Revista Escada : 60 edições de compromisso com a educação privada
Uma jornada de atualização, reflexão e fortalecimento voltada para as escolas associadas, celebrando anos de contribuição ao setor educacional
Página 08
Proibição de celulares pode ser nova jornada de emancipação digital
Medida abre caminho para a discussão sobre a educação digital mais consciente, maior socialização e concentração dos estudantes
Página 06
ENTREVISTA Prouni completa 20 anos e já beneficiou mais de 3,4 milhões de alunos Wilson Picler, fundador do Grupo Uninter, foi um dos articuladores da aprovação do programa e comenta os obstáculos e as movimentações feitas para viabilizar o projeto
Página 31
Número 60 | Ano 11 abril 2025
Publicação Sinepe/PR
Índice
REVISTA ESCADA
Publicação periódica de caráter informativo, com circulação dirigida e gratuita, desenvolvida para o Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Estado do Paraná.
Conteúdo e comercialização V3COM
Projeto gráfico V3COM
Design gráfico e arte final Marcelo Winck
Pauta, redação e revisão Frances Baras Nathalie Oda
Jornalista responsável Ari Lemos | MTB 5954
Críticas e sugestões ari@v3com.com.br
Conselho editorial
Carmem Murara
Everton Drohomeretski
Fatima Chueire Hollanda
Marcio Mocellin
Haroldo Andriguetto Júnior
Adriana Veríssimo Karam Koleski
Os artigos assinados são de responsabilidade dos seus autores e não expressam, necessariamente, a opinião desta revista.
REVISTA ESCADA: 60 EDIÇÕES DE COMPROMISSO
Uma jornada de atualização, reflexão e fortalecimento voltada para as escolas associadas, celebrando anos de contribuição ao setor educacional
Proibição de celulares pode ser nova jornada de emancipação digital 06
ARTIGO DA EDIÇÃO
Mad skills: hobbies e talentos pessoais são valiosos para a jornada profissional Por Antoninho Caron
15
Novas profissões e as aspirações das gerações futuras
ASSOCIADA EM FOCO
Colégio Bagozzi: 70 anos educando mentes e corações
Representatividade e suporte às associadas
Passagem de bastão na presidência do Sinepe/PR
20 23 28
Pé-de-Meia Licenciatura pode ser solução para a educação no Brasil?
ENTREVISTA DA EDIÇÃO
Prouni completa 20 anos e já beneficiou mais de 3,4 milhões de alunos 31
Haroldo Andriguetto Júnior
Presidente do Sinepe/PR
Olá, leitores e leitoras,
Honrado em ocupar este espaço de diálogo, trago as principais novidades da Revista Escada, que chega à sua 60ª edição. Tendo em mira a inovação e os novos direcionamentos do Sinepe/ PR para 2025, nossa publicação passa a ser quadrimestral e conta com um novo layout, desenvolvido especialmente para a veiculação digital. Para dar cada vez mais destaque e voz às instituições de ensino privadas, lançamos uma nova editoria em nossa revista, chamada de “Associada em foco”. Essas páginas serão dedicadas exclusivamente para a divulgação de matérias das associadas, como datas comemorativas, projetos de destaque e materiais institucionais. Para que o fluxo seja proveitoso, as escolas podem enviar os textos a serem divulgados – com foto – para revistaescadapr@gmail.com. Agora, especificamente nesta edição, trazemos conteúdos relevantes à prática educacional. Primeiramente, em celebração à 60ª edição da Escada, contamos com o depoimento do nosso ex-presidente, Ademar Pereira, que esteve à frente da idealização do projeto e contou um pouco mais sobre o surgimento da iniciativa e as expectativas para os próximos anos. Em seguida, abordamos também temas atuais e
fundamentais para os profissionais do setor: a nova lei que proíbe o uso de celulares nas escolas, com a análise de Rodrigo Nejm, especialista no tema; e o ponto de vista de alguns de nossos diretores sobre o Pé-de-Meia Licenciaturas, um dos eixos do programa Mais Professores, do Governo Federal. Ainda, para trazer um panorama sobre a nova gestão, conduzida por mim, Celso Maurício Hartmann e Raquel A. Momm Maciel de Camargo, além de muitos diretores engajados e atuantes na área, incluímos uma análise do ex-presidente Sergio Herrero sobre seu mandato e as perspectivas da passagem de bastão do cargo.
Para abranger a educação infantil, voltamos os olhares às aspirações profissionais das novas gerações e o impacto do sucesso das gerações anteriores nessa mudança. Já no quadro fixo de homenagem aos ex-presidentes, contamos um pouco mais sobre a trajetória de Emília Guimarães Hardy, que esteve na presidência de 1998 aos anos 2000.
Recebemos também a contribuição de Antoninho Caron, presidente do CIEE/PR, com o artigo focado no conceito de “mad skills” e sua valorização crescente nas empresas brasileiras. E, por fim, trazemos uma parte da história da educação brasileira, por meio de uma entrevista exclusiva com Wilson Picler, um dos articuladores responsáveis pela aprovação do ProUni, programa que completa 20 anos de funcionamento. Espero que as próximas páginas possam contribuir para reflexões e novas discussões sobre o setor.
Desejo a todos uma boa leitura!
Haroldo Andriguetto Júnior
SINEPE/PR
Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Estado do Paraná www.sinepepr.org.br | www.facebook.com/sinepepr
CONSELHO DIRETOR - GESTÃO 2024-2026
DIRETORIA EXECUTIVA
Presidente Haroldo Andriguetto Júnior
1º Vice-Presidente Celso Maurício Hartmann
2.ª Vice-Presidente Raquel A. Momm Maciel de Camargo
Diretor de Legislação e Normas Nilson Izaias Pegorini
Diretora de Planejamento Carmem Regina Murara
DIRETORIA DE ENSINO
Diretora de Ensino Superior Adriana Veríssimo Karam Koleski
Diretor de Ensino Médio Gil Vicente de Moraes
Diretora de Ensino Fundamental Ir. Maria Zorzi
Diretora de Ensino da Educação Infantil Dorojara da Silva Ribas
Diretor de Ensino dos Cursos Livres Valdecir Cavalheiro
Diretor de Ensino dos Cursos de Idiomas Magdal Justino Frigotto
Diretor de Marketing Rogério Mainardes
Diretor de Ens. da Ed. Prof. Téc. de Nível Médio Francisco Reinord Essert
Diretor dos Cursos Pré-Vestibulares Alceu João Gnoatto
Diretora de EaD Dinamara Pereira Machado
Diretora de Sistemas de Ensino Acedriana Vicente Vogel
Diretor de Ensino de Pós-Graduação Sergio Herrero Moraeso
CONSELHEIROS
1.º Conselheiro Osni Mongruel Júnior
2.º Conselheiro José Mário de Jesus
3.º Conselheiro Angela Silvana Basso
4.º Conselheiro Guilherme Isensee Andrade
5.º Conselheiro Durval Antunes Filho
6.º Conselheiro Jose Luiz Coimbra Drummond
7.º Conselheiro Esther Cristina Pereira
8.º Conselheiro Luiza Arlete Mosko da Cunha
9.º Conselheiro Luis Gustavo D’Alcantara Schmitt
10.º Conselheiro Ricardo de A. Todeschini
11.º Conselheiro Fábio Hauagge do Prado
12.º Conselheiro Renato Jose Casagrande
13.º Conselheiro Fabrício Pretto Guerra
14.º Conselheiro Roberto Di Benedetto
15.º Conselheiro Celso Luiz Moletta Junior
16.º Conselheiro Camile Luciane da Silva
CONSELHO FISCAL
Efetivos Suplentes
Dilceméri Padilha de Liz Marta Regina Andre
Marcelo Pereira da Cruz Edson Paes Sillas
Artur Gustavo Rial Mirian da Silva Ferreira Alves
DELEGADOS REPRESENTANTES - FENEP
Haroldo Andriguetto Júnior
Ademar Batista Pereira
CONSELHO DE EX-PRESIDENTES
Ademar Batista Pereira Douglas Oliani
Emília Guimarães Hardy Esther Cristina Pereira
Jacir José Venturi José Manoel de Macedo Caron Jr.
