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NOTAS SOBRE UMA ARTE ÚTIL
parte escrita i 1942-1960
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Júlio Pomar
NOTAS SOBRE UMA ARTE ÚTIL pa rt e e s c r i ta i 1942-1960
CADERNOS DO ATELIER-MUSEU JÚLIO POMAR D O C U M E N TA
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CÂMARA MUNICIPAL DE LISBOA
ATELIER-MUSEU JÚLIO POMAR
presidente António Costa
directora artística e executiva Sara Antónia Matos
vereadora da cultura Catarina Vaz Pinto
comunicação Graça Rodrigues
director municipal de cultura Manuel Veiga
produção Paula Nascimento apoio à curadoria e à produção Pedro Faro investigação Sara Antónia Matos Pedro Faro serviço educativo Teresa Santos secretariado Isabel Marques parceria Fundação Júlio Pomar
Atelier-Museu Júlio Pomar | CML Rua do Vale, 7 1200-472 Lisboa Portugal Tel + 351 218 172 111
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Cada vulto que surge tem de andar sozinho desde o princípio do mundo. Júlio Pomar, Seara Nova, n.º 1069, 24 de Janeiro de 1948
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APRESENTAÇÃO
A publicação dos textos críticos de Júlio Pomar acontece no contexto da exposição «Tratado dos Olhos», no Atelier-Museu Júlio Pomar, em 2014. Esta pretende dar a ver o universo de referências do pintor, a matéria conceptual e ideológica que se esconde por detrás da sua obra pictórica. Sendo Júlio Pomar mais conhecido pelos seus desenhos e pinturas do que pelos textos críticos e literários que publicou ao longo da sua vida, torna-se indispensável levar a sua produção escrita ao conhecimento do público. É certo que o pensamento subjacente à obra surge por entre as materializações plásticas que a mesma adquire, no entanto, no âmbito do projecto de edição que aqui se apresenta procura valorizar-se o pensamento crítico em si mesmo, as relações que o artista estabeleceu com as obras dos seus pares, com a história da arte e com as correntes ideológicas vigentes. Essas relações mostram que os desenvolvimentos da arte moderna não se produzem isoladamente, mas como um corpus concomitante em que a teoria acompanha, enquadra e fornece os mecanismos de análise para a prática, quase sempre preparando-lhe o terreno de recepção. Como diz Júlio Pomar, a propósito da V Exposição Geral de Artes Plásticas, «[n]ão se edifica uma nova forma de arte (como uma nova forma de pensamento, como uma nova forma de vida) com materiais caídos do céu. O artista trabalha com materiais concretos, que são aqueles que recebe dos seus antecessores. São estes que, através de prolongada luta, através de prolongado e quanta vez doloroso trabalho, ele assimila, reelabora, transforma. Nada se cria a partir do nada»1. 1
In Vértice, Coimbra, vol. 9, n.º 82, Junho de 1950, pp. 380-387.
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A exposição «Tratado dos Olhos» surge assim como a oportunidade para implementar dois objectivos: por um lado, editar os textos críticos do período neo-realista — concretizando uma vontade já expressa pela Fundação Júlio Pomar —, por outro, expandir aquela edição acrescentando-lhe os textos das décadas posteriores e dando continuidade ao projecto de publicações que o Atelier-Museu tem vindo a fazer desde a sua abertura, através dos Cadernos do Atelier. Deste modo, esta edição abrange os primeiros textos, tinha o artista 16 anos de idade, passando pela sua fase madura, indo até ao último texto, escrito em 2013 e proferido pelo pintor a 19 de Junho, durante a atribuição do Doutoramento Honoris Causa — grau que lhe foi conferido pela Reitoria da Universidade de Lisboa. Uma vez que a compilação se revelou volumosa, optou-se por publicar o conjunto em três volumes: Notas Sobre uma Arte Útil, Parte Escrita I (1942-1960); Da Cegueira dos Pintores, Parte Escrita II (1985); Temas e Variações, Parte Escrita III (1968-2013). Apelidaram-se os três volumes de «parte escrita» — designação que o pintor usa para se referir a esta faceta da sua obra, nem mais nem menos importante que o domínio plástico, revelando este uma unidade intrínseca ao pensamento e à escrita. O domínio verbal é uma outra parte da sua obra: a Parte Escrita. Para curiosidade do leitor, esta designação provém de um agregado de escritos heterogéneos, não publicados, que Pomar conserva em Paris dentro de um baú. Ao saber da existência deste cofre, mesmo sem conhecer os conteúdos aí cautelosamente reservados, o Atelier-Museu não pode deixar de se referir a estes escritos, adoptando o seu nome para esta edição, antecipando o desejo de um dia os poder revelar. Notas Sobre uma Arte Útil, o primeiro volume da Parte Escrita, abarca textos de teor político, incluindo os do período neo-realista, escritos até 1960 (momento em que o artista parte para Paris), nos quais se evidencia uma vinculação da arte à utilidade. A arte e a escrita têm, entre outros, o propósito da denúncia, da resistência, do comentário social e de veicular correntes ideológicas. Neste período, Pomar escreve maioritariamente sobre outros artistas e exposições colectivas, avaliando os seus impactos em território nacional. 10
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O volume II da Parte Escrita, Da Cegueira dos Pintores, repõe nas mãos do público um conjunto de ensaios irrepetíveis sobre a pintura, sobre a actividade artística e sobre o próprio teor do olhar. Há muito desejado pelo público, este conjunto de ensaios, que se pode considerar também uma cartilha para os profissionais, reveste-se de um teor literário e estético que coloca a actividade artística, particularmente a pintura, ao nível do pensamento filosófico. Sob o título Temas e Variações, o terceiro volume da Parte Escrita guarda em si textos diversificados de índole estética, de 1968 à actualidade, em que Pomar se entrega à reflexão sobre a actividade artística, emprestando especial atenção à produção de alguns dos seus companheiros, de que é exemplo António Dacosta. A compilação empreendida e resgatada em arquivos e bibliotecas (particularmente nos da Fundação Júlio Pomar) não inclui as numerosas entrevistas concedidas pelo pintor. De índole diversa, estes textos estão reservados para futuras publicações na colecção «Cadernos do Atelier», onde esta também se integra. Na compilação de três volumes optou-se por não incluir o ensaio Então e a Pintura?, ainda disponível no mercado livreiro. Para além deste, poderá ter escapado algum texto crítico por não aparecer nas muitas bibliografias cruzadas e comparadas que se foram encontrando no decurso da pesquisa e investigação. Porém, outros que ali não estavam indicados foram redescobertos e integraram-se no volume, completando-o. Neste âmbito, é importante esclarecer que os textos reunidos, tendo sido publicados, sobretudo em jornais, periódicos e catálogos da época, não existiam em formato digital. Encontravam-se em papel, jornais e folhas soltas, sendo necessário transcrevê-los integralmente para suporte digital, tarefa levada a cabo pela equipa do Atelier-Museu. A edição cumpre um percurso de pensamento crítico de sete décadas, que acompanha a produção plástica de Júlio Pomar, que a enquadra no contexto de cada época e sobretudo certifica o autor, não apenas como artista, mas também como um sujeito da escrita e um agente profundamente inquieto que não evita tomar posições. Produzir análise sobre arte, seja ela escrita ou oral, exige dispor de ferramentas específicas do pensamento plástico, bem como de uma dose de clarividência que requer simultaneamente capacidade de afastamento Apresentação
