Revista Sotaques Brasil Portugal Nº 23 Março / Abril

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março/abril 2019 Nº23|Gratuito

Manifesto do bom cidadão brasileiro

Arte Sacra Brasileira Santuário do Senhor

Bom Jesus de Matosinhos

O prazer na

comida que faz Casa: comfort food e outras possibilidades

Brasil Um País em Mutação

Rô Mierling

Brasileira à distância


Índice

Sotaques

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Pag.4 O prazer na comida que faz Casa: comfort food e outras possibilidades

Pag.36 Manifesto do bom cidadão brasileiro

Pag.10 Mercado Ver-o-Peso 392 anos

Pag.38 Resenha: o livro de nad – Marlus Alvarenga

Pag.12 Pag. 40 Arte Sacra Brasileira Marcelo Ortega “vendeu bem” na Casa da Música Santuário do Senhor Bo Jesus de Matosinhos Pag.16 Pag. 60 Brasil Red Carpet Night 2019 Pag.20 Pag.76 Capa Brasileira à distância Pag. 24 Pag.78 Porto Cidade Invicta Brasileiros Empreendedores Pag.30 Linda Inês de Paula


Brasil um País em Mutação No ano em que a terra de Vera Cruz completa seus 519 anos, estamos nós ainda a questionarnos para onde vamos e como vamos. Linda Inês de Paula, uma jovem modelo brasileira do Rio Grande do Sul, dá cor à nossa capa, trazendo a visão de um novo Brasil.

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Um país mais saboroso: Marlus Alvarenga, o nosso gastrólogo, oferece-nos como entrada o prazer da comida que se faz em casa. Como um país não se governa sem poesia, os nossos poetas contemporâneos dizem o que querem para este novo Brasil. Diego Demetrius Fontenele faz-nos pensar com “Brasil “ e Alex Gomes apresenta o seu “ Manifesto do bom cidadão brasileiro “ .

com o Santuário do Senhor Bom Jesus de Matosinhos, em Minas Gerais . Pablo B.P. Santos sugerenos uma leitura oferecida por novos escritores brasileiros , apresentando “ O livro de nada” . Brasileiros empreendedores em Portugal: mostramos jovens empreendedores brasileiros que marcaram presença na ExpoCosmestica 2019. Uma noite de glamour, no Parque Nascente, mostra que Portugal está na moda. A Red Carpet Night 2019 trouxe ao norte várias estrelas da tv e da moda . Somos aquilo que produzimos!

Arlequim Bernardini

Rô Mierling mostra a sua visão com “ Brasileira à distância “ . De Belém, Hernany Feasi festeja os 392 anos do Mercado de Ferro; do sudeste, Hebert mostra-nos a riqueza da arte sacra brasileira

Revista On-line Sotaques Brasil Portugal Propriedade: Atlas Violeta Associação Cultural ISSN: 2183-3028 - Tel. 351 917 852 955 www.sotaques.pt

Colaboradores Portugal: Arlequim Bernardini , Agostinho Oliveira , António Almeida Santos, Bárbara Bernardini , António Proença . Colaboradores Brasil: Hernany Fedasi, Hebert Júnior , Pablo B.P. Santos , Rô Mierling, Laercio Lacerda , Diego Demetrius Fontenele , Alex Gomes , Marlus Alvarenga e Rosangela Herbert.

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Brasil

O prazer na comida que faz Casa: co outras possibilidades |Marlus Alvarenga

Rabada com agriĂŁo. Duas Terezas. SĂŁo Paulo, janeiro de 2019. Acervo pessoal

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omfort food e

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á vários espaços que cativam lugares. Alguns, sempre confortáveis, fazem morada no campo da memória, rumo aos gostos e suas ligações entre os sentidos. Na fala sábia e afórica de Savarin (1755-1826), em Fisiologia do Gosto, “o prazer da comida é o único que, quando desfrutado com moderação, não acaba por cansar”. Seria então um espaço da mente que des-cansa: quando se come, no ato deglutidor, das sensações que casam. A cor, as cores, o sabor, os sabores: cheiros, aromas... os saberes do lugar. Tudo que encanta na bruxaria gastronômica – ou alquimia dos alimentos – ou a mágica acadêmica da química orgânica, tanto faz quando falamos de situar esse gosto. Há lugares que queríamos voltar; e, nem sempre, eles são físicos. Nem sempre se fazer de concreto e pó, de força e pá. O conceito de comfort food - comida que conforta, que afaga trazendo memórias nostálgicas de algo vivido - ou de um fator cultural que se remeta a tal espectro, é um conceito pop novo, mas muito, muito antigo. Uma nomenclatura para coisas que sempre fizemos ou sentimos.

