A experiência sonora: da linearidade à circularidade
A EXPERIÊNCIA SONORA DA
coordenação e introdução
Luís Cláudio Ribeiro textos Adriana Sá
António de Sousa Dias
David Novack
Gonçalo Gato
João Manuel Marques Carrilho
Luís Cláudio Ribeiro
Mohammed Boubezari
Raquel Castro
Introdução
Luís Cláudio RibeiroHá uma ideia muito antiga, tão antiga como o humano, que quer reunir o som com uma fonte, um som que traz no seu rastro uma figura ou imagem. Esta matriz é também a origem de uma enigmática sensação: o som no nosso ouvido abre os olhos a uma fonte, possível origem desse som. O som traz consigo uma figura muda que quer ser revista. Mesmo já perdida a fonte, o cérebro quer saber a sua origem. Esta situação ocorre quando não há media de produção que alteram a matriz sonora. Neste caso, o som, pensemos no processo electrónico, é apenas o vestígio que quer fazer a sua própria representação.
Agora pensemos que quer organicamente quer estruturalmente nada no som deve remeter para uma representação ou uma materialidade. Assim sendo, o som acarreta uma orfandade e como tal tem apenas como indicação poisar-nos no mundo. Ele não quer ser mais do que as fundações de uma habitação ou uma moradia que torne possível uma existência plena, o melhor sensível dessa existência, que se revela no som como ponte e passagem para uma sintonia eficaz com o mundo. E essa «apresentação» não provém de uma significação, é apenas um efeito que pode ser diverso em cada indivíduo.
O que antes podíamos entender por sincronia, uma relação no espaço e no tempo de um determinado fenómeno acústico, mostra-se nos
dias de hoje como «infundado». Mas o mesmo se deve ter passado com outras áreas da cultura. E esse infundado é o fundo da metamorfose.
Não podemos esquecer que o século XIX elegeu como imagem científica o corte, pela reprodução, com a noção ancestral de natureza, pelo menos desde que nos desligámos da physis. A sincronia tornou-se, do som para a sua fonte, uma imagem para a sua possível sonoridade, uma acção antropológica e cultural. Cultural porque quisemos, desde que nos levantámos do mundo e quisemos Mundo, juntar o maior número de sentidos. E, na verdade, em extensão e função, a visão e a audição juntas tinham tudo para uma melhor organização, sobrevivência e vigília; antropológico porque nos séculos o humano foi fossilizando parte da matriz sonora em conformidade com os avanços das representações visuais, da sua cultura e da técnica.
A audição serviu em alguns casos de sentido orientador e fazedor de presenças, em lugares onde a visão não chegava, e noutros como um arquivo possível para esclarecer o mundo invisual e etéreo.
Mas a força da visão, essa testemunha mais fiável, como nos diz Heráclito, fez-se na subjugação do escutar a uma ordem, a de um território cheio de formas necessárias também a qualquer ideologia ou filosofia.
Sabemos pela tecnologia desenvolvida desde os fins do século XIX que a sincronia, uma pura ilusão, se tornou herdeira desta forma antropológica: se o movimento de objectos, seres ou ideias, num determinado espaço fabrica um tempo sonoro, então os seus duplos técnicos, ventríloquos, devem fabricar esse tempo sonoro sincrónico.
Falhamos para bem dos olhos. Mas falhamos muitas vezes mal. A sincronia enquanto ilusão permite sacrificar aquilo que no sensível potencia o múltiplo, a metáfora, essa estranha figura da polissemia que os pós-socráticos sempre quiseram afastar. Restaram felizmente os poetas.
O evento que se produz resulta apenas porque, no entender correcto de Kant, existe no humano uma possibilidade de discernimento e conhecimento: o tempo e o espaço construíram uma forma de os humanos se distanciarem dos outros viventes. Estar perante o fenómeno é
estar perante uma situação que constantemente nos ultrapassa. Foi o que pensaram, dizemos, os que nos últimos anos do século XIX queriam, na máquina, conjugar o movimento da representação com um possível real. Isto é, a técnica podia simular a vida e a função vital, que é o movimento e a vida no seu interior.
