SQUAD TRI n°13 - Julho 2021

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ENTREVISTA COM

HERICSON COSTA

NO ATLETA DA VEZ

NATÁLIA GUILHERME

MATÉRIA PRINCIPAL

Edição 13 - JUL. 2021

NUTRIÇÃO PERFORMANCE FISIOTERAPIA FOTOGRAFIA MEDICINA ESPORTIVA NOTÍCIAS CURIOSIDADES

COMO BATE O SEU CORAÇÃO?


@squadtriathlon


REVISTA DIGITAL DE TRIATHLON


Apoio:




Vida e Maratona Quando Kipchoge diz que maratona é vida, dá um ar quase sagrado a uma metáfora que, se não é original, foi explorada nas mais diversas formas. Uma delas, na música Marathon, da banda Rush. A letra é do baterista Neil Peart, músico falecido em janeiro de 2020 em decorrência de um câncer no cérebro, escritor e principal compositor das letras da banda. Não era maratonista, mas foi ciclista e motociclista de viagens de longa distância, sobre as quais escreveu livros. Além da letra, a música, com acordes também do vocalista Geddy Lee e do guitarrista Alex Lifeson, émarcada por alterações no ritmo, além de passagens com batidas progressivas, que em entrevista de 2011compara a correr uma maratona enquanto resolve uma equação. Sem mencionar em nenhum momento na letra a palavra marathon, que dá nome à composição, o trio toca e canta a canção descrevendo, de fato, uma longa corrida e o que ela envolve: a ânsia de chegar, os obstáculos, a vontade e persistência necessárias, e a glória. Deixa para o trecho final o que seria a correlação mais evidente do enlace de propósitos da maratona e da vida, citando passagens retiradas de outros contextos, oportunamente explicados por Peart numa entrevista (1986): First you got to last (“Primeiro você tem que aguentar”). A linha de chegada da música é a de largada na crônica do escritor e médico sanitarista Moacyr Scliar, “Maratona e resiliência.”3 No texto publicado no jornal gaúcho Zero Hora em 24 de maio de 2008,diferencia resistência de resiliência, enquanto tece comentários sobre a maratona de Nova York, realizadaenquanto esteve na metrópole. Pontua o fato de a longa corrida ter um último colocado e reflete sobre o que move uma pessoa a buscar uma linha de chegada quando não há ninguém mais atrás dela. Elege a resiliência que, em sua análise, vai além da resistência, que seria “aguentar o tranco”. Trata-se de crescer diante dodesafio e da crise, ou, usando a concepção da física, o poder de um material voltar à forma anterior após tersido deformado por um “tranco”. Cerca de um ano antes, o escritor havia tratado a mesma temática em “A maratona e a vida”, publicada em 26 de maio de 2007. Nessa, porém, resgata a mitologia grega das origens da maratona ao referenciar os desafios da vida, que por vezes assumem a forma de exercício físico: “A maratona disso é um clássico e impressionante exemplo. É uma homenagem a Feidípides, o soldado grego que correu de Maratona a Atenas para anunciar a seus conterrâneos a vitória sobre os persas”. E teria morrido em seguida, como dá conta a lenda. O que faz o escritor relacionar a empreitada da jornada quilométrica à vida, quando encerra a crônica: “(…) não é só o exercício físico, o lado emocional conta muito, porque, ao fim e ao cabo,trata-se, como em muitos aspectos de nossa existência, de vencer um desafio. A corrida éDiogo a vida. Feidípides sabia disso muito Diogo bem”. Oliveira

Oliveira por

Diogo Oliveira


MATÉRIA PRINCIPAL: Mal súbito em atletas Nutrição:

Carolina de Paula Dietas restritivas

Giro de Notícias

Mundo, Brasil e Região

Medicina do Esporte:

Tri Curioso

Vinícius Sobreiro

Pâmella Oliveira

O medo após a lesão Fisioterapia:

Mirian Faria

Mobilidade x Flexibilidade

#VOCÊNASQUAD

Performance:

