UNIMEP NA COMUNIDADE
Tainá Pires de Abreu
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Saúde, união e cidadania
Parceria entre universidade e organizações comunitárias viabiliza ações de extensão
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Maria Helena Braz Melo
Qualidade de ensino e responsabilidade social Um dos valores da Política de Extensão da Unimep, aprovada em 1998, é aliar a qualidade acadêmica com o compromisso social e a construção da cidadania. Neste sentido, projetos e programas de extensão contribuem para a mediação da relação entre a universidade e a sociedade, ampliando os horizontes no processo de ensino e aprendizagem e a inserção em diferentes realidades, possibilitando aos alunos a interação com as pessoas da comunidade e em contextos diferenciados. Por meio do programa de extensão “Unimep na Comunidade”, ação realizada no CECAP, houve a desmistificação do outro. Ou seja, a comunidade universitária percebe que o diálogo entre o conhecimento científico e o saber das pessoas do bairro contribui para o desenvolvimento social e o bem estar comum, e a comunidade do CECAP descobre que a Universidade oferece condições para a construção da cidadania como patrimônio coletivo da sociedade. Nesta troca de vivências, experiências, conhecimentos, saberes e a busca pela superação das dificuldades da vida, professores, alunos e comunidade se perceberam como cidadãos que podem lutar pela dignidade da vida.
COMUNICAÇÃO
A experiência da ação extensionista no CECAP foi ímpar e sinalizadora da importância de a universidade sair de seus muros para encontrar as pessoas no ambiente em que vivem e perceber o outro em seu contexto histórico e cultural.
Célia Antonia Augusto
Prof. Dr. Josué Adam Lazier, Coordenador de Extensão e Assuntos Comunitários Maria Helena Braz Melo
AÇÃO PELA SAÚDE, UNIÃO E CIDADANIA 31.03.2012 – Bairro Cecap Número estimado de participantes: 500 pessoas Gênero: 60% feminino e 40% masculino Número de voluntários: 200 pessoas (alunos, professores, funcionários e profissionais de saúde da Prefeitura de Piracicaba) Setores da Unimep participantes: Coordenadoria de Extensão, NUC, NEPEP, Universidade Aberta à Terceira Idade, Cursos: Administração, Cinema e Audiovisual, Direito, Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Fotografia, Gastronomia, Jornalismo, Nutrição, Psicologia, Publicidade, Pedagogia, Gestão de Recursos Humanos CULTURA Naiara de Brito Silva
Instituições parceiras: Conselho Municipal de Saúde de Piracicaba, Programa Saúde da Família (Cecap I e II, Eldorado I e II, Chapadão I, Santa Rita e São Francisco), Paróquia Santa Clara, Rádio Comunitária Cidade FM 90,9, Comissões Locais de Saúde Atividades Desenvolvidas: Apresentação de Coral e Teatro da Unimep. Teatro Terapêutico, Jogos Cooperativos e Apresentação do Tchoukball. Liangong. Encaminhamento e orientação nutricional e de fisioterapia. Aferição de pressão e teste de glicemia. Exames ginecológicos e encaminhamento de mamografia. Avaliação odontológica e agendamento de atendimento.
SAÚDE Matheus Calligaris
Pesagem e medição de estatura. Orientações: Jurídica e financeira. Elaboração de Currículos. Apresentação da Ceapsi. Apresentação de Banca Musical. Atividades Educativas. Oficinas: Comunicação e Ação na Comunidade e de Fotografia. Oficina Gastronômica: Chef Mirim e Aproveitamento de alimentos. Doação de livros.
