Revista contramão

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Perfil As histórias e vitórias de Louyse Praxedes, que encontrou vida nova pela música

Que beleza! Mulheres reais falam sobre beleza em um ensaio fotográfico sem edição de imagens

Made in brechó

Roupa nova (ou quase) na crise é possível, sim!


Editorial expediente Na contramão, sempre! Padrão. De acordo com o dicionário Aurélio, uma das definições desta palavra pode ser encontrada nas próximas páginas da Contramão, em situações opostas e com propostas diferentes. “Padrão: o que serve de referência ou modelo”. Aí, você se pergunta: mas se existe um padrão, como pode ter interpretações diferentes? A gente explica, com todo o prazer. A Contramão nasceu de uma observação, feita por leitores apaixonados por revista, tal como você deve ser também. As principais revistas femininas do mercado ditam tendências de lifestyle, de moda, de beleza, de comportamento, tudo em busca de um padrão para seus leitores, geralmente, de coisas não tão fáceis de conquistar por grande parte de seu público alvo. O corpo perfeito, o relacionamento perfeito, a roupa ideal para você arrasar... Tudo isso é vendido em capas e recheios, em diferentes preços e tipos de papel, em revistas ou não, levando a mulher a buscar ser, no final de tudo, uma ilusão, seja ela física ou ideológica. Não queremos aqui nos mostrar como os donos da verdade, mas, deixamos a dúvida no ar: você se sente representada?

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Quebrar este padrão, imprimir a personalidade da mulher de verdade, com seus lados positivos e negativos, em suas diferentes formas, cores e tamanhos, com suas dúvidas e convicções, dando voz ao que deve ser ouvido e luz ao que deve ser mostrado, é a nossa proposta.

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Quebrar este padrão é uma meta, mas, como você já sabe, ser padrão também é ser modelo. No fundo, no fundo, também queremos ser padrão, mostrando em cada página, em cada matéria, que o padrão da mulher é ser guerreira, batalhadora, sem deixar de lado a emoção, a superação, a alegria de ser mulher de verdade, independente de como é o corpo ou a mente que ela habita. Bem-vinda à Contramão! Esperamos que se sinta à vontade lendo uma revista que foi feita para você, mulher, sem conotações, sem adjetivos, sem ilusões. A mulher, na real.

José Luiz Zuliani Jr. Jornalista

“The sky is high, the road is long”. O verso é simples, mas traduz o que quero pra minha vida: uma jornada sem acomodações, buscando experiências novas, com gente incrível do meu lado e lugares marcantes em minha memória. Tenho fé que vem muito mais por aí.

Maria Luiza Gonçalves Mariano Jornalista

Jornalista por opção, acredito que o mundo pode ser um lugar melhor. Nem tudo é preto e branco, e o mundo tem muitos tons de cores diferentes. Estou aqui para aprender e observar. Esse é só o começo. “You are Young, Darling. For now but not for long, under control”.

Walkiria Pompeo Jornalista

Escrevo porque acho que minha cabeça é um lugar muito pequeno para tantas ideias. Fotografo porque acho que os momentos são belos demais para ficarem eternizados apenas na memória. Sonho porque acho que o mundo pode ser bem melhor do que o que vemos hoje.

Trabalho realizado pelos alunos do 8º semestre do Curso de Jornalismo da Unimep.

Textos

Projeto Gráfico

Diagramação

José Luiz Zuliani Junior

Agatha Gonçalves

Agatha Gonçalves

Maria Luiza Gonçalves Mariano

Alan Zovico

Walkiria Pompeo

Carolina Fustaine

Impressão

Enoe Germano

X-Print Soluções Digitais

Fotos

Enrico Thomé

Maria Luiza Gonçalves Mariano

Lucas Machado

Orientação

Walkiria Pompeo

Victor Lopes

Ana Camilla F. de Negri Kantovitz

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JUNTANDO OS PEDAÇOS DE UMA VIDA

SUMÁRIO

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Por fora bela viola, por dentro pão bolorento

Juntando os pedaços de uma vida

O diagnóstico de câncer para alguns parece o fim, mas para Louyse foi uma chance de recriar seus sonhos e mudar sua vida através da música.

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Que beleza!

Não quero ser mãe, e daí?

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5 texto | José Luiz Zuliani Jr. zeluizuliani@gmail.com

texto | Maria Luiza Gonçalves Mariano mgoncalvesmariano@gmail.com

texto | Walkiria Pompeo

waalpompeo@hotmail.com

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fotoS | Walkiria Pompeo Arquivo pessoal

Rosa para os meninos, azul para as meninas

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Vlogueira? Sim. Consultora de beleza? Não.

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Revolução cervejeira

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36 Trip voluntária

Bateu a crise? Empreenda!

26 Made in brechó

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Quantos significados um mês pode ter? Quantos sentimentos podem o marcar? Para Louyse Praxedes, 29 anos, o mês de outubro é uma montanha russa: é seu aniversário. Foi quando perdeu sua avó. Quando conseguiu o emprego que tanto queria. Quando teve os primeiros sintomas de sua doença. Quando, finalmente, terminou a quimioterapia.

pescoço ainda está sensível, tamanho dano gerado pela aplicação radioterápica. Mas talvez, a pior parte, foi não conseguir cantar, porque a voz, simplesmente, não saía.

e do trabalho lá, e volta ao médico a cada três meses para o acompanhamento. E, é claro, continua com o projeto “Música aos Pedaços”, que também passa por mudanças.

Formada em Marketing e Design Gráfico, Lou, que nasceu em Cerqueira César e hoje vive em Piracicaba, trabalhou em um banco por sete anos. Após se formar, quis atuar em sua área e conseguiu um emprego em São Paulo, na agência Uau Digital. E foi aí que os sintomas começaram a aparecer.

Voltou a viver em Piracicaba, já que inspirou cuidados especiais por um ano, viveu à base de sorvete e descansou muito. Essa foi a dita “pausa” na música, o momento de silêncio, que foi muito importante para que ela desacelerasse.

E a fé, que foi sua aliada durante o tratamento, volta a entrar em cena durante a nova fase do projeto de Louyse para a página “Música aos Pedaços”. “Quando a gente fala fé, é claro que cada um tem a sua religião e tal, mas não necessariamente ela está ligada a uma religião. Você pode ter fé em qualquer coisa que te faça bem”, explica Lou, sorrindo ao começar a explicar a nova fase do projeto.

O diagnóstico de Linfoma de Hodgkin veio em março de 2014, mas apesar do susto, nunca se viu como uma perdedora ou como uma coitada. “As pessoas pensam: ‘Que tragédia. Ela conseguiu o trabalho que queria, e de repente tudo desmorona’. Mas na verdade eu encaro de outra forma. Porque eu conheci tanta gente bacana e eu tive um apoio tão legal das pessoas do trabalho, que eu acho que eu estava no lugar certo para acontecer isso, porque foi muito tranquilo”, conta ela.

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Após o diagnóstico, Louyse criou o projeto “Música aos Pedaços”, uma página no Facebook na qual relatou todo o processo que viveu durante a doença, do diagnóstico ao fim da quimioterapia, e um ponto de apoio para ela, com o objetivo de “reconstruir alguém por meio da música”, como Louyse descreve. No primeiro vídeo que divulgou em sua página, Louyse afirma que para que a música fique afinada, e a harmonia em equilíbrio, é preciso fazer o uso da pausa, daquele segundo de silêncio. “E é exatamente isso que estou vivendo”, conta. “A vida me deu uma pausa para me equilibrar novamente”. Hoje, passado mais de um ano, Louyse ainda cita isso. “O silêncio em uma canção é tão importante quanto o som. Para mim, esse ano foi a pausa para tudo entrar em harmonia”. Com a página, conheceu outras pessoas que estavam passando pelo mesmo problema, trocou experiências, histórias, pode sentir carinho, apoio e, com o resultado de tanta positividade, divulgou por lá sua primeira música: Amanhecer. Apesar de não ser cantora profissional, a música é algo que sempre esteve em sua vida. A avó, o irmão, os tios... Todos cantam. Sempre fez aulas de música, e talvez disso tenha nascido a primeira ideia do projeto e, no momento mais difícil da vida, nada melhor do que se apoiar na música para seguir adiante. Além da música, Louyse teve dois grandes aliados: a imaginação e a fé. Rindo, ela fala sobre as coisas “loucas” às quais se apegou durante o tratamento. Talvez a maior loucura, segundo ela, tenha sido a forma de encarar a quimioterapia. “Eu gostava de imaginar que alguns soldadinhos estavam dentro de mim, lutando contra a doença. E também, desde o dia do diagnóstico, eu já me via, hoje, curada”. Mas quem pensa que o processo da doença foi algo bonito como se vê nos filmes, marcado apenas pelas coisas boas ditas até agora, está enganado. Lou conta que não se livrou de momentos difíceis, em especial a radioterapia. Por conta dessa etapa no tratamento, hoje não tem mais as glândulas salivares e a pele do

Se antes da doença seu foco era o crescimento profissional, agora ela quer saber é de qualidade de vida. Arranjou um emprego em Santa Bárbara, apesar de sentir muita falta de São Paulo

O silêncio em uma canção é tão importante quanto o som. Para mim, esse ano foi a pausa para tudo entrar em harmonia.

