edição
259
FEVEREIRO
2013
Foto: Mari Ester Golin
GRATUÍTO PARA SÍNDICOS DE EDIFÍCIOS
DESIGN
I n d i s p e n s á v e l
Mais do que embelezamento, um projeto que valoriza o condomínio Pags. 06 e 07
I n d i s p e n s á v e l
www.sindiconews.com.br sindiconews@sindiconews.com.br SANTA LUIZA EDITORA LTDA Empresa autorizada para uso da marca Síndico News Rua Domingos de Morais, 1794 - Cj. 13 Vila Mariana - 04010-200 - São Paulo - SP PABX: (11) 5573-0333 Tiragem - 20.000 exemplares Distribuição - Gratuita para síndico de condomínios Dirigido a - condomínios residenciais e comerciais, administradoras, hotéis, shoppings, construtoras. Público leitor - síndicos, zeladores, conselheiros, administradores, construtores, prestadores de serviços em geral. Periodicidade - mensal Área de distribuição - Capital de S Paulo, Santo André, Maúa, S. Caetano do Sul, S. Bernardo do Campo, Diadema. Jornalista Responsável: Caio Girardi - MTB 39543 Diagramação, Composição: Santa Luiza Editora Ltda O Jornal Síndico News é impresso na Plural Editora e Gráfica Ltda
EDITORIAL No último mês, o Brasil viveu um de seus episódios mais tristes, com o segundo pior incêndio de sua história. O fogo, na boate Kiss, em Santa Maria-RS, matou 238 jovens, deixando o país de luto. Pelo que foi constatado pelas autoridades até agora, tudo começou com um sinalizador utilizado pela banda que atingiu o isolamento acústico. Este revestimento antirruído é altamente inflamável e gera uma fumaça muito tóxica. Legistas acreditam que 90% das vítimas
morreram asfixiadas. A rota de fuga, com apenas uma porta de saída, também contribuiu para o tamanho da tragédia. Já fizemos diversas matérias sobre segurança contra incêndio em condomínios. Inclusive, nesta página, nosso especialista volta ao assunto. Eu quero ressaltar a importância de manter o condomínio dentro de todas as normas de segurança. O síndico precisa estar comprometido com a função, analisando todos os riscos em potencial. Um extintor pifado
DISTRIBUIÇÃO
02 Fevereiro/ 2013
criança, que brinca em um playground enferrujado. Escadas, piso, portão, degrau, placas sinalizadoras, depósitos, elevador, garagem, mangueiras, extintores, quadras, pintura, vidros, jardins, etc. Sabemos que são muitos os itens que precisam estar em ordem. Mas é o síndico quem precisa garantir que tudo está em perfeitas condições. É possível evitar acidentes dentro do condomínio. É só trabalhar seriamente e dentro das normas.
Pensamento do mês: “A vida só pode ser compreendida se você olhar para trás, mas só pode ser vivida se você olhar para frente” Soren Kierkgarrd
JURÍDICO
Os condomínios têm que estar atentos à área de segurança e prevenção contra incêndios
Outras Praças de Publicações Associadas: J. Pessoa - PB.............. (83) 3219.0000 Diretor:............................. Inaldo Dantas Recife - PE.................... (81) 3221.9083 Diretor:............................. Inaldo Dantas Natal - RN...................... (84) 3223.5593 Diretor:............................. Inaldo Dantas S. J. do Rio Preto - SP..... (17) 9708.2506 Diretor:..........................Hércules Garcia Fortaleza - CE............... (85) 3254.7415 Diretor:............................. Inaldo Dantas Brasília - DF.................. (61) 3226.8810 J.Síndico..............(Fundação: Abril/84) Diretor:..............................Vicente Vecci Proibida a reprodução total ou parcial sem prévia autorização por escrito da Santa Luiza Editora. A Santa Luiza Editora não se responsabiliza por conceitos ou idéias emitidos em artigos ou matérias pagas ou assinadas e não expressa, necessariamente a opinião da Editora. A Santa Luiza Editora não se responsabiliza pelos serviços e produtos oferecidos pelos anunciantes. A Santa Luiza Editora tem o direito de não editar publicidade sem fundamentar motivação de recusa.
