O relógio do tempo desgasta e fragmenta a existência de cada ser. Cada um de nós, passo a passo, pedaço a pedaço, se assemelha às flores do Universo que pétala a pétala, se desfolham e, quando desfolhadas, não abrolham. Cada pétala, um pedaço, um retalho de um abraço, uma essência em partículas dividida, esmigalhada e fendida.
Os poemas que se apresentam em “PEDAÇOS”, derivam de fragmentos, de pedaços de momentos, de um turbilhão de pensamentos, de pétalas perfumadas e retalhadas, de afetos em cacos que se enlaçam e desenlaçam, nas horas que passam…
E porque, despida dos meus versos, sou mulher, muitas vezes, me perfumo e me desfolho, como uma flor qualquer!…