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Publicação Laboratório do Curso de Jornalismo da Unimep Ano 5 – Edição 26 – DEZEMBRO/2011

contexto regional

ª 9mostra

acadêmica


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opinião

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Para que uma Mostra Acadêmica?

Mostra Acadêmica Clóvis Pinto de Castro *

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partir de um comparativo com as edições anteriores, temos percebido um aumento anual da participação do público externo na Mostra Acadêmica. Nos Congresso de Iniciação Científica e de Pesquisa, por exemplo, recebemos trabalhos de docentes e estudantes de outras instituições de ensino superior públicas e privadas. Mas os objetivos do maior evento acadêmico da Unimep vão muito além. O evento é uma oportunidade de ampliar o que se conhece sobre a Unimep em Piracicaba e região, enquanto instituição com competência para produção de conhecimento e capaz de auxiliar na solução dos problemas da comunidade por meio de sua interação com a mesma.

São conhecimentos, projetos e pesquisas produzidos em salas de aula, corredores e outros espaços da universidade, os quais, futuramente, irão refletir direta ou indiretamente no cotidiano de todos os cidadãos. Para este ano e para as próximas edições, o grupo de trabalho responsável pela organização e promoção do evento, pretende estimular ainda mais o envolvimento de discentes e docentes, qualificando a formação oferecida pela Unimep. Seja como pesquisador, universitário ou espectador, é um evento do qual vale a pena acompanhar, pois, além de ampliar a visão de mundo, também abre oportunidades para a reflexão e a construção da cidadania. * Clovis Pinto de Castro, reitor da Universidade Metodista de Piracicaba – Unimep

Por Saulo de Assis

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nsino, pesquisa e extensão. Com base nesses três pilares as instituições de ensino superior foram criadas e desenvolvidas nos últimos anos. No meio disso, a sociedade se transformou: novas tecnologias, demanda maior por resultados no menor tempo, crescente pragmatismo, etc. Com o intuito de “promover uma oportunidade para que a comunidade acadêmica possa compartilhar, interna e externamente, os conhecimentos produzidos na Universidade”, a Unimep realizou, entre os dias oito e dez de novembro, a 9ª edição da Mostra Acadêmica, com o tema “Ambiente e Sustentabilidade”. Entre os eventos, simpósios de graduação, congressos de pesquisa, extensão e atividades culturais nos campi da instituição (Piracicaba Taquaral e Centro, Santa Bárbara d’ Oeste e Lins). Mas qual a utilidade de um evento como esse se os alunos, principais protagonistas, não

conseguem em plenitude valorizar essa oportunidade que lhes é oferecida? O principal ponto aqui é demonstrar o desinteresse dos alunos pela Academia. Na ânsia de conseguir um diploma, menosprezam a possibilidade de se desenvolverem como estudantes de fato. Cabe às instituições, por outro lado, ressaltar o papel dos estudantes no meio acadêmico, e motivar a participação em eventos como esse. O estudo deveria ser um hábito, e não uma obrigação mercadológica. Não podemos ser ingênuos e achar que as universidades serão valorizadas ao máximo de um dia para outro. Não se deve, entretanto, cruzar os braços. Nesse cenário, os alunos do 6º semestre de Jornalismo da Unimep apresentam, neste jornal, um resumo dos eventos, iniciativas e atividades da 9ª Mostra Acadêmica da instituição. Esperamos com este jornal mostrar aos estudantes que não participaram um pouco do que aconteceu na universidade durante esses três dias. Já é um começo.

Sustentabilidade: o amanhã é logo ali

Por Larissa Helena 9ª Mostra Acadêmica da Unimep teve como tema principal a sustentabilidade. Visando dar abertura à apresentação de diversificados trabalhos acadêmicos o tema foi abordado também devido a sua importância na atualidade. Segundo Cintia Maria Afonso, mestre em Ciência Ambiental pelo PROCAMUSP, doutora em Arquitetura e Urbanismo pela FAU-USP e autora do livro “Sustentabilidade: caminho ou utopia?” (Annablume, 2006), a noção do conceito «sustentabilidade» vem de desenvolvimento sustentável discutido na década de 60 no relatório «Nosso Futuro Comum», publicado pela Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvi-

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mento da ONU em 1987. A autora define sustentabilidade como «algo que não pode ser obtido instantaneamente, um processo de mudança e de transformação estrutural que necessariamente deve ter a participação de todos os setores da sociedade» (2006, p.8). Diante disto torna-se necessário o primeiro passo para a reflexão deste conceito: a conscientização. O primeiro passo é importante como forma de representar um processo de mudanças que estão por vir que, se prolongadas, possam gerar modificações significativas para o meio ambiente e para a sociedade. Uma atitude simples que gere impacto, assim como neste ano, a Unimep abraçou o tema e poupou a impressão de papel com as programações, disponibilizando-as via internet. No entanto, assim como destaca

Afonso, o termo “sustentabilidade” tem sido cada vez mais empregado sem sua devida reflexão, geralmente em anúncios publicitários, propagandas empresariais, para transmitir a ideia do «ecologicamente correto» como atrativo. A sustentabilidade relaciona-se às transformações econômicas e sociais alicerçadas à realidade que se encadeia em “estabelecer o termo implicando-o na manutenção quantitativa e qualitativa do estoque de recursos ambientais, sem danificar suas fontes ou limitar a capacidade de suprimento futuro» (2006, p.11) A universidade como um local que prioriza a democratização do conhecimento, abordou o tema como forma de despertar atenção e conscientização, que interfere tanto em grandes empresas, quanto no dia

a dia de cada um. O filósofo, docente da PUC-SP e vice-presidente da TV Cultura – Fundação Padre Anchieta, Fernando José de Almeida, no texto “Por uma vida sustentável”, publicado na Revista Nova Escola (05/2010), esclarece a importância da abordagem da composição filosófico-político-pedagógica em ambientes escolares e relacionados ao conhecimento sobre o tema sustentabilidade para «educar as novas gerações para uma generosidade cidadã e ampliar a noção de dever quanto ao futuro - próximo e remoto- do planeta». Vivemos e dependemos de fontes esgotáveis da natureza, que embora aparentem ilimitadas, subordinam-se diretamente à ação humana para sua conservação. Suprir as necessidades do agora deveria estar encadeado com o ato de se pensar no amanhã.

EXPEDIENTE - Jornal Laboratório dos alunos do 6º semestre de Jornalismo da Unimep - Reitor: Clóvis Pinto de Castro - Diretor da Faculdade: Belarmino Cesar Guimarães da Costa - Coordenador do Curso de Jornalismo: Paulo Roberto Botão - Edição: Ana Camilla Negri (Mtb: 28.784) - Diagramação e arte final: Sérgio Silveira de Campos - (Laboratório de Planejamento Gráfico) - Editores Assistentes e de imagem: Larissa Martins e Saulo de Assis - Repórteres: Amanda Maretti, Angelyca Paiva, Arthur Belotto, Carla Rossignolli, Caroline Solano, Cintia Tavares, Elaine Pereira, Felipe Abrahao, Fernando Galvao, Flavia Ribeiro, Gustavo Annunciato, Josiane Joveli, Karina Bonfa, Karine Santos, Laura Tesseti, Luana Rodrigues, Lucas Calore, Luiz Felipe Lourenco, Mariana Neves, Michaella Frasson, Nayara De Oliveira, Rafaela Gazetta, Raphael Justino, Ricardo Goncalves, Ronald Goncales, Sabrina Franzol, Saulo De Assis, Tony Corazza, Valeria Spinelli, Vanessa Carvalho, Vladimir Catarino - Correspondência: Faculdade de Comunicação - Campus Taquaral - Rodovia do Açúcar, km 156 - Caixa Postal 68 - CEP 13.400-911 - Tel. (19) 3124-1677 - Piracicaba/SP


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Karina Bonfá Laura Tesseti Luana Rodrigues

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m 20 de março de 2003 a vice-reitoria acadêmica da Unimep, propôs à presidência do Consepe (Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão) a realização da 1ª Mostra Acadêmica da instituição. O evento englobaria os já consolidados Congressos de Iniciação Científica e os Seminários de Extensão. Além destes projetos, a critério das Comissões de Ensino de Graduação do Consepe e da Comissão de Ensino de Pós-Graduação, poderiam ser propostos outros eventos relacionados a essas áreas,

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A criação da Mostra Acadêmica

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que espelhassem a indissociabilidade que deve existir entre o ensino, a pesquisa e a extensão. A Mostra Acadêmica é a oportunidade de docentes e discentes socializarem os processos e resultados de suas atividades. No dia 24 de março de 2003 foi aprovada a realização da 1ª Mostra Acadêmica. Desde a primeira edição, a Mostra Acadêmica apresenta os seguintes eventos oficiais: Congresso de Iniciação Científica, Seminário de Extensão, Simpósio de Ensino de Graduação, Congresso de Pesquisa, Congresso de Pós-Graduação, bem como o Unicult (Universidade da Cultura Livre). Todas as faculdades são convidadas a desenvolver algum tipo de atividade envolvendo docentes e discentes da Unimep, bem como demais instituições de ensino do país. Nesses nove anos, a Mostra Acadêmica já teve mais de 600 trabalhos científicos apresentados.

