Cátia Cristina Pires poesia
Cátia Cristina Pires
O Sol de Cathie Preview
FICHA TÉCNICA
título: O Sol de Cathie
autora: Cátia Cristina Pires
edição: edições Vírgula ® (Chancela Sítio do Livro)
revisão: Liliana Simões
arranjo de capa: Ângela Espinha
paginação: Alda Teixeira
1.a Edição
Lisboa, janeiro 2023
isbn: 978-989-8986-67-2
depósito legal: 509023/22
© Cátia Cristina Pires
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Por vezes anjo, outras vezes diabo, Um ser inconstante que não conhece impossíveis.
Tudo é possível!
O segredo está na vontade de tornar um sonho realidade, Sem limites para sonhar.
Abrir asas ao sonho, Deixar fluir.
Não ter medo do incerto, Nem receio de acreditar, Tornando um sonho uma realidade.
Eu acredito!
Quando todos dizem que é impossível,
Quando nos chamam de loucos.
Mas louco não é passar uma Vida inteira sem tentar?
Sem arriscar?
Eu arrisco!
Vou até ao fim,
Vivo com intensidade e ao máximo.
No fim, eu poderei dizer:
Fiz tudo o quis,
Disse tudo o que queria dizer,
Não deixei nada por fazer
E tive sempre a vida que quis ter!
Não me restringi a nada
E fui tão feliz assim.
Sou tão feliz assim,
Sou o que quero e como quero. O resto não importa,
As bocas do povo não me amedrontam. O meu ser superior é muito mais forte e prevalece sempre!
Não quero ser uma inspiração, Nem um ídolo para ninguém, Quero sim que não abandonem os vossos sonhos, E nunca desistam!
Não tenham medo da Vida!
Nem de viver!
Somos livres!
Nunca deixem de sonhar!
De acreditar!
A Vida é uma constante evolução.
Sou o que sou e como sou. Sou um contentamento descontente,
A força avassaladora ferida,
O grito desconcertante oprimido,
A fúria veloz que se esvaecia,
A luz que por vezes escurece,
O calor que vira gelo,
Um furacão incontrolável que se dissipou, Sou eu, Como o mar,
Em que na tempestade vem a calmaria,
Ou na calmaria se torna tempestade…
Faz dez anos.
Faz dez anos que o meu querido pai se foi, Dez anos de mágoas, tristeza e algumas alegrias.
O meu herói partiu.
A minha filha não tem avô, nunca o vai conhecer, infelizmente.
Um bom pai que seria certamente um excelente avô
E não teve a felicidade de o ser.
Dez anos de tristeza, onde fui invadida pela felicidade de ser mãe, Mas com muita mágoa.
A mágoa nunca passa, prevalece sempre em nós próprios.
Só me cabe a mim enaltecer a memória de um grande Pai, Que o foi.
E um excelente avô, que quero preservar e incutir à minha filha.
O amor,
Só o amor,
De Pai e Avô que é mais forte.
E que no céu nos protege e nos guia nos nossos caminhos, Em busca da felicidade e da concretização dos nossos sonhos.
O meu Pai, um grande Pai.
Um homem único como nunca houve, Que existe e nunca deixará de existir nos nossos corações
E na minha lembrança.
O avô da Maria Leonor, Que me fez e faz sonhar e acreditar que tudo é possível Até hoje e sempre.
No meu reino encantado, Onde a solidão espreita, Cai sobre mim uma invasão de sentimentos, Onde tudo parece assustador.
O tempo passa,
E a cada hora sinto a coragem para enfrentar tudo e todos. No meu reino,
Onde a felicidade existe, mas por vezes fica aquém de nós próprios.
A nobreza eleva-nos a outros contornos,
A outros níveis.
A soberba, a possessão e por vezes a obsessão também,
A obsessão definitiva do poder,
A frustração de não conseguir ultrapassar todos os obstáculos e prosseguir.
Enfim…
A responsabilidade, o encargo, a autoridade e a sua disciplina são fundamentais.
Nada é fácil,
Nada se conquista sem sofrimento, sem empenho e sem dedicação.
Complicado é, mas a nobreza de valores e carácter não chega a qualquer um.
Um dia alguém me disse: Acredita nos teus sonhos, Se acreditares, tudo se realizará. E eu acredito e vou acreditando sempre até conquistar o sonho pretendido.
Abrir asas ao sonho, deixar fluir, sentir, amar, caminhar, Prosseguir e insistir, Para que no fim de contas se consiga alcançar a vitória desta conquista, Desta batalha, desta vitória que é a vida. Nunca deixes de sonhar, dizia ele, E eu não deixo.
Não deixo um segundo de sonhar e de acreditar em algo melhor,
Melhor que qualquer coisa, melhor que alguns seres que nos rodeiam.
Somos melhores até na maneira de pensar, Somos melhores até do que aquilo que pensamos ser, Somos melhores.
