Jornal
DISTRITO DE
TUPI
Edição especial em parceria com o curso de Jornalismo da Unimep / 2015 Lívia Silva
Fotos: Bruna Ramalhão
Cidadania, educação e Cultura em Tupi O Unimep na Comunidade 2015, realizado no Jardim Bartira, Distrito de Tupi, mobilizou moradores de todos os bairros da região. As atividades envolveram crianças, jovens, adultos e idosos, que interagiram com estudantes e professores da universidade. Os destaque foram os circuitos saúde e educação, além da construção do forno de barro, que atraiu a atenção dos participantes. Págs. 5 a 8
Fotos: Ana Clara Gaspareto
Associação de Moradores reivindica melhorias no transporte e asfalto (Pág. 03)
Estradas sem pavimentação causam transtorno aos moradores
Presidente da Associação apresenta problemas do distrito na Câmara
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2 ARTIGO
CARTA DO EDITOR
Universidade e comunidade organizada A publicação Unimep na Comunidade Distrito de Tupi avança em sua proposta de relação com a sociedade, ao estabelecer parceria com a Associação de Moradores do Distrito. O jornal, ao contrário dos anteriores, não retrata somente as ações do programa realizado pela universidade no bairro, mas também apresenta parte do trabalho desenvolvido pela própria entidade comunitária. O conteúdo desta edição, neste contexto, é resultado do envolvimento de muitas pessoas. São estudantes de jornalismo que participaram do Unimep na Comunidade 2015 e buscaram informações nos bairros do Distrito, membros da própria associação de moradores e outras lideranças locais. Os temas incluem problemas sociais, cultura, educação, saúde e principalmente projetos que visam à mobilização e organização em prol do Distrito. O evento Unimep na Comunidade 2015, realizado no dia 23 de maio na Escola Municipal José Antonio de Oliveira, no Jardim Bartira, é mostrado a partir de material publicado originalmente no Facebook. As notícias mostram as ações dos circuitos saúde, educação, cidadania e cultura. Retratam a importância do contato entre os estudantes e os moradores dos bairros envolvidos, o aprendizado e os ganhos de lado a lado. Mostram a importância da extensão universitária para a formação de profissionais comprometidos com a cidadania. O destaque em relação à Associação de Moradores do Distrito é a mobilização envolvendo a luta por melhorias no transporte coletivo, inclusive com a exposição da demanda em reunião ordinária da Câmara de Vereadores. E parte do conteúdo do blog da entidade também é transportada para duas páginas da edição, que resgatam alguns dos temas que foram objeto do trabalho da entidade nos últimos anos. O resultado é um jornal que valoriza a parceria entre universidade e comunidade e, principalmente, a importância da organização comunitária visando à conquista de direitos para a população. Boa leitura.
Associação de moradores, ideia que faz a diferença Carlos José Marco Silva *
Uma das formas de organização da sociedade civil, que integra pessoas de todos os tipos, com diferentes graus de conhecimento, estudo, religião, afinidade política e classe social, mas que geralmente tem objetivos comuns, são as associações de moradores dos bairros. Pessoas de um bairro, uma rua, ou de vários bairros ao mesmo tempo, organizam-se de forma a terem representação jurídica, que sirva para buscar soluções dos problemas que normalmente são de ordem pública. Um estatuto, que é constituído e aprovado por uma assembleia, e que obedece normas do novo código civil, dita as regras e as finalidades das associações. A diretoria executiva, eleita entre os associados, coordena as ações que buscarão atender as demandas da população. Em resumo, uma associação de moradores representa os interesses coletivos, que normalmente são necessidades que devem ser sanadas pelo poder público nas três esferas de governo, mas que também busca soluções nas áreas de prestação de serviços como
telefonia, fornecimento de energia, cultura, esportes entre outras. Mas não basta formar uma associação e imaginar que tudo será resolvido. É preciso perseverar, insistir naquilo que é necessário para seu bairro. Uma associação por si só não resolve os problemas. A união do bairro que ela representa é que faz a diferença. Vejo as associações como uma ferramenta, que tem que ser manuseadas pelas pessoas que moram no bairro. Nem sempre o(a) presidente da associação ou os membros que compõem a diretoria sabem tudo que não está bem no bairro. Nesse caso é preciso que as informações cheguem aos integrantes, através de suas reuniões. E mais importante ainda é que a população incentive e cobre depois a busca da solução do que foi apresentado. Apesar de ser um trabalho voluntário, os membros diretores, assumem publicamente, com caráter jurídico, o papel de representar os interesses da comunidade. Imagino também o dia em que as associações unirão a força que têm. E a força máxima que terão, ao se unir. O empenho de cada membro, alia-
Ação pela Cidadania e Educação Bruna Ramalhão
Josué Adam Lazier *
Ao realizar o evento intitulado “Unimep na Comunidade - Ação pela Cidadania e Educação”, no distrito de Tupi, Piracicaba, dia 23 de maio, a Unimep oportuniza, juntamente com a comunidade local, encontro, vivência, diálogo e construção da cidadania. São pessoas articulando saberes e conhecimentos numa perspectiva humanizadora e libertadora, pois é no encontro com os outros que as pessoas se constituem autônomas e autoras da sua história de vida. Em 2015, o evento foi a 5ª Edição da ação extensionista que sinaliza o compromisso da Unimep com o Reino de Deus e sua justiça, valor inegociável de sua missão educacional * Coordenador de Extensão e Assuntos Comunitários da Unimep.
