Revista Escada - Edição 57

Page 1


A REVISTA DAS ESCOLAS PARTICULARES DO PARANÁ

ENTREVISTA

Inteligência de dados na gestão educacional é ferramenta de transformação

Fernando Micali, CEO da CETACEO, detalha parceria com o Sinepe/PR e destaca a importância do uso de dados para a melhoria da gestão e do ensino nas instituições

Página 23

Educação financeira nas escolas é caminho para sociedade mais consciente Novas gerações contam com aprendizados relacionados à gestão do dinheiro e à responsabilidade enquanto cidadãos

Conheça a história dos ex-presidentes do Sinepe/PR

Nova editoria da Revista Escada trará, a cada edição, a história e as inúmeras contribuições dos presidentes que passaram pela instituição

Página 16

Página 08

Número 57 | Ano 11 julho 2024

Publicação Sinepe/PR

REVISTA ESCADA

Publicação periódica de caráter informativo, com circulação dirigida e gratuita, desenvolvida para o Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Estado do Paraná.

Conteúdo e comercialização V3COM

Projeto gráfico e ilustrações V3COM

Design gráfico e arte final Marcelo Winck

Pauta, redação e revisão Frances Baras

Milena Campos

Nathalie Oda

Jornalista responsável Ari Lemos | MTB 5954

Críticas e sugestões ari@v3com.com.br

Conselho editorial

Carmem Murara

Everton Drohomeretski

Fatima Chueire Hollanda

Marcio Mocellin

Haroldo Andriguetto Júnior

Adriana Veríssimo Karam Koleski

Os artigos assinados são de responsabilidade dos seus autores e não expressam, necessariamente, a opinião desta revista.

ÉTICA E TRANSPARÊNCIA: VEJA OS DESTAQUES DOS TRÊS MANDATOS DE JOSÉ MANOEL DE MACEDO CARON JR. 18

Entre a Assembleia Constituinte de 1988 e o congelamento das mensalidades no governo Sarney, o ex-presidente atuou com zelo pela democracia e pelos direitos das instituições privadas no país

06

Formando os profissionais do amanhã: a importância do ensino de competências essenciais

Pensamento crítico, capacidade de resolução de problemas, inteligência emocional e criatividade são algumas das habilidades esperadas dos jovens estudantes

Educação financeira nas escolas é caminho para sociedade mais consciente

Novas gerações contam com aprendizados relacionados à gestão do dinheiro e à responsabilidade enquanto cidadãos

ARTIGO DA EDIÇÃO

12

A importância da mensagem na campanha de matrículas

Rogério Mainardes: professor de Marketing de Serviços em cursos de pós-graduação, empresário, consultor, diretor de Marketing do Sinepe/ PR e diretor da empresa Mainardes & Domit Comunicação, com foco no Marketing e na Comunicação educacional

08 21

Superdotação une potencialidades e desafios na primeira infância

Comunidade escolar deve estar atenta aos sinais do quadro e oferecer metodologias que estimulem os talentos individuais

23 ENTREVISTA DO MÊS

Inteligência de dados na gestão educacional é ferramenta de transformação

Fernando Micali, CEO da CETACEO, detalha parceria com o Sinepe/PR e destaca a importância do uso de dados para a melhoria da gestão e do ensino nas instituições

Flexibilidade e tecnologia impulsionam ensino híbrido em universidades

Para diretora de EAD do Sinepe/PR, modelo proporciona autonomia aos estudantes e deve receber investimentos das instituições para crescer

26 29

Diversidade no currículo escolar é caminho para mundo mais tolerante

Estímulo ao debate pode acontecer de diversas formas e em várias idades. A educação pode furar as bolhas formadas pelas redes sociais.

Sergio Herrero Moraes

Presidente do Sinepe/PR

Caros leitores e leitoras,

É com grande entusiasmo que lançamos a mais recente edição da Revista Escada, dedicada a temas relevantes que oportunizam reflexões e debates sobre temas caros à educação.

Com a participação de especialistas do setor, destacamos a importância do ensino de habilidades do século XXI, que além de equipar os estudantes com competências relacionadas à gestão emocional, às relações interpessoais e à criatividade, também promove uma mentalidade de aprendizado contínuo e de adaptabilidade. Pensando na proximidade desses jovens com a vida adulta, tratamos também sobre a inclusão da educação financeira no currículo escolar e sobre o ensino que abraça as diversidades culturais e étnicas do nosso país.

Outro destaque significativo para os profissionais do setor é a discussão sobre o futuro do ensino híbrido no ensino superior e os formatos que viabilizam a combinação do aprendizado presencial e digital de maneira eficaz e inclusiva. Da mesma forma, para preparar os edu-

cadores para as novas gerações, exploramos a superdotação na primeira infância, destacando estratégias para identificar os casos e apoiar adequadamente as crianças e suas famílias.

Nos espaços abertos, temos o prazer de receber Rogério Mainardes para compartilhar sua experiência sobre as estratégias de comunicação nas campanhas de matrículas. E, para contribuir com as instituições associadas, trazemos a expertise de Fernando Micali para detalhar a importância dos dados na gestão educacional e as oportunidades disponíveis por meio da parceria do Sinepe/PR com a CETACEO.

Nessa 57ª edição, trazemos uma editoria especial dedicada à história e à contribuição dos ex-presidentes que lideraram nosso sindicato ao longo dos anos. Com o novo espaço, celebramos suas realizações e relembramos alguns dos desafios enfrentados e as preciosas lições que inspiram nossa visão e orientam nosso compromisso contínuo com a excelência educacional.

Boa leitura!

Sergio Herrero Moraes

SINEPE/PR

Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Estado do Paraná www.sinepepr.org.br | www.facebook.com/sinepepr

