SQUAD TRI nº 5 - Novembro 2020

Page 1

REVISTA DIGITAL


CORRIDA DE RUA PARA O TRIATHLON

Edição 5 - nov. 2020

DA

APRENDA AS PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE ELES PARA VOCE QUE QUER IR DA CORRIDA PARA O TRIATHLON

E MAIS...

COMO CORRER MELHOR DEPILAÇÃO NO ESPORTE CORRIDA E SOBREPESO

ENTREVISTA COM

MARCELO HIRGA

#vocenasquad NUTRIÇÃO

PERFORMANCE FISIOTERAPIA MEDICINA ESPORTIVA CURIOSIDADES

com o vento no rosto



apoio


TRANSFERÊNCIA DOS EVENTOS PARA 2021 Caros atletas, Após adiamentos durante esse ano devido aos riscos que o coronavírus (Covid-19) representa para a saúde de todos. (participantes, staff, fornecedores, patrocinadores e apoiadores), mesmo com a elaboração de um protocolo de medidas com base em vários já feitos por órgãos competentes, e, com a negativa do COMITÊ MUNICIPAL DE PREVENÇÃO E ENFRENTAMENTO DO NOVO CORONAVÍRUS DA PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS, a HL EVENTOS ESPORTIVOS comunica a transferência dos eventos agendados em 2020, para o ano de 2021. Contamos com a sua compreensão neste momento. Em caso de dúvidas, envie um e-mail para contato@hleventos.com


nunca foi sorte!


1.

I have a dream! Quero dividir com vocês meu sonho. Criei a revista com o intuito ap nas de levar a vocês o Triathlon de uma maneira mais fácil, mais prática e mais leve. Mas ela tem me permitido sonhar, na verdade já é um sonho poder escrever de uma coisa que gosto e faço todos os dias, fica automático, tenho base no que coloco aqui. Em um cenário ideal, trabalho para que posso um dia viver da Squad Tri, escrevendo sobre Triathlon e tudo que envolve o esporte. Quero poder viajar o mundo publicando sobre o esporte, escrevendo minha opinião sobre provas, participar de eventos e entrevistar os atletas que sempre me motivaram. Se é possível sonhar, é possível realizar. Poder unir o jornalista com o educador físico é algo que só uma pandemia mundial permitiu. Cheguei devagar, sem fazer muito barulho, respeitando a todos, apenas com o desejo de falar em Triathlon, compartilhar o que o esporte ensina. Porém, vi que esse mundo é um pouco mais cruel, onde parcerias e redes sociais são necessárias, onde nem todos pensam iguais e onde o sonhar e realizar tem um IronMan de distância. Não é um céu azul de bolinhas brancas. No meu sonho, eu quero fazer uma prova da Squad Tri, me especializar para criar um evento onde serão todos bem vindos, onde apenas o Triathlon manda. Vou continuar no caminho para que possamos fazer história. por

Diogo Diogo Oliveira Oliveira

Diogo Oliveira


MATÉRIAS Principal: Da corrida de rua para o Triathlon

p. 9

p. 33

1 Como evoluir na corrida

p. 45

2 Corrida e sobrepeso

p. 55

3

Impacto da COVID-19 em atletas profissionais

Entrevista:

p. 63

Marcelo Hirga - Medicina e Triathlon p. 71

4 Depilação no esporte

p. 79

5 Bermuda e top ou macaquinho?


EDITORIAIS E ESPECIAIS p. 19

Mundo, Brasil e Região Giro de Notícias Nutrição

Como se hidratar Carolina de Paula no calor intenso p. 39

p. 49

Alistair Brownlee Tri Curioso Medicina do Esporte

p. 51

Vinícius Sobreiro

Como lidar com o desconforto gástrico p. 69

Novembro #VOCÊNASQUAD Fisioterapia

p. 59

Mirian Faria Tipos de recovery p. 70

Ricardo Favoretto Atleta da Vez Performance

Lucas Vilhena Corrida em trilhas p. 83


9

MATÉRIA PRINCIPAL Da corrida de rua para o Triathlon A gente sabe, se um atleta é um bom corredor, não significa que ele será um bom triatleta. Sempre digo que no Triathlon a corrida é diferente, sempre se corre com as pernas cansadas, já que é preciso nadar e pedalar antes de calçar os tênis. Portanto, o treinamento tem algumas particularidades.

Muitos corredores de elite tentaram fazer tempos abaixo da média depois do ciclismo. No entanto, existem muitos fatores que influenciam a corrida no Triathlon, para se ter uma boa corrida ter que ser antes um bom nadador e um bom ciclista bom ciclista.

Aprender a biomecânica certa Economia na corrida. Esse é o conceito a ser seguido, além da importância de educativos e aquecimento correto para os seus treinos. O ideal é que busque os passos curtos, com frequência e cadência mais elevada. Essa é a base para se tornar mais forte, além de uma menor propensão às lesões. Há triatletas ficam com preguiça e não tratam os longos de corrida como merecem. Essas corridas que exigem esforço moderado tem a fama de ser contraproducente, mas não é bem assim. Pense nos seus dias de longões leves como tempo em pé, especialmente quando está mirando em provas de meia ou longa distância.


10 11 Esses treinos devem melhorar a capacidade do seu corpo de lidar com desconforto físico, aumentar a quantidade e o tamanho das mitocôndrias, melhorar o uso de oxigênio e armazenamento de glicogênio.

Leve não necessariamente significa lento. Sempre foque em uma biomecânica Quanto mais longa, ou seja, quanto mais adiante adequada e passadas da linha do quadril for sua passada, mais contribuirápidas. rá para frear o movimento, maior será o impacto e o tempo de contato com o solo, o que significa Considere quebrar desgaste. Então, procure diminuir a amplitude sua corrida em repetipara aumentar a frequência. ções de 5 a 10 minutos com 1 a 2 Jack Daniels, conhecido treinador americaminutos de intervalo, no de atletismo, analisou inúmeros corredores o que permite que Olímpicos, desde os velocistas aos maratonistas, você corra em um e descobriu que, independentemente da distância pace melhor, com ou duração das provas, 90 passadas por perna técnica adequada e a por minuto era a norma. Conte os passos que mesma carga dá com o pé direito ou esquerdo durante 20 seaeróbica. gundos e certifique-se que está dando pelo menos 30 passos. Inicialmente vai se sentir estranho, mas Sua passada não com o passar do tempo se acostumará. precisa ser longa, nem é necessário Tente se concentrar o tempo inteiro, pois a tentar tocar com o técnica é fundamental para um bom calcanhar nos glúteos. desempenho e menor gasto energético.


11

Busque seu recorde pessoal e simule provas A gente se torna escravos quando se trata de longa distância. Inscreva-se em uma prova de 5km ou 10 km. Essas provas curtas são um ótimo ensaio para sua corrida. Tente focar na biomecânica e veja onde pode chegar. Estas provas curtas irão te proporcionar um treino de alta intensidade sem castigar suas pernas, o que poupa seu tempo de recuperação.

Além disso, se tudo der certo, você consegue bater seu recorde pessoal, o que eleva sua confiança no meio da preparação para a prova alvo. Digamos que você está treinando para um meio Ironman e que você está na fase de treinos específicos da sua preparação. Esta simulação requer que você corra um pouco mais rápido que sua meta para os 21km. Leve em conta que os pontos de hidratação estão separados por 2 km e você planeja caminhar rapidamente por eles para pegar bebidas e esponjas, então isto será simulado com caminhadas durante o treino. Esta é uma boa simulação para sua corrida e irá te deixar pronto para segurar o pace durante a prova. Como toda simulação, é importante que seja feita com o material e a nutrição que será utilizada na prova. Simulações irão te dizer o quanto você está preparado e irão te afinar para as preparações finais.


12

Invista nas transições e varie os terrenos Seu corpo, ou suas pernas precisam aprender a correr quando estão cansadas. Quanto antes nos livrarmos da sensação de um pedal pesado, mais tempo teremos para pensar apenas na corrida. Assim, não há maneira melhor para treinar do que tendo transições incorporadas na sua planilha de treinos. Quanto mais corridas inserir no seu planejamento, 15 a 20 minutos depois do pedal focando na cadência e na biomecânica, melhor lidará com as pernas bambas que temos após o ciclismo. Se estiver disposto, transições longas também são essenciais para se tornar um corredor melhor. Normalmente um pedal longo seguido de uma corrida de 10km a 15km é uma boa simulação e irá construir melhor sua confiança ao se aproximar de uma prova. Este treino demanda bastante do seu corpo, pois combina o pedal longo do sábado e a corrida longa do domingo, então tenha certeza de que irá colocar um bom descanso após esta sessão de treino. Outra dica, compita em Duathlons. Conheço triatletas que odeiam Duathlons, já que demandam mais tempo de descanso para as pernas. Entrar em um Duathlon como parte da sua preparação para a prova alvo é uma boa ideia se tiver planejamento adequado. Os melhores corredores do Triathlon vêm do Duathlon. Correr em trilhas significa que cada passo será diferente, o que demanda um impacto muscular maior, com maior envolvimento do core. Se feito com cuidado, as trilhas auxiliarão sua estabilidade na corrida de forma muito mais eficaz do que a corrida no asfalto. Substitua um treino na semana por uma corrida na trilha. Mais que isso, treinos lentos em subida podem ser aliados, elevando sua frequência cardíaca e funcionando como um treinamento anaeróbico. Se você não tem experiência em trilhas, não force muito nos primeiros treinos. Encontre uma trilha simples para se adaptar primeiro, peça ajuda a algum amigo familiarizado com as trilhas e encontre um local sem muitas raízes ou pedras para evitar torções de tornozelo, comuns em quem começa nesse ambiente.