Mesa de abertura da 7ª Mostra Acadêmica

Fabio Mendes

Confira o tema das nove edições da Mostra e quando ocorreram: 2003

Conhecimento e Cidadania

2004

Lugar e Papel da Universidade na Sociedade

2005

O Lugar da Ética na Produção do Conhecimento

2006

Universidade: Inovação e Inclusão Social

2007

Educação Brasileira: Extinção ou Sustentabilidade na Universidade

2008

Ciência, Tecnologia e Sociedade: Responsabilidade Social

2009

Ciência, Tecnologia e Inovação: a Universidade e a Construção do Futuro

2010

Desafios da Educação superior na Agenda do Novo Milênio

2011

Ambiente e Sustentabilidade.

Qualificar alunos e compartilhar conhecimento são os objetivos Karina Bonfá Laura Tesseti Luana Rodrigues A 9ª Mostra Acadêmica, que aconteceu de 8 a 10 de novembro nos quatro campus da Unimep (Taquaral, Centro, Lins e Santa Barbara d’Oeste), teve como objetivo compartilhar com o público e a comunidade em geral a produção acadêmica da universidade, de forma a propiciar a divulgação do conhecimento produzido em diversas áreas envolvidas.

Segundo a professora Drª Rosana Macher Teodori, presidente do GT Organizador da Mostra, este é o primeiro ano em que participou da Comissão Organizadora, mas, enquanto docente da Unimep, participa desde a primeira edição. Segundo ela, o tema Ambiente e Sustentabilidade foi escolhido devido à necessidade de reflexão sobre as questões ambientais, em qualquer nível de atividade. “Na Universidade, este tema é de extrema importância, especialmente num momento em que a nossa política ambiental está em fase final de elaboração. A

escolha do tema foi baseada na perspectiva da política ambiental enquanto um sistema de valores e ações que visam sustentabilidade e orientam as relações do sujeito com a sociedade nos que diz respeito às questões socioambientais”, explicou Teodori. Os trabalhos apresentados durante o evento passaram por rigorosa seleção de uma equipe de revisores composta por docentes da área relacionada. Segundo a docente, caso o trabalho não fosse aprovado na primeira avaliação, poderia ter até duas correções feitas pelos autores - as

quais dependeriam da aprovação final dos revisores – só então os trabalhos foram aprovados e liberados para a apresentação. Como nos anos anteriores, os discentes que assistiram as apresentações ganharam certificados como alunos ouvintes. Já os alunos que participaram da Mostra apresentando trabalhos, receberam um certificado que tem peso maior no currículo, pois comprova qualificação do estudante na área de pesquisa acadêmica. “O objetivo final da Mostra é unir ensino, extensão e pesquisa”, finalizou a doutora.


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Abertura da 9ª Mostra Acadê

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ais de cem pessoas estiveram, no dia 8 de outubro, no Teatro da Unimep, campus Taquaral, na sessão de abertura da 9ª Mostra Acadêmica da instituição, que este ano, teve como tema principal Ambiente e Sustentabilidade. O evento contou também com a apresentação de coral e debates sobre o tema do evento com renomados profissionais da área de direito e proteção ambiental. A primeira atividade da noite foi realizada pelos alunos e integrantes do Coral Apepú-Yamí, da Unimep. Dando continuidade, Paulo Affonso Leme Machado, docente e coordenador do curso de especialização em direito ambiental da instituição, atuante na área há mais de 50 anos; e Evaristo Eduardo de Miranda, representante do Ministério da Agricultura na Câmara de Relações Exteriores e Defesa Nacional e coordenador de análise de imagens e monitoramento por satélite da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), ministraram uma palestra sobre sustentabilidade ambiental. Este ano, a 9ª edição da Mostra Acadêmica da Unimep apresentou um importante diferencial dando exemplo prático do conceito de sustentatibilidade: não foram disponibilizados cadernos impressos com o cronograma das atividades. Os interessados puderam consultar a programação no site da mostra e imprimir apenas o necessário. Equilibrar as áreas econômica, social e ambiental. Esse é o conceito geral de sustentabilidade, assunto que está cada vez mais em foco, sendo discutido mundialmente. “Não adianta

criar ações economicamente boas, ou que tragam bons resultados para o presente, sendo que no futuro contribuam para o esgotamento dos recursos ambientais. Não podemos deixar um deserto para nossos descendentes”, ressalta Machado. Na teoria, todas as organizações têm uma visão ampla do futuro e sobre a importância em se tornar sustentável, visando o equilíbrio do planeta e se preocupando com um futuro do meio ambiente, assim como comenta Miranda, “A empresa pode ter ganhos constantes de eficiência, com o uso racional do espaço e maior economia de energia. Também com a minimização dos impactos das atividades, com a redução e reciclagem dos resíduos e poluentes. E finalmente um produto de melhor qualidade com as devidas informações para quem segue na cadeia produtiva, seja o consumidor ou outra indústria”, explica. Segundo o colaborador do Embrapa, o Brasil tem uma das economias mais sustentáveis do planeta e segue melhorando. “Aqui, graças à cana-de-açúcar, às hidrelétricas e às florestas energéticas, 47% de nossa matriz energética é renovável enquanto a média dos países industrializados é de 7%. No caso deles, 93% da energia é suja”, comenta. Miranda destacou dois pontos importantes em sua palestra: o primeiro, o papel fundamental da agricultura brasileira na sustentabilidade nacional; e o segundo, o papel da tecnologia para resolver problemas de sustentabilidade, além do comportamento consciente. “É sempre interessante debater ideias e conhecimentos no ambiente acadêmico e apontar alguns caminhos para quem está na graduação e deseja ser um profissional diferenciado”, complementa

A mesa de abertura do evento contou com a presença do Reitor da Unimep, Prof. Dr. Clovis Pinto de Castro Amanda Maretti

Elaine Pereira Karine Santos

Clássicos como Rachmaninoff, Chopin, Albéniz e Shubert foram interpretados por crianças e adolescentes

Crianças se apresentaram durante a 9ª Mostra Acadêmica mostrando seus talentos musicais


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mica reúne música e palestras Karine Santos

NUC incentiva conhecimentos além das disciplinas tradicionais Valéria Spinelli

Recital de piano abre evento Amanda Maretti

A Mostra Acadêmica, pela terceira vez, contou com o Recital de Piano desenvolvido pela professora Cecília Bellato, em parceria com o NUC da Unimep. O recital, realizado no segundo dia da Mostra, possibilitou um espaço para apresentações não só da comunidade acadêmica, mas também para crianças e adolescentes através da música. O repertório trouxe clássicos de Rachmaninoff, Chopin, Albéniz, Shubert, entre outros, nas mãos de 25 crianças e adolescentes responsáveis pelo sucesso da apresentação. Isabela Guarnieri Gregório da Silva, com apenas quatro anos de idade, foi a primeira a se apresentar. “Estava um pouco ansiosa, mas ensaiei bastante com a professora e em casa com meus pais”. Segundo os pais de Isabela, esta iniciativa de trazer espetá-

culos com crianças é interessante: “Serve como estímulo, e mostra às crianças um outro mundo, que é o universitário”, conta Eliete de Fátima Guarnieri, mãe de Isabela. João Pedro Salati Nani Rinaldi tem 12 anos e pratica aulas de piano há dois. “Gosto muito de piano. As aulas são boas e eu aprendo mais a cada dia. Ensaiei bastante para apresentação e não estou nervoso”. Para a mãe de João Pedro, esta iniciativa prepara a criança para outros recitais. “Nós o incentivamos muito em casa. É importante estudar música e ele adora”, comenta Elenice Salati Nani Rinaldi. A professora Cecília Bellato também se apresentou tocando as duas primeiras músicas de abertura, passando muita tranquilidade para seus jovens alunos. “Costumo dizer que nasci tocando, minha mãe era pianista e comecei a tocar piano aos quatro

anos, eu simplesmente amo o que faço. É com grande satisfação que apresento meus alunos”. Bellato destaca que a apresentação em uma universidade é uma grande porta de entrada para seus alunos. “Nada melhor do que as crianças apresentarem seu primeiro recital em uma universidade. Cada música que meus alunos apresentam tem uma história e eles passam tudo isto aos universitários. Um aprende com o outro”, completa. Segundo a coordenadora do NUC, Joceli de Fátima Lazier, o fato de as crianças terem contato com o meio acadêmico nestes eventos, além de ser importante para a carreira na área de música, traz também uma contribuição pessoal. “A Unimep traz a formação para vida, independente da idade. Participar da Mostra Acadêmica é um grande passo para as crianças”.