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e envolvimento em relação ao objecto analisado. O pintor tem consciência disso. Como ele próprio afirma, a escrita não deve ser inócua. «Não conheço actividades desinteressadas, nem como desinteressada me parece que se pode classificar a actividade do crítico. Emitir um juízo crítico pressupõe sempre um determinado ponto de vista, um determinado critério de valores. Uma crítica que para melhor se integrar nas obras estudadas adopte sucessivamente os pontos de vista que elas lhe propõem, sem ousar, na aparência, tomar partido, forçosamente se há-de revelar como invertebrada, desorientada ou desorientadora. E revelando-se como tal, afirma a sua incapacidade de desempenhar o papel que lhe compete, em face dos homens e da história.»2 A valência de Pomar ao nível analítico, a assertividade com que disseca os contextos de produção, preparando os de recepção, são de uma importância extrema para contextualizar a sua obra, e mais que isso, muitas obras produzidas no contexto português e internacional. Mais uma vez, citando-o: «[…] uma exposição, só, não basta. Torna-se necessário precedê-la e acompanhá-la com uma agitação especial. Não abandonar o público a si mesmo — informá-lo por todos os processos»3. A escrita em si demonstra um posicionamento quase impiedoso, avesso a convenções e modismos circunstanciais, que possivelmente desconcerta ainda hoje os próprios agentes de legitimação e que é tanto mais evidente quanto é decrescente o espaço de discussão, diálogo e pensamento no contexto actual das artes. A sua escrita não é, de facto, inócua e, se o tivesse sido, não teria despertado os ecos que, à época, se propagaram nas diversas esferas da acção política e cultural. Essas ressonâncias, contudo, não cabem nesta edição. De qualquer modo, o impacto que os textos de Júlio Pomar tiveram, por exemplo, na solidificação do neo-realismo, testemunha que a actividade crítica desempenha um papel decisivo na transformação das artes e das mentalidades. Embora frequentemente seja realizada a posteriori, muitas vezes é a ela que cabe preparar 2 «V Exposição Geral de Artes Plásticas», in Vértice, Coimbra, vol. 9, n.º 82, Junho de 1950, pp. 380-387. 3 «A propósito da Exposição Independente em Lisboa», in A Tarde, supl. «Arte», Porto, n.º 1, 9 de Junho, 1945, pp. 3 e 4.
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e até tornar possível a recepção da produção artística, abrindo-lhe campo à existência e, com isso, a formas de resistência política. Espera-se, por isso, que estes três volumes contribuam para estimular os profissionais ligados à crítica a levar a discussão para os jornais e as revistas especializadas, mesmo quando estes meios lhes reservam cada vez menos espaço. Aspira-se também contribuir para reavivar a importância do trabalho de pesquisa e investigação que, no correr voraz dos tempos, muitas vezes fica em segundo plano. Porque a linguagem verbal vai sofrendo alterações ao longo do tempo, optou-se por uniformizar a ortografia de algumas palavras, de modo a permitir uma leitura fluida dos três volumes, no seu conjunto. Porém, conservaram-se integralmente os termos e a estrutura dos textos, assim preservando a originalidade e a acutilância que lhes empresta Pomar. Alguns deles encontravam-se na língua francesa, tendo sido feita a sua tradução para o português por Sousa Dias, que lhes conservou o estilo inconfundível e o ritmo sincopado de Pomar. Particularmente no que diz respeito à Parte Escrita II, Da Cegueira dos Pintores, agradece-se a Pedro Tamen, que concedeu os direitos de tradução do respectivo texto, convertido do francês para o português em 1986, para a edição da Imprensa Nacional-Casa da Moeda. Seguiu-se um cuidadoso processo de revisão de todos os volumes por Helena Roldão e Cristina Guerra. A todos se deixa um reconhecimento sincero. Um agradecimento especial a Manuel Rosa e à editora que dirige, à parceria que estabeleceu com o Atelier-Museu, e sem a qual este livro não estaria agora nas mãos do leitor. Para o Atelier-Museu, a publicação representa um esforço suplementar a juntar às funções que o museu chama a si diariamente, não apenas fazendo uma gestão profícua das colecções mas também problematizando questões inerentes à sociedade actual e pondo-as em paralelo com equivalentes históricos. Sara Antónia Matos Directora do Atelier-Museu Júlio Pomar
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DA NECESSIDADE DUMA EXPOSIÇÃO DE ARTE MODERNA
Existirá, de facto, em Portugal uma Arte Moderna? Existirá uma Arte de hoje, verdadeiramente Arte e verdadeiramente de hoje? Creio que sim. Mas ao certo, quem poderá responder? Com que bases? Quais os salões que, livremente, se abrem àqueles que pretendem, ou trazem em si, qualquer coisa de novo? As entidades encarregadas de mexer os cordelinhos nisto de Arte nacional comprazem-se numa actividade limitada, condicionada. Uma, abrigando mumificadas recordações duma época que se foi sem deixar saudades, prolongando indefinidamente um passadismo inútil e infeliz. Outra, dando-se foros de «modernismo», estadeia vistosos painelinhos policromos e decorativos, mas só policromos e decorativos, bem longe do espírito que deve presidir a toda a criação artística. Quem não busque na Arte um entretém ou uma lisonja, quem não visite exposições para aliviar o espírito, a esses será sempre inútil toda a sorte de florinhas, de paisagenzinhas, de passarinhos, impingidos seja por que lado for. Variam as máscaras, mas o vazio no fundo é o mesmo. Ora, não é a máscara que interessa. Com vazios, não se poderá, nunca!, construir uma obra séria. Que um organismo oficial promova exposições de ordem turística, ou de outra qualquer, mas tão restrita como esta, muito bem; está no seu campo e é o seu dever. Mas o que é absolutamente necessário, e é também um dever, é não deixar estagnar, não abafar as manifestações daqueles que poderão, talvez, modelando, pintando ou desenhando, exprimir os seus anseios de homens de hoje; é absolutamente necessário reuni-los, colaborar com eles, mostrá-los ao público, para que o seu exemplo frutifique e não resulte vão, como tantos outros. Notas Sobre uma Arte Útil (1942)
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Decoradores de profissão são tidos como verdadeiros pintores. A pintura de cavalete parece satisfazer-se no ornamentar de salas burguesas. Mas por esse país fora existem, decerto, homens que assim não pensam e cujos voos foram cortados — porque não se contentaram com passadismos estéreis, nem com as facilidades ultrajantes do modernismo português. Urge criar um salão isento de partidarismos, aberto a todos os artistas de alma jovem, que tragam uma mensagem a revelar. O futuro da Arte portuguesa talvez dependa disso. * Posta em prática a ideia de uma exposição de Arte Moderna, é inevitável que novas questões, novas dificuldades surjam. Antes de mais nada convém esclarecer um ponto. A futura exposição não deverá — nem o poderia — ser uma apresentação de valores definidos, de personalidades formadas; o que não quer dizer que estas não existam ou nela não possam figurar: podem e devem1. Primeiro que tudo, a exposição destinar-se-á a evidenciar as possibilidades dos artistas que até aqui tenham permanecido ignorados, ou quase ignorados. Não pretendamos encontrar obras definitivas, mas apenas pontos de partida, susceptíveis de serem seguidos ou abandonados. Sim, a Exposição de Arte Moderna será, fundamentalmente, um ponto de partida; só como ponto de partida poderá interessar àqueles a quem se destina. Nada de consagrações teatrais e apressadas. Nela devem ser admitidos todos os que, sinceramente, andem buscando uma expressão sua — sua e do seu tempo. Nada de partidarismos nem de limitações cómodas. Tão-pouco uma compreensão convencional do campo estético. «Para vós não existe a vida: existem os temas poéticos»2
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Um exemplo: esse pintor admirável que é Abel Salazar. Ribeiro Couto, Um homem na multidão.