CONSELHO DIRETOR

- GESTÃO 2022/2024

DIRETORIA EXECUTIVA

Presidente Sergio Herrero Moraes

1.º Vice-Presidente Haroldo Andriguetto Júnior

2.º Vice-Presidente Celso Maurício Hartmann

Diretor Administrativo Everton Drohomeretski

Diretor Econômico/Financeiro Cristiano Vinícius Frizon

Diretor de Legislação e Normas Nilson Izaias Pegorini

Diretor de Planejamento Carmem Regina Murara

DIRETORIA DE ENSINO

Diretor de Ensino Superior Adriana Veríssimo Karam Koleski

Diretor de Ensino Médio Felipe Mazzoni Pierzynski

Diretor de Ensino Fundamental Ir. Maria Zorzi

Diretor de Ensino da Ed. Infantil Dorojara da Silva Ribas

Diretor de Ensino dos Cursos Livres Valdecir Cavalheiro

Diretor de Ensino dos Cursos de Idiomas Magdal Justino Frigotto

Diretor de Marketing Rogério Pedrozo Mainardes

Diretor de Ensino da Educação Profissional

Técnica de Nível Médio

Carolina Caramico Berg

Diretor dos Cursos Pré-Vestibulares Fernando Luiz Fruet Ribeiro

Diretor da EaD Dinamara Pereira Machado

Diretor de Sistemas de Ensino

Acedriana Vicente Vogel

Diretor de Ensino de Pós-Graduação Ana Lucia Cardoso Ribeiro

CONSELHEIROS

1.º Conselheiro Fábio Hauagge do Prado

2.º Conselheiro José Mário de Jesus

3.º Conselheiro Angela Silvana Basso

4.º Conselheiro Raquel Adriano Momm Maciel de Camargo

5.º Conselheiro Durval Antunes Filho

6.º Conselheiro Leonora Maria Josefina Mongelós Rossato Pucci

7.º Conselheiro Artur Gustavo Rial

8.º Conselheiro Newton Andrade da Silva Júnior

9.º Conselheiro Josiane Domingas Bertoja

10.º Conselheiro Ricardo de Albuquerque Todeschini

12.º Conselheiro Guilherme Isensee Andrade

13.º Conselheiro Osni Mongruel Junior

14.º Conselheiro Fabrício Pretto Guerra

15.º Conselheiro Marcelo Ivan Melek

16.º Conselheiro Jose Luiz Coimbra Drummond

17.º Conselheiro Daniela Ferreira Correa

CONSELHO FISCAL

Efetivos Suplentes

Dilceméri Padilha de Liz Marta Regina Andre

Marcelo Pereira da Cruz Gisele Mantovani Pinheiro

Luiz Antônio Michaliszyn Filho Charles Pereira Lustosa Santos

DELEGADOS REPRESENTANTES - FENEP

Ademar Batista Pereira

Sergio Herrero Moraes

DIRETORIAS REGIONAIS

REGIONAL CAMPOS GERAIS

Diretor Presidente - Osni Mongruel Junior

Diretor de Ensino Superior - Patrício Vasconcelos e José Sebastião Fagundes Cunha Filho

Diretor de Ensino da Educação Básica - Rosângela Graboski e Valquíria Koehler de Oliveira

Diretor de Ensino da Educação Infantil - Bianca

Von Holleben Pereira e Carla Moresco

Diretor de Ensino dos Cursos Livres/IdiomasPaul Chaves Watkins

REGIONAL CATARATAS

Diretor Presidente - Artur Gustavo Rial

Diretor de Ensino Superior - Fábio Hauagge do Prado

Diretora de Ensino da Educação Básica - Edite Larssen

Diretor de Ensino da Educação Infantil - Ana

Paula Krefta

Diretor de Ensino dos Cursos Livres/IdiomasEleceu Barz

REGIONAL CENTRAL

Diretor Presidente - Dilceméri Padilha de Liz

Diretor de Ensino Superior - Roberto Sene

Diretor de Ensino da Educação Básica - Cristiane

Siqueira de Macedo e Juelina Marcondes Simão

Diretor de Ensino da Educação Infantil - Ir. Roselha Vandersen e Ir. Sirlene N. Costa

Diretor de Ensino dos Cursos Livres/IdiomasMarcos Aurélio Lemos de Mattos

REGIONAL SUDOESTE

Diretor Presidente - Fabricio Pretto Guerra

Diretor de Ensino Superior - Ivone Maria Pretto Guerra

Diretor de Ensino da Educação Básica - Velamar Cargnin

Diretor de Ensino da Educação Infantil - Márcia

Fornazari Abasto

Diretor de Ensino dos Cursos Livres/IdiomasVanessa Pretto Guerra Stefani

REGIONAL OESTE

Diretora Presidente - Marta Regina Andre

Diretora de Educação Infantil - Sônia Regina Spengler Xavier

Diretor de Educação Básica - Valmir Gomes

Diretor de Ensino Superior - Gelson Luiz Uecker Cursos Livres/idiomas - Denise Veronese

REGIONAL LITORAL

Diretor Presidente - Luiz Antonio Michaliszyn Filho

Diretor de Ensino Superior - Ivan de Medeiros Petry Maciel

Diretor de Ensino da Educação - Básica (Ensino Fundamental)- Selma Alves Ferreira

Diretor de Ensino da Educação Básica (Ensino Médio) - Mirian da Silva Ferreira Alves

Diretor de Ensino da Educação Infantil - Lilian R. M. Borba

Diretor de Ensino dos Cursos Livres/IdiomasLiliane C. Alberton Silva

Formando os profissionais do amanhã: a importância do ensino de competências essenciais

Pensamento crítico, capacidade de resolução de problemas, inteligência emocional e criatividade são algumas das habilidades esperadas dos jovens estudantes

O mercado de trabalho se atualiza a cada dia, exigindo dos profissionais um leque de aptidões que vai muito além do conhecimento técnico. O currículo escolar das instituições de ensino prioriza as disciplinas principais, que são consideradas os pilares da educação. No entanto, hoje em dia, muitos outros conhecimentos e capacidades são necessários para uma jornada profissional de sucesso. Assim, a introdução de habilidades do século XXI no ensino se torna essencial, especialmente para alunos do ensino médio, que estão a caminho de suas escolhas profissionais.

Para Paulo Tomazinho, doutor em educação, membro do Grupo Técnico de Inovação do SEMESP, fundador da Meta Aprendizagem e cofundador da Moonshot Educação, desenvolver qualidades como o pensamento crítico, a resolução de problemas, a inteligência emocional e a criatividade na fase escolar é essencial. “Essas habilidades são importantes não só para o mercado de trabalho, mas para a vida e

para o futuro. Tornar os estudantes mais preparados para o que está por vir deveria ser a grande meta do nosso sistema educacional”, aponta.

Em meio às características mais valorizadas está o pensamento crítico. No mundo atual, onde as informações circulam de forma acelerada, saber analisar dados, questionar fontes e pensar de maneira lógica é fundamental. Ao desenvolver essa competência, os estudantes não apenas se tornam mais aptos a enfrentar desafios acadêmicos, mas também se preparam para situações cotidianas no ambiente de trabalho, onde decisões embasadas são cruciais. “O pensamento crítico capacita-os para tomar decisões mais informadas e racionais, tanto no ambiente profissional quanto na vida pessoal, além de torná-los cidadãos mais ativos, críticos e conscientes”, afirma. O especialista também ressalta a capacidade de resolução de problemas como um fator que prepara os indivíduos para enfrentar desafios de maneira eficaz, com proprieda-

de para se adaptarem a novas situações e promover uma aprendizagem contínua.

Da mesma forma, outro aspecto que não pode ser negligenciado é a inteligência emocional. A habilidade de entender e gerenciar as próprias emoções, assim como interagir com as emoções dos outros, é um diferencial significativo no mundo profissional. Adultos com essa característica tendem a ser mais colaborativos e adaptáveis, qualidades indispensáveis em equipes multidisciplinares. Por isso, promover essa competência no ambiente escolar é um passo vital para formar indivíduos mais empáticos e conscientes de seu papel social.

A criatividade também merece destaque, especialmente em um contexto em que a inovação é a chave para o sucesso em diversas áreas. O estímulo à criatividade incentiva os estudantes a pensar fora da caixa e a propor soluções novas e eficazes para os problemas. “Essas competências são fundamentais para enfrentar os desafios do mundo contemporâneo, para promover o crescimento pessoal, a resiliência emocional e uma contribuição ativa e positiva para a sociedade”, analisa o educador.