Desde o ano de 1881, o Colégio Piracicabano - que deu origem à Unimep - começou a se preocupar com a formação integral de seus alunos. A ideia sempre foi ir além das disciplinas obrigatórias. No ano de 1980 a instituição criou seu próprio espaço para o coral e teatro na universidade. Mas só em 1985 que esses seguimentos - música e teatro - se juntaram na universidade criando o Núcleo Universitário de Cultura, o NUC. O NUC tem o objetivo de estimular vertentes artísticas no cotidiano da comunidade universitária, bem como promover o bom relacionamento com a comunidade externa. “Quando os alunos participam de uma montagem teatral ou de ensaios dos corais, estão desenvolvendo habilidades, interação social, respeito, dentre outros aspectos que formam para a vida”, afirma Joceli de Fátima Lazier, coordenadora do NUC. “A arte e a cultura falam do que somos, dos sonhos, das dificuldades, falam da vida”. Com vários destaques em trabalhos realizados durante todo o ano, um dos que atraiu participantes na Mostra e foi o Concurso de Contos e Crônicas, que está em sua 7ª edição. “Tem aumentado o número de inscritos a cada ano com a participação de alunos e funcionários da Unimep, pessoas da comunidade externa, professores de outras instituições de ensino”, explica a coordenadora. “E este ano tivemos também a participação de escritores de Portugal”. Na Mostra Acadêmica o NUC também participou organizando as apresentações culturais. E não apenas alunos da universidade participaram dessas apresentações, pessoas ligadas aos projetos, mas que são de fora do meio universitário, puderam mostrar seus talentos. Ainda de acordo com Joceli Lazier, o NUC trará mais novidades para 2012. “Temos sim projetos novos em fase de elaboração e dos quais dependemos de parcerias para a realização, tendo em vista o número reduzido de funcionários do NUC”.


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extensão

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Concurso de Contos e Crônicas premia os melhores trabalhos Josiane Joveli

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o dia 10 de novembro foi realizada, no Auditório Verde da Unimep, a cerimônia de premiação do Concurso de Contos e Crônicas, parte da 9ª Mostra Acadêmica. Em 2009, apenas 10 inscritos participaram do concurso. Já em 2011, 92 textos estavam concorrendo. Funcionários, comunidade, alunos da universidade de outras instituições do Brasil e até do exterior participaram desta edição, que teve o júri composto por professores da área de Filo-

sofia e Comunicação. Silva Helena Machuca, a décima colocada, foi a única a receber o prêmio pessoalmente, já que os outros finalistas não compareceram à premiação. A vencedora explicou que o conto premiado é biográfico, pois remete à morte de seu pai: “Esse é o conto que eu mais gosto, e receber um prêmio por ele é muito gratificante”, comenta a premiada. Formada em Direito pela Unimep em 1992, Silvia disse que a literatura é sua segunda paixão: “Amo escrever, e pretendo em breve lançar um livro com meus contos”, destacou Silvia.

Gustavo Annunciato

Silva Helena Machuca foi uma das premiadas no VII Concurso de Contos e Crônicas promovido pelo NUC

Os 10 contos vencedores 1º

Eduardo de Paula Nascimento – “Às margens do caminho do cais”

Victor Batista – “O peixe encantado”

Edivaldo Piaia – “Terminal Rodoviário”

Adriana Bovi – “Presente de Natal”

Eder Sander – “Esta rua que é minha e de todos”

Andre Condo – “A estafa”

Joaquim Bispo – “Colo”

Alex Agamo Barreto – “Castela”

Laura Leite Ferreira – “O fim é apenas um começo”

10º

Silvia Helena Machuca – “A Hora do Angelus”

Culturas ancestrais e atuais criam identidade nacional

Angela Brolio

Pesquisa apresentada no 13º Seminário de Extensão discutiu a convivência de diferentes culturas brasileiras

Angela e alunas da Unimep prontas para dançar o Carimbó, arte estudada pelo projeto de cultura amapaense

Sabrina Franzol Depois de 18 dias em contato com a cultura amapaense, a estudante do 6º semestre de história da Unimep, Angela Brolio, 31, transformou a experiência adquirida in loco no trabalho acadêmico Cultura e História do Brasil Mestiço: Reflexões Oriundas da Experiência no Amapá – Operação Oiapoque do Projeto Rondon I. Além de abordar a cultura mestiça da nação brasileira, o trabalho destacou a resistência e adaptação do povo às culturas exteriores incorporadas na cidade, movimento que é recorrente, já que todos os dias povos cedem espaços e se juntam a elementos “estranhos” ao que é considerado “matriz”. Segundo Brolio, o trabalho, orientado pela professora Márcia Aparecida Lina Vieira, buscou a reflexão entre a teoria e

a prática, na percepção de singularidades no município do Amapá. Essas singularidades surgem, segundo a aluna, “devido às diversas práticas culturais que emergiram de culturas diferentes que se encontraram nessas localidades, observação recorrente na história do Brasil.” Ao observar as expressões da comunidade, como o Carimbó, gênero musical

de origem indígena, e estudar obras como Brasil de Todos os Santos, de Ronaldo Vainfas e Juliana Beatriz de Souza, Angela constatou a mestiçagem e a resistência que as tradições dos colonizados ofereceram aos colonizadores. Para Brolio, essa resistência existe e pode ser vista de vários jeitos, como na incorporação da música eletrônica nas

composições populares da região. A banda Calypso é um dos exemplos dessa união, mas há outras manifestações do tipo, assim como ocorre em nossa região. “A resistência de práticas ancestrais se adapta às adversidades, e estabelece relações de solidariedade através da proposta da convivência pacífica entre expressões culturais consideradas distintas”, finalizou Angela.


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Estudantes levam conhecimento e qualidade de vida ao Piauí Rafaela Gazetta

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Lenda da Zabelê, conto piauiense que tem como temática uma versão indígena de Romeu e Julieta, serviu de inspiração na escolha do nome de mais uma operação do “Projeto Rondon - Operação Zabelê”, formada por 16 integrantes, entre eles alunos da Unimep e Uni Curitiba (Centro Universitário Curitiba), além de dois coordenadores. Durante 15 dias a equipe esteve na cidade de Pimenteiras, no Piauí. De acordo com Milene Franscischineli, estudante de Farmácia da Unimep e autora do projeto Experiências na área de saúde em ação voluntária no município de Pimenteiras/PI, Operação Zabelê – Projeto Rondon, foi apresentado no último dia da 9ª Mostra Acadêmica durante o 13º Seminário de Extensão, teve como objetivo contribuir para o desenvolvimento das regiões menos favorecidas do Brasil, por meio da participação de estudantes das Instituições de Ensino Superior.

Acervo Pessoal - Equipe do “Projeto Rondon - Operação Zabelê”

Membro da equipe em moradia da população envolvida no projeto durante a entrega de panfletos para a divulgação das atividades do projeto

Projeto de extensão acadêmica da Unimep, feito em parceria com Uni Curitiba, buscou melhorar a qualidade de vida da população da cidade de Pimenteiras

“Exercemos atividades e propomos alternativas que beneficiassem as comunidades carentes com o intuito de atenuar as deficiências estruturais locais, contribuindo, então, para o bem-estar da população”, explicou Franscischineli. Além da formação dos agentes de saúde e das merendeiras, a operação permitiu um encontro com os idosos, uma palestra sobre sexualidade, alcoolismo, cidadania e direitos humanos, além de um evento em praça pública, com exercícios de alongamento, explicação sobre hipertensão, diabetes, DST’s e atividades com crianças (gincanas, pintura de rosto, desenho), entre outras. “Levamos novos métodos de ensino para os professores desenvolverem com seus alunos e ressaltamos a importância da valorização da cultura local, como, por exemplo, os cordéis”, afirma a aluna, que também acredita que “o povo nordestino, apesar das adversidades, é extremamente rico em felicidade, simpatia, acolhimento ao próximo e perseverança”.