pode trazer sérias complicações estruturais e, principalmente, provocar perdas humanas. Não falo apenas de incêndio. Diversos acidentes em condomínios poderiam ser evitados com pequenas atitudes preventivas. Deixar para depois pode ser tarde. Veja o que precisa de manutenção, reforma, reestruturação ou, até mesmo, orientação. Um funcionário sem orientação pode sofrer um acidente de trabalho e complicar a vida do síndico. O mesmo pode ocorrer com uma
Face à tragédia de Santa Maria, que vitimou mais de 230 jovens em uma casa de eventos, cabe refletirmos sobre a área de Prevenção e Combate a Incêndios nos condomínios, uma vez que esses fatos não ocorrem somente em locais de shows. No mês de janeiro, tivemos um incêndio em um prédio na região central da capital, mais precisamente no Bom Retiro, e que também teve vítimas. É de
suma importância que os síndicos atentem à importância em atuarem preventivamente neste setor, uma vez que, além dos prejuízos humanos e materiais que possam acarretar à comunidade condominial, o próprio pode responder civil e criminalmente em caso de omissão sobre este assunto. Para tanto, o síndico deve atentar para os seguintes itens com relação à segurança contra incêndios:
1) Brigada contra incêndio: é obrigatória e deve ser realizada anualmente; 2) Extintores, mangueiras e hidrantes: atentar para correta instalação e manutenção; 3) Porta corta-fogo: tem que ser instalado em todos andares e desobstruídas; 4) Seguro: cobertura com apólice obrigatória para todos prédios; 5) Alarme contra incêndio e splinkers: obrigatório nos prédios comerciais; 6)Escadas: devem estar sempre desobstruídas. Atentar para os corrimões e iluminação de emergência; 7) Rota de fuga e sinalização: todos prédios devem ter rota de fuga sinalizada com cartazes fotoluminescentes e claros; 8) AVCB: Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros é um laudo válido por três anos, para condomínios residenciais ou comerciais; 9) Produtos inflamáveis: Evite
guardar um volume muito grande de produtos químicos e inflamáveis no condomínio, principalmente nas garagens; 10) Elevadores: jamais devem ser usados em casos de incêndio; 11) Plano de emergência: é importante que todo prédio tenha o seu plano personalizado e com pessoal bem treinado para executá-lo; 12) Parte elétrica: Muitos incêndios começam devido a curtos-circuitos, fique atento a sistema elétrico antigo ou sem manutenção. Procurando cuidar desses itens, com certeza estará aumentando a segurança dos moradores e prevenindo possíveis problemas, muitas vezes irreversíveis. José Elias de Godoy Especialista de Segurança em Condomínios e autor dos livros “Manual de Segurança em Condomínios’’ e “Técnicas de Segurança em Condomínios”. elias@suat.com.br www.sindiconews.com.br
ADMINISTRATIVO
Os condomínios regularizados, cada vez mais, vêm melhorando suas atividades administrativas, utilizando a tecnologia informatizada para exercer os cálculos, rápidos, dos rateios das despesas de manutenção e conservação, além de permitir a comunicação dos moradores entre si e dos moradores com o corpo administrativo. Isto significa um grande avanço organizacional para facilitar e garantir os controles documentais. Mas, a vida no condomínio não é só isso. É preciso ser lembrado que há o envolvimento do ser humano, dotado de inteligência, percepção, vontades, necessidades e outras particularidades para manter sua existência. Entretanto, pelos “freios naturais” (medo, constrangimento, desconhecimento, insegurança, fobia, repressão, precaução, timidez..) é comum o ser humano ficar inibido de praticar atos diante de uma pessoa ou de um grupo de seu relacionamento, o que o torna omisso na proteção de seus direitos e necessidades, seja na escola, no trabalho, na igreja, no consultório médico e também no condomínio. É o caso de muitos moradores, que não sabem como fazer o Corpo Diretivo ter conhecimento das várias situações danosas à estrutura predial ou à convivência social, ou das sugestões de melhorias em prol da www.sindiconews.com.br
Ouvidoria no condomínio