Atleta da Vez

Lucas Vilhena

Natália Guilherme

Eficiencia na corrida

Fotografia:

Walter Magalhães

Memes do Triathlon

ENTREVISTA SQUAD TRI Hericson Costa


Um novo conceito em preparação esportiva

@apice.sports


MATÉRIA PRINCIPAL Mal súbito em atletas

N

o último dia 12 de junho, durante a partida de futebol entre as seleções da Dinamarca e Finlândia, pela Eurocopa, uma cena chocou o mundo. No final do primeiro tempo, o dinamarquês Christian Ericksen desmaiou enquanto corria em direção à bola. Ele permaneceu inconsciente por alguns minutos, deixando todos aflitos. Depois de ser atendido em campo, foi levado ao hospital de ambulância. Eriksen tranquilizou seus fãs ao postar uma foto no hospital. O jogador informou que já estava se sentindo melhor. Apesar de ainda não se saber exatamente o que levou ao desmaio, fato é que o atleta sofreu uma parada cardíaca e ressuscitou devido à compressão torácica e ao uso de desfibrilador, segundo informado pelo médico da seleção dinamarquesa durante entrevista coletiva. Agora, foi confirmado que Eriksen passará por uma cirurgia para implantar um marcapasso, dispositivo que controlará seu ritmo cardíaco.

A parada cardíaca súbita ocorre quando seu coração para de bater inesperadamente. Pense nisso como uma espécie de problema elétrico. Enquanto um ataque cardíaco – que geralmente acontece quando um coágulo bloqueia o fluxo sanguíneo para o coração – é mais um problema de encanamento. No entanto, um coágulo não é o fator desencadeante. Mesmo assim, ainda não se sabe o que pode causar essa “doença elétrica primária sem causa específica identificada”.

AO CONTRÁRIO DE OUTRAS DOENÇAS CARDIOVASCULARES, COMO HIPERTENSÃO E ARRITMIAS CARDÍACAS, O MAL SÚBITO NEM SEMPRE ESTÁ RELACIONADO AO SEDENTARISMO COMO MUITOS PENSAM


A incidência da morte súbita na população geral fica por volta de 0,5%, mas, em atletas, salta para 1%. Já nos esportistas de alta performance chega a 1,5%. Em média, um a três em cada 100.000 atletas jovens considerados saudáveis desenvolvem uma anormalidade do ritmo cardíaco de início súbito e morrem repentinamente durante a prática de exercícios. Homens são atingidos até 10 vezes mais frequentemente do que mulheres. No ano passado, o triatleta profissional Felipe Manente, de apenas 31 anos, um dos principais nomes da modalidade no Brasil, sofreu um mal súbito enquanto treinava em Florianópolis e faleceu. De acordo com a apuração dos médicos, ele estava nadando na piscina do clube em que treinava quando sofreu uma parada cardíaca. O catarinense se destacava em provas de longa distância, com participações nos mundiais da categoria entre 2011 e 2014. Manente foi socorrido em um primeiro momento pelo treinador Filipe Corradini, depois pelo SAMU que chegou ao local, mas não resistiu. Nos últimos anos o triatleta era um dos responsáveis pela organização do Fodaxman Extreme Triathlon, evento realizado na serra de Santa Catarina com 3,8km de natação, 180 km de ciclismo e 42 km de corrida.

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INFELIZMENTE, ESSE FOI APENAS UNS DOS CASOS RECENTES QUE ACONTECERAM NO MUNDO. VÁRIOS TRIATLETAS PROFISSIONAIS JÁ FALECERAM POR PROBLEMAS CARDÍACO, COMO O ATLETA OLÍMPICO FRANCÊS LAURENT VIDAL. MUITOS OUTROS TIVERAM QUE INTERROMPER SUAS CARREIRAS, COMO O DINAMARQUÊS TORBJORN SINDBALLE, O ALEMÃO NORMAN STADLER – BICAMPEÃO EM KONA O ARGENTINO LUCAS COCHA E O BRASILEIRO EDUARDO KLEINÜBING. A nossa equipe conversou com o Dr. André Brito @drandreflbrito e o Luis Magalhães, atleta da equipe 300Triathlon que recentemente passou por um caso semelhante:

Olá Diogo e todos os leitores da SQUAD TRI.