Integração social através da Universidade

Projeto Rondon desperta jovens universitários para ações sociais no país Cíntia Tavares Educação Escolar: Direito de todos? Este foi um dos trabalhos apresentados durante o 13º Seminário de Extensão, atividade inserida na 9º Mostra Acadêmica da Unimep. O artigo é de autoria das estudantes Eloisa de Toledo Cruz e Greice Kelly dos Santos da Faculdade de Ciências Humanas. Segundo as estudantes, a pesquisa foi desenvolvida a partir da experiência de uma delas ao atuar na Casa de Acolhimento de Piracicaba - instituição que abriga crianças e adolescentes em situação de risco, tais como negligência, maus tratos e abusos por parte dos pais ou terceiros - presenciando a exclusão no dia-a-dia de crianças e adolescentes que vivem em abrigo. Eloisa não integrou a equipe que atuou no Projeto Rondon, embora sua pesquisa faça parte das apresentações do projeto à medida que também envolve a participa-

ção voluntária de estudantes universitários na busca de soluções que contribuam para o desenvolvimento sustentável de comunidades carentes e ampliem o bem-estar da população. Contudo, a orientadora do artigo e coordenadora do projeto Rondon, Márcia Lima Vieira explica que, aliado a esta visão, o projeto, que aconteceu durante o mês de julho de 2011, visa promover a integração social e aproximar os estudantes universitários da realidade do País. Estudantes e professores desenvolveram ações voltadas para o trabalho educativo de formação de professores alfabetizadores e professores para a educação de jovens e adultos no Estado do Amapá. A coordenadora do projeto, Márcia Lima Vieira, explica que o grupo atuou com a realização de trabalho pedagógico e recreativo com crianças das diversas comunidades. “Ficamos 17 dias no Amapá, tendo um dia de

ambientação e um dia de avaliação e encerramento em Macapá. Assim, nossa atuação no município é de 15 dias”. Os rondonistas - como são chamados os professores e estudantes universitários que participam do projeto, trabalharam nas aplicações das atividades nas áreas de comunicação, cultura, direitos humanos e justiça, educação, meio ambiente, saúde, tecnologia, produção e trabalho. Cada equipe foi composta por 10 rondonistas, sendo dois professores e oito alunos dos cursos de graduação. Márcia ressalta que a composição de uma equipe multidisciplinar acontece de forma a atender as demandas do município e as ações incluídas no plano de trabalho. A Unimep atuou no Conjunto A, que é “Cultura, Direitos Humanos e Justiça, Educação e Saúde”. Dessa forma, a proposta enfatizou a Formação de professores, agentes de saúde, merendeiras e

monitores do PETI e encontros com a comunidade, a juventude, os idosos e as crianças do município. “O trabalho no município é sempre desenvolvido por duas instituições. Atuamos com a Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) da USP Ribeirão Preto que assumiu o conjunto B de atividades, enfatizando as áreas de Comunicação, Tecnologia e Produção, Meio Ambiente e Trabalho”, destaca. O Projeto é coordenado pelo Ministério da Defesa e todas as atividades são realizadas com o apoio das Forças Armadas, que proporcionam o suporte logístico e a segurança necessária às operações. Recebe, ainda, a colaboração dos Governos Estaduais, das Prefeituras Municipais, da União Nacional dos Estudantes, de Organizações Não-Governamentais, de Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público e de outras Organizações da Sociedade Civil.


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graduação

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Nove anos de Mostra, Nove an Temas do Simpósio de Ensino de Graduação abordam questões de conscientização no consumo sustentável e utilização de embalagens recicláveis Ricardo Gonçalves

Durante o Simpósio de Ensino e Graduação foram apresentados 507 trabalhos. Dentre os mais variados assuntos, as discentes Anny Eva Schwamback, do curso de Direito, e Laura Lemos, do curso de Design Gráfico, optaram por relacionar suas áreas ao tema principal da Mostra: Ambiente e Sustentabilidade: “Em um mundo mais consumista, as iniciativas sustentáveis não são uma opção e sim uma necessidade”, disseram as alunas. Sob o tema Consumo Sustentável e Eco-Design: criando uma embalagem sustentável para a Hering, a estudante do Curso de Design Gráfico Laura Lemos, desenvolveu uma embalagem para a camiseta básica da marca Hering de forma criativa atendendo o conceito de ecodesign. Segundo a estudante, uma embalagem com esse conceito se resume em três R’s da sustentabilidade: Reduzir, Reutilizar e Reciclar. “O bacana do resultado da reciclagem é a possibilidade do produto se tornar o mesmo ou algo completamente diferente”, conclui. A universitária, através do trabalho que levou cerca de duas semanas para o desenvolvimento da embalagem, previu que a utilização de ecobags reduziria as sacolas plásticas, que demoram mais de 100 anos para se decompor. Com uma embalagem reciclável se aproveitaria tudo evitando o desperdício de materiais. A estudante Anny Eva Schwamback desenvolveu sua pesquisa com base no consumo sustentável e acredita que o consumo de maneira mais responsável e consciente deva partir de escolhas dos indivíduos que exercem sua cidadania. Sua pesquisa abordou a questão da Agenda 21, que se refere à criação de um docu-

Ricardo Gonçalves

Sustentabilidade na Vida Acadêmica

A estudante de Design Laura Lemos desenvolveu uma embalagem para a camiseta básica da marca Hering de forma criativa e sustentável atendendo o conceito de ecodesign.

mento de 40 capítulos com participação de 179 países em um programa de ação que constitui a mais abrangente tentativa já realizada de promover, em termos mundiais, um novo padrão de desenvolvimento, conciliando, métodos de proteção ambiental, justiça social e eficiência econômica. “O conceito de sustentabilidade se refere ao uso equilibrado de recursos naturais para suprir a necessidade da geração presente, sem afetar a possibilidade das gerações futuras de suprir as suas”. Disse a estudante que também complementa: “É possível, nós só conseguiremos chegar à sustentabilidade através das ações de cidadania”. As apresentações provocam discussões e reflexões sobre o tema de maneira a conscientizar os participantes da Mostra Acadêmica sobre a importância de cuidar do planeta. Dessa maneira, segundo a organizadora Rosana Macher Teodori, se fez o objetivo do Simpósio de Ensino de Graduação na discussão que estimulou novas ideias enriquecendo o aprendizado do grupo participante e a qualificação dos alunos da Unimep.

Curso de Educação Física apresenta trabalhos Estudantes apontam como a Mostra Acadêmica pode ser um importante aliado na apresentação do TCC

Ricardo Gonçalvez

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objetivo principal do 9º Simpósio de Ensino de Graduação foi oferecer oportunidade aos estudantes para exposição de trabalhos acadêmicos, bem como os resultados desenvolvidos durante as atividades do curso de graduação. A proposta foi agregar discussões de experiências vividas pelos discentes em suas áreas de atuação, e também em trabalhos desenvolvidos nas disciplinas do curso. Segundo a organizadora do evento e também professora Dra Rosana Macher Teodori, a participação com apresentações de trabalhos em uma Mostra Acadêmica enriquece o currículo dos futuros profissionais gerando reflexões entre alunos e ouvintes de maneira a contribuir para o processo de aprendizagem

Felipe Abrahão “A Educação Física precisa entrar em crise urgentemente”. Foi com essa frase de João Paulo Medina, estudioso e defensor de uma reflexão nas pesquisas da área da educação física, que foi ditado o ritmo dos trabalhos do 9º Simpósio de Ensino e Graduação, atividade integrante da 9ª Mostra Acadêmica da Unimep. Multidisciplinares, os trabalhos de Educação Física abordaram desde a atividade em si, até danças, taekwondo, projetos experimentais e relatórios de estágio. O Simpósio não é somente um evento de apresentação de projetos, mas também uma opção para treinamento da apresentação de trabalho de conclusão de Curso. Márcio Antônio Giovanetti, por exemplo, aluno do 6º semestre do curso, apresentou dois trabalhos, um relatório de estágio e o projeto do Trabalho de Conclusão de Curso. “Aproveitei a oportunidade de apresentar na Mostra meu projeto antes de mostrar para a banca, podendo assim ver como estava meu desempenho e fazer as possíveis correções dos meus erros”, enfatizou o estudante.

Exposição de trabalhos desenvolvidos em sala de aula pelo curso de Design Gráf ico, da FACOM (Faculdade de Comunicação e Artes) apresentaram a construção de marcas e logotipos

Design Gráfico Arthur Belotto Carla Rossignolli

Quem passou pela Galeria da Unimep durante a Mostra Acadêmica pôde conferir a exposição de trabalhos desenvolvidos em sala de aula pelo curso de Design Gráfico, da Facom (Faculdade de Comunicação e Artes). Os trabalhos foram produzidos nas disciplinas Design de Identidade e Ecodesign por estudantes do 2º e 4º semestre respectivamente. Os trabalhos expostos na galeria apresentaram a construção de marcas e de logotipos.


