado de trabalho da nossa Dança? Afinal, somos parte deste mercado e o que muda o mundo são ações. Desta necessidade de olharmos juntos para o nosso meio com força para encarar o que precisa ser mudado e traçando ações concretas para alcançarmos as mudanças que queremos nasceu a mesa redonda RUMOS – Construindo o Futuro que queremos para a Dança do Ventre, idealizada por Clara Azevedo e Letícia Soares, com o apoio da Revista Shimmie, como parte da programação do Fórum Orienta 2018, em São Paulo. Nosso intuito foi trazer informações sobre questões relevantes para nosso meio, buscar juntos soluções para nossos problemas e preparar um futuro mais orientado para nossa classe. O que fazer em relação à qualidade da profissionalização, às atitudes antiéticas entre contratantes e contratados e outras tantas questões que envolvem nosso dia a dia? A informação é o primeiro passo. Saber o que pode ser feito ou não de forma concreta e legal. O segundo passo é focar em soluções. Temos uma paixão em comum, a DANÇA ÁRABE, se mantivermos o foco no quê nos une, poderemos encontrar
soluções, juntos, para o quê nos separa. Você acredita que se formássemos um Conselho com representantes eleitos por nós bailarinas seria um caminho para formalizar nossas necessidades? Se este Conselho pudesse orientar os órgãos regulamentadores de nossa dança, Sated ou Sindicatos de Dança, em como avaliar, definir bases e sugerir regras que seriam pedidas em bancas e avaliações dos sindicatos, além de se tornar referência para contratos, valores de cachê e de aulas, currículo mínimo e outras questões? Você acredita que isso transformaria nossa profissão? Você acredita que levar mais informação sobre a profissão para outros festivais e eventos seria importante? E que seria importante pensar em novas formas de avaliações em concursos? Estas foram algumas das idéias que surgiram na mesa redonda. Nós não temos receitas milagrosas, aliás, temos mais perguntas que respostas, mas acreditamos que SIM, é hora de parar de só reclamar e descobrir um caminho em que a Dança seja mais valorizada e respeitada, enquanto profissão e fazer artístico. Demos o primeiro passo: informando, conversando e buscando encontrar ações. Outros passos virão. Você topa construir com a gente a Dança do Ventre que queremos? Clara Azevedo e Letícia Soares shimmie.com.br
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Grupo Nira Lucchesi
Cia Ana Claudia Borges Academia Semíramis
Eleve Cia de Dança
Camila Arruda
Cia Janaina Dantas
Camila Danza
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Cia Zarifah
Cia Shaina Nur
Academia Semíramis
Bellykids. Kimberly Ayumi
Valdecy de Oliveira
Grupoi Camila Alcovér
apresentações . sábado
MOSTRAS
Cia Hana Yasbek
Hanna Aysha
Natascha Eggers
Paloma Caroline
Nayira Karam
Letícia Zanezi
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concursos . SOLO MODERNO 18
2º LUGAR
JESSICA ASSIS
1. SOBRE A BAILARINA Bailarina, Professora e Coreógrafa de Dança Oriental, especializada em Dança Clássica Oriental e Improviso, graduanda em Educação Física, Registrada no SATED sob o número 9796, Bailarina Profissional com o Selo de Competência Letícia Soares, Bailarina com Selo de Qualidade Carla Silveira, Bailarina credenciada no Método Belly Fitness por Bruna Nacif. Integrante da Cia. Brigitte Bacha de Dança do Ventre (Belo Horizonte), Organizadora e Coreógrafa do Grupo Nihna Dança Oriental Árabe (Belo Horizonte) e atuei como Bailarina e Coreógrafa no Ashra Dance Group por Yusk Abreu, com um trabalho exclusivo de Dança do Ventre Moderna e Fusões. Minha história com a arte começou há 15 anos, iniciei no Ballet Clássico, mas logo a Dança do Ventre entrou em minha vida e foi amor à primeira vista, já sabia que era aquilo que queria fazer para o resto da vida. Comecei então a buscar aperfeiçoamento com grandes ícones locais, nacionais e internacionais, por meio de aulas regulares, cursos, workshops e palestras. Buscando disseminar a cultura árabe com qualidade, responsabilidade e respeito, criei em 2016 a Cia. Jéssica Assis, buscando aliar técnica, teoria e conceitos da cultura oriental, proporcionando aos integrantes conhecimento e vivência da Dança do Ventre e Folclore Árabe. Atualmente ministro aulas no Studio Brigitte Bacha e em diversas escolas de dança de Belo Horizonte e região. Ministro workshops e participo de diversos shows, mostras, concursos e eventos culturais como bailarina e coreografa, sendo premiada em muitos deles. O ano de 2018 é um ano especial, pois dentre várias coisas maravilhosas, recebi o título de campeã na Categoria Solo Profissional do Festival Shimmie edição BH e o 2º lugar na edição de São Paulo, e em agosto realizei o meu espetáculo em comemoração aos meus quinze anos de Dança do Ventre, contando com um público de mais de 230 pessoas. 2. Como estudou as músicas da primeira fase? Qual a metodologia para estudo de improviso? Participar de concursos nos impulsiona e nos motiva a estudar, esse é um dos motivos pelo quais eu participo, gosto de desafios. Improviso sempre foi minha paixão. As músicas da 1º fase já eram conhecidas, inclusive algumas já foram objetos de estudos, mas como eram editadas, foi preciso reacostumar o ouvido com a nova composição apresentada. Sobre a metodologia, eu ouvi todas as músicas todos os dias, passei a dança-las em treinos diários com duração 2 horas cada, além de mapear as músicas por escrito. Como era uma lista extensa com 20 músicas, a cada dia dançava 10. Como minha base sempre foi a rotina oriental, sempre estudei muito sobre suas estruturas, o que facilitou, e foquei um pouco mais nas músicas que considerava mais difíceis. Gosto de colocar algumas “regrinhas” antes de soltar a música, assim vou ampliando repertório para poder improvisar com desenvoltura e variando movimentos. 3. Como foi o processo para criação da coreografia da segunda fase? A segunda fase foi desafiadora, afinal tínhamos a missão de dançar uma música moderna árabe trabalhando um dos 5 cinco sentidos em apenas 2 minutos. Fui direcionada e preparada por Priscylla Belle e sob suas orientações escolhemos o sentido do tato e a música da Banda: Harget Kar, dos cantores Samer Khaled e Ahmed Derabani – Mashup: Another Day in Paradise (Phil Collins) in Ala Baly (Aida El Ayoub), que foi traduzida pela mestra Brigitte Bacha. Depois começou a montagem coreográfica e figurino idealizados por Priscylla Belle e confeccionado pelo Atelier Rozeli Rodrigues (BH). Essa música atingiu em cheio o meu coração, me arrepiava toda vez que a ouvia e dançava. Foram semanas de preparação e limpeza, buscando, me concentrando e amando essa proposta com todos os meus poros. 4. Quais as dicas para as profissionais que desejam participar de concurso? Seja determinada, se dedique, se desafie, ouse, saia da zona de conforto, busque, se reinvente. ESTUDE. Sempre fui bailarina do estilo clássico, me inscrevi para o solo moderno e tive que sair da minha zona de conforto para levar algo novo e, claro, estimulante. Concursos são uma vitrine, e nos fazem crescer em muitos aspectos. Faça o seu melhor que o resto é consequência. Você tem a oportunidade de ser avaliada por mestres incríveis. Então se joga! Ganhar ou perder não importa, o importante é mostrar o seu trabalho, você só tem a ganhar com todo o processo. Uma vez ouvi de um professor que bailarina só “cresce” no palco, é o famoso treino é treino, jogo é jogo (risos). Dê o seu melhor sempre. Você verá o quanto sua bailarina cresce com isso, busque sempre se superar. Faça tudo com antecedência: leia o edital, fique atenta às regras, se inscreva, e no caso da Shimmie, leia e estude as revistas com calma e atenção. Procure bons profissionais para te dirigir, encare sempre como uma oportunidade. Dance sua verdade sempre. E o principal: Se divirta.
