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título: Retalhos do meu Sentir…
autora: Marinel Oxiela
edição: Edições Vírgula ® (Chancela Sítio do Livro)
grafismo de capa: Ângela Espinha
paginação: Paulo Resende
1.ª edição
Lisboa, julho, 2023
isbn: 978‑989 8986 75 7
depósito legal: 517299/23
© Marinel Oxiela
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Marinel Oxiela nasceu em Vila Real de Santo António a 3 de fevereiro de 1942. Viveu nesta terra algarvia até aos 8 anos de idade tendo aí frequentado a Escola Primária Oficial onde concluiu a 2ª classe do Ensino Primário.
A 15 de agosto de 1950 foi viver para Lisboa, sua terra de adoção.
Em Lisboa completou o Ensino Primário. Posteriormente fez o Curso Liceal no Liceu de Dona Filipa de Lencastre.
Desde sempre manifestou uma grande inclinação pela Matemática, tendo feito a licenciatura em Ciências Matemáticas na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.
Após um Estágio Pedagógico de 2 anos e de um Exame de Estado no Liceu Normal de Pedro Nunes, seguiu a carreira de professora de Matemática do Ensino Secundário Oficial.
Como professora de Matemática e durante 32 anos e meio, lecionou no Liceu de Camões, atual Escola Secundária de Camões, onde foi
professora efetiva e donde veio a aposentar-se no ano de 2003.
Além do gosto pela Matemática também demonstrou, muito cedo, o gosto pela Poesia.
São de sua autoria os seguintes livros de Poesia:
“DEIXEI PALAVRAS VOAR…” (2015),
“EU DEI VOZ À FANTASIA…” (2016),
“RIMANDO ESCREVO O QUE SINTO…” (2017),
“DESABAFOS DA ALMA…” (2018),
“DEI LUGAR AO SONHO…” (2020),
“EM TUDO VEJO POESIA…” (2022) e
“RETALHOS DO MEU SENTIR…” (2023)
Na Antologia da Artelogy de dezembro de 2016 foram publicados três poemas seus.
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A autora dedica este livro a sua falecida mãe
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QUERIDA MÃE!
Hoje, querida mãe, pensei e resolvi Fazer as malas, viajar ao passado, Recuando no tempo, então, parti
A recordar momentos a teu lado. Aos tempos de menina, regressei, Quando aninhada em teu regaço, Me contavas estórias que ainda sei
E que eu escutava, sem cansaço…
Na nossa vida não houve só rosas, Nela, os espinhos, andaram à solta, Nós fomos fortes, fomos corajosas, Com muita luta, lhes demos a volta!…
Quão veloz, o tempo, foi passando E, foi com mágoa que me apercebi Que, pouco a pouco, me ias deixando, Deus quis levar-te pra junto de Si!...
Muitos anos já passaram sem te ver, Mas com muita saudade e emoção
Te digo, mãe, que continuas a viver Em meu peito, no meu coração!...
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Prefácio
As palavras isoladas, soltas e sós, exprimem-se apenas a si mesmas, e têm, por isso, bem curta significação. Misturadas com outras, de imediato, as palavras adquirem uma outra valência: uma valência de conjunto. E se sozinhas, a sua vibração é curta, já elas, e se entretecidas com outras, adquirem, e de imediato, uma vibração mais longa. Esta vibração pode ser, e entre várias outras, de natureza poética. Ponto é que as palavras assim misturadas, e sujeitas a uma certa cadência e a um ritmo preciso… tanto este, quanto aquela, quase musicais… sejam susceptíveis de suscitar, entre os que as leem, emoções estéticas, muito em particular, a emoção da beleza.
Feitas estas breves considerações, e debruçando-me sobre o conjunto de poesias que Marinel Oxiela reuniu sob o título de “Retalhos do Meu Sentir…”, e que, na sequência dos seus seis livros de poesia já editados, ora publica, creio ser de destacar, e antes de mais, a grande simplicidade dos seus versos, e a rara beleza que,
deles, e face a essa mesma simplicidade, genuinamente decorre.
