Revista Escada - Edição 46

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A REVISTA DAS ESCOLAS PARTICULARES DO PARANÁ

Lancheira em alta

Sucesso de vídeos mostrando o preparo das merendas na Internet traz a lancheira de volta “à moda”. Confira dicas do que escolher e como tornar ainda mais atrativa a hora do recreio.

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Desafio

Acompanhamento, diálogo e proximidade do aluno em sala de aula podem ser primeiro passo para recuperar a relação estudante-escola e combater a evasão escolar.

Lições além-mar

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Kuwait , J o rd â n i a e Co s t a d o M a r f i m : d i re to ra d a Es cola A m e ric a n a d e B ra sí l i a , a c u ri t i ba na M a rg i t H e i n ri chs, vive n c iou de pe r to o e n si n o a l ém d a s f ro n te i ra s d o B ra s i l e reve la os prin cipa i s i m pa c to s d a pa n d e m i a n o e ns i n o i n te rna c iona l

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Número 46 | Ano 11 mar/abr 2022 Publicação Sinepe/PR


Ín d ice

REVISTA ESCADA . Publicação Periódica de caráter inform ativo com circulação dirigida e gratuita. Desenvolvida para o Sin epe/PR. Conteúdo e Com ercialização V3COM Projeto gráf ico e Ilustrações V3COM Diagram ação e ar te - f in al Marcelo Winck | V3COM Jorn alista Responsável Ari Lemos | MTB 5954 Jorn alistas Maria Luiza Piccoli Vasques | MTB 011538 Camila Acordi Natalia Basso Sophia Cabral Foto de capa Paula Soares Fotografia Críticas e Sugestões ari@v3com.com.br Os ar tigos assin ados são de responsabilidade de seus autores e n ão expressam, n ecessariam ente, a opinião desta revista. Conselh o editorial Douglas Oliani Rocimar Santos Oliani Carmem Murara Everton Drohomeretski Fatima Chueire Hollanda Marcio Mocellin


EDITOR I AL

20 SINEPE/PR COM PL E TA 73 ANO S

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E N TR EVI STA DO MÊ S

Criando leitores

Estimular a leitura auxilia as crianças a desenvolverem habilidades como senso crítico, além de ampliar o vocabulário

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Influência positiva

Conteúdos digitais podem auxiliar professores no processo de ensino e aprendizagem

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A lancheira ideal

Montar um lanche adequado para o dia a dia escolar é fundamental para o bom rendimento em sala de aula

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Resiliência para enf rentar desaf ios

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Saúde mental como prioridade

Equipes devem estar atentas aos sinais e sintomas relacionados ao estresse que professores e colaboradores possam apresentar

Atual diretora da Escola Americana de Brasília e com experiência em diversas instituições de ensino no exterior, a professora Margit Heinrichs é a entrevistada desta edição da Revista Escada


ED I TORIAL

Desafios da retomada

Douglas Oliani Presidente do Sinepe/PR

Nesta presente edição vamos abordar aspectos

Abordamos a questão da evasão escolar, aprovei-

do pós-pandemia e os reflexos na educação. Tudo

tando a divulgação dos primeiros números que

isso, com matérias embasadas nos mais recentes

descortinam tal cenário a ser enfrentado ainda por

estudos disponíveis e na análise de profissionais,

muitos anos, realizada pela organização Todos Pela

que nos auxiliaram a traçar esse panorama. Mais do

Educação. Nesta matéria, contamos com a partici-

que isso, porém, trazemos insights sobre diversos

pação da professora de Pedagogia da Universidade

aspectos que, certamente, ocupam o pensamento

Positivo, Josiane Cristina Rabac Stahl.

de educadores e gestores educacionais.

Também falaremos sobre as questões relaciona-

Uma das principais matérias desta edição trata-se

das à saúde mental dos educadores, com base nos

da entrevista ping pong com a educadora Margit

dados de uma pesquisa realizada pela Associação

Heinrichs, que atualmente é diretora da Escola

Nova Escola e no depoimento de Regiane Ruivo, es-

Americana de Brasília. Em uma conversa descon-

pecialista da gerência total care do Grupo Marista,

traída, ela traz um pouco da realidade vivenciada

que alertará sobre a importância de prestar a devi-

no sistema educacional de países como Kuwait, Jor-

da atenção aos sintomas relacionados ao estresse.

dânia e Costa do Marfim, sobre o ensino bilíngue,

Ainda traremos uma matéria sobre alimentação e

uso de tecnologias impulsionado pela pandemia e,

nutrição escolar, na qual contamos com a participa-

ainda, sobre as consequentes união e colaboração

ção da Nutricionista dos colégios do Grupo Positivo,

entre educadores, pais e estudantes no período.