Coordenador de Extensão da universidade e a diretora da Escola na abertura do Unimep na Comunidade 2015
do à comunidade participante, pode juntar forças que até o poder público desconhece. Pensem uma associação em cada bairro, articulando um mesmo ideal, que favoreça a cidade como um todo, além de seus problemas específicos. Não acha que um prefeito respeitaria seu pleito? Não acham que ficaria aos vereadores somente o papel de legislar e fiscalizar, em vez de ficar pedindo tapa buraco e poda de árvores? Esse é o papel de cada cidadão. É isso que uma associação prega. O problema quando não resolvido passa a ser de caráter da organização de cada comunidade, e não dos vereadores. O que se espera então é que os representantes do poder público, que se dizem democráticos, escutem mais as associações. Que os prefeitos, secretários e agentes públicos entendam que, só sabe o problema de um bairro quem mora no bairro. As associações representam a demonstração dos problemas, e a busca pelas soluções. Um VIVA a todos os membros das associações de bairros. Organizados, venceremos! * Presidente da Associação de Moradores do Distrito de Tupi
Expediente O jornal Unimep na Comunidade é uma publicação do Curso de Jornalismo da Unimep, desenvolvido nas disciplinas Comunicação e Cidadania e Assessoria de Imprensa com apoio da Coordenadoria de Extensão e Assuntos Comunitários. Reitor: Gustavo Jacques Dias Alvim - Coordenador de Extensão e Assuntos Comunitários: Josué Adam Lazier - Diretor da Faculdade de Comunicação e Informática: Belarmino Cesar Guimarães da Costa - Coordenador do Curso de Jornalismo: Paulo Roberto Botão - Editor Responsável: Paulo Roberto Botão (MTb 19.585) Redação: Ana Clara Gaspareto, Bruna Ramalhão, Gisele Alves, Jeniffer Reis e Natália Cordeiro.
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TRANSPORTE COLETIVO
Falta de ônibus nos bairros deixa moradores em alerta
Fotos: Bruna Ramalhão
Jeniffer Reis e Natália Cordeiro
Apesar de possuir mais de 4 mil habitantes, o Distrito de Tupi enfrenta problemas graves na área de transporte coletivo. Formado pelos bairros Parque Peória, Jardim Bartira, Tijuco Preto, Conceição, Santa Izabel e Quebra Dente, o local é atendido por dois ônibus, o que obriga as pessoas a andarem até 7 quilômetros para chegar aos pontos de parada. A população mais afetada é a de bairros mais distantes das avenidas principais, por onde circulam os ônibus, pois precisa andar grandes distâncias para pegar o ônibus, muitas vezes em estradas de terra. Um alternativa encontrada por muitas pessoas era o uso de ônibus escolares que atendem escolas da região, mas a prefeitura proibiu a ação. Para Francisca, moradora do distrito, andar nas entradas de terra tem
Ônibus circulam somente pelas vias principais do Distrito, o que gera reclamação
seus riscos. “Minha filha sofreu um acidente com a moto e quebrou o pé, por causa da poeira, não dá pra enxergar nada e é perigoso andar na estrada. Já que os carros não enxergam a gente”, relatou. A associação de moradores já apresentou o problema várias vezes à Secretária de Transito, tanto pessoalmente quanto através de ofícios, mas a resposta é de que a falta de demanda no distrito impede o aumento de ônibus.
Associação utiliza Tribuna Popular da Câmara para exigir melhorias Ana Clara Gaspareto
Marcela Freitas Paes
O presidente da Associação de Moradores de Tupi, Carlos José Marco Silva, o Chitão, utilizou a Tribuna Popular da Câmara de Vereadores de Piracicaba, no último dia 19 de outubro, para cobrar do poder público providências em relação aos problemas de transporte coletivo enfrentados pelos moradores do bairro Santa Isabel. Silva falou durante dez minutos aos vereadores, e também apresentou vídeo elaborado por alunos do Curso de Jornalismo da Unimep, relatando os problemas as dificuldades vividas pelos moradores do bairro. O presidente da associação ressaltou que os moradores pagam seus impostos e que precisam de mais ônibus no bairro. Argumentou que a demanda é peque-
O presidente Chitão mostrou vídeo, fotos e documentos em que denuncia os problemas causados pela falta de ônibus
na pois os horários atuais não são práticos para a população do Distrito e que o ideal seria o acréscimo de mais quatro horários. O vídeo elaborado pelos estudantes
mostra a situação relacionada à poeira das estradas, que não têm asfalto, e a lama que se forma em vários trechos quando chove. Além do vídeo, Silva apresentou fotos e cópias de vários
ofícios encaminhados à prefeitura desde 2013. O vereador Laércio Trevisan Jr. demonstrou apoio à causa e disse que também encaminhou a questão exposta pelo morador. “A resposta veio: Estamos estudando. Estuda-se muito na cidade e se faz pouco”, destacou o vereador. Ele também aconselhou que a associação entre com um pedido no Ministério Público para cobrar alguma solução. Um grupo de moradores do Distrito de Tupi também esteve presente no local para apoiar a associação e cobrar iniciativas do Poder Público. A moradora Simone Dias afirmou que ações desse tipo são de extrema importância e que as associações devem utilizar desse espaço para mostrar aos vereadores os problemas enfrentados pela comunidade.