shimmie.com.br
3º LUGAR
MONIQUE DE KERVELEGAN
1. SOBRE A BAILARINA Me formei em ballet clássico na Escola Municipal de Bailados de São Paulo em 2003, mesmo ano em que conheci a dança do ventre. Fiz jazz, contemporâneo, street dance e dança de salão, mas nada mexe tanto com as minhas emoções quanto a dança oriental, talvez porque nela exista a possibilidade de misturar muitos estilos dependendo da vertente, e porque tenho descendência libanesa. Quando comecei, estudei DV durante 4 anos e tive que parar devido ao trabalho e à faculdade. Há 5 anos voltei e tive que recomeçar quase do zero, pois não lembrava nenhum ritmo e minha dança era bem amadora. Quando surgiu a oportunidade de dançar em um restaurante, saí da minha zona de conforto e comecei a estudar improvisos, porque até então só reproduzia coreografias. Logo outros restaurantes começaram a me chamar, e isso só me fez crescer como bailarina. Hoje em dia danço no Emirates, Duna’s, Sr.Glutton, Folha de Uva, Shahiya e faço parte do Grupo 1001 Noites. Em 2017 tive a honra de representar o Brasil no Líbano, junto com o Grupo 1001 Noites, na Copa do Mundo de Dabke, na qual ficamos em primeiro lugar. Nesse mesmo ano, junto com Kahina Bellydance Company, conquistamos primeiro lugar na categoria grupo clássico do Mercado Persa e terceiro lugar na categoria grupo fusão. Comecei a lecionar dança do ventre, ballet e jazz também no ano passado, e hoje em dia vivo em função da dança. 2. Como estudou as músicas da primeira fase? Qual a metodologia para estudo de improviso? A playlist da Shimmie foi a única que tocou no meu carro durante 2 meses. Imaginava movimentos incríveis enquanto dirigia, porém quando comecei a executa-los, não dava nada certo. Eu estava imaginando uma bailarina que não era eu. Então começou um processo de autoconhecimento. O que eu queria fazer versus o que meu corpo me permitia. Separei as músicas em que entraria com véu e as músicas que entraria sem. Separei também as músicas que eu tinha mais dificuldade e procurei ajuda das minhas professoras Kahina e Kaamilah, que me ensinaram as escutar a música de uma maneira mais refinada. O resultado no palco foi a soma do que me ensinaram com a verdade da minha bailarina. 3. Como foi o processo para criação da coreografia da segunda fase? Complexo, pois o tema foi complexo. Queria algo que realmente estivesse dentro da proposta desafiadora e tive a ideia de dançar vendada. Porém, achava que todas iriam ter essa ideia e quis diferenciar com a espada. Quando achei a música que eu queria, não dava pra cortar em 2 minutos de jeito nenhum. Quase desisti da categoria por conta disso, mas tive ajuda novamente da minha fada Kahina, que arrumou uma música para a minha ideia e me direcionou. 4. Quais as dicas para as profissionais que desejam participar de concurso? Estudem com professores que te inspirem, mas não tentem copia-los. Vocês poderão até ganhar se fizerem isso, mas nunca mostrarão identidade e verdade na arte. Mais vale ser lembrada porque tocou o público e deixou sua marca do que ser mais uma que só executou tudo corretamente.
PARTICIPANTES DO CONCURSO
Flavia Inci
Jéssica Souza
Talita Lelis
Thais Alvares
LUGAR
3º
VERÔNICA VANESSA
LUGAR
1. Sobre a bailarina. Verônica Vanessa é estudante de Arquitetura, bailarina e professora de Danças Árabes. Estudou Ballet Clássico desde os 8 anos de idade e em 2006, aos 12 anos, iniciou o estudo da dança do ventre com sua primeira professora Karina Oliveira. Desde então buscou aprofundar os conhecimentos na cultura e nas Danças Árabes estudando com grandes profissionais, participando de eventos na dança que estimulassem o autoconhecimento e melhorias e se disciplinando ao estudo contínuo. Se aprimorou em Dança de Salão com o professor André Uzêda. Hoje é umas das professoras do Studio Dance Baladi, escola referência em Dança do Ventre na Bahia, e faz parte do grupo profissional da bailarina e professora Fernanda Guerreiro. Em 2017, foi convidada pela Revista Shimmie para uma matéria na coluna “Com Vocês” onde bailarinas que estão em destaque no campo nacional contam sua trajetória na Dança do Ventre. Bailarina selecionada para o Grupo Mahaila El Helwa – Edição Interestadual em Outubro de 2018. Em maio de 2018, conquistou o 1º Lugar no Solo Profissional Taksim do Festival Nacional Shimmie Aracaju. 2. Como estudou as músicas da primeira fase? Qual a metodologia para estudo de improviso? Eu estudei todas as músicas e comecei a fazer uma listagem das características de cada música, dessa maneira consegui aprofundar tanto meu estudo teórico quanto prático. Passei a ouvir as músicas em todos os lugares possíveis, se ia para academia já fazia esteira ouvindo toda a playlist (risos). Algumas das músicas eram desconhecidas para mim, então foquei um pouco mais nelas. Nos estudos práticos, eu treinava sempre que sobrava um tempinho, às vezes entre uma aula e outra, mas não deixava de estudar pelo menos duas vezes na semana, esse processo foi enriquecedor e, consequentemente, me fez desenvolver mais a minha bailarina. 3. Como foi o processo de estudo para a segunda fase? Para a segunda fase, quando descobri que seria um taksim, fiquei muito animada, porque é um dos estilos que me identifico muito, mas também tive a consciência que seu grau de dificuldade seria alto, por isso passei a me aprofundar ainda mais sobre o tema. 4. Quais as dicas para as profissionais que desejam participar de concurso? Se dedicar e sonhar nos fazem voar por caminhos que as vezes achamos que nunca iriamos conseguir. Por isso, trabalhar duro, dar seu melhor e acreditar são a fórmula que eu acredito ser a base para tudo. Aproveite o processo, se desafie, vivencie toda a experiência e apenas sinta o desenvolvimento acontecer. Lembre-se: a “competição” é com você mesma, seja seu melhor sempre!
concursos . SOLO TAKSIM
2º
INGREDI MENDES
1. Sobre a bailarina. Iniciei meus estudos em dança do ventre em 2002. Sou bailarina Noites no Harém Khan el Khalili desde 2013. Já participei de diversos concursos, dentre eles: Hathor Festival 1º Lugar em 2015, em 2016 1º lugar no CIAD São Paulo e 1º lugar no troféu Carla Silveira regional Curitiba, 3º Lugar Fiel da Luxor, em 2017 1º Lugar Internacional no Miami Bellydance Convention e 2º Lugar no Festival Shimmie , em 2018 3º Lugar Mercado Persa no Solo Profissional Star e 3º Lugar no Festival Shimmie. Já ministrei workshops no Rio de Janeiro, Espírito Santo, em Miami e Curitiba, onde também dou aulas regularmente. 2. Como estudou as músicas da primeira fase? Qual a metodologia para estudo de improviso? Sinceramente, não consegui estudar a fundo as músicas. Casei em setembro e quando cheguei da lua de mel tinha apenas uma semana para a Shimmie, então foi tudo tão na correria que acabei não estudando muito as músicas. Mas, como em toda a minha trajetória da dança, eu sempre trabalhei e estudei improvisos, o que me ajudou. Além de que amo improvisar, me sinto livre, à vontade e sem a obrigação de lembrar da coreografia. Sobre meus estudos, estudei muito sobre a estrutura da música árabe, ritmos, instrumentos, humores, etc, o que me facilitou muito para trabalhar com o improviso de músicas que nunca ouvi. Sempre que consigo músicas novas e desconhecidas, danço elas sem nunca ter ouvido e filmo para ver o resultado. 3. Como foi o processo de estudo para a segunda fase? Dançar kanoum ao vivo, para mim, não foi uma competição ou uma obrigação, e sim um PRESENTE! Há alguns anos fiz um workshop com o George Sawa no Mosaico da Shangrila, onde ele tocou o kanoun, ali pertinho de nós, sem nenhuma interferência mecânica, aquilo foi tão mágico que nunca saiu da minha memória e do meu coração, e, desde então, alimentei esse sonho de dançar esse instrumento mágico ao vivo como solista. Como não tive tempo de estudar, apenas peguei aquele momento e me deixei levar pelas notas, pela vibração do som, foi algo tão incrível que indiferente do resultado, foi tão gratificante que valeu cada segundo! Sou grata à Josi e a Dani por nos permitir vivenciar esse momento. Estudo é sim muito importante, nos traz toda a base e qualidade na dança, mas quando somamos nossos estudos diários (sempre temos que manter um estudo regular para que possamos ter uma boa evolução, e não apenas para momentos específicos) com a emoção é uma realização tão grande, nos surpreendemos com o resultado! O importante é não se cobrar tanto a ponto de se auto boicotar, eu fazia muito isso comigo, mas parei, agora quero curtir, ser feliz e dançar! 4. Quais as dicas para as profissionais que desejam participar de concurso? Eu sempre amei concursos. Claro que a premiação faz parte, afinal, quem não quer ganhar? Mas adoro pois, quando estou na coxia esperando pra entrar, sinto o coração bater forte, sinto o sangue correr nas veias, me sinto VIVA! Faz a minha vida e meus esforços valerem a pena. Amo os comentários dos jurados, é sempre muito importante ter outros pontos de vistas sobre a nossa dança, gosto do resultado que os estudos mais focados me trazem, gosto do retorno das pessoas que assistem, gosto de estar entre as amigas...Acredito que essa é a resposta, é fazer o que SE AMA. Creio que tem que participar de concurso quem curte essa vibe, quem gosta de ser avaliado, gosta de adrenalina, gosta de estudar para um determinado momento, gosta de desafios e que quer ser tirado da zona se conforto, porque sim, concursos nos tiram desse lugar. Se fazemos o que gostamos, independente do resultado, estaremos felizes!