Maria Alice de A. Lopes Naura Nanci Muniz Santos
Sergio Herrero Moraes
DIRETORIAS REGIONAIS
REGIONAL CAMPOS GERAIS
Diretor Presidente - Osni Mongruel Junior
Diretor de Ensino Superior - Odilon Zappe Júnior
Diretor de Ensino da Educação Básica - Cesar
Resende de Oliveira e Jacob Elias Dura Cavagnari
Diretor de Ensino da Educação Infantil - Carla Viviane
Lagos Moresco e Valquíria Koehler de Oliveira
REGIONAL CATARATAS
Diretor Presidente - Artur Gustavo Rial
Diretor de Ensino Superior - Fábio Hauagge do Prado
Diretora de Ensino da Educação Básica - Edite Larssen
Diretor de Ensino da Educação Infantil - Ana Paula Krefta
Diretor de Ensino dos Cursos Livres/IdiomasEleceu Barz
REGIONAL CENTRAL
Diretor Presidente - Dilceméri Padilha de Liz
Diretor de Ensino Superior - Roberto Sene
Diretor de Ensino da Educação Básica - Cristiane Siqueira de Macedo e Juelina Marcondes Simão
Diretor de Ensino da Educação Infantil - Ir. Roselha Vandersen e Ir. Sirlene N. Costa
Diretor de Ensino dos Cursos Livres/IdiomasMarcos Aurélio Lemos de Mattos
REGIONAL SUDOESTE
Diretor Presidente - Fabricio Pretto Guerra
Diretor de Ensino Superior - Ivone Maria Pretto Guerra
Diretor de Ensino da Educação Básica - Velamar Cargnin
Diretor de Ensino da Educação Infantil - Márcia
Fornazari Abasto
Diretor de Ensino dos Cursos Livres/IdiomasVanessa Pretto Guerra Stefani
REGIONAL OESTE
Diretora Presidente - Marta Regina Andre
Diretora de Educação Infantil - Sônia Regina Spengler Xavier
Diretor de Educação Básica - Valmir Gomes
Diretor de Ensino Superior - Gelson Luiz Uecker Cursos Livres/idiomas - Denise Veronese
REGIONAL LITORAL
Diretor Presidente - Luiz Antonio Michaliszyn Filho
Diretor de Ensino Superior - Ivan de Medeiros Petry Maciel
Diretor de Ensino da Educação - Básica (Ensino Fundamental)- Selma Alves Ferreira
Diretor de Ensino da Educação Básica (Ensino Médio) - Mirian da Silva Ferreira Alves
Diretor de Ensino da Educação Infantil - Lilian R. M. Borba
Diretor de Ensino dos Cursos Livres/IdiomasLiliane C. Alberton Silva
Proibição de celulares pode ser nova jornada de emancipação digital
Medida abre caminho para a discussão sobre a educação digital mais consciente, maior socialização e concentração dos estudantes
Por Frances Baras
O sempre desafiador retorno dos estudantes às salas de aula após as férias de verão trouxe um elemento a mais em 2025: a proibição do uso dos telefones celulares durante o período letivo, trazido pela Lei Federal nº 15.100/2025. A regra é válida para estudantes de estabelecimentos de ensino público e privado da educação básica e visa “salvaguardar a saúde mental, física e psíquica de crianças e adolescentes”, diz o texto. Muito além das possíveis resistências às mudanças por parte dos estudantes, as regras impostas pela legislação têm impactos práticos no dia a dia das instituições. Entre as adaptações necessárias estão os locais onde os aparelhos podem ficar armazenados ou a fiscalização sobre o uso ou não dos dispositivos.
Porém, para Haroldo Andriguetto Júnior, presidente do Sindicato das Escolas Particulares (Sinepe/PR), também é possível encarar esse momento como uma oportunidade. “Se, por um lado, a proibição dos celulares exige toda essa mudança cultural, por outro, ajuda a minimizar distrações, aumenta a concentração em sala de aula e promove a interação social”, pondera.
Regras claras são importantes
Para que a lei seja cumprida da melhor forma, Andriguetto destaca a importância da definição de regras claras no ambiente escolar. Além de inserir a proibição no regimento interno, é preciso reforçar as orientações em reuniões com os pais e com os alunos e capacitar os pro-
fessores e demais colaboradores. “O tema deve ser tratado de forma pedagógica e não punitiva”, diz. “E o Sinepe/PR está à disposição para esclarecer ao máximo as dúvidas nessa implementação”, completa. O sindicato tem participado ativamente de discussões e debates junto às escolas.
Entre as mudanças, existe a proibição do uso dos aparelhos durante as aulas, recreios e intervalos entre as aulas, mas há permissão para uso para fins pedagógicos e para comunicação com os familiares em situações de emergência. Estudantes com deficiência ou necessidades especiais também podem utilizar dispositivos de tecnologia assistiva para garantir acessibilidade e inclusão.
Início da discussão
Rodrigo Nejm, especialista em educação digital do Instituto Alana, vê a nova legislação como um grande ponto de partida para repensar a presença digital de crianças e adolescentes. “Esse é o momento de trazer a educação digital para combater o uso passivo das plataformas. Hoje, 90% do tempo desses jovens é gasto com jogos e redes sociais”, indica. “Um entretenimento que não contribui para a formação pedagógica e cidadã, além de comprometer habilidades como a socialização e a criatividade”, completa.
Apesar das expectativas, de crianças e jovens mais ansiosos com a abstinência dos apare -
lhos, o especialista diz ter recebido relatos positivos. Principalmente, acrescenta, na área da socialização. “Já foram percebidos a diminuição da ansiedade, o aumento da interação e da prática de esportes nos intervalos”, conta. Outro benefício é o desenvolvimento do senso de autonomia, afirma o especialista. “A comunicação com a família o tempo todo tira isso do estudante”, diz.
Construção coletiva
Para que a medida seja ainda mais efetiva, Nejm acredita em uma construção coletiva, não apenas da escola e dos professores com os estudantes, mas com o envolvimento dos pais e das empresas que produzem as tecnologias usadas no meio educacional. “Isso já está acontecendo entre as escolas e os estudantes, que demandam materiais esportivos para aproveitar o tempo dos intervalos com qualidade”, relata. “Mas também deve acontecer em casa, com a família introduzindo atividades de qualidade em conjunto”, completa.