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4 Ana Clara Gaspareto
Esgoto a céu aberto causa transtornos no Peória
Natália Cordeiro
Marcela Freitas Paes
Os moradores do Parque Peória, vizinhos ao Varejão Social, reclama da presença de esgoto a céu aberto no local, que é uma área de lazer onde ocorrem eventos voltados à população. A situação incomoda a todos, em virtude de adutoras rompidas e água poluída parada. Segundo a Associação de Moradores de Tupi, a Prefeitura de Piracicaba tem conhecimento da situação e diversos engenheiros do Águas do
Esgoto se mistura com lixo e provoca mau cheiro
Mirante já visitaram o local, mas nenhuma providência foi tomada. Valdemar da Silva, que trabalha na área de construção civil, explica que o problema acontece por que a rede não foi bem colocada. Em sua opinião, a solução é refazer a canalização e juntar com outra tubulação que existe no local, para despejar os líquidos mais para frente. O morador acrescenta que
o problema causa um cheiro forte nas redondezas e que, pela proximidade do varejão, há um possível risco de contaminação dos alimentos e, consequentemente, da população. A empresa Águas do Mirante, responsável pelo tratamento de esgoto em foi procurada, porém até o fechamento desta matéria, não se pronunciou sobre o assunto.
Moradores reivindicam asfalto no bairro Sta. Izabel Carlos José Marco Silva
Gisele Alves
Um trecho que liga o distrito de Tupi ao município de Rio das Pedras, no bairro Santa Izabel, há alguns anos é motivo de dor de cabeça para os moradores e comerciantes do local. A área, que cresceu muito, provocou um aumento de veículos que transitam todos os dias pela estrada, levantando quantidades consideráveis de poeira. Quem transita com frequência pelas ruas, sem pavimentação, aponta os perigos e a dificuldade da passagem de carros, pedestres e ciclistas, devido aos buracos. Por isso, há riscos principalmente para quem passa a pé ou de bicicleta. Há tanta poeira no local que mesmo à luz do dia, motoristas precisam circular com os faróis do carro aceso, devido à falta de visibilidade e sinalização. Na época de chuvas, a lama que se forma na estrada também dificulta a circulação, forçando pedestres a usarem sacos plásticos para fazerem seu trajeto. A Associação de Moradores de Tupi já reivindicou melhorias à Prefeitura
Mais do que esporte, futebol ajuda na formação das crianças
Quando chove vários pontos da estrada ficam alagados
de Piracicaba, por meio da Semob (Secretaria Municipal de Obras), mas até agora só recebeu promessas. Segundo o presidente da entidde, Carlos José Marco Silva (Chitão), a questão do asfalto foi por dois anos seguidos a demanda mais votada no Congresso do Orçamento Participativo da região rural de Piracicaba. Várias iniciativas foram tomadas, como o contato com
vereadores, a realização de um abaixo-assinado e a entrega de diversas reclamações por escrito à Prefeitura, mas nada foi feito. A Prefeitura de Piracicaba também não se pronunciou quando procurada pela reportagem do Unimep na Comunidade. E apesar de vários contatos, não apresentou esclarecimentos ou prazos para encaminhar uma solução.
O distrito de Tupi é conhecido regionalmente por suas famosas festas de São João, porém também abriga, desde 1987, um reconhecido trabalho na área de esportes. A atividade foi iniciada como trabalho voluntário por Antônia de Fátima Bacchin, que começou a organizar treinamento de futebol para os adolescentes da comunidade. A ideia surgiu graças a um aluno, Édson Cristian de Oliveira, que ajudou a criar um abaixo assinado entre os garotos para que Antônia pudesse começar a treiná-los. Desde então, todos os sábados de manhã os garotos treinam nas dependências do time amador de Tupi, o Tupi Futebol Clube. As equipes são divididas em sub 9, sub 11, sub 13, sub 15 e sub 16, em horários diferentes. E as equipes participam de campeonatos realizados com os times da região durante todo o ano. Porém, segundo a treinadora, os títulos não são o mais importante. “Para mim e minha equipe tenho certeza que a maior conquista é e sempre será ajudar a formar bons cidadãos, pessoas de bem”, diz Antônia. A treinadora conta que no começo enfrentou dificuldades, como o preconceito contra mulheres no futebol, mas isso só serviu como motivação na conquista de seus objetivos. Antônia destaca também a colaboração que recebeu ao longo dos anos, de pessoas como a amiga Paula Virgínia Thomaziello, que inclusive chegou a jogar pelo XV de Piracicaba, Márcio, o casal Lica e Serginho, sua irmã Leila, Laerte, Serelepe, e Tone Basso. Além de seus amigos pessoais, também conta com a ajuda do Clube de Tupi, para as despesas de lavagem de uniformes, e pelo segundo ano, da Capela de São José, através do padre Renato, que contribuiu financeiramente. Antônia salienta a importância educativa e social da atividade: “Não é demagogia, o futebol aqui no nosso bairro é a melhor ‘arma’ que temos para ajudar a educar os garotos. E fazer parte da infância deles é o nosso maior presente”.