Vanessa Queiroz, e de Juliana Dietzel, também nu-

Convidamos o doutor em Letras e professor da PUC

tricionista. Além, é claro, do cronograma de even-

Paraná, Otto Leopoldo Winck, e a coordenadora de

tos do nosso Sinepe/PR.

Língua Portuguesa e Produção de Texto do Ensino Médio do Colégio Bom Jesus, Cleusa Cecato, para falar sobre o impacto das tecnologias na prática da leitura e como tal fusão deve ser encarada como uma solução e não problema.

Boa leitura a todos.


EXPE DI E N T E

SINEPE/PR Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Estado do Paraná www.sinepepr.org.br | www.facebook.com/sinepepr

CONSELHO DIRETOR - GESTÃO 2020-2022 DIRETORIA EXECUTIVA Presidente 1.º Vice-Presidente 2.º Vice-Presidente Diretor Administrativo Diretor Econômico/Financeiro Diretor de Legislação e Normas Diretor de Planejamento

Adriana Veríssimo Karam Koleski Durval Antunes Filho Ir. Maria Zorzi Dorojara da Silva Ribas Valdecir Cavalheiro Magdal Justino Frigotto Volnei Jorge Sandri Rogério Pedrozo Mainardes

CONSELHEIROS 1.º Conselheiro 2.º Conselheiro 3.º Conselheiro 4.º Conselheiro 5.º Conselheiro 6.º Conselheiro 7.º Conselheiro 8.º Conselheiro 9.º Conselheiro 10.º Conselheiro 11.º Conselheiro 12.º Conselheiro 13.º Conselheiro 14.º Conselheiro 15.º Conselheiro 16.º Conselheiro 17.º Conselheiro

Mauricio Ribeiro Ronaldo Campos Cavalheri Dinamara Pereira Machado Acedriana Vicente Vogel Cristiane Mello David

CONSELHO FISCAL Efetivos Suplentes Dilceméri Padilha de Liz Marta Regina Andre Orlando Serbena Gisele Matovani Pinheiro Luiz Antônio Michaliszyn Filho José Mário de Jesus

Douglas Oliani Sérgio Herrero Moraes Celso Hartmann Haroldo Andriguetto Junior Rosa Maria Cianci Vianna de Barros Nilson Izaias Pegorini Carmem Regina Murara

DIRETORIA DE ENSINO Diretor de Ensino Superior Diretor de Ensino Médio/Técnico Diretor de Ensino Fundamental Diretor de Ensino da Educação Infantil Diretor de Ensino dos Cursos Livres Diretor de Ensino dos Cursos de Idiomas Diretor de Ensino das Academias Diretor de Marketing Diretor de Ensino da Educação Profissional Técnica de Nível Médio Diretor de dos Cursos Pré-Vestibulares Diretor de EaD Diretor de Sistemas de Ensino Diretor de Ensino de Pós-Graduação

Fábio Hauagge do Prado Cristiano Vinícius Frizon Pe. José Alves de Melo Neto Raquel Adriano M. Maciel de Camargo Everton Drohomeretski Leonora Maria J. M. Rossato Pucci Artur Gustavo Rial Rocimar Santos Oliani Josiane Domingas Bertoja Jaime Maurício Marinero Vanegas Raphael Bonatto Fernando Luiz Fruet Ribeiro Osni Mongruel Júnior Fabrício Pretto Guerra Gelson Luiz Uecker Bruno Ramos Neves Branco Silmara Marchioretto

DELEGADOS REPRESENTANTES - FENEP Ademar Batista Pereira Douglas Oliani

DIRETORIAS REGIONAIS REGIONAL CAMPOS GERAIS Diretor Presidente - Osni Mongruel Junior Diretor de Ensino Superior - Patrício Vasconcelos e José Sebastião Fagundes Cunha Filho Diretor de Ensino da Educação Básica - Rosângela Graboski e Valquíria Koehler de Oliveira Diretor de Ensino da Educação Infantil - Bianca Von Holleben Pereira e Carla Moresco Diretor de Ensino dos Cursos Livres/Idiomas Paul Chaves Watkins REGIONAL CATARATAS Diretor Presidente - Artur Gustavo Rial Diretor de Ensino Superior - Fábio Hauagge do Prado Diretora de Ensino da Educação Básica - Edite Larssen

Diretor de Ensino da Educação Infantil - Ana Paula Krefta Diretor de Ensino dos Cursos Livres/Idiomas Lucimar Neis REGIONAL CENTRAL Diretor Presidente - Dilceméri Padilha de Liz Diretor de Ensino Superior - Roberto Sene Diretor de Ensino da Educação Básica - Cristiane Siqueira de Macedo e Juelina Marcondes Simão Diretor de Ensino da Educação Infantil - Ir. Roselha Vandersen e Ir. Sirlene N. Costa Diretor de Ensino dos Cursos Livres/Idiomas Marcos Aurélio Lemos de Mattos REGIONAL SUDOESTE Diretor Presidente - Fabricio Pretto Guerra Diretor de Ensino Superior - Ivone Maria Pretto Guerra