Jornada da emancipação digital
1) Entender a realidade atual de conectividade dos estudantes e as percepções sobre o uso do celular na escola a partir de enquetes e escutas qualitativas individuais e em grupos;
2) Criar e comunicar as regras e protocolos com a participação do Conselho Escolar e o envolvimento ativo de estudantes, profissionais da educação e demais representantes da comunidade escolar;
3) Definir indicadores para monitorar as mudanças com as novas regras;
4) Implementar ações curriculares sobre competências digitais “plugadas” e “desplugadas”;
5) Reforçar as competências digitais na formação continuada de professores conforme previsto na Política Nacional de Educação Digital e na Estratégia Nacional de Educação Midiática;
6) Monitorar os indicadores e as regras para analisar mudanças com foco na convivência, no desenvolvimento integral e em casos de violência;
7) Revisar anualmente as regras e limites com acordos mais flexíveis a partir do monitoramento nos Conselhos Escolares e mudanças na infraestrutura digital das escolas;
8) Comunicar e repactuar as regras a cada novo ciclo, permitindo apropriação coletiva e o protagonismo dos estudantes.
Fonte: Nota técnica do Instituto Alana - Recomendações para o uso de
Rodrigo Nejm
Especialista em educação digital do Instituto Alana
celular nas escolas
Revista Escada : 60 edições de compromisso com a educação privada
Uma jornada de atualização, reflexão e fortalecimento voltada para as escolas associadas, celebrando anos de contribuição ao setor educacional
Por Nathalie Oda
A Revista Escada, em sua 60ª edição, celebra sua trajetória e o impacto contínuo que exerce no setor educacional privado. Comemorando este marco, a publicação é um veículo fundamental para as escolas associadas ao Sindicato das Escolas Particulares (Sinepe/PR), reafirmando seu compromisso de atualizar, informar e inspirar os profissionais da educação sobre os temas mais relevantes que moldam o cenário educacional.
Ao longo dessas 60 edições, a revista soube se reinventar, acompanhando as transformações do setor educacional e se adaptando às novas demandas da sociedade. A cada edição, se consolidou como uma fonte de conhecimento, oferecendo insights valiosos sobre legislação, inovação pedagógica, gestão educacional e políticas públicas, com um olhar atento sobre as tendências nacionais e globais.
Desde a sua primeira edição, em 2010, idealizada pelo então presidente Ademar Pereira, a revista se tornou uma referência para o setor educacional privado. Elaborado junto com Hélio Marques, jornalista e assessor de imprensa do sindicato na época, o projeto foi uma forma de dar voz e visibilidade às escolas associadas, oferecendo um espaço para que as instituições pudessem compartilhar suas experiências e conhecimentos.
“Quando criamos a Revista Escada, nosso objetivo era dar à comunidade educacional um canal de comunicação direto, que fosse ao mesmo tempo um reflexo das demandas e desafios do setor e um espaço de defesa da
categoria das escolas privadas”, comentou o ex-presidente. A publicação não só cumpriu esse papel, mas também se tornou um ponto de encontro de ideias e reflexões sobre a educação no estado. Quando questionado sobre o termo que dá nome à revista, Pereira relembra que as discussões acerca da linha editorial do material e o objetivo da publicação culminaram em um ponto: a educação como uma “escada” para a ascensão social. Por isso, independentemente da diretoria à frente do sindicato, dos profissionais por trás das linhas escritas, o conteúdo é feito para contribuir com a educação e, ao mesmo tempo, com a participação de muitos educadores.
A leitura e o compartilhamento
Haroldo Andriguetto Júnior, atual presidente do Sinepe/PR, destaca a relevância da revista para o futuro da educação
privada e a necessidade do alinhamento às mudanças que impactam as escolas associadas. “A Revista Escada desempenha um papel fundamental na disseminação de conhecimento e no fortalecimento da rede de educação privada no Paraná. Para as associadas, é um instrumento estratégico de atualização e inspiração, permitindo que as instituições acompanhem tendências, boas práticas e legislações que impactam o setor”, afirmou. Além disso, ele também ressaltou a trajetória de sucesso da revista, que, nessas 60 edições, se consolidou como um veículo de excelência, aprofundando debates sobre questões estaduais e nacionais. Mais do que um simples registro da evolução do setor, as matérias refletem a visão e o trabalho contínuo das instituições de ensino associadas. Por meio de artigos, entrevistas e colaborações de especialistas, a publicação sempre se dedicou a trazer informações relevantes para o fortalecimento das práticas pedagógicas e de gestão das escolas.
Dedicada às associadas e a toda a comunidade envolvida no processo educacional, como os profissionais, os familiares e, até mesmo, os estudantes, as páginas são espaços para o aprendizado coletivo, um meio para que todos os envolvidos compartilhem experiências e alternativas para os desafios diários.
Haroldo Andriguetto Júnior
Próximas páginas
Para o futuro, a publicação deve ser continuada, trazendo ainda mais enfoque para as escolas associadas por meio da nova editoria chamada “Associado em foco”. “Esse continuará sendo um espaço privilegiado para uma construção coletiva do futuro da educação. Entre os planos para os próximos anos, está a ampliação dos formatos de conteúdo, explorando novas mídias digitais, com a participação de cada vez mais especialistas e líderes educacionais em discussões estratégicas. O objetivo é dar maior visibilidade à revista e aproximar ainda mais gestores e educadores das tendências globais da educação”, disse o presidente. Já Pereira, refletindo sobre as possibilidades para as próximas edições, reforçou a importância da adaptação do
formato e dos conteúdos à evolução das novas plataformas. “Acredito que o futuro vai ser manter esse projeto, sempre o atualizando junto com as tecnologias que vêm por aí. Quem sabe, incluindo matérias interativas, em que o leitor pode entrar em contato com o especialista para tirar dúvidas ou, até vídeos, entrevistas ao vivo e podcasts”, sugere. Independentemente das mudanças e das novidades, a busca pela excelência e o compromisso com a educação de qualidade continuam sendo os pilares que sustentam a publicação. Olhando para o futuro, a revista seguirá ampliando suas fronteiras, explorando novas formas de comunicação, mas sem perder de vista o propósito que a tornou uma ferramenta essencial para as escolas associadas: ser um elo entre a prática educacional e as grandes discussões que definem o futuro da educação no Brasil e no mundo.
“Quando criamos a Revista Escada, nosso objetivo era dar à comunidade educacional um canal de comunicação direto, que fosse ao mesmo tempo um reflexo das demandas e desafios do setor e um espaço de defesa da categoria das escolas privadas”
Ademar Pereira Ex-presidente do Sinepe/PR
jornada
Por Antoninho Caron
Por muitos anos, o conceito de “competências” dominou o vocabulário corporativo. O entendimento da palavra, porém, era de certa forma limitado. Esperava-se que os profissionais fossem competentes em uma série de habilidades técnicas e dominassem habilidades comportamentais em todos os cenários, em meio a equipes multidisciplinares. No entanto, com o avanço das tecnologias e a crescente complexidade dos mercados, essa visão se transformou aos poucos.
