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FICHA TÉCNICA Edição: edições Vírgula ® (Chancela Sítio do Livro) Título: Reagir Autora: Ana Catarina Gomes Ilustrações: Ana Carolina Lopes Fotografias: Ana Catarina Gomes Arranjo de Capa: Patrícia Andrade Paginação: Nuno Almeida Revisão: Patrícia Espinha 1ª Edição Lisboa, Maio 2016 ISBN: 978-989-8714-76-3 Depósito Legal: 408372/16 PUBLICAÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO:
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Prefácio
C
riar algo é sempre um ato de Fé, de Coragem, de Amor e Magia! E é com isto que a nossa querida Amiga nos presenteia: com algo muito seu, algo que foi crescendo em si, que resulta do seu Amor Incondicional que se revela no seu dia a dia, na sua postura, na sua maneira de ser. Fiel, trabalhadora, um ser luminoso, com uma personalidade vincada, sempre com um sorriso nos lábios, de uma forma encantadora e sã que nos eleva a alma, assim é a nossa Ana Catarina. Amigas desde há muito tempo atrás, tenho acompanhado, lado a lado, este seu caminho de crescimento, de evolução, de trabalho e dedicação. Nem todos os dias foram claros, nem todos os desafios foram acessíveis, nem envoltos em facilidade… da sua parte nunca vi indignação ou oposição, mas sim um fluir com o que a vida disponibilizava, sempre com uma vontade muito grande de vencer e ultrapassar o que lhe era proposto. Passo a passo, foi formando o seu propósito de vida, não obstante aos impedimentos e algumas partidas que foi sentindo pelo seu caminho, avançou segura e sempre com uma vontade de se tornar melhor pessoa, melhor profissional, melhor enquanto ser de luz, de amor e cura. A minha querida Amiga deu-me a honra de escrever sobre si nesta sua obra. Fiquei muito honrada e grata sou por este voto de confiança. Porque acredito no seu projeto, que este vai trazer ao mundo inspiração e conforto, ser portador de genuinidade, gentileza e beleza com as suas palavras e mensagens, acredito no propósito deste, no que este pretende alcançar. Porque acredito nela enquanto pessoa, enquanto ser de luz espiritual, acredito e já fui presenteada com a sua evolução, com o seu crescimento, com a sua ascensão. Foi devido ao facto de querer sair da sua zona de conforto, querendo chegar mais além, que chegam até nós estas maravilhosas páginas de pura inspiração, com um significado profundo. Esta obra literária é o resultado da energia do dever pelo coração, da entrega, da ajuda e apoio, como se uma mão amiga estivesse sempre disponível para nós.
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Que este seu projeto seja envolto em abundância, trazendo plenitude e conforto aos que dele irão usufruir, e que este possa refletir a sua natureza afetuosa, a grande capacidade de amar o próximo, de ajudar e servir. Muito grata sou por esta linda amiga altruísta, vibrante e alegre ter conseguido materializar o seu sonho, nos ter legado este tesouro! Raquel Rose Heart Por vezes penso: será que as coisas acontecem por acaso ou têm uma razão de ser? Têm definitivamente uma razão de ser, não foi por acaso que numa altura difícil da minha vida me cruzei contigo, uma pessoa cheia de boa energia, cheia de luz, que me ajudou a encontrar o meu caminho e que me diz constantemente “não te preocupes, deixa fluir”. Desde aí (já lá vão alguns anos) que partilhamos desilusões, frustrações, mas também muitas vitórias. Considero-me uma sortuda por puder trabalhar ao lado de alguém que tem sempre uma palavra de esperança a dar, que partilha os seus conhecimentos sem reservas, que dá tudo pelos outros sempre de sorriso pronto. Por isto e muito mais, chegou a minha vez de te dizer: obrigada por seres quem és Ana Catarina Gomes, “deixa fluir”, vai tudo correr bem. Sónia Coelho
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Introdução
A
s palavras que se seguem surgem de “dentro de mim”, é o resultado da minha vivência até agora, e também de muitas experiências, pessoais acima de tudo. Mas também da minha relação/inter-relação com as pessoas que me chegam, nem sempre no âmbito da terapia. Independente das terapias que vêm fazer, no fim, acaba por ser uma “necessidade” comum a todos poderem falar sem reservas sem medos do que quem ouve possa dizer ou pensar. Sentem-se, naqueles minutos, “em liberdade”, nem que seja de expressão. Estas palavras (não as escrevo com o intuito de verdade absoluta, mas sim na verdade da minha experiência e sentir) servem para diminuir o peso que cada um possa carregar, para que as leiam e sintam, e as utilizem, se assim o quiserem, e para que ajudem no que necessitam. Não se trata de um romance, ou de um conto de fadas, nem de um policial, mas sim da minha experiência e desejo, que sirva de apoio, de linha condutora. O meu objetivo não é mudar ninguém, mas se poder ajudar a ver cada situação de uma forma menos pesada, mais luminosa, já valeu a pena a partilha. O meu objetivo é apresentar uma outra forma de ver as coisas, de ver que, por vezes, é mais fácil a solução do que a situação em si. Uma atitude positiva, uma reação e ação, minimiza em muito, o desconforto, a desilusão, a ansiedade, e “pré-ocupação” da mente, de forma a haver uma libertação. Que consiga ser uma palavra de conforto, compreensão e apoio. “Façam o favor de serem felizes.”