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anos de Simpósio de Graduação

Saulo de Assis

em cada área de formação. Apesar do tema da Mostra ser Ambiente e Sustentabilidade, outros temas também fizeram parte do Simpósio, como assuntos comportamentais, políticos e a viabilização de soluções tecnológicas dentro de cada área com vistas à sustentabilidade. “A necessidade do Simpósio também leva em consideração a perspectiva da política ambiental enquanto um sistema de valores e ações que visam a sustentabilidade e orientam as relações do sujeito com a sociedade no que diz respeito às questões socioambientais”, completa a organizadora. Dentro das modalidades do Simpósio, os alunos puderam se inscrever em categorias como: Trabalhos de Conclusão de Curso e Monografias, Projetos de Estágio, Projetos de Monitorias e Relatos de Experiências no Processo de Ensino. Arthur Belotto

Alunos e professores discutem as ideias apresentadas durante o painel do Curso de Letras do 9º Simpósio de Graduação

The book is NOT ONLY on the table

Curso de Letras apresenta projetos científicos em inglês durante o 9º Simpósio de Pesquisa e Graduação Saulo de Assis

Edgar Allan Poe, Farmville, Hamlet, Maquiavel e Jane Austen. Durante a apresentação das pesquisas do Curso de Letras no 9º Simpósio de Pesquisa e Graduação, esses foram alguns assuntos apresentados e debatidos por alunos e professores. Os trabalhos da turma de Letras com Habilitação em Inglês foram feitos nesse idioma, tanto a parte escrita como a apresentação. “Pedi aos alunos que os apresentassem em inglês para que pudessem praticar o idioma”, disse Osvaldo Succi, um dos orientadores dos projetos. Gisele Mendes, uma das alunas que apresentou sua pesquisa no Simpósio, considera que não conseguiu apresentar todo o conteúdo básico necessário para o

entendimento: “O fator crítico foi o nervosismo de apresentar ao público um trabalho tão importante para mim, mas fiquei satisfeita de modo geral”. Heidi Beduschi, coordenadora da sessão, considera “importantíssimo que alunos e professores tenham um evento que lhes dá a oportunidade de divulgar e debater com outros colegas os trabalhos e experiências de ensino que vêm desenvolvendo com seus alunos”. Segundo ela, é muito importante ao aluno a experiência de redigir um resumo de seu trabalho e tê-lo divulgado. “Além de se preparar para o futuro, ao se apresentar em um ambiente de colegas e outros professores do curso, o aluno se prepara para outros congressos e eventos”. Já Renata Colasante, coordenadora do Curso de Letras (Habilitação em

Inglês), acredita que “o Simpósio seja o início da vida acadêmica de muitos alunos”. Em relação ao que pode ser feito para melhorar a participação dos alunos nos próximos eventos, os entrevistados foram unânimes. O maior problema apontado pela coordenadora da sessão foi a pouca presença discente. “Falta nos alunos o companheirismo de apoiar os colegas que apresentam e a consciência de que estão perdendo a oportunidade de aprender e debater sobre outros assuntos que não aqueles de seu próprio curso”. Renata Colasante parte do mesmo princípio, acreditando que deva haver uma participação maior de alunos que não estão apresentando trabalhos. “Os alunos devem criar a consciência da importância deste evento para a Universidade e para eles próprios”,

China: Importância econômica, política e cultural Luiz Felipe Leite

o faz exposição

Segundo o coordenador do curso Renato Elston Gomes, a melhor forma de o público conhecer os trabalhos dos futuros profissionais é uma exposição: “A Mostra Acadêmica é uma maneira ágil e rápida de expor as criações dos alunos para uma avaliação do público”. Os trabalhos produzidos na disciplina de Ecodesign ganharam ainda exposição na sessão oral. “Essa disciplina é importante por aproximar a questão ambiental do designer. Para que se pense no uso e descarte de material, que é muitas vezes desperdiçado na área gráfica”, finalizou o coordenador do curso.

A China é atualmente a segunda maior economia do planeta. Com um PIB (Produto Interno Bruto) superior a U$S 10 trilhões, a nação oriental desponta como uma das candidatas a liderar o ranking econômico mundial no futuro. A tarefa de mostrar um pouco essa realidade coube às alunas do 6°semestre do Curso de Negócios Internacionais da Unimep, Carolina Moretti, Samira Rodrigues e Monique Gomes, em dois artigos apresentados durante o 9° Simpósio de Ensino de Graduação, orientadas pelo professor Cristiano Morini, coordenador do curso de Negócios Internacionais. O primeiro trabalho apresentado pelo trio foi Como Negociar com a China: Dicas Culturais, que apresentou os principais costumes da população da China. O ob-

jetivo do trabalho, segundo Carolina, foi mostrar como o estrangeiro deve se comportar durante uma negociação com chineses. “A China vem se tornando um país cada vez mais forte, sendo assim, acreditamos que o Brasil deva procurar entender e respeitar a cultura do seu parceiro a fim de sair na frente com relação à concorrência”, explica. Segundo a pesquisa, tudo começa pelo cumprimento, que ao invés de ser feito com as mãos, deve ser realizado inclinando a cabeça em direção ao anfitrião. Outra recomendação é chamar o anfitrião pelo sobrenome, demonstrando respeito durante a negociação. Inserida na OMC (Organização Mundial do Comércio) em 2011, a China tem se destacado como uma grande potência asiática. Este fato acabou gerando o segundo trabalho das estudantes, Made in

China: O Segredo da Expansão Comercial. De acordo com o artigo, a abundância em mão-de-obra e recursos naturais da China justifica o sucesso do país asiático no mercado internacional. Para Carolina Moretti, os trabalhos envolvendo a China serviram para descobrir detalhes que o trio não tinha conhecimento. “Agora sabemos pelo menos um pouco da cultura chinesa no ambiente de negócios e como nos comportar durante uma negociação”, comenta. A estudante ressalta que a maior dificuldade para realizar a pesquisa foi em relação às fontes, opinião compartilhada pelo professor Cristiano Morini, orientador dos trabalhos. “Falar sobre a China é difícil, se tratando das fontes, pois há muita desinformação sobre os temas abordados nos artigos. O objetivo foi reunir literatura sobre os assuntos”, relata Morini.


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ciência

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19º Congresso de Iniciação Cientí Angélyca Paiva Fernando Galvão Vladimir Catarino

Atividade científica no Brasil

O

19º Congresso de Iniciação Científica da Unimep recebeu neste ano o total de 100 trabalhos inscritos e apresentados na Mostra Acadêmica. Além de alunos da Unimep, estudantes de outras instituições também inscreveram pesquisas. Ao todo foram 15 projetos premiados, entre eles o da aluna do 8º semestre do curso Ciência da Computação, Mirela Teixeira Cazolatto, que ficou como 2º colocado na Área de Ciências Exatas e da Terra e teve o apoio financeiro da bolsa PIBIC/CNPq. A estudante deu continuidade a um projeto de um aluno de mestrado. Ele desenvolveu uma ferramenta, chamada Kira, para auxiliar no ensino de Mineração de Dados. Após se familiarizar com o projeto, Mirela trabalhou novos recursos na ferramenta. “Meu projeto teve como objetivo complementar uma ferramenta que tem o intuito de auxiliar na aprendizagem da Mineração de Dados, que não é um assunto simples”, explica. Segundo a estudante, desde que entrou na faculdade teve interesse pela Iniciação Científica e a oportunidade de participar de um projeto veio no segundo ano de curso. “Ao todo, participei de três projetos de Iniciação Científica, todos com premiações”. Para Mirela, esta como as outras premiações representam a validação e reconhecimento de um trabalho que foi desenvolvido com seriedade e comprometimento, juntamente com a orientadora e os envolvidos. Por se tratar de um assunto complexo a orientadora e Profª. Drª. Marina Teresa Pires Vieira esclarece a importância da pesquisa da estudante: “A Mineração de Dados, que tem como objetivo extrair conhecimento novo e útil em grandes quantidades de dados, tem se mostrado um recurso importante e promissor. Porém, envolve um processo que não é trivial de ser aplicado. É importante ter uma ferra-

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A estudante Renata Zane foi uma das premiadas na área de Ciências Humanas e Sociais durante o 19º Congresso de Iniciação Científ ica

menta que auxilie a utilizar esse recurso. Esse é o objetivo da ferramenta Kira e do projeto da aluna”. Além deste, o projeto da aluna Renata Nayara Zane, que teve por intuito elaborar o perfil socioeconômico da informalidade comparando o comércio da Feira de Artesanato com o Camelódromo da cidade de Piracicaba, também foi premiado. O Prof. Dr. Francisco Constantino Crocomo, coordenador do Banco de Dados Socioeconômicos da Unimep, orientou o trabalho da aluna e explica sobre a importância do projeto para a

área de Ciências Econômicas, “A constatação deste mercado informal, através de dados reais comparados com o debate a respeito do tema, é fundamental para o adequado ensino na área de Ciências Econômicas.” A respeito do interesse dos demais alunos pela iniciação científica, o professor afirma: “A postura dos estudantes que participam de pesquisa, contagia seus colegas de classe. As apresentações dos principais resultados, que são presenciadas por colegas, sempre resultam em grande interesse dos demais alunos.”