comunidade. Como nas empresas bem organizadas, os condomínios poderiam instituir o serviço ou o órgão de ouvidoria, que tem um efeito altamente positivo na estrutura organizacional e na valorização patrimonial do empreendimento. A ouvidoria pode ser constituída pelo corpo diretivo ou por outras pessoas destinadas a conhecer e aperfeiçoar os modos das críticas e sugestões apresentadas pelos moradores, para, finalmente, resolver as questões de interesse em geral. A ouvidoria, nos condomínios, deverá dar encaminhamento às reclamações e sugestões recebidas, permitindo que o morador opte por sua identificação ou garantindo o seu exclusivo anonimato, para evitar as reações danosas e vinganças por parte de quem estiver vinculado à questão. A informação à ouvidoria poderá ser transmitida sob as várias formas, identificada ou pelo anonimato inicial. Quem utilizar o serviço de ouvidoria deverá também fornecer as informações mais amplas para que o corpo diretivo tome as providências reclamadas ou sugeridas. A imparcialidade e o sigilo são imprescindíveis pelos encarregados dos serviços de ouvidoria. Róberson Chrispim Valle Advogado, robersonvalle@globo.com
TERCEIRIZAÇÃO
Apesar do aumento, as vantagens da terceirização permanecem
Não obstante o aumento de 10,94% nos salários dos empregados terceirizados a partir de 1º de janeiro, o nível de ganhos desses empregados continuam abaixo dos empregados próprios. Os porteiros próprios recebem R$ 925,90, enquanto que os terceirizados, agora, recebem R$ 910,00. Os faxineiros próprios, no entanto, continuam ganhando muito mais do que os terceirizados. São R$ 885,23, contra R$ 755,50. Ou seja, R$ 130,00 de diferença. Fazemos essa comparação para concluir que nos próximos 12 meses as empresas de terceirização terão a dupla vantagem de praticamente eliminar a rotatividade nas portarias, e ainda poder oferecer custos competitivos para os condomínios. Mesmo considerando que em vista desse recente aumento, não há mais vantagem financeira com a terceirização, raciocine conosco para as demais vantagens de ordem administrativo/gerencial, que os condomínios somente obtêm se forem terceirizados. Descrevo apenas algumas dessas vantagens, dentro do exíguo espaço aqui disponível. 1. As administradoras não mantêm empregados extras prontos para substituição nas ausências dos titulares, em casos de conjuntivites, viroses, acidentes, viagens, férias, etc. Sendo terceirizado, as substituições de empregados são automáticas; 2. Empregados próprios são registrados no CNPJ do condomínio, gerando passivo trabalhista crescente e exigindo crescentes indenizações para demiti-los. Se não tem caixa, o síndico acaba tolerando desaforos ou indisciplina, colocando em risco o próprio condomínio. Sendo terceirizado, o condomínio simplesmente pede a substituição a qualquer tempo e sem qualquer custo adicional além do contratado. 3. A
legislação permite que o trabalhador se aposente e continue trabalhando. Nada os obriga a parar de trabalhar, mesmo, após aposentadoria. Para demiti-lo, o condomínio terá que indenizá-lo, mais cedo ou mais tarde; 4. Se o empregado é demitido, é quase certo que virá uma ação trabalhista, causando apreensões, despesas e constrangimentos com advogados, deslocamentos ao fórum, etc.; 5. Todos os problemas de ordem pessoal dos empregados, como endividamento, saúde, vales, etc., recaem sobre o síndico. Os terceirizados resolvem seus problemas na hora diretamente com os supervisores da empregadora. 5. Tendo empregados o condomínio tem folha de pagamento, horas extras, imposto sindical, taxa do SECOVI, taxa confederativa, e mais uma dúzia de
contribuições. Sendo terceirizado, tudo isso é eliminado, e o condomínio ainda reduz o custo com sua administradora. 6. Condomínios terceirizados são supervisionados de dia e de noite; 7. Existem terceirizadoras que instalam gratuitamente central de alarme e ainda prestam serviços 24 horas de monitoramento também gratuito. Teria mais uns 30 argumentos para acrescentar, porém, o espaço é exíguo. Se teu condomínio é terceirizado e você não recebe as vantagens e serviços acima, então procure outra terceirizadora de melhor qualidade. Certamente encontrará uma empresa competente, sólida, experiente e transparente mesmo nesta página. Basta um telefonema. Etore A. Fuzetti etore@replace.com.br
Fevereiro / 2013 03
SEGURANÇA
O direito de propriedade nos condomínios
SINDICO NEWS RESPONDE tagem deste equipamento é que ele acusa os vazamentos.