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UNIMEP NA COMUNIDADE TUPI/2015
Pedagogia investe em lazer e cultura com as crianças Serjey Martins
Lívia Maria da Silva
Projeto reduz distâncias, diz presidente da associação do Distrito Serjey Martins
“Muito do que estou vendo aqui, a comunidade não teria acesso se não fosse esse projeto”, diz o presidente da associação dos moradores do bairro do distrito de Tupi, Carlos José Marco Silva, 41, conhecido pelos moradores como Chitão. Ele se admira com a participação da comunidade no evento e diz que a região de Tupi tem muita dificuldade pela distância com o resto da cidade. “Nós não temos muitas opções de escolas ou universidades. É inevitável, o distrito está crescendo muito, então é preciso crescer com estrutura e consciência”, salienta. O líder comunitário também agradece o empenho de todos para o sucesso da iniciativa: “Em nome da Associação de Moradores do Distrito, quero também agradecer à diretora Mahatima o empenho para conseguir que a ação fosse realizada aqui. Agradeço também a coordenação e todos os alunos da Unimep, que proporcionaram uma manhã diferente e de muito ganho a todos que participaram”.
Pintura de rosto, bexiga decorativa, confecção de brinquedos com reciclagem, corte e colagem, jogos cooperativos, futebol de lençol, massinha de modelar feita com trigo, brincadeiras de rua e confecção de desenhos. Estas foram algumas das atividades realizadas pelos alunos e professores da área de pedagogia no Unimep na Comunidade – Distrito de Tupi. De acordo com Márcia Aparecida Lima Vieira, responsável pelas oficinas, o objetivo é fazer com que as crianças se envolvam juntamente com os pais na escola onde estudam. A moradora Jovita Maria da Silva Nunes trouxe o filho de dois anos para participar das atividades e aprovou a iniciativa. “Nunca ocorreu uma ação desse tipo aqui e está muito bonito. É muito importante para as crianças e meu filho está adorando”, disse. Fotos: Bruna Ramalhão e Lívia Maria da Silva
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6 UNIMEP NA COMUNIDADE TUPI/2015
Participantes constroem forno d Ana Rízia Caldeira
A construção de forno de barro foi uma das primeiras oficinas a serem iniciadas durante o Unimep na Comunidade - Tupi. Idealizada pelo técnico Mario Sales Junior, do LABSIS (Laboratório de Sistemas); pelo arquiteto e docente Eduardo Salmar e pelos alunos do curso de Arquitetura e Urbanismo da Unimep (que funciona no Campus de Santa Barbara D’Oeste), a atividade contou com pleno envolvimento dos moradores do distrito. Todos puderam acompanhar de perto os processos e matérias necessários para edificar a fornalha, num processo que segundo Salles Júnior, foi pensado por todos os envolvidos e especialmente para a ocasião. Misturando apenas água e solo vermelho peneirados, os estudantes chegaram à liga que uniria os tijolos do forno. Salmar disse que o resultado dessa junção seria deixado
para futuro uso da escola, pois o produto final é totalmente funcional. O estudante do 6° ano do ensino fundamental, Pedro Kazuo Rodrigues Dias Aoyagi veio apenas para acompanhar sua mãe, que participaria de uma das palestras do dia. Entretanto, ele se interessou pela oficina e ajudou no preparo da liga e na moldagem do forno além de, assim como todos alunos de arquitetura, sujar as mãos.
Gastronomia marca pr Marcela Freitas Paes
Com a participação de alunos e professores, o curso de Gastronomia realizou uma oficina de cupcake, ação que atraiu a atenção dos participantes do Unimep na Comunidade - Distrito de Tupi. A professora Heloisabete Magela Lopes de Souza, da Escola Municipal José Antônio de Oliveira, participou e destacou ser importante a realização desse tipo de evento e que e espera novas edições. “É uma forma de aproximar a comunidade”, disse. Sua dela, Vi-
tória Heloy Magela Racham, também aprovou o evento. A coordenadora do curso de Gastronomia, Márcia Regina Regiolli, que participou pela primeira vez do projeto, também ressaltou a interação com comunidade e ainda a possibilidade de levar conhecimento para as pessoas, que podem, inclusive, usar as receitas de cupcake para gerar uma renda extra. A estudante Paloma Merolin dos Santos diz que a iniciativa do projeto é um aprendizado a mais para os alunos e que “cozinhar é algo que tem que fazer sempre”.
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de barro
Fotos: Bruna Ramalhão
UNIMEP NA COMUNIDADE TUPI/2015 Bruna Ramalhão
Serjey Martins
Pé de Cana apresenta espetáculo sobre migração Jeniffer Reis
O grupo de teatro “Pé na Cana” do Campus Santa Bárbara D’Oeste da Unimep fez apresentação de esquete sobre a imigração americana aos participantes do Unimep na Comunidade - Tupi. O espetáculo provocou o interesse dos presentes, principalmente pela temática voltada ao trabalhador. A moradora Pamela Gonçalves, 25, achou a apresentação muito positiva. Aproveitou para reclamar da falta de opções de lazer e cultura. “Falta mais atividade social para as crianças do bairro, que muitas vezes não têm o que fazer de final de semana”, disse. Os alunos de psicologia também trouxeram o teatro infantil relacionado à higiene bucal e atividades motoras para as crianças. Nicolas Fernandes e Natalia Bertolini, do 1° Semestre, ajudaram na elaboração do teatro infantil.
