Novembro e as Romãs que lhe Levo

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Baião Modesto

Baião Modesto Quando é que vou ter a meia-noite da noite do pé em fuga da sala...

Novembro e as romãs que lhe levo

e calçar-te, Poesia, o sapato depois!

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Novembro e as romãs que lhe levo Poesia



BAIÃO MODESTO

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NOVEMBRO E AS ROMÃS QUE LHE LEVO


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título:

Novembro e as Romãs que lhe Levo Baião Modesto edição gráfica: Edições Vírgula® (Chancela Sítio do Livro) autor:

M. Adelaide Silva Ângela Espinha paginação: Paulo S. Resende desenho de capa:

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capa:

1.ª edição Lisboa, janeiro 2021 isbn:

978­‑989-8986-38-2 477463/20

depósito legal:

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© Baião Modesto

Todos os direitos de propriedade reservados, em conformidade com a legislação vigente. A reprodução, a digitalização ou a divulgação, por qualquer meio, não autorizadas, de partes do conteúdo desta obra ou do seu todo constituem delito penal e estão sujeitas às sanções previstas na Lei. Declinação de Responsabilidade: a titularidade plena dos Direitos Autorais desta obra pertence apenas ao(s) seu(s) autor(es), a quem incumbe exclusivamente toda a responsabilidade pelo seu conteúdo substantivo, textual ou gráfico, não podendo ser imputada, a qualquer título, ao Sítio do Livro, a sua autoria parcial ou total. publicação e comercialização

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NOVEMBRO E AS ROMÃS QUE LHE LEVO


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Em memĂłria de Margarida de Carvalho

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(Professora de InglĂŞs, na Escola Comercial e Industrial de Leiria)


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“ L’ essentiel n’est pas de vivre longtemps, mais de vivre pleinement.” Sénèque

“Os poetas são, simultaneamente, isoladores e condutores da corrente poética.”

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Novalis

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“ A Poesia despoleta o Real na sua Essência.” Anónimo (séc. XIX)


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Novembro e as romãs que lhe levo 11

O

mês que exalça

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Tenho Novembro, não sem os vidros da janela; donde as folhas no chão das árvores são a inutilidade da calçada. E saio para lhe fazer a surpresa da alteração das pulsações do coração.


12 Baião Modesto

Romãs

de

Bach

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Por um sol maior de Bach a abrir-se em romã, da convertibilidade às romãs de Roma. Cada bago, andamento às intenções de Perséfone ou das Perfeições Divinas de João. Expressos ensejos bebendo o sumo que verte, ao ouvir-se o sol maior de Bach.


Novembro e as romãs que lhe levo 13

Soneto que falhou por pouco

(à Língua Portuguesa)

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Começar por esse Janeiro longe, ignorando o teu colo no Lácio… a dificuldade agora surge da memória - o tempo viático!

Vai imbricando-se o vocabulário… entrincheiram-se os morfemas na Língua, o que é extraordinário Amor. Pai, avó, avô, filhas, mãe, irmã e mais.

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Herdámos-te a Sede e a Ânsia com as Raízes saindo da Terra, em várias formas; variando-se as aves

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onde a Memória ganhou importância. Prende-nos o Mar que aí se requebra, porque Dizer Saudade soa a Alarme!


14 Baião Modesto

A ronda do lobo

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Não se espere extinto o fogo da Poesia. O Lobo ronda até não haver senão cinza.


Novembro e as romãs que lhe levo 15

Covid -19

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Na crosta da Terra, a desbastar-se, medimos a direcção do vento, com os rostos alegres e ingénuos… por não sermos cata-ventos no pináculo da torre.

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Incautos das microscópicas catástrofes.


16 Baião Modesto

Lembrança da chegada a Paris

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hoje.

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Dá-me essa pedra-de-toque, seja isso o que for ou memória cheia de Luz, que nem a Luz de Paris…


Novembro e as romãs que lhe levo 17

Jornada de Pégaso e Baco

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Água fresca de cântaro de barro de Estremoz, da tal fonte com que Pégaso fintou as vigias de Baco.


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