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A Deriva da Clepsidra
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FICHA TÉCNICA TÍTULO:
A Deriva da Clepsidra Baião Modesto EDIÇÃO: edições Vírgula® (Chancela Sítio do Livro) IMAGEM DE CAPA:
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AUTOR:
Noémia Amado ARRANJO DE CAPA: Ângela Espinha PAGINAÇÃO: Alda Teixeira 1.a Edição Lisboa, julho 2020
978-989-8986-24-5 471107/20
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ISBN:
DEPÓSITO LEGAL:
© BAIÃO MODESTO
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www.sitiodolivro.pt publicar@sitiodolivro.pt (+351) 211 932 500
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ew Para mia hija mayor
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Aço na forja dos dicionários as palavras são feitas de aspereza o primeiro vestígio da beleza é a cólera dos versos necessários.
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CARLOS DE OLIVEIRA
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À flor de um horizonte, num sorriso ou na sombra de remos sobre o mar, procurando-me, encontro o que preciso: obscuros motivos de sonhar.
DAVID MOURÃO FERREIRA
Comme montent au ciel les soleils rajeunis Après s’ être lavés au fond des mers profondes? CHARLES BAUDELAIRE
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Não é uma introdução, não é um prefácio; apenas uma compulsiva necessidade de me explicar.
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Este é o 5.º livro que dou à estampa; posso dizer que entro na fase ”contemporânea” da minha escrita. Os quatro livros anteriores continham produção muito antiga, mas foi opção pessoal trazê-los à luz do dia, tirá-los do “conforto” da gaveta. Neles apenas me revelo como alguém que gosta de poesia, de lê-la, de a escrever. O livro agora em causa, embora com um poema que foi a minha estreia em 1968, no “Diário de Lisboa”, é todo “cheio” com poemas já mais recentes; daí dizer que são da minha “contemporânea” idade. E com tudo isto vem novamente à “liça” a Professora Margarida de Carvalho, docente na Escola Comercial e Industrial de Leiria, nos idos da década de sessenta do século passado. E à “liça” porquê? Porque tenho a certeza de que ela nunca aceitaria que publicasse o que já foi publicado, sem que primeiro se fizesse uma triagem; sem que primeiro fossem” jogados” na sua “peneira” exígua; para cujo “crivo” muitas leituras foram feitas. A Professora Margarida de Carvalho, que tantos poemas me rasgou (literalmente),acabaria por anuir à minha ingénua ânsia de publicação; embora depois, numa antológica selecção futura, só dois ou três poemas atingissem o “pódio”.
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Tudo dito? Não. Em 2008, o meu colega Luís Serra, Professor de Filosofia, impulsionou a publicação do meu primeiro livro (não tinha um “crivo” tão cerrado); e assim apareceu, em “letra de forma”, o “Lereno e Liseia”, cujo prefácio, e aqui devo realçá-lo, valoriza, e de que maneira, o livro em si; cujo prefácio, dizia, foi da autoria do Armando Nascimento Rosa, colega na Escola Gabriel Pereira, em Évora. Em 2011, “volto ao local do crime” e publico “Viagem Anterior”, com uma introdução que é uma exegese à “viagem” da obra, da autoria de Paula Morgado Sande. E a história mais recente já é mais alcançável, com os livros “Antes de se acumular o pó” e “O Domínio do Nome”, ambos em 2019, na editora Sítio do Livro. Não quero chegar aos actos de leitura de Luís de Andreia, actos esses que o levaram a desmontar a trama que envolvia um poema de Cistovam Pavia, mas quero agir de forma que as minhas leituras me possam levar mais longe e me façam um “poeta melhor”, juntando à leitura a experiência, claro: “Numa mão a espada e noutra a pena”
se a memória não me estiver a induzir em erro. Inconsútil é a Poesia não o tecido do rei…
desde há muito tempo
com a necessidade que as palavras trouxeram.
B A I Ã O M O D E S T O
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O ISCO DOS DEUSES
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Borboleta com vida de rosa de Rilke, tal e qual a minha para os deuses.
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Pescador que pescas à linha no rio, tens isco para os meus versos?
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FAROL DE ÍTACA
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Branca sobre a neve, branca sob a amendoeira
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vai , (em cacos o cântaro), e soltos e pretos os cabelos, descalça.
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DO MÁXIMO PRAZER
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Era como ouvir-se o eco da floração da rosa.
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