GASTRONOMIA
EDUCAÇÃO
Expediente: O jornal Unimep Na Comunidade – Ação Cecap é uma publicação do Curso de Jornalismo da Unimep, desenvolvida na disciplina Comunicação e Cidadania (5º semestre), com apoio da Coordenação de Extensão e Assuntos Comunitários. – Reitor: Clóvis Pinto de Castro – Coordenador de Extensão e Assuntos Comunitários: Josué Adam Lazier – Diretor da Faculdade de Comunicação: Belarmino Cesar Guimarães da Costa – Coordenador do Curso de Jornalismo: Paulo Roberto Botão – Editor Responsável: Paulo Roberto Botão (Mtb 19.585) – Editora assistente: Ana Paula Rosa – Reportagens: Aline Miranda, Ana Paula Rosa, Beatriz Bernardino dos Santos, Camila Tatiê da Silva, Filipe Teixeira Rodrigues de Sousa. Colaboração: Hugo de Lima (orientação de fotografia) e Carol Beraldo (entrevistas) – Fotografia: Ana Clara Berno, Célia Antonia Augusto, Juliana de Paula, Juliana Neves, Maria Helena Braz Melo, Matheus Calligaria, Naiara de Brito Silva, Sabrina Bispo dos Reis e Tainá Pires de Abreu. Diagramação: Sérgio Silveira Campos. Impressão: Jornal de Piracicaba. Informações: Faculdade de Comunicação (19) 3124.1677 – e-mail: prbotao@unimep.br.
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Ação integra voluntários da Unimep e moradores da região Ana Paula Rosa
Maria Helena Braz Melo
Realizado na paróquia Santa Clara, no Cecap 2, no dia 31 de março, o programa Unimep na Comunidade - Ação Pela Saúde, União e Cidadania reuniu aproximadamente 700 pessoas entre organizadores e moradores da região. A iniciativa levou à comunidade um conjunto diversificado de ações, nas áreas de direito, economia, administração, comunicação, gastronomia e saúde. Segundo o coordenador de extensão e assuntos comunitários da Unimep, Josué Adam Lazier, a ação é importante para criar uma relação entre a universidade e a população. “É um modo de lutar para a criação de uma sociedade mais justa, que possa contar com a nossa instituição de ensino. A Unimep tem cursos que podem auxiliar os moradores desta cidade em vários quesitos”, diz. Segundo Lazier, a universidade planeja desenvolver projetos similares em outros bairros de Piracicaba. “PerceLazier, coordenador de Extensão da Unimep, destacou parceria com lideranças da comunidade Juliana de Paula
Jogos atraíram pessoas de todas as idades, principalmente crianças e jovens
bemos que foi sucesso no Cecap e temos planos de repetir a experiência. É uma proposta positiva que só tende a crescer. Estamos estudando isso”, comenta. Comunidade O evento agradou a dona de casa Maria Luiza da Silva, que mora no bairro Cecap. Ela destacou a importância dos serviços oferecidos na área da saúde, entre os quais a aferição de pressão, exame de diabetes e triglicérides, além de orientações sobre câncer de mama e próstata. “Muitas vezes a gente se esquece de exames de rotina. Mas, com um serviço oferecido gratuitamente, o interesse das pessoas acaba sendo despertado e muitas doenças podem ser descobertas no início. Assim é mais fácil a possibilidade de cura”, diz. A aposentada Inês Cristina Oliveira compartilha da opinião de Maria Luiza. Ela acrescenta que o auxílio no campo jurídico também foi essencial para a comunidade. “Os alunos de direito da Unimep me orientaram como pedir o inventário dos bens do meu marido, que morreu há três anos. Agora estou mais tranquila quanto a esta questão, pois eles vão me auxiliar no próprio escritório da universidade”, salienta
Crianças participam de jogos e atividades lúdicas Encenação de histórias infantis, apresentações musicais, jogos e outras ações lúdicas fizeram sucesso entre as mais de 100 crianças que participaram do Unimep na Comunidade. As ações, realizadas pelos professores e estudantes do Curso de Pedagogia, com o apoio do Nepep – Núcleo de Estudos e Programas em Educação Popular, foram viabilizadas graças à presença de 38
voluntários desta área. A atuação junto às crianças, segundo a professora Márcia Aparecida Lima Vieira, coordenadora do Nepep, é importante inclusive por que liberou os adultos para se envolverem em outras atividades. Ela também ressaltou a importância do evento na formação dos alunos, pois em todos os momentos ocorreu um contato direto entre os estudantes e as crianças.