13

Pratique sempre treinos de transições. Fizemos uma matéria sobre correr em trilhas, leia logo mais aqui na SQUAD TRI. Vale lembrar. Procure usar um bom par de tênis, de acordo com sua pisada e atente para o desgaste do mesmo, pois para corrermos bem, precisamos, antes de tudo, de conforto e proteção para os pés!


15


19

Giro de Notícias IronMan Flórida será realizado sábado dia 7/11 e conta com forte start list.

No sábado, dia 7, acontece o Ironman Flórida 2020, nos Estados Unidos. Prova tradicional do calendário mundial de Ironman, o evento deste ano conseguiu atrair um Start List muito forte, com atletas de olho nas vagas para o Mundial do Hawaii 2021. O Ironman Flórida oferece seis vagas na categoria Profissional, sendo duas na categoria Masculina, duas na categoria Feminina e mais duas que são distribuídas pela organização em função do número de participantes de cada gênero. O total de prêmios é de US $ 100.000. Os principais nomes no Masculino são Cody Beals (CAN), Matt Hanson (EUA) e Sam Long (EUA), sem deixar de citar Andreas Dreitz (ALE), Matthew Russell (EUA), Chris Leiferman (EUA) e Brent McMahon (CAN). Entre as mulheres, temos as favoritas Heather Jackson (EUA), Jocelyn McCauley (EUA), Skye Moench (EUA), Meredith Kessler (EUA) e Katrina Matthews (GBR).

O Campeonato Mundial de Sprint Triathlon 2021 tem datas confirmadas para os dias 15e 17 de outubro, nas Bermudas. O anúncio segue a decisão do World Triathlon de dividir seu programa tradicional da Grand Final para 2021, com Bermudas recebendo a primeira edição do “Sprint & Relay World Championships”. Edmonton, no Canadá, sediará as Finais do Campeonato Mundial em agosto de 2021, enquanto o Campeonato Mundial de Paratriathlon de 2021 será realizado antes dos Jogos Paralímpicos, em Milão (Itália). O “Sprint & Relay Championships” será um programa de três dias e eventos múltiplos, a ser realizado na cidade de Hamilton, e incluirá as corridas Super-Sprint para os Campeonatos Mundiais de Elite, Campeonatos Mundiais Júnior, Campeonatos Mundiais de Sprint por Grupo Etário e o “Mixed Relay World Champs”.


PTO finaliza lista de convidados o “THE CHAMPIONISHIP 2020”.

Com nomes como Lucy Hall, Simone Mitchell, Chris Leiferman e James Cunnama foram selecionados como os wildcards finais para o PTO 2020 Championship, no Challenge Daytona, de 4 a 6 de dezembro. Eles completam uma lista de 20 atletas convidados que fecham um Start List onde o brasileiro Igor Amorelli se encontra. Os triatletas vão duelar por uma premiação total de US $ 1.000.000, na prova realizada dentro do icônico Autódromo de Daytona, nos Estados Unidos.

IronMan e IM70.3 Portugal em cascais são cancelados. Em virtude do aumento do números de pessoas infectadas por COVID-19 na Europa e restrições de viagens, a organização se viu obrigada a cancelar a edição de 2020, que seria realizada nos dias 7 e 8 de novembro, remarcando os dois eventos para 23 de outubro de 2021. Nas reuniões de preparação para o evento, as autoridades de segurança e saúde ficaram convencidas de que as medidas de saúde e segurança propostas pela foram bem concebidas e que os participantes, os colaboradores e o público em geral seriam suficientemente protegidos de uma potencial transmissão COVID-19. No entanto, o anúncio do Estado de Calamidade pelo Governo de Portugal e em alinhamento com o Município de Cascais, informaram que o evento não pode acontecer em 2020. Os atletas inscritos nos eventos receberão um e-mail com mais detalhes.

20


18 21

Nike e Adidas conseguiram evitar a queda no ranking das Melhores Marcas Globais. Produzido anualmente pela Interbrand e liderado pela Apple, Amazon e Microsoft. As duas únicas empresas desse segmento que estão entre as 100 maiores marcas do mundo em todos os setores continuaram a aumentar sua valorização em 2020. A marca Nike acumula um aumento de 6% em relação a 2019. Com este percentual, que reflete o impacto da crise do coronavírus, a empresa americana posiciona-se como a décima sexta marca mais valiosa do mundo, uma posição a mais do que em 2019. O grupo alemão Adidas, por sua vez, avança cinco posições na classificação geral, chegando ao número cinquenta. Em 2020, o valor da marca Adidas aumentou 1% em relação a 2019. Embora entre as cem marcas mais valiosas do mundo, 54 delas tenham seu valor reduzido em 2020, o valor total do grupo cresceu 9% a mais que em 2019. Esse aumento se deve ao ímpeto dos gigantes da tecnologia, que tiveram fortes aumentos de valor neste ano.

Hoka One One lança o Rocket X

A marca é popular no mundo do Triathlon há vários anos, e o segmento de fibra de carbono está longe de ser uma novidade para os triatletas. Não bastasse isso, amarca é a atual patrocinadora do multicampeão Jan Frodeno. O Hoka Rocket X é leve e extremamente responsivo. Preparado para distâncias mais curtas, proporcionando eficiência e propulsão. O modelo emprega a espuma mais leve da história da marca, uma sola intermediária macia, parte superior em malha respirável e sola leve de espuma emborrachada que reduz o peso.

A entressola de espuma CMEVA fornece apoio estável e absorve os pontos de impacto. A previsão de chegada no Brasil é para março do ano que vem.


A temporada da World triathlon Cervélodelança 2020nova chega bicicleta ao fim no sábado dia 7, na cidade de Valência, quando a última etapa da Copa do Mundo desembarca na Espanha. A qualidade dos eventos tem sido boa, com campeões olímpicos e lendas do esporte aproveitando as oportunidades para se reunir no tapete azul. A prova tem 750m de natação de uma volta na Marina de Valência, passando para o ciclismo de quatro voltas e 20km ao redor do porto. A corrida de 5km segue exatamente o mesmo percurso para apenas uma volta e você pode assistir pelo TriathlonLIVE.tv, mediante assinatura (PPV). A prova Feminina tem largada às 10h15 e a Masculina às 12h45 (horários de Brasília). A etapa promete seguir o alto nível, com o campeão Mundial, Vincent Luis, vestindo o número 1 na prova masculina que inclui nomes como Alistair Brownlee, Henri Schoeman, Kristian Blummenfelt, Gustav Iden, Jelle Geens, além dos brasileiros Manoel Messias e Kauê Willy. Entre as mulheres, a veterana e duas vezes medalhista olímpica, Nicola Spirig é forte favorita, onde nomes como Lisa Tertsch, Verena Steinhauser, Beth Potter, Anna Godoy Contreras e Michelle Flipo podem se destacar. As brasileiras, Luisa Baptista e Djenyfer Arnold têm tudo para buscarem este belo resultado, corroboradas pela colocação que tiveram na recente World Cup Karlovy Vary, onde Djenyfer foi 5ª colocada e Luisa a 9ª.

Ernesto Pitanga e Armando Barcellos reelegem chapa nas eleições da CBTri e se mantêm à frente da entidade por mais quatro anos.

Para os pleitos do Conselho de Administração da Confederação aconteceram na Assembleia Geral Ordinária Eletiva do Triathlon Brasil. Além do pleito para presidente e vice-presidente, na Assembleia Geral foram eleitos também os novos Membros Independentes, Alexandre Luna, Mariana Ohata e Bruno Nóbrega, os Representantes das Federações, Cleber de Castro (Presidente da Federação Bahiana de Triathlon) e Rolnan Gueiros (Presidente da Federação Pernambucana de Triathlon), e o Membro do Conselho Fiscal, César Grafietti (eleito por aclamação como membro efetivo).

22


23

Triatletas paralímpicos do Brasil são destaque na Copa do Mundo em Portugal.

A cidade de Alhandra, recebeu a etapa da Copa do Mundo de Triathlon. Essa foi a primeira competição internacional para os triatletas brasileiros.

A triatleta Jéssica Messali venceu a prova na classe PTWC, para cadeirantes e Ronan Cordeiro foi prata, na classe PTS5, onde competem atletas com deficiências físico motoras e paralisia cerebral mais moderadas. A prova de triatlo é composta de 750m de natação, 20km de ciclismo e 5km de corrida. Os paratletas brasileiros estão há dois meses treinando em Portugal.

Bianchi lança a road bike Specialissima. Marca italiana se rende aos freios a disco e produziu uma nova versão de sua bicicleta de escalada, a Specialissima, a nova bicicleta adiciona aerodinâmica, integração e freios a disco. A empresa italiana informa que o quadro – tamanho 55 – pesa 750g, com o garfo adicionando 370g para a bicicleta de escalada de nível profissional. A bike apresenta uma excelente relação entre rigidez e peso, por isso também é boa para provas planas. Na Specialissima a Bianchi se rendeu aos freios a disco, algo que várias grandes marcas já utilizam, o quadro foi atualizado com perfis de tubo aerodinâmico oriundos da sua aerodinâmica Oltre que a Bianchi planeja usar por seus ciclistas profissionais WorldTour. A marca oferecerá a Specialissima à venda montada, ou somente o quadro. Com uma oferta mecânica Shimano Ultegra e vai até uma com Campagnolo Super Record EPS. Também há compilações com Shimano Dura-Ace Di2, Shimano Ultegra Di2 e SRAM Red AXS eTap, entrando diretamente no segmento premium do mercado.