Nada mais acrescento, sente-se e sonha-se de facto.
O sol quando nasce, nasce para todos nós, Mas nem todos temos a capacidade de brilhar intensamente, Nem de sentir a sua energia.
A lua quando aparece ilumina as nossas noites, Emitindo uma luminosidade que fortalece a nossa alma. O mar por vezes calmo, Outras vezes revolto, Instável como sempre.
Três fenómenos incontroláveis que nos fazem toda a falta do mundo,
E nos completam por inteiro, Dando-nos o poder incansável de lutar e viver.
O tempo…
Não há tempo para demoras,
Não há espaço para tempos.
O tempo tem muito tempo para dar a si mesmo.
Quanto tempo é preciso para dar tempo ao tempo?
O tempo tem tudo para poder fazer tudo o que quer de si. Com tempo, não se perde tempo, Tudo vem ao seu encontro.
Com tempo, tudo tem a sua medida,
Tem o que o tempo lhe quiser dar.
Temos todo o tempo do mundo para fazer mudar, Tomar tempo.
O tempo não pára num segundo, O tempo é constante como os ponteiros de um relógio.
Temos tempo para fazer tempo, Com tempo, Sempre com tempo.
O tempo instável como sempre foi, O tempo muda consoante os dias.
Há espaço para matar tempo?
Às vezes, é preciso um pouco de tempo.
Mas o tempo passa e tudo acontece, Enquanto há tempo.
No meu canto, No meu quarto encontro a saída de todos os meus dilemas.
Na minha casa tenho o meu porto seguro, Que me fortalece o espírito.
No meu jardim, Pedra sobre pedra, Em cada árvore e no chilrear dos pássaros desfruto da minha paz.
Quando olho para o céu, Vivo na esperança de dias melhores, Que hão de chegar.
Sentada no meu baloiço vejo o luar, Refletindo nos meus sonhos, refletindo em mim.
Entro num mundo paralelo sem fim, Onde me encontro e medito num horizonte imaginário, Sem som, sem vozes, sem palavras, sem ninguém.
E procuro por algo que nunca encontrei, Mas mergulho fundo até o alcançar.
No meu mundo, no meu sonho, Todo o impossível é possível, E torna-se Realidade.
O dia amanheceu.
Do cimo do meu quarto olho a janela, Sinto a brisa fresca da manhã, Saio e vou ao jardim, Apanho umas flores — Rosas.
Pedra sobre pedra, árvore a árvore.
Sentada à beira da piscina, reflito nos meus pensamentos.
Uma cabeça de sonhos puros, Como sempre me fizeram.
Chego à conclusão,
A vida é melhor do que muitos pensam.
O coração é essencial,
Um coração repleto de amor e prosperidade. E a vida corresponde por si só.
O céu rosa da aurora pela manhã.
O céu, um vislumbre luminoso e encantador.
Os passarinhos a cantar,
O cheiro da terra molhada,
Coisas simples e de grande importância.
Factores que despertam os nossos sentidos
E nos satisfazem logo pelo início da manhã.
A borboleta branca que passa e pousa,
O prazer em viver e da vida,
O ambiente que nos rodeia.
Tudo é importante à nossa volta,
Tudo é grandioso e gratificante.
Que comece o dia depois disto, Depois de começar,
E antes de começar.
Um furacão que se dissipou, Agora existe uma brisa suave,
A nostalgia, a serenidade, a consciência aliada à inteligência.
Sempre juntas.
A compaixão.
A liberdade,
A nossa e a dos outros.
Nada termina porque a nossa começa.
O juízo final que nem existe.
É tudo uma questão de tempo.
A paz prevalece, o amor permanece e a luta é constante.
A luta interior de cada um não é facilmente dissuasiva, A nossa luta não acaba.
Viver é uma luta constante entre a paz e o amor.
O mundo tem de ficar unido, Juntos conseguimos combater todas as guerras.
Portugal, o meu país.
Um país forte, cheio de cultura, Com a sua história tão rica e nobre.
Parece que se esqueceram dos primórdios
Do nosso querido Portugal.
Quem fundou?
Quem conquistou?
Onde nasceu?
O sacrifício que foi para formar este país
E conquistar outras terras,
De certa forma esquecidas, deixadas ao abandono E conquistadas por nós,
Com os nossos antigos governadores, Formar países e colonizá-los, fazendo-os países irmãos, Que serão sempre países irmãos, mais não seja por Portugal.
O povo anda esquecido do sacrifício, Que é a salvação de todos nós, da pátria nossa. Se ainda resta um pingo de sanidade e respeito,
Por mais que não seja pela própria vida e de um país, Baixem tudo e reduzam-se à vossa insignificância.
Não queremos guerras, Queremos amor e paz.
Um mundo repleto de dementes acaba destruído.