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Para estudantes, O Unimep na Comunidade não beneficiou só moradores do bairro Cecap, em Piracicaba, que através desta ação tiveram acesso a informações sobre saúde, prevenção de doenças, alimentação, qualidade de vida, finanças e orientações jurídicas, que participaram de atividades de recreação e ainda acesso a cuidados médicos como verificação da taxa de glicemia, mamografias e avaliações antropométricas, por exemplo. Os alunos envolvidos nesta iniciativa também aprenderam muito e adquiriram experiências que são difíceis de serem vivenciadas em sala de aula. E são unânimes em admitir a contribuição para o seu aprendizado, como destaca Camila Moreira, do 7º semestre do curso de Pedagoria. “É algo que acrescentou muito na nossa formação, sem dúvida alguma”, diz. O curso de pedagogia focou mais o trabalho com crianças e ofereceu atividades como pintura a dedo, contação de histórias, atividades de modelar com massinha, entre outros. As estudantes Paula Danelon e Juliana Lima, ambas do 9º semestre de farmá-
participação agrega
conhecimento Matheus Calligaris
Filipe Teixeira Rodrigues de Sousa
Ação proporcionou convivência, prática profissional e, principalmente, promoção da cidadania Maria Helena Braz Melo
cia, auxiliaram no estande que ofereceu orientações sobre hipertensão e diabetes, distribuiu panfletos sobre doenças sexualmente transmissíveis e preservativos, e realizou testes de percentual de glicemia. Paula Danelon vê em atividades como essas uma possibilidade de obter desenvolvimento profissional: “Podemos ter um crescimento profissional. É um contato com a população, algo que enriquece o nosso currículo”, avalia. Juliana Lima reforça a opinião de sua colega de curso: “É um crescimento para a gente ver de perto a população e orientá-los”, afirma. Ainda de com acordo com Juliana, o profissional da saúde tem o dever de prestar ajuda àqueles que precisam. “Nós, como profissionais da saúde, temos a obrigação de passar aquilo que sabemos, pois vários deles não têm muito conhecimento sobre hipertensão ou diabetes, por exemplo, doenças tão comuns na atualidade”. O curso de nutrição realizou avaliações antropométricas e cálculos de IMC (Índice de Massa Corpórea) e também orientações para a prevenção de doenças cardiovasculares e obesidade. A aluna Nathalia Santos, do 3º semestre, gostou de participar e acredita que a possibilidade de passar conhecimento às pessoas foi o que mais valeu a pena. “Passar um pouco do meu conhecimento para a população foi importante, porque algumas informações para nós representam pouco, mas para o público em geral já é muito”, afirma. Na visão dos estudantes participantes, a universidade não tem só o dever de preparar alunos para o mercado de trabalho. O lado humano, social, cidadão e responsável também deve ser incentivado por essas instituições. É o que pensa Camila Moreira. “Ações como essa são bons exemplos e outras instituições devem fazer também. É mais do que dever de uma universidade, que tem o título de universidade, fazer algum trabalho com a comunidade”, opina. Juliana Lima diz que a ajuda promovida pela Unimep é positiva: “Muitas pessoas não têm acesso às informações que temos. É importante que outras instituições de ensino também realizem eventos assim, pois é uma ajuda”, conclui. Realizado no dia 31 de março, o Unimep na Comunidade envolveu cerca de 200 voluntários entre alunos, professores e outras pessoas do próprio bairro Cecap.
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Comunicação
acompanha ação de voluntários e comunidade Filipe Teixeira Rodrigues de Sousa Maria Helena Braz Melo
A comunicação marcou presença nas atividades do Unimep na Comunidade. Estudantes e professores de jornalismo, fotografia, rádio e TV e publicidade e propaganda fizeram a sua parte e atuaram tanto na divulgação anterior ao evento quanto no seu acompanhamento e documentação em fotos e vídeos. A cobertura jornalística do evento ficou por conta das alunas Ana Paula Rosa, Aline Miranda, Beatriz Bernardino, Carolline Beraldo, Camila Tatiê e Matheus Calligaris, todos matriculados no 5º semestre de jornalismo. Esta equipe manteve, durante a ação, boletins em tempo real na rádio comunitária Nova Cidade FM. Neste período foram entrevistados organizadores, liAna Clara Berno
deranças comunitárias e moradores da região. Além disto, o grupo fotografou as atividades e entrevistou participantes para a elaboração de um jornal impresso de prestação de contas. “Eu participei pela faculdade de comunicação e produzi muitas fotos do evento. Fotografei desde a abertura até o encerramento. Gostei de ver o pessoal de pedagogia interagindo em ações recreativas com as crianças da comunidade, o pessoal do direito e de Economia prestando ajuda e orientações para os moradores do bairro. Mesmo só fazendo a cobertura em fotos, pude ver que o pessoal da Unimep estava lá realmente fazendo coisas boas e importantes”, diz Matheus Calligaris. Ao curso de Publicidade e Propaganda e à Agência Escola do curso coube a missão de elaborar a campanha de divulgação, através de cartazes e folderes e também a logomarca da iniciativa. “Foi uma excelente oportunidade para a AGE - Agência Escola do Curso de Publicidade da Unimep desenvolver a logomarca do evento e os materiais de divulgação. Os alunos que participam da AGE tiveram oportunidade de colocar em prática os conhecimentos obtidos durante as aulas do curso e, melhor ainda, fazer isso para uma finalidade tão nobre”, avalia o professor Victor Kraide Corte Real, do curso de Publicidade e Propaganda e um dos supervisores da Agência Escola. O curso de Fotografia promoveu atividades e oficinas de capacitação de pessoas da comunidade, para que elas próprias fizessem, durante o dia, a documentação do trabalho. Parte destas fotos está publicada neste jornal e também será exposta durante a Mostra Acadêmica da Unimep, no mês de outubro.