24

Kahuna Camp tem recorde de inscritos com presença de atletas profissionais e especialistas. O evento aconteceu em um castelo medieval em itaipava-RJ, em sua 16ª edição, contou com 73 campers. Com patrocínio da Go Pro, Exceed Nutrition, Hoka One One, Xterra Wetsuits e Strava. O Kahuna Itaipava Traning Camp é inspirado nos maestros do esporte, os especialistas. Kahuna é uma palavra havaiana que significa ser mestre, especialista naquilo que se faz, passar o ensinamento. Depois de 10 anos realizando Camps internacionais em locais como Boulder e Kailua-Kona, a Go Longer, empresa organizadora do evento, apresentou mais um Camp eficiente e dinâmico aos participantes Com a presença de grandes nomes do esporte como Igor Amorelli, Bia Neres, Pâmella Oliveira, Alexandre Ribeiro, Marcus Fernandes, Cid Barbosa, Fernando Toldi, Luis Ohde, Eduardo Lass, Gisele Bertucci, Fernando Tolddi e Fellipe Santos. Além de palestras de Cris Solak, Alexandre Ribeiro, Sylvia Pozzobon, Hugo Amaral e Sergio Borges.

Fodaxman Extreme Triathlon confirmado para 13 de dezembro. A prova de Triathlon extremo pela Serra do Rio do Rastro em Santa Catarina, precisou passar por adequações. Uma delas foi a data. Então previsto para o dia 12 de dezembro, o Fodaxman foi remarcado para o dia seguinte, um domingo, por conta de obras na rodovia SC-390, onde acontece a prova. Outra mudança necessária foi o local da natação. Os 4 km da modalidade serão realizados na Lagoa dos Esteves, no Balneário Rincão, também ao Sul de Santa Catarina, e na mesma região das duas primeiras edições do evento, em vez da Barragem do Rio São Bento, em Siderópolis. Com 5 anos de existência o Fodaxman Extreme Triathlon aguardou pelas avaliações de riscos da Covid-19 por parte das autoridades de saúde para garantir um evento seguro aos atletas e com a confirmação da realização em tempo hábil para adequações dos protocolos sanitários. A decisão da realização do evento passou pelas mãos dos competidores. A organização decidiu abrir para que os atletas inscritos opinassem sobre a permanência da prova em 2020. O Fodaxman Extreme Triathlon tem 4 km de natação, na Lagoa do Esteves, no Balneário Rincão, 180 km de ciclismo, que inclui a subida da Serra do Rio do Rastro, em Lauro Müller, e 42 km de corrida, entre eles a parte final no Morro da Igreja, em Urubici. São 4,7 mil metros de altimetria acumulada e com a chegada a 1.818 metros acima do nível do mar.


25


UB515 Ultraman Brasil divulga primeiro Start List de 2021. Entre os dias 30 de abril e 2 de maio de 2021 será realizada entre as cidades de Ubatuba-SP e Paraty-RJ a oitava edicção do UB515 Brasil Ultra Triathlon. O desafio é feito nos mesmos moldes do Mundial de Ultraman, no Havaí, onde no primeiro dia os triatletas nadam 10 km e pedalam 145 km; no segundo, pedalam 276 km. No terceiro, correm duas maratonas ou 84,4 km. Para participar da competição uma candidatura é necessária e, após análise de currículo esportivo e entrevista pela organização.

Os 39 ultratriatletas da versão inicial do Start List são:

Sergio Cordeiro, Alex Pinheiro, Sergio Meniconi, Alessandro Medeiros, André Luiz Correia, Fred Alves, Alexandre Constantino, Adilson Mendes Scapim, Alexsandro Reis Leite, Cristiano Finkler Rodrigues, Erick Parreira Duarte, Fernanda Aparecida de Morais, Laelson Lopes, Renato Amante Chidiquimo, Pedro Morganti, Maicon Amaro, Aline Luftmann Fernandes, Rafael Peralva, Aléssio Eulálio Dantas, Fabiano Pinheiro Peres, Fernanda Leticia Borella Prieto, Fernando Carlos Falcão do Vale, Gustavo Guaraldi, Juan Jose Coassolo, Paulo Roberto de Abreu, Renato M. Valler Filho, Ricardo Slivak Chemmer, Rubnei Alexssander Gervasio Gallego, Walter Paschoalotti Netto, Alexandre Paiva, Dejalmo do Nascimento Almeida, Evandro José Freitag Dutra, Ivo Sapienza Fernandes, João Marcos de Paula Santos, Pedro Renato Gonçalves Filho, Rafael de Carvalho Farnezi, Rodrigo de Souza Magno, Diogo Decker, Thiago de Souza Neves e Wladimir Soares.

26


33

Como melhorar a sua corrida Não tem como negar: todo triatleta busca melhorar sua corrida. No entanto, para que você consiga uma evolução constante, sem sobrecarregar o seu corpo, é preciso ter consciência de sua condição atual e estabelecer metas realistas para os treinos e as provas. Passar do limite aumenta a chance de se machucar e, consequentemente, será preciso um período sem treino para se recuperar. Sempre valorizamos pessoas movidas a desafios, que se comprometem em crescer a cada dia, alcançando resultados melhores, mas nos esquecemos de que o gráfico de evoluir na corrida não necessariamente precisa ser uma linha que só sobe. Ela geralmente tem altos e baixos. A frequência nos treinos é fundamental para o sucesso. Mesmo um planejamento sob medida para os seus objetivos não trará resultados, caso você não cumpra a proposta estabelecida. E lembre-se de que a variação de estímulo é uma das peça-chave para uma evolução mais rápida.

A corrida pode ser dividida em três tipos de treinamento que variam de distância e intensidade conforme a prova que o atleta for realizar (sprint, olímpico, 70.3 ou Ironman). As planilhas de corrida devem variar entre treinos longos, de intensidade e de transição. Cada tipo de treino deve ser realizado ao menos uma vez na semana independente da distância que o atleta irá realizar na prova.


Cuidado com o ritmo e distância dos treinos longos Estabelecer uma velocidade confortável é importante para o ganho de resistência, o que permite que você aumente a distância percorrida com o passar dos treinos. Fique atento: se a conversa acontece de forma confortável enquanto você corre, mostra que o seu ritmo está dentro de uma zona moderada de intensidade, permitindo maior volume de treino, quando indicado. Neste tipo de treino o triatleta irá ganhar resistência, ritmo além de trabalhar a estratégia da prova. Também poderá testar os equipamentos que utilizará já que a distância permite simular condições da prova. Preferencialmente, os treinos de volume longo devem ser realizados em terrenos não muito duros. Os atletas de sprint não devem correr mais do que 12 km. Já os que pretendem competir em distância olímpico correm 18 km. Para os atletas de Meio Ironman (70.3) a distância para esse Para maioria dos 18 atletas... tipo de a treino varia entre e 20 km por sessão enquanto os de Ironman correm entre 32 e 34 km. Para ser mais resistente o importante é aumentar, de forma gradativa, a quantidade de treinos. Mas não adianta extrapolar os limites. A sua planilha deve ter apenas um treino mais longo durante a semana (geralmente no sábado ou no domingo), para que o desgaste seja menor, a evolução mais segura e, ainda, afastar lesões.

Aprenda a caminhar e controle a intensidade As caminhadas são importantes na fase inicial de treinamento, pois permitem que você retome a níveis mais baixos de intensidade e, com isso, equilibre o fornecimento de oxigênio para o corpo, além de recuperar a sobrecarga muscular. Este período de descanso permite um novo estímulo, fazendo com que a adaptação ao treino de corrida seja contínua. Ganhar resistência não é um processo tão rápido. Para obter os resultados que se espera, é essencial respeitar o tempo que o seu corpo precisa para se adaptar aos estímulos propostos. Pular etapas só prejudica sua evolução e aumenta a chance de lesões.


35

Os treinos de intensidade vão estimular o sistema cardiovascular e a carga muscular. Comece com sessões focadas na duração e não na distância ou ritmo. Conforme o condicionamento aumentar, os treinos podem ser alterados para distâncias repetidas em um determinado pace. Os atletas de sprint podem realizar 10 tiros de 600 metros. Já os que correm distância olímpico realizam 8 tiros de 1 km. Atletas de Meio Ironman fazem normalmente 5 tiros de 1,5 km. Para finalizar, atletas de Ironman fazem os mesmos 5 tiros só que de 2 km. O importante é não ter pressa, principalmente se você não é profissional. E neste caso, a corrida não exige que você seja muito novo para alcançar resultados excelentes. Portanto, a ansiedade não combina com a corrida de rua (talvez combine nas corridas de pistas, em provas de velocidade). O corpo não é feito apenas de músculos. Por isso não use apenas eles como parâmetro para s aber se você está cansado ou não. O desgaste de órgãos e todas as estruturas que funcionam para manter os músculos saudáveis também contam. A gente não costuma sentir no começo, apenas quando o desgaste se torna crônico e, neste caso, você é obrigado a parar, mesmo sentindo que os músculos conseguem te fazer correr.