“Essas competências são fundamentais para enfrentar os desafios do mundo contemporâneo, para promover o crescimento pessoal, a resiliência emocional e uma contribuição ativa e positiva para a sociedade”

Paulo Tomazinho doutor em educação

Segundo Tomazinho, para que os alunos do ensino médio estejam preparados para as metodologias voltadas ao ensino dessas habilidades, o tema deve ser apresentado e trabalhado desde criança. “Durante a infância e os primeiros anos escolares, os estudantes desenvolvem estruturas cognitivas e emocionais fundamentais. Introduzir esses conceitos desde cedo permite que eles internalizem esses modos de pensar e agir, tornando-os parte integrante de seu repertório cognitivo e comportamental ao longo de suas vidas”, diz. Para isso, é necessário um esforço conjunto entre educadores, gestores e a sociedade, comunidade formada por adultos que, muitas vezes, não tiveram esse aprendizado durante sua jornada escolar. Então, para ajustar os currículos às necessidades dos jovens de hoje em dia, é preciso reforçar a adaptabilidade e a reinvenção dos profissionais. De acordo com o especialista, a resposta é estar aberto à capacitação continuada, muito abordada pelo termo “lifelong learning” na atualidade. À medida em que as profissões evoluem, é essencial que as instituições educacionais adotem metodologias ativas de ensino, que valorizem o protagonismo do aluno e incentivem o desenvolvimento de habilidades de interação social, gestão emocional e muito mais. Assim, os educadores poderão guiar os estudantes no desenvolvimento de competências essenciais, preparando-os para as exigências do futuro. Esse viés não apenas beneficia os jovens individualmente, mas também contribui para uma sociedade mais inovadora e resiliente.

Educação financeira nas escolas é caminho para sociedade mais consciente

Novas gerações contam com aprendizados relacionados à gestão do dinheiro e à responsabilidade enquanto cidadãos

Por Nathalie Oda

De acordo com a última atualização do Mapa da Inadimplência e Negociação de Dívidas no Brasil, levantamento da Serasa sobre a relação dos brasileiros com as dívidas, ao todo são 72,54 milhões de brasileiros em situação de inadimplência. Detalhes da pesquisa mostram que os jovens entre 18 e 25 anos são a menor parcela desse grupo, representando 11,8% da população com o nome restrito. Por outro lado, as pessoas com idade entre 41 e 60 anos ocupam a ponta oposta, com 35,2% dos endividados.

Os números refletem a realidade da população brasileira que, há algumas gerações, não tinha informação e nem educação disponível sobre a esfera financeira. Hoje, adolescentes e jovens adultos têm à distância de um clique diversos materiais, tutoriais e cursos sobre gestão financeira, o que reflete diretamente no comportamento dos indivíduos. As gerações que hoje frequentam o ambiente escolar já estão um passo à frente de todos os demais, pois já recebem dentro da sala de aula um ensino voltado a diversos fatores que envolvem o dinheiro, suas aplicações e responsabilidades: a educação financeira.

Vanessa Maria Pereira e Bruno Steinmetz são professores de matemática e estão à frente do projeto de educação financeira no Grupo Bom Jesus, que oferece conteúdos e iniciativas voltadas ao tema para os alunos a partir do 5º ano do Fundamental II. “No Grupo Bom Jesus, a educação financeira não é um componente isolado, mas sim um tema transversal, que envolve as disciplinas de matemática e de empreendedorismo, com exceção do 5º ano, que ainda não conta com a matéria de empreendedorismo”, conta a especialista.

Na iniciativa implementada, crianças de 10 anos já são apresentadas ao assunto com o desenvolvimento de um folder relacionado à história e ao uso do dinheiro no Brasil, por exemplo. Nos dias de hoje, poucas sabem do que se trata um boleto e, muitas vezes, quase não têm contato com o dinheiro em notas e em moedas devido ao surgimento do Pix e da disseminação dos cartões de crédito e débito. No mesmo ano, os estudantes ainda abordam especificidades sobre as negociações, a sustentabilidade e o cooperativismo.

No ano seguinte, alunos de 11 anos podem elaborar uma moeda própria. “Eles precisam entender como é a criação de uma moeda, quais são as questões envolvendo o câmbio, como fazer a conversão do real para outras moedas para, então, criar a sua própria. Devem estipular valores, quais serão as cédulas, quais serão as marcas e o porquê de cada uma dessas construções”, conta Steinmetz. Ao mesmo tempo, as turmas ainda abordam o tema sob o enfoque da comunicação, com a elaboração de programas de rádio informativos.

Já no sétimo ano, as crianças têm a oportunidade de criar um aplicativo envolvendo o planejamento de finanças. Com um vídeo curto voltado para os usuários e clientes, a divulgação do aplicativo também faz parte da iniciativa. Nos demais trimestres, também trabalham temas

como o marketing, com a criação de uma embalagem para venda de produtos, e o empreendedorismo social, a partir do desenvolvimento de uma ONG voltada a uma causa escolhida pelos estudantes. Por fim, no último ano do Fundamental II, os alunos de 13 anos trabalham com um projeto anual, voltado a problemas da sociedade e que tenham soluções voltadas à educação financeira e ao empreendedorismo. As abordagens variam

de unidade para unidade, mas envolvem pesquisa, soluções para os âmbitos social, sustentável e econômico. Assim como as demais disciplinas, a complexidade, a linguagem e o aprofundamento dos projetos evoluem de acordo com a faixa etária. A partir do ensino fundamental, os estudantes já contam com uma bagagem relacionada a outras disciplinas, em especial à matemática, para garantir melhor compreensão do tópico que aborda as finanças com um olhar mais abrangente, desmembrando o conceito macro em conteúdos que podem ser facilmente relacionados ao dia a dia dos alunos. “Temos percebido que eles gostam de falar sobre educação financeira, pois vivenciam isso em casa, no dia a dia com os pais. Até mesmo na parte da valorização de como é feita toda a construção econômica, o planejamento, o orçamento e o pagamento de uma mensalidade, por exemplo”, compartilha a professora. O relacionamento com a família, por sua

vez, é essencial para trazer protagonismo a crianças e jovens que enfrentarão a vida adulta com mais consciência e mais responsabilidade financeira. O conteúdo recebido em sala de aula, invariavelmente, gera conversas, questionamentos e, até mesmo, reflexões sobre a saúde financeira da família e os hábitos que tanto os mais novos quanto os mais velhos cultivam na rotina. Dessa forma, os pais e responsáveis também são impactados pelo ensino.

Além da esfera familiar, o cenário tecnológico em que as crianças estão inseridas também interfere na relação que elas estabelecem com o dinheiro. “São crianças que estão com o celular na mão, com o cartão na mão. Então, são necessidades do dia a dia que nos colocam em uma posição de revisitar nosso componente curricular de maneira que venha a atendê-los nessas aplicações. Por isso, enfatizamos também a relação do conteúdo versus o dia a dia”, finaliza Pereira.