Marinel Oxiela… a seguir ao singular poema com que abre este seu sétimo livro de poesia, um memorial poético em lembrança de sua querida mãe… espalha o seu estro poético por muitos outros poemas.
Ao longo da maior parte deles, debruça-se sobre ela própria, referindo-se, em sucessivo, à origem dos seus poemas e ao destino que lhes estará reservado, falando da musa que a inspira e dos seus próprios anseios poéticos, aludindo aos seus gritos de dor, tristeza e saudade, afirmando ser o seu coração o grande orientador da sua vida, mencionando a força dos seus sonhos, a sua filosofia de vida, os gritos que solta e que só Deus ouve, confessando o pacto que fez com os versos que escreve, reconhecendo a capacidade que possui de, sob a graça de Deus, orientar a sua própria vida, e a sua determinação em seguir, vida fora, igual a si mesma, lamentando a sua incapacidade de pintar o sol-pôr, relatando o que vê de uma janela, confidenciando que, uma vez, ao abrir as portas da alma para deitar Preview
fora as amarguras, se deparou com a saudade, que, renitente, se recusou a sair, afirmando a sua recusa em ser vencida pelo peso dos anos e a sensação que a possui…já na última etapa da vida…de haver cumprido a sua missão no Mundo, revelando ainda a paz e a calma que sente ao escrever versos, os quais são como que máscaras…máscaras atrás das quais esconde a dor que lhe anda à solta na alma.
De entre os demais poemas deste seu livro…e cujos temas são exteriores à própria Marinel Oxiela, mas pelos quais perpassa ainda o lirismo de uma singular subjectividade…destacam-se, em particular, aquele em que sucessivamente alude às diferenças existentes entre as pessoas que, sob o Sol comum a todos, habitam o Mundo, o poema que é uma elegia da solidão, aquele em que critica os medíocres, um outro em que se refere ao abraço que une dois corações, o poema sobre o que é ser realmente forte, aquele em que afirma a conveniência de se viver a vida segundo uma lógica matemática, aqueloutro em que analisa o sentido das lágrimas de um velho, o poema em que afirma
a necessidade de se escolher, de entre os vários tipos de amizade que existem, uma amizade intemporal, aquele em que recorda o dever, para a vida ter algum sentido, de se deixar relevante marca no Mundo, um outro a que sarcasticamente alude ao riso daqueles que, cedo demais, se julgam vencedores, o poema em que celebra a vila em que nasceu e que , entretanto, subiu a cidade, e um outro sobre o papel em que regista, como se ele fosse um passivo confidente, os seus próprios gritos de alma e as suas amarguras.
Meus livros, Somatórios de poemas, Brotam de minha alma os temas Que o coração vai moldando E a mão, não olha a nada, Vai escrever, desenfreada, O que a mente vai ditando… maRinel oxiela
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RETALHOS DO MEU SENTIR
No silêncio, sem vivalma, Meus versos deixo partir, São remédio que me acalma, Pedaços da minha alma, Retalhos do meu sentir…
Levam lágrimas, saudade, Com eles, sorrisos, vão.
Levam amor, lealdade, Recordações da mocidade Guardadas no coração.
Partem e vão esvoaçando Sem destino, pelo ar… São como pombas voando E onde passam vão deixando Vestígios do meu pensar.
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MUSA, MINHA INSPIRAÇÂO!
Musa, minha inspiração, És meu Norte, meu abrigo, Trazes-me paz ao coração, Partilhas versos comigo. Num ambiente de calma, Ao conversarmos a sós, Dás alento à minha alma, Existe empatia em nós!…
Falamos de tudo um pouco, De dor, de amor, de saudade
E deste meu jeito louco
De versejar à vontade…
Em ti bebo inspiração, Sem ti, não sei que seria!...
Ao pesar-me a solidão, Busco a tua companhia!...
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