O termo Iniciação Científica, de cara, parece assustar os estudantes. Afinal, pode remeter a algo profundamente complexo. No entanto, o monstro não é tão feio e assustador o quanto parece. Segundo o Manual do Aluno do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo, Iniciação Cientifica é um instrumento que permite introduzir os estudantes na pesquisa científica. É a possibilidade de colocar o estudante, desde cedo, em contato direto com a atividade científica e engajá-lo na pesquisa, servindo como incentivo para realizar um projeto de forma teórica e metódica permitindo o acesso a novos campos de conhecimento. Algumas instituições de ensino superior utilizam a Iniciação Científica como forma de acesso a incentivos financeiros, propiciando bolsas de estudos, parciais ou integrais. Pode-se considerar a bolsa de iniciação científica como um instrumento abrangente de fomento à formação de recursos humanos, ainda segundo o manual. As principais agências financiadoras de projetos de iniciação científica no Brasil, através do oferecimento de bolsas anuais de incentivo à pesquisa, são o CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) Pesquisa em nível Federal, através de seu Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica, e as agências estaduais de fomento à pesquisa, como a Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) e Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior)


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fica da Unimep premia 15 projetos Gustavo Annunciato

Alunos vencedores do 9º Congresso de Iniciação Científ ica recebem prêmio de melhores trabalhos de cada área

Bolsistas de Iniciação Científica são premiados durante Mostra Acadêmica

Josiane Joveli 19º Congresso de Iniciação Científica da Unimep, realizado durante a Mostra Acadêmica, teve sua cerimônia de premiação no Auditório Verde no dia 10 de novembro. O objetivo da Iniciação Científica e do evento é o de apoiar a formação de fu-

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turos pesquisadores em todas as áreas do conhecimento. Foram apresentados os resultados finais dos Projetos de Iniciação Científica dos alunos de graduação, financiados pelos Programas PIBIC/CNPq, PIBITI/CNPq, FAPIC/FAP-Unimep ou por outras agências de fomento, além de alunos voluntários. A coordenadora de Pesquisa e Pós-

-graduação Rosana Macher Teodoti, falou sobre a importância dos alunos na participação nos projetos de iniciação à ciência: “A participação ainda é pequena, mas o trabalho de conscientização é feito a todo o momento na universidade”, disse a coordenadora. Para 2012, Todoti contou que os docentes também serão premiados em incentivo à Iniciação Científica.

Os premiados foram: Área de Ciências Biológicas e da Vida: Camila Piconi Mendes Daiane Franciele de Oliveira Pietrobom Luciana Bitencourt de Souza Ellen Palmira Miranda de Camargo Área de Ciências Humanas e Sociais: Renata Zani Samara Dilio Franzol Fabio Fernando Verti Vinicius Furlan Elaine Priscila Gutierrez Área de Ciências Exatas e da Terra: Cassiana Elisabete Rivan Mirela Teixeira Pagelato Guilherme Fernando Carmelo Camila Padovan Batista Leticia Ferreira de Camargo


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9º Congresso da Pó teve 101 projetos Pesquisadores da Unimep e de outras instituições aproveitaram o evento para mostrar o desenvolvimento de pesquisas em diferentes áreas do conhecimento Nayara de Oliveira Caroline Solano

Ronald Gonçalves

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Márcio Alexandre de Queiroz formado em Sistema de Informação abordou técnicas voltadas para interação homem e máquina durante o Congresso de Pós-Graduação

onsiderado pela Unimep como um evento diferenciado para que pesquisadores da universidade e de outras Instituições de Ensino divulguem seus trabalhos científicos, o 9º Congresso da Pós-Gradução, apresentado durante a Mostra Acadêmica, teve 101 projetos inscritos nas mais diversas áreas de estudos. Administração de Empresas, Educação Física, Direito, Marketing de Relacionamento, Logística, Matemática, História, Educação, Ciências Biológicas e mais uma série de áreas fizeram parte das apresentações de pesquisadores, que tinham o mesmo intuito: se aprofundar em um tema e discutir a qualidade acadêmica de seu trabalho com outros pesquisadores e estudiosos. Segundo a coordenadora geral da 9ª Mostra Acadêmcia, Rosana Macher Teodori, as apresentações servem como preparação para os alunos que realizam as pesquisas a fim de buscarem a especialização. “É uma oportunidade de apresentar resultados das pesquisas desenvolvidas nos cursos de mestrado e doutorado e discuti-las com os pares, além de ser considerada uma produção para o mestrando/ doutorando”, contou. Cerca de 20 salas do bloco sete foram destinadas a dezenas de exposições realizadas durante os três períodos. Algumas com mais público, que outras, mas todas com muito conteúdo, resultado de pesquisas a serem apreciadas, debatidas, repensadas e desenvolvidas.


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s-Graduação inscritos História do Colégio Piracicabano é investigada em pesquisa

Lucas Calore Ronald Gonçales

Durante o 9º Congresso da Pós-Gradução se destacou o projeto do professor do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE) da Unimep, César Romero Amaral Vieira, intitulado Entre a Memória e o Arquivo – Colégio Piracicabano – 1881 – 1935. A pesquisa, financiada pelo CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) e apresentada na quinta-feira, 10 de novembro, teve como objetivo investigar a história do Colégio Piracicabano, instituição protestante de tradição metodista, fundada por uma missão norte-americana no ano de 1881. A pesquisa abrange a criação e a implantação da escola, (primeira instituição de ensino metodista criada no Estado de São Paulo) além de sua manutenção e evolução até o ano de 1935. Vieira contou que a escolha do colégio como objeto de pesquisa se deu pela ampla significação social no contexto local, regional e nacional, pela densidade histórica, familiaridade e proximidade regional dos pesquisadores com o objeto de pesquisa, além de a instituição abrigar arquivos e acervos históricos em bom estado de conservação, o que facilita a localização dos materiais de consulta e dos dados necessários à pesquisa. “A intenção é a de reunir um número considerável de informações e investigar os processos que deram origem à formação e à evolução dessa instituição, percebida como um sistema de práticas que se manifestam no processo de interação com

A pesquisa, financiada pelo CNPq, conta com a participação de um grupo de pesquisadores

um contexto historicamente determinado”, afirmou Vieira, que responde pelas questões teóricas e metodológicas da pesquisa. O trabalho conta também com a participação do professor da PUC–PR (Pontifícia Universidade Católica do Paraná), Peri Mesquida, que investiga a educação feminina no Colégio Piracicabano. O trabalho inclui outros pesquisadores: Reginaldo Plácido, doutorando em Educação pela Unimep, foca-se na história do colégio. Já a mestranda do mesmo curso, Alline Basso Soares, estuda o processo de escolarização em Piracicaba. Thais Soares, graduada em História pela Unimep, discute a história a partir da imprensa. Por fim, o doutorando em Arquitetura e Urbanismo, Marcelo Cachioni, mergulha no universo da arquitetura escolar. Outros estudantes também participam do grupo de pesquisa do tema proposto pelo projeto. Vieira disse que a qualidade dos trabalhos apresentados estava “bastante boa”, apesar da pouca participação do público.

“Percebo que as discussões e as temáticas propostas estão cada vez mais interessantes”. Segundo a professora do PPGE, Renata Cristina Oliveira Barrichelo Cunha, que também coordenou as atividades, os trabalhos apresentados na sessão (confira no box) tiveram ótimo andamento, com boa adesão dos pós-graduandos do PPGE, empenhados na socialização dos trabalhos. “Nossos pós-graduandos têm sido incentivados por seus orientadores a exporem as pesquisas, a fim de discuti-las com outros colegas, ampliando as reflexões e análises sobre elas”, afirmou Cunha. Sobre a pesquisa de Vieira, Renata afirmou ser um tema relevante, especialmente por trabalhar a história da educação na perspectiva da história da cultura escolar, através das práticas escolares. “AVALIAÇÃO DA PERCEPÇÃO DO USUÁRIO NOS SERVIÇOS DE UMA FARMÁCIA MUNICIPAL DE PIRACICABA-SP” Autora: Milena Abdelnur Ruggiero Co-autora: Cláudia Fegadolli Orientadora: Tereza Mitsue Horibe Faculdade: FCH (Faculdade de Ciências Humanas) “ENTRE A MEMÓRIA E O ARQUIVO: COLÉGIO PIRACICABANO - 1881-1935” Autor:César Romero Amaral Vieira Faculdade: FCH “O NOVO ESPÍRITO CIENTÍFICO NA EPISTEMOLOGIA DE GASTON BACHELARD” Autor: Jesus de Souza Tavernard Júnior Co-autora: Ivone Oliveira Tavernard Orientadores: Elias Boaventura e Luzia Batista de Oliveira Silva Faculdade: FCH

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Homem versus Máquina Relação entre Homem e Máquina é tema de pesquisa apresentada pelo curso de Ciências da Computação Nayara de Oliveira Caroline Solano Com uma abordagem mais técnica e valendo-se de recursos tecnológicos, o aluno de mestrado de Ciência da Computação, Márcio Alexandre de Queiroz, também deixou sua marca registrada durante o Congresso de Pós-Graduação. No 2º ano de estudo, e já formado em Sistema de Informação, o aluno abordou técnicas voltadas para interação homem e máquina. IHC (Interação Humano/Homem Computador) é o tema do trabalho defendido pelo aluno, que apresentou a pesquisa cientifica intitulada de Geração Automotizada de Interface de Usuário Baseado na Metodologia The Bridge. Conforme apuração da reportagem, estas interfaces são os programas de computador pelos quais o homem se comunica com a máquina, através de comandos, e respostas dos sistemas, que reproduzem a “ordem” que lhe foi dada. Para Queiroz, apresentar o projeto de estudo no evento, que infelizmente não teve tanta adesão quanto o esperado, é uma forma do aluno testar previamente se a pesquisa possui uma boa estrutura, e qual a reação do público presente, como forma de avaliar antecipadamente o produto final. “O congresso é uma excelente oportunidade para o aluno divulgar seu trabalho, como forma de fomentar a qualidade dele e também de criar defesas na apresentação para a futura banca”, finalizou Queiroz.