Diretor de Ensino da Educação Básica - Velamar Cargnin Diretor de Ensino da Educação Infantil - Márcia Fornazari Abasto Diretor de Ensino dos Cursos Livres/Idiomas Vanessa Pretto Guerra Stefani REGIONAL OESTE Diretora Presidente - Marta Regina Andre Diretora de Educação Infantil - Sônia Regina Spengler Xavier Diretor de Educação Básica - Valmir Gomes Diretor de Ensino Superior - Gelson Luiz Uecker Cursos Livres/idiomas - Denise Veronese


Foto: unsplash.com

Cria n d o l eitores Es t i mular a leit ura auxilia as c rian ç a s a d e s envol verem hab ilid a des com o s e ns o crí t i co, além d e amp liar o vo c a bulári o Por Camila Acordi

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A pandemia de Covid-19 acelerou ainda mais uma sociedade que já estava acostumada com a velocidade do 4G. Desconectar-se virou uma tarefa quase impossível e se concentrar em uma experiência imersiva ao abrir um livro se tornou raridade em muitas casas. Para as crianças, desenvolver o hábito da leitura em meio a tantos estímulos visuais se tornou um desafio. Para Otto Leopoldo Winck, doutor em Letras e professor da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), a leitura é muito mais do que apenas uma forma de conhecer novas palavras: ela proporciona o autoconhecimento e ajuda a conhecer o outro. “Quando se consome arte, você sai de si e entra na vida dos outros, conhece outras realidades, outros sentimentos, outras experiências que, na sua pele, você nunca conseguiria sentir. A literatura é uma contínua aventura de alteridade”, destaca Winck.

sumidor. Dessa forma, basta ele escolher o conteúdo a ser transmitido. “Antigamente, tínhamos sarais, recitais e declamações de poesia. Hoje, é possível ler um poema em uma página do Instagram”, acrescenta o especialista.

Para ele, encarar a tecnologia como inimiga da leitura não é a solução. Se hoje o que se tem são as redes sociais, há algumas décadas era a televisão – e antes dela, o rádio – que representava o novo e disputava espaço com a literatura. Para o professor, consumir esses meios é muito fácil, porque é uma atividade passiva, diferentemente da leitura, que exige uma postura mais ativa. Assim, uma das formas de conviver com a internet é compreender que ela, como a leitura, permite um protagonismo do con-

livro correto, coerente com a idade e nível de alfabetização do indivíduo, é fundamental para o aprendizado a partir da literatura, para tirar o peso de “tarefa” no hábito da leitura. Para os pequenos, quanto mais cores e formas o livro tiver, mais atrativa será a atividade. Já para os adolescentes, escolhas do gênero young adult (jovem adulto) tendem a trazer maior conexão com os personagens, que geralmente se encontram na mesma faixa etária dos leitores.

O desenvolver do hábito Para desenvolver o hábito da leitura nos jovens, Cleuza Cecato, coordenadora de Língua Portuguesa e Produção de Texto do Ensino Médio do Colégio Bom Jesus, destaca haver um ponto decisivo. “A afirmação de que ‘as palavras convencem, mas o exemplo arrasta’ é bastante coerente nessa questão. Uma criança que vê os adultos à sua volta lendo e conversando sobre o que leram tende a considerar que isso faz parte de momentos prazerosos, de lazer”, afirma. Cleuza também reforça que a escolha do

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Influência positiva Co nteú dos dig i tais p odem auxiliar p rofe ssore s n o p rocesso de ens in o e ap ren diz a g e m Por Natalia Basso

O uso de smartphones por crianças é um debate constante na área da educação, sendo que pais, professores e pedagogos sempre se preocupam em buscar as melhores formas de apresentar a tecnologia aos pequenos, sem prejudicar o desenvolvimento e o aprendizado. No Brasil, segundo um levantamento do Mobile Time e da Opinion Box, 49% das crianças entre 0 e 12 anos têm celular. Entre os 7 e 9 anos, 59% já possuem um aparelho próprio. Nessa pesquisa, 58% dos pais ou responsáveis de crianças que já têm smartphone disseram que a principal motivação para o uso do equipamento são os estudos, à frente do entretenimento, que apareceu na segunda posição. E quem domina a diversão nas redes sociais são os influencers. “O interesse por conteúdos digitais é grande em todas as idades. O que parece variar é o tipo de recurso buscado. Quando pensamos em audiovisual, é visível que o público dos anos iniciais Foto: unsplash.com