PARTICIPANTES DO CONCURSO
Aline Mucci
Ana Martin
Bia Samia
Ciça Kfouri
Esmeralda Saadeh
Francynne Hernandes
Helo Dib
Ila Cassandra
Joice Amaral
Monyque Munir
Muneerah Runny
Natasha Gonçalves
Rayara Rodrigues
Renata Garcia
Rubi el Suheil
Tati Lamas
Tatiana Ferreira
Caliope Nahan
Monique de Kervelegan
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19
concursos . SOLO CLÁSSICO
1. Qual sua motivação para participar de concurso solo clássico? Minha motivação sempre foi buscar melhorias. Sempre fui de me desafiar, e num solo clássico o desafio foi grande. Foi importante estudar para que eu entendesse o objetivo. E poder dar exemplo para algumas meninas que me veem como uma personalidade a ser seguida. A beleza e o encantamento do clássico são o foco. 2. Como foi sua rotina de estudos? Intensa. Eu busquei me conectar com a música e com o que meu corpo queria dizer através dos movimentos. Eu e minha professora Jéssica Souza tivemos dias de conversa para nos preparar para o grande dia. Procurei realizar os movimentos na maior amplitude possível e da melhor maneira, sempre. 3. Qual seu recado para quem tem vontade de participar de concursos? Meu recado para os que desejam participar e alcançar o pódio é: não desista. Eu sei que é clichê. Eu já tive notas baixas em concursos e busquei melhorar sempre. Leia os comentários dos jurados, procure buscar referências e esteja atento (a) nas aulas. Tenha foco sempre, é isso que te faz melhorar. Se não der de primeira, terão mais vezes para conseguir, o importante é persistir!
1º LUGAR
2º LUGAR
MEMPHIS DE WINDSOR
MARIANA PAIXÃO
1. Qual sua motivação para participar de concurso solo clássico? O que me motivou foi a vontade de mostrar meu trabalho e ser avaliada. Seguir um caminho meu, com minha personalidade, sempre foi meu sonho. Como estudei muito tempo danças urbanas e estudo danças e simbologias africanas e dança cigana, resolvi desenhar minha rotina e trazer nela um pouco de cada dança referida e toda minha essência. 2. Como foi sua rotina de estudos? Bom, durante os meus estudos, eu apliquei técnicas de balé e pilates para me dar resistência e tônus. Além disso, estruturei todas as partes da música, humores, leitura musical exata, colocação de movimentos simbólicos africanos e entrada / colocações em pontos estratégicos no palco para que pudesse mostrar cada acentuação, seja de qualquer ponto do corpo. Minhas professoras, Jackie Valles e Elaine Rollemberg me auxiliaram muito. 3. Qual seu recado para quem tem vontade de participar de concursos? Participem sempre que se sentirem bem. Os Feedbacks da banca são importantes e necessários para seu crescimento como bailarina, mas não esqueça que participar de concursos independe de colocações. Primeiro de tudo, mostrar o sentido da dança do ventre pra você. Entrar no palco precisa ser uma questão de liberdade, de mostrar quem você é e seus diferenciais.
20
shimmie.com.br
PARTICIPANTES DO CONCURSO
3º LUGAR
Alana Borgui
Ana Clara
Ana Gabriela
Cilmara Sena
Dienifer Gomes
Jessica Cruz
Mayra Guimarães
Monique Vescovi
Nataly Pires
Paula Covo
Tatiane Ribeiro
Tauany Pazini
Vanessa Bastos
Yuki Yasuoka
BÁRBARA CERQUEIRA
1. Qual sua motivação para participar de concurso solo clássico? Sempre gostei de dançar um pouco de tudo em uma apresentação, e na rotina clássica consigo dançar o meu forte e o meu fraco, que vou aprimorando com o tempo. Participar de concurso para mim é isso, aprimorar a sua dança! 2. Como foi sua rotina de estudos? Tenho aula com minha professora uma vez por semana, montamos a coreografia e nas aulas íamos limpando trechos. No resto da semana treino bastante, para que na outra aula possamos limpar outras partes. O que me ajuda bastante também é assistir vídeos de outras bailarinas. 3. Qual seu recado para quem tem vontade de participar de concursos? Que tenha como seu maior objetivo superar a si mesma (o), melhorar cada dia mais a sua dança, com muita dedicação e treino.
1º LUGAR
VANESSA CEMBRANEL E MONIQUE VESCOVI
concursos . DUPLA CLÁSSICA
1. Qual sua motivação para participar de concurso? Monique e eu temos uma sintonia e um amor muito grande por dançar rotinas em dupla, já fazemos isso desde 2015, quando inclusive conquistamos o 1º lugar no Festival Shimmie. Estamos sempre motivadas para este trabalho e com nossa lista de músicas para coreografar. 2. Como foi desenvolvida e elaborada a coreografia? Como sempre, eu desenvolvo a coreografia através da escolha da música, e a partir disso crio a parte técnica e expressiva para a dupla. “Touba” é uma música bastante improvável, para desenvolvimento em dupla ou grupo, mas acho que ela traz recordações da história de todas nós, então foi muito fácil e divertido desenvolver e ensaiar. 3. Como foi a rotina de ensaios e preparação para o festival? A nossa rotina de ensaios é, na verdade, insuficiente devido à falta de tempo, nos encontramos mais ou menos 1 vez por semana, mas nos divertimos muito e sempre levamos muito à sério a questão técnica. Como eu sou a coreógrafa e também bailarina, filmamos todos os ensaios para correção e limpeza. 4. Qual foi o principal desafio? O maior desafio foi buscar uma energia e expressão única para a dupla, já que a música resgata tão facilmente emoções individuais. Acho que dentro do trabalho de dupla isto é muito importante...a vibe tem que ser compatível.
PARTICIPANTES DO CONCURSO
Camila Alcovér e Talessa Pires
2º LUGAR
GISELLE BELLAS E FELIPE GIUSEPPE
1. Qual sua motivação para participar de concursos? Participar de concursos nos incentiva a estudar mais e ter muito mais comprometimento com a rotina de estudos. É uma forma também de apresentarmos o nosso trabalho a outras pessoas. E os prêmios também são um ótimo incentivo. 2. Como foi desenvolvida e elaborada a coreografia? A partir do estudo da música, mesclamos o gosto pessoal de cada um para elaborar a coreografia. Buscando sempre ser criativo, dinâmico e imprevisível. 3. Como foi a rotina de ensaios e a preparação para o festival? Não tivemos muitos ensaios, mas procuramos otimizar ao máximo o tempo em que estivemos juntos. A sintonia que tivemos um com o outro ajudou bastante para que tudo fluísse de forma rápida e tranquila. 4. Qual foi o principal desafio? Dançamos como casal, então o maior desafio foi não ser óbvio, pois não queríamos que ficasse “clichê”, procuramos colocar coisas que geralmente não vemos e gostamos em coreografias de casal.