A pintura e todas as formas visuais, incluindo as simbólicas, tinham o mesmo objectivo: exemplificar uma forma de vida, mesmo, no caso dos desenhos pré-históricos, sem um achamento. Porém, a partir do século XVIII a natureza tomou o lugar do conceito, e assim foi possível a criação de uma tecnologia que interrogasse o tempo (sempre humano) e o poiso e movimentos dos objectos. Para isso, basta lembrar o percurso da filosofia e das ciências neste século, ou pensar a necessidade e a seguir a intuição e conhecimento como fundamentais à noção de experiência e de dispositivo.
O que se entende hoje por «sound studies», que nos últimos anos tem produzido um conhecimento vasto em áreas tão variadas que vão da arquitectura aos media, é o efeito de uma atenção a um sentido, da audição, que foi sempre erodido, devido às qualidades do som, a favor de uma hegemonia da visão e seus derivados. E no rastro desses estudos que se têm vindo a fazer, sobretudo desde a década de 1970, a academia sentiu a necessidade de entender as novas formas de produção e de escuta, seja na criação, seja na recepção.
Quando em 2011 iniciámos o projecto «Lisbon Sound Map»1 tínhamos como primeiro objectivo fazer um levantamento do mapa sonoro de Lisboa, sobretudo das áreas que estavam a sofrer alterações, seja na sua população residente, seja na construção. Este mapa sonoro é hoje importante para se entender as alterações dos fluxos e paisagens sonoras da cidade nesta última década.
1 PTDC/CCI-CIN/120971/2010 — Mapa Sonoro da Cidade de Lisboa (LSM), apoiado pela FCT, e cujos resultados podem ser consultados em http://www.lisbonsoundmap.org.
Quisemos, no entanto, prolongar esse objectivo para analisar melhor o impacto do som em duas freguesias distintas da cidade, Alvalade e Belém, muito diferentes quanto à sua população residente, comércio, serviços e transeuntes. Para além destes elementos, interessou-nos também trazer para um segundo projecto («Aural Experience, Territory, and Community2), que se iniciou em 2018, os efeitos dos estudos do som em diferentes ofícios humanos, sua análise e interpretação.
O conjunto dos eventos realizados em diferentes lugares da cidade e na universidade, sob proposta dos membros do projecto, possibilitam essa reflexão, que aqui se apresenta em capítulos que desejam desenvolver as relações da audição e do som com o meio envolvente e com a produção sonora para os media e as artes. Aprofundar estas relações tornou-se hoje numa urgência que os investigadores editados neste livro aceitaram.
António de Sousa Dias analisa, numa perspectiva, simultaneamente, artística e semiótica, as relações do som com o cinema, e aqui o papel da música para um novo esclarecimento do que a imagem técnica associa quando reproduz uma realidade. A arte musical, mas também as paisagens sonoras, as vozes e os ruídos no cinema têm estado sob a atenção de quem dirige a produção sonora, e esta atenção segue a par das inovações tecnológicas que têm possibilitado uma experimentação cada vez mais vasta dos diferentes modos de abordar a experiência aural em diferentes tipos de produção cinematográfica.
No mesmo domínio, David Novack propõe-nos uma releitura da análise clássica do som no cinema, tendo como centro os trabalhos de Michel Chion ao longo de muitos anos. Os problemas que levanta parecem hoje centrais para se entender o uso de som nas artes dos media.
Novack parte de uma análise singular da oposição entre diegese e não diegese para produzir um estudo que interessa à produção e recepção do som no cinema. Esta análise não está desligada dos modos como o
humano experiencia hoje o bulício urbano e natural, encaminhando o seu ouvido para o som produzido enquanto dispositivo narrativo na criação actual da imagem e movimento. A evolução tecnológica e o uso de meios de comunicação portáteis trouxeram um «novo ouvido» aos modos como escutamos, produzimos ou realizamos uma determinada narrativa fílmica.
A voz tem sido um tema central na actual produção bibliográfica nas áreas da política, filosofia ou antropologia. A voz como fundamento sónico da experiência humana e das suas relações, a origem da qual derivam muitas actividades artísticas e tecnológicas, deve ser central para se entender as sociedades contemporâneas e a sua relação com os diferentes dispositivos de criação e comunicação. Luís Cláudio Ribeiro traz-nos neste capítulo uma breve arqueologia do papel da voz antes e depois do espaço fonográfico, e o seu efeito, sobretudo a partir da sua dispersão mediática, na experiência social e artística que é bem audível nas comunidades contemporâneas.