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Brasil

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uando nos questionamos “de onde veio nosso paladar”, muitas respostas familiares nos cercam. São os encontros de domingo, o dia a dia do almoço ou jantar em casa, a comida da escola com os amigos, o bolo de aniversário – e para muitos, inclusive, a ausência desse alimento comida. Muitos tem o mínimo necessário para sua própria nutrição. Um dia desses vi uma reportagem sobre uma catadora de lixo que, para disfarçar o cheiro de podre do seu único alimento do dia, usava das ervas do quintal. Uma feiticeira da sobrevivência. Isso tudo ao redor de uma das cidades que mais movimenta dinheiro e trabalho no país: São Paulo. Conhecendo o Brasil, que oscila no quadro da fome mundial, tão populoso, entretanto tão rico, é difícil e desafiador pensar na comida como plástica, produto, objeto. Há uma zona ainda desconfortável nisso tudo, ao menos a mim, como gastrólogo e crítico, talvez com uma carga poética ainda muito grande. Por bem, há muito ainda que mastigar e absorver. Encontros e conexões consigo e com quem se tem afeto quase sempre vezes marcam esse lugar do conforto. Sentir-se em casa, ter cheiro de saudade, de comida de vó. Lugares como esse, o Duas Terezas, amorosamente concebido pela chef Mariana Pelozio, em São Paulo, nos dão essa sensação de segunda casa. O nome - que remete às avós da chef é brasileiríssimo, assim como o menu que nos conecta com a ideia de um brasil com pitadas de imigração italiana. Há, em espaços como esse, uma presentificação do ser gastronômico que, além de ofertar comida - paga, com valores econômicos e comerciais - oferece experiências emotivas. Ir ao restaurante é viajar no tempo: com uma pitada de colonial, mas com arrojo, conforto e versatilidade dos ambientes contemporâneos. É de espaços como esse que, com um pouco mais de cuidado, precisamos habitar em nossas relações sobre o comer fora de casa. Quase sempre o mais mainstream não oferece a intimidade que o Duas Terezas e muitos outros cafés, bistrôs e restaurantes de menor espaço físico oferece, com naturalidade. É uma festa para o bem-estar pessoal - e para sentir felicidade. Na contramão do paulistano diurno Duas Terezas, o notívago e brasiliense Zepelim Burger, situado na região administrativa do Guará II, periferia de Brasília, segue sendo a segunda casa de muita gente. Digo por mim e por uma grande mescla de público roqueiro que, órfãos das boas e justas casas noturnas dos anos 90-2000 na cidade, procuram música ao vivo de qualidade e sanduicheira bem-feita e bem servida. A casa, comandada pelo músico e servidor público Guilherme Costa que com o auxílio de sua esposa, Jéssica Cipriano, mantém a fidelidade do som autoral da Capital do Rock (Ainda? Não sabemos) e algumas poucas bandas tributo, público, carisma e boas cervejas, herdados com sabedoria do antigo dono e idealizador do espaço, Rafael Lago. Como bom conhecedor do local, qual passei dois anos indo ao menos uma vez na semana - quando não ia todos os dias -, digo com clareza que é um espaço de conforto underground. Para muitos frequentadores, esse é o ponto onde eles querem fazer casa: ao som alto das guitarras, comendo hambúrgueres saborosos e tomando algo. É o conforto que não só preenche com música e comida os que buscam lazer nos finais de semana, mas àqueles que, muitas vezes sozinhos ou entediados, encontram bom papo em plena terça feira com os colaboradores e donos da casa, sempre solícitos e divertidos. O espaço também acolhe lançamentos de livros, coleções de fotografias e as festas do Gótico DF, comandadas pelo produtor e Dj Gustavo Lima.