3º LUGAR
LISLEINE DINIZ E GABRIELA NOVAIS
1. Qual sua motivação para participar de concurso? Nossa motivação para participar de concursos vem em poder divulgar o trabalho da Escola, que está há 36 anos em Taboão da Serra, assim como das bailarinas integrantes da Cia. de Danças e o meu, Lisleine Diniz, como coreógrafa. Além de agregar crescimento, conhecimento e vivência de palco para nossas bailarinas. 2. Como foi desenvolvida e elaborada a coreografia? A coreografia foi elaborada a partir do solo Clássico que a minha partner, Gabriela Novais, tinha apresentado em Nosso Sarau de 2018. Editamos para o tempo permitido no regulamento e adaptamos as sequências para dupla. 3. Como foi a rotina de ensaios e a preparação para o festival? Intensa, nós nos dedicamos ao máximo nas semanas que antecederam ao festival, para estarmos em sincronia no palco. 4. Qual foi o principal desafio? Como estamos em época de ensaio para o espetáculo de final de ano, o principal desafio foi encaixarmos um horário para o ensaio nas nossas agendas. Tudo deu certo!
Fernanda Pandolfi e Dieine Moraes
Helo Dib e Vanessa Duran
Tati Lamas e Luciene da Silva
Paula e Vanessa da Silva shimmie.com.br
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concursos . DUPLA MODERNA
1. Qual sua motivação para participar do concurso com sua dupla? Eu, Cilmara Sena, juntamente com Ana Paula Sena, já desenvolvemos um trabalho de dupla desde 2008, todo ano, seja como coreografia não competitiva ou participações em concursos. Nossa parceria vem se consolidando a cada ano, e nesses trabalhos, evoluímos tanto na dança em si, quanto espiritualmente. Abraçar uma responsabilidade de parceria requer muita perseverança e apoio de uma para com a outra. 2. Como foi desenvolvido e elaborado o tema moderno da coreografia? A motivação para escolhermos e definirmos o tema dessa coreografia foi querer trazer algo inédito no Brasil. Queríamos criar algo dentro da dança do ventre moderna, e assim trouxemos uma nova forma de execução do véu wings. 3. Como foi a rotina de ensaios e a preparação para o festival? Antes de começarmos os ensaios, estudamos muito sobre as modificações necessárias com o instrumento. Em seguida, começamos a estudar incansavelmente, todos os dias, os novos movimentos a serem executados, visto que a realização dos movimentos é diferente do wings tradicional. A partir daí, começamos a elaborar a coreografia, com os movimentos parcialmente dominados. Todo esse processo de estudo e ensaio levou em média 5 vezes na semana durante 5 meses. 4. Qual foi o principal desafio? Preparar essa coreografia foi um desafio do começo ao fim (risos). Desde estudar as modificações, até elaborar a coreografia, definir uma música que fosse harmônica com o instrumento, etc. Mas o mais desafiador foi estudar os movimentos, pois se trata de um instrumento novo no mundo bellydance.
1º LUGAR
CILMARA SENA E ANA PAULA SENA
2º
VANESSA CEMBRANEL E MONIQUE VESCOVI
LUGAR
3º LUGAR
1. Qual sua motivação para participar do concurso? A principal motivação sempre é o desafio da proposta, assim como oportunidade de estar dançando e mostrando nosso trabalho. 2. Como foi desenvolvido e elaborado o tema moderno da sua coreografia? Foi através da escolha da música, e assim pensar em uma energia e personagens adequados. 3. Como foi a rotina de ensaios e preparação para o festival? Na verdade, infelizmente ensaiamos muito pouco para esta modalidade, pois uma das integrantes da dupla teve complicações graves de saúde e eu como coreógrafa, de última hora, tive que assumir seu posto. 4. Qual foi o principal desafio? O principal desafio foi, de última hora, reestruturar e aprender a coreografia, já que eu não estava ensaiando.
PARTICIPANTES DO CONCURSO
Candace
22
shimmie.com.br
Isis Cristina e Silvia Amura
Cia Mahasin Luciana e Carol
ALINE MENDES E LUANA LUCCA
1. Qual sua motivação para participar do concurso? A principal motivação foi estabelecer um projeto juntas, criar uma rotina de estudos e divulgar mais a nossa dança. Há um tempo já pretendíamos isso, e agora a parceria foi formada, para este e para os próximos festivais. 2. Como foi desenvolvido e elaborado o tema moderno da sua coreografia? O tema foi desenvolvido em cima de uma música de percussão que já estávamos estudando. A percussão árabe é um estilo que ambas gostam muito. Para o tema moderno, pensamos em passos com jogadas de cabelo, pernas e deslocamentos, mas sem tirar o foco do repertório de quadril. 3. Como foi a rotina de ensaios e a preparação para o festival? Começamos a criar a coreografia em abril e seguimos com cerca de dois ensaios por mês, aumentando a frequência com a proximidade do Festival. 4. Qual foi o principal desafio? O principal desafio foi desenvolver uma percussão árabe mais “dinâmica”, usando passos modernos, já que a percussão trabalha com mais movimentos no lugar.
JÉSSICA SOUZA E VANESSA BARROS
2º
LILIAN DORTE E CALIOPE NAHAN
LUGAR
LUGAR
1. Qual sua motivação para participar de concurso com sua dupla? Nossa motivação foi compartilharmos do desejo de ter mais contato com o dabke, que é um folclore que gostamos muito. 2. Qual o folclore escolhido e como foi o desenvolvimento coreográfico do tema? Esta coreografia de dabke foi uma adaptação para dupla de um trabalho da professora Munira Magharib, feito para grupo. O seu trabalho coreográfico impecável unido ao forte conhecimento que ela tem (e transmite) de folclore nos deu segurança e embasamento pra subir ao palco não só como “executoras de passos”, mas como bailarinas. 3. Como foi a rotina de ensaios e a preparação para o festival? A base da coreografia já estava em nossos corpos, pois no estúdio da Munira o folclore é muito forte, então a maioria de nós tem uma “linguagem” em comum, nos bastou apenas realizar a adaptação - com orientação da própria Munira - e treino. Nos encontrávamos às sextas-feiras e sábados para ensaiar até as pernas caírem de cansaço. 4. Qual foi o principal desafio? Adaptar uma coreografia criada para um grupo grande para apenas duas pessoas, de forma a ficar, ao mesmo tempo, esteticamente bonito no palco e conceitualmente correto.