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Ser Eu
Q
uando nos deparamos com questões acima da explicação terrena, quando sentimos que algo falta ou algo não está a fazer sentido e não conseguimos explicar, devemos meditar e sentir, perceber o que nos está a provocar isso ou a pedir para ser mudado. Nem sempre é rápida a compreensão, nem sempre se consegue entender logo. Tudo a seu tempo. Acredito que as respostas surgem quando estamos preparados para elas e não quando queremos. Há alguns anos atrás, dei por mim a sobreviver. Demorei sete anos a conseguir libertar-me e a perceber que eu não estava ali a fazer “nada”. Ninguém tem o poder de mudar ninguém. Muitos de nós temos “a vontade”, é bem certo. Mas acreditem que só quem quer mudar é que se permite essa mudança. Eu acreditei que conseguia mudar alguém, mas isso não aconteceu, e aí percebi (demorei muitos anos) que não posso, nem tenho esse direito, mudar seja quem for. Esta situação fez-me refletir: Será que vale a pena, será que o caminho é de vivência ou sobrevivência? Durante esses anos “perdi” algo que realmente era importante e me fez “acordar” para a realidade da vida, e dar-lhe valor, aprender a vivenciá-la. Mas para isto foi necessário sentir a dor do que realmente faz parte de nós. Muitos devem ter sido os alertas, mas que eu não via, quando a dor foi real e forte “acordei”. Senti-me renascer após ter percebido e aceite cada situação, a partir daí tudo começou a fluir e comecei a libertar-me. Por isso, estejam atentos aos sinais, ao que nos é mostrado. Não nos permitamos continuar a sobreviver. A vida é uma dádiva de amor, liberdade, alegria e harmonia. A todos os que acham que a Vida é “sofrimento”, que temos de viver amargos, com peso nas costas, libertem-se, pois não é isso que nos é pedido. É-nos pedido que sejamos nós mesmos, e não o que os outros querem que sejamos. :: 10 ::
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Que vivamos em harmonia e alegria e não em amargura e tristeza, que vivamos em amor e liberdade, e não submissos e presos. Aceitem-se, acima de tudo, somos seres lindos que devemos viver e mostrar essa beleza, e se nos querem fazer sentir o contrário, não o devemos permitir. Ninguém é dono de ninguém, nem temos uma trela que nos permita ir apenas onde e quando o dono quer. Respeitem-se, para que seja essa a mensagem que enviam para o Universo, e assim serem respeitados pelos outros. A nossa vibração para o exterior define, em muito, como permitimos ser tratados. Situações mais complicadas todos temos, a diferença está na atitude perante as mesmas. E aí está uma das diferenças em cada um de nós. Sejamos amor, respeito, liberdade e atitude. Acreditem em cada um de vós e tudo fluirá pelo melhor para cada um. Vivenciei muito até hoje, mas essa vivência também tem sido uma grande escola nesta caminhada que é a vida. Eu acredito que assim conseguimos fazer a nossa caminhada e chegar ao “destino” da vida, façam a vossa caminhada com alegria e um sorriso na cara. SEJAM FELIZES.
