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Medidas de segurança para o retorno
Seminário da Educação Infantil
MEdIdAS dE SEgUrAnçA pArA o rEtorno
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Nos países onde a reabertura de escolas ocorreu com relativo sucesso, houve preocupação em monitorar possíveis casos suspeitos, garantindo isolamento, mapeamento de contatos e até mesmo o fechamento de escolas para prevenir surtos. Mas, por aqui, a gestão Greca simplesmente ignorou experiências de
outros países que demonstraram alguns pontos essenciais para que o retorno das aulas presenciais acontecesse com o mínimo de segurança.
A primeira lição de casa a ser feita era ga-
rantir a redução da taxa de transmissão do
vírus. Afinal, as aulas presenciais representam quase 150 mil alunos em circulação, só na rede municipal de ensino, além dos trabalhadores e familiares com risco de adoecer e transmitir o vírus. A retomada de aulas presenciais só ocorreu com relativo sucesso em locais que reabriram as unidades de ensino quando a pandemia estava controlada: com tendência permanente de queda ou já em níveis baixos. Totalmente o oposto do que aconteceu em Curitiba, onde a experiência frustrada das aulas presenciais ocorreu justamente quando os casos estavam em alta. Pouco tempo depois, as atividades tiveram que ser novamente interrompidas e a cidade vivencia um colapso no sistema de saúde, certamente potencializado pela aceleração da transmissão com o retorno das aulas.
Outro ponto importante é a adequação das
condições de estrutura das unidades para possibilitar o distanciamento necessário e
favorecer a ventilação dos ambientes. Mas, no seu CMEI houve algum ajuste na estrutura para garantir essas condições de segurança? É claro que não! Quem vivencia o dia a dia nos CMEIs sabe que as unidades não têm a estrutura necessária para garantir a segurança dos alunos e trabalhadores.
Isso sem falar da falta de água, item indispensável para higiene. Com o rodízio imposto devido à crise hídrica, escolas e CMEIs funcionaram com as torneiras vazias. Enquanto isso, a gestão não cumpriu sua promessa de enviar caminhão-pipa quando houvesse problemas no abastecimento.
o compromisso com a transparência nos
dados de infecção por coronavírus também deveria estar presente num plano responsável de volta às aulas. Mas, como essa gestão irresponsável age? Escondendo dados! As denúncias que chegam ao sindicato demonstram atitudes de chefias que agem para manter em sigilo informações de trabalhadores infectados. Essa falta de transparência coloca ainda mais pessoas em risco, por não garantir o rastreio e isolamento de todos aqueles que tiverem contato com casos confirmados.
A situação também é séria se pensarmos no grupo de risco. Em nenhuma das áreas
que mantiveram o trabalho presencial a gestão garantiu o afastamento de todos os trabalhadores que tivessem uma condição de saúde ou faixa etária que possa representar o agravamento em caso de infecção.
O decreto 430 (confira no caderno de legislação) estabelece o público que deve ser afastado das atividades presenciais, o problema é que os trabalhadores entre 60 e 65 anos não estão contemplados, além disso, o quadro de comorbidades considerado pela gestão também deixa de lado algumas situações. É o caso de quem tiver hipertensão sem outra comorbidade associada, por exemplo, que deve continuar no trabalho presencial, assim como as lactantes.