O artigo 5º, da Constituição Federal, diz que “todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País, a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos seguintes termos: inciso XXII: é garantido o direito de propriedade”. O artigo 1228 do Código Civil, no título “da propriedade”, dispõe que “O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o direito de reavê-la do poder de quem quer que injustamente a possua ou detenha”. O artigo 1335 do Código Civil, por sua vez, no capítulo sobre o condomínio edilício, também trata do direito de propriedade do condômino, ao declarar que ele tem o direito de “usar, fruir e livremente dispor das suas unidades”, “usar das partes comuns, conforme a sua destinação, e contanto que não exclua a utilização dos demais compossuidores” e “votar nas deliberações da assembleia e delas participar, estando quite”. Na apelação cível nº 475.717.4/700, 4ª Câmara do TJSP, relator Francisco Loureiro (março de 2009), o tema é tratado com bastante propriedade: “A redação dada ao artigo 1335, inciso I do Código Civil, perfaz clara analogia com o direito de propriedade, estabelecido no artigo 1.228, outorgando ao condômino o domínio sobre sua propriedade. 04 Fevereiro/ 2013
Sói concluir, portanto, que no interior das propriedades individuais, o gozo e a fruição dos imóveis são absolutos, resguardados, evidentemente, a função social da propriedade e o direito de vizinhança, que no caso dos condomínios exerce maiores restrições às faculdades dos proprietários. Deve essa regra ser lida em consonância com o previsto no inciso IV do artigo 1336, que impõe aos condôminos múltiplas obrigações negativas, quais sejam, as de não dar às unidades destinação diversa da edificação, bem como utilizá-las de maneira a não prejudicar o sossego, a salubridade, a segurança ou os bons costumes. Frise-se, o domínio do condômino sobre a unidade autônoma é pleno, de modo que as normas convencionalmente estabelecidas somente se aplicam quando estiverem pautadas em algumas das restrições legais ao amplo direito de propriedade dos condôminos, quais sejam, segurança, sossego, salubridade e bons costumes”. Assim, temos que o direito de propriedade não é absoluto, mormente em se tratando de condomínios. Como todos têm a propriedade sobre sua área privativa e uma parte proporcional sobre a área comum, a questão é delicada, porque não se pode exercer o direito de propriedade com prejuízo aos demais comunheiros. O direito de proprie-
dade deve ser exercido em comum, respeitados os direitos de vizinhança. Segundo o jurista João Batista Lopes, “... a vida em comum, no mesmo edifício, sujeita os condôminos a uma disciplina jurídica especial, em que não há lugar para o individualismo ou o egoísmo.... Na solução de conflitos, deverá o juiz dar prevalência, sempre, aos direitos da coletividade condominial e não aos interesses de um único condômino, por mais respeitáveis que sejam..... essa orientação se ajusta perfeitamente aos fins sociais da leis e às exigências do bem comum, na medida em que evita a desarmonia e o dissentimento entre os condôminos, preservando a ordem, a disciplina e a tranquilidade do edifício”. (...) “o exercício da propriedade não pode ser colocado em nível de extremado individualismo, que ignore os interesses coletivos.” Assim, ao mudar-se para um condomínio, as pessoas tem que estar cientes de que, ao promoverem reformas, devem respeitar as imposições inerentes à vida em comunidade. O fato de serem proprietárias de um imóvel, não lhes dá o direito irrestrito de promoverem alterações nele livremente. É muito diferente de quem faz alterações em uma casa. Daphnis Citti de Lauro, Advogado, é autor do livro “Condomínio: Conheça seus Problemas” dclauro@aasp.org.br
