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Maria José Oliveira
A GEOMETRIA DO TEMPO apresentação
José Gil
DOCUMENTA FUNDAÇÃO CARMONA E COSTA
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A GEOMETRIA DO TEMPO José Gil
É um objecto misterioso. Aparentemente, um livro de imagens e de escrita. Aparentemente, fala-nos de uma história. Uma história de um corpo. De um corpo no tempo — ou de um tempo do corpo? Tudo se complica quando nos apercebemos de que o tempo que o livro conta envolve o próprio livro. Se é uma história do tempo e o livro pertence à história, então o livro está dentro dele mesmo com uma história que contém um livro que conta uma história… e assim indefinidamente. O livro enrola-se e enovela-se em si próprio, e o espectador é convidado a abri-lo. Como o mostra a própria instalação em que o livro, na última sala, se encontra envolvido pelas suas páginas, no espaço que a precede. Por isso e por outras razões é um livro misterioso. Um livro antigo, um papiro meio desfeito estabelecem logo um laço de continuidade com o nosso presente, quando os descobrimos. Este, porém, quando o olhamos ou o abrimos continua fechado sobre si mesmo, como uma ilha isolada no tempo. Liga-se connosco pelo exterior mais vasto, por cima do tempo; e vem tocar-nos no mais profundo e íntimo de nós, num interior impessoal, caótico e imemorial onde, em nós, nasce e passa o tempo. A própria história é misteriosa. Começa bem, para logo, mas sem barulho, entrar em vertigem: um texto normalmente enquadrado explicita certos conceitos da teoria física do caos, terminando na noção de (estranho) «atractor». Na página anterior, um poema de Ingeborg Bachmann, em caracteres tipográficos, situado ordenadamente no meio da página, surge como um memento mori apocalíptico, à maneira de frontispício do livro. Antes de memórias, como memória de uma vida ou: como o caos trabalha o tempo — o que é uma vida? Estas três imagens completam-se com a ilustração do movimento do pêndulo desfazendo a estabilidade do tempo. Tudo anuncia uma catástrofe.
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A história começa. Mas em que momento do tempo? A história já tinha começado antes do tempo ter iniciado a sua corrida. Um acontecimento azul, Safo, e já desbotado no tempo, a silhueta antiga de um corpo belo feminino — os dois insituáveis no passado. O esplendor do afecto como uma fulgurância que, mal se acende, se apaga. Tudo existia já, virtualmente, para que se encarnasse num acontecimento. Advanced image of life. O caos mistura as lembranças e contamina todas as dimensões: o corpo, o cosmos, o passado. Baralham-se e revolvem-se letras, aparecem palavras legíveis no meio de vestígios de outras, tinta erodida, letras invertidas como num mata-borrão: «no céu», «nudez», «passado». Palimpsesto que tudo sobrepõe, papel, materiais vários, letras que se conectam sem nexo. O desenho não alude, não simboliza, não sugere. Todos os elementos são agora cósmicos, porque o tempo invadiu o corpo inteiro, e o movimento das coisas cessou de correr no tempo. É o tempo que corre agora no movimento do caos: nas marcas dos traços deixados pelos pêndulos que se erodem, enferrujam, desbotam, desnorteiam no denso nevoeiro do tempo. Os marcadores do tempo (e, de certo modo, disciplinadores do «caos determinista», como dizem os físicos) perdem os seus contornos nítidos, o seu movimento, apanhado pela fricção do nevoeiro que os recobre, não é já livre nem pulsado. O tempo saiu dos seus gonzos. Em que espaço estavam as lembranças? No passado imemorial, «transcendental» como o caracterizava Bergson — aquele que nunca passa para que o presente passe? Agora, até esse se escoa lentamente erodido pela atmosfera de um elemento líquido. A corrosão, o desbotar empurram de dentro o escoar do tempo. O caos atingiu o caos-fundamento. Caos por homogeneização (alastramento das manchas, perda da cor em benefício do castanho e do cinzento), caos por indeterminação e acaso (letras aleatórias, restos), caos por ausência de referências (desaparecimento dos pêndulos que se dissolvem no fluxo temporal). Três formas de acção do caos que definem um modo particular de devastação — por entropia. Uma entropia, paradoxalmente, intensiva. Que acontece quando os próprios marcadores do tempo sofrem a erosão do tempo? Entram num buraco negro, em túneis obscuros sem fim e, com eles, entra também o tempo. E passam para o outro lado. Que outro lado? O que é o outro lado do tempo?