Sua primeira música, Amanhecer, foi escrita após

o diagnóstico, por um amigo pessoal que é produtor musical. Agora, curada, ela se reuniu com o mesmo amigo e, juntos, escreveram a música Brado, que deve ser lançada em novembro. E se a primeira música falou sobre como a doença não iria acabar com ela, a segunda fala sobre o que a faz forte em um momento difícil. Para o clipe da nova música, Lou quer encontrar pessoas que superaram alguma coisa, e ouvir de onde veio a força delas, o que fez bem durante esse processo. Mas a pessoa não vai ter que simplesmente posar para a câmera. Para poder participar, terá que fazer uma

doação a alguma entidade; mas o que e de que forma, Lou ainda está decidindo. A ideia final, de toda a forma, é uma só: fazer o bem à outra pessoa. O que vai acontecer depois disso? Lou não sabe dizer. Apesar de gostar muito do “Música aos Pedaços”, ela também gosta muito de fechar ciclos. Por mais que não tenha problemas em ficar revivendo sua história e falando sobre ela, uma hora isso pode se tornar desgastante. E quando e se acontecer, ela vai saber que chegou a hora de seguir em frente. Por enquanto, ela deixa apenas a música tocar.

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perfil


Por fora bela viola, por dentro pão bolorento Cada vez mais as mulheres buscam um estilo de vida saudável por meio da combinação alimentação regrada e exercícios. Mas será que apenas as mulheres que almejam um corpo perfeito precisam se atentar a isso? texto | Walkiria Pompeo

waalpompeo@hotmail.com

fotos | Arquivo pessoal

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O que é uma vida saudável? Esta pergunta tem sido frequentemente feita graças às mudanças nas ideias das mulheres especialmente no que diz respeito ao corpo e ao amor próprio. O mercado de moda plus size cresce cada vez mais, assim como a aceitação às curvas e ao excesso de peso. Mas isso não é desculpa para comer o que quiser e manter uma vida sedentária. Mariane Ferreira tem um blog voltado para a moda plus size, e um dos assuntos que aborda é a saúde. “O fato de ser ou não gorda, não significa que não tenho a saúde em dia. É possível sim ser uma gordinha saudável, feliz e praticar exercícios”, pondera ela, que faz reeducação alimentar, além de ser bastante ativa. “Eu sempre fui gordinha, mas nunca tive colesterol, diabetes, doenças cardíacas, ou qualquer dor ou problema muscular. Sempre pratiquei muitos exercícios, como ballet e jazz. Hoje, minha paixão é dançar zumba”. Para a nutricionista Grasiela Marchiori, uma vida saudável não tem a ver com um corpo perfeito, mas sim com um corpo saudável. “A mídia empurra uma imagem do que seria um corpo perfeito, mas muitas vezes ele não tem a ver com o biótipo da pessoa e ela é obrigada a travar uma luta que não tem vencedor. Devemos sim controlar o peso, evitar gorduras localizadas, mas porque elas trazem prejuízo para a saúde. Não devemos pagar qualquer preço para ter uma barriga trincada e o corpo super magro”, enfatiza. Para Tiago Volpi Braz, professor de educação física, as pessoas esquecem das questões relacionadas a saúde em busca da estética corporal. “O corpo perfeito, a chamada ditadura da beleza, tem promovido em certos casos práticas que não se relacionam com a saúde, como por exemplo, anorexia, uso de fármacos e substâncias proibidas, estratégias alimentares inadequadas e doenças psicológicas”.

Vida saudável é manter o corpo nutrido, com energia para realizar os sonhos e as tarefas diárias e aprender a reduzir os picos de estresse. Gislaine Bettin

A jornalista Gislaine Bettin chegou ao limite para dar uma guinada nos cuidados com a saúde. Há três anos se viu com o IMC (Índice de Massa Corporal) de 41,5, ou seja, obesidade mórbida. Com todos os requisitos para uma cirurgia bariátrica, viu que era a hora de mudar. “Eu não conseguia aceitar que estava tão gorda, e não tinha me dado conta do estrago na minha saúde. Mas comecei a ter problemas, dores que indicavam que eu estava com gota. Foi então que comecei as mudanças na alimentação e uma rotina de exercícios”, lembra ela, que hoje pesa 96 kg. O início do processo foi difícil, teve que cortar muitos alimentos dos quais gostava, aprender a gostar de ir à academia. Hoje, a dieta não é mais difícil e malhar se tornou algo divertido. E ela quer mais! “Eu quero meu corpo cada vez mais bonito”, revela. Para atingir esse objetivo, cortou de sua alimentação álcool, refrigerante, frituras, doces, e incluiu alimentos como linhaça, chia e mais legumes, além de malhar de cinco a seis vezes por semana. “Não gosto da ditadura da magreza, muito menos desse movimento contrário que diz que tenho que me aceitar gorda. Sei que meu metabolismo é lento e que meu corpo não reage do mesmo jeito que outras pessoas, mas eu quero melhorá-lo”. Seu novo estilo de vida trouxe também outro conceito de vida saudável, que para Gislaine é mais uma ligação de corpo e mente. “Vida saudável é manter o corpo nutrido, com energia para realizar os sonhos e as tarefas diárias e aprender a reduzir os picos de estresse”, explica.

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Além de uma alimentação equilibrada, exercícios físicos são muito importantes. E não precisa ser só academia. Mariane é apaixonada por zumba, e já fez ballet e natação.


“Acredito que se gostar e ter uma boa aceitação da aparência é fundamental para ter uma vida saudável. Mas não podemos deixar que isso seja uma desculpa para não nos cuidarmos”, alerta a nutricionista Grasiela. Segundo ela, pode-se comer aquilo que tem vontade, mas é preciso bom senso e moderação, sem

extremismos. “Estar acima do peso e ter uma alimentação muito desregrada aumenta as chances de desenvolver doenças sérias, que podem comprometer a longevidade e qualidade de vida”. O professor Tiago também acredita que o amor próprio é importante, mas destaca a importância do exercício físico nos cuidados a saúde e na prevenção de doenças graves. Ele ainda destaca que pessoas mais cheinhas e que praticam exercícios podem ser mais saudáveis que magros sedentários. “A falta de prática de exercícios reduz a expectativa de qualquer indivíduo”, lembra ele.

“Eu acho perfeito isso (se amar como é). Mas não adianta você se aceitar se por dentro você está podre. Você tem que mudar, mas isso não depende de ninguém, além de você”, pondera Mariane, que escreve muito sobre isso para suas leitoras do blog. “Eu como de tudo. Não é porque eu aceitei que precisava mudar, que isso mudou também. Adotei hábitos mais saudáveis, como comer a cada três horas, trocar alimentos gordurosos por alimentos integrais, mas eu ainda como meu chocolate, uma pizza ou um lanche. A alimentação, o exercício físico, a qualidade de vida e ser uma gordinha saudável são ações que andam de mãos dadas, formam uma corrente e dão certo juntas. Separadas, nenhuma delas têm força”.