Uma área central nos estudos do som desde o fim do século passado tem sido a ecologia acústica. As alterações promovidas pelo humano e seus artifícios nos ecossistemas, atingiram também os modos como nos envolvemos e escutamos o mundo. A investigadora Raquel Castro tem produzido nos últimos anos muitos eventos sobre a relação do humano com o meio. A experiência aural e o desenvolvimento de soluções que impeçam uma quebra da matriz sonora que identifica uma população são centrais para entendermos os esforços que muitos vêm fazendo para uma correcção do espaço acústico e do território sonoro muito mascarados pelo excesso de mecanização e electrificação. Este contributo, também central para o nosso projecto, apoia-se não apenas em ouvir, mas em promover uma pedagogia ou uma educação da escuta do nosso mundo, possibilitando a ocorrência de alterações nos modos como interagimos nele.
Um ofício humano que desde sempre se interessou pelo som foi a arquitectura. Entendemos a sua importância na criação de um lugar que
seja de fruição onde a acústica desempenha um papel central de preservação de uma determinada identidade e o seu uso para determinadas funções. Lentamente, também o arquitecto se foi interessando não apenas pelo «habitáculo», mas pela relação deste com o meio circundante e o seu lugar na cidade. Numa cultura visual, de linhas e horizontes, emergiu uma nova forma de escutar o edifício e a sua disposição no espaço urbano. Com a inserção da noção de «topologia sonora», Mohammed Boubezari orienta a cultura do sensível para a arquitectura, reconstruindo a noção de pertença e questionando a relação entre as topologias sensíveis, a arquitectura e o humano.
Claro que a expressão musical e artística não poderia ficar longe destas reflexões sobre o som. Adriana Sá, que tem desenvolvido actividade artística com uso do elemento sonoro, traz-nos com o seu ensaio uma articulação, central nos últimos anos, entre as práticas criativas, a ciência e as tecnologias, expondo as relações que estabelecem com o objecto sonoro. Para tal, a autora desenvolve um método, desprezando os meios tecnológicos de produção sonora, para entender de que modo o acto performativo conduz ou enquadra a recepção por parte dos públicos. Nesta actividade, a análise do espaço, do som, do performer e da percepção é importante para um correcto enquadramento destes actos e suas implicações nos planos estéticos e sensoriais, agora que o uso de uma tecnologia cada vez mais sofisticada nos propõe uma imersão cada vez mais profunda na performance.
Porém, a relação do artista/músico com a história da sua arte e com a tecnologia tem sido tema central nos últimos anos. O uso de uma tecnologia que veio substituir modos de criação e de reprodução da obra de arte musical, trouxe novas perspectivas à própria arte e o mundo sonoro fez-se também elemento da criação. Gonçalo Gato começa por fazer uma análise do que se alterou no século XX, sobretudo a quebra semântica entre o dissonante e o harmónico ou consonante. As vanguardas artísticas do início do século XX ouviram e deram a ver alterações substanciais nos modos de composição e dos elementos estéticos. A introdução
de dispositivos de gravação levou à emancipação dos músicos da criação tradicional, resultando daqui obras que até então, e que permanecem no século XXI, não cabiam nas definições de obra musical ou artística. A electricidade e a invenção de aparelhos de síntese vieram dar novos contributos à criação musical e ao que se entendia por composição. O músico viu-se em pouco tempo rodeado de artefactos que facilmente substituem os instrumentos clássicos e a escrita musical.
Conclui-se este livro com um artigo de João Manuel Marques Carrilho. Este músico cedo se interessou pelas relações do som no ecossistema mediático. O meio é aqui o modo como o humano contemporâneo se vê e revê na experiência quotidiana. A partir da fragmentação e globalização da informação, sobretudo no início do presente século, os meios foram também contaminados com outras actividades humanas que até então pertenciam à esfera do privado ou íntimo. Abertas as possibilidades técnicas para a participação cada vez mais ampla dos diferentes intervenientes no processo comunicacional. Entender de que modo reagimos aos estímulos mediáticos e como, enquanto corpo ressonante, somos parte da produção de informação, leva-nos também à reflexão sobre uma antiga oposição entre a cultura visual e auditiva e como ambas reagem aos dispositivos tecnológicos e à sua produção.