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do Ensino Fundamental preferem vídeos mais curtos e com linguagem mais concreta. Já para alunos dos anos finais do Ensino Fundamental e até do Ensino Médio, podemos ampliar um pouco esse tempo de exposição, mas sempre com cuidado para não gerar excessos, pois um material longo provoca desinteresse em todos de um modo geral por conta da quantidade de informações a que temos acesso atualmente”, explica a coordenadora de Conteúdo Digital do Sistema Positivo de Ensino, Karla Simon Gomes Franco. Para explorar esses conteúdos em sala de aula, Karla afirma que o principal é que os professores identifiquem as necessidades dos estudantes e, analisando o modo como os alunos aprendem, proponham o uso desses recursos. Ressalte-se que ensinar os alunos desde pequenos a utilizar adequadamente ferramentas digitais os torna competentes na comunicação em âmbito maior e coletivo e os torna protagonistas de seu processo de aprendizagem.

de Defesa da Infância, Cecilia Landarin Heleno. A campanha disponibiliza uma série de vídeos animados para crianças entre 4 e 12 anos, com o tema da prevenção à violência sexual. O objetivo é conversar diretamente com as crianças, para fortalecer sua capacidade de autodefesa na identificação de situações de risco e orientá-las a procurar um adulto de sua confiança. São 13 vídeos com linguagem amigável, apropriados para meninos e meninas. As animações apresentam situações com potencial risco para a ocorrência de uma violência sexual e atitudes preventivas. O 14º vídeo será lançado neste ano, com tema “autodefesa e segurança online”, considerando o potencial positivo do acesso à internet, mas também os riscos dessa exposição e como evitá-los. Para chegar a mais crianças, todos os vídeos foram pensados com acessibilidade e têm versões com tradução para inglês, espanhol, Libras e têm audiodescrição.

Dica de conteúdo Para levar materiais digitais para a sala de aula, é primordial que as equipes pedagógicas façam uma curadoria adequada dos conteúdos. “O manual da Sociedade Brasileira de Pediatria de 2019 orienta que pais e cuidadores acompanhem o momento em que crianças estão acessando a internet e recomenda que elas façam o uso das telas nos espaços comuns da casa, não em cômodos isolados. Assim, os adultos ficam mais próximos durante o uso”, revela a responsável pelo programa Defenda-se, do Centro Marista

“58% dos pais ou responsáveis de crianças que já têm smartphone disseram que a principal motivação para o uso do equipamento são os estudos, à frente do entretenimento, que apareceu na segunda posição”

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Foto: Grupo Positivo (divulgação)

A lancheira ideal Montar um lan ch e a dequa do para o dia a dia escolar é fun dam ental para o bom ren dim ento em sala de aula Por Camila Acordi

As aulas presenciais voltaram e a rotina escolar agora vive o seu “novo normal”. Por isso, muitos pais e responsáveis precisam retomar uma atividade que ficou parada durante quase dois anos: preparar a lancheira para o intervalo das aulas. Mas como elaborar um cardápio fácil, saudável e atrativo para os pequenos? A febre de vídeos de pais montando lancheiras dos filhos faz sucesso na internet e traz exem-

plos de opções, mas há um mundo de estratégias para agradar o paladar da criança e ainda facilitar a vida de quem organiza a merenda. Até porque, ter uma alimentação adequada e balanceada é fundamental para o crescimento e desenvolvimento dos pequenos, então é preciso focar em alimentos ricos em nutrientes e que forneçam energia. “O intervalo para o lanche não é somente para

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nutrir. Uma boa lancheira ajuda até mesmo na concentração e na disposição para o momento dos estudos”, destaca Vanessa Queiroz, nutricionista dos colégios do Grupo Positivo. Quando o estudante não se alimenta no intervalo, seu foco acaba sendo prejudicado devido à falta de glicose, o que faz com que ele não consiga se concentrar nas aulas. Ao mesmo tempo, petiscos muito ricos em açúcar podem causar excitação exagerada e o efeito pode ser o inverso. Desta forma, o mais indicado é disponibilizar alimentos com boa qualidade nutricional. Vanessa ainda aponta que, na hora de montar os lanches, deve-se levar em consideração a rotina, os hábitos alimentares da família e os gostos da criança, mas é sempre importante focar em uma fonte de proteína, uma de carboidrato e uma de vitaminas e minerais. Optar por alimentos que não precisem de refrigeração e evitar ultraprocessados e industrializados também é uma boa estratégia para manter uma alimentação saudável e agradável. Já a nutricionista Juliana Ditzel comenta que decorar os lanches pode influenciar na aceitação da criança a um alimento novo. “A criança se envolve quando se diverte. Assim, ‘mudar a cara’ dos alimentos funciona muito bem. Ao invés de mandar uma fruta descascada, coloque-a no palito e diga que é um espetinho de fruta”, exemplifica. Outras ideias incluem desenhar “rostinhos” nas bananas, optar por biscoitos em formatos diferentes, cortar o pão em moldes, como em formato de peixe, estrela, coração, entre ou-