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Circuito saúde alerta para Maria Helena Braz Melo
Tainá Pires de Abreu
Naiara de Brito Silva
O Circuito Saúde foi a atividade que mais atraiu a atenção do participantes do Unimep na Comunidade – Cecap. Realizado por professores e estudantes dos cursos de Farmácia, Enfermagem, Fisioterapia, Nutrição e Psicologia, o setor ofereceu orientações e ainda a realização de exames de glicemia, avaliação nutricional e aferição de pressão. As dúvidas quanto a outras áreas da saúde foram tiradas por meio de panfletos e conversa com os especialistas presentes. Presente no evento, o coordenador da Saúde da Prefeitura de Piracicaba, Moisés Taglieta, avaliou que o projeto, levado à população do Cecap e proximidades, é de grande valia, considerando que os alunos que estão trabalhando na ação poderão futuramente trabalhar no SUS (Sistema Único de Saúde). “Não tem como aprender a trabalhar com saúde sem ter a maior meta da vida em ajudar o próximo. No sistema público são ainda mais pessoas, histórias e, consequentemente, ajuda”, disse. De acordo com José Eduardo da Fonseca, professor do curso de Farmácia da Unimep e presidente do Conselho Municipal de Saúde, a prestação de serviços é essencial. “É preciso que a Faculdade de Ciências de Saúde se aproxime da comunidade, para que possamos auxiliá-la”, apontou. O estudante Paigey Costa, do 7º semestre do curso de Farmácia, informou que as orientações mais solicitadas durante o evento foram sobre câncer. “A maioria das pessoas quer saber sobre câncer de mama e próstata, os métodos de prevenção e de tratamento”, disse. Segundo Paigey, a orientação é que sejam realizados exames preventivos. “No caso das mulheres, a mamografia deve ser feita depois dos 40 anos e o auto exame das mamas, mensalmente após a primeira menstruação. Já o exame de próstata deve ser feito anualmente por homens acima de 40 anos”, afirmou. No evento também foi possível consultar alunos e profissionais de nutrição, que passaram orientações quanto à alimentação balanceada e tipos de alimen-
Ana Clara Berno
Ana Paula Rosa
tos que devem ser evitados. A aposentada Maria Luiza Darion, 63, aproveitou o espaço do Curso de Enfermagem para conferir o colesterol e a diabetes. Ela estava ansiosa pelo resultado, pois há quase dez anos não fazia estes exames. “A gente acaba acomodando de procurar um medico para ver algo que nem sabemos se temos”, disse. “Porém, quando um serviço deste tipo vem para perto de nós, no mesmo bairro que moro, não tem como fugir. A gente acaba vindo conferir se tem algo errado com a saúde”, completou.