9 passos para uma vida saudável A nutricionista Grasiela Marchiori e o educador físico Tiago Volpi Braz dão algumas dicas de como manter uma vida saudável.

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Dona de um blog de moda plus size, Mariane gosta de falar e divulgar um estilo de vida saudável independente da forma física.

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Procure conhecer a procedência dos alimentos que consome e escolha o máximo de alimentos naturais possíveis, inclusive orgânicos.

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Aumente o consumo de frutas, verduras e legumes, diariamente se possível.

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Evite consumir alimentos industrializados, como suco e bebidas de caixinha, biscoitos recheados, etc.

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Realize exercícios físicos moderados e vigorosos por 75 a 150 minutos por semana.

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Os exercícios podem incluir caminhadas, corridas, ciclismo, hidroginástica, alongamentos e fortalecimento muscular. O mais importante é a pessoa criar o hábito e escolher um exercício que ela goste.

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A saúde depende do bem estar físico e mental, portanto, evitar estresse diário e promover momentos de relaxamento irão diminuir a produção de hormônios nocivos à saúde.

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Modifique seus hábitos alimentares aumentando o consumo de fibras, verduras, legumes, carne branca e diminuindo o nível de gorduras dos alimentos consumidos.

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Para quem precisa emagrecer, deve-se restringir o consumo diário de calorias e aumentar o gasto energético em atividades diárias. Por exemplo, faça pequenas caminhadas para deslocar-se no dia a dia; suba escadas.

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Busque sempre a orientação de profissionais graduados e capacitados (nutricionistas, professores de educação física, fisioterapeutas, etc.) dentro de uma perspectiva multidisciplinar, pois os resultados serão melhores.

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QUE bELEZA! Esqueça a modelo da capa de revista e os padrões de beleza impostos pela sociedade. Nas próximas páginas, mulheres reais mostram a beleza de suas cores, tamanhos e formas, porque a vida real não usa programas de edição. fotos | Walkiria Pompeo

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A gente tem que parar com essa de que tem que ser magra pra ser bonita, não tem que ser nada! Tem que parar com esse negócio de que ou é só bonitinha magra ou só é bonitinha gorda, existem muitas belezas diferentes. Heloisa Dario

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A mulher tem que ser assim pra conquistar tal homem”. Não! A mulher tem que ser do jeito que ela quer, se ela é gorda, se ela é magra, se ela é baixa, se ela é alta, ela tem que se gostar em primeiro lugar, dane-se o que as outras pessoas vão pensar. Caroline Soares

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Você tem que parar e se ver no espelho como você é, porque você é a única coisa que você tem no mundo. Se você é a única coisa que você tem no mundo, você vai querer ser igual a outra pessoa que você nem conhece? Iris Isis Rowena


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Tem que desconstruir o preconceito sobre outros tipos de beleza. Acho que todo mundo é bonito do seu jeito e não tem que seguir aquele padrão imposto pela sociedade. Cada um tem que ser do jeito que quer ser, do jeito que se sente bem e que se dane o resto. Juliélen Lambert

Eu acho que a pessoa tem que estar bem com ela mesma, e se pra isso ela tiver que fazer alguma loucura... Claro que não pode ser exagerado, ficar sem comer ou fazer aquelas dietas radicais, mas se ela se sente bem fazendo isso... Larissa Mizuhira

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Não quero ser mãe, e daí? Um novo perfil de mulheres começa a dar as caras na sociedade, e nesse novo retrato feminino não há espaço para a maternidade. texto | José Luiz Zuliani Jr. zeluizuliani@gmail.com

fotos | Walkiria Pompeo Arquivo pessoal

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Que o papel da mulher na sociedade sofreu mudanças nos últimos anos, isso é inegável. Mas, por trás de toda positividade, alguns fatores ideológicos ainda fazem com que elas sofram discriminação da sociedade, e dentro de suas próprias famílias, como, por exemplo, a decisão de abrir mão de ser mãe. Uma união de fatores leva cada nova geração de

Acho que tem filho quem pode, não quem quer. Nem todo mundo nasce com essa vocação. Isabela Andia, estudante

mulheres a tomarem esta decisão, como elenca a psicóloga Sandra Baldacci “Essa opção normalmente está ligada a vários fatores, como o medo da responsabilidade, sacrifício, dependência, momento profissional que vivem, status social, modelos parentais negativos, contexto socioeconômico e o próprio estilo de vida. Todos esses fatores costumam estar relacionados com o significado da maternidade na família de origem, pois a construção da decisão sobre ser mãe ou não normalmente se inicia nas nossas experiências da infância, no contexto onde fomos criadas, se ter filhos era visto como prioridade ou não em nossas vidas”, explica a psicóloga. Sandra pontua que, muitas vezes, “a priorização do estímulo ao desenvolvimento profissional é muito maior do que um envolvimento familiar”, principalmente na sociedade moderna. Esse é o fator que pautou a decisão tomada pela estudante Isabela Andia, 22. “Meu planejamento de vida prioriza muito as relações profissionais e uma carreira, então ainda não consegui achar espaço para incluir nisso tudo um filho ou uma família”. Questionada se existe possibilidade de uma mudança de concepção sobre o tema, ela enfatiza: “Não, pois quanto mais fico envolvida com os planos de carreira, menos eu penso em uma família, até porque não teria uma estabilidade emocional para cuidar e educar um filho”. A estudante conta que até agora, não passou por momentos de preconceito por essa decisão, e que se algo semelhante

ocorrer, imagina que será daqui alguns anos, quando chegar a fase que a sociedade espera que a mulher inicie o processo de ser mãe e constituir família, visão esta que julga extremamente ultrapassada. “Acho que tem filho quem pode, não quem quer. Nem todo mundo nasce com essa vocação e possui personalidade, valores e sabedoria para criar outro ser humano”.

Tribunal social Pode acreditar, não são poucos os casos de mulheres que ainda hoje são julgadas pelo simples fato de não pensarem em ser mães. Seja pela sociedade em geral, seja por sua família ou, até mesmo, com seus parceiros ou parceiras, é comum que esta opção seja vista com maus olhos. “É sempre aquela velha história de que ‘um dia você vai mudar de ideia’ ou ‘você ainda não encontrou a pessoa certa’, só que pra primeira afirmação eu digo que não, eu não vou mudar de ideia, e pra segunda de que eu não preciso de ‘alguém’ pra me sentir completa, nem um relacionamento, e muito menos um filho”, afirma a tradutora Marina Demori, 21. Marina revela que sempre ouve este tipo de comentários de que um dia vai mudar de ideia, e crê que isso se dê muito por conta de sua orientação sexual. “Sou bissexual, namoro um homem que tem a vontade de ter filhos, e eu sempre deixei isso bem claro pra ele, que eu não vou mudar de ideia, até que um dia ele me disse que respeita a minha vontade, o que me confortou”.

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Expor essa opção nem sempre é fácil, e isso foi observado de perto, por exemplo, na produção dessa reportagem. Mas quando a aceitação começa a surgir dentro de casa, fica mais fácil tocar no assunto. É o caso da vendedora Priscila Araújo, 30 e de seu marido, Hamilton, que decidiram em conjunto não ter filhos, para não reviver momentos que já passaram anteriormente. “Não tenho segurança financeira para ter um filho. Eu e meu marido somos de famílias humildes, eu não pude ter uma educação de qualidade, por exemplo. Por isso não pensamos em ter filhos enquanto não nos estabilizarmos”. Há 14 anos ao lado de Hamilton, Priscila revela que foi compreendida por ele desde o início de seu relacionamento, já que ele também crê que sem estrutura financeira não é possível arcar com a criação de um filho, mas que familiares e amigos não entendem esta opção e justificativa. Mesmo assim, ela enfatiza. “A verdade é que se nossa situação financeira não melhorar, não vamos ter filhos”. O mesmo tipo de comentários é ouvido pela estudante Kimberly Fávere, 20, que confessa: além das indagações colocadas pelos demais e citadas por Marina, o fator da idade também é usado como arma contra a sua decisão. “Sou muito julgada, especialmente, mas não somente, por minha família materna, mesmo não tendo tanto contato com eles. Eles sempre dizem que só tenho esse tipo de pensamento por enquanto, pois sou muito nova e que ainda vou mudar de ideia,

ou que só vou manter essa decisão até ‘achar o homem certo’, puro machismo, eu sei. Costumo deixar claro essa minha ideia para todos que me perguntam sobre”, explica. Em momentos de preconceito e julgamento como estes, a autoconfiança e reforço de suas convicções são atitudes importantes. É o que relata a jornalista Andrea Mesquita, 43, que não se incomoda com este tipo de comentários, vindo de alguns membros da família e também da sociedade.

