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º Conselheiro Raquel Adriano M. Maciel de Camargo
Novos desafios do Ensino Superior
Douglas Oliani
Presidente do Sinepe/PR
Prezados leitores,
Nesta edição da Revista Escada, vamos abordar o Ensino Superior e os rumos possíveis para a área que veremos já a partir de 2022. Certamente, os últimos dois anos terão forte impacto na forma como a Educação vai se desenvolver, principalmente em relação à etapa de ensino voltada ao público de jovens e adultos letrados que chegam aos bancos das Instituições de Ensino Superior (IES).
Podemos dizer que nesses últimos meses, vivenciamos um desafiador ensino remoto para chegarmos a certo hibridismo. Desafiador porque, em face da ausência de possibilidades, todos tiveram que se adequar rapidamente. De maneira geral, contudo, o ensino remoto já era conhecido das IES, mas no formato EAD. Esse formato, diga-se de passagem, sempre se apresentou como uma oportunidade imensa de desenvolvimento e até mesmo de revolucionar a maneira como o Ensino Superior é conduzido no Brasil. Ninguém imaginava, porém, que o futuro estivesse tão próximo ou que fosse catalisado por uma pandemia.
Uma pergunta que certamente está na cabeça de todo gestor de IES, do corpo docente e também do corpo discente, é: qual será o Ensino Superior que teremos passada de vez a pandemia? É certo que todos aprendemos a usufruir das facilidades do ambiente virtual e que muitas matérias podem, sim, ter seu conteúdo completo transmitido dessa forma. Pois bem, esta edição aborda não apenas as possibilidades trazidas pelas ferramentas digitais para a educação e sobre as possibilidades experimentadas por um ensino híbrido, mas também traz questões como os processos de internacionalização das IES.
Contamos, ainda, com uma entrevista especial com o reitor da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) e atual presidente do Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras (Crub), que fala sobre os principais desafios de aprendizado nesse período que estamos atravessando e comenta os impactos sentidos pelos estudantes, as soluções para a Educação Superior brasileira e a produção científica nacional.
Também daremos destaque ao posicionamento do Poder Legislativo, que está discutindo uma proposta de lei que proíbe a terceirização dos serviços de educação, por não entender essa modalidade em sua totalidade e ainda enxergá-la como sinônimo de precariedade de contratação. Ressaltamos que se tal processo cumpre as regras estabelecidas, ele confere a autonomia necessária às IES para imprimir qualidade e rapidez de resposta. Como pretendido pelos legisladores, tal retrocesso apenas vai engessar a iniciativa privada, obrigando-a a seguir a letargia burocrática imposta ao Ensino Superior público. Desejo uma boa leitura a todos.