HIDRÔMETRO 1) Nosso Condomínio dispõe de sistema de distribuição interna de água (CAGEPA), de forma individualizada, mas com leitura efetuada pelo próprio zelador e cobrança pró-rateada entre os condôminos, de acordo com o consumo. A Cia nega-se ao procedimento de leitura/ faturamento, por considerar que o sistema existente não é compatível com o projeto por ela preconizado. 2) A entrada da água percorre um único medidor CAGEPA (fatura única) e só na descida da caixa superior é que passa pelos demais (individuais), instalados no hall de escadarias dos andares (cada andar, dois apartamentos). 3) Dado o contexto, consulto-lhe sobre a seguinte questão, embora sabendo que, em princípio, tudo o que se encerra fora da unidade residencial corresponde à área comum: 3.1 Havendo necessidade de substituição de um desses hidrômetros individuais, o custo deveria ser arcado pelo Condomínio ou pelo Condômino da unidade correspondente? R: Tudo o que venha a ser de uso coletivo é custeado pelo condomínio, e, assim sendo, tudo o que sirva a apenas uma unidade é dela a obrigação de custear sua manutenção. Neste seu caso, o hidrômetro é do condômino. É ele quem tem que substituir. Existem hidrômetros que possuem um dispositivo (chip) que joga para o computador, o consumo, sem que haja necessidade de se ficar fazendo leitura. Outra van-
DÍVIDAS 1) É possível que possamos incluir na convenção a possibilidade de incluir o condômino inadimplente no SERASA/SPC? Posso fazer isso a partir do primeiro débito? Ou devo enviar correspondências (quantas) ao condômino? R: Sim, você pode incluir na Convenção a possibilidade de encaminhamento a protesto da taxa inadimplida. Quase todos os condomínios que têm atualizado suas convenções conosco, inseriram esta penalidade, o que vem diminuindo a inadimplência. Quanto à possibilidade de já incluir no primeiro débito, é bom que isso ocorra, afinal, é obrigação do condômino pagar, em dia, sua taxa de condomínio. A correspondência pode ser enviada, independentemente do encaminhamento a protesto ou não. 2)Somos um condomínio com apenas 10 apartamentos e, por isso, não temos condições de ter mais de um empregado; o problema é que o atual, que está lá há 30 anos, tem uma amizade por todos, vai se aposentar e vem recebendo como porteiro; porém, com o próximo não poderemos fazer isso, temos que contratá-lo como porteiro e zelador ao mesmo tempo. Como pagar o salário e as contribuições? Que acordo podemos fazer para nos ampararmos legalmente de qualquer querela judicial futura? Obrigada. R: A sugestão que lhe dou é contratar o próximo empregado com a função “Auxiliar de serviços gerais”, especificando no contrato de trabalhos quais suas atribuições e funções. Inaldo Dantas - Advogado Administrador de Condomínio Presidente do Secovi - PB e-mail: inaldo.dantas@globo.com www.sindiconews.com.br
MESES
INDICADOR ECONÔMICO SALÁRIO INFLAÇÃO
IMPOSTO DE RENDA EM 2013 TR
POUPANÇA
Fevereiro
R$622,00
-0,06%
0,0000%
0,5000%
Março
R$622,00
0,43%
0,1068%
0,6073%
Abril
R$622,00
0,85%
0,0227%
0,5228%
Maio
R$622,00
1,02%
0,0468%
0,5470%
Junho
R$622,00
0,66%
0,0000%
0,5000%
Julho
R$622,00
1,34%
0,0144%
0,5145%
Agosto
R$622,00
1,43%
0,0123%
0,5124%
Setembro
R$622,00
0,97%
0,0000%
0,5000%
Outubro
R$622,00
0,02%
0,0000%
0,5000%
Novembro
R$622,00
-0,03%
0,0000%
0,5000%
Dezembro
R$622,00
0,68%
0,0000%
0,5000%
Janeiro/13
R$678,00
0,34%
0,0000%
0,5000%
* Índice de inflação IGP-M da FGV
** Salário Mínimo Empregados Domésticos em SP - R$ 755,00 (a partir de 01/02/13)
OBRIGAÇÕES Admissão/Demissão • Comunicar ao Ministério do Trabalho até o dia 07 do mês seguinte Recolhimento do INSS conforme tabela ao lado: • Todo dia 20 do mês subseqüente. Recolhimento do FGTS, 8,0% sobre a folha de pagamento: • Até o dia 7 de cada mês, ou no dia útil anterior. Recolhimento do PIS, 1% sobre a folha de pagamento: • Até o dia 20, sem multa. • Após, multa de mora de 0,33% ao dia, limitado até 20%. Recolher à Receita Federal o Imposto de Renda. Recolher à Prefeitura Municipal ISS sobre Serviços Prestados.