Um novo termo surgiu nos tópicos sobre carreira e desenvolvimento profissional. Os especialistas citam o conceito de “mad skills” ou, em tradução livre, “habilidades extraordinárias”, ações como hobbies e talentos desenvolvidos fora do círculo corporativo. Essa expressão transpassa a valorização do mercado sobre os aspectos da vida pessoal dos profissionais já que é verdade que muitas atividades realizadas fora do horário de trabalho, partindo do interesse pessoal de cada indivíduo, podem ressoar na vida profissional de forma a agregar aptidões diversas.
Um profissional que cozinha por hobby, por exemplo, pode se destacar no ambiente de trabalho por sua capacidade de planejamento, além do controle de tarefas e do tempo. Se para fazer um bolo é preciso ler a receita, separar os ingredientes, executar o passo a passo
até levar a massa ao forno e, com atenção, identificar quando o bolo está assado, no trabalho o passo a passo de projetos se torna um processo familiar. Nesse caso, a atenção com prazos, detalhamento de etapas para a execução de tarefas e a organização são habilidades valiosas que podem não estar diretamente descritas em um currículo.
Da mesma forma, quem pratica esportes como as artes marciais leva consequen-
Antoninho Caron
Doutor em Engenharia da Produção - Inovação Tecnológica pela UFSC, mestre em Desenvolvimento Econômico pela UFPR, graduado em Administração de Empresas e Filosofia pela FAE, vice-presidente da Associação Comercial do Paraná (ACP), membro do Conselho Universitário da UFPR e do Conselho de Planejamento e Administração da UFPR e presidente do Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE/PR)
ARTIGO DA EDIÇÃO
temente, para diversos âmbitos da vida, mais disciplina e persistência. O foco necessário para prever os movimentos do oponente e centrar o corpo e a mente na luta é um cenário que, de certa forma, se repete em tarefas que precisam ser executadas sob pressão. Assim, a capacidade desenvolvida especificamente para o esporte se torna relevante para a jornada profissional.
Na rotina de trabalho, todas essas aptidões, características e facilidades são evidenciadas diante de muitos desafios que surgem em todas as áreas de atuação. Por isso, a maioria das empresas verifica tais qualidades após a contratação, nos resultados apresentados no dia a dia. No entanto, a tendência que cresce no Brasil, vinda
de outros países, é voltada à identificação dessas habilidades como uma ferramenta para a formação de equipes eficientes e que se complementam.
Para os recrutadores, o segredo é olhar para fora da caixa e relacionar os requisitos das vagas com capacidades que vão além do campo técnico. Caso as informações não constem no currículo, a entrevista é o momento ideal para conhecer um pouco mais os candidatos e identificar habilidades que muitos não percebem. Por outro lado, para os candidatos, a missão é ampliar a perspectiva na execução do currículo. Investir tempo no autoconhecimento pode auxiliar no entendimento sobre diferenciais que podem estar sendo deixados de lado.
Novas profissões e as aspirações das gerações futuras
Especialistas comentam as mudanças no conceito de sucesso das crianças de hoje em dia e o papel dos responsáveis e educadores
Por Nathalie Oda
Se, no passado, a visão de futuro era marcada por carreiras tradicionais como médicos, advogados ou bombeiros, hoje, profissões digitais como Youtubers e gamers têm ganhado destaque. A resposta pode gerar estranhamento entre educadores e responsáveis, mas o que esses novos sonhos podem revelar sobre a educação infantil e o impacto dessas mudanças na formação das futuras gerações?
Há algumas décadas, o horizonte profissional de uma criança era, em sua maio -
ria, bem delimitado. A figura do médico, astronauta, veterinário ou cientista dominava os sonhos das crianças, refletindo a sociedade que valorizava esses campos tradicionais. No entanto, no cenário atual, marcado pela revolução digital e pela globalização da informação, as aspirações das novas gerações começaram a se transformar radicalmente. Hoje, profissões que antes eram inusitadas, como a de influenciador digital, se tornaram as mais comuns nas respostas das crianças às questões sobre o futuro.
“Fazemos parte de um momento de muitas transformações e, consequentemente, de ideias novas e aspirações inusitadas, que nem sequer sonharíamos quando crianças. E isso é muito bonito: essa diversidade, que permite que as pessoas sejam mais felizes e conscientes profissionalmente, reflete uma mudança na forma de ver a vida profissional, na qual a flexibilidade e a criatividade têm um peso bastante importante”, comenta Andréia Godoy, pedagoga, especialista em neuropsicologia e orientadora educacional do Colégio Positivo – Júnior.
A educação infantil, nesse sentido, desempenha um papel fundamental na formação das novas mentalidades. A chegada da era digital na infância, com o acesso irrestrito a plataformas como YouTube, Tik Tok e outras redes sociais, tem permitido que as crianças enxerguem o mundo de uma forma distinta da que viam seus pais e avós, que eram moldados por profissões mais convencionais.
A psicóloga e 2ª vice-presidente do Sindicato das Escolas Particulares (Sinepe/PR), Raquel Momm, explica que, analisando o fato de que uma geração molda a outra, é preciso entender que as gerações anteriores às das crianças de hoje em dia têm grande parcela de responsabilidade pelas mudanças que aconteceram. Por isso, ela reforça que mais do que pensar nas aspirações dos filhos, é necessário analisar o entorno, o contexto em que se criou essa geração.
“Via de regra, os pais dos jovens de hoje e dos adolescentes viveram toda a infância, a adolescência e talvez o início da juventude sem a exposição às redes sociais e à internet,
como a nova geração tem hoje”, comenta a psicóloga. Portanto, seria um equívoco esperar que essas crianças se comportem e pensem como a geração de seus pais pensavam, visto que o contexto e o ambiente social foram completamente transformados pelo avanço das novas tecnologias. Os dispositivos, as plataformas, as formas de diversão e interação impactaram, direta ou indiretamente, o imaginário das novas gerações. As crianças, hoje, têm acesso a conteúdos e experiências que influenciam diretamente suas escolhas. Assim como os pais de hoje em dia viam seus ídolos jogando futebol e acreditavam que poderiam se tornar essa figura, quando um pequeno tem como referência os gamers ou influenciadores, ele acredita que também pode construir uma carreira de sucesso dentro desse universo digital.
Raquel Momm
Psicóloga, doutora e mestre em Administração, com MBA em Gestão Educacional, fundadora e diretora do Centro Educacional Evangélico
Segundo Andréia, essa nova realidade, aliada à digitalização e à conectividade, criou formas inovadoras de trabalho, como o marketing de influência e a criação de conteúdo digital, que são particularmente atrativas para as gerações mais jovens. “No entanto, é preciso estar atento: nem tudo é tão fácil quanto parece”, alerta.
Entre em contato com o entrevistado
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O papel dos educadores
Como toda transformação, esse movimento deve ser acompanhado pela responsabilidade. “É importante esclarecer que a educação infantil é um ambiente de sonho, fantasia e possibilidades. Nessa fase, o jogo simbólico, ou faz de conta, como é mais conhecido, é um elemento essencial para o desenvolvimento saudável”, pontua a pedagoga. Por isso, a especialista reforça que o desafio nessa fase é respeitar esse desenvolvimento, levando em conta também a adaptação de currículos mais diversificados e dinâmicos.