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Não confundir Arte Viva com arte optimista, como me parece que se está fazendo. Não expor apenas agradáveis visões de adolescência, mais ou menos felizes. Para além, andam campos pretendidamente ignorados. «Eu sei a alegria do vento da manhã, eu sei… ……………………………………………… «Quem acordou ouvindo o vento despegando tábuas e correu a barraca e não achou pão oh, perguntem a esse a alegria da manhã…»3 Repetindo: a Exposição de Arte Moderna destinar-se-á a todos os artistas que desdenharam o triunfo fácil e seguem; àqueles que até aqui têm permanecido fiéis, não obstante as dificuldades surgidas: aos que, trabalhando em silêncio, se arriscam a ver improfícuo o seu trabalho e o sacrifício da sua vida; a todos que, pintando, desenhando, modelando, procuram fazer mais do que lhes ensinaram.
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Júlio da Silva Pomar, Barro (em preparação).
«Da necessidade duma Exposição de Arte Moderna», in Horizonte, Lisboa, n.º 8, 13 de Junho, pp. 3 e 5 (assinado Júlio da Silva Pomar)
Notas Sobre uma Arte Útil (1942)
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RESPOSTA AO INQUÉRITO «O FUTURO DA PINTURA PORTUGUESA?»
O futuro da pintura portuguesa constitui, mercê de circunstâncias várias, problema que muito preocupa quantos lhe estão ligados directamente ou por ela se interessam. Por isso, resolvemos efectuar um Inquérito, que fosse tão honesto quanto possível pela diversidade das actividades e tendências dos inquiridos. Oportuno ou não — recordemos que a dúvida nunca conduz a coisa alguma —, levámo-lo a cabo, perguntando o seguinte: a) Considerando a pintura que está a ser feita, hoje, em Portugal (e sem perder de vista as relações que ela possa ter com a pintura europeia contemporânea — nem esquecer a pintura anterior), que tendências nela descobre que lhe permitam avaliar as possibilidades (as chances) do seu mais próximo futuro, e, de certo modo, prever as características estéticas que apresentará? b) De acordo com a ideia que faça da pintura actual no nosso país, como lhe parece que ela «deva» caminhar para realizar plenamente as suas possíveis virtualidades? A maior parte das respostas obtidas figura neste suplemento. As que faltam virão à luz no próximo. Lendo umas e outras, o leitor ficará esclarecido e será juiz. Quanto a nós, que sempre procuramos e procuraremos servir a Arte e os Artistas Portugueses, anima-nos um sincero e único desejo: que a sua leitura motive uma conscienciosa meditação e, por consequência, um futuro, bem melhor do que o presente, para a nossa Pintura e os nossos Pintores.
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Júlio Pomar, pintor, desenhador e ceramista. Actividade crítica dentro do movimento neo-realista. Um dos organizadores, em 1945-46, da página de Arte do Jornal do Norte. Naturalmente que, para haver pintura, é necessário haver uma necessidade e um consumo de pintura, e, por outro lado, é necessário que haja pintores. Tal como para haver sapatos é necessário que haja sapateiros, e haver também quem tenha necessidade de sapatos e disponha do necessário poder de compra. Eu não sei se haverá alguém que não goste desta associação dos pintores aos sapateiros. Pela minha parte, peço desculpa aos sapateiros, se a companhia que lhes arranjei nem sempre se reveste da humildade e da consciência artesã — mas esse fenómeno não é específico apenas desta ou daquela classe profissional… Para ser sapateiro começa-se por aprendiz. O fazer sapatos tem que se lhe diga, e isto sente-o a gente na carne dos pés. Terei de pedir licença para me permitir pensar que o fazer pintura tem também que se lhe diga, embora, talvez por desgraça, a prova não seja tão fácil e rápida como a dos sapatos? Não pode haver pintura sem pintores. Não pode haver pintores se não houver ofício, e não há ofício se ele não for procurado. Ai do ofício cujos produtos não tiverem procura! A falta de procura, ou uma procura pouco exigente, de baixo nível ou de nível adulterado, forçosamente se reflecte nas condições de produção e no objecto produzido. Isto para os sapatos, como para os quadros, as estátuas ou os poemas. Quais são, entre nós, as condições de procura de obra de arte? Quais são, entre nós, as condições de produção de obras de arte? Se quisermos analisar o presente da nossa pintura, e por aliciante que seja (se o for…) o paleio dos escribas (por gozo próprio ou obrigações de classe, o que vem dar no mesmo), não nos podemos abstrair destas duas questões. Veremos então que a procura é diminuta, e mais ainda: que nas condições em que é feita actualmente, ela tende, por sua vez, a diminuir. Uma procura diminuta e tendendo a diminuir não dá garantias ao profissional e gera forçosamente uma produção descontínua. E uma produção descontínua jamais garantirá uma produção de qualidade. Se a procura é quantitativamente pobre, será ela, ao menos, uma procura exigente? Em que medida esta procura pode constituir um estímulo e uma ajuda ao artista, pois que ela é sempre o índice de um encontro com o público? 298
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Poderemos arriscar a hipótese de que a exiguidade da procura é função do baixo nível de produção, cabendo assim, em bloco, aos artistas a responsabilidade do desinteresse perante as suas obras? Será, em suma, a procura pobre por falta de obras de nível? Embora as obras de nível não abundem, todos sabemos que assim não é. Se fosse possível reunir todas as obras adquiridas num dado espaço de tempo, e se as comparássemos com as restantes obras produzidas ou expostas no mesmo período, poderíamos tirar conclusões curiosas. A primeira delas seria que o público exerceu a sua reduzida escolha segundo coordenadas quase sempre independentes do mérito das obras. Boa parte do volume de compras fez-se por conhecimento, por amizade, por obrigação, dependendo, portanto, de circunstâncias fortuitas; simplesmente, se tal sucede, isto é que já não é uma circunstância fortuita, e significa, de uma maneira concreta, que mesmo uma boa parte do público que adquire, não adquire por amor da arte, por uma