resença com “cupcakes” Bruna Ramalhão
Palestra incentiva Diretora da escola envelhecimento destaca valor da saudável extensão Natália Cordeiro
Serjey Martins
A Coordenadora da Universidade Aberta da 3ª Idade, Elisângela Cornachini Corte Real, 38, ministrou a palestra “Envelhecimento Saudável e o Estudo do Idoso”. O objetivo foi apresentar informações para a população ter maior conhecimento e consciência sobre a qualidade de vida. Elisângela iniciou sua palestra como a frase “qualidade de vida é uma opção pessoal”, e seguiu com sugestões como: manter hábitos saudáveis, não fumar, não beber em excesso, evitar exposição ao sol sem proteção, e o principal, fazer atividades físicas para atrair mais disposição e ajudar a controlar doenças como diabetes, hipertensão, estresse, depressão e dores. A moradora Maria da Glória Gonçalves Barroso Soares, 66, contou que sempre cuidou normalmente da saúde, e achou o evento importante para alertar a população sobre os riscos de não ter uma vida saudável. Maria da Glória lamentou apenas que não tenha ocorrido uma divulgação mais ampla do evento.
Mahatima Fuentes, 33, é diretora da Escola Municipal José Antonio de Oliveira, que recebeu o projeto Unimep na Comunidade 2015. Antes de chegar no cargo, porém, foi aluna de pedagogia na Unimep e, assim como os estudantes voluntários que a cercam, participou de diversas ações sociais. “Foi incrível estudar na Unimep, fui bolsista e, como aluna, participei de vários projetos de extensão, nos quais conheci o professor Josue e a professora Márcia”, diz. Ela é incisiva quanto aos benefícios do projeto. “Para a formação humana é fundamental e, também, para o profissional que seremos. Hoje, eu tenho a visão dos dois lados. Antes, enxergava os benefícios para mim, mas agora vejo os benefícios para a comunidade. Com certeza colheremos muitos frutos e os universitários também. A escola consegue fazer melhor sua função social através dessa parceria. Queremos mostrar a cidadania e como a educação pode mudar a vida das pessoas”, afirma.
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Circuito saúde realiza atendimentos e orientação
Fotos: Bruna Ramalhão
Marina Campos
A área de saúde realizou um conjunto de atividades durante o Unimep na Comunidade: aferimento de pressão, teste de glicemia, avaliação nutricional e testes de fisioterapia. Os coordenadores da área da saúde, José Eduardo, Tereza Horibe e Daniela Garbellini destacaram a importância do evento na comunidade de Tupi. “É importante para os alunos vivenciar o que aprendem em sala de aula, ver a realidade das pessoas. Eles precisam ver as demandas de um lugar carente em relação a serviços”, disse José Eduardo. Os discentes que se candidataram para o trabalho voluntário sentem vontade de ajudar o público, como é o caso da aluna de fisioterapia Luana de Lima Rodrigues, de 20 anos que cursa o 5°semestre, que também valoriza o aprendizado obtido através do contato com as pessoas dos bairros envolvidos. “A sensação de orientar quem precisa é muito boa”, afirmou.
RH orienta elaboração de currículos Marcos Barbosa
Fornecer orientação e apoio para a elaboração e formatação de currículos. Este foi o propósito do trabalho realizado pelo Curso Superior de Gestão de Recursos Humanos durante o Unimep na Comunidade Tupi. Segundo a estudante de Gestão de RH, Bianca Joyce Borim, 21, uma das responsáveis pela realização da atividade, o objetivo foi interagir com a comunidade de Tupi, compartilhando o conhecimento que possuem nesta á4rea, mas adaptando à realidade das pessoas que procuraram o serviço. A agente de Saúde Adriana Pires da Silva, 31, avaliou como importante a atividade pela oportunidade de se manter sempre atualizada em relação às técnicas corretas de construção do seu currículo, peça chave quando se pretende procurar um bom emprego.
Testes de pressão, postura e glicemia foram realizados pelos estudantes da área de sáude
Alunos comentam da experiência e aprendizado Andressa dos Santos
De acordo com a diretora da Escola Estadual José Antonio de Oliveira Mahatima Fuentes, ex-aluna da Unimep, esta foi a primeira vez que esteve envolvida com o projeto Unimep na Comunidade. Porém, o projeto não é novidade somente para o município, mas também para parte alunos da universidade. Vários já participaram do evento outras vezes e quem esteve presente pela primeira vez pretende voltar.
A aluna Gabriela Peres, estudante de Farmácia, já participou diversas vezes e acredita que é importante para a sua formação. “Cada vez que a gente explica, a gente acaba aprendendo algo novo”, diz. Para o aluno Anderson Bartko, estudante de psicologia, que participou pela primeira vez também, o que vale é a oportunidade de aprendizagem. “O projeto na área de extensão faz colocar na prática o que a gente vê na sala de aula”, avalia.