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importância da prevenção Maria Helena Braz Melo
Ana Clara Berno
Maria Helena Braz Melo
Surdez e orientação vocacional O risco de ouvir música em volume elevado foi a maior preocupação apresentada pelos participantes atendidos pelos profissionais e alunos da área de fonoaudiologia. Segundo Reginalice Cera da Silva, professora do curso de Fonoaudiologia, o tema preocupa principalmente em relação aos jovens. “O pessoal perguntou bastante se ouvir MP3 ou ficar ao lado de caixa de som na balada denigrem a audição. E a resposta é sim. Qualquer ruído que seja acima de 85 decibéis pode deteriorar em partes ou totalmente a audição”, explicou. Outra questão abordada por Reginalice é a importância do uso de protetores auriculares, seja em forma de concha ou plug, durante o trabalho. “Há máquinas que fazem barulhos acima de 100 decibéis constantemente. Estes tipos de protetores ajudam a vetar o som em até 20%, pro-
tegendo os ouvidos da surdez”, apontou. Já o curso de psicologia entrou com o papel de auxiliar a comunidade em questões sociais. A principal novidade apresentada foi uma roda de profissões, que pode ser virada por qualquer visitante, e que proporcionou reflexão sobre a orientação vocacional. “É uma espécie de brincadeira, mas é algo que se torna sério quando mostra que o nosso destino não deve ser definido pela sorte”, explicou a coordenadora de estágios e terapeuta comportamental Magali Rodrigues Serrano. A estudante Paola Soares, 17, participou da atividade vocacional e na sua vez o tabuleiro parou na profissão de Recursos Humanos. “Não é o rumo que quero seguir, eu tenho vontade de ser advogada. De fato, não é o destino que vai definir meu futuro profissional, vou ter que focar no meu ideal e estudar muito”, comentou.
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População tem acesso a informações
jurídicas e financeiras Colocar as contas em ordem e buscar apoio para problemas jurídicos. Estes foram objetivos que levaram participantes ao Unimep na Comunidade no Cecap, que contaram com professores e estudantes da universidade das áreas de administração e direito. E a procura foi grande na área jurídica, segundo Denise Cristina Ferreira, aluna do 7º semestre de Direito. “As maiores dúvidas foram relativas às questões trabalhistas e divórcios”, informou. Denise conta que outra atividade realizada pelos estudantes desta área foi, além de auxiliar a população, anotar as informações obtidas no dia do evento e encaminhá-las ao Escritório Experimental de Direito da Unimep. “Fazendo isso, o processo em questão já é aberto. Então, orientamos o cidadão a comparecer até o escritório e seguir os próximos passos necessários”, disse. A aposentada Nilcéia de Sousa Ferreira procurou os voluntários para obter orientação jurídica em relação a um inventário
do marido, que faleceu há quatro anos, e que ainda não foi feito. “Quero saber se há multa, se tem opções de parcelamento. O pessoal me ajudou muito e já encaminhou meu caso ao escritório experimental”, explicou.
Juliana de Paula
Ana Paula Rosa
Finanças No evento também foi possível tirar dúvidas sobre dinheiro e finanças. Segundo o professor Hélio Boaretto Júnior, de matemática financeira, o problema mais frequente - e causador do endividamento - é a falta de planejamento. “É importante não se entusiasmar com crédito fácil, como cartões, empréstimos e cheques especiais. Quem se ilude com esse tipo de serviço acaba chegando a um ponto em que não consegue mais sair do buraco”, alertou. Boaretto afirma que a orientação que mais foi dada no evento foi sobre a negociação de dívidas com bancos. “Jamais deve-se pagar uma dívida com outra, muito menos fazer empréstimo para isso. Tem que pedir para que haja parcelamentos ou outra opção que não resulte em perdas”, disse.
Comunidade recebe orientação para elaborar currículo Ana Paula Rosa O curso de Gestão de Recursos Humanos da Unimep prestou atendimento em área de interesse para todos os participantes, mas que acabou atraindo principalmente os mais jovens. Os professores e voluntários da área ofereceram dicas sobre como montar um currículo objetivo e completo. Além de realizar a montagem no momento, os interessados já saíram do evento com cinco cópias do documento, sem custo nenhum. De acordo com a coordenadora do curso, Ana Paula Dario Zocca, é importante que um currículo tenha os padrões mantidos, para que as empresas se interessem pelo material. “As ideias devem estar organizadas, nunca confusas. Para isso, é bom um texto claro, sem muita poluição de informações”, explicou. Segundo a coordenadora, deve-se co-
Maria Helena Braz Melo
locar os últimos três empregos, nunca mais que isso. “A escolaridade também tem que ser bem resumida, contendo apenas a última atividade. Por exemplo, se a pessoa é formada no ensino médio, não é preciso colocar que realizou o ensino fundamental, já que pressupõe-se que ela já tenha finalizado esta etapa”, orientou. Segundo Fernanda Nazatto, aluna do curso de Gestão de Recursos Humanos, também é importante, ao montar o currículo, mostrar que a pessoa tem um foco definido. “É bom dizer que quer uma vaga em específico, não que está disponível para qualquer função. Isso mostra falta de especialidade”, comentou. “Mentir também não é nem um pouco recomendado. Se alguém põe no currículo uma determinada característica que não possui, provavelmente será descoberto durante a entrevista. Será algo bem constrangedor”, completou.