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THE GEOMETRY OF TIME José Gil
This is a mysterious object. Apparently, it is a book of pictures and writing. Apparently, it tells us of a story. A story of a body. Of a body in time — or of a time of the body? Everything becomes complicated when we realise that the time told by the book involves the book itself. If this is a story of time and the book belongs in the story, then the book is inside itself with a story that contains a book that tells a story… and so on, indefinitely. The book rolls and winds itself upon itself, and the viewer is invited to open it. This can be observed in the installation itself, in which the book, in the last room, can be seen surrounded by its own pages, in the preceding space. For this and other reasons, this is a mysterious book. Any ancient book or half-crumbling papyrus immediately establishes a connection with our present, as soon as we look at it. This one, however, remains closed upon itself after we have looked at it and opened it, like an island isolated in time. It connects with us by means of a vaster outside sphere, above time; and it touches us at our deepest, most intimate sphere, an impersonal, chaotic and immemorial inside in which, within us, time is born and passes. The story itself is mysterious. It starts well, and at once, though noiselessly, slips into vertigo: a regularly formulated text explains certain concepts of the physical theory of chaos, ending at the notion of “(strange) attractor”. On the previous page, a poem by Ingeborg Bachmann is carefully set in print at the centre of the page, appearing as a kind of apocalyptic memento mori, a frontispiece for the book. Before memories, as the memory of a life, or: how chaos works on time — what is a life? These three images are completed by the illustration of the pendulum’s movement, wrecking the stability of time. Everything announces a catastrophe.
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The story begins. But at what moment in time? The story had already begun before time had started running. A blue, already time-faded event, Sappho, and the ancient silhouette of a beautiful female body — both equally impossible to locate in the past. The splendour of affection as a refulgence that extinguishes itself as soon as it flares up. All this already existed virtually, ready to become fleshed out in an event. Advanced image of life. Chaos mingles the memories and pervades every dimension: the body, the cosmos, the past. Letters are shuffled and upset, readable words appear in the midst of traces of others, eroded ink, letters inverted as on blotting paper: “no céu / in the sky”, “nudez / nakedness”, “passado / past”. A palimpsest where everything overlays everything: paper, various materials, letters interconnecting meaninglessly. Drawing, here, does not allude, symbolise or suggest. All elements are now cosmic, for time has invaded the whole body, and the movement of things no longer follows time. It is time that, now, runs in the movement of chaos: it runs in the traces left behind by pendulums that erode, rust, and fade, as they lose their bearings in the thick fog of time. Time’s markers (which are also, in a way, the disciplinarians of “deterministic chaos”, as the physicists say) lose their clear outlines; their movement, caught in the friction of the fog enveloping them, is no longer free or pulsating. Time is out of joint. In which space could the memories be found? In that immemorial, “transcendental” past described by Bergson — the one that never passes so that the present may pass? Now, even that past is slowly draining, eroded by the atmosphere of a liquid element. Corrosion and fading force time to drain itself from inside. Chaos has reached its deepest foundation. Chaos through homogenisation (the blotches spread, and colour fades into a subdued series of browns and greys), chaos through lack of definition and chance (random letters, traces), chaos through absence of references (the pendulums disappear, dissolving into the flow of time). Three forms of chaotic action that define a particular kind of devastation — through entropy. A paradoxically intensive entropy. What happens when time’s very markers undergo the erosion of time? They enter a black hole, endless dark tunnels into which time goes with them.
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RUMO AO INFINITO *
Deito-me tarde Espero por uma espécie de silêncio Que nunca chega cedo Espero a atenção a concentração da hora tardia Ardente e nua É então que os espelhos acendem o segundo brilho É então que se vê o desenho do vazio […] Sophia de Mello Breyner Andresen, Espera
Somente quem apague a memória Liberta as suas imagens Para a não-existência imediata. Fiama Hasse Pais Brandão, Espelho
Sentado na penumbra, o visitante da exposição «A Geometria do Tempo» que Maria José Oliveira concebeu para o espaço arte contemporâneo da fundação carmona e costa, manuseia um livro de artista, iluminado apenas por um feixe de luz. Ao abri-lo, abre as portas para um universo construído por imagens e escritas estranhas que o querem levar a um espaço fora do espaço e a um tempo fora do tempo. Percorrendo as outras salas, passeia por entre as mesmas imagens, ampliadas e verticalizadas em redor de alguns objectos emblemáticos. No silêncio da insta* Para Vítor Quelhas, a quem tudo devo.