questão de preferência pelo artista A ou B. Ou seja: não obstante dispor de poder de compra ele está alheio e desinteressado da vida artística portuguesa. Alheio e desinteressado, torna-se por sua vez um factor de desorientação junto do público desprevenido ou pouco esclarecido, que tende a associar a preferência à qualidade; e causa de desencorajamento para os artistas em geral, na medida em que estes sentem factores de outra ordem e sobrepõem-se à qualidade de produção. Uma outra parte do público compra porque entende ser de bom-tom dar-se às artes. Adquirir pintura é uma nota de distinção como ir a S. Carlos ou viajar. Mas trata-se também de adquirir valores, e o acto é cuidadosamente exercido. Aqui o comprador sente-se na obrigação de escolher bem; e quais são as coordenadas em que se move? Entram aqui em jogo factores culturais e a maior ou menor permeabilidade desses factores, a sua maior ou menor elevação. Mas esta parcela do público é muito restrita e tende a restringir-se ainda mais. A sua escolha é quase sempre tímida e insegura, e voga ora ao sabor das reputações pré-fabricadas, ora de modas de importação. A sua acção está longe de contribuir efectivamente para o progresso dos artistas portugueses, na medida em que tende ora para a fixação de padrões fossilizados, ora para a exploração snob de cosmopolitismos decadentes. Notas Sobre uma Arte Útil (1956)
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Nas circunstâncias actuais, e de uma maneira geral, com o crescente empobrecimento das classes médias, a aquisição de obras de arte fica apenas ao alcance das classes abastadas e, naturalmente, do Estado. Se fosse possível comparar o total de aquisições, ou de encomendas, realizadas, por exemplo, num ano, com o número de indivíduos que aparecem como artistas em actividade durante esse mesmo ano, obteríamos números significativos. A pintura, como actividade profissional, revelar-se-ia como insustentável, e é um facto conhecido que a maioria esmagadora dos artistas se vê forçada a conseguir a sua subsistência noutras profissões. Logo, a sua actividade como artistas é uma ocupação de horas vagas, ocasional ou intermitente, e portanto sem quaisquer garantias efectivas de qualidade ou progresso. O problema da pintura portuguesa não começa por ser um problema de tendência1; começa por ser um problema vital, começa por ser um problema de vida ou de morte. Ele está muito mais intimamente ligado às questões fundamentais da vida do povo português e depende muito mais delas do que das características estéticas que porventura lhe possam emprestar as suas afinidades com as tendências francesas ou cochinchinesas.
1 Não se conclua, do que neste artigo fica escrito, qualquer espécie de subestimação, quer da importância das relações culturais, quer da discussão de problemas estéticos. Aos artistas portugueses interessa, como factor imprescindível de progresso, o estabelecimento, numa base válida, de relações culturais com todos os outros povos; como de igual modo lhe são necessárias as condições que permitam discutir com largueza problemas e tendências estéticas. Mas o que possibilita estes dois aspectos não irá entroncar na linha das questões fundamentais a que aludimos?
«Resposta ao inquérito “O futuro da pintura portuguesa?”», in O Comércio do Porto, supl. «Cultura e Arte», Porto, 23 de Outubro, p. 6. Reed. em Estrada Larga 2, Porto Editora, s/d, pp. 302-304
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O 1.º SALÃO DE ARTE MODERNA DEPOIMENTO DE JÚLIO POMAR
Esta exposição surge com uma continuidade da Fundação Gulbenkian, sendo porém o seu nível manifestamente inferior, ressentindo-se da ausência de bastantes artistas cuja presença se torna indispensável numa Exposição de Arte Moderna Portuguesa susceptível de poder reflectir o nosso verdadeiro panorama plástico. De qualquer maneira, o facto de ser o primeiro salão de arte moderna realizado na SNBA sobrepõe-se a outros aspectos menos positivos que lhe possamos apontar. O aparecimento de bastantes pintores novos constitui uma das mais evidentes características e determina um domínio da expressão não figurativo, pois os jovens não estão ainda suficientemente amadurecidos para contrariarem uma posição dominante da pintura moderna, que lhes é apresentada como bandeira de actualidade e rebeldia, onde afinal muitas vezes há apenas uma aceitação de posições oficializadas. Lembremos, por exemplo, que a representação da Espanha na Bienal de Veneza se fez exclusivamente por quadros abstractos. De factos como este, poder-se-ia estabelecer uma relação entre uma rebeldia plástica e o conservadorismo dum Estado que a propõe. Continuamos envoltos em grandes confusões: As conferências que houve, os debates que não houve, na preocupação de destrinçar um espírito moderno do não moderno, sob o signo de Paris nenhuma solução deixaram antever e só podem contribuir para uma maior desorientação, da qual só os profissionais da vanguarda conseguirão lucrar. Não é meu desejo negar os valores dos debates ideológicos, em torno dos problemas Notas Sobre uma Arte Útil (1958)
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estéticos; simplesmente: os conferencistas a que me refiro falham ao pretender, quase, impor os caminhos da arte pensados de fora para dentro. Creio que a solução estará no inverso; deverão ser os artistas a encontrar a sua própria linguagem, pois doutra maneira toda a possível originalidade da sua expressão será condenada em nome duma actualidade, que não podem verdadeiramente sentir e portanto impor. Um só exemplo: não serão os expressionistas belgas, um Permeke ou um Nolde, reencontrando, plenos de personalidade, a linha evolutiva da pintura flamenga, as figuras mais notáveis da pintura do seu país, onde pululam os súbditos fiéis de todas as correntes parisienses? E no entanto, a Bélgica é um país bastante europeu, ligado por múltiplas afinidades à cultura francesa. Isso porém não obstou a que os artistas belgas de maior projecção encontrassem uma expressão moderna verdadeiramente localizada e creio que ninguém se lembrará de negar o nível europeu de Bruxelas ou Antuérpia.