Faça treinos na esteira e na pista Ela é uma grande aliada na evolução do corredor, pois ajuda a manter os treinos constantes e a resistência do corpo. Porém, use com cautela e não como única alternativa. É importante para as passadas ter estímulos nas ruas, visto que a solicitação muscular nos dois casos é bem diferente. Para alguns triatletas, é difícil obter uma boa frequência de passada necessária para quebrar a barreira de velocidade atual. Fazer intervalos curtos em uma esteira e manipular a inclinação pode trazer mudanças de velocidade significativas com muito pouco custo metabólico. Inclua um destes exercícios por semana durante 4 a 6 semanas. Para um corredor não habituado, manter o ritmo certo em uma pista é difícil. Muitas vezes começa muito rápido e perde velocidade no final de cada intervalo e durante todo um treino. Uma boa maneira de aprender a manter um ritmo novo e mais alto é fazer treinos típicos de pista em uma esteira. Comece selecionando um ritmo que é aproximadamente 8% mais rápido do que seu ritmo de prova atual para Sprint ou Triathlon de distância olímpica. Corra não mais da metade da distância da prova em sua nova velocidade. Comece com repetições de 800m ou 400m e diminua a distância para a qualidade do ritmo permanecer elevada. Você deve aprender a manter o ritmo corretamente em velocidades mais altas na pista. Triatletas com experiência em corrida tendem a desfrutar muito da pista, enquanto aqueles sem histórico nesse esporte são menos entusiasmados. Aprender a executar o seu novo ritmo e manter esse ritmo constante é melhor quando feito na pista onde você pode verificar a sua velocidade a cada 100/200 metros. Saiba que uma pista padrão é de 400 metros. Se você usar uma pista diferente da pista interna, você precisará aprender as marcações da pista para que você tenha certeza de estar correndo a distância e o ritmo corretos.


Use o descanso a seu favor, adicione ou tire sessões Triatletas que são bons nadadores e ciclistas geralmente gostam de treinar forte durante essas sessões. Se esse é o seu caso e sua corrida é limitada, você precisa ter certeza de que você não vai colocar seu treino de velocidade de corrida dentro de 24 a 48 horas após uma natação ou treino de ciclismo difícil. Os treinos de natação e de ciclismo que precedem os treinos chave para a velocidade na corrida precisam ser principalmente aeróbios ou trabalhos educativos. Se você estiver atualmente correndo duas ou três vezes por semana, adicione mais um treino curto e aeróbio em sua planilha de treinamento. Adicionar mais um treino de corrida na faixa de 20 a 30 minutos já é suficiente para aumentar sua velocidade. Para triatletas que correm de cinco a seis vezes por semana, retirar uma dessas sessões de corrida e adicionar mais recuperação muitas vezes ajuda a melhorar a corrida.

Para muitos triatletas, há um equilíbrio no número de treinos que fazem em cada esporte durante a semana. Por exemplo, é comum ter dois ou três treinos em cada esporte – natação, ciclismo e corrida – todas as semanas. Também é comum que os triatletas intermediários e avançados incluam um grande bloco de ciclismo dentro de seu treinamento, minimizando ou eliminando a natação e a corrida. Este tipo de treinamento de grande volume é muitas vezes chamado de “treinamento de choque”.


Esse treinamento não é muito usado com a corrida, porque um grande bloco de corrida gera um maior risco de lesão. Por exemplo, se você está treinando 12 horas por semana com natação, ciclismo e corrida, é bastante baixo risco de lesão fazendo uma semana focada no ciclismo com 12 ou mais horas. No entanto, o risco aumenta muito se fizer uma semana focada na corrida com 12 ou mais horas. O que você pode fazer é incluir uma semana ou duas de treinamento focado em corrida, correndo de 5 a 6 dias por semana e eliminando natação e ciclismo ou usando esses esportes como recuperação ativa para a corrida. Mantenha os treinos de natação e ciclismo com duração menor que uma hora. Se você atualmente corre três dias por semana, inicie uma semana com foco na corrida, adicionando dois ou três treinos de 20 a 45 minutos cada. Se você achar que tolera bem este volume, você pode adicionar mais ao próximo bloco na semana seguinte. Proceda com cuidado e acompanhamento de um profissional.

Não que isso seja uma regra, pois obviamente tem gente que não vai ter nada, seja por genética, seja por cuidados paralelos ou outros aspectos (jamais por sorte). Mas o corpo que passa muito tempo seguido sendo estimulado de forma progressiva e cada vez mais forte, sem intervalos de descanso, uma hora grita.


39

Carolina de Paula @clinica_emagrecimento

Nutricionista

Como se hidratar no calor intenso O verão promete altas temperaturas, para não correr nenhum risco durante os treinos aprenda a se hidratar.

A transpiração é uma resposta do corpo para tentar limitar o aumento da temperatura corporal. Assim, com o aumento da atividade muscular, ocorre um aumento também na produção de calor. Quando isso se dá de forma excessiva, existe o risco de levar o indivíduo a um quadro grande de desidratação, que pode promover a queda da performance, fadiga e, em casos extremos, a morte. A manutenção do organismo com níveis adequados é necessária porque a água é indispensável para muitas funções fisiológicas e o corpo perde água mais rapidamente do que a produz.


40

O calor e a desidratação são os piores adversários de um atleta. As perdas pela transpiração podem somar 0,5 a 3L/h de treino, dependendo da intensidade, das roupas, das condições climáticas e das características do indivíduo. Para os atletas que treinam intensamente, em climas quentes, as necessidades de fluidos podem chegar de 10 a 15L/dia. A ingestão de água traz muitas vantagens aos atletas, porém, se a ingestão for somente de água, rapidamente desaparece a saciedade, devido à pressão osmótica. A presença de cloreto de sódio ajuda a manter o mecanismo de sede no corpo, garantindo assim uma maior ingestão de líquidos e ainda reduz a formação da urina.

Antes dos exercícios Recomenda-se que os indivíduos bebam cerca de 500ml de fluidos cerca de 2 horas antes, para promover uma hidratação adequada e dar um intervalo para que o excesso de água seja eliminada. E também uma ingestão adicional de 250 a 500ml de fluidos 20 minutos antes para garantir uma saturação de líquidos no corpo.


41

Durante os exercícios A quantidade de fluido ingerido voluntariamente durante a atividade física é afetada pela palatabilidade da bebida, sua composição e comodidade no uso. O volume que deve ser ingerido vai depender do metabolismo de cada um, mas em média é de 600 a 1200ml de líquidos por hora de exercício. O ideal é que para treinos com duração superior a uma hora, os fluidos possuam uma concentração de 4 a 8% de carboidrato e de 0,5 a 0,7g de sódio por/hora. As soluções diluídas ficam para a primeira hora do treino (ex: concentração de 2 a 3% de carboidrato) para promover a distribuição de fluidos e esvaziamento gástrico máximo. À medida que o treino prossegue a concentração de carboidrato aumenta para 6 a 8% por causa da depleção das reservas de carboidrato no corpo.

Depois dos exercícios Deve ser ingerido cerca de 150% do peso perdido em forma de líquidos. Os fluidos ou alimentos consumidos após o treinamento devem conter eletrólitos suficientes, pois agem como uma esponja mantendo o líquido ingerido dentro do corpo. Uma outra dica é o atleta manter um diário de treino para ajudá-lo na monitorização regular do peso corporal.


Devem ser anotados; peso matinal, peso antes do treino, peso após o treino, volume de líquido ingerido durante o treino e durante o dia e quantidade e cor da urina. Cada atleta deve saber qual é o seu peso corporal ótimo para o treinamento e para as competições e também deve saber quais as variações sofridas diariamente. Os atletas devem aproveitar todas as oportunidades disponíveis de ingerir fluidos devido às perdas pela transpiração, que são altas, com consumir legumes e verduras (Preferencialmente para os crus. Ex: pepino, aipo, agrião, cenoura, beterraba, alface tomate, couve-flor) e frutas ( Ex: pêra, maçã, melão, melancia, manga, morango, abacaxi). Evitar álcool e cafeína. Preferir as gorduras vegetais (azeite, óleo de girassol, óleo de canola), pois são mais saudáveis que as de gordura de origem animal.

NÃO EXISTE ADAPTAÇÃO À DESIDRATAÇÃO. QUALQUER TENTATIVA DE FAZÊDesistir não -LA É INÚTIL E PERIGOSA.

é opção!

42


45

Triathlon e sobrepeso Os motivos para começar no esporte são muitos. Mas dá para arriscar, sem medo de errar, que perder peso está na lista de muita gente. A prática deve ser sempre sob orientação de um profissional de educação física para evitar lesões e problemas de saúde. Assim, é recomendado que antes de começar a correr sejam feitos exames para avaliar a capacidade cardiorrespiratória e a saúde dos ossos e articulações, por exemplo:

•Avaliar a taxa de gordura corporal, que varia com a idade e o sexo mas que, geralmente, deve ser inferior a 18% nos homens e inferior a 25% nas mulheres. •Medir a circunferência abdominal, que deve ser inferior a 80 cm nas mulheres e 90 cm nos homens. •Fazer um teste ergoespirométrico, que avalia o nível de aptidão física, o funcionamento do coração e dos pulmões. •Fazer exame de sangue para avaliar a glicose, triglicerídeos e colesterol. Mas será que estar acima do peso ideal realmente faz mal? Quanto acima do peso é o limite que o nosso corpo aguenta? Esse sobrepeso faz diferença na performance, traz mesmo mais riscos de lesões, de problemas cardíacos? A partir de agora você encontra respostas para essas questões e um caminho para começar no Triathlon e viver melhor, mesmo ainda longe do chamado peso ideal.


Há alguns anos, médicos indicavam ou não a pratica esportiva levando em conta apenas o IMC do paciente. Hoje consideramos mais a taxa de gordura do indivíduo. Pode acontecer de uma pessoa com IMC entre 25 e 29, a faixa do sobrepeso, estar com a taxa de gordura normal. Músculos também pesam. Mesmo uma taxa de gordura um pouco acima do normal nem sempre representa um risco, se todos os exames clínicos do indivíduo tiverem bons resultados.

A corrida sofre influência direta da gravidade. Precisamos vencê-la a cada passo com saltos sucessivos e fase aérea evidente, em paralelo, buscamos reduzir o tempo de contato com o solo, atenuar impacto, distribuir bem a pressão plantar, para reduzir o pace e poder ir mais longe gastando menos energia possível. E atenção: pessoas com IMC acima de 30, o que já representa obesidade, certamente não terão uma taxa de gordura normal. Obesidade é doença, então um obeso nunca é saudável. Nesses casos, outras atividades físicas são indicadas antes de um provável Triathlon.