EDUCAÇÃO FINANCEIRA X MATEMÁTICA FINANCEIRA

Ensino multidisciplinar, que desenvolve as habilidades de relacionamento do ser humano com o dinheiro, com foco na formação de cidadãos mais responsáveis e conscientes

Área da matemática que visa garantir entendimento sobre finanças, como cálculos relacionados a lucro, desconto e juros, a serem aplicados na vida pessoal e profissional

A importância da mensagem na campanha de matrículas

Não há nenhuma dúvida de que as ações de marketing, vendas e a comunicação em geral mudaram muito nos últimos anos. Estamos reaprendendo a fazer anúncios e campanhas que possam atingir os consumidores e conquistá-los para comprarem nossos produtos e serviços.

A criatividade está imersa em novas tecnologias e não nos resta opção a não ser nos adaptarmos. Os hábitos de consumo estão diversificados e as fontes de informação se tornaram individualizadas, sendo que cada consumidor cria seu próprio modelo de busca e a ele se habitua. Cabe-nos buscar o conhecimento e a compreensão do consumidor, buscando canais de comunicação que possam construir um relacionamento. Dispomos de um arsenal inimaginável de tecnologias que nos ajudam a obter todas as informações e a chegar muito rápido ao cliente desejado.

Plataformas de CRM – Customer Relationship Management –, voltadas à gestão do relacionamento, nos ajudam a mensurar dados e a monitorar o relacionamento com os clientes. A Inteligência Artificial (IA) chegou e já tomou conta das redações para melhorar a comunicação, produzindo e organizando imagens, mensagens e narrativas publicitárias e promocionais de forma instantânea. Isso sem pensar nas inúmeras outras ferramentas que podemos acessar para mensurar dados e trabalhar a in-

formação de mercado, tornando a propaganda mais assertiva no segmento desejado. Poderão me perguntar: qual a estratégia de Marketing e Comunicação para as instituições educacionais? Como elas podem se comunicar nesse contexto da inovação e da tecnologia?

Como um dos primeiros profissionais brasileiros a falar de “Marketing Educacional”, tentarei responder da forma como acredito e tenho feito com sucesso para as instituições educacionais que atendo em diferentes cidades e regiões do país: o processo educacional é algo fundamentalmente humano.

Não se anunciam as matrículas de uma escola como se anunciam vendas de automóveis, sabonetes ou refrigerantes. As escolas são prestadoras de serviços educacionais, buscam a formação dos educandos e, para isso, o trabalho se desenvolve baseado em pessoas.

Rogério Mainardes

A preocupação central para a criação de uma campanha de matrículas não deve estar baseada nas tecnologias e sim no conteúdo da mensagem que se deseja levar ao mercado. Todas as tecnologias estão disponíveis para serem usadas e para levar a mensagem da escola ao cliente desejado. As plataformas, os meios e os veículos de comunicação mudaram muito e para melhor. Estão mais eficazes e os seus resultados mais mensuráveis, nos ajudando a melhorar a rentabilidade do investimento publicitário e a chegar diretamente ao alvo desejado. O importante é sabermos o que vamos comunicar, o que desejamos tornar comum na mensagem que vamos elaborar. Ao me deparar com diversas campanhas de escolas que estão nas ruas, vejo o quanto as mensagens estão confusas com “discursos filosóficos”, que bem caberiam numa reunião de pais, numa extensa aula de apresentação da proposta pedagógica, mas não em um outdoor, num comercial veiculado em rádio ou televisão.

Encontramos também mensagens extremamente promocionais, que bem cabem numa campanha de varejo com o “compre um e leve dois”. Mensagens confusas, que desperdiçam o dinheiro investido na propaganda e não sensibilizam a família ou o potencial aluno para conhecer ou se matricular naquela escola. Ao contrário, podem afastá-los da instituição com o descarte imediato da opção de escolha.

Fiz, nos últimos anos após a pandemia, campanhas para diferentes escolas e mercados, com diferentes níveis de investimento publicitário e apostei nas mensagens fundamentalmente humanas, demonstrando a vida escolar, o propósito da instituição e a apresentação muito clara dos valores com a qual ela propõe trabalhar o seu ensino.

Apresentei convites diretos e objetivos para que as famílias viessem conhecer as propostas de ensino e conversar diretamente com a equipe de atendimento.

Fundamental também foi preparar muito bem essa equipe, pois a partir do momento em que ela se situa no atendimento de famílias numa escola, serão todos os seus membros prestadores de serviços educacionais. Logo, educadores.

Posso dizer que as campanhas tiveram sucesso, com a reversão do número de matrículas e o crescimento dessas escolas. As mensagens demonstram a formação dos educandos com valores fundamentais, baseados no amor, no respeito e na solidariedade, entre outros, para valorização da vida e para a formação de pessoas felizes e realizadas, capazes de sonhar e construir um mundo melhor.

E a tecnologia? Ela está acessível para todas as escolas, de todos os níveis e para todos os mercados, mas, para que seja eficaz, deverá passar a mensagem correta e adequada, que demonstre o verdadeiro papel que uma instituição educacional tem em nossa sociedade.

Conheça a história dos ex-presidentes do Sinepe/PR

Ir. Policarpo Zilliotto

“In Memorian” (25/08/1948 - 21/03/1950)

Frei João Crisóstomo Arns

“In Memorian” (17/04/1956 - 20/10/1958)

Dauro Rivadávia C. Bond

“In Memorian” (17/10/1986 - 01/10/1987)

Ir. Victor Floriano

“In Memorian” (21/03/1950 - 25/10/1951)

Amazonas Parodi

“In Memorian” (20/10/1958 - 20/10/1962)

José Manoel de Macedo Caron Jr.

(01/10/1987 - 07/11/1989)

Francisco M. Albizú

“In Memorian” (25/10/1951 - 20/03/1954)

Dalton de Oliveira Vianna

“In Memorian” (20/10/1962 - 18/11/1977)

Naura Nanci Muniz Santos

(07/11/1989 - 10/11/1992)

Luiz Anibal Calderari

“In Memorian” (01/08/1947 - 25/08/1948)

Marlus C. L. César

“In Memorian” (20/03/1954 - 17/04/1956)

Padre Kuno Paulo Rhoden

“In Memorian” (18/11/1977 - 31/10/1986)

Maria Alice de Araújo Lopes

(10/11/1992 - 09/11/1994)

Maria Luiza Xavier Cordeiro Emília Guimarães Hardy

“In Memorian” (09/11/1994 - 09/11/1998) (09/11/1998 - 07/11/2000)

Maria Luiza Xavier Cordeiro

José Manoel de Macedo Caron Jr.

“In Memorian” (07/11/2000 - 04/11/2004) (04/11/2004 - 26/10/2008)

Ademar

Batista Pereira Jacir José Venturi

A atuação do Sindicato das Escolas Particulares (Sinepe/PR) é estruturada por uma equipe de profissionais que se dedica ao setor e trabalha para defender os interesses das instituições privadas de ensino no Paraná. Na dinâmica complexa e multifacetada da educação, os presidentes que passaram pelo Sinepe/PR desempenharam um papel crucial que vai além das fronteiras administrativas. São líderes que representam os interesses da classe, mas também moldam as políticas que impactam diretamente na qualidade e no ambiente educacional das instituições. A gestão eficaz não se resume a lidar com questões burocráticas, mas também é um fator de influência na definição do curso da educação.