Agradecemos a todos os autores, professores e artistas que tornaram possível, ao longo dos últimos anos, a investigação que, em parte, aqui se publica, sem esquecer o contributo do Estado, através da FCT (Fundação para a Ciência e a Tecnologia), do Museu Colecção Berardo, onde se realizaram, ao longo de 2020, conferências sobre o tema, e do CICANT (Centro de Investigação em Comunicação Aplicada, Cultura e Novas Tecnologias) da Universidade Lusófona.
Notas biográficas
Adriana Sá (Lisboa, 1972). É licenciada em Belas-Artes pela Universidade de Lisboa (1995) e doutorada em «Arts and Computing» pela Goldsmiths, University of London. Entre a licenciatura e o doutoramento dedicou-se exclusivamente aos seus projectos criativos, como artista transdisciplinar, performer, compositora. Na sua investigação científica articula prática criativa e ciências da percepção. Publicou com o MIT (Leonardo Almanac and Leonardo Transactions), o Journal of Science and Technology of The Arts, a ICLI — International Conference for Live Interfaces, a xCoAx — Conference on Computation, Communication, Aesthetics & X e o NIME — Conference on New Interfaces for Musical Expression, entre outros.
António de Sousa Dias (Lisboa, 1959). Compositor, artista multimédia, performer e investigador, é doutorado em Estética, Ciências e Tecnologias das Artes — Música, diplomado com o Curso Superior de Composição e professor associado com agregação na Faculdade de Belas-Artes (Universidade de Lisboa). Autor de obras explorando diversos géneros (instrumental, electroacústico, misto), música para cinema e audiovisuais (ficção, documentário, animação), performance, teatro musical e cruzamentos disciplinares. No seu percurso, o multimédia, a instalação e a criação visual também desempenham um papel importante.
David Novack (Nova Iorque, 1964). Foi durante muitos anos docente da Universidade da Pensilvânia (EUA). É realizador, produtor e director de som de alguns importantes documentários e filmes, destacando-se Finding Babel, sobre o escritor russo Isaac Babel, e Kimjongilia, sobre os direitos humanos na Coreia do Norte. Desenvolveu actividade em dezenas de filmes realizados nas últimas décadas. É docente no Departamento de Cinema e Artes dos Media, da Universidade Lusófona.
Gonçalo Gato (Lisboa, 1979). É compositor e as suas peças têm sido apresentadas em Portugal, Reino Unido, Alemanha, França e Brasil. Lançou, em 2020, o CD NowState pela editora KAIROS (Áustria) e foi o jovem compositor em residência na Casa da Música no ano de 2018. Em 2017 foi um dos Panufnik Composers associado à London Symphony Orchestra. Completou o doutoramento na Guildhall School of Music and Drama, em 2016. É professor na Universidade Lusófona, tendo ensinado em universidades portuguesas e na Guildhall School of Music and Drama.
João Manuel Marques Carrilho — Jonas Runa (Lisboa, 1981). Artista, compositor, investigador e professor na Universidade Lusófona. O seu trabalho foi apresentado no Museo Guggenheim Bilbao, 55.ª e 56.ª Bienal de Veneza, 798 Art District, ARoS Aarhus Kunstmuseum, Galerie Scheffel, Logos Foundation, entre outros. É doutorado em Ciência e Tecnologia das Artes e pós-doutorado em «Artistic Research» e investigador principal do projecto «Sound at the edge of consciousness» e co-investigador principal do projecto FCT «Technologically Expanded Performance». Membro da Academia de Ciências de Lisboa / seminário jovens cientistas. Em 2007 criou o duo ZUL ZELUB, com Jorge Lima Barreto, para piano e música electrónica de arte.
Luís Cláudio Ribeiro (Fundão, 1961). É professor de Estudos do Som e vice-reitor da Universidade Lusófona. Doutorado e agregado em Ciências da Comunicação, desenvolve investigação no campo da epistemologia dos media e do som. As suas mais recentes obras focam-se na identificação e caracterização das alterações produzidas pelos mediadores sonoros na sociedade contemporânea. É investigador principal dos projectos «Lisbon Sound Map» e «Aural Experience, Territory, and Community», ambos apoiados pela FCT.