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pesquisa

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Direito realiza atividades com alunos e população Raphael Justino

Raphael Justino

O

curso de Direito da Unimep promoveu quatro apresentações que fizeram parte da programação da 9ª Mostra Acadêmica realizada nos dias 8, 9 e 10 de novembro. O objetivo das atividades foi mostrar, tanto para os estudantes quanto aos visitantes, a importância de conhecer processos do universo judicial. As apresentações abordaram temas como Tribunal do Júri (realização de Júri simulado), Juizado Especial Cível (conhecido como lei de pequenas causas), Pré-conciliação de direito de Família (que trata dos procedimentos relacionados aos interesses familiares) e Laboratório de Práticas Jurídicas que abordaram o Direito Civil e Penal. Os estudantes tiveram a experiência de orientar interessados em receber os serviços. O Tribunal do Júri serviu para os discentes se familiarizarem em como tramita a atividade de crimes dolosos contra a vida - como infanticídio, homicídio e latrocínio - julgados em um tribunal. A simulação contou com a participação de cerca de 100 pessoas entre estudantes, professores e populares que se interessaram em participar. André Camargo Tozadori, professor responsável pela apresentação do Tribunal do Júri, informou que os alunos puderam aplicar a teoria aprendida em sala de aula numa experiência prática. “No Júri simulado eles puderam sentir o clima de um tribunal, desempenhando o papel de personagens como juiz, jurados da sociedade,

Tony Corazza

Alunos de Direito participam do Júri Simulado na 9ª Mostra Acadêmica

promotores de justiça, réu e testemunhas. Esse trabalho é de vital importância na vida desses estudantes”, relatou o docente. No juizado especial cível o objetivo foi o de orientar as pessoas sobre causas de acidentes de trânsito, cheques devolvidos, produtos em desacordo, relação comercial não vantajosa, ou seja, causas que podem ser resolvidas com uma conciliação. Já na pré-conciliação do direito de família, foram realizadas orientações sobre as causas mais conhecidas da população como pensões alimentícias, adoção e divórcio. Aluna do 8º semestre do Curso de Direito, Tamilis Santos da Silva, participou

como personagem de testemunha. “Tive a impressão de estar num tribunal real. Como estudante, acredito que a Mostra Acadêmica é uma grande oportunidade para expormos nossos trabalhos”. Promotor de justiça na Capital há 16 anos e docente de direito penal há 20 na Unimep, Miguel Ciavareli, explicou que esses eventos estimulam a reflexão dos discentes. Na opinião do professor, a promoção do Júri Simulado dá aos estudantes a visão profissional da área. “Os estudantes saem com um repertório muito bom. A população também ganha com isso, principalmente as mais carentes”.

Política para a família na atenção básica Mariana Neves

Outro trabalho apresentado durante o 9° Congresso de Pesquisa foi A Família na Atenção Básica: Uma política econômica, escrito pela professora Dra Telma Regina de Paula Souza, da Faculdade de Ciências Humanas da Unimep. A pesquisa, que está em sua segunda fase, foi desenvolvida a partir de experiência realizada analisando a Educação Permanente de Saúde Mental na Atenção Básica.

Apresentação de trabalhos do 9º Congresso de Pesquisas

Souza destacou a importância e interferência das condições de saúde na qualidade de vida das pessoas, revelando que questões como moradia, emprego digno, estrutura sanitária, acesso à educação de qualidade e participação social devem estar aliadas ao Programa de Saúde da Família para que este faça sentido. O cuidado que os profissionais de saúde têm com os pacientes, sejam eles crianças ou adultos, precisa ter continuidade em casa. Muitas famílias entendem a necessidade de se ter um cuidador frequente em

casa, mas não possuem condições financeiras para manter este profissional responsável. Então, a responsabilidade passa a ser do familiar do paciente. Ao final da pesquisa, a autora concluiu que a política de saúde é uma política econômica, e concorda quando alguns políticos manifestam preferir abrir várias Unidades de Saúde da Família, que exige a contratação de apenas um médico generalista, do que uma Unidade Básica de Saúde, onde é necessário contratar três médicos.

A Mostra também englobou o 9° Congresso de Pesquisa da Unimep, evento no qual os docentes – da própria instituição ou de outras - têm a chance de apresentar e compartilhar os resultados de suas pesquisas. Este ano o Congresso apresentou 13 trabalhos de diversos assuntos, tais como, Aids, psicologia, economia, internet, pedagogia e meio ambiente. Entre os que se destacaram está o desenvolvido por Ismael Valentim que tratou o tema principal da Mostra Ambiente e Sustentabilidade. O pesquisador co-relacionou a temática ao metodismo de John Wesley - fundador da Igreja Metodista - que revelava desde o século 18 sua preocupação sobre questões ligadas à natureza e como ter uma vida mais sustentável. Outro tema que também chamou atenção foi o da pesquisa desenvolvida por Maria Tomazzelo. O trabalho retratou a mediação pedagógica como tarefa do professor. Esta questão se compôs na pesquisa através da entrevista com cerca de 120 professores na rede pública do ensino médio em diversas áreas do ensino, mostrando que a concepção de ‘’professor’’ está cada vez mais próxima do sentido etimológico: o de ‘’estar entre’’, no meio da relação aluno e saber. A diversidade temática, além de contribuir para o conhecimento de todo público, também abre portas para trabalhos de pesquisadores – docentes e discentes - de outras instituições. “A cada ano temos percebido um aumento da participação de externos nos diferentes eventos. No congresso de Iniciação Científica e de Pesquisa, temos recebido trabalhos de docentes e estudantes de instituições de ensino superior, públicas e privadas. Isso reflete o reconhecimento da Unimep na cidade e região e sua inserção na comunidade”, comenta Rosana Macher Teodoti, coordenadora de Pesquisa e Pós Graduação.


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Campus Santa Bárbara apresenta 1ª Semana de Tecnologia Flavia Ribeiro Durante a 9ª Mostra Acadêmica da Unimep, no Campus Santa Bárbara d’Oeste, aconteceu a 1ª Semana Tecnológica da Faculdade de Engenharia, Arquitetura e Urbanismo (FEAU), que integra as atividades da Mostra Acadêmica. O evento contou com diversas oficinas e palestras. Segundo o vice-diretor da faculdade e organizador do evento, Roberto de Souza Junior, são vários os objetivos da semana. “Um deles é possibilitar aos alunos um contato maior com as empresas e com as novas tecnologias que estão sendo utilizadas no momento”, contou. Entre as atividades das oficinas, estavam apresentações da produção de biodiesel, reciclagem de papel, construção de forno de pizza e fabricação de amaciante de roupas e detergentes. Também foram oferecidos aos estudantes minicursos e visitas técnicas a empresas. Nessa ocasião, os estudantes puderam apresentar pesquisas e projetos desenvolvidos ao longo do ano. Além das atividades programadas para a semana, houve a celebração do Ano Internacional da Química. Durante o evento, foram feitas palestras voltadas a química, mostrando que tudo que usamos em nosso dia-a-dia é fruto de processos químicos. Também houve o lançamento do parque tecnológico, parceria da Prefeitura de Santa Bárbara com a universidade. Nesse convênio, há o investimento em laboratórios e vagas de estágio para os alunos da universidade. De acordo com o vice-diretor da faculdade, a parceria é importante, pois possibilita a visibilidade da FEAU em todos os meios, não só para empresas e indústrias, mas também para possíveis alunos: “Está dentre as nossas metas alcançar uma identidade da FEAU que seja comum a todos os alunos, docentes e funcionários”, finalizou.

tecnologia

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Macarrão Enriquecido Alunas de Engenharia de Alimentos participam de concurso em universidade do exterior