3º LUGAR
ACADEMIA SEMIRAMIS
LISLEINE DINIZ E THAIS HAYRA
1. Qual sua motivação para participar de concurso com sua dupla? Quando soubemos do concurso dupla folclórica logo ficamos empolgadas em elaborar uma coreografia, e assim, trabalharmos nossos conhecimentos com estudos do folclore egípcio. Durante o primeiro semestre, nas aulas regulares, trabalhei as técnicas aprendidas durante os estudos no Egito e em Nova York com professores egípcios. Encontramos uma música maravilhosa, isso nos motivou nos estudos e na nossa inscrição para o Festival Shimmie. 2. Qual o folclore escolhido e como foi o desenvolvimento coreográfico do tema? O folclore escolhido por nós foi o Said, também conhecido como Racks al Assay. Não demoramos na escolha, pois foi o folclore que mais estudamos com os mestres egípcios. Desenvolvemos nossa coreografia a partir da escolha da música, a qual fosse mais festiva e alegre, e assim encaixamos passos que demonstrassem alegria e o que foi estudado com nossos mestres. 3. Como foi a rotina de ensaios e a preparação para o festival? Nossa rotina de ensaios foi bem intensa. Pois ao longo desse mês (Setembro) também temos a preparação com o espetáculo da escola. Mas eu minha partner, conseguimos nos conciliar nos horários para os ensaios, e deu tudo certo! 4. Qual foi o principal desafio? Nosso principal desafio foi sincronizar os passos e principalmente o elemento que usamos, o bastão. Sincronizar o giro do bastão com a mesma intensidade foi desafiador, mas com contagem musical e as vezes que giramos com o elemento e a supervisão de nossa Diretora Geral, Semíramis Diniz, conseguimos.
concursos . DUPLA FOLCLÓRICA
1º
1. Qual sua motivação para participar de concurso com sua dupla? A categoria própria para dupla folclórica foi o que mais nos motivou. Já havíamos competido em outro concurso na categoria dupla show, porém queríamos a avaliação de jurados especializados em folclore árabe, sendo este o primeiro ano que dançamos folclore, então queríamos realmente saber se todo nosso estudo e nossa dança estavam correto. Ou seja, queríamos a princípio um feedback de profissionais da área, e acabamos saindo com o título, foi a maior e melhor surpresa que já tivemos. 2. Qual o folclore escolhido e como foi o desenvolvimento coreográfico do tema? Escolhemos o Iscandarani, um folclore ainda pouco conhecido no Brasil - vi um vídeo desse folclore e me apaixonei, logo imaginei fazer uma coreografia dele com a Cia, mas não deu certo devido à falta de homens que dançassem no Estúdio, então minha aluna Vanessa Bastos se propôs a caracterizar-se de homem para que pudéssemos dançar. Começamos a coreografar, porém tínhamos pouco conteúdo e muitas dúvidas e quanto mais pesquisávamos, mais confusas ficávamos. Foi então que decidimos procurar pela consultoria do professor de folclore Árabe Téo Versiani, que foi quem nos explicou e ensinou tudo e toda a história deste folclore, desde o surgimento, vestimentas, expressões, trejeitos e passos característicos. O Téo então corrigiu nossos erros e coreografou algumas partes da dança masculina. 3. Como foi a rotina de ensaios e a preparação para o festival? Foi uma rotina muito intensa e cansativa, além de ser muito corrida, pois só tínhamos basicamente a noite para treinar, então ensaiávamos das 21 às 23 horas, 3 vezes por semana. Sendo que no final de cada ensaio, filmávamos e mandávamos para o Téo corrigir, ele assistia e mandava as correções ou mudanças a serem feitas, e no próximo ensaio corrigíamos. 4. Qual foi o principal desafio? O nosso maior medo era que o júri não aceitasse a caracterização de uma mulher se passando por um homem, porém não tinha outra solução. Então, o maior desafio foi fazer a Vanessa realmente parecer um homem, dançar e agir como um homem Iscandarani de Alexandria, ou seja, um pescador, evitando que qualquer traço feminino fosse perceptível, ou influenciasse na avaliação.
PARTICIPANTES DO CONCURSO
Camila Ongaro e Felipe Giusepe
Cibele Garcia e Gabrieli Gonsali
Cilmara Sena e Ana Paula
Tati Lamas e Luciene da Silva
shimmie.com.br
23
Luciana Midlej Najla Nar
Fran Passos
Dalilah
Melinda James
Esmeralda
Natรกlia Capistrano
Angela Cheirosa
Ana Claudia Borges
Cia Talub
24
shimmie.com.br
Cia Ana Claudia Borges
Fernanda Guerreiro
Abertura . Coreรณgrafa Lunah Farah
Show de Gala SENTIDOS
Rebeca Sasaki
Munira Magharib
Jonathan Lanna
Natรกlia Piassi
Kaamilah Mourad
Kahina
Lunah Farah e Mahira Hasan shimmie.com.br
25
concursos . TRIO CLÁSSICO
1º LUGAR
ACADEMIA SEMÍRAMIS: KAORY TODO, LISLEINE DINIZ E THAIS HAYRA
1. Qual sua motivação para participar de concursos com sua Cia.? Nós participamos de concursos porque sempre queremos superar a nós mesmas, tanto em técnica, como em expressão e sincronia. Além de que, a cada concurso, temos a oportunidade de divulgar a nossa Escola e Cia. de Danças. 2. Como foi desenvolvida e elaborada a coreografia? A coreografia do Trio Clássico foi uma adaptação da coreografia de Grupo da nossa Cia. de Danças apresentada neste ano de 2018. De 9 integrantes, adaptei para 3. Dei muita atenção para os desenhos coreográficos. E claro, a sincronia, respiros, e braços e mãos com a mesma intensidade. Mas deu tudo certo.
3. Como foi a rotina de ensaios e a preparação para o festival? Intensa, nós nos dedicamos ao máximo nas semanas que antecederam ao festival, para estarmos em sincronia no palco. 4. Qual foi o principal desafio? Como nossa escola participou de várias mostras, duos, solos e grupo, o principal desafio foi conseguir tempo extra para os ensaios.
1. Qual sua motivação para participar de concursos com sua Cia.? Há 2 anos venho desenvolvendo um trabalho com meu grupo de dança, Senna e Magia, em participações em concursos, em várias categorias. E a minha maior motivação são minhas alunas, pois são meninas dedicadas, comprometidas, disciplinadas e determinadas. Não posso me doar menos do que isso a elas. E levar o trio para o concurso Shimmie, foi mais um passo dado para que possamos adquirir mais vivência da dança. 2. Como foi desenvolvida e elaborada a coreografia? A coreografia do trio clássico foi uma adaptação de uma coreografia feita para grupo. Como o grupo não pôde estar completo no evento da Shimmie, adaptamos para trio, para não perdermos a oportunidade de participação deste evento renomado. 3. Como foi a rotina de ensaios e a preparação para o festival? Independentemente de ser adaptação, foi trabalhado duas etapas. A elaboração da coreografia inicial para grupo, com duração em média de 5 vezes na semana, durante 5 meses, e depois para a adaptação de trio, foram trabalhados 3 vezes na semana, durante 2 meses. 4. Qual foi o principal desafio? Nesse caso específico, o principal desafio foi decorar as mudanças que foram feitas do grupo para o trio. Mudar de direção, e estar com menos bailarinas em palco, pode parecer que não, mas faz uma enorme diferença.
2º LUGAR
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CILMARA SENA, ANA PAULA SENA, LENA PACHECO
shimmie.com.br
1º LUGAR
2º LUGAR
concursos . TRIO MODERNO
1. Qual sua motivação para participar de concurso com sua Cia.? Já havíamos decidido ir pra o Shimmie SP com as coreografias em grupo, estávamos bem empolgadas para nossa primeira viagem, então decidimos levar todas as coreografias já dançadas pela Cia Zarifah. O Trio Moderno era uma delas, queríamos não só um novo como um grande desafio, de levar 14 coreografias para o concurso. Sendo essa nossa motivação, queríamos mostrar para nós mesmas que éramos capazes. 2. Como foi desenvolvido e elaborado o tema moderno da coreografia? Essa coreografia foi desenvolvida para a Noite Árabe do Estúdio De Dança Jéssica Souza em 2017, queríamos uma coreografia com Fan Veil (véu de leque). Busquei então por uma música moderna, que possibilitasse muitos giros para que o leque pudesse dar um efeito bonito. Após a escolha da música, trabalhei em cima de deslocamentos, giros e passos modernos que evidenciassem a beleza do instrumento. 3. Como foi a rotina de ensaios e a preparação para o festival? Até o meio do ano os ensaios eram feitos no horário de aula, duas vezes por semana, com uma hora de duração, porém, uma das integrantes começou a fazer faculdade à noite no segundo semestre deste ano. E como nossas aulas são a noite, tivemos que começar a ensaiar aos finais de semana, sábado à tarde e domingo à noite, era cansativo, mas muito compensador. 4.Qual foi o principal desafio? A dança com Fan Veil já é difícil dançando sozinha, em trio então se torna ainda mais trabalhosa. Por isso, com certeza, sincronizar os movimentos com os leques das três integrantes foi o maior desafio, principalmente durante os “aviões”.