46


47

A questão é física: quanto maior o peso do corredor, maior o impacto da atividade sobre o seu corpo. Para aguentar o tranco, é preciso fortalecer a musculatura e adequar os treinos ao peso da pessoa. O que machuca o corredor raramente é o excesso de gordura ou seu peso em si, mas um treino inadequado, com aumento de volume ou de intensidade rápido demais. O indicado para quem tem sobrepeso é focar em outras atividades aeróbicas complementares, como o transport ou a bicicleta ergométrica, aliadas à corrida, para que a pessoa acelere a perda de peso. Aproveitar esse peso extra para queimar mais calorias. Quanto mais pesado você for, mais força precisará fazer e mais energia vai queimar durante a atividade.

São indicadas caminhadas, treinos menos intensos, já que na corrida há o impacto de duas a duas vezes e meia o peso do atleta sobre suas articulações. A meta principal para esse iniciante com sobrepeso é a adaptação do corpo e a perda de peso. E não é preciso treinar muito, bastam duas sessões semanais de 30 minutos para já sentir os benefícios. Não dá para pensar em performance nessa etapa. Por melhor que seja a parte motora e muscular desse iniciante.


Entre os corredores acima do peso, sempre há aqueles que optam por uma dieta rigorosa demais e, por vezes, treinam até em jejum. Do outro lado, há os que, por fazerem esporte e queimarem mais calorias, acham que ganham carta branca à mesa. É preciso focar no meio-termo. A alimentação pré-treino visa oferecer energia para o corpo, reduzir danos musculares e evitar fadiga. Ao mesmo tempo, é importante adequar a quantidade ingerida de carboidratos, proteínas e gorduras às necessidades e objetivos individuais. Ingira carboidratos simples, de fácil digestão. Eles oferecerão energia imediata e suficiente para seu corpo aguentar até o lanche pós-treino.

Concluindo. O Triathlon ou a corrida são esportes que trazem os melhores resultados para quem quer emagrecer, o aeróbico queima muitas calorias e traz a endorfina necessária para continuar animado e focado no objetivo. Porém, para pessoas que estão muito acima do peso, é necessária uma atenção maior para não ter problemas que a impeçam de continuar. Se você almeja correr até seus 90 ou 100 anos de idade com qualidade e bons resultados, reflita bem sobre este tema. Se você tem dificuldade para lutar contra o sobrepeso, não se desespere, é muito mais complexo do que imaginamos, porém o primeiro passo, é ter a clareza de que ele é maligno, portanto, vamos exterminá-lo o quanto antes com diferentes armas, muita força de vontade e dedicação.


49 3 COISAS QUE VOCÊ NÃO SABIA SOBRE

Alistair Brownlee O atleta britanico, bicampeão olímpico (Londres 2012 e Rio 2016) de 32 anos é um dosmelhores do mundo na distancia, agora almeja provas mais longas como IronMans.

SIR BROWNLEE

O triatleta foi nomeado Membro da Ordem do Império Britânico (MBE) nas Honras de Ano Novo de 2013 pelos serviços prestados ao triatlo.

FAMÍLIA ESPORTIVA

Seu pai, Keith, era corredor, sua mãe, Cathy, nadava. Seu irmão mais novo, Jonathan Brownlee, também é triatleta, medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de 2012 e a prata em 2016 , seu irmão mais novo, Edward, também é um grande esportista de rúgbi e pólo aquático.

FRATURA GRAVE

Em 2010. Brownlee sofreu uma grave fratura por estresse do fêmur, médico até cogitaram encerrar a carreira do triatleta. Que ficou 1 ano sem competir .


50


51

Vinícius Sobreiro @dr.viniciussobreiro

Médico do Esporte

Desconforto gástrico Por que algumas pessoas têm dor de barriga nos treinos? Isso é uma complicação muito comum no esporte! Esse número é ainda maior entre maratonistas e triatletas, podendo chegar a 50% dos praticantes. Durante o exercício uma parte importante do fluxo sanguíneo é desviada do sistema gástrico para os músculos. Com menor fluxo sanguíneo, a digestão demora mais, levando assim aos sintomas como distensão, cólicas, queimação e até mesmo a irritação intestinal, mais conhecida como diarreia.


A intensidade e duração do exercício também irão influenciar, assim como o calor. Quanto maior a temperatura, mais intenso e longo for o treino, maior será a chance de desenvolver algum desconforto. Se somarmos tudo isso ao estresse diante de uma prova importante para um atleta, a coisa pode ficar um pouco mais complicada. Isso porque o estresse sozinho já poderia ser o vilão causador dos problemas gastro intestinais, devendo-se à conexão cérebro intestino, mas esse já pode ser tema para o futuro. A boa notícia é que o sistema digestivo é muito treinável, então confira dicas valiosas abaixo:

PROBLEMAS E CAUSAS

Os problemas podem incluir Irritação, sensação de peso, cólica e diarreia. Parte do sangue é desviado do sistema gástrico para os músculos, modificando seu funcionamento, diminuindo o processo de digestão.

ALIMENTAÇÃO

Busque ingerir alimentos 1h antes do exercício. Evite excesso de gordura, fibras e apimentado nessa refeição, Nunca experimente pré-treinos ou seis em dias de provas. Teste antes!

INTENSIDADE DO EXERCÍCIO

Comece aos poucos: respeite os seus limites, Varue a intensidade: não dá pra treinar no limite todos os dias, seu corpo precisa se recuperar.

ESTRESSE

Foque na respiraçã, periodizar adequadamente seus treinos vai permitir que se recupere melhor.

Hormônios também podem desempenhar um papel nesse sentido. Exercícios de resistência como contribuem para a liberação do hormônio do estresse cortisol. Alimentos ricos em fibras, com alto teor de gordura, condimentados, que contenham frutose ou açúcares artificiais e cafeína podem transformar os problemas estomacais do dia da prova em algo ainda maior.

52


53 Felizmente, existem coisas que você pode fazer para lidar com esse desconforto. Separamos também maneiras de acalmá-la o mais rápido possível para que você possa voltar à prova. Tudo o que sobe e desce pode realmente empurrar seus órgãos e empurrar alimentos através de seu trato digestivo mais rápido. Ao mesmo tempo, parte do sangue que normalmente flui para o intestino está sendo desviado para os músculos das pernas. Todos esses fatores podem mexer com sua digestão e fazer com que se sinta enjoado ou com vontade ir ao banheiro.

DESACELERE

Corrida rápida é mais propensa a bagunçar seu estômago do que uma corrida suave. Diminuir o ritmo permite que o fluxo sanguíneo seja redistribuído para o trato gastrointestinal. E isso pode ajudá-lo a se sentir melhor.

BEBA UM POUCO DE ÁGUA

Pode parecer contraintuitivo, mas a desidratação pode realmente levar à diarreia. Tente beber um pouco de água fresca em vez da garrafinha que está sob o sol há algum tempo. Os líquidos quentes podem acelerar a comida através do trato digestivo. E isso poderia piorar a situação.

COMA ALGO LEVE

Às vezes, a náusea pode ser o resultado de um estômago vazio. Se você não se abastecer antes da corrida ou sentir uma combinação de fome e náusea, tente comer um pouco de biscoitos ou uma barra de granola.

PARE E VÁ AO BANHEIRO

Essa vontade de fazer cocô provavelmente não vai desaparecer. E há uma boa chance de ficar mais forte à medida que você continua correndo. Se você tiver que ir ao banheiro, pare e vá. Claro, isso vai atrasar você por um minuto ou dois. Mas, se isso ajudar você a se sentir melhor, talvez consiga se recompor e permanecer na prova.


Ponte Estaiada - São José dos Campos

Quando parar de correr (e o que fazer na próxima vez)

Mesmo que você esteja decidido a chegar ao final, é importante ouvir o seu corpo e saber quando é melhor desistir. Tonturas, vertigens, dores de cabeça ou vômitos são sinais de que você deve parar de correr, descansar e se hidratar. Fique com alimentos familiares. Seu jantar e café da manhã antes da corrida não são para experimentar algo novo. Sabendo que, naturalmente, você estará mais nervosa na manhã da corrida, pratique sua refeição pré-prova. Experimente alguns cafés da manhã nos dias de longão e veja o que funciona melhor. Evite alimentos que possam irritar o seu estômago Alimentos ricos em fibras, gordurosos, ricos em frutose e condimentados, assim como açúcar, podem fazer você correr para o banheiro. Portanto, comece a evitar já na noite anterior à prova, Se a cafeína tende a ser um problema, não tome café. Muitos géis, barras e bebidas esportivas contêm frutose, um tipo de açúcar que pode causar gases e inchaço, então evite experimentar. Os anti-inflamatórios não esteroides, como o ibuprofeno ou o naproxeno, podem irritar o estômago.


55

Estudo sobre COVID-19 em atletas profissionais Estudo foi feito pelo Strava e a Stanford University Como a pandemia COVID-19 perturba todos os elementos da vida diária, os atletas profissionais – que normalmente viajam pelo mundo, treinam em ambientes fechados e dependem de sua saúde física para seu sustento – foram afetados de forma única. Para entender melhor os desafios que os atletas profissionais enfrentaram, o Strava fez uma parceria com a Universidade de Stanford para um estudo com 131 atletas profissionais nos Estados Unidos. O novo estudo mostra os efeitos mentais, físicos e financeiros que a pandemia teve na comunidade atlética. Embora o estudo revele mudanças substanciais de comportamento, incluindo cronogramas de treinamento drasticamente alterados, ele também destaca a perseverança e a resiliência da comunidade atlética profissional durante um dos períodos mais desafiadores da história moderna.