tros. Ainda, para motivar o filho durante a aula, quem monta a lancheira pode mandar um recadinho, como “eu te amo, você é maravilhoso, tenho orgulho de você”. O que adicionar na lancheira Para o período da manhã, Juliana recomenda montar a lancheira com alimentos ricos em fibras e proteínas, como aveia, iogurte natural, leite com cacau, ovinhos de codorna ou até queijos brancos em cubos. Já para o período da tarde, com os níveis de glicose mais baixos, é recomendado considerar opções como pão integral e suco de fruta natural, frutas secas ou castanhas – e sempre diversificando, para oferecer todos os nutrientes possíveis para a criança. Como fontes de minerais e vitaminas, as frutas e legumes são uma ótima opção. Além de trazerem cores ao lanche, possuem o armazenamento fácil. E se a criança não aceita com facilidade frutas e verduras, Juliana recomenda adaptação.

“Adicionar nas preparações que ela já gosta é uma forma. Por exemplo, se a criança gosta de bolo, acrescentar uma cenoura na receita pode trazer esse legume para o dia a dia”. Juliana Ditzel, nutricionista

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Foto: shutterstock.com

Saúde mental como prioridade Equipes devem estar atentas aos sinais e sintomas relacionados ao estresse que professores e colaboradores possam apresentar Se a saúde mental já era uma preocupação anterior da sociedade, com a pandemia de Covid-19 ela ganhou ainda mais atenção. E para os professores, que enfrentaram diversas mudanças impostas ao segmento da educação, não foi diferente. Uma pesquisa realizada pela Associação Nova Escola entre agosto e setembro de 2021 indicou

Por Natalia Basso

que 13% dos profissionais da educação consideravam a saúde mental ruim ou péssima. O mesmo levantamento demonstrou que 34% dos educadores têm reclamações de estresse prolongado, sendo que 72% dos participantes do estudo disseram não ter acesso a apoio psicológico para cuidar da saúde mental.

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Segundo a especialista da gerência total care do Grupo Marista, Regiane Ruivo, o período foi desafiador para todos, já que com o início do teletrabalho, os professores precisaram se adaptar rapidamente aos novos formatos de ensinar. “Os últimos dois anos foram de aprendizado para todos, demandando novas capacidades digitais e atitudes mentais para lidar com os desafios, mas com a visualização das oportunidades. Muitas das mudanças desse período vieram para ficar, como a comunicação mais ágil e digital, além das metodologias de ensino e aprendizagem”, explica Regiane. Por isso, nas instituições de ensino, é essencial que as equipes estejam atentas aos sinais e sintomas relacionados ao estresse que professores e colaboradores possam apresentar. “Doar um pouco do nosso tempo para o colega e ter uma conversa ajuda muito a identificar como as pessoas ao nosso redor estão. É importante lembrar de nunca julgar a dor e o sofrimento do outro. Os gestores, líderes de equipe, precisam sempre manter um diálogo aberto,

dando feedbacks e espaço para a escuta. Além disso, é crucial identificar e valorizar talentos. São valores de cultura interna e medidas que ajudam a identificar quando algo deve ser realinhado, percebido e modificado, e para que o professor se sinta acolhido em suas questões”, conta a especialista. De acordo com Regiane, a melhor maneira de auxiliar quem está passando por esses problemas é o acolhimento, fazendo esforços para a manutenção de uma educação de qualidade e que carregue valores. “Ademais, é necessário que haja uma nova readaptação ao presencial, assim como foi necessário com o trabalho remoto. Para as pessoas que estejam mais fragilizadas, propiciar apoio especializado e tratar de forma natural e respeitosa as questões individuais, para que os sofrimentos não sejam omitidos, é fundamental. Por desconhecimento, preconceito e falta de informação de qualidade sobre saúde mental, muitos profissionais escondem seus sintomas e não pedem ajuda”, orienta a especialista.

É importante lembrar de nunca julgar a dor e o sofrimento do outro. Os gestores, líderes de equipe, precisam sempre manter um diálogo aberto, dando feedbacks e espaço para a escuta. REGIANE RUIVO, Gerência Total Care do Grupo Marista

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Combater a evasão é preciso Brasil tem mais de 200 mil jovens de 6 a 14 anos fora das salas de aula Por Natalia Basso