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Rendimento % Parc. Deduzir Até R$ 1.710,78 ........................................... isento -----De R$ 1.710,79 até R$ 2.563,91 ................... 7,5% ......... R$128,31 De R$ 2.563,92 até R$ 3.418,59 ................. 15,0% ......... R$320,60 De R$ 3.418,60 até R$ 4.271,59 ................. 22,5% ......... R$577,00 Acima de R$ 4.271,59 ............................... 27,5% .......... R$790,58 Abatimento por dependente:........................................... R$171,97 Salário Família à partir de 10/01/2013 Até R$ 646,55 = R$ 33,16 por cota Acima de R$ 646,56 Até R$ 971,78 = R$ 23,36 por cota A cota do salário familia é paga para cada filho menor de 14 anos
INSS Salário Contribuição (R$) ............................................Alíquota Até R$ 1.247,70 ............................................................................ 8 % De R$ 1.247,71 até R$ 2.079,50.................................................. 9 % De R$ 2.079,51 até R$ 4.159,00................................................11 % 20% sobre a folha, como parcela do condomínio 2% sobre a folha, como seguro de acidente de trabalho (verificar de acordo com o fator FAP de cada condomínio) 4,5% sobre a folha, contribuiçãode terceiros (Sesc, Senai, etc)
PISO SALARIAL Zeladores ........................................................................ R$ 966,57 Porteiros ou Vigias, Garagistas, Manobristas e Folguistas.........................................................................................R$ 925,90 Cabineiros ou Ascensoristas ........................................R$ 925,90 Faxineiros e demais empregados ................................ R$ 885,23 Acúmulo de cargo ................................................................... 20% Adicional noturno ................................................................... 20% Horas extras ............................................................................ 50% Folgas trabalhadas e feriados ............................................. 100% Cesta Básica ................................................................... R$ 160,00 Ticket Refeição (a partir de 01/01/2013)............................R$ 5,00 Reajuste de 8% para salários acima do piso vigência a partir de 1o de outubro/12 até 31/09/13.
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DESIGN Mais do que embelezamento, um projeto que valoriza o condomínio
Os decoradores ficaram no passado. O designer de interiore é o profissional do momento, que pode valorizar seu imóvel com projetos específicos para as áreas comuns do condomínio. Entrevistar, pesquisar e escrever sobre o assunto é relativamente simples. O difícil foi encontrar uma ótima profissional da área, que também exerce o cargo de síndica. Isso mesmo, Mari Ester Golin, que é designer de interiores, divide sua vida entre seus grandes projetos e a administração predial. Reformar um espaço interior não é apenas embelezar o ambiente. Um projeto de design envolve estudos de normas, materiais, iluminação e cores. Com o apoio de um bom profissional, tenha a certeza de que o condomínio ganhará muito. "Pela minha experiência, aqui, neste condomínio e em outros, um projeto de 06 Fevereiro/ 2013
decoração, em primeiro lugar, valoriza seu imóvel", comentou Mari. Para realizar um bom projeto, é preciso estudar a luminotécnica do espaço." Eu tenho também que avaliar a ergonomia pois, hoje, você precisa seguir as NBRs, obedecendo também as regras para acessibilidade (NBR 9050)", explicou a designer. " Depois, faço um bom estudo de cor. Se você erra neste momento, colocando um tom muito claro, por exemplo, pode atrapalhar uma pessoa de idade e até causar um acidente", alertou. Um ambiente remodelado apresenta iluminação correta, uma cor estudada e mobília escolhida por um especialista. Esta composição feita em um hall de entrada é o perfeito cartão de visitas do prédio. Por falar nele, o hall principal é a área mais requisitada pelos clientes para uma mudança visual.
Os salões de festas são a segunda escala de demanda. "Em uma terceira vêm playground, academia e adequação de sala de funcionários", enumerou Mari Golin. Esta última adequação é muito importante. Muita gente não dá valor ao espaço do funcionário, o qual influencia muito no rendimento durante o expediente. "Eu afirmo isso
como síndica, não como designer. É preciso deixar o ambiente o mais profissional possível, com armários adequados, banheiro e chuveiro", explicou. "Eles gostam de tomar banho quando chegam no condomínio. Eu prefiro ter um funcionário barbeado, de banho tomado e alegre. Antes, não imaginava que isso era tão importante".
No caso dos salões de festa, a mudança não é só estrutural, mas também de conceito. Os condomínios mais antigos estão os transformando em espaços gourmet. As pessoas vão até sua casa e querem cozinhar juntas, preparar pratos, drinks. Houve uma mudança de comportamento no que diz respeito a festas e reuniões de amigos.
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"Esta é uma tendência comprovada pelo crescimento das faculdades de gastronomia. Você tem que transformar alguns espaços do condomínio para uma maior valorização. É também uma readequação de costumes", complementou a designer de interiores. Nos espaços infantis, o conceito também está mudando. Antigamente, as crianças brincavam em playgrounds com tanques de areia. Hoje, elas preferem espaços com integração eletrônica, que necessitam de projetos específicos. Não basta utilizar uma área vazia e encher de parafernálias.