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lação, a sua natureza, simultaneamente íntima e sagrada, evoca um eco longínquo no mais profundo de si próprio. É este o lugar onde, porventura, se pode dar pela bússola que indica o norte no mapeamento de uma busca interior, configurada pela artista.
A génese O livro abre com uma fotografia da cabeça da artista, envolta num turbante cónico e apoiada numa mola de cama. A viagem inicia-se no seu corpo, tocado por Hypnos ou Thanatos1, ou seja, por um dos gémeos da mitologia grega cuja presença simboliza a passagem de um estado de consciência para outro. O ponto de partida é, mais concretamente, o alto da cabeça, que os antigos tinham como lugar sagrado de experiências de pura percepção da mente2. Ou, como afirma Maria José Oliveira, numa longa conversa em redor do «objecto misterioso»3 que é este livro: tudo começa nos últimos segundos de vida ou nos primeiros da morte. É a passagem da vida para a morte.4 As imagens que se seguem deliniam uma experiência que as tradições antigas designaram como «morrer antes da morte». Na origem do livro está o intenso trabalho de Maria José Oliveira no âmbito de um atelier livre realizado em 1995 e baseado num filme de Peter Greenaway5. A braços com as dicotomias paradoxais da sua história entre um amor de deslumbrante beleza e perfeição e as atrocidades e o sofrimento da subsequente morte como fim insuperável, a artista, na sua perplexidade e revolta interior, começou a pensar no trabalho que podia extrair dali e acabou numa representação de mim própria… e… sem pensar, num livro que tinha a ver com o filme e tinha a ver comigo própria.
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Figuras mitológicas que simbolizam o sono e a morte. Os sacerdotes de todas as religiões portam barretes especiais a indicar a importância desta zona da cabeça; muitos são de forma cónica. 3 José Gil no seu texto deste catálogo. 4 Todas as citações, inseridas em itálico no texto, provêm desta conversa com a artista. 5 O cozinheiro, o ladrão, a sua esposa e o amante dela, realizado em 1989. 2
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O eterno retorno A exposição abre com o desenho «Céu». Um firmamento estelar na sua incessante expansão recorda o início e a criação contínua do mundo. No fim encontramos um pequeno desenho sobre fundo cristalino. Um homem e uma mulher pairando entre Céu e Terra — referência às figuras de Adão e Eva de Dürer — embarcam num veículo aéreo «Rumo ao Infinito». Os pontos da escrita braille que percorrem toda a superfície transparente do desenho oferecem-se para devolver a vista aos cegos como se de deslumbrados se tratasse. Discretamente, a partida e chegada da viagem invocam o carácter universal da aventura íntima que o livro configura. Gisela Rosenthal fundação carmona e costa
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TOWARDS INFINITY *
I lie down late I wait for a kind of silence That never comes early I wait for the attention the concentration of the late hour The burning naked hour It is then the mirrors light up the second glow It is then the outlines of the void are visible […] Sophia de Mello Breyner Andresen, Espera (Waiting)
Only those who erase their memory Are able to release its images Into immediate non-existence. Fiama Hasse Pais Brandão, Espelho (Mirror)
Sitting in the dusk, the visitor of Geometry of Time, conceived by Maria José Oliveira for the espaço de arte contemporânea of the fundação carmona e costa, picks up an artist’s book, lighted by a single luminous beam. By opening it, she/he opens the doors to a universe of strange pictures and writings that want to take him/her to a space out of space and a time out
* For Vítor Quelhas, to whom I owe everything.
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of time. While walking through the next rooms, he/she walks through the same images, now enlarged and in a vertical position, accompanied by some emblematic objects. In the installation’s silence, their intimate and sacred nature awakes a distant echo in the depths of her/his inmost self. This might be the place where he/she can find the compass that will guide her/him in this mapping-out of an inner search, as configured by the artist.