DIENIFER GOMES, MAYRA GUIMARÃES, MEMPHIS DE WINDSOR
CILMARA SENA, ANA PAULA SENA, JÚLIA CRISTINA SILVA
1. Qual sua motivação para participar de concurso com sua Cia.? Há 2 anos venho desenvolvendo um trabalho com meu grupo de dança, Senna e Magia, em participações em concursos, em várias categorias. E a minha maior motivação são minhas alunas, pois são meninas dedicadas, comprometidas, disciplinadas e determinadas. Não posso me doar menos do que isso a elas. E levar o trio para o concurso Shimmie, foi mais um passo dado para que possamos adquirir mais vivência da dança. 2. Como foi desenvolvido e elaborado o tema moderno da coreografia? Para definirmos o nosso tema moderno partimos do ponto que queríamos utilizar instrumentos e passos de dança do ventre em músicas de outros estilos. Ao escolhermos o instrumento espada, nos veio a ideia de trabalharmos com o tema Piratas do Caribe, visto que seria uma mistura harmônica entre o instrumento, música e tema. A elaboração do tema foi pensada nos mínimos detalhes, como o figurino e suas cores, acessórios de encenação, modos diferentes de utilização da espada, proposta de ideia geral diferente dos já apresentados no mundo bellydance. 3. Como foi a rotina de ensaios e a preparação para o festival? Essa coreografia também foi uma adaptação de uma coreografia criada para grupo. Portanto, também foi feita em duas etapas. A elaboração da coreografia inicial para grupo, com duração em média de 5 vezes na semana, durante 5 meses, e depois para a adaptação de trio, foram trabalhados 3 vezes na semana, durante 2 meses. 4. Qual foi o principal desafio? Os desafios foram vários, mas o mais difícil foi executar os movimentos de chão, tentando fazê-los com calma e destreza, tudo isso de uma forma bem sincronizada no trio. De modo geral, a maior dificuldade foi manter a calma, não deixar o nervosismo tomar conta para que realizássemos um lindo trabalho com a espada.
3º LUGAR
CIA DEH VIAN
1. Qual sua motivação para participar de concursos com sua Cia.? A maior motivação é sempre pelo prazer de estar no palco fazendo aquilo que amo. Praticar, estudar mais que nunca pelo desenvolvimento, que é constante. 2. Como foi desenvolvido e elaborado o tema moderno da coreografia? Escolhi uma música de Bruno Mars porém numa versão árabe, utilizando também um Derbake. Usei movimentações mais despojadas trazendo alegria e intensidade para a coreografia. 3. Como foi a rotina de ensaios e a preparação para o festival? Os ensaios foram poucos, apenas 4. Decidi ir para o evento um mês antes. O foco nunca foi vencer e sim levar as alunas da CasaÁrabe Déh Vian para participar e prestigiar o festival Shimmie. 4. Qual foi o principal desafio? Se tratando de coreografia, acredito que o desafio maior desse trabalho é sincronizar os movimentos e mais ainda equilibrar as emoções para deixar o conjunto harmônico.
shimmie.com.br
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concursos . GRUPO MODERNO
1. Qual sua motivação para participar de concursos com sua Cia.? A motivação maior é sempre a amizade do grupo. Estamos juntas há muitos anos, e mesmo com o “para e volta” sempre damos um jeito de nos unir para um novo desafio. 2. Como foi desenvolvido e elaborado o tema moderno da coreografia? O tema é sempre algo inédito, algo que o público possa adorar ou odiar, porque nem sempre o novo é bem-vindo. Por isso, permanecemos na categoria moderno, para poder sair da caixinha e surpreender com nossos temas, que esse ano foi: Rainhas de Wakanda, que são divindades do antigo Egito, inspirado no filme Pantera Negra. 3. Como foi a rotina de ensaios e a preparação para o festival? Os ensaios são uma vez por semana, e, quando chega perto do festival, aumentamos para duas vezes na semana, e mais as reuniões com o grupo para decidirmos figurinos e acessórios que utilizaremos na composição da coreografia. 4. Qual foi o principal desafio? O principal desafio é falar sem palavras. Somente com o nosso corpo e expressividade contamos uma história, o que mais nos desafia é que as pessoas a entendam.
1º LUGAR
2º LUGAR
CIA JOELMA BRASIL
CIA ZARIFAH – PROFESSORA JÉSSICA SOUZA
1. Qual sua motivação para participar de concursos com sua Cia.? Já participávamos do Shimmie BH há 4 anos, mas neste ano tivemos uma grande melhora e resultados muito positivos neste concurso. Assim, decidimos que era hora de participar do Shimmie SP, um concurso maior e com pessoas diferentes das que estávamos habituadas a competir. Seria nossa primeira viagem e nosso primeiro grande desafio, o que foi a nossa motivação. 2. Como foi desenvolvido e elaborado o tema moderno da coreografia? Me apaixonei por essa música há anos atrás e queria que dançássemos ela com véu, porém, sendo de estilo moderno, um véu de seda comum não seria adequado. Foi então que tive a ideia de colocar um véu diferente, que hora parecesse parte da saia, hora seria separadamente o véu. Fizemos os testes, amei o efeito, e então comecei a montar a coreografia, visando que o véu desse um belo resultado. Assim, após tirá-lo, apostei nos desenhos coreográficos, mudanças de filas, formação em “V” e círculos que se cruzavam. 3. Como foi a rotina de ensaios e a preparação para o festival? Ensaiávamos nos dias de aula, 2 vezes por semana, 1 hora de ensaio cada dia, porém era pouco tempo, então aumentamos para 2 horas de ensaio até as 22 horas. Mas ainda não era suficiente, já que iriamos levar mais coreografias em outras categorias, por isso, começamos a fazer ensaios extras, às sextas a noite, sábados e domingos, entre 1h30 e 2 horas de duração. No início, foi bem difícil fazer com que todas se adaptassem a uma rotina tão puxada de ensaios, era complicado fazer os namorados e maridos entenderem a importância dos ensaios para o concurso, mas no final tudo deu certo e todos foram para São Paulo acompanhar as namoradas e esposas para ver o resultado de tanto trabalho. 4. Qual foi o principal desafio? De todas as coreografias que levamos, esta foi a última que começamos a ensaiar. Houve uma remontagem, (pois já havíamos dançado ela há 3 anos atrás), e tínhamos 3 integrantes que nunca haviam dançado ela. Então, o pouco tempo de ensaio para as que não sabiam foi o maior desafio, pois o estilo de véu que utilizamos era bem diferente do tradicional, o que dificultou bastante o aprendizado da coreografia.
3º LUGAR
CIA HELO DIB
1. Qual sua motivação para participar de concursos com sua Cia.? Eu vi nos concursos uma forma de estimular as alunas a terem uma meta, para juntas nos forçarmos a estudar e aperfeiçoar cada dia mais nossa dança, não só na preparação como também após os feedbacks dos jurados, que são tão importantes nesse processo de construção. 2. Como foi a rotina de ensaios e preparação para o festival? Começamos a nos preparar cedo. O tema foi desenvolvido no início do ano e fomos montando e aperfeiçoando a coreografia com o tempo e à medida que íamos dançando nos lugares e experimentando o que funcionava ou não. Foi um processo longo e muitas vezes cansativo, de muitos ensaios em finais de semana, mas valeu super a pena. 3.Qual foi o principal desafio? Acredito que o principal desafio foi tentar unir um grupo que possuía pensamentos, níveis técnicos, formações e experiências de dança tão distintas e transformá-lo num grupo onde cada uma tem sua importância, uma completa e ajuda a outra. Isso foi um desafio e tem sido muito gratificante.