Síndicos e seus palpites "O que eu tenho percebido é que existem os síndicos que querem decidir tudo sozinhos e aqueles mais abertos e interessados. Quando realizo um projeto, antes de partir para a obra, todas as imagens no computador estão aprovadas. A pessoa sabe como vai ficar. Tem síndico que é bem seguro, que prefere reunir o conselho e pede que eu fale em assembleia, mostre os detalhes".
Preocupação ambiental Segundo a Designer, Mari Golin, os produtos sustentáveis estão em pauta. "Só se fala nisso no meio. Então, realmente, você percebe os fabricantes de pisos utilizando reflorestamento, a substituição do cal (antes você fazia tudo com ges-
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so, que é poluente. Ele está sendo substituído por outros materiais). Isso é regra para linha de produtos". "Na questão de iluminação, estamos passando por uma época de transição. Nós estamos saindo das lâmpadas alógenas e migrando para LED. Até ontem, você fazia os cálculos da luminotécnica do espaço com base nas alógenas. Com LED é diferente", explicou Mari. "No próprio mercado é encontrada uma variedade muito grande de materiais. Tem LED, Super LED. É um momento transitório.
Novidades Como em diversas áreas profissionais, o designer precisa se atualizar. "Eu frequento, no mínimo, seis feiras por ano. A gente começa com a feira de Milão, em março. O que sai lá é o que vai para o resto do mundo. Depois, temos as do Brasil. A cada ano que passa, só aumenta o número de fornecedores de pisos, revestimentos, materiais em geral. Eu tenho que saber o produto certo para indicar sem erro". Ainda não chegaram as coleções de 2013, mas no ano passado teve uma entrada muito grande de papel de parede. O brasileiro não tinha essa cultura e começa a gostar desse tipo de revestimento. A fase é contemporânea na parte de mobiliário. Sempre surge alguma novidade com relação a madeira, mesas, mobiliário com cor ecológi-
ca. A qualidade dos produtos está melhorando muito. "O cliente quer ser surpreendido com alguma coisa nova, que ele nunca viu. Desde uma obra de arte até a linha de porcelanatos", comentou Mari. "Essa gama de produtos cresceu muito. Os porcelanatos chegam ao Brasil em formatos de madeira e com a mesma temperatura. Se você põe o pé, acha que é madeira".
Projeto Gráfico 3D
Síndica X Designer
Síndico News - Há dois anos você é síndica. Como uma designer acabou a frente de um condomínio? Mari Golin - Quando mudei para o condomínio, achei estranho pois quase ninguém frequentava as assembleias. Então, fui conversar com os vizinhos para saber a razão da ausência. Eles diziam que não adiantava ir se a antiga responsável não cumpria o combinado. O desânimo era geral. Síndico News - O que você fez? Mari Golin - Eu montei uma carta e coloquei em baixo da porta de todos os moradores, falando : “eu sou proprietária e acho que este prédio precisa de melhorias. Temos que cuidar do nosso patrimônio”. Com isso, acabei arrumando briga com algumas pessoas que gostavam da antiga síndica. Mas a maioria me apoiou e me ligou. Todo mundo reclama, mas ninguém quer ser síndico. Eu também não queria. Eu queria que alguém tomasse conta do prédio. Mesmo que fizéssemos uma reunião em grupo ou tivéssemos uma gestão coletiva. Mas disseram que eu era a pessoa certa para o cargo. Acabei conversando com meu marido e aceitei. Hoje, há quase dois anos como síndica, garanto que é necessária uma dedicação especial para realizar um bom trabalho. Síndico News - A responsabilidade é grande... Mari Golin - Muito grande. Você responde pelo condomínio civil e criminalmente. É uma extensão da sua casa. Agora eu entendo o síndico de perfil mais fechado. Chega um ponto que você cria essa característica. É muita cobrança. Síndico News - Como conciliar o trabalho de designer com o de síndica? Mari Golin - Sou geminiana, em primeiro lugar, e não tenho filhos. Trabalho Home Office como designer de interiores. Eu me dedico, pelo menos, quatro horas por dia no trabalho de síndica. Assim, dá para cumprir bem os dois papéis.