(31/10/2008 - 30/10/2012) (30/10/2012 - 31/10/2016) (04/11/2016 - 13/11/2020) (13/11/2020 - 11/11/2022)

Esther Cristina Pereira Douglas Oliani

Ao longo de suas gestões, todos enfrentaram desafios significativos e, com uma condução habilidosa, puderam também inspirar a comunidade educacional a buscar constantemente melhores condições de ensino e aprendizagem. Pensando nisso, a nova editoria de homenagens aos ex-presidentes do Sinepe/PR é um espaço para reconhecer suas contribuições e destacar o impacto duradouro de suas lideranças na educação.

Na edição 57 da Revista Escada, José Manoel de Macedo Caron Jr. é o homenageado. Conheça um pouco de sua história e sua contribuição nos três mandatos em que ficou à frente da gestão da instituição.

Ética e transparência: veja os destaques dos três mandatos de José Manoel de Macedo Caron Jr.

Entre a Assembleia Constituinte de 1988 e o congelamento das mensalidades no governo Sarney, o ex-presidente atuou com zelo pela democracia e pelos direitos das instituições privadas no país

Formado em administração, José Manoel de Macedo Caron Jr. iniciou sua jornada no setor educacional na instituição de ensino de sua família. Em 1977, se aproximou do Sinepe/PR para se inteirar dos assuntos da área, que eram diferentes de sua formação. Ainda no início de seus 20 e poucos anos, se tornou parte da equipe do sindicato. Depois de ocupar diversos cargos, como diretor-secretário e diretor-tesoureiro, se tornou presidente em 1987, em substituição ao professor Dauro Rivadávia C. Bond, que se afastou da posição por questões de saúde. Naquela época, não existia uma norma de limite de reeleições para a presidência. No entanto, Caron Jr. entendia que o Sinepe/

PR precisava de uma renovação contínua. Assim, foi realizada uma mudança no estatuto, permitindo apenas uma reeleição em mandatos de 2 anos, com o adendo de que qualquer um dos ex-presidentes que saírem podem retornar à presidência, se forem eleitos. “Isso foi salutar, pois vieram seguindo os presidentes e isso oxigena e dá uma troca boa. Cada um tem uma contribuição diferente”, aponta o homenageado que concedeu uma entrevista especial à Revista Escada.

No mesmo mandato, a diretoria enfrentou um momento decisivo para a educação privada como um todo: a Assembleia Nacional Constituinte de 1987. Na ocasião, 40 diretores de instituições de ensino particular do Paraná, integrantes do Sinepe/PR, foram até Brasília para lutar pelo direito de livre escolha do ensino. Até então, não era permitido que o ensino superior tivesse fins lucrativos. A partir da Constituinte de 1988, os grandes grupos passaram a investir na educação superior e, atualmente, mais de 70% do ensino superior é privado. “Participamos ativamente da Constituinte e tivemos uma grande vitória. A pressão era para que todo o ensino privado fosse uma concessão do estado e nós conseguimos mudar isso. Hoje, temos o direito de existir como escola, independentemente de ser confessional ou leiga. Temos, claro, que seguir as normas da educação nacional, mas temos uma liberdade muito

grande. Financeiramente, podemos definir os nossos preços e nos colocar no mercado de acordo com a nossa clientela”, destaca o ex-presidente.

Quando questionado sobre os desafios enfrentados em sua atuação no Sinepe/PR até os dias de hoje, o entrevistado brinca: “como diria o Roberto Carlos, são tantas emoções”. Em seguida, relembra as dificuldades do governo Sarney, com o Plano Cruzado, criado em 1986 pelo então ministro da Fazenda Dilson Funaro. Com a medida, as mensalidades escolares foram reduzidas, por decreto, em cerca de 20% e ainda foram congeladas. Segundo Caron Jr., as instituições tiveram que seguir assim até o fim do ano e buscar manobras para se manter abertas.

Para Sergio Herrero Moraes, atual presidente do sindicato, entre as principais contribuições lideradas pelo professor Caron Jr. estão o enfrentamento dos desafios econômicos no país e da forte atuação dos órgãos de fiscalização, que queriam controlar os valores das mensalidades da rede privada de ensino. “Ele conduziu o Sinepe/ PR por três gestões de forma exemplar. À frente da presidência, enfrentou tempos turbulentos na economia e, ainda, momentos difíceis encarados pelas escolas, tendo em vista que a Superintendência Nacional do Abastecimento (Sunab) fazia a fiscalização dos valores das mensalidades”, relembra.

Após o encerramento do seu primeiro mandato, em novembro de 1989, Caron Jr. retornou à presidência em 2004, pois a diretoria percebia a necessidade de um foco maior em gestão novamente. No segundo mandato, ele esteve à frente da mudança de sede do Sinepe/PR. Antes localizada na Rua Getúlio Vargas, a estrutura já não se adequava mais às necessidades do sindicato, devido à capacidade para eventos e às dificuldades relacionadas ao estacionamento já que, naquela época, a via passou a não permitir carros estacionados. Em 2006, a compra da nova sede do Sinepe/PR foi um projeto aprovado em uma comissão de diretores. A partir da decisão, as buscas por um novo espaço foram iniciadas. Até que uma casa, na Rua Guararapes, com terreno de 1.500 m² e estacionamento na parte da frente e de trás, foi negociada e comprada, ambiente onde a sede está localizada até os dias de hoje. “Uma das grandes coisas que fizemos foi a compra dessa sede. Foi o trabalho de uma equipe, de toda a diretoria, de toda a comissão que passou a fazer parte integrante desse projeto.”

Após reformas, hoje o auditório que recebe cursos, palestras e pequenos eventos tem capacidade para 100 pessoas. Já a área de estacionamento, com muito espaço interno, garante a segurança para a equipe e para visitantes. Caron Jr. cita, também, a valorização do imóvel como um dos gran-

des trunfos desse movimento, já que no ano da compra a região não era tão requisitada e, com o decorrer dos anos, a propriedade foi agregando ao patrimônio da instituição.

Hoje, com 3 filhas, 5 netos e muitos anos de experiência em gestão na área educacional, o professor acumula 47 anos de colaboração com o sindicato e compõe, até os dias de hoje, o Conselho de Ex-Presidentes. Como colega no setor, Herrero conta que o homenageado participa continuamente das reuniões mensais do Conselho Diretor e que colabora muito com sua experiência, além de representar o Sinepe/PR no Movimento Pró-Paraná. “O professor Caron, na minha opinião, tem contribuído e contribuirá muito com o sindicato. Ele me ajudou na manutenção que fizemos na sede e só tenho a agradecer pela amizade e pelo apoio que ele nos dá”, conta o presidente.