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Alimentação saudável é objetivo da gastronomia Oficinas ensinam o reaproveitamento de alimentos e preparo de lanches pelas crianças Camila Tatiê da silva O programa Unimep na Comunidade viabilizou oficinas de gastronomia para adultos e crianças. Para os adultos foi realizada oficina de reaproveitamento de partes de alimentos que muitas vezes são inutilizados e para as crianças a ação Chef Mirim, que permite a montagem de lanches utilizando ingredientes naturais. Segundo a coordenadora do curso de gastronomia, Tatiane Santos, muitas pessoas não sabem como utilizar cascas,
talos e folhas para a preparação de alimentos e por isso acabam jogando fora partes essenciais dos legumes, verduras e frutas. “Podemos ter aproveitamento integral de vários alimentos e prepará-los de diversas formas para comer”, diz ela. Tatiane orienta que não é porque o ingrediente parece menos nobre, como a casca ou talo dos hortifrutis, que eles não ficarão saborosos e com boa aparência. Em linhas grais, os alimentos que podem ser aproveitados são frutas, beterraba, cenoura, rabanete, brócolis, entre outros. “Na grande maioria dos legumes, frutas e verduras tudo é aproveitável, vai da maneira de preparação”, explica Tatiane. A moradora Neide da Silva, 55, não sabia da possibilidade de aproveitamento de folhas da beterraba. “Eu já aproveito o rabanete inteiro, mas aprendi a aproveitar também a beterraba e outros alimentos,
achei a experiência ótima”, disse ela após a oficina de reaproveitamento. Já a moradora Analba Ferreira, 34, sabia do aproveitamento da beterraba, mas não da taioba. Para ela, participar da oficina foi ótimo. Os participantes da oficina de aproveitamento e os convidados puderam experimentar arroz cremoso com hortifrutis preparados durante o evento pelos alunos de gastronomia. Segundo a moradora Analba, o prato ficou maravilhoso, “O resultado foi surpreendente”, destacou. Chef Mirim De acordo com a coordenadora do curso de Gastronomia, o objetivo do trabalho na montagem dos lanches naturais, voltado aos chefs mirins, é despertar o interesse das crianças por uma alimentação mais saudável. “Os pratos são bem coloridos e divertidos para atrair a criança com aspectos visuais, e ao mesmo tempo permitem inserir aos poucos alimentos que elas não comem”, diz. Segundo Tatiane, quando a própria criança prepara o lanche, o prato em si adquire outro valor e dessa maneira ela consome o que fez. “É importante que os pais sempre incentivem os filhos na preparação de alimentos, para que se criem hábitos de alimentação diferente”. Os pratos podem ser variados entre doces e sanduíches que podem ser preparados no dia-a-dia da criança, com o uso de frutas, verduras e legumes. Para as crianças Heloísa Janaina, 9, Isabela Machado, 9, Giovana, 11, e Bianca, 7, a preparação do sanduíche na oficina foi muito produtiva. Segundo Heloísa, se a mãe ajudasse em casa na preparação de lanches com legumes e verduras, a ingestão seria mais fácil, já que segundo ela é difícil se alimentar de hortifruti. Giovana relatou que já prepara lanches em casa e que alguns hortifrutis fazem parte do seu dia-a-dia. Tainá Pires de Abreu
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Matheus Calligaris
Teatro terapêutico descontrai e estimula raciocínio
Aline Miranda Desenvolvido pela Universidade Aberta à Terceira Idade da Unimep, o teatro terapêutico e teve como objetivo principal a troca de experiências entre os participantes. Para isso foram criadas situações de descontração e momentos lúdicos. “Este trabalho é importante para os idosos, pois permite que eles sintam vitalidade e saibam que podem ser aquilo que quiserem”, explica a professora Marlene da Cruz Brandão, responsável pela ação. Trabalhando a espontaneidade e a rapidez, o teatro terapêutico exige que o idoso exercite o imediatismo de raciocínio, de forma a que possa remeter a imagens que possuem de um pensamento. “Você pode imaginar que está dançando em um piso muito quente ou muito liso, então é um jogo de imagens internas que precisam ser desenvolvidas rapidamente”, comenta Marlene. Essa forma de teatro foi criada por Jacob Levy Moreno com a finalidade de ajudar as pessoas dentro da técnica chamada psicodrama. Moreno queria um teatro que representasse os problemas próprios do ator e do público, e fosse de total imaginação e criatividade, como o trabalho que ele estava realizando com as crianças nos parques de Viena no século XIV. Sobre o projeto no Cecap, Marlene ressalta: “Eu apenas fiz uma adaptação para ser utilizado como uma forma aquecimento para as atividades de terapia mesmo”.