Resolvi relatar meu caso, ocorrido no mês passado, que baseado no meu perfil poderá ajudar outras pessoas. Faço esportes a vida toda.

O esporte é parte da minha vida assim como o ar que eu respiro, é ele quem me ajuda na minha pessoal e profissional todos os dias, que me conecta com minha essência. Joguei basquetebol no Tênis Clube de São José dos Campos, joguei futebol na Austrália, vôlei de e futebol de praia, nadei entre vários outros esporte, ou seja, sempre fui ativo.

Para se ter ideia do problema, um estudo feito pela Annals of Interne Medicine com mais de nove milhões de participantes de triathlon em três décadas (1985 a 2016), mostrou que 135 pessoas morreram repentinamente ou tiveram uma parada cardíaca, sendo 107 delas mortes súbitas. No geral, 90 mortes e paradas cardíacas ocorreram durante a natação, ou seja, mais de 66% das mortes ocorreram na água. Além disso, as vítimas tinham 47 anos em média e 85% eram do sexo masculino.


LUÍS MAGALHÃES


Por isso, a importancia dos exames de rotina. Falaremos a seguir!

Porém, desde que voltei para SJC, depois de 26 anos fora, sou atleta amador de Triathlon há dois anos e meio, sendo assim eu tenho todos os meus exames em dia e com resultados excelentes (VO2), Ecocardiograma, Eletrocardiograma colesterol, carótidas etc). Meu médico insistiu em fazer um último exame de tomografia com contraste, baseado no fato do meu pai ser cardíaco e lembro que eu dizia que não achava importante devido aos resultados dos exames citados acima.

(SEPARADOS, SOMOS UMA GOTA. JUNTOS, SOMOS UM OCEANO)

“Apesar desses dados, os três esportes do Triathlon, são em si, perigosos, por causa da alta intensidade envolvida. Seja profissional ou amador, o atleta sempre quer explorar o máximo da sua performance, esse é o risco maior”. Explica o dr. André Brito: Cardiologista Clínico, Intervencionista e Intensivista. “Isso infelizmente é incontrolável, muitas vezes o atleta não percebe o esforço que está imprimindo”.

Dr. André Brito que mora no mesmo condomínio, veio me trazer o pedido do exame em mãos, uma vez que eu estava adiando a fazê-lo, ele ressaltava em outros tempos sua preocupação com a morte súbita entre atletas tanto amadores como profissionais.



Ainda sobe o estudo, os dados da autópsia mostraram que doenças cardiovasculares clinicamente silenciosas estavam presentes em uma proporção inesperada de falecidos, sugerindo a necessidade de os participantes conhecerem seu risco antes da prova. Para um atleta de esporte coletivo, é sugerida uma avaliação médica anual, no início do ano esportivo, e outra após qualquer doença que ele tenha tido durante o ano, seja gripe ou até mesmo uma desidratação.

Feito o exame, outro médico fantástico Dr. Marcelo Nacif constatou imediatamente uma lesão de 50% de obstrução nas coronárias do coração e em um ponto muito nobre do órgão.

Fiz um cateterismo de emergência e foi constatada uma lesão mais grave que a esperada e colocaram um Stent (um pequeno tubo expansível de malha) no coração.

Minha recuperação tem sido ótima, super bem, já voltei a nadar, dar trotes e meu foco é o Mundial em 2023! E graças a esses profissionais hoje ainda continuo no esporte, tenho mais longevidade na vida e gratidão com o médico Dr. André Brito que é um profissional estudioso, focado, com olhar para o detalhe, especializado no assunto e acima de tudo humano, o que está em falta nos dias de hoje!