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Restaurante Duas Terezas. SĂŁo Paulo, janeiro 2019. Foto de arquivo pessoal

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Brasil

Zepelim Burger. Brasília, 2018. Foto: Leonardo Rossini

É

imprescindível re-compreender que o que traduz afeto em si não necessariamente é assim ao outro. Quando citamos comida na casa de vó, para muitos parece acolhedor. Para outros, o terrível espaço familiar desgastado. Quando pensamos em um bar rocker, o terror pode parecer o barulho que soa como excessivo ou a comida regada à cerveja - para outros, o verdadeiro paraíso. Quase, nesse paralelo livre, religioso: um altar barroco na comida caseira e afável dos restaurantes intimistas e uma valhalla asgardiana para o beer&burguer dos noturnos. Uma questão de escolhas, preferências - gosto. Gostos. O que se preserva na vontade individual - que, ramificada, se encontra com o coletivo em espaços onde o prazer se une ao gostoso. Comfort food tem que ser onde, além de comer algo que te remeta às boas sensações, sinta-se entregue ao prazer de estar, por horas, à vontade no mesmo lugar em que comeu. Fica uma reflexão aos moldes savarianos: aquele que cria (seria o cozinheiro ou algum deus?), forçando, induzindo (obrigando, fisicamente na necessidade de se nutrir) o homem a comer, o convida para isso por meio do apetite e do desejo físico, recompensando-o por meio do prazer. O confortável. A comida.

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Zepelim Burguer. Lançamento do “O livro de nada”. Brasília fevereiro de 2019. Foto: Mario Henrique

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Brasil

Mercado Ver-o-Peso 392 |Hernany Fedasi

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Mercado Ver-o-Peso ou Mercado Municipal Bolonha de Peixe ou Mercado de Ferro ou soment o-Peso(inicialmente chamado Casa de Haver o Peso), é um mercado público inaugurada em pertencente ao Complexo do Ver-o-Peso, situado na cidade brasileira de Belém, no estado do localizado na Avenida Boulevard Castilhos França, no bairro da Campina, às margens da baía do G

É um dos mercados públicos mais antigos do País, considerado como uma das maravilhas do estado. Foi eleito um 7 Maravilhas do Brasil por ser um dos mercados mais antigos do Brasil. Ponto turístico, cultural e econômico da de Belém, formado pelo Mercado de Ferro, Praça do Pescador, Doca das Embarcações, Pedra do Peixe e, Feira L considerado a maior feira ao ar livre da América Latina - que abastece a cidade com variados tipos de gêneros alime e ervas medicinais, vindos das ilhas circunvizinhas à capital e dos municípios do interior, fornecidos por via

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2 anos

te Ver1625, o Pará, Guajará.

ma das cidade Livre entícios fluvial.

História Com posição estratégica na desembocadura do Amazonas, Belém era o maior entreposto comercial da região de produtos extraídos da região amazônica (drogas do sertão) com destino aos mercados locais e internacionais, de carne com preço baixo dos rebanhos na Ilha do Marajó, e ponto de chegada dos produtos europeus. Então em 1625, na área do igarapé do Piri (no atual Mercado Ver-o-Peso), os portugueses instalaram o posto de fiscal comercial Casa de Haver o Peso, para controle do peso e, arrecadação de tributos dos gêneros trazidos para a sede da Capitania do Grão-Pará (Estado do Maranhão), concedido por provisão real à Câmara de Belém. Em 1803, no governo de Dom Marcos de Noronha e Brito, Conde dos Arcos, o igarapé do Piri foi aterrado para atender aos avanços urbanísticos da Belém. A foz foi transformada em doca, mantendo-se ali as atividades da Casa de Haver o Peso. Embora em 1839 a cidade estivesse abalada pela revolta popular denominada Cabanagem (1835 - 1840), a Casa de Haver o Peso funcionou até meados do ano de 1839, quando em outubro, o presidente Bernardo de Souza Franco extinguiu a repartição fiscal e, a Casa foi arrendada destinada à venda de peixe fresco, até o ano de 1847, quando terminou o contrato de arrendamento e a Casa de Haver o Peso foi demolida. Em 1855 durante o Ciclo da Borracha (1879 - 1912), aumentou a importância comercial, principalmente para o cenário internacional. Assim ocorreram novas mudanças urbanísticas: a margem da baía do Guajará foi aterrada, transformando os trapiches de madeira e a praia na Doca do Ver-o-Peso e na Pedra do Peixe feito com pedra de lioz pelos ingleses. Importantes edificações foram erguidas seguindo o padrão arquitetônico europeu de estilo eclético, influenciado pela art nouveau, entre as quais: o Mercado Municipal de Carnes (1867), Palácio Antônio Lemos (1873) e, o Theatro da Paz (1874). Em de 1897, a empresa La Rocque Pinto & Cia venceu a concorrência pública para a construção do Mercado Municipal de Peixe ou Mercado de Ferro, como inicialmente era conhecido o Mercado Ver-o-Peso, autorizado pela lei municipal nº 173. Em 1899, teve início sua edificação, com o projeto de Henrique La Rocque, próximo ao Mercado Municipal de Carnes ou Mercado Bolonha. Sendo inaugurado em 1901, na forma de um dodecágono com medida de 1.197 m², com estrutura metálica em zinco veille-montaine, trazida pré-fabricado da Inglaterra e de Nova Iorque, seguindo a tendência estética francesa de art nouveau da Belle Époque. transportado via fluvial para Belém. Neste período tambpem ocorreu a ampliação do Mercado de Carne; O complexo passou por duas grandes reformas. A primeira em 1985, na administração municipal de Almir Gabriel, com melhorias no: Mercado de Ferro, Solar da Beira (sendo transformado em restaurante e espaço cultural), a Praça do Pescador e, a feira livre do mercado. Ocorreu também a construção da Praça dos Velames e montagem de barracas padronizadas. Em 1998 e 2002, ocorreu a segunda reforma em etapas, sob administração municipal de Edmilson Rodrigues, com intervenção geral na feira, contemplando aspectos paisagístico do local e qualificatórios dos feirantes. Fonte: Wikipéia Foto: Hernany Fedasi