Ela pode se sentir madura e responsável para criar filhos, mas não estar disposta a abrir mão de outros desejos pessoais. Sandra Baldacci psicóloga

“Quanto a relacionamentos, isso dificultou bastante quando era mais nova, porque 99% dos homens com quem me relacionei tinham esse sonho de ser pai, e eu sempre fui muito clara sobre não querer ter filhos”. Ela define que, da mesma maneira que jamais obrigaria alguém a mudar de ideal por conta dela, jamais cogitou mudar por conta de ninguém. “Tenho tanta certeza de minha decisão que também

raramente quis me relacionar com homens que tivessem filhos pequenos ou que morassem na mesma casa e não deu certo. A grande verdade é que, se não quis ter o meu, não quero cuidar do dos outros. Pode parecer egoísmo, mas enxergo como honestidade”, define. Na relação entre maternidade e maturidade - utilizada como argumento por quem julga -, Andrea é direta ao definir que tem esse pensamento desde sempre, e que nunca foi seu objetivo ser mãe. Além disso, ela afirma que não sente arrependimentos de sua decisão. “Minha vida é ótima, como planejei que seria. Saio quando quero, viajo, se quiser dormir o dia todo durmo, se quiser ler eu leio sossegada, trabalho em horários complicados, enfim, não tenho que me preocupar com ninguém que dependa de mim para nada. Não ter filhos não significa que não gosto de crianças, muito pelo contrário. Mas sempre tive consciência de que ser mãe envolve responsabilidades que nunca quis nem quero para mim”. O fato da mulher não se sentir à vontade e preparada para o “cargo” de mãe não quer dizer que ela não goste da presença de crianças na sua vida, ou que as afaste para que não interfiram na sua decisão de não ter filhos, como explica a psicóloga Rita Coelho, que sugere que essa relação de “semi responsabilidade” no trato com os filhos de parentes ou amigos, faz surgir uma faísca de desejo inconsciente, algo como uma realização momentânea de ser mãe, e que isso reforça ainda mais seu ideal de não querer sua própria prole, justamente por ela “não se sentir madura o suficiente e não querer assumir uma responsabilidade como essa” para a vida toda.

Priscila Araujo, 30 “Não quero um filho no mundo pra sofrer o que eu sofri. Não acredito nessa balela de que amor é suficiente”.

Andrea Mesquita, 43 “Muita gente me pergunta quem vai cuidar de mim quando eu envelhecer. Penso que a gente não tem filho para que ele seja nosso cuidador, até porque ele pode não ser. E, quando eu ficar velha, moro em uma casa de idosos, para mim tudo bem”.

Isabela Andia, 22 “Meu planejamento de vida prioriza as relações profissionais e uma carreira, então ainda não consegui achar espaço para incluir nisso tudo um filho ou uma família”.

Marina Demori, 21 “Não acho ‘bonitinho’ uma barriga se mexendo e nunca tive o interesse em ‘sentir’ a barriga de uma mulher grávida, acho assustador. Isso me veio desde criança, então nunca curti essa ideia”.

Para a psicóloga Sandra Baldacci, esse forte vínculo afetivo com filhos dos outros não se trata de uma ação espontânea de maternidade, mas sim algo normal a todo e qualquer ser humano, que é de se relacionar com quem o faz feliz. “A afetividade com um filho pode significar uma grande oportunidade para o autoconhecimento, mas é necessário que esta mulher esteja em profundo contato consigo mesma e disposta a encarar todos os significados que esta maternidade possa lhe trazer. O fato de optar por não ter filhos não significa que outros vínculos afetivos fortes não possam ser formados, como com os sobrinhos e afilhados, por exemplo”, comenta. Falta de maturidade ou responsabilidade, fatores apontados por muitos para julgar a mulher que não quer ser mãe, em nada se relacionam com a opção, já que, segundo Sandra, a mulher pode “sentir e ser madura e responsável para criar filhos, mas não estar disposta a abrir mão de outros desejos pessoais que são mais importantes em sua visão de mundo”. Rita Coelho também já lidou com casos como estes, mas com algumas justificativas diferentes que apoiem esta decisão, segundo ela, “casos em que o casal optou por não ter filhos pelo medo de não conseguir financeiramente auxiliar no crescimento ou a criança passar a ser o centro das atenções do casal e os mesmos perderem um pouco da atenção que um poderia ter com o outro”.

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ROSA PARA MENINOS, AZUL PARA MENINAS Menino pode brincar de boneca? Menina pode brincar de carrinho? A troca de brinquedos entre crianças muitas vezes é um tabu para o mundo adulto. texto | Maria Luiza Gonçalves Mariano mgoncalvesmariano@gmail.com

foto | Walkiria Pompeo

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Desde o começo de nossas vidas somos ensinados e diferenciados de acordo com nosso sexo: meninas ganham roupas rosa, bonecas de presente, miniaturas de cozinha e aprendem a ser cuidadosas. Meninos vestem azul, ganham carrinhos, pequenas armas e bonecos de ação agressivos e corajosos, aprendendo a ser fortes e “durões” desde seus primeiros anos de vida. Mas, quando os papéis se invertem, a situação pode gerar conflitos. Segundo a psicóloga Eliana Neves Siqueira, brinquedo não tem gênero. “Uma criança não consegue distinguir, ela vai pela curiosidade, pela cor, pelo que aquilo desperta nela”, afirma. A socióloga Claudirene Bandini é mãe de três filhos: Vitor, 17 anos, Heitor, 5 anos e meio, e Ester, 4 anos, e explica que os dois mais novos sempre brincam juntos e compartilham seus brinquedos. “Na minha opinião, os brinquedos não são estereotipados por sexo pelas crianças e, sim, pelas pessoas adultas que as cercam. Elas aprendem, por meio da cultura, o que é de menino e o que é de menina”, opina. Ainda sobre a troca de brinquedos Claudirene completa: “Meu incentivo decorre da minha preocupação em formar adultos sensíveis às

Sabrina Paes é mãe de Lorena, 5 anos e meio, e Leonardo, 3 anos. Os pequenos dividem os brinquedos, que ficam todos juntos num quarto em sua casa, e apesar de dividirem os objetos e brincarem juntos, Sabrina conta que os amigos da idade de Lorena já fazem distinção. “Quando levam brinquedos na escola uma vez por semana não há discriminação dos amigos quando as meninas optam em brincar com bola ou carrinhos, mas os próprios meninos com idade igual a da Lorena preferem nem chegar perto das bonecas”, comenta. “O que mais me chama atenção é que na escola não acontece essa troca por opção deles mesmo, mas quando se reúnem aqui no quarto de brinquedo, a curiosidade é maior e acabam se envolvendo com tudo sem nenhuma discriminação”.

desigualdades sociais, neste ponto, à equidade de gênero”. A orientadora educacional Jocimara Francetto afirma que a experiência de trocar os brinquedos pode ser positiva para as crianças. “Na brincadeira, seja com o brinquedo de menino, seja com o brinquedo de menina, é que eles elaboram as emoções. Medo, angústia, raiva, tristeza, frustração...”. Eliana reforça, explicando que restringir estas brincadeiras pode limitar o desdobramento social da criança. “É por meio do brincar que as crianças aprendem a lidar com os próprios sentimentos, buscando compreender o mundo, os valores e a identidade”.