Nesse contexto, ela destaca que as crianças precisam de projeções, de “desejos de ser”. Por isso, o papel dos educadores abrange também o ato de ouvir as aspirações das crianças e incentivar a exploração de diferentes áreas de atuação profissional, sem julgamentos, ao mesmo tempo em que oferecem embasamento e conscientização
de que o sucesso rápido e fácil é, de certa forma, ilusório.
Já fora das escolas, os pais e responsáveis podem ter inseguranças e medos relativos à estabilidade das novas profissões. “Trabalhamos muito com pais que querem poupar os filhos de tudo o que eles sofreram ou viveram. Porém, eles não percebem que podem até poupar os filhos do que eles viveram de difícil na infância, na adolescência e no início da carreira profissional, mas eles não podem poupar os filhos dos desafios que a geração dos filhos enfrenta, que é diferente do que eles enfrentaram”, lembra a 2ª vice-presidente do Sinepe/PR.
Portanto, enquanto as novas gerações, mais conectadas e influenciadas pela tecnologia, seguem seus próprios caminhos profissionais, cabe aos educadores e responsáveis a missão de preparar as crianças para navegar nesse novo universo, oferecendo não só a compreensão do mundo digital, mas também uma base sólida para que possam tomar decisões conscientes sobre seu futuro.
A chave está em equilibrar os sonhos e aspirações de cada criança com uma educação que os prepare para os desafios do amanhã.
“Fazemos parte de um momento de muitas transformações e, consequentemente, de ideias novas e aspirações inusitadas, que nem sequer sonharíamos quando crianças”
Andréia Godoy
Pedagoga, especialista em neuropsicologia e orientadora educacional do Colégio Positivo – Júnior
Conheça a história dos ex-presidentes do Sinepe/PR
A atuação do Sindicato das Escolas Particulares (Sinepe/PR) é estruturada por uma equipe de profissionais que se dedica ao setor e trabalha para defender os interesses das instituições privadas de ensino no Paraná.
Na dinâmica complexa e multifacetada da educação, os presidentes que passaram pelo Sinepe/PR desempenharam um papel crucial que vai além das fronteiras administrativas.
São líderes que representam os interesses da classe, mas também moldam as políticas que impactam diretamente na qualidade e no ambiente educacional das instituições. A gestão eficaz não se resume a lidar com questões burocráticas, mas também é um fator de influência na definição do curso da educação.
Ao longo de suas gestões, todos enfrentaram desafios significativos e, com uma condução habilidosa, puderam também inspirar a comunidade educacional a buscar constantemente melhores condições de ensino e aprendizagem. Pensando nisso, a nova editoria de homenagens aos ex-presidentes do Sinepe/PR é um espaço para reconhecer suas contribuições e destacar o impacto duradouro de suas lideranças na educação.
Representatividade e suporte às associadas
Conheça mais sobre o mandato de Emília Guimarães Hardy no Sinepe/PR
Por Nathalie Oda
Entre os anos de 1998 e 2000, quem esteve à frente do Sindicato das Escolas Particulares (Sinepe/PR) foi Emília Guimarães Hardy, psicóloga por formação e, na época, diretora da escola Palmares, em Curitiba. Com grandes desafios e uma trajetória de adaptações para atender aos interesses e às necessidades das associadas, a ex-presidente deu grande apoio às instituições de ensino de pequeno porte, como a que atuava fora do sindicato. Sua entrada no mundo da educação foi quando, ainda bem jovem, começou a trabalhar na escola de seu pai, chamada Rafael Hardy. A entrevistada conta que, na época, a instituição era bastante conhecida e considerada progressista. Após a atuação próxima aos negócios da família, Emília passou pelo Colégio Marista Anjo da Guarda por alguns anos, onde foi professora, coordenadora e, por fim, atuou no serviço de apoio ao aluno.
Emília Guimarães Hardy
Porém, foi depois dessa experiência que ela deu os próximos passos para a escola que a aproximaria do Sinepe/PR.
“Com uma sócia, abrimos a escola Palmares, na qual eu fiquei durante quase 30 anos. Como a escola era bem conceituada, eu participava do sindicato, não formalmente, mas como proprietária de associada. Eu ia sempre às reuniões, pois achava importante, e às vezes debatia alguns temas. Então, acharam que eu poderia ser uma pessoa interessada e interessante, talvez, para o Sinepe/PR”, relembra.
Com a sua preocupação com a área administrativa das escolas, sua participação em muitas reuniões e suas contribuições para os debates em temas como os reajustes de salários, contratos e cursos da área, Emília foi cotada para assumir a presidência. Apoiada por alguns ex-presidentes, a homenageada desta edição da Revista Escada assumiu o cargo em novembro de 1998.
Um mês antes, Fernando Henrique Cardoso tinha sido reeleito como presidente da República no primeiro turno das eleições. O cenário era de mudanças e adaptações no campo político, econômico e social. Consequentemente, no setor educacional, os reflexos eram percebidos na gestão das instituições. Para fornecer às associadas
esse apoio político e representativo, a ex-presidente lembra as idas à Brasília para as reuniões que aconteciam entre todos os Sinepes.
“Nós levávamos os temas fundamentais para grupos de instituições e debatíamos a nível nacional. Então, os que tinham maior envolvimento, até na área política, tinham mais contatos, buscavam fazer isso caminhar também a nível de buscar legislações específicas, trabalhar para que essas legislações pudessem tornar viável a continuidade das escolas”, conta.
Os destaques do mandato Nos dois anos à frente da instituição, os desafios e as conquistas no trajeto foram muitos. No entanto, a entrevistada cita especialmente a conciliação das necessidades dos diferentes segmentos das escolas dentro do próprio setor. Para ela, o desafio era dar um respaldo, tanto político quanto jurídico, às associadas e, ao mesmo tempo, embasar as instituições para enfrentar momentos delicados em relação ao aspecto financeiro das empresas privadas.
Emília relata que haviam muitas implicações em processos como o ajuste nas mensalidades: “a legislação previa uma comprovação muito grande da necessidade desse reajuste. Em alguns mo-
mentos, precisávamos fazer até assembleias de pais para que pudéssemos justificar o aumento de custos de um ano para o outro para a manutenção das escolas”.
Por outro lado, entre suas principais preocupações como presidente estava a promoção das escolas de pequeno porte. Com associadas de todos os tipos, desde a educação infantil até o ensino superior e cursos livres, o Sinepe/PR oferecia e ainda oferece suporte a instituições de todos os portes. Então, com uma preocupação crescente em relação à sobrevivência das pequenas escolas, Emília se dedicou a dar voz e oportunidades a esse nicho.
“Eu vinha dessa experiência de escola. Minha escola não era grande, nem de rede ou de milhares de alunos. Eu queria fortalecer esse setor de escolas pequenas, então, promovia muitos cursos de formação para diretores, para professores e para coordenadores. Mesmo na questão jurídica, reforçava muito a necessidade desse segmento e, claro, isso foi importante”, avalia.