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Foto: unsplash.com

Segundo dados da organização Todos Pela Educação, o Brasil atingiu recentemente o índice de evasão escolar mais alto em seis anos: são 244 mil jovens de 6 a 14 anos fora da escola. O número é referente ao ano de 2021 e reflete os efeitos da pandemia de Covid-19 na educação nacional. Além do número referente ao abandono, outro dado que preocupa se refere aos estudantes em situação de atraso escolar: de acordo com o levantamento, são 700 mil alunos nessa condição no país. Psicopedagoga e professora do curso de Pedagogia da Universidade Positivo (UP), Josiane Cristina Rabac Stahl explica que o vínculo entre a escola e a família dos estudantes é essencial para que o sistema educacional supere esse momento delicado, por se tratar de um processo que faz com que a instituição conheça as dificuldades e limitações que a família enfrenta e que, consequentemente, afetam a vida escolar do estudante. Nesse cenário, a observação dos professores sobre os alunos ganha ainda mais importância em sala de aula. “Primeiramente, é preciso observar o comportamento socioemocional dos

estudantes e identificar a necessidade de interferir, buscar ou indicar a procura por ajuda quando necessário. Também é importante realizar um diagnóstico da aprendizagem para analisar como atuar a partir daí. Outra questão fundamental nesse processo é o estabelecimento de vínculo entre a família e a escola para garantir uma prática compartilhada e significativa para o estudante”, ressalta. Para as crianças e adolescentes em situação de atraso escolar, a psicopedagoga destaca que a prevenção é sempre mais simples do que a recuperação. “A pandemia promoveu perdas, mas também aprendizados. Recuperar o prejuízo escolar é um desafio, mas com o trabalho engajado da equipe pedagógica, essa recuperação pode ocorrer ao longo dos próximos anos, com atividades significativas para os estudantes. Tais atividades devem ser capazes de promover a aprendizagem e desenvolver o pensamento crítico, indicando que esse conhecimento pode transformar a realidade, como uma forma de unir teoria e prática, materializando o conhecimento”, pontua a especialista.

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Foto: Paula Soares Fotografia

E N T R EVISTA D O MÊS Certamente, a educação foi uma das áreas mais afetadas pela pandemia de Covid-19. Se no Brasil a falta de acesso a tecnologias e a adaptação das aulas para o formato online foram algumas das dificuldades encontradas, outros países precisaram enfrentar, paralelamente, preocupações ainda maiores. Na Costa do Marfim, por exemplo, enquanto as escolas organizavam o ensino a distância, professores, alunos e pais também se preparavam para potenciais crises em outros setores, como uma guerra civil iminente. Em entrevista à Revista Escada, a diretora da Escola Americana de Brasília (DF), Margit Heinrichs, explica que mesmo com o novo coronavírus, diferenças de fuso horário e adversidades políticas, importantes lições foram aprendidas durante a pandemia, como a colaboração entre educadores, familiares e estudantes, maior atenção individualizada e resistência para superar os desafios.

Resiliência para enf rentar desaf ios

Atual diretora da Escola Am ericana de Brasília e com experiên cia em diversas instituições de ensin o n o exterior, a professora Margit Heinrichs é a entrevista da desta ediçã o da Revista Esca da

Por Sophia Cabral

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Com atuação no Kuwait, Jordânia e Costa do Marfim, além do Brasil, a educadora fala pouco sobre suas experiências internacionais, as vantagens das diferentes metodologias de ensino existentes e práticas de gestão escolar.

Na Costa do Marfim, é utilizado o Common Ground Collaborative (CGC), uma estrutura de planejamento das unidades de estudo de investigação, o que é bem interessante. De novo, o ensino é bilíngue, mas com inglês e francês. Também há uma atenção muito grande na parte socioemocional das crianças. Havia uma aula que a gente chama de Social-emotional learning (SEL), na qual são ensinados valores e formação de caráter. É algo maravilhoso; acho que seria um sonho se as escolas brasileiras tivessem isso.

A sra. tem uma experiência que poucos professores brasileiros da educação básica têm: ter lecionado tanto no Brasil quanto no exterior. A primeira pergunta, nesse sentido, não tem como fugir de: que diferenças destacaria entre o sistema de ensino nesses países e o brasileiro? A experiência de vivenciar outras realidades, conhecer outros sistemas de ensino com culturas diferentes, abriu um horizonte para mim. O Kuwait segue um currículo americano e árabe. A educação é bilíngue e algo que chamou muito a minha atenção é que eles oferecem bastante suporte acadêmico socioemocional para todos os alunos; a inclusão é bem forte. Há o sistema básico, o sistema especial com suporte e outro que a gente chama de habilidades de vida. Tudo isso na mesma escola. Já na Jordânia a experiência foi bem diferente. Eles também seguem o currículo americano e árabe, mas ali o foco era na tecnologia e cada aluno tinha o seu tablet, seu computador. Tenho certeza que durante a pandemia eles não sofreram muito, porque sempre estiveram bem equipados, o que não vemos em todo o Brasil.