The genesis The book opens with a photograph of the artist’s head, wrapped in a conic turban and lying on a mattress spring. The journey begins in her body, touched by Hypnos or Thanatos1, that is to say, by one of the twins from Greek mythology whose presence symbolises the passage from one conscious state to another. The starting point lies, more concretely, at the top of the head, which the ancients saw as the sacred seat of purely mental perceptive experiences2. Or, in the words of Maria José Oliveira, during a long conversation around the “mysterious object”3 that is this book, everything begins during the last seconds of life or the first seconds of death. It is about the passage from life to death.4 The images that follow delineate an experience that the ancient traditions have described as “dying before death”. At the source of the book lies the intense research carried out by Maria José Oliveira in 1995, as part of an artistic workshop, on a Peter Greenaway film5. While dealing with the paradoxical dichotomies of its story, between a love of dazzling beauty and perfection and the atrocities and suffering of
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Mythological figures, symbolic of sleep and death. Priests of all religions wear special caps, which indicate the importance of that part of the head; many are conical in shape. 3 José Gil, in his text for the present catalogue. 4 All quotations written in italics come from this conversation with the artist. 5 The Cook, the Thief, his Wife and her Lover (1989). 2
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background. A man and a woman, hovering between Heaven and Earth — a reference to Dürer’s Adam and Eve —, get aboard a flying vehicle “Towards Infinity”. The Braille dots that cover the whole of the drawing’s transparent surface offer themselves to give the blind back their sight, as if they had been merely dazzled. Thus the journey’s departure and arrival discreetly evoke the universal character of the intimate adventure contained in the book. Gisela Rosenthal fundação carmona e costa
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FICHA TÉCNICA DO TRABALHO
Livro Book : Técnica mista sobre papel Mixed media on paper 35 x 35 cm, 1995. pp. 34-35 Céu, técnica mista sobre papel Mixed media on paper 41 x 41 cm, 1997. p. 73 Rumo ao Infinito, técnica mista sobre acetato Mixed media on transparency, 20 x 23 cm, 1996/2006. Caos, James Gleick, Editora Gradiva, 1989. O Tempo Aprazado, Ingeborg Bachmann, Assírio & Alvim, 1992.
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AGRADECIMENTOS ACKNOWLEDGEMENTS
Luísa Saldanha, Tereza Lacerda
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MARIA JOSÉ OLIVEIRA Lisboa, 1943. Vive e trabalha em Lisboa.
Exposições Individuais: 1987 Artefacto 3, Lisboa 1988 Museu Nacional do Traje, Lisboa 1989 Galeria Arcada, Estoril 1990 S.N.B.A., Lisboa 1991 Centro Cultural de S. Lourenço, Almancil 1994 Giefarte, Lisboa 1997 Galeria Trem e Arco, Faro; Galeria Municipal de Faro, Faro; Galeria Diferença, Lisboa 1998 Sala do Veado, Museu de História Natural, Lisboa; Casa das Artes de Tavira, Tavira 1999 «Dimensões — da Vida da Terra», Museu Nacional de Arte Antiga, Lisboa 2000 Espaço Ratton, Lisboa 2001 Casa-Museu Bissaya Barreto, Coimbra; Galeria Diferença, Lisboa; Giefarte, Lisboa 2002 Évora-Arte, Évora; Biblioteca Calouste Gulbenkian, Ponte de Sôr 2003 «Natureza/Cultura», Museu Almeida Moreira / Grão Vasco, Viseu; «Mas onde nós estamos é a luz» — Primeira
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2004
2006 2007
parte, Galeria Arte & Manifesto, Porto «Mas onde nós estamos é a luz» — Segunda parte. Giefartes Lisboa; «20 para as 6», Galeria Jorge Shirley, Lisboa «Analogias» Giefarte, Lisboa; «Cíclico», Galeria Artadentro, Faro «Geometria do Tempo», fundação carmona e costa, Lisboa