Papéis invertidos dentro de casa Muitos hábitos da família se refletem nas brincadeiras das crianças, como explica Eliana. “O menino, por exemplo, acaba por gostar de brincar de boneca porque vê o pai ou o irmão mais velho cuidando de um filho ou irmão mais novo”, explica. “Se o pai é quem toma conta da cozinha dentro de um lar e a mãe vai ao trabalho de automóvel, por que o menino não pode brincar de cozinhar e a menina brincar de carrinho?”.

Entretanto, os maus hábitos também podem ser copiados pelas crianças, que podem levá-los para o ambiente escolar. “Se a dinâmica familiar é muito machista, eles trazem isso”, explica a orientadora educacional Jocimara. E, atenção! Se a criança estiver sendo vítima de bullying na escola por brincar com objetos que não são pré-determinados para o seu sexo, os pais devem orientar a criança, conversar e entender se o bullying está causando sofrimento ou não. Se a resposta for sim, é hora de procurar ajuda psicológica. “Se o bullying for uma coisa muito intensa, é necessário procurar uma ajuda psicológica, proteger muito a criança, conversar com ela”, orienta Eliana. “Se não estiver fazendo a criança sofrer, tudo bem, conversa com ela, explica para ela que é um brinquedo, que ela pode brincar, pode curtir”.

Na brincadeira, seja com o brinquedo de menino, seja com o brinquedo de menina, é que eles elaboram as emoções. Jocimara Francetto Orientadora educacional

Especialistas afirmam que a troca de brinquedos entre meninos e meninas trazem efeitos positivos às crianças

Para Sabrina, esta troca também é importante para ensinar as crianças a dividir. “Com isso acabam brincando mais, se divertindo mais e aprendem a dividir e socializar com todas as crianças e fortalece o vínculo de irmãos por brincarem juntos”. As profissionais reforçam que os valores dados aos brinquedos são colocados pelos adultos, pois as crianças não conseguem colocar valor nestes objetos. “Por exemplo, se você colocar um bebê num berço de ouro ou no berço mais simples que houver, ele vai descansar do mesmo jeitinho, ele não vai conseguir dar valor para aquilo”, explica a psicóloga Eliana.

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VLOGUEIRA? SIM. CONSULTORA DE BELEZA? NÃO! Vlogueiras são conhecidas, principalmente, por suas dicas de moda e beleza. Porém, assim como em diversas outras áreas, as mulheres estão dando seu jeito de mostrar que entendem de muito mais coisas além de roupas, sombras e pincéis. texto | Walkiria Pompeo

waalpompeo@hotmail.com

foto | Reprodução/Youtube

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Em meados dos anos 2000, todo mundo queria ter um blog. Para escrever textos, publicar fotos, pensamentos variados, dicas de como se vestir e se embelezar. Mas como toda moda, esta também passou e foram poucas as pessoas que se mantiveram firmes e conseguiram obter sucesso como blogueiros renomados. Agora, com a popularização da internet e o barateamento na produção de audiovisual, surge uma nova categoria: vlogueiros. Assim como seu antepassado, o vlog trata de uma variedade imensa de assuntos e ideias, mas com o diferencial da imagem em movimento, o que promove maior dinamismo, e do “cara-a-cara”. Mas traz consigo também um estereótipo formulado na época dos blogs: de que mulher só sabe falar sobre roupa e maquiagem. A redação da Contramão averiguou diversos canais do Youtube produzidos por mulheres e formou um ranking com os dez vlogs com o maior número de pessoas inscritas. O canal 5minutos, da vlogueira Kéfera, ficou em primeiro lugar, com mais

de 6 milhões de inscritos, seguido por Camila Coelho, com mais de 2 milhões. Enquanto Kéfera trata de assuntos variados, a maioria sendo coisas vividas por ela, o canal de Camila mostra dicas de maquiagem, e essa variedade se apresenta no restante da lista, com canais abordando culinária, decoração e assuntos nerds. Mas as coisas não eram assim há algum tempo. Para Juliano Paz Dornelles, Mestre em Comunicação Social, as mulheres tendem a falar mais de moda, de sexualidade e relacionamento, mas estão acontecendo mudanças no setor e os vlogs femininos, cada vez mais, têm abordado temas unissex, buscando atrair a atenção também do público masculino. Juliano pesquisou em sua dissertação quatro vlogueiros, seus métodos de atuação e a forma como conquistam o público. Escolheu os canais de Felipe Neto, PC Siqueira, Silvio Mattos e AcidGirl. O fato que o levou a selecionar apenas uma mulher foi que, na época em que iniciou o trabalho (2012), as opções de vlogs femininos importantes eram um tanto

limitadas. “Na época, salvo as meninas da maquiagem, havia bem mais vloggers homens do que mulheres”, conta. O canal Acidez Feminina, escolhido pelo pesquisador na época, se mantém ativo até hoje e com bons números. Assim como Kéfera, a AcidGirl se vale de um formato descrito como cronista por Juliano em seu trabalho. Segundo Fernanda Zau, vlogueira há três anos e dona de um canal no Youtube, mulheres vlogueiras ainda são menos bem sucedidas do que homens, salvas raríssimas exceções. “O que vejo acontecer é que o público feminino assiste tanto canais femininos quanto masculinos, mas o público masculino tende a assistir mais os canais masculinos, talvez por julgarem antecipadamente que por ser um canal de mulher vai ser ‘assunto de mulherzinha’, digamos assim”. Hoje, com mais de 180 mil inscritos em seu canal e mais de 3 milhões de visualizações, Fernanda, que é atriz, trata de temas bastante variados: desde assuntos considerados feministas até assuntos menos sérios e

polêmicos, como suas opiniões sobre o filme Malevóla ou a última edição do Video Music Award (prêmio da música americana). “Falar sobre assuntos variados não é estratégico, faz parte da minha personalidade e da minha concepção do que eu acho legal, mas acaba atraindo mais público, claro”, explica Fernanda. Outra coisa que não é proposital, mas que dá um diferencial aos seus vídeos é a maneira leve e brincalhona de tratar tudo, inclusive assuntos mais profundos. Já Viviane Amy quis usar o vlog como uma fonte de ajuda e informação. Ansiosa para começar um programa de intercâmbio em que a pessoa convive com uma família em outro país para aprimorar a fluência na língua, resolveu dividir suas experiências por meio de vídeos. A ideia é ajudar e informar outras pessoas que estejam pensando e planejando viver a mesma experiência. “Nunca fiz o vlog esperando ter milhões de acessos. Sempre pensei em achar algumas pessoas que compartilhariam das mesmas emoções e comentariam a respeito. A cada dia que passa o canal vem tendo mais acessos. Pelo visto é uma resposta positiva de que tem sim pessoas interessadas nesse universo de intercâmbio para ser aupair e

de que gostam do meu modo direto de contar sobre minhas vivências”, relata Viviane, que hoje tem mais de 700 inscritos em seu canal do Youtube. Seus vídeos narram desde o processo de inscrição, os costumes de alimentação do novo lar, como lidar com a nova família, qual a melhor agência, além de dicas e informações que podem ajudar a facilitar aspectos do dia-a-dia. “Tudo o que vivo e acho válido informar eu lanço no vlog, porque eu sei que vai contribuir para a opinião positiva ou negativa de muita gente que se encontra em dúvida sobre alguns temas e possíveis experiências que possam viver no programa de intercâmbio”. Mas por que falar em vídeo e não em texto? Viviane diz que tem mais a ver com seu jeito de ser. “Detesto escrever bonito e ficar filosofando sobres as melhores palavras, o jeito mais bonito de expressar o que penso, além de que eu gosto de falar, bater papo. Sempre fui língua solta e vi nos vídeos uma forma original de expressar minha opinião sem filtros”. Já para a Fernanda, falar é bem mais natural. Ela relembra inclusive que foi para se divulgar como atriz que criou seu primeiro canal. “Eu tinha acabado de sair de uma temporada no teatro e estava planejando meus

próximos meses. Nessa época já existiam alguns vlogs, e foi então que pensei em criar um canal como forma de abrir meu leque de trabalho. Foi em 2012 e se chamava Etc e Zau”. Não existem dados oficiais ou estimados a respeito da quantidade de vlogueiras que existem no país, ou sobre quais temas abordam, até porque algumas pessoas ainda confundem vlogueira e blogueira. Porém, é visível que o número de garotas interessadas em falar de algo além de beleza e maquiagem tem crescido. “Eu acho que falar de moda e maquiagem é mais fácil, pois o Brasil é um país de mulheres vaidosas, que gostam da exibição do corpo. Falar de outros assuntos e atrair público ainda é difícil, mas as pessoas estão buscando informações a respeito do que se interessam”, comenta Viviane. Com o fim do intercâmbio próximo, ela tem planos para continuar o vlog aqui no Brasil, mas ainda com um assunto diferenciado. “Estou amadurecendo a ideia de falar sobre assuntos relacionados à psicologia, já que sou formada na área e posso levar esclarecimentos para muitas pessoas que ainda hesitam em buscar ajuda”.