“Está claro a partir do estudo que o COVID-19 teve amplas implicações na comunidade atlética, particularmente quando se trata de saúde mental”, disse a Dra. Megan Roche, pesquisadora clínica e candidata a PhD em epidemiologia da Universidade de Stanford. “Esta parceria com o Strava nos permitiu obter uma compreensão holística do que a comunidade atlética profissional mais ampla está passando. Combinado com a mudança do cenário do esporte e exercício, podemos entender melhor os impactos de longo alcance na comunidade atlética como um todo, junto com as possíveis intervenções.”


O autor sênior, professor de Stanford e médico de medicina esportiva, Dr. Michael Fredericson, disse: “As descobertas deste estudo ajudarão a orientar nossa abordagem para maximizar a saúde em atletas de elite em todo o país durante este período sem precedentes. Embora esteja incrivelmente impressionado com a coragem desses atletas profissionais, agora temos evidências claras do preço que isso está causando em sua saúde mental. O estresse descontrolado pode diminuir a resposta imunológica do corpo, bem como prejudicar a capacidade de se recuperar totalmente de exercícios intensos, e precisamos fornecer recursos adicionais para ajudar os atletas a enfrentar esses desafios.”

^ A roupa de borracha deve te manter aquecido... Potencia:

As principais conclusões do relatório Impactos do COVID-19 sobre atletas profissionais incluem:

Impactos na saúde mental Um em cada cinco atletas relatou dificuldade em praticar exercícios relacionados à saúde mental e motivação. Antes das restrições do COVID-19, 3,9% dos atletas relataram se sentir para baixo ou deprimidos mais da metade dos dias em uma semana, em comparação com 22,5% durante as restrições COVID-19, um aumento de 5,8 vezes.

56


57

Antes das restrições do COVID-19, 4,7% dos atletas relataram sentir-se nervosos / ansiosos mais da metade dos dias em uma semana em comparação com 27,9% durante as restrições do COVID-19, um aumento de 5,9 vezes.

Financeiramente 71% dos atletas pesquisados se preocupam em receber compensação financeira por suas atividades atléticas durante as restrições do COVID-19.

Mudança de hábitos 31% dos atletas relataram aumentar a duração das sessões de treinamento durante o período da pesquisa. 17% dos atletas relataram aumentar a intensidade das sessões de treinamento durante o período de tempo da pesquisa. Os dados de atividade do Strava indicaram que os atletas profissionais se exercitaram por 92 minutos por dia em média antes das restrições COVID-19 e 103 minutos por dia durante as restrições COVID-19.


58 A primeira metade do ano foi extremamente perturbadora para os esportes com o cancelamento de eventos esportivos globais, incluindo as Olimpíadas de 2020 e dezenas de maratonas proeminentes, incluindo a Maratona de Boston, a Maratona de Nova York e a Maratona de Chicago. No entanto, há indícios de que a comunidade atlética está começando a descobrir soluções para competir com segurança, incluindo a conclusão bem-sucedida do Tour de France e o interesse por maratonas virtuais.

“Atletas em todos os níveis contam com resiliência e perseverança para atingir seus objetivos e agradeço a franqueza dos atletas de elite que participaram e estão mostrando a outros atletas que não estão sozinhos em suas adversidades”, disse Michael Horvath, CEO do Strava.

Esta pesquisa foi realizada em parceria pelo Strava e pela Stanford University. Inclui as respostas de 131 atletas de resistência profissional verificados nos Estados Unidos, incluindo ciclistas, corredores e triatletas na plataforma Strava. Os atletas responderam a uma pesquisa de 30 perguntas e 114 atletas deram autorização para que seus dados de atividade fossem analisados. Pré-COVID-19 significa datas entre 1 de janeiro de 2020 – 14 de março de 2020 e durante COVID-19 significa datas entre 15 de março de 2020 – 20 de agosto de 2020. A pesquisa foi realizada de 12 de agosto de 2020 a 25 de agosto de 2020. A população de atletas profissionais foi: 44% corredores, 39% ciclistas, 11% triatletas, 6% outros.


59

Mirian Faria @fisioterapeutamirianfaria

Fisioterapeuta

Formas de recovery O Recovery é um processo de extrema importância na vida dos atletas e muitos estudos tentam identificar técnicas ou métodos para melhorar o desempenho esportivo. Entretanto, esse desempenho não depende apenas do treinamento, mas de um equilíbrio entre os treinos e a recuperação. Para que as adaptações ao treinamento ocorram de maneira esperada, é necessário o planejamento não somente das cargas, mas também dos períodos de recuperação do atleta. Dessa forma, as causas de uma lesão podem estar relacionadas com excesso de esforço repetitivo, sem que haja tempo suficiente para submeter ao processo reparador natural.

De acordo com alguns estudos, a capacidade de um atleta determinará a qual carga, em termos de volume, intensidade e frequência ele será submetido. Quando a carga for aplicada de maneira correta beneficiará a capacidade, aumentando a força, resiliência mental, massa óssea e com estímulos de treinamentos apropriados influenciará no desempenho dos atletas. Essas cargas devem ser controladas com seu Treinador e Fisioterapeuta, de forma progressiva a fim de produzir uma melhora contínua no tempo, pois o desequilíbrio entre carga e recuperação podem acarretar adaptações negativas, como a diminuição da capacidade do organismo em tolerar novas cargas.


Entende-se que as lesões esportivas têm etiologias complexas e multifatoriais, que não ocorrem em uma combinação linear de fatores preditivos isolados, mas a partir de interações da uma rede determinante. Por este motivo, é necessário compreender a interação entre capacidade e demanda. Quando a capacidade é superior à demanda do atleta ocorre uma adaptação, mas quando a capacidade é inferior à demanda acarreta em lesões.

Mas qual a melhor estratégia para recuperação dos treinos?

Em 2018, foi publicado um estudo para avaliar o impacto das técnicas de recuperação na dor muscular tardia (DOMS), fadiga percebida, dano muscular e marcadores inflamatórios após o exercício físico.

Massagem Esportiva Os estudos identificaram uma melhora significativa na dor muscular tardia, fadiga e biomarcadores inflamatórios após uma sessão de 20 a 30 minutos e este resultado pode ser percebido por até 96 horas após a terapia.

60


48 61

Botas de compressão Os equipamentos de compressão apresentaram uma redução da dor muscular tardia e fadiga, como a massagem esportiva, entretanto, de forma menos significativa que a terapia manual. Na prática clínica, esses itens são utilizados com os atletas durante as viagens, que apresentam muitas horas de voo.

Crioterapia O sucesso dessas terapias depende de qual técnica será aplicado, qual equipamento utilizado, qual a temperatura e o tempo de aplicação. A crioimersão e crioterapia também apresentaram uma redução da dor muscular tardia e fadiga.

Descanso ativo Os resultados mostraram que a técnica foi eficaz para dor muscular tardia, mas em um curto período de tempo. O efeito da recuperação ativa é explicado através do fluxo sanguíneo no tecido muscular, o que facilita a remoção de metabólico e pode contribuir para a redução de dor muscular tardia.


Contudo, quando falamos em recuperação dos atletas devemos considerar que o Recovery é um processo restaurador multifacetado, ou seja, cada atleta apresenta particularidades individuais. E por fim, devemos compreender que a recuperação não depende somente de fatores físico, mas também de fatores psicossociais, como a higiene do sono, estresse e ansiedade.


63

ENTREVISTA DO MÊS Marcelo Hirga Rotina de médico e triatleta Para parabenizarmos e comemorar o dia do Médico que foi em 18 de outubro, esses profissionais tão importantes para a sociedade, ainda mais no momento de Pandemia que estamos passando. Vamos bater um papo com ele que além de médico cardiologista com uma rotina apertada, ainda se dedica ao Triathlon. Com 3 IronMan Full e mais de 20 70.3 no cúrriculo, o Dr. fala um pouco de como é sua rotina para associar o trabalho, treinos e familia. Hirga fala ainda sobre como a COVID-19 pode afetar o coração e dos perigos que envolve o alto rendimento com doenças cardiacas, o papo ficou bem legal. Vem conferir na:


St:

PRIMEIRAMENTE, OBRIGADO PELA ENTREVISTA E PARABÉNS PELO DIA DO MÉDICO QUE FOI COMEMORADO DIA 18 DE OUTUBRO! QUEM VEIO PRIMEIRO, O MARCELO MÉDICO OU O MARCELO ATLETA. COMO COMEÇOU NA PROFISSÃO E NO ESPORTE?

Marcelo

Queria agradecer o convite e a sua iniciativa, parabéns pela revista. Em primeiro lugar veio o médico, lembro desde a infância com 7, 8 anos já lia livros de Biologia, sempre fui muito curioso. Com 14, 15 anos entrei naquele processo de colegial e a gente acaba sendo obrigado a tomar as decisões muito cedo na vida, na época eu morava em São Paulo capital e passei no vestibular de Medicina da Unesp em Botucatu, em 1986. Com 17 anos já tive a experiência de morar fora, viver em republica, numa cidade pequena, lembro da época de descobertas com saudosismo. O curso era de 6 anos com 3 anos de residência, ao todo com as especializações chegaram a 12 anos de estudos. Me formei médico cardiologista e intensivista. O Marcelo esportista sempre foi ativo, na infância fazia natação e judô. Com 30 anos e já quase me mudando para São José dos Campos, me encontrava bem acima do peso, resolvi entrar para a academia e nela havia um grupo de corridas de rua, comecei com 5km, 10km, quando vi estava treinando para a meia maratona e depois maratona. Em 2005 me inscrevi para um Biathlon, onde se nada e corre. Logo depois comprei minha primeira bicicleta após ver uma matéria sobre o IronMan em uma revista, mas só em 2010 considero que comecei a fazer o Triathlon de forma organizada. Desde lá fiz 3 IronMan, e por volta de 20 70.3, a partir daí o esporte faz parte da minha vida.