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Associação reúne moradores para debater problemas do Distrito Carlos Silva (Chitão)
Marcela Freitas Paes
Asfalto, segurança, saúde e transporte coletivo. Estes são alguns dos pontos que foram debatidos durante reunião ordinária da Associação dos Moradores dos Bairros do Distrito de Tupi realizada no dia 23 de setembro. O encontro aconteceu na sede social do Tupi Futebol Clube e motivou a presença de moradores da maioria dos bairros do Distrito. Carlos Silva, o Chitão, presidente da Associação, explicou aos presentes o andamento das reivindicações apresentadas em reuniões anteriores. Informou sobre avanços em relação ao pedido de construção da baia de ônibus no Parque Peoria e também no caso de desperdício na obra das galerias de água pluvial na área verde daquele bairro. Sobre a principal reivindicação do bairro Santa Izabel, o transporte cole-
População aponta atendimento de saúde como prioridade neste momento
tivo, Chitão informou sobre a presença da turma de jornalismo da Unimep no bairro, que está fazendo uma reportagem em vídeo a ser apresentado na Câmara de Vereadores. Representando a comunidade do Horto Florestal, a moradora Rosa Ma-
ria ressaltou a falta de segurança que assusta os moradores do bairro e de toda região, reclamação que também foi destacada pelos representantes do Santa Izabel. O Sr. Benedito, morador e representante do condomínio Vô Teixeira, solicitou que a associação
consiga material de divulgação para incentivar as vítimas de roubos e assaltos a fazerem o boletim de ocorrência, a fim de mostrar através de números a violência que ocorre no distrito. O problema comum em todos os bairros é a falta de unidades de saúde. A Unidade de Saúde da Família do distrito é equipada para atender 4000 moradores, número do levantamento do IBGE, no entanto, após pesquisa feita pela associação, foi constatado que, em Tupi, há 7000 moradores. O assunto foi a bandeira de luta levantada na reunião. Ressaltaram também a necessidade da população aprender a utilizar o sistema de saúde. Thais Soares, membro da comissão local de saúde, falou da necessidade de divulgação de como funciona a USF. Para as próximas reuniões, a associação pretende convidar uma pessoa responsável para falar sobre o assunto.
OPINIÃO
O que falar da situação política nos dias de hoje? Pe. Renato Luís Andreatto (Pároco da Paróquia São José de Tupi)
No Brasil está difícil refletir sobre política, pois sabemos que a crítica e a recusa são enormes. Por quê? Literalmente estamos vivendo e experimentando, entre tantos momentos já vividos, um verdadeiro caos político. Basta olharmos os noticiários, interagirmos na visualização e participação dos meios midiáticos ou nas esquinas da vida e veremos que não sairemos do mesmo denominador comum: é horrível falar a um povo que não quer saber, ouvir de política, pois quando observamos as atitudes do Congresso Nacional, Senado e dos políticos, a sensação é que estamos sendo massacrados pelo interesse particular de cada um e sendo ridicularizados
pelas mentiras e acima de tudo contendo a mentira como fato verdadeiro. Como motivar um povo que duramente e diariamente está sendo bombardeado por informações pessimistas e negativas? Vejo o momento político como uma locomotiva guiada por um maquinista que tenta realizar o curso de seu destino sem mudar o itinerário, pois está amarrado nos trilhos que se segue... leva seus vagões que são ocupados por mais de 150 milhões de pessoas que estão sem saber o destino final e correndo o risco de prestes a descarrilhar e nem maquinista, e muito menos aqueles que o auxiliam sabem o que poderá acontecer nas curvas que estão a frente, e vendo a possibilidade deste acidente acontecer não sabemos se haverá possibilidade de atender a todos os feridos, pois ha-
vermos de optar por este ou aquele para salvaguardar a vida. É necessário que o brasileiro pense. Mas, como pensar se em nosso país não se ensinou a pensar devido à péssima e deficiente educação e cultura? Não que o povo brasileiro seja inculto, mas o brasileiro não lê, não gosta de artes, não gosta de filosofia, odeia matemática, esquece com facilidade a história, mas, gosta muito de futebol, novelas, programas de noticiários sangrentos e do “submundo”. Estamos numa época em que iniciamos uma partida de xadrez, um grande jogo, intrincado, que se faz necessário pensar, estudar, analisar e tomar duras atitudes para não ser colocado em xeque-mate pelo Rei. É necessário mover as peças mesmo em várias direções mesmo que tenhamos que correr o risco de depararmos com as armadilhas
do Rei prestes a anunciar o mate. Política, em meu parecer e defesa é serviço “ad extra”. Vejo a necessidade de verdadeiramente injetar no sistema uma reforma que mude a ideologia carreirista que favoreceu o avô, favorece o pai e haverá de favorecer a eleição do filho e este do neto, o que chamamos de carreira política, foi criado no Brasil um vício, onde a política tornou-se sistema hereditário e familiar. Faz-se necessário um mínimo de conhecimento em gestão social e conhecimento jurídico, pois se governa na intenção do melhor para o povo, mas este melhor, hoje, nas mãos dos pré-candidatos ou dos candidatos, passa pelo seu interesse e intenção, e como diz o velho ditado... de boas intenções o inferno está cheio... e assim digo!