“Ele conduziu o Sinepe/PR por três gestões de forma exemplar. À frente da presidência, enfrentou tempos turbulentos na economia e, ainda, momentos difíceis encarados pelas escolas, tendo em vista que a Superintendência Nacional do Abastecimento (Sunab) fazia a fiscalização dos valores das mensalidades”

Sergio Herrero Moraes presidente do Sinepe/PR

Superdotação une potencialidades e desafios na primeira infância

Comunidade escolar deve estar atenta aos sinais do quadro e oferecer metodologias que estimulem os talentos individuais

A jornada da criança na educação infantil é uma fase rica em aprendizados, em transformações e, principalmente, em descobertas. Todas enfrentam desafios e alegrias, mas algumas se destacam e podem descobrir características que as acompanharão durante toda a vida, como é o caso do diagnóstico de altas habilidades/superdotação. Dados do

Censo Escolar 2023, divulgados pelo Ministério da Educação (MEC) e pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais

Anísio Teixeira (Inep), revelam que as matrículas de estudantes que vivem essa realidade já passam de 38 mil na educação especial. De acordo com Sandra Hoffmann, neuropsicóloga e consultora pedagógica do Aprende Brasil Educação, uma criança com altas habilidades e/ou superdotação na infância pode demonstrar interesses, níveis de habilidades, desenvolvimento emocional, social e físico de formas muito diferentes. O diagnóstico consiste na verificação de competências como a rapidez de aprendizagem e

a facilidade para engajamento em áreas de interesse. A especialista ressalta, no entanto, que é importante não generalizar, pois nem todos apresentam todas as características.

“Podemos encontrar crianças que se destacam do ponto de vista intelectual, mas que são imaturas emocionalmente. Podem apresentar leitura precoce, mas terem dificuldades de segurar um lápis, por exemplo, por não terem habilidades motoras desenvolvidas. Podem interessar-se por uma segunda língua e apresentarem dificuldade em conviver com seus pares, da mesma faixa etária”, detalha. Por essa razão, o quadro também pode trazer desafios para os estudantes, que normalmente são diagnosticados antes dos 5 anos de idade.

O desenvolvimento acima da média gera, muitas vezes, desinteresse pelas atividades propostas, frustração e decepção por não terem seus interesses atendidos ou compreendidos e, até mesmo, ocasiona comportamentos inadequados que podem ser confundidos

com dificuldades comportamentais e/ou déficit de concentração, explica a neuropsicóloga. A realidade requer, porém, orientação, estruturação e planejamento compatíveis às necessidades de cada um.

A busca por especialistas, como pediatras e neuropsicólogos, o diagnóstico e a avaliação das potencialidades é o primeiro passo. E, já que muitos indícios são percebidos ainda na fase pré-escolar, as instituições de ensino e os professores também têm um papel fundamental na colaboração com o aluno e com a família. Apoiar os estudantes desde o início é essencial para que possam alcançar seu pleno potencial, pois a superdotação não se resume apenas a um QI elevado, mas envolve também uma combinação de fatores emocionais e sociais que moldam a formação integral da criança.

O reconhecimento da superdotação não deve se limitar à identificação precoce. É igualmente importante criar um ambiente de apoio que estimule o crescimento desses talentos. Programas educacionais que oferecem desafios intelectuais apropriados,

• Vocabulário superior ao esperado para a idade;

• Nível de leitura acima da média do grupo da mesma faixa etária;

• Observação acirrada;

• Senso de justiça muito forte e evidente;

• Raciocínio muito incomum;

• Traços de liderança;

• Grande curiosidade acerca de objetos, situações ou eventos;

• Talento incomum em expressões artísticas como teatro, dança, desenho e música;

oportunidades para explorar interesses especiais e uma comunidade de pares que compartilham seus interesses são fundamentais para o desenvolvimento saudável e feliz dessas crianças.

Por isso, em agosto, é celebrado o Dia Internacional da Superdotação, uma data criada para apoiar e dar visibilidade às ações voltadas para os estudantes superdotados em todo mundo, de acordo com o Conselho Brasileiro para Superdotação (ConBraSD). No campo educacional, Hoffmann destaca a importância da disseminação de informações sobre o assunto: “não somente para conceituar e trazer as características importantes desse público, mas, sobretudo, para dar subsídio e instrumentalizar os professores e equipe da escola sobre o planejamento de todo o processo desse aluno”.

Para compreender e dar apoio às crianças com altas habilidades e/ou superdotação, é fundamental que a comunidade escolar tenha conhecimento sobre as características do quadro. Para isso, a entrevistada elencou alguns dos sinais apresentados:

• Originalidade na expressão oral e escrita, com respostas criativas, incomuns e inéditas;

• Aborrecimento fácil com a rotina;

• Espírito crítico;

• Desinteresse por regulamento e normas;

• Dificuldade de ajustar o comportamento;

• Criatividade e imaginação;

• Boa memória;

• Facilidade em interagir com crianças mais velhas ou adultos;

• Alto nível de energia;

• Persistência.

Inteligência de dados na gestão educacional é ferramenta de transformação

Fernando Micali, CEO da CETACEO, detalha parceria com o Sinepe/PR e destaca a importância do uso de dados para a melhoria da gestão e do ensino nas instituições

Por Nathalie Oda

Nos últimos anos, a gestão educacional tem passado por uma transformação significativa, impulsionada pelo uso inteligente e estratégico dos dados. Em um contexto onde a eficiência e a adaptação são essenciais para acompanhar as demandas do mercado educacional, o papel dos dados é relevante. Eles não apenas fornecem insights valiosos sobre as instituições e o setor no geral, mas também ajudam os gestores a tomar decisões informadas e a implementar mudanças positivas.

Na educação, a coleta, a análise e a utilização de dados não se limitam apenas aos aspectos acadêmicos. O embasamento é fundamental para otimizar processos administrativos, como a gestão de recursos financeiros e humanos. Com informações precisas e atualizadas, os gestores podem realizar projeções orçamentárias mais precisas, identificar áreas de desperdício e implementar estratégias para aprimorar a eficiência operacional da instituição.

As melhorias implementadas são degraus para que as instituições de ensino estejam preparadas para enfrentar desafios futuros e para se adaptarem às mudanças no mercado educacional. Ao entender as tendências e demandas emergentes, os gestores podem antecipar necessidades, ajustar currículos e programas educacionais e, até mesmo, estabelecer parcerias estratégicas que beneficiem toda a comunidade escolar.

Para falar sobre o assunto, Fernando Micali concedeu uma entrevista exclusiva à Revista Escada. O especialista é CEO da CETACEO, doutor pela Poli-USP, tem longa carreira em pesquisa, docência e gestão de instituição de ensino, além de ter experiência como mantenedor de centro universitário e colégio. Confira:

Como funciona a parceria entre a CETACEO e o Sinepe/PR? Como essa colaboração tem beneficiado as instituições de ensino associadas?

Fernando Micali: A parceria entre a CETACEO e o Sinepe/PR tem sido extremamente frutífera. Nosso principal objetivo é promover iniciativas que melhorem a gestão e a qualidade da educação das instituições associadas, impactando positivamente não só a elas, mas também o estado do Paraná e, por extensão, o Brasil. Uma das nossas principais iniciativas é fornecer acesso a painéis contendo dados e estatísticas relevantes para o setor educacional em todos os níveis de ensino. Esses painéis são disponibilizados gratuitamente aos associados, permitindo que eles explorem e utilizem essas informações para tomar decisões mais embasadas. Além disso, promovemos a difusão de conhecimento por meio de palestras e artigos desenvolvidos pela nossa equipe, sempre com o intuito de compartilhar as melhores práticas e inovações na gestão educacional.

Quais são os principais desafios que as instituições de ensino enfrentam atualmente na gestão educacional?