Flavia Ribeiro

E

ntre as atividades da Semana da FEAU, foram apresentados trabalhos que os alunos desenvolveram durante o ano de 2010, como a apresentação do projeto de ‘Substituição Parcial de Farinha de Trigo por Farinha de Berinjela’, para produção de massa de macarrão, desenvolvido pelas alunas Kenia Nara da Silva e Débora da Silva Souza, do 8º e 6º semestre de Engenharia de Alimentos. O projeto de Kenia e Débora surgiu por meio de um convite do aluno intercambista da Universidade Del Centro Educativo Latino Americano, em Rosário, Argentina. “Na UCEL, existe um concurso anual de alimentos inovadores, o CEAIR (Concurso Estudantil de Alimentos Inovadores de Rosário). Procuramos o coordenador do curso e uma professora especialista no assunto para nos ajudar a desenvolver o projeto”, contou Kenia. A pesquisa, pensada e criada pelas alunas, visou enriquecer o valor nutritivo da massa do macarrão, produto consumido por toda população do país. “A farinha de berinjela foi escolhida devido seus efeitos benéficos à saúde, como por

Débora Silva e Kenia Nara durante a produção de Massa Fresca, que substitui parte da Farinha de Trigo por Farinha de Berinjela

exemplo, a redução do colesterol”, destacou a estudante. Além da participação na semana da FEAU, as alunas exibiram o projeto no exterior. Elas elaboraram a pesquisa, desenvolveram a análise sensorial para aprovação do público, fizeram um balanceamento nutricional e até criaram a em-

balagem. O passo seguinte foi a inscrição do trabalho no concurso da Universidade argentina. “A viagem foi uma experiência maravilhosa, nunca tínhamos saído do Brasil. Conhecer outra cultura foi muito bom, além da oportunidade de apresentar a Unimep e seus projetos para fora do país”, concluiu Kenia.

“Diversão e arte para qualquer parte” Estudantes da FEAU mostram seus talentos e se divertem durante Semana Tecnológica

Flavia Ribeiro Como na música da banda nacional Titãs, “a gente não quer só comida, a gente quer comida, diversão e arte”. Assim, além de seminários, palestras, minicursos e apresentação de trabalhos, os alunos também desfrutaram de momentos de descontração durante os intervalos entre uma atividade e outra. Promovidas pela Pastoral Universitária, foram feitas recreações com os alunos da própria instituição, bem como apresentações de bandas formadas por estudantes do campus para tocar no evento, proposta muito bem recebida pelos presentes.

Fotos: Flávia Ribeiro

banismo, a iniciativa foi muito importante para Banda Jaya-Ho, de alunos da a faculdade, já que, além Unimep, se apresenta durante a 1ª de motivar as bandas Semana Tecnológica da FEAU, no dos estudantes, incencampus de Santa Bárbara tiva a participação e o envolvimento do corpo discente na Semana de Tecnologia. A iniciativa, além de motivar os alunos às atividades musicais, possibilita um momento de descontração no meio acadêmico. “A iniciativa chama as pessoas para a faculdade, porO som de bandas de diversos ritmos, que, além do conhecimento, proporciona como reggae, rock e sertanejo, cativou os a amizade e o divertimento através da que passavam pelo local à procura da prómúsica”, finalizou o estudante Luiz Felixima atividade. Para o aluno integrante do pe Pereira Araujo, integrante do grupo de grupo de sertanejo Acústico S/A, Gabriel reggae Jaya-Ho. Dottori, do curso de Arquitetura e Ur-


cultura

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Vencendo

barreiras

Por meio de parcerias, Núcleo de Estudos e Programas de Educação Popular da Unimep promove inclusão de deficientes no meio acadêmico

Vanessa Carvalho e Michaella Frasson

Michaella Frasson Vanessa Carvalho

U

ma das discussões abordadas na 9ª edição da Mostra Acadêmica foi a constante batalha das pessoas com deficiências. Dois deficientes visuais e estudantes da Unimep abordaram os problemas enfrentados no cotidiano. Um dos palestrantes, o funcionário público Wander Viana Santos, 40, cego há três anos, destaca que passou por grandes dificuldades, e acredita que a pior delas foi a depressão: “foi um período de angústia, não tanto pela perda da visão, mas por estar privado de minha liberdade e de meu trabalho, para o qual não me deixavam voltar”. Wander é voluntário da Avistar, associação sem fins lucrativos de assistência às pessoas com deficiências visuais, que sobrevive do apoio da sociedade, doações de empresas, ONGs, rifas e verbas municipais. Criada em 2007, a entidade atende atualmente cerca de 40 usuários, entre crianças, adolescentes e adultos. Quando o assunto é o braille e as novas tecnologias de informação, Santos afirma que o sistema de leitura não vai acabar, pois, mesmo com as tecnologias cada vez mais avançadas, o braille ainda é muito importante na alfabetização. “Quando se aprende somente escutando, não se tem a Gustavo Annunciato

Julio Amstalden, maestro e professor da Unimep, toca órgão de tubos para platéia de estudantes e professores

Artesanatos feitos pela Associação das Pessoas com Def iciência de Piracicaba e Região, entidade auxiliada pelo NUPEP (Núcleo de Estudos e Programas de Educação Popular), da Unimep

noção exata da grafia das palavras, nem de sua pontuação. O braille, nesse ponto, se torna essencial, pois as crianças saberão escrever corretamente as palavras”, afirmou. Atualmente, a Unimep tem 20 alunos com alguma deficiência. Francisco Romero, coordenador do NEPEP (Núcleo de Estudos e Programas de Educação Popular), destaca que a Unimep e outras universidades tem melhorado bastante o

acesso dos portadores de deficiências nas faculdades. “Principalmente em se tratando de vias de acesso, banheiros e carteiras, mas ainda falta preparar melhor os laboratórios, os meios de estudo e o financiamento, além da preparação de professores com logística e didática adaptada”, enfatizou. O NEPEP existe na instituição desde 1983, mas em 2005 um grupo de pessoas

com deficiência procurou o núcleo buscando uma parceria para formar uma cooperativa. O intuito era melhorar a condição de vida desses deficientes, e incentivar projetos nesse setor, como a experiência de economia solidária, da Associação das Pessoas com Deficiência de Piracicaba e Região, constituída por deficientes de vários níveis. Com sede em Piracicaba, a associação trabalha com projetos de educação popular e economia solidária. Há a produção de tilápias nos tanques de um pesqueiro em Santa Rita, onde atualmente também há a produção de artesanato, projeto chamado Comunidade Arte e Vida. A voluntária Caroline Vieira Sugahara, portadora de problemas motores, conheceu o projeto por meio de outra pessoa com deficiência. Hoje, ela cuida da parte administrativa e da atualização do blog da associação. Sugahara explicou que cada pessoa tem um dom a ser explorado, e é exatamente o desenvolvimento das habilidades individuais que a associação incentiva em cada participante: alguns pintam com a boca, por ter o resto do corpo paralisado, outros bordam, pintam com os pés e aprendem o artesanato em geral. Na Mostra Acadêmica, a Unimep cedeu o espaço para a Associação expor seus artesanatos, e o Núcleo contribuiu na organização. “Para o NEPEP, foi um grande desafio lidar com a inclusão de pessoas com deficiência. A maior dificuldade foi incluir os excluídos, e fazer com que eles tivessem dignidade, consciência da sua força e do seu propósito de ser cidadão”, finalizou Romero.

Após hiato de cinco anos, órgão de tubos soa novamente na Unimep

Josiane Joveli A 9ª edição da Mostra Acadêmica, realizada em todos os campi da Unimep, ecoou no dia 10 de novembro um som diferente, chamando a atenção do público que passava pela Capela do campus Taquaral. A palestra/concerto O Órgão de Tubos em cena, conduzida pelo maestro e professor Julio Amstalden, fez com que, após um hiato de cinco anos, o órgão de tubos funcionasse novamente para alunos do Curso de Música e a todos que participaram da apresentação. Amstalden contou uma parte da história desse tipo de órgão, que surgiu no

século II a.C. na cidade grega de Alexandria. Criado por um barbeiro chamado Ctesíbius, que se arriscava em criar engenhos mecânicos como atividade paralela. O instrumento surgiu com a ideia de mecanizar o sopro da Flauta, e foi construindo sob uma caixa de argila, na qual foram instalados sete tubos de bambu, que dentro continham dois barris de água. Sobre o instrumento, Amstalden contou ainda que cada barril tinha em seu interior um êmbolo que, sob a pressão da água, movimentava-se, produzindo vento, armazenado num reservatório logo abaixo dos tubos de bambu. Ainda segundo o professor e maestro da Uni-

mep, Ctesíbius apertava com os punhos uma placa na base de casa tubo, permitindo que o ar passasse por dentro, e uma nota musical fosse assim produzida. Desse modo, foi inventado o primeiro órgão da história. Entre uma explicação e outra, o professor apresentou Hinos Luteranos, de Bach, em três atos, fazendo com que o órgão de tubos, construído especialmente para a Capela do campus em 1995, emitisse um som que deixou todos os presentes encantados. Apesar de diversos concertos internacionais, era visível a emoção de Julio, mesmo que para uma platéia pequena, mas encantada com o som.


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