O sistema educacional norte-americano é bastante admirado pela sra. O que lhe encanta nessas metodologias? Elas fazem sentido para a realidade brasileira? Com certeza fazem. Eu me apaixonei pelo sistema educacional norte-americano quando a minha família se mudou para o Canadá e meus filhos eram pequenos. Não falávamos a língua, o que dificultou a nossa transição para o novo país, mas com muita dedicação e perseverança nós aprendemos. O que me encantou foram as salas de aula, os cantinhos da leitura, as pequenas bibliotecas, espaços para as artes, pintura, matemática. Quando voltei para o Brasil, comecei a trabalhar na Escola Internacional de Curitiba, onde essa paixão só cresceu. O que mais me encanta é o fato de o aluno estar sempre no centro de todas as decisões e estra-

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tégias – daí vem a importância de conhecer os estudantes. Isso é feito por meio de uma série de avaliações que conduzimos com todas as crianças, três vezes ao ano, de leitura e escrita, para a comparação de resultados. Assim, há uma personalização que seria muito interessante de se fazer no sistema brasileiro. É preciso, contudo, que o professor tenha condições e tempo.

boração entre educadores, pais e alunos melhorou muito. Professores trabalharam com grupos pequenos e os estudantes receberam atenção individualizada. Por outro lado, educandos que não receberam suporte em casa sofreram. Notamos isso muito no jardim de infância. Com a criança pequena é preciso estar ao lado, ensinando, mostrando, e isso tudo foi muito difícil.

A pandemia de Covid-19 foi difícil em todo o mundo e para todos, mas as crianças e jovens brasileiros sofreram bastante, muito por conta do afastamento da escola enquanto espaço físico, de aprendizagem e convivência. Como foi esse momento para os educandos do exterior? Foi difícil. Quando tudo começou, eu estava na África e estávamos preocupados com a violência, porque temíamos uma guerra civil na Costa do Marfim. Apesar disso, nem em nossos sonhos imaginávamos que o futuro da educação poderia mudar em um piscar de olhos. Quando começou a pandemia, reunimo-nos com líderes educacionais para conversar sobre o ensino a distância, porque fechamos o prédio em uma quarta-feira para já na segunda começar com o online. O período de distanciamento foi bem difícil, mas todos se adaptaram. Desenvolvemos resiliência e enfrentamos os obstáculos. Olhando para trás, vemos que aprendemos lições muito importantes. A cola-

Sua experiência é tanto em sala de aula, lecionando, quanto na gestão escolar. Quais são os principais desafios que um professor enfrenta ao assumir essa nova função? Sempre gosto de falar que minha jornada começou como assistente de classe. Quando voltei do Canadá e fui trabalhar na Escola Internacional, comecei como assistente. Foi um tempo curto, logo comecei a lecionar, mas essa experiência me ajudou, deu aquela visão de 360 graus. Os desafios que enfrentei foram os de liderar não apenas um pequeno grupo, que é a sala de aula, mas um grande grupo de estudantes, professores, assistentes e pais. No Kuwait, por exemplo, eu liderei um grupo de 800 crianças e 80 professores. Pessoalmente, acredito que cada professor é um líder, pois ele lidera a sua própria classe. Foi então que decidi fazer um mestrado na área de administração para escolas internacionais. Claro que me ajudou muito, mas o dia a dia foi o meu maior professor, pois é no cotidiano que desenvolvemos

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resiliência, compaixão, humildade, colaboração e uma mente aberta. As responsabilidades de um professor ao assumir a função de gestão aumentam muito. Depois da pandemia, diria que triplicam. Às vezes, é um aluno que está com dificuldade, mas em outras é um professor ou um pai. A dimensão é outra, mas creio que todos precisamos de mentores, pessoas experientes que caminhem ao nosso lado e nos guiem quando não soubermos qual direção tomar. Isso ajudou muito em minha carreira: ter alguém com quem conversar ou me aconselhar.

A sra. é defensora do ensino bilíngue, mas o número de brasileiros que falam inglês de forma fluente é muito baixo. De acordo com o instituto cultural British Council, apenas 5% da população nacional acima de 16 anos afirma possuir algum conhecimento em língua inglesa. Por que isso ocorre? Acho que é porque não estamos imersos na cultura. Enquanto estava no Brasil, tinha aulas em inglês, inclusive fiz graduação em Letras, mas entrávamos na sala conversando em português e saíamos assim também; fazíamos apenas as tarefas em inglês. Quando eu me mudei para o Canadá, a realidade era outra, porque eu precisava falar inglês. Nós moramos lá por seis anos, então acredito que estar imersa na cultura me ajudou muito, além da leitura. Para ajudar as pessoas a terem domínio da língua, a imersão é importante. Não precisa ir ao país se não for possível, mas falar, ser exposto a isso.

O uso de tecnologia nas instituições de ensino foi impulsionado pela pandemia e com certeza deve ser incorporado ao cotidiano das escolas. Mas como fazer essa integração de forma que faça sentido para a instituição de ensino? Acredito que aprendemos muito sobre a tecnologia durante a pandemia e seria uma pena não incluir esses aprendizados no dia a dia de nossos alunos. Muitas pesquisas falam sobre o tempo de tela dos estudantes. Claro que essa é uma preocupação diária dos líderes educacionais, mas penso que somos muito criativos quando mudamos tudo o que fazemos para um novo modelo de ensinar e aprender. Creio que devemos usar a criatividade para criar um equilíbrio, seja no ambiente de ensino presencial, seja no virtual.