«O 1.º Salão de Arte Moderna — Depoimento de Júlio Pomar», in Diário de Lisboa, 22 de Novembro, supl. «Magazine», p. V
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PINTURA E GRAVURA DE DIETRICH KIRSCH
Volta Dietrich Kirsch a expor entre nós. Depois de uma notável série de desenhos, mostrada há um ano, no Pórtico, esta segunda exposição em Lisboa revela-nos o pintor, ao mesmo tempo que, através do conjunto de gravuras da Bíblia, se reafirma a sua desenvoltura no jogo do preto e do branco. Este jogo, em particular quando realizado através da xilogravura, é uma das expressões mais categóricas da arte alemã do nosso século. A violência dos contrastes, a economia dos meios, a rudeza do material são as características essenciais da madeira cortada — e serviram à maravilha, exaltando-a, a voz própria dos artistas alemães. Também me parece que, nesta exposição, há uma explicação mútua entre quadros e gravuras. Gravando, o artista tem de descobrir o essencial da sua pintura. E a disciplina que o gravar lhe dá acaba, fatalmente, por reflectir-se nos seus quadros. Assim a expressão própria se afirma e depura. As artes plásticas, «idioma universal», têm sotaques particulares, e ainda bem. Não pedimos à máscara negra o que nos oferece o japonês Hokusai, nem buscamos no italiano Ucello os segredos do espanholíssimo Goya. Andarilho por gosto, mas não cosmopolita (no que a palavra encerra de perda de raízes, de despersonalização sensaborona), Kirsch é um pintor alemão, e não há perigo de o esquecermos, já que uma das suas virtudes é mostrá-lo sempre, naturalmente, sem acinte ou premeditação. Larga e franca é a sua arte; a um tempo cândida e ousada, crua e subtil, não dissimula, nem sabe aformosear. Não teme equívocos, de segura que está da sua verdade.
Notas Sobre uma Arte Útil (1959)
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Dietrich Kirsch Residência em Lisboa, Rua das Necessidades, 38, 2.º dir., telef. 66 83 72. Nasceu em 1924 em Bunzlau, Silésia. De 1946 a 1949 estudou pintura e desenho na Academia de Belas-Artes em Bremen e Kassel. Reside na Alemanha, em Irschenhausen, junto de Munique. Viagens de estudo: principalmente Dinamarca, Suécia e Finlândia, Portugal e Espanha. Também Jugoslávia, Norte de Itália, Áustria, Suíça e França. Diversas exposições individuais e participação em exposições colectivas tanto na Alemanha como noutros países. 1958: exposições individuais em Lisboa, Estoril, Madrid e Barcelona. Diversos dos seus trabalhos são hoje pertença do Estado alemão encontrando-se em Munique e Tübingen. Outros pertencem a colecções particulares.
Sem título, in Pintura e Gravura de Dietrich Kirsch (cat.), Galeria Diário de Notícias, Lisboa, s/p
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Júlio Pomar
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A prática e o gosto pela gravura são um fenómeno recente em Portugal. Aqui não existia uma tradição de gravura, nem nada de semelhante à passagem de um testemunho. Até há pouco tempo, a gravura foi pouco mais do que um episódio juvenil de alguns artistas, que a aprenderam e a praticaram, em algumas partes da Europa, quando deixaram o seu País em busca de uma nova força vital. Mas, quando regressavam, as tentativas não alcançaram o sucesso, uma vez que ao ambiente faltavam estímulos, possibilidades e compreensão. Devemos portanto investigar as raízes do entusiasmo actual na geração de artistas que começaram a revelar-se perto do final da II Guerra Mundial e que, seguindo diferentes caminhos, renovaram o panorama da arte portuguesa contemporânea. Aqui, como em qualquer outro lugar, cabe aos pintores a tarefa de elevar a gravura ao plano das artes maiores. Foi uma luta no meio do deserto, por assim dizer. Se, de facto, o artista se sentia atraído pela gravura, pela sua capacidade expressiva, pela possibilidade da sua vasta difusão, esta atracção tinha, para nós, o valor de uma miragem. Não havia escolas, professores, havendo pouco mais do que desejo e boa vontade dos indivíduos. As primeiras tentativas isoladas começaram do nada: gravaram-se os primeiros linóleos, prepararam-se as primeiras madeiras, abordaram-se com apreensão as primeiras pedras litográficas, observaram-se as ressonâncias do preto sobre o papel comum. E repetindo experiências, arriscando e sentindo o pulso que um certo público manifestava perante os primeiros ensaios, recolhendo exemplos, explorando factores imprevistos, o movimento, como uma onda em formação, foi-se adquirindo uma outra amplitude. Notas Sobre uma Arte Útil (1959)
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A criação de uma sociedade cooperativa, capaz de reunir os artistas e de lhes fornecer os meios de trabalho, e de encarregar-se, por outro lado, de difundir as obras junto do público — de «descobrir» o público — foi o passo decisivo em que muitos não acreditaram, mas que rapidamente se afirmou descobrindo vastas perspectivas. Estabeleceu-se, deste modo, uma pequena oficina litográfica, à qual se juntaram depois as instalações necessárias às várias técnicas calcográficas, formaram-se os quadros de pessoal auxiliar, iniciou-se a publicação periódica de gravuras. Exposições itinerantes foram organizadas no país inteiro e no território ultramarino de Angola, enquanto no estrangeiro a gravura portuguesa era apresentada em Lausana, em Gotemburgo, em Madrid, como é agora em Roma, graças ao gesto fraterno da Calcografia Nazionale. Ao longo do caminho percorrido não encontrámos apenas rosas. Encontrámos igualmente — e ainda se encontram, apesar de tudo — indiferença, incredulidade, desencorajamento; cada um de nós se esforça por vencer a indiferença e a desconfiança alheias e, muitas vezes, a humanamente nossa. Poderá o visitante desta exposição perceber o quanto se esconde ou se mostra por detrás de cada uma das obras? As artes plásticas não têm palavras para exprimir os seus sentimentos recônditos. Sobre um quadro, uma estátua, uma gravura, as palavras muitas vezes não fazem outra coisa senão suscitar equívocos. Mas não se enganará quem, observando atentamente estas imagens, descobrirá a presença de um povo que, latinamente e corajosamente, quer mostrar-se vivo.
Sem título, in L’Incisione Contemporanea in Portogallo, Calcografia Nazionale, Roma, s/p. (Trad. Pedro Faro e Graça Rodrigues, Atelier-Museu Júlio Pomar)
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Júlio Pomar
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Não sei de pintura portuguesa que viva tão desgarrada de parentes próximos como a do Hogan. Pintura isolada, sem antepassados nem contemporâneos que ajudem a explicar-lhe a singeleza insólita. Que ela também não dá um passo para cativar olhos menos ávidos: Hogan não conhece o jeito de alindar, pecha muito cá da terra, quanta vez a imiscuir-se até entre aqueles que lhe voltam costas. Pintura de uma saudável inabilidade, tão longe dos equívocos emoldurados onde afinal a pintura não está, trocada pelo jeito da mão adestrada em fingi-la. Pintura acre, de uma inteligência íntima que é o contrário do brilhantismo; subtil, à força de crua; e tão terra-a-terra que exige do espectador um despojamento nada fácil. Pintura que exige muito do espectador, sem que o proclame, primeiro. Voz lenta, fala sem adjectivos, verdade que não condescende. Fruta madura, mas sem alarde.