Fevereiro / 2013 07
DIA DO ZELADOR Especializados e Especiais
Os zeladores são nossos parceiros tanto quanto os síndicos. Em todas as entrevistas que realizamos nestes últimos anos, o Síndico News foi muito requisitado. Eles costumam pedir ao síndicos que, depois de terem lido, emprestem o jornal. O Dia do zelador e dos funcionários de condomínio (11/02) se aproxima. Este ano comemoraremos lembrando de grande profissionais, que dividiram com os leitores um pouco de seus conhecimentos na área. Mas nosso cumprimento vale a todos os profissionais, que contribuem para o funcionamento do sistema condominial.
Gerente Paulo Giordano é administrador de empresas aposentado. O gerente condominial tem um estilo pulso firme. É o profissional que quer saber de tudo, o tempo todo. No caso de estar viajando e acontecer um imprevisto no prédio, o porteiro é obrigado a fazer uma ligação
08 Fevereiro / 2013
para seu telefone celular. Então, o gerente toma uma decisão e passa as instruções. Se estiver na cidade e souber do problema, volta imediatamente ao edifício. “Para ser um bom gerente é preciso ter sensibilidade no trato com pessoas, moradores e o máximo de atenção com segurança. Outra dica importante aos zeladores é sempre ter um eletricista e um encanador de confiança e disponíveis 24h por dia”, explicou Paulo.
Único profissional Roberto Arruda não costuma ter funcionários sob o seu comando, não administra as finanças do prédio e não fez o regimento interno. Mas sua função tem extrema importância no condomínio. Este zelador já fez absolutamente de tudo. Foi faxineiro, porteiro, vigia, segurança e carteiro. O zelador diz ter sempre uma boa relação com todos os moradores.
Quando é chamado para consertar algo nos apartamentos, faz o serviço com prazer. Quando questionado sobre problemas ou dificuldades no trabalho, ele desconversa: “Sempre tem alguns problemas, mas o trabalho é tranquilo. Esse emprego não tem dificuldade nenhuma.
funcionário que anda de cara feia, não dá bom dia, não dá um sorriso, acaba indo embora antes do previsto. Quando é preciso falar duro, fala duro, mas de um jeito não ofensivo. Amizade e boa educação prevalecem em qualquer tipo de emprego", detalhou Roque.
Unanimidade
Toque feminino
“Nunca se queixaram de mim. Elogiam-me bastante e reconhecem meu trabalho. Eu costumo dizer que não trabalho aqui por causa de salário, mas por causa dessa gratidão e reconhecimento”. “Eu valorizo muito meu emprego. Depois dos meus filhos, a melhor coisa que me aconteceu foi meu trabalho”, disse Marita.
Roque da Silva é zelador do Edifício Lafer, localizado no bairro da Vila Mariana. Unanimidade no condomínio em que trabalha, já faz parte do cotidiano dos moradores. Ele faz pintura, conserta encanamento, cuida do prédio e supervisiona os funcionários. Segundo o zelador, para o profissional de condomínio trabalhar bem, a educação é fundamental. "Você precisa ser bem educado com as pessoas para não criar confusão, intriga e esse tipo de coisa. Mesmo assim, tem vez que é preciso ser chato, mas se o funcionário não tiver uma boa educação, não vai dar certo no prédio. O
Não é difícil conhecer histórias de brasileiros batalhadores, que não têm medo de trabalhar e que, ainda por cima, gostam demais do que fazem. Marita Moura se encaixa neste perfil e é mais uma personagem dessa saga chamada vida condominial. Ela é auxiliar de serviços gerais e diz que a mulher trabalha melhor e com mais amor. " É mais fácil porque o homem é menos tolerante e menos caprichoso. Por ser mulher, eu capricho e domino a situação. Faço com um pouquinho mais de jeito e dedicação. A mulher se apega mais com o trabalho”.
Mauro Antonio da Silva é o zelador do Ed. Jardim do Carmo, na Aclimação. Seu profissionalismo é baseado em um bom relacionamento interpessoal. "Tem que ser como uma catraca. Tem vezes que um fala de outro. Por exemplo, um porteiro está estressado e te ofende. Se você não estiver bem psicologicamente, acaba entrando em conflito com ele e até perdendo a razão. Sem preparo não é possível trabalhar. Seu relacionamento com o síndico é muito bom.
Profissionalismo
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