St:

CONTA UM POUCO PRA GENTE DE COMO É A SUA AGENDA SEMANAL?

Marcelo A minha rotina hoje é bastante agitada, trabalho em 5 hospitais e em 3 com hemodinâmica, 2 com UTI e mais meu consultório em Cardiologia. Meus deslocamentos do trabalho são grandes e os horários bastante incertos.

64


65

Geralmente meu dia como médico começa as 9 horas da manhã e não tem hora para acabar, é bem inconstante. Fora os finais de semana com emergências. Os treinos de semana são sempre as 6 da manhã, são mais técnicos específicos, volta e meia eu perco um treino, além de tudo ainda tem a família, meu filho mais velho faz faculdade fora e vem menos para casa, a Julia minha filha mais nova tem 6 anos e pede atenção. Não tenho a cobrança tão grande em riscar a planilha, busco mais qualidade de vida.

St:

COMO MÉDICO CARDIOLOGISTA, QUAL A IMPORTANCIA DE UM CHECKUP PARA NÓS TRIATLETAS AMADORES?

Marcelo As perguntas se interligam, o treinamento intenso de alto rendimento não é prejudicial ao coração, apesar de muita gente falar que é uma sobrecarga. Isso não é totalmente verdadeiro, existem provas que são mais agressivas ao coração, como as longas por exemplo. Considero os meio Irons excelentes e de bom tamanho para treinar e assimilar o cronograma. É essencial você ter uma ideia da sua condição atual de saúde, tanto clínica quanto mental, pra isso, o checkup cardíaco é importantíssimo em qualquer idade para descobrirmos qualquer cardiopatia, que aí sim, seria perigoso para a pratica esportiva. Mas sinto que hoje os atletas amadores estão bem mais ligados nessas questões. Tanto para provas menores quanto maiores.


St:

COM RELAÇÃO A COVID-19, TEM ALGUM ESTUDO QUE COMPROVA O VÍRUS E O MAL FUNCIONAMENTO DO CORAÇÃO APÓS A INFECCÇÃO?

Marcelo Olha Diogo, até onde eu li e pesquisei, não encontrei nenhum estudo comprovando a ação do vírus sobre o miocárdio. O que temos visto, é que quem contrai o vírus e já tem alguma doença cardíaca instalada, você pode ter um agravamento do quadro, ou o surgimento de outro. A COVID acaba repercutindo sobre as vias aéreas e essa respiração mais forte acaba sobrecarregando alguém que já tenha uma doença cardíaca. Outra coisa que acontece foi a queda no condicionamento físico com todas as restrições impostas, com isso veio o ganho de peso e a perda de massa magra que reflete na pressão arterial.

St:

FALA UM POUCO DAS PROVAS QUE JÁ PARTICIPOU? QUAL A MAIS DIFÍCIL ATÉ HOJE?

Marcelo Fiz minha primeira Maratona em São Paulo, 2009. Depois de comprar a bike fui para provas de Triathlon menores, fiz 4 Troféu Brasil que era disputado em Santos. Em 2011 fiz meu primeiro IronMan em Florianópolis, de lá pra cá fui pegando gosto por provas mais longas, depois em 2014 fiz outro em Fortaleza e em 2017 de novo em Floripa. A ideia era fazer outro esse ano, mas com tudo que aconteceu resolvi repensar a distância e focar nas provas de meia distancia. As condições climáticas tornam as provas mais marcantes do que a distancia em si, fui desde aguas congelantes em Cascais (Portugal), até o calor avassalador de Palmas ou do Rio de Janeiro. O mais difícil das provas é o treinamento, sabemos disso. São aqueles dias onde abdicamos de tudo para acordar cedo, deixmos de participar de momentos marcantes, com isso tudo, a familia fica de lado, e ter alguém comprrensivo ao seu lado faz a diferença, sou abençoado por isso. Um treinamento de Iron Full chega a 25 horas semanais, pedais de 6h, algo do tipo, é muito desgastante, mais do que a prova em si.

66


St: ESTÁ TREINANDO PARA ALGUMA PROVA ESPECÍFICA? Marcelo Esse ano ficou bem bagunçado devido a Pandemia, eu estava inscrito no 70.3 de Maceió, que foi prorrogado para agosto do ano que vem, usei esse ano para descansar e ficar mais nos treinos de manutenção. Fiquei sem nadar 6 meses, a ideia é fazer uma base boa. Normalmente escolho duas provas alvo por ano, provavelmente dois 70.3 a cada semestre. Procuro fazer provas em lugares diferentes para associar a prova ao lazer com a família.

St:

PARA FINALIZAR DR. O QUE TE MOTIVA NO ESPORTE? E QUAL É SUA PROVA DOS SONHOS?

Marcelo As motivações vão mudando, já foi perda de peso, saúde, sou hipertenso e asmático. Já fiz para buscar tempo, gosto de chegar bem treinado para as provas, uma preparação bem feita vale muito pra mim, meu sonho é sempre chegar bem. Sem falar que a família vai junto, e seu sonho é o sonho da sua família também, que abre mão de muito para que seu sonho se realize, valorizo isso. Fazer amigos, viajar, conhecer meus limites, são coisas que carrego desse esporte.



69

#VOCĂŠNASQUAD Novembro

Cristian

Ana

@tri_cristian

@anakavassaki

Silvio

Thiago

@silvscandiuzzi

@__tcarvalho


70

Claudio

@claudiorogerio2830

Marcelo

@marcellomillan

CĂŠsar

@cesarcoivo

Juliana

@jubueno_bikes

VinĂ­cius

@vbergstron

Nathan

@_naldivet


71

Depilação no esporte A depilação esportiva já foi considerada apenas vaidade. Mas, aos poucos,os estudos demonstram que retirar os pelos pode ser um diferencial em provas para atletas de alta performance. Isso porque pernas e braços raspados podem reduzir o tempo de prova na corrida, na natação e no ciclismo, além de facilitar a cicatrização de algumas lesões na pele.

Quais as vantagens da depilação esportiva?

Maior liberdade

Praticar natação pode ser um pouco mais complicado para as mulheres, já que as roupas de banho podem mostrar os pelos pubianos. Então, pode ser necessário fazer uma depilação com lâmina todos os dias, o que irrita bastante a pele e pode encravar os pelos. Por conta disso, a depilação esportiva pode ser um alívio, pois consegue trazer maior liberdade para a prática. E quando o assunto é natação, podemos falar também da depilação masculina. Muitos, antes de uma competição, depilam o peitoral e as panturrilhas com cera. Isso aumenta a sensibilidade da pele no meio já que haverá uma maior superfície de contato entre a água e o tecido epitelial.

Mais movimento A depilação é algo cultural e muitas mulheres acabam limitando os movimentos durante os exercícios para evitar que eles apareçam. A verdade é que não há nada para se ter vergonha, já que ter ou não pelos depende exclusivamente da sua escolha pelo que faz bem pra você e não existe nenhuma regra social que ultrapasse sua liberdade.


72

Uma pesquisa publicada no Journal of Science and Medicine in Sport teve resultados bem significativos: numa corrida de 100 metros, os corredores que não tinham pelos nas pernas conseguiram finalizar a corrida com 0,01 segundo a menos e, numa corrida de 42 km, essa diferença aumenta para 5,7 segundos. Para aqueles que praticam esporte profissionalmente, 0,01 pode ser o tempo suficiente para ganhar a prova. Mais uma pesquisa foi realizada comparando ciclistas antes e depois de depilar as pernas. Com a ajuda de um túnel de vento, alguns ciclistas foram convidados a pedalar por 40 km, primeiro com os pelos do corpo e depois sem eles. Em média, foram 70 segundos a menos para percorrer o mesmo trajeto quando os ciclistas retiravam os pelos. Para aqueles que tinham maior volume de pelos, a diferença foi de 82 segundos!


73

A depilação realmente ajuda nos esportes? Todos os benefícios que citamos acima são, em sua maioria, indiretos. A questão, por exemplo, da confiança e segurança durante a prova é bastante subjetivo, já que você pode se sentir melhor sem depilar e a escolha é sempre sua. Porém, basta analisar pela lógica. Por exemplo, alguém que pratica corrida precisa vencer a resistência do ar para correr o mais rápido que puder. Os pelos acabam gerando mais atrito e podem prejudicar a performance, aumentando a resistência. A gente pode não perceber, pois são bem leves, mas para aqueles que praticam atletismo, se depilar é uma diferencial competitivo.

Qual o melhor tipo de depilação?

Cera morna

É uma ótima opção se você deseja apenas fazer um teste para saber se a presença de pelos vai realmente melhorar o seu desempenho nos treinos ou não. Muitas pessoas, especialmente os homens, não se sentem confortáveis com a depilação com cera. Porém, hoje existem técnicas e ingredientes especiais que podem ser utilizados para tornar a depilação muito mais suave. Existem, inclusive, algumas técnicas que foram desenvolvidas especialmente para a depilação masculina. Você só precisa encontrar uma empresa que ofereça esses serviços e pode ser que tenha uma bem próxima.

Luz Pulsada

Quer uma depilação que dure mais tempo e assim possa trazer maior praticidade? Então, a técnica de luz pulsada deve ser a sua escolha. Isso não significa que estamos falando de uma depilação definitiva, até porque esse é um termo que é erroneamente utilizado pelas pessoas. O que a luz pulsada faz é reduzir a quantidade de pelos no corpo entre 80 e 85%.