Exposições Colectivas (selecção): 1982 «O Pequeno Formato», S.N.B.A., Lisboa 1983 «O Papel como Suporte», S.N.B.A., Lisboa 1984 Artefacto 3, Lisboa 1986 Instituto Franco-Português, Lisboa; Casa-Museu Álvaro de Campos, Tavira; Museu Nacional do Traje, Lisboa 1988 «Pintura Portuguesa em 1988», Covilhã; Artefacto 3, Lisboa; Bienal de Vila do Conde, Vila do Conde 1989 «Ver Desenho Hoje», Galeria Municipal de Almada, Almada; Galeria GU, Barcelona, Espanha; Galeria Diferença, Lisboa 1990 Voz do Operário, Lisboa 1990; «Traje: Objecto de Arte?», Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa; «Joalharia
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1991
1992 1993
1994
1995
1996 1997 1998
2000 2001
Contemporânea Portuguesa»,British Council, Lisboa «Configura», Erfurt, Alemanha; «Arte Contemporânea Portuguesa», Palácio Galveias, Lisboa Galeria 1991, Lisboa «Joalharia Contemporânea», Centro Cultural da Malaposta; «Orientações», Fundação Akemi, Japão; Bienal de Escultura e Desenho, Menção Honrosa, Caldas da Rainha «Biombos», Giefarte, Lisboa; «Artes em Tempo de Sida», Centro Cultural de Belém, Lisboa; «Pintura Contemporânea», Mónaco «Art to Wear», Dusseldorf, Alemanha; Amnistia Internacional, Mitra, Lisboa «Art to Wear», Heidelberg, Alemanha «Obras sobre Papel», S.N.B.A., Lisboa «Livro de Artista», Galeria Municipal de Alverca, Alverca; «Livro de Artista», Galerias Municipais Trem e Arco, Faro; «Livro de Artista», S.N.B.A., Lisboa; «Arte Contemporânea Portuguesa», Círculo Cultural de Meerbusch, Dusseldorf, Alemanha; 3.ª Bienal de Arte AIP 98, Porto Festival de Música dos Capuchos, Almada «Mote e Transfigurações», S.N.B.A.,
2002 2003 2004
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2007
Lisboa; Festival de Música dos Capuchos, Almada «100 Anos-100 Artistas», S.N.B.A., Lisboa Galeria Diferença, Lisboa Galeria Diferença, Lisboa; Centro Cultural de S. Lourenço, Almancil; «Movimentos Perpétuos», (Homenagem a Carlos Paredes), Cordoaria Nacional, Lisboa; CAMJAP, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa; ARTE LISBOA’04, Stand Galeria Jorge Shirley, Lisboa ARCO’05, Stand da Galeria Jorge Shirley, Madrid, Espanha; ARTE LISBOA’05, Stand Galeria Jorge Shirley, Lisboa; «Sete a sota», Casa das Artes de Tavira, Tavira ARCO’06, Stand da Galeria Jorge Shirley, Madrid, Espanha; Cáceres ’06; Stand da Galeria Jorge Shirley, Madrid, Espanha; ARTE LISBOA’06, Stand da Galeria Jorge Shirley, Lisboa ARCO’07, Stand da Galeria Jorge Shirley, Madrid, Espanha
Colecções: fundação carmona e costa, Fundação PT, Conselharia da Cultura da Estremadura
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Este livro foi publicado por ocasião da exposição «A Geometria do Tempo», realizada no âmbito do Programa de Apoio à Arte Contemporânea / fcc, entre 21-03-2007 e 04-05-2007. This book was published on the occasion of the exhibition «The Geometry of Time» under the patronage of the Contemporary Art Support Programme / fcc from 21-03-2007 to 04-05-2007. Coordenação da produção Production Coordination Assistente de produção Production Assistant Tradução Translation Fotografias Photos
Gisela Rosenthal / fcc
Pedro Valdez José Gabriel Flores Luísa Saldanha, José Manuel Costa Alves, Rodrigo Peixoto Impressão digital s/ papel Digital print on paper CPS Lisboa Produção da escultura em ferro Iron sculpture cast by Paula Espanha Design gráfico Graphic Design Sistema Solar Revisão Proofreading Ana Barradas
© Fundação Carmona e Costa, Rua Soeiro Pereira Gomes, Lt. 1 – 6.º D, 1600-196 Lisboa © Sistema Solar Crl (Documenta), Rua Passos Manuel, 67 B, 1150-258 Lisboa 1.ª Edição 1st Edition, Março March 2007 (Assírio & Alvim) 2.ª Edição 2nd Edition, Maio May 2014 (Documenta) ISBN 978-989-8834-74-4
Depósito legal Legal deposit 425840/17 Impressão Printed by Gráfica Maiadouro SA Rua Padre Luís Campos, 586 e 686 – Vermoim 4471-909 Maia