Fernando Micali: O setor educacional está cada vez mais desafiador, principalmente devido à grande quantidade de instituições de ensino. Todas estão em busca de um diferencial competitivo, e isso só pode ser alcançado incrementando o grau de inteligência corporativa. Por sua vez, o grau de inteligência corporativa é impulsionado por meio do uso inteligente de dados, ou seja, através da ciência de dados. A gestão educacional precisa lidar com questões como a captação e retenção de alunos, a otimização de custos, a excelência acadêmica e, principalmente, a redução da evasão escolar, que é um dos maiores problemas enfrentados pelas instituições. E veja: em todas essas questões, o gestor precisa tomar decisões rápidas e com bom nível de acerto - precisamos ajudá-lo por meio do uso inteligente de dados.

Como a ciência de dados e, mais especificamente, o Centro de Inteligência, conceito que temos visto ser difundido pela CETACEO, podem auxiliar na superação desses desafios?

Fernando Micali: É importante esclarecer que, segundo nosso conceito, um Centro de Inteligência deve ser composto por quatro pilares: melhores práticas de gestão de alto desempenho, plataforma de software de fácil utilização, robusto conjunto de dados e algoritmos de análises preditivas utilizando inteligência artificial (IA). Esse Centro deve ajudar o gestor a desenvolver estratégias para uma gestão de alto desempenho de ponta a ponta, cobrindo todo o ciclo de vida do aluno na instituição. Podemos destacar estratégias de expansão e captação de alunos; otimização de custos; excelên-

cia acadêmica; e sucesso do aluno, com foco na redução da evasão. A utilização de dados e análises preditivas permitem que as instituições identifiquem problemas e oportunidades de forma proativa, implementando soluções antecipadas e mais eficazes.

De fato, percebemos que a evasão é um grande problema nas instituições de ensino. O que o senhor sugere para a superação desse problema?

Fernando Micali: O primeiro passo é o diagnóstico sem medo. Muitas vezes, sabemos que estamos doentes, estamos com algum problema, mas evitamos realizar um exame para diagnosticar. Vou compartilhar um dado inédito: R$ 42 bilhões. Utilizando o BA2Edu, conseguimos apurar a evasão de cada curso em cada instituição de ensino privado. Também temos os valores das mensalidades dos cursos. Com esses dados e algumas considerações estatísticas, o BA2Edu apurou que o setor de ensino superior privado deixa de arrecadar R$ 42 bilhões por ano devido à evasão. Esse é o valor de quantificação direta, sem considerar as perdas subjetivas, tal como a inserção de capital humano qualificado no mercado, impactando positivamente não só o formando e sua família, mas também a sociedade.

E há uma solução para o problema da evasão?

Fernando Micali: Sim, certamente. Temos ajudado instituições em todo o Brasil a implementar estratégias de sucesso utilizando o BA2Edu. Aqui mesmo no Paraná, temos o depoimento de uma instituição que reduziu a evasão média de 40% para 8% no EAD e para 5% no presencial ao adotar as estratégias do BA2Edu. O aumento de receita é, de fato, significativo e, se reinvestido em qualidade, estabelece um ciclo virtuoso – o sonho de qualquer empresa.

Para finalizar, como o senhor enxerga os próximos desafios da ciência de dados aplicada ao setor educacional?

Fernando Micali: Acredito que os próximos desafios envolvam a personalização de aprendizagem e o diagnóstico inteligente da gestão com sugestões de melhorias. São duas frentes em que estamos trabalhando incansavelmente na CETACEO. Cada aluno é único, e as instituições precisam oferecer experiências educacionais personalizadas que atendam às necessidades individuais. Isso requer não apenas tecnologia avançada, mas também muito conhecimento de processos didático-pedagógicos. Essa primeira frente de pesquisa recebeu, no âmbito da CETACEO, o nome de “Uma Escola para Cada Um”. Na outra frente, estamos treinando uma IA Generativa para gerar relatórios completos da gestão, contendo sumário executivo, desempenho da equipe, correlações de causa-efeito, alertas e sugestões de como superar os desafios críticos. Estou muito entusiasmado com os avanços que temos tido nessas duas frentes!

“A

utilização de dados e análises preditivas permitem que as instituições identifiquem problemas e oportunidades de forma proativa, implementando soluções mais eficazes.”

Flexibilidade e tecnologia impulsionam ensino híbrido em universidades

Para diretora de EAD do Sinepe/PR, modelo proporciona autonomia aos estudantes e deve receber investimentos das instituições para crescer

A pandemia de Covid-19 trouxe uma série de desafios para a sociedade e a área da educação superior talvez tenha sido uma das mais impactadas, devido à necessidade do crescimento da modalidade do ensino a distância para que fosse possível manter os currículos dos estudantes. Foi esse cenário que fez crescer, nos anos seguintes, a oferta do chamado modelo híbrido - que combina a distância e o presencial. Mas quais são os caminhos e as perspectivas para esse tipo de ensino nos próximos anos?

Para a diretora de EAD do Sinepe/PR, Dinamara Pereira Machado, é preciso lembrar que ainda não há regulamentação específica quando se trata do modelo híbrido, mas que já existem discussões a respeito dela no Senado Federal. “De qualquer modo, o foco deve ser sempre a qualidade do aprendizado”, diz. “E em propiciar, principalmente a esse aluno já adulto, a facilidade de acompanhar as aulas conforme a sua disponibilidade”, completa. É a questão da autonomia que a especialista acredita ser a mais importante quando se trata do ensino superior. Embora não haja dados específicos sobre o modelo híbrido, de acordo com o Censo da Educação Superior 2022, o crescimento da educação a distância de quase 190% entre os anos de 2018 e 2022 dão uma pista sobre a tendência da democratização de modelos diversos de ensino. No último ano analisado, segundo o estudo, 72% dos alunos que foram aprovados no ensino superior privado optaram por estudar a distância.

Participação é o que importa

No sentido figurado, a palavra híbrido tem a definição de algo que congrega elementos diferentes. No caso do ensino, o chamado híbrido tem características tanto do modelo presencial - ou seja, alunos e professores presentes em sala de aula; como do modelo a distância - com o uso de tecnologias que permitem a quem está em sala e a quem também não está o acesso aos conteúdos.

De acordo com as diretrizes do Ministério da Educação, a aprendizagem híbrida deve favorecer as experiências dos estudantes para a evolução das competências e ampliar o suporte pedagógico a eles. Não deve se restringir a atividades de aula ou horas-aula, mas proporcionar o máximo de interações, como estudos de caso, leituras, aprofundamentos teóricos, grupos de estudos, seminários, entre outros. “Os recursos da tecnologia vão permitir que eu, como docente em sala de aula, possa me conectar com alunos que podem estar até mesmo do outro lado do mundo”, reforça a diretora. “Esteja onde estiver, o mais importante é que esses recursos permitem aos alunos não apenas assistir, mas, principalmente, participar das aulas. A palavra aqui é protagonismo”, completa.