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Portugal

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Marcelo Ortega “vendeu bem” na Casa da Música oram muitos os que estiveram presentes na palestra do especialista de vendas Marcelo Ortega. Inspirar e ajudar empresas nacionais é o lema de Marcelo que faz agora de Portugal, a sua casa.

“Somos todos vendedores” são as palavras que Marcelo Ortega utiliza para descrever a importância das suas palestras. Educar para a excelência do vendedor é assim um dos pontos assinalados por Marcelo que, no passado sábado, dia 16 de março, reuniu na Casa da Música, no Porto, uma série de empresários e profissionais das áreas de vendas de reconhecidas empresas nacionais. Com o propósito de inspirar e ajudar as empresas nacionais, o conceituado orador argumentou sobre temas como negociação, vendas, gestão e empreendedorismo de uma forma entusiasta e muito próxima da audiência. A palestra marca assim o regresso de Marcelo a Portugal que retorna com o objetivo de colocar ao dispor das empresas portuguesas a experiência profissional fruto de mais de 18 anos de carreira, alguns deles como vendedor. Recorde-se que Marcelo Ortega esteve já em Portugal a trabalhar com algumas das melhores empresas nacionais, das quais se pode destacar nomes como; Era Imobiliária, Vodafone, Grupo Sonae, entre outras. Transmitir os melhores métodos e técnicas de vendas é assim um dos objetivos traçados pelo orador. Conhecido pela sua excelência oratória, pelos seus extensos conhecimentos e pelas suas formações de grupo, um dos principais speakers do Brasil divide a agora a sua atenção entre Portugal e Brasil para se dedicar à “educação corporativa” e pessoal, através de grupos que serão disponibilizados para estas ações.

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Sotaques

Brasil | Diego Demetrius Fontenele

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enho vastos 8 mil Quilómetros de motivos Pra parabenizar-te Oh meu querido, Brasil!

O que em ti não é gigante? Seja na Mata Atlântica Do Sertão aos Pampas No Pantanal e na Caatinga E na densa Floresta Amazônica Quero cantar-te! Tuas danças e festas O bah e o oxente As cores de tua gente Tuas comidas típicas Ah, quantos sabores Que delícia de Sotaques Me encanta teus amores. Não posso comparar-te Entre outras mil Somente és tu, pátria amada Brasil.

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Capa

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Brasil | Laercio Lacerda

Fotos e Edições: Laercio Lacerda - Modelo: Linda Inês de Paula - Local : Parque Germânia Porto Alegre Produção: Adriana Almeida Belmirio - Assistente de Produção: Lindonês Martins de Paula - Óculos: Otica e relojoaria Tri-Jóia

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Porto Cidade Invicta |Rosangela Herbert

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Linda InĂŞs de Paula | Laercio Lacerda

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Fotos e Edições: Laercio Lacerda - Modelo: Linda Inês de Paula - Local : Parque Germânia Porto Alegre Produção: Adriana Almeida Belmirio - Assistente de Produção: Lindonês Martins de Paula Óculos: Otica e relojoaria Tri-Jóia.

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Moda

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Literatura

Manifesto do bom cidadã |Alex Gomes

1.