Sem título, in Pintura e Gravura de João Manuel Navarro Hogan, Galeria Diário de Notícias, Lisboa, s/p
Notas Sobre uma Arte Útil (1960)
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BIBLIOGRAFIA
1942 «Da necessidade duma Exposição de Arte Moderna», in Horizonte, Lisboa, n.º 8, 13 de Junho, pp. 3 e 51 1945 «Prefácio de Júlio Pomar», in Aguarelas de Júlio Resende (cat.), Galeria Portugália, Porto, s/p «Exposição de Arte Moderna», in A Tarde, supl. «Das Artes / Das Letras», Porto, n.º 8, 12 de Abril, pp. 3 e 4 «Caminho da pintura», in Vértice, Coimbra, vol. 1, n.º 12-16, Maio, pp. 60-652 «A propósito da Exposição Independente em Lisboa», in A Tarde, supl. «Arte», Porto, n.º 1, 9 de Junho, pp. 3 e 43 «Nota sobre a arte útil», in A Tarde, supl. «Arte», Porto, n.º 2, 16 de Junho, pp. 3 e 6 «Diálogo breve com Manuel Filipe», in A Tarde, supl. «Arte», Porto, n.º 3, 23 de Junho, p. 3 «Carta a Vieira Guerreiro sobre o caso de Octávio Sérgio», in A Tarde, Porto, 2 de Julho, p. 4 «O toiro enjaulado», in A Tarde, supl. «Arte», Porto, n.º 6, 14 de Julho, p. 74 «Portinari», in A Tarde, supl. «Arte», Porto, n.º 8, 29 de Julho, p. 3 «Pintura e realidade», in A Tarde, supl. «Arte», Porto, n.º 10, 11 de Agosto, pp. 3 e 6 «Jack Levine», in A Tarde, supl. «Arte», Porto, n.º 11, 18 de Agosto, p. 9 «História do pintor», in A Tarde, supl. «Arte», Porto, n.º 13, 1 de Setembro, p. 45 «A propósito de Benton», in A Tarde, supl. «Arte», Porto, n.º 16, 22 de Setembro, p. 8 «A pintura mexicana», in A Tarde, supl. «Arte», Porto, n.º 19, 13 de Outubro, pp. 3 e 6 1946 «Vinte anos depois I», in Mundo Literário, Lisboa, n.º 6, 15 de Junho, pp. 1 e 96 «Vinte anos depois II», in Mundo Literário, Lisboa, n.º 8, 29 de Junho, pp. 7 e 107 «Em torno de Picasso — Picasso não desconcerta», in Mundo Literário, Lisboa, n.º 10, 13 Julho, pp. 5-6 e 12-13
1 Texto
assinado Júlio da Silva Pomar. Conferência proferida na inauguração da Exposição Independente, em Lisboa, 21 de Maio, e repetida no Porto, na inauguração de uma exposição de Manuel Filipe no Clube Fenianos. 3 Texto não assinado. 4 Texto sobre Orozco. 5 Texto sobre o pintor mexicano Meza. 6 Texto sobre uma exposição de Dordio Gomes. 7 Texto sobre uma exposição de António Soares. 2
Bibliografia
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«Vinte anos depois III», in Mundo Literário, Lisboa, n.º 13, 3 de Agosto, pp. 12 e 168 «Viagem à roda de uma caixa de bolachas», in Mundo Literário, Lisboa, n.º 17, 31 de Agosto, p. 119 «A marca do tempo», in Mundo Literário, Lisboa, n.º 19, 14 de Setembro, pp. 1 e 7-810 «A arte e as classes trabalhadoras», in Mundo Literário, Lisboa, n.º 24, 19 de Outubro, pp. 1 e 9 «Divulgando I — O que é o desenho?», in Horizonte, Lisboa, n.º 1, 1-15 de Novembro, p. 6 «Em torno do ensino artístico», in Seara Nova, Lisboa, n.º 1009, 30 de Novembro, pp. 248-249 «A Escola de Paris e a França viva», in Vértice, Coimbra, vol. 3, n.º 40-42, Dezembro, pp. 48-52 1947 «O pintor e o presente», in Seara Nova, Lisboa, n.º 1015, 11 de Janeiro, pp. 19-20 «A propósito de uma exposição», in Mundo Literário, n.º 37, 18 de Janeiro, pp. 5 e 1111 «Abel Salazar, artista», in Vértice, Coimbra, vol. 3, n.º 44, Fevereiro-Março, pp. 258-263 «Arte e juventude», in Vértice, Coimbra, vol. 3, n.º 45, Abril, pp. 373-37512 «Realismo e acção», in Mundo Literário, Lisboa, n.º 48, 5 de Abril, p. 3 «Introdução a um estudo sobre a “Escola de Paris”», in Seara Nova, Lisboa, n.º 1056, 25 de Outubro, p. 119 1948 Sem título, in Fernando Lanhas 1943-1988 (cat.), Galeria Almada Negreiros, Lisboa / Casa de Serralves, Porto, Secretaria de Estado da Cultura, 1988, p. 8 «Na abertura da exposição póstuma de Abel Salazar», in Seara Nova, Lisboa, n.º 1069, 24 de Janeiro, pp. 17-1913 «Na SNBA — A pintura francesa de hoje», in Vértice, Coimbra, vol. 5, n.º 54, Fevereiro, pp. 161-163 «Van Gogh, por Mário Dionísio», in Seara Nova, Lisboa, n.º 1080, 10 de Abril, pp. 199-200 1949 «Faianças de Jorge Barradas», in Vértice, Coimbra, vol. 7, n.º 66, Fevereiro, pp. 119-121 «Um século de pintura britânica (1730-1830)», in Vértice, Coimbra, vol. 7, n.º 66, Fevereiro, pp. 121-122 «Encontro com Méndez», in Vértice, Coimbra, vol. 7, n.º 67, Março, pp. 152-157 «A volta de Júlio Resende», in Vértice, Coimbra, vol. 7, n.º 67, Março, pp. 178-179 «Decorativo, apenas?», in Arquitectura, Lisboa, n.º 30, Abril-Maio, pp. 8-9 «A IV Exposição Geral de Artes Plásticas», in Arquitectura, Lisboa, n.º 30, Abril-Maio, pp. 18-2014 «Uma tempestade num copo de água, ou talvez não», in Vértice, Coimbra, vol. 7, n.º 70, Junho, pp. 373-374 «A exposição francesa», in Vértice, Coimbra, vol. 8, n.º 71, Julho, p. 62 «Tapisserie française, por Jean Lurçat», in Vértice, Coimbra, vol. 8, n.º 71, Julho, pp. 54-55 Texto sobre Thomás de Mello e a Exposição de Arte Moderna dos Artistas do Norte. Texto sobre Henrique Medina, reeditado no catálogo da exposição Mais de 20 Grupos e Episódios no Porto do Século XX, na Galeria do Palácio, Porto, 2001, p. 79. 10 Texto sobre os desenhos de Henry Moore. 11 Texto sobre Aníbal Alcino. 12 Palestra lida na Festa da Primavera, organizada pelo Grupo de Estudantes de Belas-Artes do Porto. 13 Palestra lida na inauguração da exposição no Salão Silva Porto e editada em volume com o mesmo título pela Fundação Abel Salazar, Porto, 1948, 16 p. 14 Texto não assinado. 8 9
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Bibliografia