Miniatura do vídeo de Fernanda Zau sobre o Outubro Rosa.

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BATEU A CRISE? EMPREENDA! O cenário econômico está difícil, mas não se assuste. É hora de investir no seu próprio negócio e vencer as “vacas magras”. texto | José Luiz Zuliani Jr. zeluizuliani@gmail.com

texto | Maria Luiza Gonçalves Mariano mgoncalvesmariano@gmail.com

fotos | Walkiria Pompeo

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Ela está aí, pra todo mundo ver e sentir (principalmente, no bolso). A crise econômica já faz parte do cotidiano dos brasileiros há um bom tempo, mas, nos últimos meses, o “monstro financeiro” ganhou novas formas e um rosto assustador, aumentando os preços, diminuindo os empregos e deixando a população com medo. Mesmo em meio ao cenário nebuloso, tem gente que consegue driblar a crise e investir no seu sonho, seu próprio negócio. “Quero lembrar que nós sempre passamos por crises e períodos desafiadores, essa não é a primeira e nem será a última”, alerta Pedro Cromo, professor de pós-graduação na IBE-FGV (Fundação Getúlio Vargas), citando as crises passadas décadas atrás, períodos recentes onde o Brasil esteve com a economia em baixa e que, tal como agora, a dica de ouro para o empreendedor se dar bem é inovar, se dedicar a identificar necessidades e descobrir como atendê-las. “A ação empreendedora nasce da observação e da busca de maneiras de fazer coisas novas, fazer coisas que já existem, de uma maneira diferente, identificar imperfeições em produtos e serviços, bem como resolvê-los, conversar com os clientes e saber suas necessidades e desejos”, sugere. Os sócios Máinon Cobolam, Junior Damada e Marcelo Giovanini fizeram a lição de casa e inauguraram no segundo semestre de 2015 a cafeteria Meu Pé de Café. “Somos apaixonados por cafés e a gente sempre viu uma necessidade de uma cafeteria diferenciada na cidade. Tanto que nós sempre viajamos em toda a região, conhecendo cafeterias, para entender um pouco como estava o mercado. E

As sócias Olívia e Lilian tiveram um retorno melhor do que o esperado desde que abriram o salão, apesar da crise.

Piracicaba sempre teve poucas opções de café”, afirma Máinon. Com base na citação do publicitário Nizan Guanaes, o empresário Antonio Carlos Soares define o que é um empreendedor. “É aquele que tira de onde não tem e põe onde não cabe”. Antonio Carlos ajudou a criar, em 2012, uma plataforma de gerenciamento corporativo - a Runrun.It - , que otimiza a produtividade de empresas e seus funcionários, e é utilizada por mais de 150 mil empresas em 130 países. A ideia surgiu em uma experiência profissional anterior, onde notou que a gestão de tempo, tarefas e equipes em uma empresa era algo difícil de ser feito. “Vimos como é fácil perder o controle sobre o que deve ser feito, por quem e para quando, uma vez que as tarefas e acompanhamentos

podem ficar espalhados e, por vezes, perdidos entre e-mails, planilhas, etc”. Com a criação do software, Antonio Carlos e os sócioscriadores Patrick Lisbona e Franklin Valadares notaram que foi preenchida uma lacuna deficitária nas empresas brasileiras, e ali encontraram seu mercado de atuação. A atitude inovadora, de entender o mercado e encontrar um nicho próspero para crescimento, é aconselhada por Antonio Carlos como meio de empreender com sucesso. “Tenha paciência e seja persistente. As empresas que passarem por essa crise dificilmente cerrarão as portas frente a uma próxima dificuldade. No entanto, é preciso ser econômico e prudente com os gastos e as contratações. Neste período, cerque-se de pessoas competentes que consigam, ao mesmo tempo, pensar estrategicamente e executar”, recomenda. Com esta visão no futuro, as sócias Olivia Demarchi Prado e Lilian Belato abriram o salão de beleza Santa Vaidade. “Antes de abrir a gente estava com bastante medo em função da crise, mas aí nós pensamos: ‘se a gente abrir nesta crise e conseguir sobreviver, as próximas que virão, não vamos nem sentir’. No começo tínhamos uma expectativa, mas foi melhor do que imaginávamos, mas ainda não supre todo o investimento que fizemos”, conta Olívia. Pedro Cromo crê que para superar este período turbulento não é necessário exclusivamente ter recursos financeiros, mas sim talento para que essa inovação se faça presente e gere bons frutos. Os fatores positivos e ideias inovadoras podem dar as caras em qualquer setor da empresa, por isso é bom ficar atento a uma nova espécie de empreendedor, classificada por Pedro como os

intraempreendedores. “Mesmo as empresas pequenas podem ter em meio a seus funcionários pessoas super talentosas, capazes de realizar coisas incríveis. São eles que vislumbram e desenvolvem oportunidades de negócios ou de melhoria para as empresas que trabalham”, explica o professor. Para Antonio Carlos Ribeiro, gerente do escritório regional do Sebrae/SP (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) em Piracicaba, qualquer empresa, da micro à grande, sofre com a crise, mas as maneiras como ela é combatida são diferentes, por isso, “muitas vezes o momento de crise é a hora de olhar para dentro da empresa, melhorar a gestão, procurar novas oportunidades de negócios e buscar sempre um diferencial por meio da inovação”. Mesmo com o negócio recéminaugurado, os sócios do Meu Pé de Café já estão aplicando esta estratégia. “A gente estava muito dentro das coisas, trabalhando, treinando equipe e agora a gente veio um pouco pra fora, ficar mais na administração da empresa, agora todos os clientes passam por nós, todos os dias, acho que aí a gente consegue ter um feedback realmente de como a casa está”, conta Máinon. Para quem começa a empreender e dar os primeiros passos no seu próprio negócio agora, Antonio recomenda cautela e organização prévia. “A abertura e gerenciamento de uma empresa exige um conjunto de habilidades, conhecimentos e um perfil empreendedor, para organizar um bom plano de negócios. Além disso, é preciso entender o mercado e o público para planejar bem, portanto, em situação de crise, não se deve ter pressa para abrir um novo negócio, e sim caprichar no planejamento até esperar a hora certa para investir”.

27 Antes de abrir a cafeteria, os sócios Máinon, Junior e Marcelo fizeram muita pesquisa de mercado.

Buscar a realização profissional, considerando o fracasso como um resultado normal, aprendendo com seus erros, são algumas das dicas de Pedro Cromo sobre como se tornar um empreendedor de sucesso em meio a crise. “Lute contra padrões impostos, saiba buscar, utilizar e controlar recursos, conhecendo muito bem o ramo que atua, sendo um sonhador realista, que cultiva a imaginação e define visões, traduzindo seus pensamentos em ações, com capacidade de descobrir novos nichos”. Para quem ainda tem dúvidas, Olívia e Máinon dão uma dica preciosa: acredite! “A gente tem sempre que acreditar que as coisas vão acontecer, porque, a partir do momento que você tem uma dúvida, pode até ser fora da crise, não adianta você abrir. Você tem que vestir a camisa, batalhar, trabalhar bastante. Porque de nada vale se você não acreditar no seu negócio”, confia Olívia.

economia


REVOLUÇÃO CERVEJEIRA

Bohemian Pilsner Este estilo de cerveja vem da escola alemã e foi criado na República Tcheca. Bem diferente da cerveja que tomamos no Brasil, esta é a verdadeira Pilsen. “É uma cerveja com coloração dourada, muito bem equilibrada e refrescante, possui notas de biscoito e pão provenientes do malte junto ao amargor médio com toque herbáceo originário do lúpulo Saaz”, detalha a sommelier. Teor alcóolico: 4,2% a 5,8%. Combine com carnes naturalmente adocicadas, como a de porco ou grelhados e churrasco.