A entrevistada compartilha seu ponto de vista na época, quando entendia que a sustentação de um grupo maior de escolas fortes iria fortalecer o setor que o Sinepe/PR representava. Mas, com o tempo, ela revela que percebeu
que as grandes escolas também tinham suas necessidades e que era preciso equilibrar os esforços para atender a todas as associadas. Com um olhar mais voltado ao cenário macro, porém, Emília reforça o papel do sindicato no apoio e na busca das necessidades das escolas a nível estadual e federal, sem desconsiderar a importância do suporte pedagógico realizado pelo Sinepe/PR por meio de cursos e a contribuição de especialistas. “A confederação é formada pelos sindicatos estaduais e tem um papel político essencial, no sentido de que a legislação possa, se não favorecer, pelo menos ajudar a suportar as dificuldades do setor”, finaliza.
“O
Sinepe/PR, como instituição, tem um papel importante a nível nacional, porque os Sinepes representam toda a categoria de diretores e proprietários de escolas”
Emília Guimarães Hardy Ex-presidente do Sinepe/PR
Passagem de bastão na presidência do Sinepe/PR
Sergio Herrero Moraes faz uma análise sobre seu mandato e Haroldo Andriguetto Júnior compartilha os principais planos para a nova gestão
Por Nathalie Oda
Em novembro de 2024, o Sindicato das Escolas Particulares do Paraná (Sinepe/PR) viveu um momento significativo com a posse de Haroldo Andriguetto Júnior como presidente, sucedendo Sergio Herrero Moraes, que presidiu a entidade de 2022 a 2024. A transição de liderança marca o fim de um ciclo e o início de novos desafios e oportunidades para o setor educacional privado no estado. Durante o mandato de Herrero, que durou dois anos, a gestão foi marcada por uma série de conquistas e desafios enfrentados de maneira estratégica. Em sua análise, o ex-presidente destaca a experiência de presidir a instituição e a importância do trabalho em conjunto com a equipe do sindicato. “Foi uma oportunidade e experiência incrível poder presidir uma instituição tão representativa para o ensino paranaense como o Sinepe/PR”, afirmou.
Ele também ressaltou o apoio essencial que recebeu do Conselho Diretor e das assessorias jurídica, contábil e pedagógica, além da equipe técnica administrativa. A gestão democrática foi um ponto central, com destaque para a colaboração próxima com Haroldo Andriguetto Júnior,
que, como 1º vice-presidente, desempenhou um papel relevante em várias frentes. Entre os maiores desafios enfrentados por Herrero, é possível destacar a segurança nas escolas. O período crítico, com ataques em várias regiões do Brasil, exigiu uma resposta imediata e eficaz. “De imediato, contratamos técnicos especializados na área de segurança e promovemos encontros com nossas associadas para orientação e cuidados. Também solicitamos o botão de pânico na Secretaria de Segurança Pública do Estado do Paraná e rondas frequentes da Polícia Militar em torno das escolas”, relatou, ressaltando a atuação do sindicato na criação de uma rede de apoio e na promoção de ações preventivas.
Outro marco importante foi a contribuição do sindicato para a reforma do Novo Ensino Médio. Ele destacou que, em colaboração com o Conselho Estadual de Educação do Paraná, foram feitas sugestões para a melhoria do projeto, com o objetivo de implementar um ensino mais atrativo, junto à implantação do ensino integral.
A gestão anterior também foi caracterizada pela promoção de cursos e eventos, sempre com a participação ativa das regionais, que contribuíram para o fortalecimento da formação continuada nas escolas. “Realizamos diversos cursos no sindicato de forma híbrida, com a participação das regionais no formato remoto. A participação de nossas associadas é expressiva, e há uma grande procura pelos cursos realizados”, contou. Sobre o legado deixado por Herrero, o novo presidente reforçou a importância da gestão anterior, afirmando que o legado deixado foi significativo, conduzido com maestria em um período de grandes desafios para a educação. O lançamento da 2ª edição do Manual de Orientações
“Todos Juntos por uma Educação Inclusiva”, um dos marcos da gestão 2022-2024, é um exemplo da continuidade do trabalho em prol da inclusão no ambiente escolar. “Sua gestão foi marcada por uma atuação estratégica no monitoramento das políticas educacionais, defesa dos interesses das escolas particulares e fortalecimento da representatividade do setor”, concluiu.
Novas lideranças, novos olhares
A etapa de transição na liderança no sindicato é vista por Herrero como uma oportunidade de evolução para o Sinepe/PR e para as contribuições ao setor. “A renovação de liderança é sempre salutar, pois traz novas ideias, estratégias e abordagens para lidar com os novos desafios”, afirmou. Ele se mostrou confiante no sucesso da gestão de Andriguetto Júnior, já que, durante seu mandato, o agora presidente foi um colaborador essencial. “Espero que a nova gestão seja de liderança, inspiração, resolução de problemas, transparência e governança”, afirmou, com ênfase ao forte impulso empreendedor e a motivação do novo presidente.
Para o atual presidente, a transição é encarada com grande responsabilidade e, ao mesmo tempo, como uma oportunidade de fortalecer a educação privada no Paraná. “Como educador, percebo como oportuno para promover um ambiente educacional cada vez mais qualificado e inovador, valorizando a diversidade das instituições de ensino e garantindo que as escolas tenham o suporte necessário para enfrentar os desafios do presente e do futuro. Educação é um compromisso coletivo, e nosso trabalho será guiado pela colaboração e pelo diálogo constante com toda a comunidade educacional”, afirmou.
Próximos passos
Andriguetto Júnior compartilha que o principal foco da gestão será o fortalecimento da representatividade do sindicato, com um olhar atento ao monitoramento legislativo em temas como inclusão, Novo Ensino Médio e reforma tributária. A interiorização do sindicato, por sua vez, garantirá maior proximidade com as regionais, o que permite que todas as escolas associadas, independentemente da localização, tenham voz ativa no desenvolvimento do setor.
A passagem de bastão entre os dois representantes é, portanto, não apenas a troca de uma liderança, mas também o fortalecimento de uma entidade que, ao longo dos anos, tem se mostrado essencial no desenvolvimento e aprimoramento da educação privada no Paraná. Com o novo presidente à frente, o sindicato se prepara para enfrentar os desafios do futuro com uma visão renovada e uma gestão pautada na continuidade e inovação, sempre com o compromisso de garantir uma educação de qualidade para as futuras gerações.
“Desejo ao professor Haroldo sabedoria nas decisões, firmeza nos momentos difíceis e inspiração para motivar todos ao seu redor. Que tenha a coragem de inovar quando necessário e a prudência de preservar o que nos trouxe até aqui. Estarei sempre torcendo pelo seu sucesso e pelo crescimento contínuo do Sinepe/PR”
Sergio Herrero Moraes Ex-presidente do Sinepe/PR
Colégio Bagozzi : 70 anos educando mentes e corações
“Para
o aperfeiçoamento moral do homem, não basta a educação da mente sem a educação do coração”
São José Marello
Quando essa frase foi dita pelo fundador da Congregação dos Oblatos de São José, mantenedora do Colégio Bagozzi, ele nem imaginava que tudo isso se materializaria em escolas. Padre Bagozzi, como bom discípulo de Marello, iniciou com muita coragem a Escola Paroquial Imaculada Conceição utilizando algumas salas da própria paróquia. Setenta anos depois, o Colégio Bagozzi se apresenta como uma instituição de destaque no cenário educacional de Curitiba, principalmente na região do bairro Portão.
