Nasci em Belmonte-Castelo Branco (no ano em que se foram dois vultos que muito me marcaram, e à cultura portuguesa – Sebastião da Gama e Teixeira de Pascoaes). Residi (uns bons anos) na Póvoa, a quando da Primária e das idas-e-vindas a Lisboa para frequentar o Liceu (Gil Vicente) e a Universidade (ISCSP-U). Mais tarde, mudei-me para a Linha do Estoril e acabei por assentar arraiais no Pai do Vento-Cascais. Dei aulas em escolas do ensino básico e secundário, entre 1975 e 1983: Vila Franca de Xira, Póvoa de Santa Iria, Montijo, Cascais, Parede, Belém-Algés, Albarraque. Depois do mestrado, em Social Education (U. Boston), fiquei ligado ao ensino superior politécnico: fugaz passagem pela ESE de Beja e ancoragem na ESE do Instituto Politécnico Setúbal (onde sou professor coordenador). No nomadismo diário pelo meu “triângulo das bermudas” (Cascais-Setúbal-Ericeira), vou perdendo a paciência nas filas intermináveis de trânsito mas recupero-a no trabalho de campo (mais de hortelão-jardineiro que de antropólogo) e, nos cafés, sempre com o mar por perto, onde vou alinhavando escritas disto e daquilo. Fora isso, passo o tempo na escola (de onde nunca saí… desde os meus 7 anos). E aí me reencontro na alegria das aulas e na etnografia crítica daquele microcosmo idiossincrático.