Só a ignorância nos une. Socialmente. Economicamente. Filosoficamente. Cientificamente. Naturalmente. Comumente, a gente mente.

2. 3. 4. 5.

Somos a purificação das classes e da sociedade.

A nossa verdade é absoluta e queremos que toda a minoria nos almeje, apesar de que nunca os deixaríamos serem como nós.

Queremos uma revolução nacional, transformar as pessoas e remodelar a constituição. Seremos mais fortes.

Buscaremos, com rigor, a unificação das massas – de alta classe – e deixaremos que a minoria escolha suas escolhas (desde que essas escolhas não esbarrem nas nossas).

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.Todo mundo é igual a todo mundo, menos se você quiser se sentar ao meu lado num restaurante chique.


ão brasileiro

7. 8.

Queremos a sociedade padronizada aos nossos moldes. Na divisão hierárquica, somos a dominação. As minorias devem se curvar às maiorias.

Buscaremos incessantemente o conhecimento científico. Nossas escolas farão jus à origem europeia dos nossos povos e dominarão o mundo em pouco tempo. A propósito, What is Golden Shower?

9. 10.

Amais uns aos outros como a ti mesmo, menos se for gay, comunista, socialista, ou até mesmo se você for algum tipo de pessoa que busca igualdade social como Marielle Franco.

pessoas.

Nos alimentaremos de comida orgânica e saudável, mas o resto se alimentará com transgênicos. O mercado precisa crescer, não importa a saúde desses tipos de

11.

Os nossos governos serão limpos e claros. Nossos governantes serão inteligentes e compensarão os anos de “vaca magra”. Tudo isso com garra, determinação e armas para a população, que é tão insegura. Brasil acima de tudo, deus acima de todos.

12.

Progresso e ordem.

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Literatura

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Resenha: o livro de nada – Marlus Alvarenga | Pablo B.P. Santos

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ão atrever-me-ia referir-se ao "O livro de nada" como nada. Redizendo palavras do autor, "era demência, sexo e torpor. Embebido de lágrimas agrestes, é um caos de palavras sinceras". Em certos momentos de leitura da obra, somos acometidos por um revival, em loop, da incandescência que é vivenciar os períodos secos, entre maio a setembro, em Brasília; a radiância UV chega ser tão vil, que "os céus desse lugar parecem nunca ter sentido lágrimas de nuvem". Acompanhado de alguns vocábulos como "calejar", "topor" e "ruas", o eu lírico denota quase sempre a figura de uma persona sempre perdida, a jornada solitária de alguém desraizado de lobos em pele de cordeiro, coito que aprisiona e de sonhos aos ventos; tudo em cinquenta e três páginas de prosas poéticas. "Era desse espaço cinza, semeado no solo quente asfáltico e sobreposto da cidade-concreto". Dando início com o trecho de uma das sinopses, temos a "cidade grande" sendo exposta que, revela alusão a metrópole de São Paulo, ou seguindo o contexto do autor, a capital federal, Brasília. Ainda sob uma ótica urbis, a obra inicia-se com os versos pungentes de, "sobre a noite que anda para trás", a qual nos dirige a soturnidade de uma noite, juntamente das "vozes" e do bicho-papão maior; as ruas. Em "Sobre despedidas", a impressão que se obtém é, despedidas podem ser amargas, e o progresso pessoal do outro, a qual, no contexto, o ser referido tende não seguir conselhos, pode depender de uma ação nossa; "as regras são os blocos de composição da diversão", já dizia Mikhail Baryshkinov.

A igualdade é um termo a qual não existe sob a ótica do texto poético "Independência era", onde notamos a sobrevivência diária dos trabalhadores, a negligência das pessoas no "centro do poder", e a reiteração da falta de poder aquisitivo, independência e da liberdade. A utilidade que o autor atribui a cada ação, momento, praxe diária, chama atenção pela acidez, o lado do Ying das coisas: "No jarro doce, aguadeontem No ejacular da manhã, seresvivos No sementear da primavera, um No regozijo, o arrepio Na cadeia uma lua Na praça um sermão Na pira seus braços amarrados". O livro de nada é uma prosa poética amarga, tensa e instigante; a sensualidade é algo bem presente caminhando em dualidade, ou melhor, duplo sentido em muitos textos, como em "de se(i)us pés: dois". Ela respira crítica social, demonstra a força de um movimento e a militância pró minoria que grita dentre hostilidades da justiça cega, como em "A independência era". É a ressignificação do termo "perdido", é o autodesenvolvimento pessoal dentre todas as camadas de dores. O professor de literatura e gastrólogo, Marlus Alvarenga, imerge nos espaços mais sombrios da escrita-água, escrita-lama e escrita-rio. Têm várias publicações em antologias e coletâneas de editoras nacionais.