Preferência nacional quando se fala de bebidas, as cervejas voltaram a fazer parte do mundo gourmet e dos sabores especiais com o resgate da produção artesanal do líquido. texto | Maria Luiza Gonçalves Mariano mgoncalvesmariano@gmail.com

fotos | Maria Luiza Gonçalves Mariano

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Tradicional dos finais de semana e churrascos com a família e os amigos, dos finais de tarde descansando, a cerveja é famosa entre os brasileiros. Porém, a loira gelada vem provando que pode ser ruiva, morena, mais leve ou encorpada, sem perder a graça. A técnica cervejeira e sommelier de cervejas Aline Tomazini explica que a cerveja é uma bebida muito antiga, de aproximadamente 9 mil anos, e acredita-se que ela surgiu acidentalmente durante a fabricação do pão. “A partir de então a cerveja começou a fazer parte da dieta alimentar dos povos da Antiguidade. Era uma bebida muito diferente do que consumimos hoje, era comum a adição de frutas como uva e tâmaras e ervas e condimentos como alecrim, coentro, mel, canela, entre outros”, conta. Só na Idade Média teve sua ascensão, ganhando características da cerveja que consumimos hoje, e passando por um grande desenvolvimento durante a Revolução Industrial, com as máquinas a vapor sendo utilizadas para torrefação do malte e o impulsionamento das cervejas de baixa fermentação, devido à refrigeração artificial.

Uma boa cerveja é aquela que você toma com uma boa companhia. Com certeza a cerveja fica bem mais saborosa quando você está rodeado por amigos.

Feito à mão Depois da globalização e da produção em massa das cervejas do tipo American Lager, a bebida passa por uma revolução, que é o resgate da produção artesanal. Independente do estilo da bebida, o segredo para produzir uma boa cerveja é a qualidade dos produtos, acompanhamento criterioso das etapas de produção, higienização e distribuição. “Uma logística e sistema de distribuição ruim afeta diretamente a qualidade da cerveja, que muitas vezes sofre com efeitos do calor ou de um armazenamento de má qualidade”, explica Aline. Mas, independente do país, da cor ou do sabor da cerveja, a sommelier dá uma dica que não possui mistérios e é fácil de seguir. “Uma boa cerveja é aquela que você toma com uma boa companhia. Com certeza, a cerveja fica bem mais saborosa quando você está rodeado por amigos”. Se você tem interesse em entrar neste universo das cervejas especiais, Aline mostra o “caminho das pedras”, guiando os curiosos por cinco tipos da bebida para os iniciantes:

Belgian Blonde Ale Como diz o nome, este estilo é proveniente da Bélgica. Segundo Aline, a cerveja possui um sutil frutado cítrico e picante, devido aos subprodutos da levedura belga. Ainda, possui um leve adocicado do malte com um final seco e levemente alcóolico. Teor alcóolico: de 6% a 7,5%. Combine com queijo meia cura, frutos do mar e sushi. 29

Ordinary Bitter Esta é a típica cerveja consumida nos pubs ingleses. Sua coloração varia do âmbar ao cobre claro, possui baixa carbonatação e teor alcóolico. Segundo Aline, “é caracterizada pelo sabor do malte que remete a pão ou levemente tostado. Porém, o amargor do lúpulo se sobressai sutilmente nessa cerveja”. Teor alcóolico: 3,2% a 3,8%. Combine com queijo emmenthal, Stilton ou cheddar inglês.

Weissbier Esta é a clássica cerveja alemã de trigo, com coloração de amarelo palha a dourado. “É uma cerveja bem refrescante com alta carbonatação e espuma densa e cremosa. Possui aroma e sabor único de banana e cravo proveniente de subprodutos da levedura, o que a torna uma cerveja distinta”, explica Aline. Teor alcóolico: 4,3% a 5,6%. Combine com queijo camembert, bolinho de bacalhau e sorvete de banana.

Stout Estilo da escola inglesa, proveniente da Irlanda, esta é uma cerveja de coloração preta, que, segundo Aline, tem sabor pronunciado de tostado, que geralmente remete a café. “Possui na maioria das vezes um leve adocicado do malte, mas o amargor proveniente da tosta do malte é mais evidente. Pode conter notas de chocolate amargo”. Teor alcóolico: 4,0% a 4,5%. Combine com ostras, queijo parmesão e tiramissú.

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MADE IN brechó Para ter um guarda-roupa versátil, não importa qual seja seu estilo, é preciso muito bom gosto, imaginação, e pouco dinheiro.

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Rocker Roupas e acessórios: Brechó Hi-Fi

Boho FOTOS | Walkiria Pompeo MODELO | Clara Grizotto PRODUÇÃO DE MODA | Francine Pacheco e Edu Pires AGRadecimentos | Brechó Hi-Fi

Roupas e acessórios: Brechó Hi-Fi Calçado: Acervo pessoal


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Basic Roupas, calçados e acessórios: Brechó Hi-Fi

Girlie Roupas e acessórios: Brechó Hi-Fi Calçado: Acervo pessoal


Vintage Roupas, calçados e acessórios: Brechó Hi-Fi

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Moderno Roupas, calçados e acessórios: Brechó Hi-Fi


Trip voluntária Viajantes solidários aproveitam suas férias para proporcionar uma vida melhor ao próximo. texto | José Luiz Zuliani Jr. zeluizuliani@gmail.com

fotos | Arquivo pessoal

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Novas culturas, línguas e experiências. Estes são alguns dos pontos que figuram na lista dos motivos que levam as pessoas a procurar um intercâmbio. Mas, imagine só, além da chance de conhecer um novo país e seu povo, contribuir para a melhoria da sua sociedade, qualidade de vida ou preservação do meio ambiente? Soa meio estranho, não é? Tudo bem, não se preocupe caso não saiba muito sobre o intercâmbio de trabalho voluntário. Para tirar todas as dúvidas sobre o assunto, a Contramão foi atrás e mostra para você tudo sobre essa tendência turística que une a paixão por viajar com o amor ao próximo. Um dos principais desejos dos viajantes solidários é aproveitar uma parte do seu tempo de descanso nas férias para agir em benefício ao próximo. O tempo foi curto, só duas semanas, mas as experiências vividas pela professora de inglês Marília Watts durante seu intercâmbio para trabalho voluntário no Marrocos vão durar, segundo ela, por um bom tempo. “Sempre gostei da ideia de trabalho voluntário e quando vi que existia a possibilidade de fazer isso no exterior, por meio de um programa de intercâmbio, me interessei demais. Acho a possibilidade de ajudar os outros, combinado com as viagens, uma oportunidade enriquecedora”, comenta.

Marília aproveitou duas semanas de férias do seu trabalho, pesquisou e deu de cara com a oportunidade de dar aulas de inglês para adultos e adolescentes em uma ONG, e, de quebra, visitar um destino insólito e de cultura interessante, que rendeu episódios memoráveis. “Desde o choque cultural, como o banheiro no estilo turco (no chão), até o ato de comer com as mãos e o carinho sem tamanho dos marroquinos. Eles são muito simpáticos, alegres e prestativos”, relembra.