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«Uma cadeira, e outras coisas mais», in Vértice, Coimbra, vol. 8, n.º 72, Agosto, pp. 81-83 «Pequena nota sobre o fundo e a forma», in Portucale, Porto, 2.ª série, n.º 23-24, Setembro-Dezembro, pp. 240-24115 «Na morte de José Clemente Orozco», in Vértice, Coimbra, vol. 8, n.º 75, Novembro, pp. 284-285 «Escultura de Jorge Vieira na SNBA», in Vértice, Coimbra, vol. 8, n.º 76, Dezembro, p. 376 1950 «Exposição de “Um grupo de rapazes”», in Vértice, Coimbra, vol. 9, n.º 79, Março, pp. 194-195 «A V Exposição Geral de Artes Plásticas», in Vértice, Coimbra, vol. 9, n.º 81, Maio, pp. 310-312 «Lima de Freitas», in Arquitectura, Lisboa, n.º 33-34, Maio, pp. 34-36 «V Exposição Geral de Artes Plásticas», in Vértice, Coimbra, vol. 9, n.º 82, Junho, p. 380-387 «Museu Nacional de Arte Antiga — O Oriente e a Algéria na arte francesa dos séculos XIX e XX», in Vértice, Coimbra, vol. 9, n.º 82, Junho, p. 387 1951 «O pintor J. Navarro Hogan», in Arquitectura, Lisboa, n.º 37, Fevereiro, pp. 20-21 «Pintura, desenho e gravura de Lima de Freitas na Sociedade Nacional de Belas-Artes», in Vértice, Coimbra, vol. 11, n.º 91, Março, pp. 122-124 «Na morte do jovem pintor António Manuel Ayres», in Vértice, Coimbra, vol. 11, n.º 94, Junho, pp. 311-312 «Ver, sentir, etc.», in Vértice, Coimbra, vol. 11, n.º 95, Julho, pp. 360-36216 «VI Exposição Geral de Artes Plásticas», in Arquitectura, Lisboa, n.º 40, Outubro, pp. 22-24 1952 «A arquitectura portuguesa, e cerâmica e edificações», in Vértice, Coimbra, vol. 12, n.º 111, Novembro, pp. 642-643 «Uma grande artista alemã em Lisboa», in Arquitectura, Lisboa, n.º 45, Novembro, s/p17 1953 «Le sujet n’est pas le contenu» (O assunto não é o conteúdo), in Premier bilan de l’art actuel 1937-1953 (sous la direction artistique de Robert Lebel), Le Soleil Noir: Positions, Paris. Cahiers trimestriels, n.º 3 et 4, p. 314 «Exposição de Gravuras Modernas na Associação Académica da Faculdade de Ciências de Lisboa», in Vértice, Coimbra, vol. 13, n.º 113, Janeiro, pp. 62-63 «III Salão de Arte Cerâmica, do SNI», in Vértice, Coimbra, vol. 13, n.º 113, Janeiro, p. 64 «Exposição de pintura e desenho de José Júlio, na Galeria de Março», in Vértice, Coimbra, vol. 13, n.º 114, Fevereiro, p. 127 «Escultura de Martins Correia e pintura de João Santiago», in Vértice, Coimbra, vol. 13, n.º 114, Fevereiro, p. 128 «Composições abstractas de Edgard Pillet, na Galeria de Março», in Vértice, Coimbra, vol. 13, n.º 115, Março, pp. 186-187
15 Trad. espanhola: «Duas notas portuguesas sobre el fondo y la forma», El Sobre Literário, Valência, Dezembro
de 1952. 16 17
Texto adaptado de uma palestra promovida pela Associação Académica da Faculdade de Ciências de Lisboa. Conversa com Gretchen Wohlwill.
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«Pintura e desenho de João Navarro Hogan, na Galeria de Março», in Vértice, Coimbra, vol. 13, n.º 115, Março, pp. 187-188 «A exposição de Lima de Freitas, na Galeria de Março», in Vértice, Coimbra, vol. 13, n.º 116, Abril, pp. 253-25518 «Gravuras gaúchas», in Vértice, Coimbra, vol. 13, n.º 117, Maio, pp. 300-301 «Augusto Gomes», in Vértice, Coimbra, vol. 13, n.º 118, Junho, pp. 347-349 «Entrevista com os escultores Maria Barreira e Vasco da Conceição», in Arquitectura, Lisboa, n.º 47, Junho, pp. 24-26 «A 7.ª Exposição Geral de Artes Plásticas — A pintura», in Vértice, Coimbra, vol. 13, n.º 120, Agosto, pp. 503-507 «Exposições: a 7.ª EGAP», in A Arquitectura Portuguesa, e Cerâmica e Edificação, Lisboa, Agosto-Setembro, pp. 77-79 «A VII Exposição Geral de Artes Plásticas — Algumas considerações», in Arquitectura, Lisboa, n.º 48, Agosto, s/p «Resposta ao inquérito “Que pensa do desenvolvimento actual da nossa arquitectura?”», in Arquitectura Portuguesa, e Cerâmica e Edificação, Lisboa, Agosto-Setembro, pp. 69-70 «A tendência para um novo realismo entre os novos pintores portugueses», in O Comércio do Porto, supl. «Cultura e Arte», Porto, 22 de Dezembro, s/p19 1954 «Por modo de ser», in Alice Jorge — Por Medo de Ser, Teatro Romano Galeria de Arte, 199020 1956 «Resposta ao inquérito “O futuro da pintura portuguesa?”», in O Comércio do Porto, supl. «Cultura e Arte», Porto, 23 de Outubro, p. 621 1958 «O 1.º Salão de Arte Moderna — Depoimento de Júlio Pomar», in Diário de Lisboa, 22 de Novembro, supl. «Magazine», p. V 1959 Sem título, in Pintura e Gravura de Dietrich Kirsch (cat.), Galeria Diário de Notícias, Lisboa, s/p Sem título, in L’Incisione Contemporanea in Portogallo, Calcografia Nazionale, Roma, s/p22 1960 Sem título, in Pintura e Gravura de João Manuel Navarro Hogan (cat.), Galeria Diário de Notícias, Lisboa, s/p
Texto de Júlio Pomar e António Alfredo. Texto reeditado em Estrada Larga 2, Porto Editora, 1959, pp. 40-45; e no catálogo da exposição A Arte em Portugal nos Anos 50, 1992, pp. 48-50. 20 Texto inédito de 1954. 21 Texto reeditado em Estrada Larga 2, Porto Editora, s/d, pp. 302-304. 22 Texto traduzido por Pedro Faro e Graça Rodigues, Atelier-Museu Júlio Pomar. 18 19
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Bibliografia
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Agradecimentos Alexandre Pomar, Antonia Gaeta, Arlete Brito (Galeria 111), Biblioteca Municipal do Porto, Biblioteca Nacional, Catarina Rosendo, Filipe Pacheco, Fundação Júlio Pomar, Hemeroteca Municipal de Lisboa, Impresa, Museu do Neo-Realismo de Vila Franca de Xira, Sophie Hederlin
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Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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1942 Da necessidade duma Exposição de Arte Moderna. . . . . . . . . . . .