Já nos esportes individuais e de alta intensidade, como o Triathlon, natação em mar aberto ou maratona, é indicado que avaliação seja feita, no mínimo, a cada seis meses.



“Não adianta achar que só porque não sente nada, não precisa fazer exame. O atleta tem que fazer, principalmente exame do que mata, que é o coração” diz o especialista. Ele ainda alerta para a avaliação periódica com um cardiologista E não so os exames de rotina, determinados atletas precisam de exames muito mais especificos.

Um outro estudo publicado em 2012 na New England Journal of Medicine, fez-se uma análise muito semelhante entre corredores de maratona e meia maratona buscando mortes súbitas e paradas cardiorrespiratórias entre 2000 e 2010 nos EUA. Desta vez, o número de incidentes foi bem menor comparado ao triathlon.

“O coração muda de tamanho e forma em atletas, então o exame vem diferente”. Outro problema em questão é que, cria-se um estigma de que o exercício pode fazer mal, o que não é verdade O esporte não mata, e sim as doenças não valorizadas e não diagnosticadas, o esforço exagerado e superar limites sem estar preparado.

59 mortes súbitas entre quase 11 milhões de participantes registrados. Cabe ressaltar que 40 mortes foram na maratona e a minoria na distância mais curta. Considerando que há muito mais praticantes de corrida do que de triathlon, o número de desfechos foi significativamente maior (mais que o dobro por 100 mil pessoas) no esporte que o atleta pratica as modalidades (natação, ciclismo e corrida).

“O esporte não mata, e sim as doenças não valorizadas e não diagnosticadas, o uso de muitos carboidratos refinados, frutas doces e sucos refinados em excesso, mesmo pessoas que treinam muito e tem pré disposição para diabetes e outras doenças relacionadas a resistencia de insulina. Ela cria o hábito de se alimentar com esse tipo de comida e quando acontece alguma coisa que ela tem que ficar parada, ela mantem o estilo de alimentação, e com isso acaba ganhando muito peso. É importante que os atletas amadores tenham essa consciencia.”

Novamente os homens são mais afetados e a faixa etária também entre 40 e 50 anos teve a maior incidência de desfechos. Neste estudo entre corredores, além da constatação da doença cardíaca isquêmica como maior causadora das mortes, conseguiram alguns dados entre 8 sobreviventes. O principal fator preditor de sobrevivência após uma parada cardíaca foi a manobra de ressuscitação proferida prontamente por um leigo.


“A CADA MINUTO DE ATRASO NO USO DO DESFIBRILADOR, PERDE-SE 10% DE CHANCE DE SOBREVIDA. SE PASSAR MAIS DE DEZ MINUTOS SEM ATENDIMENTO, O INDIVÍDUO VAI A ÓBITO”.

Esses sintomas sentinelas costumam ser mais leves, como uma dor no peito que pode se irradiar pelas costas, mandíbulas e até pelas mãos. Tendem a começar leves e somem quando param o esforço físico. Elas podem durar de uma a duas semanas até que vem o infarto, esse sim, podendo ser fatal.”

O dr. André ainda ressalta: “Com relação a detecção precoce de doenças, as pessoas que estãi na meia idade, ou seja, acima dos 30, 35 anos e estão sendo submetidos a treinos importantes de Triathlon, elas devem ter um acompanhamento cardiológico periódico, primeiro para começar o esporte, e segundo, que as coisas acontecem. Todo ano sem excessão. É baseado nesse checkup a gente lança mão de exames mais específicos que é o que eu usei com o Luís, a angiotomografia coronária, é um exame que me mostra se tem obstrução nas artérias, um exame anatômico. Infelizmente, testes de esteiras e similares, não são tão precisos, pois você não está vendo a anatomia, você está vendo só a repercussão. O problema é que pessoas que estão bem treinadas, elas tem a tendência de ter uma tolerância maior as isquemias e você não pega nesses exames as alterações. Por isso, eu tenho a tendência de pedir mais exames a certos tipos de pacientes. Atenção aos sintomas sentinelas, quando o seu corpo pede pra você descansar, ou quando tem alguma dor estranha, não força.