Se entregue 100% para quem você se dispôs a ajudar e saiba que esse elo nunca acabará. Rafael Manzano A aventura de encarar um novo destino e assumir a mudança na vida de desconhecidos pode ser feita também em família, como explica o gerente de produtos da CI - Intercâmbio e Viagem, Eduardo

Frigo. “Em conjunto, pais e filhos enfrentam os desafios e transformam o modo de ver o próximo e também o mundo, a partir do contato direto com outras realidades. O período das férias é uma excelente oportunidade para fazer este programa”, sugere. “É possível cuidar de crianças órfãs ou doentes, ajudar na preservação de diferentes espécies de animais, contribuir para a educação de monges tailandeses, etc. São programas diversificados, em que o voluntário escolhe a área que deseja atuar de acordo com suas habilidades ou afinidades”, explica o gerente de produtos, que aponta os principais destinos escolhidos pelos voluntários brasileiros. “África do Sul, Índia e Tailândia são países com um custo de vida mais baixo, então, como os voluntários geralmente estão livres aos fins de semana (no período do intercâmbio), podem aproveitar para conhecer o lugar, com a certeza de que vão se surpreender. São destinos exóticos, que guardam grandes belezas naturais e históricas”. A composição do intercâmbio para trabalho voluntário no exterior inclui acomodação e alimentação nos preços, que se iniciam em 580 euros, mais ou menos R$ 2.600, e mesmo um dos maiores gastos inclusos neste tipo de turismo - as passagens aéreas

- ganha desconto, valorizando a solidariedade da ação do viajante. “Algumas companhias oferecem a chamada Passagem Aérea Humanitária, que chega a reduzir o valor da tarifa normal em até 26%. Principalmente nos destinos da Ásia, esse tipo de passagem é uma forma de não gastar muito, como, por exemplo, em Nova Delhi (Índia), onde o valor sai em torno de 1.140 dólares”, sugere Eduardo.

Diário de viagem Marília conta que sua estadia em terras marroquinas foi feita em meio a uma família hospedeira, que recebe voluntários do mundo todo que atuam nas instituições locais. “A minha ‘host sister’ era a que mais desenrolava o inglês na casa e foi minha companheira de todas as horas. Ela tinha apenas 12 anos na época e tinha aprendido inglês praticando com os voluntários que a família hospedava. A família hospedeira foi fundamental nessa experiência, pois aprender com eles, com as diferenças culturais e com sua simplicidade, foi marcante”, relembra com carinho Marília, ressaltando o intercâmbio cultural relevante obtido no dia a dia com o povo do Marrocos. “Acho esse tipo de intercâmbio fantástico e indico bastante para aqueles que já têm alguma experiência internacional e são mais desprendidos. Portanto, procurar uma agência de intercâmbio é fundamental, primeiro para traçar seu perfil e perceber se você está apto a fazer esse tipo de programa e qual seria o destino mais indicado. Depois para dar todo o suporte com relação aos formulários, trâmites burocráticos e eventuais auxílios enquanto você estiver lá fora”, indica Marília.

Marília ao lado de sua host sister, a filha de seus anfitriões em terras marroquinas.

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turismo

A instituição onde Marília lecionou inglês para crianças e adolescentes nativos.


A turismóloga Giovanna Gianotto, gerente da agência de intercâmbio Experimento Piracicaba, explica que um dos pontos que mais frustram quem procura este tipo de viagem é o custo, já que muita gente ainda pensa que o aporte financeiro para este trabalho voluntário, custeando passagens e estadia, é feito pelas instituições beneficiadas. “Todos os custos são por conta do intercambista, porém é um valor acessível. O participante só tem que estar ciente que estará indo para um trabalho social, o que poderá ter acomodações rústicas e infraestrutura simplória”, explica.

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África do Sul, Albânia, Argentina, Chile, China, Equador, Gana, Guatemala, Índia, Irlanda, Marrocos, México, Nepal, Peru, Tailândia e Turquia são os destinos disponíveis pela Experimento para trabalho voluntário, com períodos de estadia que duram de duas a oito semanas. “Para participar de um programa como este de voluntariado, o participante tem que, ser muito flexível, proativo e estar aberto à experiência. Com espírito de colaboração, sem muita frescura e estar ciente que ficará em acomodações simples. O foco é se doar”, indica Marília. Com o ideal solidário batendo forte em sua mente, o propagandista Rafael Manzano arrumou as malas e partiu direto para a África do Sul, para atuar em ações com crianças abandonadas pelos pais e que foram diagnosticadas com HIV positivo. Rafael passou duas semanas no continente africano, mais precisamente em uma reserva natural, onde se localiza a ONG. “Lá eles preparam as crianças para a vida, educando, criando, preparando para a escola, ensinando noções de higiene, religião, etc. Atuei

como pedreiro, carpinteiro e jardineiro, construindo brinquedos, preparando barrancos, plantando, preparando a horta, e quando esse trabalho acabava, eu ficava brincando, fazendo recreação com as crianças, além de fazer também cobertores para eles e também para outra entidade de crianças próxima dali”. Rafael adjetiva a experiência como fantástica, na qual a interação com as crianças fez com que ele atendesse seu desejo de ajudar o próximo e pudesse perceber o quão importante eram estas ações para os pequenos. “Pude sentir uma emoção enorme em estar junto com eles, aprender sobre os animais, costumes e danças do país, porque eles adoravam falar sobre isso. Viajei sabendo que minha esposa estava grávida, e o fato de saber que seria pai nos próximos meses fez com que eu sentisse a importância de me doar para aqueles que foram abandonados pelos pais”, recorda, confessando que não passa um dia depois de seu retorno em que não pense nas crianças e também nos encantos naturais do país.

Joana d’Arc Anita Garibaldi

Marie Curie

Francesa, lutou na Guerra dos 100 Anos, foi canonizada em 1920.

Prêmio Nobel de Química e Física, descobriu os elementos químicos rádio e polônio.

Lutou na Revolução Farroupilha (Guerra dos Farrapos), na Batalha dos Curitibanos e na Batalha de Gianicolo, na Itália.

Chiquinha Indira Gonzaga Gandhi Frida Clara Kahlo Princesa Barton Isabel Valentina Tereshkova Mary Phelps Zilda Jacob Carlota Arns Pereira de Queirós Ellen O’Neal Maria Quitéria Maud Wagner Primeira pianista de choro brasileira.

Primeira mulher a ocupar o cargo de chefe do governo indiano, entre 1980 e 1984.

Pintora mexicana, foi ativista política.

“Não é simplesmente ir, fazer alguma coisa e postar no Facebook, dizendo que você é voluntário. É se entregar, é tentar tirar um sorriso daqueles que estão em uma situação delicada, abraçar, beijar e ouvir o que eles querem falar. Fui para a África pensando em ajudar alguém, mas no final, quem ajudou alguém ali foram eles próprios. Me ensinaram a ver a vida com olhos mais simples, com amor, entendendo que nenhuma felicidade é o bastante até você sentir o amor verdadeiro, de amigo, de companheirismo sem interesses além da amizade e da simplicidade”, comenta Rafael, que já tem planos para voltar para mais uma temporada de ação voluntária no país, dessa vez, na companhia de sua esposa e também de seu filho, para ensiná -lo os mesmos valores que absorveu em sua estadia. “Trabalho voluntário é um ato lindo de quem se dispõe a fazer. É um crescimento interno, é uma descoberta de você mesmo. Se entregue 100% para quem você se dispôs a ajudar e saiba que esse elo nunca acabará”, aconselha Rafael.

Fundadora da Cruz Vermelha durante a Guerra Civil dos EUA.

Aboliu a escravidão no Brasil, defendia o voto feminino e a reforma agrária.

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Primeira cosmonauta e a primeira mulher a ter ido ao espaço, em 16 de junho de 1963, na nave Vostok VI.

Inventora do sutiã, livrou as mulheres do espartilho.

Primeira mulher brasileira a votar e ser eleita deputada federal no país. Defendeu os direitos da mulher e das crianças.

Fundadora da Pastoral da Criança, enfrentou preconceito quando estudante de medicina. Recebeu inúmeros prêmios e indicações por suas ações sociais e humanitárias, como a indicação póstuma ao Nobel da Paz.

Uma das primeiras skatistas profissionais.

Militar brasileira, heroína da Guerra da Independência e primeira mulher a entrar em combate no Brasil.

Primeira tatuadora dos Estados Unidos.

Rachel Annie de Queiroz Lumpkins Amelia Earhart Primeira mulher a entrar na Academia Brasileira de Letras.

Rafael Manzano atuou em diferentes funções em seu período na África, e trouxe na mala experiências únicas.

Ativista pelo voto feminino nos EUA.

Primeira mulher a voar o Oceano Atlântico.


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