Banda apresenta rock e MPB Maria Helena Braz Melo
Ana Paula Rosa O encerramento do Ação na Comunidade no Cecap teve trilha sonora. A população presente teve a oportunidade de conferir a apresentação da Banda Esboço, grupo piracicabano cujo guitarrista, Leon Botão, é aluno do primeiro ano do curso de Jornalismo da Unimep. O grupo mostrou versatilidade e tocou canções em vários estilos musicais, como rock, reggae, samba e música popular brasileira. De acordo com o estudante de jornalismo, a aproximação com os moradores do local é uma experiência positiva. “A música é tocada para que as pessoas interajam e se divirtam. Tem tudo a ver com a comunidade”, diz. Leon Botão também destaca o trabalho voluntário dos alunos e professores, que tornaram o evento foco de informação e também de divertimento. “Teve muita coisa boa. Gostei muito de poder ajudar de alguma forma”, comenta. O vocalista da banda, Luis Gustavo, afirma que a experiência de can-
tar para a população do bairro Cecap e proximidades foi interessante. “Foi legal ter levado um pouco do que gosto de fazer, do meu hobby, para o local. Gostei do resultado”. Baixista do grupo Esboço, Vinícius Costa concorda. Segundo ele, nada melhor do que apresentar um
conteúdo para todos os gostos, em um evento onde há uma diversidade de pessoas. “Desde criança temos essa banda e, desde aquela época, tocávamos de tudo. Hoje essa é ainda a nossa maior meta, fazer com que as comunidades, em geral, gostem de ouvir nosso som”, afirma.
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Cantores e atores universitários proporcionam arte e cultura Célia Antonia Augusto
Coral e Teatro Unimep apresentam repertórios ligados à ciadadania Beatriz Bernardino O projeto “Unimep na Comunidade” foi um grande sucesso, pois cerca de 700 pessoas passaram pelo local. Uma das apresentações que obteve a atenção do público foi o Coral da Unimep que já existe a 32 anos, teve a presença de alunos do campus Taquaral, campus Centro e campus Santa Barbara D’ Oeste, formando um grupo de 20 universitários. O coral tem como objetivo educar através da música. No evento foram tocadas três músicas do repertório brasileiro: Cantores do Rádio, Isto aqui o que é? e Que nem Jiló.
Chapéu: o teatro estimula comunicação e criatividade
Fotos: Matheus Calligaris
Peça conquistou o público e provocou riso e descontração
De acordo com Joanice Vicente Casemiro, regente do Coral da Unimep, “ A ideia foi trazer músicas do Brasil no evento, para dar sensação de proximidade com a comunidade, o que foi um dos maiores objetivos do evento”, afirma. Alunos interessados em participar do Coral, devem tem afinação, porem não precisam ser cantores profissionais. A prioridade nos corais são os estudantes e as atividades se baseiam em relaxamento corporal, aquecimento vocal e ensaios. A inscrição para o coral é gratuita, feita todo o início de período de aulas e resulta em uma bolsa auxílio para o voluntário. Teatro O teatro Unimep existe há mais de 32 anos e se destacou no evento por sua desenvoltura. De acordo com o coordenador do grupo de teatro Antonio Chapéu os temas são variados: “os assuntos se aplicam
Amanda: formada em PP há cinco anos, mantem prsença no coral da Unimep
na comunidade, juntando humor, problemas sociais, entre outras coisas”. Ao ser questionado sobre a peça apresentada ele explica: “a peça apresentada abordou uma história de uma menina que atrapalhou uma cirurgia da irmã, que era médica, para perguntar números para jogar na loteria. Mas, a menina de tão preguiçosa, não jogou e os números foram sorteados e ninguém ficou rico”. Amanda Rodrigues, auxiliar administrativa, protagonista do teatro, se formou em Publicidade e Propaganda na universidade há cinco anos, mas nunca deixou o teatro Unimep de lado. Afirma gostar de temas que lhe proponham um desafio: “o personagem é algo que não tem nada a ver com meu jeito, mas gostei desta oportunidade”.