O QUE FAZER QUANDO ALGUÉM SOFRE UM MAL SÚBITO? A primeira coisa a fazer é checar se a pessoa está acordada. Em caso negativo ou se ela estiver respirando com dificuldade, pergunte se há um desfibrilador no local e alguém treinado para utilizá-lo. Enquanto o aparelho não chega, é necessário ligar para o Samu (no 192), informar o que aconteceu e já iniciar as compressões torácicas. Ajoelhe ao lado do indivíduo e coloque as duas mãos, uma em cima da outra, no meio do tórax, com os braços esticados. Devem ser feitos de 100 a 120 movimentos por minuto. Elas têm que ser realizadas nesse intervalo para o órgão se encher e esvaziar no ritmo certo. Se houver desfibrilador no local, recorra ao aparelho. Ele detecta de forma automática se a vítima precisa levar choque ou não. Independentemente do resultado, após o uso do equipamento reinicie as compressões até que o socorro chegue.




SJC


Gravity 3/2mm Back Zip Full Wetsuit Opção perfeita para os triatletas que procuram isolamento térmico, flutuação e liberdade nas mangas. Menos recortes reduzem o atrito e incrementam a velocidade. Também possiu zíper PK emborrachado nas costas brindando maior vedação. 3mm 19° a 23°

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Giro de Notícias Começa o Tour de France A 108ª edição do Tour de France, o evento de ciclismo mais antigo do mundo, começouno sábado (26) e vai até o dia 18 de julho na França. A largada acontece em Brest, região da Bretanha, e a chegada será em Paris – depois de 3.417 km pedalados e 21 etapas disputadas. As três primeiras etapas estão marcadas para os trajetos Brest – Landerneau (197.8 km); Perros-Guirec – Mûr-de-Bretagne (183.5 km) e Lorient – Pontivy (182.9 km). No Tour de France, os atletas irão encarar quatro tipos de percurso como os planos, de média montanha, montanha e as de contrarrelógio. Centenas de ciclistas de 23 equipes disputarão o título de 2021. No ano passado, o vencedor foi o esloveno Tadej Pogacar da UAE Team Emirates. O pódio teve na sequência o compatriota Primoz Roglic da Jumbo-Visma e o australiano Richie Porte do Trek-Segafredo. Serão 23 equipes que disputam o Tour de France 2021 e, além de Julian Alaphilippe, há outros favoritos da armada francesa como David Gaudu e Guillaume Martin.

Quem também deve figurar sempre no Top 10 são os eslovenos Tadej Pogacar e Primoz Roglic; o australiano Richie Porte; os espanhóis Alex Aranburu e Pello Bilbao; o holandês Wilco Kelderman; os colombianos Nairo Quintana e Rigoberto Uran, além dos veteranos e multicampeões Vincenzo Nibali (ITA) e Chris Froome (GBR). O Tour de France 2021 será transmitido pelos canais de TV por assinatura ESPN e TV5 Monde. O horário das transmissões varia entre as etapas, mas usualmente começa por volta das 10 horas (de Brasília). O Tour de France é disputado em 21 etapas com dois dias de descanso, se encerrando em Paris no dia 18 de julho.


Jan Frodeno X Lionel Sanders Tudo começou no dia 8 de junho, quando Frodeno postou em seu Instagram um vídeo pedindo para seus seguidores sugerirem um novo desafio. E teve de tudo um pouco: desde sugestões para uma nova classificação para as Olimpíadas, até participação no Tour de France e brincadeiras como a de Cameron Wurf: ‘sugiro não fazer nenhum treino desde hoje até o mundial de Ironman em Kona’. Mas um comentário ali deu mais o que falar do que os outros. Lionel Sanders digitou: ‘você sabe onde me encontrar. Em qualquer lugar, a qualquer hora.’ O desafio nasceu de uma brincadeira nas redes sociais, e agora os dois estarão frente a frente no dia 18 de julho no evento que virou realidade. Batizado como ‘ZWIFT TRI BATTLE Royale’, terá a distância de um full Ironman, e acontecerá no cenário digno de cartão postal da cidade de Allgarü, Alemanha. De acordo com informações oficiais, terá transmissão ao vivo para o mundo todo. Todas as regras do triathlon internacional de longa distância serão seguidas – sem vácuo, sem táticas ilegais, sem suporte externo. Dito isso, a intenção da prova não é apenas inspirar a comunidade de endurance, mas atingir um público muito mais amplo.