Evolução tecnológica é essencial

O uso da tecnologia na educação não é novo, lembra a especialista. A discussão sobre a qualidade da aplicação delas e a sua evolução é que precisa ter atenção. “A pandemia apenas potencializou o emprego das tecnologias e a própria educação a distância”, comenta. Frente à rapidez com que as novas soluções, programas e aparelhos surgem, é necessário estar

atualizado para acompanhar as transformações tecnológicas no setor.

A profissional ressalta que percebe, sim, a busca pelo aprimoramento entre os docentes do ensino superior: “basta uma pesquisa rápida para ver a oferta de cursos envolvendo essas tecnologias no mercado. E há demanda por eles. O movimento existe e é constante no mercado”.

Futuro da educação

A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) considera o ensino híbrido o futuro da educação. O assunto foi destaque na 75ª Reunião Anual da entidade. “O hibridismo é nossa capacidade de atender a uma revolução que está em curso, chamada revolução digital, e que nossos educadores, gestores e aqueles que fazem as políticas e as leis ainda não sabem lidar”, pontuou Ronaldo Mota, diretor-secretário da Academia Brasileira de Educação (ABE) na ocasião. Mas essa mudança de paradigma, acredita Mota, aproxima-se das necessidades reais e atuais dos alunos. “Cada um de nós aprende de forma única e diferenciada. O ensino híbrido permite essa abordagem mais flexível e personalizada, centrada no educando”, afirmou.

“Esteja onde estiver, o mais importante é que esses recursos permitem aos alunos não apenas assistir, mas, principalmente, participar das aulas. A palavra aqui é protagonismo”

Dinamara Pereira Machado diretora de EAD do Sinepe/PR

Diversidade no currículo escolar é caminho para mundo mais tolerante

O Brasil é um país diverso tanto cultural como socialmente, mas não é isso que cada pessoa percebe em suas redes sociais. Algoritmos e ferramentas de inteligência artificial (IA) fazem com que todos acessem, confortavelmente, apenas conteúdos alinhados à sua forma de viver e de pensar. Nesse contexto, a escola pode ser a ferramenta necessária para que se retome a pluralidade de pensamento e uma convivência mais tolerante.

Quem trata do tema é a especialista em educação Jane Haddad. Para ela, não é necessariamente um papel da escola entender as diferenças, mas acolhê-las e aceitá-las. “Temos hoje a oportunidade de ser uma escola que acolhe, com uma proposta ética de educação baseada nas diferenças”, afir-

ma. “Mas, para isso, é preciso quebrar uma armadura e que os adultos retomem o seu protagonismo”, completa.

A promoção da inclusão faz parte do Plano Nacional de Educação (PNE) do Brasil, instituído pela Lei nº 13.005. São várias diretrizes e estratégias para a valorização da diversidade étnico-racial, cultural, de gênero, de orientação sexual, entre outras, contribuindo para a formação de uma sociedade mais justa, equitativa e plural.

Ambiente livre de “bolhas”

Em um mundo ideal, a escola deveria ser o lugar em que as diferenças convivem. “Empatia é justamente andar com quem é diferente de você. Isso sim é promover, verdadeiramente,

Estímulo ao debate pode acontecer de diversas formas e em várias idades. A educação pode furar as bolhas formadas pelas redes sociais.
Por Frances Baras

a inclusão”, reforça Jane. “Hoje, muito em função das redes sociais, tudo o que ‘sai da minha bolha, está contra mim’. Aí vem a violência e a segregação. Portanto, não é mais uma escolha, mas uma necessidade”, explica. De acordo com a especialista, a humanidade precisa de um novo pacto civilizatório e de convivência. São novas formas de lidar com o consumo, com o meio ambiente, com a saúde física e emocional. Boa parte desses assuntos acaba sendo contaminada por questões ideológicas. “Essa é a razão da escola e do seu currículo existirem”, aponta.

Responsabilidade compartilhada

Embora a escola tenha esse papel importante, os pais também devem ser inseridos no processo de ensino sobre a diversidade. Eles e os professores, enquanto adultos, precisam, na visão de Jane, recuperar suas condições como adultos que irão conduzir as crianças no processo de aprendizagem dentro das matérias regulares e da vida. “Onde há humanos adultos, a educação desabrocha. O processo abarca a diversidade de histórias, de tipos de famílias, de profissões, de visões de mundo”, destaca. E esse adulto pode recuperar seu lugar se ele parar e olhar para si.

Ações necessárias

Para a especialista, a educação é um tear que começa e não termina nunca. Pensando nisso, é fundamental que as escolas passem a propor verdadeiros projetos de vida para as crianças. “Isso pode passar pela reativação dos antigos grêmios escolares, com outros nomes e propostas mais ajustadas ao

nosso tempo”, exemplifica. Outra saída é retomar o sentido da brincadeira no currículo escolar. “Para isso, é preciso deixar de lado a necessidade da perfeição, partir do ponto de vista de que vamos errar cada vez mais e errar melhor. Tenho visto muitas escolas parando o tempo cronológico do excesso e promovendo atividades que, de fato, vão fazer a diferença e marcar a memória”, conclui.

Três dicas para levar a diversidade para a escola - na sala de aula e fora dela:

1. INCENTIVO À LEITURA:

Textos que tragam diferentes temas e realidades podem ser objeto de leitura e discussão. Conforme a série trabalhada, o grau de dificuldadetanto do assunto como do que vai ser trabalhado depois - pode variar.

2. VOCABULÁRIO DIVERSO:

O passo seguinte após uma leitura diversa pode ser a inclusão e o trabalho sobre os significados das palavras que são ligadas aos diferentes grupos.

3. VISITAS E DEBATES:

Idas a museus e outros locais que abriguem diferentes culturas pode ser uma experiência mais imersiva e eficiente. Para completar, uma opção é promover debates sobre o que os alunos presenciaram.

Fonte: learningforjustice.org

Calendário de eventos

BULLYING E CYBERBULLYING / INCLUSÃO

Quando: Mais informações no site do Sinepe/PR

Onde: Regionais Cataratas, Oeste, Sudoeste, Central e Campos Gerais

Palestrantes: Dr. Luis Cesar Esmanhotto e Drª. Victória Esmanhotto

FORMAÇÃO PROFISSIONAL PARA BERÇARISTAS, AUXILIARES E PROFESSORES

Quando: 24 de agosto, às 9h

Onde: Sinepe/PR, em Curitiba

Palestrante: Márcia Graciano

SIMPÓSIO DE MATRÍCULAS

Quando: 17 de setembro, das 8h30 às 17h30

Onde: Sinepe/PR, em Curitiba

Palestrante: Jussara Oliveira, Rogério Mainardes, Dr. Luis Cesar Esmanhotto, Marcos

Lucato e Luiz Fernando Ferraz

Novas associadas

• 27/05/2024 | CEI Brincadeira de Criança, de Colombo

• 28/05/2024 | Brasil Canadá Bilingual School, de Curitiba

Conheça nosso canal no YouTube

Acesse a plataforma e confira os conteúdos do Sinepe/PR disponíveis a todos

Selo Escola Legal 2024

Para auxiliar pais e alunos na busca por instituições de ensino particular devidamente regularizadas perante os órgãos oficiais, o Sinepe/PR lança a edição 2024 do selo “Escola Legal”. Associadas podem solicitar seus selos por meio do www. sinepepr.org.br

Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.