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1945 Prefácio de Júlio Pomar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Exposição de Arte Moderna . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Caminho da pintura. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . A propósito da Exposição Independente em Lisboa . . . . . . . . . . . Nota sobre a arte útil . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Diálogo breve com Manuel Filipe . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Carta a Vieira Guerreiro sobre o caso de Octávio Sérgio . . . . . . . O toiro enjaulado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Portinari . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Pintura e realidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Jack Levine. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . História do pintor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . A propósito de Benton . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . A pintura mexicana . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
23 26 30 38 40 43 46 48 50 51 53 54 55 57
1946 Vinte anos depois I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Vinte anos depois II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Em torno de Picasso — Picasso não desconcerta . . . . . . . . . . . . .
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Vinte anos depois III . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Viagem à roda de uma caixa de bolachas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . A marca do tempo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . A arte e as classes trabalhadoras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Divulgando I — O que é o desenho? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Em torno do ensino artístico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . A Escola de Paris e a França viva . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
78 83 87 92 96 99 102
1947 O pintor e o presente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . A propósito de uma exposição . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Abel Salazar, artista. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Arte e juventude. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Realismo e acção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Introdução a um estudo sobre a «Escola de Paris» . . . . . . . . . . . .
109 114 117 121 125 128
1948 [Este Fernando Lanhas] . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Na abertura da exposição póstuma de Abel Salazar. . . . . . . . . . . . Na SNBA — A pintura francesa de hoje . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Van Gogh, por Mário Dionísio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
133 134 140 143
1949 Faianças de Jorge Barradas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Um século de pintura britânica (1730-1830) . . . . . . . . . . . . . . . . Encontro com Méndez. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . A volta de Júlio Resende . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Decorativo, apenas? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . A IV Exposição Geral de Artes Plásticas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Uma tempestade num copo de água, ou talvez não . . . . . . . . . . . A exposição francesa. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Tapisserie française, por Jean Lurçat . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Uma cadeira, e outras coisas mais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Pequena nota sobre o fundo e a forma . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
151 155 158 165 168 171 172 175 177 180 183
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Na morte de José Clemente Orozco . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Escultura de Jorge Vieira na SNBA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
185 187
1950 Exposição de «Um grupo de rapazes» . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . A V Exposição Geral de Artes Plásticas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Lima de Freitas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . V Exposição Geral de Artes Plásticas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Museu Nacional de Arte Antiga — O Oriente e a Algéria na arte francesa dos séculos XIX e XX . . . . . . . . . . . . . . . . . .
191 193 198 201 213
1951 O pintor J. Navarro Hogan . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Pintura, desenho e gravura de Lima de Freitas na Sociedade Nacional de Belas-Artes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Na morte do jovem pintor António Manuel Ayres. . . . . . . . . . . . Ver, sentir, etc. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . VI Exposição Geral de Artes Plásticas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
219 222 224 227
1952 A arquitectura portuguesa, e cerâmica e edificações . . . . . . . . . . . Uma grande artista alemã em Lisboa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
231 233
217
1953 O assunto não é o conteúdo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Exposição de Gravuras Modernas na Associação Académica da Faculdade de Ciências de Lisboa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . III Salão de Arte Cerâmica, do SNI . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Exposição de pintura e desenho de José Júlio, na Galeria de Março Escultura de Martins Correia e pintura de João Santiago . . . . . . . Composições abstractas de Edgard Pillet, na Galeria de Março . . Pintura e desenho de João Navarro Hogan, na Galeria de Março. Índice
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A exposição de Lima de Freitas, na Galeria de Março. . . . . . . . . . Gravuras gaúchas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Augusto Gomes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Entrevista com os escultores Maria Barreira e Vasco da Conceição A 7.ª Exposição Geral de Artes Plásticas — A pintura . . . . . . . . . Exposições: a 7.ª EGAP . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . A VII Exposição Geral de Artes Plásticas — Algumas considerações Resposta ao inquérito «Que pensa do desenvolvimento actual da nossa arquitectura?» . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . A tendência para um novo realismo entre os novos pintores portugueses. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
255 259 262 266 271 278 280 283 285
1954 Por modo de ser . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
293
1956 Resposta ao inquérito «O futuro da pintura portuguesa?» . . . . . .
297
1958 O 1.º Salão de Arte Moderna — Depoimento de Júlio Pomar. . .
303
1959 Pintura e gravura de Dietrich Kirsch . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . [A prática e o gosto pela gravura] . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
307 309
1960 [Não sei de pintura portuguesa que viva tão desgarrada] . . . . . . .
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Bibliografia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Agradecimentos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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© Edição: Atelier-Museu Júlio Pomar / Sistema Solar, CRL (Documenta) Colecção: Cadernos do Atelier-Museu Júlio Pomar Textos: Júlio Pomar Apresentação: Sara Antónia Matos Organização: Pedro Faro Transcrição de textos: Graça Rodrigues, Isabel Marques, Beatriz Brito (estagiária) Design Gráfico: Manuel Rosa Revisão: Cristina Guerra e Helena Roldão Imagem da capa: Júlio Pomar, Porto, 1945 © Fundação Júlio Pomar 1.ª Edição: Fevereiro de 2014 ISBN 978-989-8566-42-3
Depósito legal: 371884/14 Este livro foi impresso na Gráfica Maiadouro, SA Rua Padre Luís Campos, 586 e 686 – Vermoim 4471-909 Maia
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