“Essa batalha frente a frente sem distrações é o objetivo do esporte”, diz Frodeno. “Tenho o maior respeito por Lionel e a ideia de correr com ele motiva-me a acordar todos os dias e continuar a melhorar; me levar para o próximo nível. Ele é a estrela em ascensão do nosso esporte, mas não estou disposto a renunciar ainda. Lionel é um atleta incrível e um dos meus competidores mais ferozes. Ele estava mais do que pronto para o desafio. ” Frodeno continua: “Allgau sempre representou um lugar feliz para mim. Já corri aqui no meu aniversário e estou extremamente grato pela ajuda que já nos deram para tornar este evento possível. ” “Este evento é a oportunidade de uma vida”, diz Sanders. “Passei 10 anos aprimorando minhas habilidades de competição frente a frente. Não acho que alguém tenha tanta experiência quanto eu em corridas do tipo mano-a-mano. Portanto, ter a oportunidade de mostrar minha maior força contra o melhor cara do mundo é realmente uma oportunidade que não posso perder. Uma vitória sobre Jan provavelmente seria o ponto alto de toda a minha carreira. ”




100 IronMan em 100 dias! O canadense James Lawrance, 45 anos, chegou finalmente ao 100º dia e finalizou o 100º Full Triathlon consecutivo, um recorde, em 3,8k de natação,180km de ciclismo e 42km de corrida, todos os dias, durante 100 dias.

“Você não chega a este lugar a menos que se machuque. Se isso fosse fácil, ninguém se importaria.”

“Foi nos dias em que lutei, nos dias em que sofri, que os corações foram tocados. Se você procurar muito, obterá recompensas. As coisas que vão te assustar Com uma rotina diária agressiva, ele foi acompanhado por todo a comunidade de são as que vão fazer de você um camUtah, onde é baseado, até os últimos me- peão. Se tivéssemos sabido como isso tros da Maratona, conquistando o grande seria difícil, nunca o teríamos feito. Então, eu desafio todos vocês a apertar o cinto, objetivo. enfrentar isso e se tornarem campeões”. “Não acredito que estamos aqui hoje. As pessoas me perguntam o que eu ganho com isso?, ele continuou: “Para mim foi comunidade, amizades, camaradagem, risos. Eu não consegui acreditar como a comunidade do ciclismo saiu as ruas para me apoiar. ” Em 2015 James Lawrance completou o desafio 50/50/50, que ele recapitulou no livro Iron Cowboy – Redefine the Impossible, e um documentário chamado Iron Cowboy – a história dos 50-50-50. Agora em 2021, este Guerreiro de 45 anos de idade, dobrou o desafio, mas enfrentou logo no início problemas com a sua canela, tendo que recorrer ao uso de uma “cinta de carbono” para percorrer as maratonas andando.


Alistair Browlee não vai as Olimpíadas Com sua seleção descartada, praticamente anunciada pelos “Selectors ingleses”, com relação as duas vagas inglesas para os Jogos de Tóquio, o bicampeão olímpico Alistair Brownlee entregou que precisa de cirurgia, recuperação e depois o foco na provas longas, após sua performance na WTCS Leeds onde se envolveu em um acidente na natação e foi desclassificado. Através de sua conta no Twitter, bicampeão (Londres 2012 e Rio 2016), anunciou, entre outras coisas, que vai focar nas provas de longa distância. Confira suas palavras: “Não era assim que eu queria que minha última prova da série World Triathlon acontecesse. Lutei com uma lesão no tornozelo por três meses e fiz todo o possível para melhorar e ficar em forma para competir. Eu sabia que precisava de muita sorte hoje e não era para ser. Acho que a Grã-Bretanha tem um ótimo time indo para as Olimpíadas e desejo tudo de bom para eles. Alex Yee, (jovem britânico campeão da prova de Leeds) teve hoje um desempenho excelente. Eu sei que meu tornozelo precisa de cirurgia há um tempo. Meu foco será ficar saudável novamente e, em seguida, triathlon de longa distância no futuro.”