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10 ASSOCIAÇÃO EM FOCO
Notícias produzidas a partir do conteúdo do Blog Oficial da Associação de Moradores do Distrito de Tupi - Fotos: Divulgação As
Tupi realiza passeio cultural e ecológico Moradores de Piracicaba e Santa Barbara D’Oeste participaram, no dia 28 de junho de 2014, de “Passeio Cultural e Ecológico” pelo Distrito de Tupi. Organizado peça Associação de Moradores, o evento teve finalidade cultural e de estímulo ao bem estar físico. Os moradores buscaram focar no que de melhor Tupi tem a oferecer, a hospitalidade. Em poucas palavras, a enfermeira chefe da unidade de saúde, Elisa, falou da importância das caminhadas periódicas e também do funcionamento de uma unidade de saúde da família. Em seguida, o historiador Antônio Carlos Angolini apresentou as referências históricas do bairro. A cami-
Igreja do Distrito é um dos marcos históricos de destaque. Passeio atraiu crianças, jovens, adultos e idosos
nhada seguiu tranquilamente pelas ruas seguindo até o Horto, onde os participantes foram recebidos com uma verdadeira aula de botânica. Rosa Maria, coordenadora da Estação Experimental de Tupi (Horto Florestal), explicou sobre manejo e preservação de florestas. (Publicado originalmente em junho de 2014)
Audiência avalia municipalização da SP-135 A proposta de municipalização da SP-135, a rodovia Margaria da Graça Martins, conhecida como estrada velha de Tupi, foi tema de audiência pública na Câmara de Vereadores de Piracicaba no último dia 23 de junho. Na oportunidade o vereador João Manoel dos Santos apresentou a proposta de transferência da estrada para o município, sob o argumento de que está abandonada pelo Estado, visão que foi confirmada
pelo secretário Municipal de Trânsito e Transportes, Jorge Akira Kobayashi De acordo com o projeto do vereador João Manoel, a prefeitura receberia a rodovia, desde que devidamente recapeada e com acostamento em condições de transito. A dúvida dos moradores, representados pela Associação do Distrito, está na atual situação da rodovia, que não é satisfatória e também pelo grande tráfego de ca-
minhões. Houve questionamentos se a prefeitura poderia regularizar a situação dos veículos. Os presentes lamentaram a presença de representantes do DER e foi aprovada a realização de nova audiência, desta vez exigindo-se a presença do órgão estadual. Além de João Manoel, participaram os vereadores Dirceu Alves da Silva e Pedro Kawai. (Publicada originalmente em junho de 2015)
Entidades debatem cidadania com estudantes de jornalismo Carlos José Marco Silva – Chitão *
No último dia 12 de maio, como presidente da Associação de Moradores dos Bairros do Distrito de Tupi, fui convidado pelo professor de jornalismo da Unimep, Paulo Roberto Botão, a falar aos alunos do curso sobre minha experiência à frente da associação.
Tive a oportunidade de dividir a mesa de exposição com Antonio Oswaldo Storel, falando de sua experiência na Pasca (Pastoral de Serviço da Caridade) e como legislador por 12 anos em nosso município, e também com Renato Morgado, coordenador de projetos do IMAFLORA, e membro do Observatório Cidadão de Piracicaba. Como me foi proposto, tratei do pa-
pel das associações de bairro, entidades que representam os moradores, nas demandas que eles consideram necessárias para o seu cotidiano. Ressaltei a importância de ter comunidades unidas buscando o bem de sua localidade, e dos conselhos municipais, que lutam pelo município como um todo. * Presidente da Associação dos Moradores do Distrito de Tupi
Tupi participa de debate sobre participação social O presidente da Associação dos Moradores do Distrito de Tupi, Carlos Silva, o Chitão, participou no dia 23 de julho de 2014, na sede da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) Piracicaba de debate sobre decreto da presidente Dilma Roussef que institui a Política Nacional de Participação Social. Também participaram como debatedores o prefeito Gabriel Ferrato, o professor Wagner Romão, especialista em políticas públicas, Renato Morgado, do Observatório de Políticas Públicas, e José Eduardo Fonseca, do Conselho Municipal de Saúde. Representando os conselhos do Orçamento Participativo e da Cidade, Chitão salientou que há em Piracicaba uma ampla política de participação popular, estabelecida pela Lei 5.132/2002, e defendeu o cumprimento desta legislação.
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sociação de Moradores - Redação: Marcela Feitas e Natália Cordeiro - Leia mais em: www.distritodetupi.blogspot.com.br
ASSOCIAÇÃO EM FOCO
Associação quer melhorias para ensino de Jiu-Jitsu Os jovens do Parque Peória e de outros bairros do Distrito de Tupi tiveram a oportunidade de conhecer as artes do Jiu-jitsu e do boxe chinês. A atividade ocorreu no dia 02 de junho de 2015, no varejão social do Peória. Segundo os instrutores Keller Sagat e Walison, esses esportes tem como objetivo o auto controle e a disciplina, além dos cuidados com a saúde. Mas, com poucos recursos, os jovens sofrem com a falta de estrutura. “Temos poucas placas de borracha, que servem como tatame, o que dificulta a realização dos exercícios”, afirma Sagat. Outro problema a ser enfrentado, é que os banheiros no local dos treinos não estão funcionando. A Associação dos Moradores do Distrito se comprometeu a reivindicar junto à Selam (Secretaria Municipal de Esportes, Lazer e Atividades Motoras), o atendimento às condições necessárias à pratica no local. (Publicado originalmente em junho de 2015)
Secretaria refaz obras de galerias para evitar danos ao bairro
Obras refeitas no Parque Peória No final do ano de 2013, o Parque Peória foi atendido em sua solicitação com o recapeamento do asfalto na rua Valparaizo, medida que trouxe benefícios a todos que circulam pelo local. Os moradores aprovaram a realização das obras, mas, passados poucos