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Camila Tatiê da Silva As ações voltada à terceira idade ganharam reforço extra durante o Unimep na Comunidade. O incremento ocorreu graças à participação do grupo do Sesc Piracicaba, instituição que trabalha nesta área há 45 anos e atua com o intuito de proporcionar maior qualidade de vida, referência, saúde, desempenho motor, psicológico e físico aos participantes. Segundo Adriano Antonio da Costa, técnico de programação do Sesc de Piracicaba, a ideia de trazer as atividades para os idosos surgiu da necessidade de inseri-los novamente na sociedade, mostrando-lhes sua importância como cidadãos, ainda que aposentados ou fora do mercado de trabaho. “O objetivo desse projeto desenvolvido pelo Sesc é que os idosos sejam protagonistas, autônomos e tenham suas atividades preservando a qualidade de vida”, diz. Costa cita que é comum ao se aposentar os idosos serem deixados de lado pela sociedade por conta da baixa no desenvolvimento pessoal. Isso causa uma perda de referência própria enquanto cidadão, membro de família entre outros problemas que podem ser desencadeados pela sensação de inutilidade. Através das atividades do Sesc os alunos da terceira idade trazem à tona informação, energia e conhecimento, o que na opinião de Costa é uma maneira do idoso se sentir útil. “O mais importante nos trabalhos desenvolvidos com os idosos é mostrar que eles ainda são úteis, que eles continuam
Terceira idade participa de atividades
esportivas
sendo humanos ativos, que devem ser informados das coisas do mundo e sempre se atualizando para poderem passar informações”, reforça Costa. De acordo com Silvia Morales, coordenadora do Programa da Universidade Aberta à Terceira Idade da Unimep, esse perfil novo do público idoso esta se adequando à realidade. Isso ocorre à medida em que o público busca informações para estar em desenvolvimento pessoal ou até mesmo retornar ao mercado de trabalho de acordo com a sua necessidade. A aluna do Sesc de Piracicaba Adelaide Mendes diz que as atividades ajudam o seu desempenho pessoal melhorando sua qualidade de vida. “Melhorou minha autoestima e minha disposição. Realmente vale muito a pena participar das atividades, eu recomendo”, disse. Sesc O trabalho social com idosos do Sesc de Piracicaba trabalha o esporte piracicabano Kimball e também o Tchoukball (esporte da paz), além de artesanato, debate de filmes, encontros, coral, plugados (acesso a internet para o idoso), entre outros. O esporte Tchoukball é basicamente o Handball, mas sem a rede fixa, podendo-se arremessar tanto em uma rede quanto na outra. Através desta atividade o idoso desenvolve o espaço físico e o corpo para se deslocar, também usa o intelecto, prevenindo doenças como Alzheimer e Parkinson. As atividades são gratuitas aos idosos a partir de 50 anos, os interessados devem procurar o Sesc de Piracicaba.
Atuação da Unimep A Universidade Aberta à Terceira Idade da Unimep trabalha com duas modalidades. A primeira cm a apresentação de cursos, minicursos e palestras, envolvendo áreas diversificadas, como saúde e orientação financeira. A segunda modalidade visa integrar pessoas com mais de 55 anos aos cursos de graduação regulares da universidade. O programa oferece descontos para este público, pois tem como meta ampliar os espaços de reflexão e a integração com pessoas e profissionais de todas as idades. Além disto, a ação permite inclusive o reingresso dos participantes no mercado de trabalho.