“As responsabilidades de um professor ao assumir a função de gestão aumentam muito. Depois da pandemia, diria que triplicam. Às vezes, é um aluno que está com dificuldade, mas em outras é um professor ou um pai. A dimensão é outra, mas creio que todos precisamos de mentores, pessoas experientes que caminhem ao nosso lado e nos guiem quando não soubermos qual direção tomar.”

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Sinepe/PR completa 73 anos Entidade celebra superação do período pandêmico e vislumbra desafios a serem enfrentados nos próximos anos Por Maria Luiza Piccoli

Desenvolvimento, defesa e representatividade das entidades educacionais da rede privada: estas têm sido as forças motrizes do Sindicato das Escolas Particulares que, no dia 20 de abril de 2022, celebrou seus 73 anos de história. Com foco na orientação e assistência às demandas administrativas, pedagógicas e jurídicas das instituições associadas, desde a sua fundação em 1949, o Sinepe/PR vem galgando espaço cada vez mais significativo entre associações de classe e órgãos públicos na defesa da melhoria do sistema educacional do Paraná. Resultado do esforço de muitas mãos, a força institucional do Sinepe/PR é fruto do trabalho desempenhado tanto na sede da entidade, localizada em Curitiba, quanto pelos diretores das regionais em Foz do Iguaçu, Cascavel, Pato Branco, Guarapuava, Ponta Grossa e Litoral. Para o presidente, Douglas Oliani (à frente do cargo desde novembro de 2020) a entidade vem consolidando-se como instituição vanguardista no cenário nacional, contribuindo para a formação de cidadãos conscientes da sua responsabilidade social. “Hoje o Sinepe/PR representa uma categoria bastante unida, com ideais visionários em termos de educação. Os benefícios à sociedade refletem-se na formação de cidadãos conscientes, responsáveis e ativos socialmente”, pondera.

Com forte atuação na interface entre as classes patronais da rede privada, o Sinepe/PR enfrentou o período pandêmico a partir da promoção do diálogo, primando pela qualidade do serviço educacional – mesmo diante dos desafios impostos pelo isolamento. “Sem dúvidas, a pandemia foi um grande desafio para a categoria que, apesar dos desafios impostos pelo isolamento, soube reinventar-se e aprimorou-se no uso das tecnologias – essenciais à manutenção do calendário escolar nos últimos dois anos”, relembra Oliani. Segundo o presidente, este 20 de abril merece dupla comemoração: não apenas pelo aniversário da entidade, mas também pela retomada do ensino presencial. “Consideramos que o período pandêmico serviu como combustível para o desenvolvimento de um ensino ainda mais próximo dos nossos alunos”, ressalta. Para os próximos anos, ainda segundo Oliani, o foco permanece na manutenção da qualidade dos serviços, além da prospecção de novos associados, tendo em vista o fortalecimento ainda mais expressivo do Sinepe/PR frente à sociedade e órgãos públicos. “Nossos olhos também estarão voltados ao refinamento ainda maior na comunicação inter-classes visando um ensino de qualidade cada vez maior no nosso estado”, finaliza.

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Ca l e n d á ri o de evento s Evento: Os Impactos Legais na Área da Educação Quando: 07 de abril às 19h Formato: Podcast Palestrante: Prof. Douglas Oliani; Juliano Siqueira de Oliveira; Luís César Esmanhotto Evento: Disciplina e Limites em Casa e na Escola Quando: 14 de abril às 19h Formato: Podcast Palestrante: Prof. Douglas Oliani; Marcos Meier Evento: Marketing Educacional: Estratégias Importantes Para Captação de Alunos Quando: 26 de abril às 19h Formato: Podcast Palestrante: Prof. Douglas Oliani; Rogerio Mainardes Evento: Falando Sobre Dificuldades de Aprendizagem Quando: 10 de maio às 18h Formato: Podcast Palestrante: Dr. Sérgio Antoniuk Evento: A Escola Nova e a Reestruturação dos Espaços Pedagógicos Quando: 19 de maio às 19h Formato: Podcast Palestrante: Gisele Miró e Rafael C. Evento: Autismo - O que é: sintomas, causas e tratamento Quando: 24 de maio às 19h Formato: Live Palestrante: Dr. Sérgio Antoniuk Evento: Pais e Educadores: Conflitos e Caminhos Quando: 31 de maio às 19h Formato: Live Palestrante: Isabel Parolim E, em junho acontece o Simpósio da Educação Infantil. Aguarde! Assista pelo canal do Sinepe/PR no Youtube – “Sindicato das Escolas Particulares”

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Rocimar Santos Oliani, Diretora de Eventos do Sinepe/PR.



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