PARTICIPANTES DO CONCURSO
Cia Nawar . Tania Dupin
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shimmie.com.br
Grupo Rá . Tati Lamas
LUGAR
CIA SHIVA NATARAJ – PROF. LUNAH FARAH
1. Qual sua motivação para participar de concursos com sua Cia? A Cia. participa de concursos porque acredita na evolução das integrantes em cada momento do processo, não somente pelos resultados finais. Nossa principal motivação vem do desejo de ampliar nossos conhecimentos como bailarinas, artistas, como pessoas e profissionais e a vontade de superar nossos desafios pessoais e em grupo. E a cada ano percebemos como esse processo é rico e gratificante, apesar de intenso e por vezes cansativo. Mesmo nos momentos de “derrota”, somos impulsionadas pelo desejo de aperfeiçoar, melhorar, crescer em todos os aspectos citados, então continuamos! 2. Como foi desenvolvida e elaborada a coreografia? A coreografia desse ano teve muitos pontos construídos com base nas nossas dificuldades anteriores e também no nosso melhor em grupo. Ela começou a ser criada em novembro do ano passado, e nos custou muito tempo até deixá-la “pronta” para o festival Shimmie e com a cara da Cia Shiva Nataraj. Nesse tempo, além da coreografia, trabalhamos com as bailarinas e toda a construção e desenvolvimento corporal e musical que eu precisaria para torná-la “campeã”. Quando construo algo para concursos, trabalho encima de estratégias usando variáveis, cálculos, definições, questões, problemas, antes
2º LUGAR
3º
CIA MAHIRA HASAN
LUGAR
1. Qual sua motivação para participar de concursos com sua Cia.? Minha maior motivação são minhas alunas integrantes do Grupo Mh. Elas estão sempre muito dedicadas, com sede de aprender e se superar a cada apresentação. Elas me inspiram a elaborar novas coreografias, explorar palcos novos e vivenciar novas possibilidades. 2. Como foi desenvolvida e elaborada a coreografia? Essa coreografia foi baseada em agilidade, impacto e desafios. Nosso trabalho anterior foi baseado em poesia, suavidade, fluidez. Dessa vez, queríamos o oposto. Por isso a escolha do repertório já foi pensando no novo foco. Escolhemos também um repertório menos conhecido e num arranjo diferenciado do original. 3. Como foi a rotina de ensaios e a preparação para o festival? Ensaiamos 2h por semana, e quando chega próximo aos festivais, marcamos ensaios extras. Além de aulas regulares variadas. Para o Festival Shimmie, tivemos a semana anterior bem agitada, com ensaios “da madrugada” das 22h às 23h30 (horário em que todas estão livres). Foi bem intenso, mas valeu muito a pena. 4. Qual foi o principal desafio? Acho que a musicalidade. É uma música que oferece muitas possibilidades diferentes. Além disso, seu tempo rítmico X melodia são diferenciados do padrão. Por isso, nosso principal desafio nesse trabalho foi a musicalidade, e em paralelo a sincronia.
PARTICIPANTES DO CONCURSO
Cia Adriana D’Angelo
Cia Carla Gomes
mesmo de procurar uma música e escolher os figurinos, é bem matemático esse processo pra mim, e sem ele, não consigo começar! A partir dessas e outras questões, eu já tenho informações suficientes do que precisamos e queremos abordar com a coreografia e eu falo de tudo: musicalidade, comunicação, expressividade, técnicas, etc. 3. Como foi a rotina de ensaios e preparação para o festival? Quase exaustiva! Fazemos ensaios semanais de 3h a 4h com a Cia, que se dividem em duas ou três partes: técnica, musicalidade e criação, numa agenda bem apertada entre eventos e feriados. Muitas vezes ensaiamos durante os finais de semana, além das aulas regulares que as integrantes da Cia se dedicam em outros dias da semana, como pilates, ballet, hip hop, musculação. 4. Qual foi seu principal desafio? Construir algo forte, energético, dinâmico e harmônico para um grupo que basicamente é leve, delicado, mas cheio de personalidade. Encarei como desafio nossos próprios pontos a melhorar: forças, terminações e impacto. Por isso a escolha da música mais volumosa, preenchida e marcante!
Cia Hadara Nur
concursos . GRUPO CLÁSSICO
1º
CIA KAAMILAH MOURAD
1. Qual sua motivação para participar de concursos com sua Cia.? Nossa principal motivação é sempre o nosso desenvolvimento! Sabemos que determinada habilidade a bailarina desenvolve diante do espelho, em sala de aula; e outras ela só desenvolve diante do público, em cima do palco! Desenvolver essas características e ainda receber o feedback de um júri extremamente competente para direcionar nossos estudos é sempre uma oportunidade muito valiosa para nós! 2. Como foi desenvolvida e elaborada a coreografia? Gosto de elaborar a coreografia em sala de aula, assim já vejo como vão ficando os desenhos e faço os ajustes necessários. Sempre existe algo que já está em mente para aquela música, um esboço, mas ela vai ganhando vida e se desenhando à medida em que vejo no corpo delas aquilo que está em minha mente. 3. Como foi a rotina de ensaios e preparação para o festival? Os ensaios aconteceram semanalmente com duração mínima de 1 hora e 30 minutos; algumas vezes passamos do tempo, outras vezes foram necessários mais encontros na semana. Tenho a sorte de ter comigo meninas talentosas e dedicadas que entendem a importância dos ensaios. 4. Qual foi o principal desafio? O principal desafio é que temos em nosso grupo bailarinas de diferentes níveis e em diferentes momentos na dança; isso é sempre muito desafiador para mim como coreógrafa. Sempre busco um equilíbrio e uma forma de valorizar o conhecimento de cada uma, de maneira a formar um grupo o mais homogêneo possível. Além de esforçadas, elas se ajudam muito entre si e isso torna tudo mais prazeroso e menos complicado.
Cia Helo Dib
Grupo Rá - Tati Lamas shimmie.com.br
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concursos . GRUPO FOLCLÓRICO
1º LUGAR
CIA YAHLIW DE DANÇA DO VENTRE E FOLCLORE ÁRABE DO RIO DE JANEIRO
ALINE MUCCI, CAROL RANGEL, DANNY RANGEL, LUCIANA GARCIA, LUCIANA KELLER E MAYRA ABREU
Coreografia Luciana Midlej e Adriana Almeida 1. Qual sua motivação para participar de concursos com sua Cia.? A nossa motivação é sempre o aprofundamento e estudo. Desafios como um concurso por exemplo, nos levam a um outro patamar, o estudo do tema e os ensaios constantes são fundamentais para nosso crescimento! 2. Qual o folclore escolhido e como foi o desenvolvimento coreográfico do tema? Esse ano dançamos Mambouty, mais conhecido como dança dos pescadores. É um folclore das cidades portuárias do Egito, dançado por homens e mulheres, representando
2º LUGAR
as atividades de pesca e marítimas. Me inspirei em grupos que dançam até hoje no Egito, mostrando um pouco das suas origens, músicas e costumes. 3. Como foi a rotina de ensaios e a preparação para o festival? Ensaiamos semanalmente e preparamos 2 ou 3 coreografias por ano para levarmos em diversos festivais. 4. Qual foi o principal desafio? Trabalhar com as colheres, acessório típico usado no Mambouty.
3º
NANDA ZOMPERO
LUGAR
1. Qual sua motivação para participar de concursos com sua Cia.? Eu sempre gostei de concursos! Sempre me fizeram ficar ativa nos estudos e me desafiar. Participar de um concurso com a minha Cia. de dança é uma realização que vai além. É a possibilidade de dançar em grupo, com alunas, dividindo a nossa paixão pela dança. É a chance de melhorar no coletivo, de evoluir em conjunto. 2. Qual o folclore escolhido e como foi o desenvolvimento coreográfico do tema? Dançamos um Baladi. A minha coreografia se chama Baladi Fifi pois foi feita em homenagem à bailarina Fifi Abdou. Eu sou fã da Fifi e a estudo há muito tempo, neste desenvolvimento coreográfico eu trabalho movimentações características dela associado a passos relacionados à interpretação da música. É um Baladi bem raiz! 3. Como foi a rotina de ensaios e a preparação para o festival? Cansativa! Temos ensaios semanais em um dia que muitas das meninas fazem aula, o que acaba tornando a rotina puxada. Além disso, por uma questão de divergência de agendas, esta coreografia tem variações que vão de 6 meninas no palco até 9. Ou seja, são muitas adaptações coreográficas! (risos) 4. Qual foi o principal desafio? Um dos desafios é a questão das adaptações como citei acima, fora isso tenho um grupo com meninas de níveis diferentes o que também dificulta o trabalho no quesito limpeza e sintonia. Mas uma das principais dificuldades acho que foi o de conseguir solta-las mais no palco, principalmente nos trechos de interpretação da música ou de brincadeira e interação!