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Atitude
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árias são as situações em que esta palavra se aplica. “Nada é bom ou mau, é pensar no assunto que o define.” (William Shakespeare) O que a seguir escrevo, claro está, é na minha verdade, que pode não ser a de quem lê, mas aí está o livre arbítrio de cada um. A atitude não está só na relação interpessoal, mas em tudo na nossa vida, e para com tudo o que nos relacionamos. Perante uma situação, perante uma circunstância, perante relações… Vamos descrever e aprofundar cada uma das diferentes formas em que devemos ter atitude.
Atitude perante a vida
Muitos são os que se queixam de tudo e se esquecem de agradecer o que têm, a atitude de vitimização, a qual já adotaram como uma forma de vida, deixa cada um confortável. Mas a vida estagna e não avança, pois assim será – já que é isso que emanamos para o Universo. É mais difícil sairmos da zona de conforto e enfrentar cada situação do dia a dia. Por vezes, nada corresponde ao que supostamente planeámos para o nosso dia, saindo tudo “ao lado”.
Atitude perante as relações
Muitas são as vezes que retribuímos com arrogância, vingança, ira… Mas será esta a solução? Pois bem, se dermos amor teremos mais probabilidade de receber amor, se retribuirmos com ódio, essa será a provável emoção que iremos receber. Então, valerá a pena manter emoções de ódio, raiva, arrogância? Tenhamos a atitude de passividade, de amor, de semearmos sementes de alegria, paz e harmonia. Aqui deixo um exemplo de como se consegue alterar uma emoção/atitude agressiva em paz e harmonia. :: 12 ::
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Exercício:
Certamente já tivemos, vivenciámos e participámos em discussões e, por vezes, bem “acesas”. Numa discussão em que um levanta a voz, o outro, em reação e para se fazer ouvir melhor, levanta o tom ainda mais, em dada altura já não se ouvem e já nem é uma discussão mas, sim, gritaria. Façamos o seguinte: no início de uma discussão em que o outro levante a voz, não vamos retribuir no mesmo tom, respondemos num timbre normal de conversação. A discussão vai acabar por se dissipar. Tal como uma fogueira que para arder precisa de lenha, assim uma discussão para se manter precisa de “combustível”, que neste caso seria Ira e Raiva. Muitas vezes é o Medo que origina a discussão, mas escondido atrás de uma capa. Como não se retribui, a discussão termina. O outro poderá não perceber o que se passou ali, sabendo somente que não obteve resposta. A discussão poderá depois prosseguir noutros moldes, transformando-se assim num diálogo baseado no respeito mútuo. Não poderia de deixar de partilhar convosco esta lenda, que nos mostra como a mudança de atitude pode mudar uma relação.
Lenda Chinesa
“Era uma vez uma jovem chinesa chamada Lin, que se casou e foi viver com o marido na casa da sogra. Passado algum tempo, Lin começou a perceber que não se adaptava à mãe do seu esposo. Os seus temperamentos eram muito diferentes e a jovem irritava-se com muitos dos hábitos e costumes da sogra, os quais criticava cada vez com mais frequência. Com o passar dos meses as coisas foram-se tornando cada vez piores, a ponto da convivência se tornar insuportável naquela casa. Contudo, segundo as antigas tradições da cultura chinesa, a nora tem de estar sempre ao serviço da sogra e obedecer-lhe em tudo. Mas a jovem Lin, não aguentando a ideia de viver com aquela mulher por mais tempo, tomou a decisão de ir em segredo consultar um Mestre, velho amigo do seu pai. Depois de ouvir a jovem, o Mestre Huang pegou um ramalhete de ervas medicinais e disse-lhe: – “Para te livrares da tua sogra, não deves usar estas ervas de uma única vez, pois isso poderia causar suspeitas. Mistura-as com a comida, pouco a pouco, dia após dia, e assim ela vai sendo envenenada lentamente.” Lin ouviu as palavras do Mestre, que continuou: – “E para teres a certeza de que, quando ela morrer, ninguém suspeitará de ti, deverás ter muito cuidado em tratá-la sempre com muita amizade. Não discutas e ajuda-a a resolver os seus problemas.” :: 13 ::
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