A quantidade de sessões necessárias depende muito da área e da espessura do pelo. Normalmente esse número fica numa média de 10 a 12 sessões para as mulheres. Já no caso dos homens, esse número pode aumentar, já que estamos falando de um grupo que possui mais pelos espalhados pelo corpo. Os outros 10 ou 15% que voltam a nascer são bem mais frágeis. Assim, você pode fazer a manutenção da luz pulsada com apenas 1 ou 2 sessões a cada 12 meses. Lembre-se de seguir sempre as recomendações do profissional tanto antes quanto depois das sessões. Para ter bons resultados e melhorar a sua performance, é muito importante que você encontre um local com profissionais realmente capacitados para oferecer o melhor serviço. Usando a técnica certa, a depilação não precisa ser algo doloroso.

No final das contas, o efeito psicológico talvez seja o maior. Tudo que aumente sua confiança pode lhe ajudar a obter um desempenho superior, a chegar onde você não conseguia antes. Você vai parecer mais rápido e melhor, o que pode o tornar realmente mais rápido e melhor. Mais que um cuidado com o corpo, pense nisso como um cuidado para a mente, para seu ego.


75

Lucas Vilhena @lvtriathlon

Treinador de Triathlon

Explore as trilhas As corridas em trilhas vêm ganhando cada vez mais espaço e novos praticantes. Mas quem nunca se aventurou pelo meio da mata pode ficar em dúvida sobre o que levar para correr.

A Squad Tri e o Lucas Vilhena prepararam dicas te ajudar a se preparar para a modalidade e te ajudar a fazer a transição do asfalto para a terra.

Uma das principais diferenças da terra para o asfalto é a irregularidade do piso. Mesmo que seja um percurso simples, existe o perigo de pisar em buracos ou escorregar em pedras. O melhor jeito de evitar situações perigosas é estar com um calçado apropriado para trilhas, e meias longas de tecido sintético. Os calçados variam dependendo do nível de dificuldade do caminho, mas sempre trazem proteção extra para os dedos do pé. Fique longe de meias de algodão, elas retêm suor e causam bolhas no pé do corredor. Uma das desvantagens de estar tão próximo da natureza é que a ajuda humana se torna mais rara. Normalmente, as estações de água e comida são em menor número, chegando a nem existir em alguns casos. Vale a pena investir em mochilas de hidratação e pequenas comidas para carregar. Sachês energéticos, frutas secas e castanhas são boas opções, pois são leves e oferecem bastante energia. Para treinos de percurso livre, procure levar um equipamento com GPS. Diversas marcas oferecem relógios com localização geográfica e diversas outras funções. Outro equipamento que pode te proteger de situações complicadas é a lanterna de cabeça. O escuro pode ser um dos inimigos mais perigosos.


76

Uma das belezas de estar na trilha é o contato direto com a natureza, mas ela pode ser cruel se você estiver mal preparado. Checar a previsão do tempo sempre é sempre uma boa dica. A maior quantidade de insetos e a exposição ao sol podem causar problemas para os corredores. Para se proteger, basta usar um repelente eficiente e protetor solar próprio para a prática esportiva, que não escorre com o suor. É importante lembrar que o cuidado com a pele deve ser costume .

Treine em trilhas Se quer se preparar para a sua primeira corrida em trilha, você tem que correr em terrenos difíceis pelo menos 1 a 2 vezes por semana, começando com as suas corridas mais fáceis e curtas, até chegar às que sejam um pouco mais longas.


64 77

Busque subidas semelhantes Estude o perfil topográfico da prova. Ou seja, o comprimento das subidas principais e quanto de ganho ou perda de inclinação haverá naquela distância. Depois procure subidas próximas a você que simulem essas condições.

Quando você se sentir confiante ao correr em trilhas fáceis, em ritmo lento, acrescente 3 ou 4 semanas de repetições semanais. Após um trote de aquecimento, comece com 6x 2 minutos em esforço difícil. Depois, acrescente mais 1 repetição ou aumente um pouco o tempo (30 a 60 segundos) a cada semana. Trote na descida para se recuperar. Por fim, treine observar o terreno pelo menos 3 metros à sua frente para ver se há obstáculos; isso vai te ajudar a se deslocar mais rapidamente.


78

DOMINGO, 28 DE FEVEREIRO DE 2021 30 ANOS TRIATHLON INTERNACIONAL DE SANTOS´2021


79

Macaquinho ou top e bermuda? Triathlon é um esporte onde as vestimentas têm grande influência sobre o resultado de um atleta no dia de competição. Um escolha errada pode levar a dores, desconforto, perda de tempo e, até mesmo, abandono. Nenhum triatleta quer jogar meses e meses de treinamento devido a um erro na escolha da roupa adequada para competição. Independente de qual seja sua escolha, é necessário testá-la nos treinos e simulados antes de competir. Assim, não adianta deixar para pensar nisso somente na semana de prova, pois será tarde demais. Enquanto o macaquinho é uma opção mais rápida para provas curtas, o top e bermuda é uma opção mais versátil para provas longas. Você pode combinar uma bermuda com mais acolchoamento com um top com bolsos. O conjunto de duas peças é especialmente útil quando é necessário ir ao banheiro no meio da prova, o que se torna bastante complicado com o macaquinho. Em provas longas, há quem opte, por trocar de roupa na transição. Muitos atletas utilizam uma bermuda mais acolchoada e uma camisa ou top bem colado no ciclismo, trocando na T2 por uma bermuda ou short de corrida e uma blusa um pouco mais solta para a etapa final. O atleta deve considerar ainda se vai escolher modelos com manga, um pouco mais aerodinâmicos, mas um pouco mais quentes. A grande desvantagem dos modelos com manga é que você não pode nadar com eles se não for utilizar o wetsuit. Não é preciso ir muito longe para relembrar a época em que era comum ver atletas com top e sunga. Um bom exemplo para ilustrar essa fase é a estreia do Triathlon nas Olimpíadas de Sydney, há 20 anos atrás.

Com qual voce se sente melhor?


80

O SEGURO DE BICICLETAS É CARO?

X


64 81

A escolha entre top e bermuda ou top e sunga, acaba sendo uma opção muito particular. Vale a pena, e é até mais prudente, realizar testes para saber com qual roupa o atleta se sentirá mais confortável. Muitos atletas consideram impossível ou, no mínimo, muito incômodo pedalar de sunga. Outros não se preocupam com isso e fazem até mesmo provas longas. Entre o macaquinho com zíper na frente ou atrás, surge outra dúvida, mas essa possui certa lógica que pode ajudar na hora da escolha. O fato de a ITU ter limitado o uso apenas ao macaquinho com zíper atrás tem uma explicação: visualmente, fica mais limpo e a distribuição dos nomes dos atletas e seus respectivos países fica mais legível, além, é claro, da melhor organização das logomarcas dos patrocinadores expostos. Assim como a opção do top e sunga é muito particular entre os homens, o maiô para as mulheres também se torna uma opção bastante pessoal. Entre as mulheres, um exemplo muito conhecido de todos os triatletas é a brasileira Fernanda Keller, uma das pioneiras do esporte no país, que sempre compete de maiô. O tipo de tecido é muito importante. Evite os que retenham água, como o algodão, eles aumentam o peso quando molhados e costumam gerar queimaduras devido ao atrito. O tecido precisa ser elástico por três motivos: flexibilidade dos movimentos, evaporação rápida e aerodinâmica. Enfim, cada opção oferece seus prós e contras, cabe ao atleta ponderar qual o atenderá melhor na hora da competição. Para as mulheres, vale ainda considerar a forma específica para seu corpo, além do visual mais estiloso. Caso exista a possibilidade de testar mais de uma opção, melhor ainda, assim a decisão será mais precisa e a chance de ocorrer algum imprevisto é muito pequena. A regra de ouro aqui é não testar nada no dia da prova. Use seus treinos para também identificar o que funciona melhor para você.


69

squad tri


83

Atleta

Ricardo

Gerente de projetos, Graduado em Administração de Empresas (PUC-SP)

O que o Triathlon representa para voce?

Um estilo de vida, que me fortalece, motiva e equilibra o lado pessoal com o de trabalho, sinto que meu corpo pede e sei que depois de treinar fico mais motivado para encarar o dia. É mais do que um esporte!


84

Favoretto

da vez

Quais as maiores provas que já fez?

Na distancia olímpica já são incontáveis Triday Series, Troféu Brasil, Internacional de Santos, Brasileiro de Triathlon e EV Tri. Já no 70.3 são 7 provas no currículo, destas 1 Mundial disputado em Nice/França (2019). No ciclismo vale destacar os 3 L’Etape Brasil, 1 L’Etape França e 4 GFNY.

Como é sua agenda de treinos e alimentação? De 6 a 7 dias por semana, sendo destes ao menos 3 dias em 2 períodos. Com relação a horários, encaixo conforme meu trabalho permite. O ciclismo (principalmente pedais longos) tento manter rotina na parte da manha. Corrida a mesma coisa, porém por vezes troco para o período do início da noite. Natação sou fiel ao horário do almoço, e fortalecimento encaixo conforme der, mas normalmente cai em final de tarde. Quais as proximas provas e qual a prova do sonho? Apesar de estar mirando o L’Etape Brasil em Campos do Jordão (Dez/20), minha periodização de treinos já esta focada no 70.3 de Florianopolis (Abril/21). Desejos são muitos. No Triathlon, definitivamente pisar em Kona um dia. No ciclismo sem dúvidas um Haute Route e um Brasil Ride. Na corrida a Maratona de NY.




Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.