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Brasil

Arte Sacra Brasileira

Santuário do Senhor Bom |Hebert Júnior

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m Jesus de Matosinhos

Cristo Calvรกrio 41


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Cristo Flagelação

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Foto: Hebert Júnior


Cristo Coroação

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Foto: Hebert Júnior


Cristo CrucifixĂŁo

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Cristo Ceia

Cristo Agonia

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Foto: Hebert JĂşnior


Cruz

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Foto: Hebert Júnior


Calvรกrio

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Foto: Hebert Júnior


Coração de Espinhos

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Foto: Hebert Júnior


Cristo PrisĂŁo 53


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Foto: Hebert Júnior


Santa Ceia 55


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Foto: Hebert Júnior


Anjo da Amargura

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Bom Jesus de Matosinhos

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Foto: Hebert JĂşnior


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Portugal

Red Carpet Night 2

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arolina Patrocínio, Débora Monteiro, Isabel Valadeiro, Cláudia Jacques e Afonso Vilela marcaram presença na noite mais glamorosa do Parque Nascente, gerido pela Klépierre em Portugal. A Red Carpet Night 2019 encheu de brilho e animação a noite mais memorável dedicada à celebração da 7ª arte.

A apresentadora Carolina Patrocínio, as atrizes Débora Monteiro e Isabel Valadeiro, o modelo e ator Afonso Vilela e a empresária Cláudia Jacques pisaram a passadeira vermelha para darem início à grande festa do Parque Nascente que celebra os melhores filmes de 2018. Este ano, sob o tema “Circus Glam”, os convidados foram recebidos num ambiente inspirado nos emblemáticos circos Americanos dos anos 30, contando com champanhe, animação e fotografias instantâneas no photobooth, que lhes permitiu levar para casa uma recordação da mais recente edição da Red Carpet Night. A refletir o tema, todos os convidados respeitaram ao dress code e abrilhantaram ainda mais este evento com apontamentos de rendas, estrelas e veludo. Os convidados tiveram a oportunidade de ver os filmes nomeados aos prémios da Academia, “Green Book”, “Black Panther”, “A Star is Born”, “Mary Poppins Return”, “Bohemian Rhapsody”, “The Favorite”, “Vice”, “Mary Queen of Scots”, “Blakkklansman”, “Never Look Away”, “First Man” e “A Quiet Place”. Todos os anos, o centro comercial recebe centenas de pessoas, entre cinéfilos que gostam de celebrar a 7ª arte e curiosos que querem estar mais perto das estrelas que vão pisar a passadeira vermelha. A Red Carpet Night acontece há 12 anos e é um dos eventos mais emblemáticos do Parque Nascente.

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Afonso Vilela

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Afonso Vilela e Isabel Valadeiro

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Carolina Patrocinio

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Manuel SerrĂŁo

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Clรกudia Jacques e Mariana Machado

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Literatura

Brasileira à distância

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| Rô Mierling

rasil, terra linda e frutífera. De pessoas alegres e despojadas. Trabalho se tem, a quem procurar e desejar O chão é amplo, e plantando tudo dá. Urbano ou rural, não importa

O espaço não reflete a felicidade E sim o interior do brasileiro trabalhador. Mas a liberdade em excesso, o governo mal escolhido, A educação em deterioração, a saúde doente A desvalorização das forças armadas Dos professores e dos médicos, Baluarte de uma vida de qualidade, Fizeram do Brasil um lugar lindo de viver, Mas só na memória, Quando os dias eram bons e tudo funcionava. Hoje o esforço é quase em vão, e as boas lembranças se vão. Por isso, o sonho agora É ser brasileira à distância, Em busca de terras menos deturpadas e desvalorizadas. Distância sofrida, mas necessária. Brasileira à distância.

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Brasileiros Empreendedores

Jovens empreendedores brasileiros que marcaram presenรงa na ExpoCosmestca 2019.

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Alessandra Lima Maquilhadora profissional

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Brasileiros Empreendedores

Jovens empreendedores brasileiros que marcaram presenรงa na ExpoCosmestca 2019.

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Gilmar Santos Hair Design

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