meses da conclusão da obra, sem a ocorrência de chuvas expressivas na região, parte da tubulação que atravessava o parque se desprendeu. Com o incidente, a Associação de Moradores de Tupi apresentou o problema à prefeitura em diversas opor-
tunidades, até conseguir relatar a situação em uma reunião com o prefeito Gabriel Ferrato. A partir daí a Secretaria de Obras deu início a novas obras no local, para refazer o trabalho e resolver definitivamente a situação. (Publicação original em outubro de 2015)
Tupi marca presença no Congresso do Orçamento Participativo 2014
Lideranças comunitárias representam bairros na definição das prioridades
No dia 12 de julho de 2014 aconteceu o Congresso Municipal do Orçamento Participativo. No evento, representantes de todas as regiões de Piracicaba (Norte, Sul, Leste, Oeste, Centro e Rural), indicam as prioridades entre as demandas apresentadas nas plenárias regionais, que aconteceram entre maio e junho. A região rural priorizou as seguintes demandas: 1 - Asfaltamento da Estrada Municipal do Santa Izabel; 2 - Rotatória na entrada Parque Peoria; 3 - Recapeamento e construção de calçada na SP 135, entre Jardim Bartira e Tupi; 4
- Sistema de lazer em Santa Olímpia; 5 - Construção de cobertura na entrada da unidade de saúde de Santana. Também foram eleitos os membros do conselho que representarão a região rural: Carlos José Marco da Silva - Chitão (bairro Santa Izabel) – Titular; Ana Clara Degaspari Stenico (bairro Santa Olímpia) – Titular; Simone Rodrigues Dias Aoyagi (bairro Santa Izabel); - Suplente; Maria Rosana Mandro Cassieri (bairro Serrote); Suplente; Waldemar da Silva (bairro Parque Peória); - Suplente. (Publicada originalmente em julho de 2014)
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Carreata homenageia Nossa Senhora Aparecida Fotos: Ana Clara Gasparetto
Marcela Freitas Paes
A comunidade de Tupi realizou na manhã do dia 12 de outubro a vigésima edição da tradicional Carreata em Homenagem à Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil. Pouco depois das 9 horas, cavaleiros, carros, motos e caminhões saíram da praça da Matriz e desfilaram pelo Distrito guiados por um veículo com a imagem da santa e um carro de som com o padre Renato. Após o percurso, os fiéis se dirigiram à Fazenda Morro Grande, que pertence à comunidade São José de Tupi, próximo ao Horto Florestal, para a realização de uma missa. Moradores da fazenda e voluntários do
Comunidade participa ativamente da celebração e festa atrai caminhões, automóveis, charretes e outros veículos Karen Costa
evento há 20 anos, Vanderlei Benito dos Santos e Cláudia Furlan Ribeiro acreditam que a iniciativa é importante tanto para as crianças quanto para adultos por ser rico de cultura. Este é o terceiro ano que a Associação de Moradores de Tupi ajuda na realização da carreata. O presidente da entidade, Carlos José Marco Silva (Chitão) ressalta que, após dois anos de pedidos, esse foi o primeiro ano que houve ajuda por parte da prefeitura, que enviou veículos da Semuttran (Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes de Piracicaba) para auxiliaram no acompanhamento da carreata e no trajeto até a fazenda. Associação de Moradores de Tupi
Crianças aproveitam festa em sua homenagem
Festa reúne crianças do Distrito Marcela Freitas Paes O grupo de maracatu Baque Caipira empolgou presentes de todas as idades
Tupi recebe festival multicultural Marcela Freitas Paes e Ana Clara Gaspareto
Aconteceu em Tupi, nos dias 3 e 4 de outubro, a segunda edição do Festival Multicultural Pamonha Groove, que contou com mais de 20 bandas e 32 horas de música. Além de bandas de vários gêneros, houve também a presença de peças teatrais e na área gastronômica. O evento contou com a presença de food trucks e a oferta de comidas típicas de Piracicaba. Para a estudante Jaqueline Altomani
da Silva, o evento atingiu as expectativas e contribuiu com sua bagagem cultural, pela variedade do público e gêneros oferecidos. “Os festivais somam no cenário cultural de Piracicaba, que vem se reestruturando após uma época em que a cultura adormeceu”, diz. Sandra Lemos, da banda de maracatu Baque Caipira, afirma que a arte e a músicas são essenciais para o ser humano e que é necessário mais manifestações populares e menos tempo nas mídias sociais.
Em conjunto com as celebrações do dia de Nossa Senhora Aparecida, no dia 12 de outubro também foi realizada em Tupi a Festa do Dia das Crianças. A atividade ocorreu no Varejão Social, localizado no Parque Peória, e as crianças participantes tiveram acesso a brinquedos como cama elástica, touro mecânico, tobogã e à distribuição gratuita de alimentos, como pipoca e algodão doce. O presidente da Associação de Moradores, Carlos José Marco Silva, ressaltou a organização da festividade só foi possível graças à colaboração e união da comunidade, tanto com recursos materiais como com a atuação voluntaria na viabilização das atividades.
João Baglioni Neto, presidente da Associação de Moradores do Parque Peória, afirma que todo ano participa do evento e que os moradores do bairro se unem para arrecadar a quantia necessária para a festa. Também lamentou o fato do poder público não oferecer qualquer apoio, nem mesmo o fechamento da rua, para garantir mais segurança aos participantes, que foi prometido mas não ocorreu. A iniciativa é bem vista pelos moradores, como Lucineia Rodrigues, que leva seu filho todos os anos e diz achar importante a união das pessoas e o evento em si. As crianças também aprovaram, como Yasmin da Silva Cordeiro, diz gostar das brincadeiras e até pensa que a festa deveria ser realizada mais de uma vez por ano.