Mohammed Boubezari (Jijel-Argélia, 1965). É arquitecto e investigador na Universidade Lusófona de Lisboa. Ph.D em arquitectura, Universidade de Nantes. Trabalhou sobre o conforto sonoro em ambientes habitados. Apresentou uma patente da qual passou vários anos desenvolvendo um método preditivo de representação de paisagem sonora, primeiro com uma bolsa de pós-doutoramento (FCT) e depois com um projecto de investigação eyeHear Soundscapes financiado pela FCT. Coordenou, de 2013 a 2017, na Parque EXPO, o Plano Estratégico e de Desenvolvimento Urbano da cidade de Argel 2015-2035. Dirigiu o Projecto para a preparação das Operações de Reabilitação da Medina de Meknes em Marrocos, por conta do BEI. Colaborou em diversos projectos de investigação em França, entre 1992 e 2001.
Raquel Castro (Viseu, 1976). É investigadora, realizadora e curadora de arte sonora, fundadora e directora do festival Lisboa Soa e do simpósio internacional Invisible Places. Doutorada em Ciências da Comunicação pela FCSH-UNL, é investigadora integrada do CICANT, onde participa em projectos que se debruçam sobre a experiência aural nos territórios urbanos. As suas actividades enquanto investigadora e curadora resultaram em diferentes documentários, como Soundwalkers (2008) e SOA (2020). É curadora da exposição Sound Art in Public Spaces, no âmbito do projecto europeu Sounds Now
imagens em movimento
Éden – O Filme desta Terra, Tomás Maia e André Maranha
Traduções de Bruno C. Duarte
Éden – O Filme desta Terra + DVD, Tomás Maia e André Maranha
Traduções de Bruno C. Duarte
Scena + DVD, Tomás Maia e André Maranha
Cibercultura e Ficção, Vários autores
Organização de Jorge Martins Rosa
Empatia e Alteridade – A Figuração Cinematográfica como Jogo, José Bogalheiro
Empatia e Alteridade – A Figuração Cinematográfica como Jogo + DVD, José Bogalheiro (ed. numerada e assinada)
A Escrita do Cinema: Ensaios, Vários autores
Organização de Clara Rowland e José Bértolo
Por Dentro das Imagens – Obras de Cinema. Ideias do Cinema, Sérgio Dias Branco
Imagens em Fuga – Os Fantasmas de François Truffaut, José Bértolo
O Trabalho do Actor na Obra de John Cassavetes, Filipa Rosário
Prefácio de Clara Rowland
Sobreimpressões – Leituras de Filmes, José Bértolo
Espelhos do Film Noir, Fernando Guerreiro, Guillaume Bourgois, Jeffrey Childs, José Bértolo, José Duarte, Luís Mendonça, Ricardo Vieira Lisboa, Sérgio Dias Branco
Edição de Jeffrey Childs
Escrita em Movimento – Apontamentos Críticos sobre Filmes, Sérgio Dias Branco
Descasco as Imagens e Entrego-as na Boca – Lições António Reis, José Bogalheiro, Maria Filomena Molder, Nuno Júdice, Manuel Guerra, Fátima Ribeiro, Maria Patrão Edição de José Bogalheiro e Manuel Guerra
Espectros do Cinema – Manoel de Oliveira e João Pedro Rodrigues, José Bértolo
Se Confinado Um Espectador – O Cinema como Metamorfose da Experiência Interior, José Bogalheiro
O Som e a Música no Cinema Português Contemporâneo – Processos Criativos, Helder Filipe Gonçalves
Entrevistas com Branko Neskov, Carlos Alberto Lopes, Elsa Ferreira, Hugo Leitão, Joaquim Pinto, Miguel Martins, Olivier Blanc, Ricardo Sequeira, Sandro Aguilar, Vasco Pimentel
A Experiência Sonora — Da Linearidade à Circularidade, Vários autores Coordenação e introdução de Luís Cláudio Ribeiro
Do Álbum Que Me Coube em Sorte – O Cinema como Metamorfose da Experiência Interior, José Bogalheiro
© SISTEMA SOLAR CRL (DOCUMENTA), 2023
RUA PASSOS MANUEL, 67 B 1150-258 LISBOA
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1.ª EDIÇÃO, ABRIL DE 2023
ISBN 978-989-568-065-8
NA CAPA: FOTOGRAFIA DE JORGE MOURA, 2023
REVISÃO: LUÍS GUERRA
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