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º Conselheiro Fernando Luiz Fruet Ribeiro

o processo de internacionalização haja o domínio de línguas estrangeiras, principalmente o inglês. “Eu não consigo explicar em palavras o quão importante o domínio do idioma estrangeiro é essencial para que o projeto internacional de uma instituição ocorra. Ter uma equipe bilíngue é absolutamente fundamental. Os processos travam quando não sabemos nos comunicar. Pode até parecer bobagem, mas a gente percebe na prática a relevância do inglês, já que se trata da língua franca da academia e da ciência”, reforça Marcelo Mira, da PUCPR. A próxima etapa envolve a busca por parceiros no exterior. O contato com universidades e centros de pesquisa estrangeiros requer alguns pontos de atenção. Ao buscar parceiros, as instituições precisam ter em mente que se trata de uma relação de troca mútua. Por isso, é essencial buscar universidades com missões, valores e perfis parecidos.

OPORTUNIDADES E BENEFÍCIOS As opções de internacionalização para os estudantes são muitas e vão da dupla diplomação – que garante o diploma do ensino superior tanto na universidade brasileira quanto na instituição internacional – ao intercâmbio, passando por cursos de verão e até mesmo aulas ministradas no Brasil por professores estrangeiros. Cabe ao aluno optar pelo programa que melhor se encaixa em sua rotina, objetivo e condições. “O estudante que busca uma experiência internacional precisa ter um perfil intercambista, ou seja, ser independente, saber se virar sozinho e gerir as finanças. Em relação ao idioma, o aluno deve se preparar muito bem. Também não podemos nos esquecer das condições financeiras, o maior ‘inimigo’ dos intercambistas atualmente, já que, com o câmbio alto e a desvalorização da nossa moeda, são poucas as pessoas que conseguem [ir para o exterior]. Mesmo com parcerias vantajosas, o custo de vida fora do Brasil está elevado”, comenta Areta Ulhana Galat, da FAE Centro Universitário. Apesar dos desafios, os especialistas dizem que a experiência vale a pena e muitas vezes é definida como uma espécie de divisor de águas. “Não só pelo o que o aluno irá aprender tecnicamente em outro país, as disciplinas ou cursos, mas pela exposição a uma cultura diferente, desafios, novas amizades, necessidade de adaptação a novos ambientes. Essas experiências mudam uma pessoa para o resto da vida. É isso o que acaba ficando e sendo levado para sempre”, pontua Mira. “Em um intercâmbio, o aluno adquire inteligência intercultural, ele entende o outro, não faz julgamento de pessoas ou valores culturais. Não existe certo ou errado, existe o diferente. O estudante vive a diversidade, fundamental no mundo de hoje. A cultura faz com que os alunos conheçam alternativas. E a alegria que temos ao ver que o aluno retorna mais maduro, profissional e independente é imensa”, completa Areta.

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