Atualmente, são aproximadamente 2 mil alunos, da educação infantil ao pré-vestibular, que, dentre os campos de experiência e componentes curriculares, recebem uma formação integral. O jeito Josefino-Marelliano de ensinar preza pelo destaque dos valores humanos no dia a dia das aulas e por projetos voltados para o aprendizado e reflexão desses valores, em um esforço contínuo para formar cidadãos conscientes do seu papel de protagonistas na transformação da sociedade.
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O empresário Gustavo Mansur viveu tudo isso. Ex-aluno do colégio, hoje ele se alegra em levar seu filho Gabriel para vivenciar a mesma educação que teve. “Tenho lembranças muito marcantes do Bagozzi, das brincadeiras, SECOBA, Gincana Marelliana e, principalmente, das amizades que, muitas, permanecem até hoje”, diz.
Além disso, se recorda de que os professores sempre promoviam atividades que incentivavam a empatia e o amor ao próximo. “A palavra ‘amor’ era constantemente falada e sentida e isso fez com que esses valores fossem realmente aprendidos”, destaca. Quando questionado sobre a grande lição que ainda carrega e que aprendeu nos tempos de Bagozzi, o empresário rapidamente respondeu: “aprendi que, ao cuidar de quem está ao nosso lado, cultivamos relações saudáveis e amizades que podem durar uma vida inteira”.
A razão que levou Gustavo a matricular o filho no mesmo colégio em que estudou é muito comum entre as famílias que buscam a instituição. “O Bagozzi sempre demonstrou um cuidado humano com os alunos, e eu tenho certeza de que meu filho é bem acolhido. Além disso, a qualidade do ensino é excelente, o que reforçou minha decisão”, finaliza o ex-aluno.
A diretora da Rede OSJ de Educação, professora Angela Basso, ressalta que, nos últimos anos, o colégio passou por um processo de inovação, garantindo aos alunos uma educação de qualidade e atualizada.
“Hoje, somos uma empresa que gera mais de 300 postos de trabalho e, considerando o número de alunos que temos, impactamos mais de 3 mil famílias, levando educação de qualidade e valores essenciais para o desenvolvimento integral de todos. Trabalhar em um local onde o propósito pessoal está alinhado, sem dúvida, é algo extraordinário”, afirmou a diretora.
Para o padre Mauro Negro, Provincial da Congregação dos Oblatos de São José (mantenedora do colégio) e superintendente da Rede OSJ de Educação, da qual o colégio faz parte juntamente com outras cinco instituições de ensino no Paraná e em São Paulo, celebrar esses 70 anos é um momento muito especial. “Para nós, Oblatos de São José, é uma honra poder servir à sociedade em Curitiba, no Paraná, e também se espalhar pelo Brasil, no espírito do nosso pai fundador, São José Marello, educando a mente e o coração”, destaca Negro.
“Aprendi que, ao cuidar de quem está ao nosso lado, cultivamos relações saudáveis e amizades que podem durar uma vida inteira”
Gustavo Mansur Ex-aluno do colégio
Pé-de-Meia Licenciatura pode ser solução para a educação no Brasil?
Para especialistas, proposta é válida, porém insuficiente para impulsionar a carreira de professores e melhorar a educação do país
Por Frances Baras
Desde o início deste ano, está em vigor o Pé-de-Meia Licenciatura, um dos eixos do programa Mais Professores, do Governo Federal.
O objetivo da iniciativa é fortalecer e valorizar a profissão de docente no país e, consequentemente, melhorar a qualidade da educação, por meio de um incentivo financeiro. Com essa proposta, a expectativa é de que mais estudantes optem pela carreira no país. De acordo com o Ministério da Educação (MEC), a edição de 2025 do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que usa a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para ingresso em universidades públicas, já
registrou pouco mais de 1 milhão de candidatos interessados em cursos presenciais de licenciatura. O número representaria um aumento de 23% em relação ao ano passado, quando foram feitas 892 mil inscrições na área. Se considerados apenas os estudantes de alto desempenho, com nota superior a 650 no Enem, o crescimento foi de 54% (de 28,4 mil para 44 mil inscrições).
Mas, além de atrair estudantes, é preciso mantê-los nos cursos superiores. De acordo com o Censo do Ensino Superior 2022 do MEC, a principal causa dessa evasão é a dificuldade financeira para a continuidade
na faculdade. Por isso, o programa pagará, do início ao fim do curso, o valor mensal de R$ 1.050 para os estudantes aprovados em cursos presenciais de licenciaturas pelo Sisu e que se inscreverem para a bolsa e forem aprovados.
Uma pesquisa divulgada pelo Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior no Estado de São Paulo (Semesp) mostra que, até 2040, o Brasil poderá ter uma carência de 235 mil professores de educação básica. O levantamento foi feito a partir de dados disponibilizados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão vinculado ao MEC, que mostra que o porcentual de novos alunos em cursos de Licenciatura com até 29 anos de idade caiu de 62,8%, em 2010, para 53%, em 2020.
Valorização necessária
No entanto, na visão de especialistas da educação, o Pé-de-Meia deve ser insuficiente para evitar o déficit educacional no
setor. Para o professor Haroldo Andriguetto Júnior, presidente do Sindicato das Escolas Particulares (Sinepe/PR), além de incentivos, é preciso uma transformação na base educacional.
“A carência de professores no Brasil não é apenas um problema do ensino superior, mas é um reflexo de uma desvalorização que começa desde cedo”, acredita. “Para mudar esse cenário, precisamos sensibilizar nossos jovens e adolescentes, mostrar que ser professor é construir futuros, é transformar vidas, é deixar um legado duradouro”, completa.
Apenas com a valorização dessa profissão é que os jovens irão optar por seguir essas carreiras, concorda a professora Adriana Karam, diretora de Ensino Superior do Sinepe/ PR. “É claro que o sonho dos jovens vai ser por profissões mais bem reconhecidas e, eu diria, até mesmo mais bem remuneradas”, reconhece. “Por isso que todos nós precisamos repensar a sério a educação e o que ela representa para o Brasil”, justifica.
Diretora de Ensino Superior do Sinepe/PR
Adriana Karam
A professora complementa que há uma tendência forte de ausência, no futuro próximo, de profissionais que queiram continuar com o trabalho de docentes. Segundo o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), levantamento realizado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), apenas 3% dos estudantes de 15 anos querem ser professores.
Uma boa medida de transição
Para o curto prazo e como medida de transição, o Pé-de-Meia Licenciatura pode ser válido, diz a professora Dinamara Pereira Machado, diretora de EaD do Sinepe/PR. “Precisamos vencer a questão do assistencialismo quando pensamos em políticas públicas, ou seja, devemos entender que elas devem ser pensadas dentro de um projeto de nação”, explica. De acordo com ela, a permanência na carreira só vai se dar com a análise de todo o contexto da profissão. “O programa é apenas uma gota d’água em um oceano
Dinamara Pereira Machado Diretora de EaD do Sinepe/PR
azul de possibilidades de melhorias para se chegar a uma educação de qualidade. E isso passa por planos de carreira, concursos, infraestrutura para trabalhar e, claro, o reconhecimento merecido”, conclui.