GRUPO MUNIRA MAGHARIB
1. Qual sua motivação para participar de concursos com sua Cia.? Eu acredito que participar de concursos é um incentivo para o estudo e aprimoramento técnico e artístico de cada bailarina do grupo. 2. Qual o folclore escolhido e como foi o desenvolvimento coreográfico do tema? O tema foi Baladi. A escolha da música foi feita para desafiar o grupo. A música começa com um falahi muito rápido, exigindo bastante agilidade nas trocas, movimentos, além de manter a energia alta. Como a música também tem taksim, trabalhamos controle e sustentação. A concepção da coreografia foi feita para valorizar as qualidades das participantes e ao mesmo tempo, desenvolver sua técnica. 3. Como foi a rotina de ensaios e a preparação para o festival? Nós ensaiamos durante a aula, durante alguns meses, enquanto eu passava a coreografia e depois o ensaio passou a ser fora do horário de aula. 4. Qual foi o principal desafio? O principal desafio sempre é a sincronia, é igualar tamanho de movimentos, energia, detalhamento de braços, posição de cabeça e expressão.
PARTICIPANTES DO CONCURSO
Cia Mahasin
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Cia Shey
Cia Dani Camargo
Cia Zarifah
Grupo Nut
LUGAR
concursos . GRUPO FUSÃO
1º
CIA MAHASIN
1. Qual sua motivação para participar de concursos com sua Cia.? A Mahasin é, por essência, uma cia. de competição. Através das nossas participações em festivais, utilizamos os feedbacks para crescimento do grupo e também individual das integrantes. Participar de festivais sérios, como o da SHIMMIE, hoje, para nós, não faz parte apenas do processo de competir, e sim é uma oportunidade de mostrar nosso trabalho para o público da dança do ventre e mestres que nos inspiram. 2. Qual a fusão escolhida? Como foi desenvolvido e elaborado o tema da coreografia? A fusão escolhida foi com Flamenco - já havia sido sugerida pelas próprias integrantes em oportunidades anteriores, mas estava aguardando o momento certo para trabalhar com este tema. Primeiro, fizemos uma pesquisa teórica em cima do tema para entender sobre o figurino, movimentos e música. Nesta parte, contei muito com a minha sócia Joyce, que atualmente faz aulas de Flamenco, com meu próprio conhecimento do tema, pois fiz aulas fazem muitos anos, e com a pesquisa individual de todas as integrantes. Juntas, fomos construindo uma ideia que tivesse a nossa cara e ainda sim fosse fiel à técnica de ambos os temas. Logo depois, a parte prática foi desenvolvida através de muitos ensaios sob meu comando e outros organizados entre as próprias integrantes - todas se sentem responsáveis pelo seu crescimento e desenvolvimento, então sei que posso contar com elas quando o assunto é disciplina.
3. Como foi a rotina de ensaios e a preparação para o festival? Temos ensaios regulares na semana e possuímos 2 ciclos dentro da Cia: o primeiro vai de outubro a maio, quando a coreografia nova está sendo preparada junto às integrantes que acabaram de chegar da audição, e o refinamento da coreografia anterior para o último concurso do nosso ciclo, o Mercado Persa; desta forma, temos apenas 1 hora para cada coreografia e todo um cronograma para cumprir. E o ciclo competitivo: De maio a outubro, quando temos 2 horas de ensaio, uma apresentação por mês e uma lapidação em cima dos feedbacks dos jurados. Desta forma, nos preparamos durante todo o ano não apenas para o festival, mas sim para melhorar a técnica e harmonia de todas nós. 4. Qual foi o principal desafio? Do ponto de vista administrativo, o maior desafio é planejar financeiramente a participação de todas em um festival com um ano de antecedência, principalmente porque levamos as coreografias constantemente para fora do Estado, e isso se não for planejado, atrapalha e muito! Do ponto de vista coreográfico, é conciliar idades, corpos e técnicas diferentes! Temos integrantes de 15 e de 60 anos na mesma coreografia, profissionais e amadoras, altas e baixas, e por aí vai. Nivelar e modular todas com a mesma identidade de um grupo ou com a personalidade da proposta coreográfica é sem dúvida complexo, mas com muito empenho tudo é possível. Costumo dizer que “o esforço supera o talento quando o talento falha em se esforçar”: todas tem talento, e desafios sempre vão existir, mas com esforço tudo se resolve.
PARTICIPANTES DO CONCURSO
Cia Camila Alcovér
2º LUGAR
ESPAÇO MOSAICO
Integrantes: Aline Mucci, Ana Keller, Carol Rangel, Danny Rangel, Luciana Garcia , Luciana Keller, Mayra Abreu 1. Qual sua motivação para participar de concursos com sua Cia.? Sempre é para melhorar e estudar mais! Cada vez que passamos bastante tempo ensaiando uma coreografia, nossos corpos vão se moldando e aperfeiçoando! O foco é mesmo o estudo! 2. Qual a fusão escolhida? Como foi desenvolvido e elaborado o tema da coreografia? Escolhemos um tango para fazer um mix com a dança do ventre. Uma música mais densa e forte trazendo a energia do tango para se juntar à precisão do quadril da dança árabe. A inspiração veio da música mesmo, quando ouvi já veio a coreografia pronta na minha cabeça. Começou com um número para o show das alunas, e depois nos apaixonamos pela dança, resolvemos aprimorar e levar para os concursos! 3. Como foi a rotina de ensaios e a preparação para o festival? Ensaiamos muito durante e após as aulas para conseguir fusionar esses dois estilos. 4. Qual foi o principal desafio? Foi mesclar a atitude do tango e em alguns momentos a poesia da dança do ventre.
3º LUGAR
ACADEMIA SEMÍRAMIS
1. Qual sua motivação para participar de concursos com sua Cia.? Assim que soube que teria Fusão novamente no Festival Shimmie, corri para inscrever minha Cia. de Danças, pois, além de divulgar a Escola que está há 36 anos em Taboão da Serra e divulgar as integrantes do grupo, poderíamos unir dois estilos de danças que gostamos muito e nos divertir dançando. 2. Qual a fusão escolhida? Como foi desenvolvido e elaborado o tema da coreografia? Neste ano, resolvi fusionar Dança do Ventre com Jazz Dance. O Tema foi inspirado na minha coreografia campeã do Solo Profissional de 2015, na segunda fase do Festival Shimmie Tapete vermelho - Filmes que marcaram a história. “ O Máscara”. Assisti ao filme e relembrei os principais movimentos e gestos de “O Máscara” e tentei adaptá-los com os movimentos da dança do ventre e jazz. Usamos 3 acessórios durante a rotina: Maracas, Chapéu e a Máscara. 3. Como foi a rotina de ensaios e a preparação para o festival? Os ensaios aconteceram após as aulas regulares da Cia. de Danças Lisleine Diniz durante o ano e foram mais intensos no mês de setembro. 4. Qual foi o principal desafio? O principal desafio foi sincronizar os passos, pois cada uma tem um estilo, mas com a dedicação de todas e o empenho para que estivessem presentes na sala de aula, conseguimos com a supervisão da Diretora Geral, Semíramis Diniz.
Cia Camila Arruda
Cia Espelho D’água
Cia Zarifah
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Rubi el Suheil
Luxor Campo Belo
Silvia Teodoro
Luxor Ipiranga
Grupo Nut
Luxor Mogi das Cruzes
Francynne Hernandes
Luxor Mooca
Grupo Nut
Luxor Mooca
Luxor Jardins
Luxor
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shimmie.com.br
Luxor Vila Mariana
Cibele Garcia
Eliadna
Deh Vian
Jéssica Souza
Jeania Cordeiro
Clara Azevedo
Bruna Nacif
Aysha Samiyah
apresentações . domingo
MOSTRAS
Mega Luxor
Joana dos Anjos
Grupo Mahaila el Helwa
Cia Ana Claudia Borges
Kiara Yunet
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