Além do Pé-de-Meia Licenciatura, o MEC prevê a implementação da Bolsa Mais Professores, um incentivo financeiro mensal de R$ 2.100 para docentes que atuarem em regiões e áreas com carência de profissionais a ser concedido por até dois anos. Também faria parte do Mais Professores um portal de formação docente, ainda sem previsão de lançamento, com cursos de formação inicial e continuada alinhados às necessidades dos docentes, para fortalecer o desenvolvimento profissional.
“Precisamos sensibilizar os jovens, mostrar que ser professor é construir futuros”
Haroldo Andriguetto Júnior
Presidente
do Sinepe/PR
Prouni completa 20 anos e já beneficiou mais de 3,4 milhões de alunos
Wilson Picler, fundador do Grupo Uninter, foi um dos articuladores da aprovação do programa e comenta os obstáculos e as movimentações feitas para viabilizar o projeto
Por Nathalie Oda
Após 20 anos de sua implementação, o Programa Universidade para Todos (Prouni) já beneficiou mais de 3,4 milhões de estudantes, de acordo com o Ministério da Educação (MEC). Entre 2005 e 2024, foram mais de 2,5 milhões de pessoas com bolsa integral de 100% e 947 mil com bolsas parciais de 50%. O projeto, idealizado em 2004, expande o alcance da educação
superior ao disponibilizar vagas de diversos cursos em instituições de ensino superior (IES) privadas a estudantes de famílias de baixa renda. Os dados oficiais revelam que, no período, mulheres (56%) e negros (55%) foram maioria entre o público da política. Porém, todo o reflexo da facilidade de acesso e da qualidade do ensino disponibilizado apenas foi garantido devido à movimentação de muitos representantes, que debateram e persistiram na luta pela aprovação da legislação. Entre esses indivíduos, destacamos Wilson Picler, fundador e presidente do Grupo Educacional Uninter, que teve papel fundamental na mobilização das IES e na demonstração da viabilidade do programa. Em entrevista exclusiva à Revista Escada, o educador relembrou as dificuldades nos trâmites antes da aprovação e o esforço feito para contornar as dificuldades e tornar o Prouni um benefício para muitos cidadãos. Confira!
Poderia contar um pouco mais sobre a sua participação na aprovação do programa?
Wilson Picler: Eu fui um dos responsáveis pela aprovação do Prouni e tenho um grande orgulho de ter dado essa contribuição para o Brasil. Mais de 3,5 milhões de alunos já foram beneficiados com o programa e alcançaram o seu diploma de ensino superior. Quando a aprovação do programa foi inviabilizada na Câmara Federal, liderei o movimento de Adesões Antecipadas ao Prouni como forma de demonstrar ao governo e ao MEC que o programa era bem-vindo entre os mantenedores. Anulando, desta forma, insurgências contrárias por parte de algumas instituições. Com esse apoio, o governo brasileiro pôde editar uma medida provisória e tornar realidade o Prouni.
Quais foram os desafios enfrentados antes da aprovação do programa?
Wilson Picler: Na época, a votação do Prouni entrou em discussão na Câmara dos Deputados com máxima urgência. O deputado Irineu Colombo (PT-PR) foi
ENTREVISTA DA EDIÇÃO
escolhido como relator e o deputado Gastão Vieira (PMDB-MA), presidente da comissão. Colombo fez audiências públicas por todo o país e, aqui no Paraná, a audiência foi feita na Assembleia Legislativa. Porém, o cenário ainda era conturbado, já que haviam muitas divergências e desentendimentos. Por um lado, as entidades filantrópicas se opunham fortemente. Por outro, o setor privado via o projeto como um benefício para todos. No dia da votação, que era o último dia de prazo, um deputado do PFL pediu vistas ao projeto e causou certo tumulto, o que inviabilizou a votação. Pelo prazo e pela urgência da demanda, o Prouni acabou não sendo aprovado na Câmara. Foi então que, diante desses fatos, eu organizei um movimento de adesões antecipadas por parte das IES interessadas para convencer o Governo Federal a editar o texto por meio de uma medida provisória.
E quais foram os movimentos que contribuíram para a disseminação do projeto e sua posterior aprovação?
Wilson Picler: Para dar mais visibilidade à causa, fundamos a Frente Nacional de Apoio à Educação Superior, na Boca Maldita. Gravamos um jingle que ficou conhecido por muitos: “queremos o prouni (x3)! O Prouni é bom, é legal e social. Olê, olê, olá, agora a galera vai se graduar!”. Depois, contratei um caminhão de som que tocou bem alto o jingle por uma semana em Brasília, na frente do Congresso da Câmara e do MEC.
Na época, tínhamos a Faculdade Internacional de Curitiba (Facinter) e a Faculdade de Tecnologia Internacional (Fatec). Então, elaborei e entreguei pessoalmente ao ministro Tarso Genro uma carta que manifestava o interesse das duas instituições em participar do Prouni devido ao entendimento do espírito social do programa e independentemente das condições que fossem estabelecidas pela lei.
Posteriormente, o advogado do MEC me ligou e perguntou se eu conhecia mais instituições que pensavam como nós. Prontamente, respondi que sim. Foi então que reunimos mais de 40 IES no auditório do MEC e todas assinaram as adesões antecipadas. Cada instituição oferecia uma quantidade de bolsas. Quando fui questionado sobre a Facinter e a Fatec, respondi que iríamos destinar 3 mil bolsas, pois tínhamos as turmas de ensino a distância (EaD) e, assim, poderíamos ter muitos alunos. No dia seguinte, os jornais estampavam a frase: “adesões antecipadas já contam com 7 mil bolsas, equivalente a uma universidade pública de médio porte”. Com isso, o governo federal se sentiu fortalecido e apoiado pelo segmento privado para editar a Medida Provisória 213, de 13 de setembro de 2004, que criou o Programa Universidade para Todos (Prouni), que foi posteriormente convertida na Lei nº 11.096, de 13 de janeiro de 2005, que instituiu o Prouni de forma definitiva.
Como analisa, 20 anos depois, o impacto do Prouni para a educação e a sociedade como um todo?
Wilson Picler: Hoje, o Prouni é um dos programas sociais de maior relevância e efetividade, porque a educação é um bem permanente, que não acaba e que ninguém tira do cidadão que a conquista. O projeto aproveita a ampla disponibilização de vagas no setor privado para aumentar a oferta a estudantes que possuem um bom desempenho e vêm de famílias de baixa renda. Por isso, hoje, fico feliz em ter feito parte desse movimento que transformou a educação e a vida de muitas pessoas, com mais de 3,4 milhões de jovens e adultos beneficiados e preparados para ingressar no mercado de trabalho, contribuir para o crescimento econômico do país e ter os estudos como um caminho seguro de ascensão social.
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Para auxiliar pais e alunos na busca por instituições de ensino particular devidamente regularizadas perante os órgãos oficiais, o Sinepe/ PR lança a edição 2025 do selo “Escola Legal”. Associadas podem solicitar seus selos por meio do www.sinepepr.org.br
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