Lucy Charles e George Goodwin são campeões europeus de 70.3 Os ingleses dominaram neste domingo o Campeonato Europeu de Ironman 70.3 disputado em Elsinore na Dinamarca. George Goodwin com a melhor meia maratona do dia em 1h08min, superou o atual campeão, o americano, Rudy Van Berg em prova muito disputada. Na terceria colocação ficou o alemão Jan Stratmann. A diferença entre primeiro colocado e o 5º foi menor do que 1min30s, mostrando o alto nível da disputa. No feminino a inglesa Lucy Charles continuando com a sua forma avassaladora, marcou as melhores parciais de natação, ciclismo e corrida, vencendo de ponta a ponta. Ela saiu da natação com a espanhola Sara Perez Sala e, a partir daí, definiu a prova, já com uma vantagem de 3min. sob a campeã mundial do Ironman Anne Haug. Ela dominou a compatriota e atual campeã Holly Lawrence, por mais de 5min, na linha de chegada, com a atleta local Camila Pedersen completando o pódio em terceira. Lucy Charles foi a 16ª geral entre todos os competidores.


Reinaldo Colucci e Pamella Oliveira vencem Copa Brasilia de Triathlon Um dia seco e frio, típico da Capital Federal nessa época do ano, recebeu os triatletas para a 2ª etapa da Copa Brasília de Triathlon. Com o patrocínio da PTO e uma premiação de $15.000.00, o evento reuniu a nata da categoria profissional.

No feminino a capixaba Pâmella Oliveira liderou de ponta a ponta e venceu com mais de 10min de vantagem. A grande supressa do dia foi a performance da mineira Larissa Fabrini, que fazia sua estreia na categoria profissional.

No masculino, depois de uma natação embolada, após 1500m de natação, os principais nomes favoritos já se posicionavam na frente para os 60km de ciclismo. No começo foi Reinaldo Colucci que puxou na frente, depois veio Santiago Ascenço. Quando Igor Amorelli foi a frente, conseguiu finalmente abrir do grupo, por volta do km25, e no final da bike já tinha 1min para Colucci e Santiago. Mais atrás vinha o paulista Fernando Toldi.

Depois de um bom ciclismo, como de costume, a triatleta entregou a bike na 4ª colocação e acabou chegando ao vice-campeonato ao ultrapassar Gisele Bertucci e Bruna Stolf, marcando a melhor parcial do dia para os 15km em 1h02min.

Na corrida tudo foi definido, quando Reinaldo Colucci mostrou sua excelência e a melhor corrida do dia. Ele assumiu a liderança antes do primeiro retorno e foi abrindo vantagem, dominando a prova com quase 3min de vantagem sobre Santiago Ascenço. Igor Amorelli, o líder até então, foi caindo de produção e acabou em quarto, quando foi ultrapassado pelo paulista Fernando Toldi. O triatleta olímpico Diogo Sclebin, com uma ótima corrida, acabou chegando na 5ª colocação em sua estreia e provas longas.

A Copa Brasília foi um sucesso e ainda reuniu quase 400 triatletas amadores, que com com todo protocólo de segurança contra o Covid, saborearam a adrenalina e emoção do desafio da competição.


IronMan anuncia evento em Israel O Ironman Group está adicionando um evento totalmente novo ao seu calendário de provas de 2021 com o Ironman 70.3 Tiberias. Este é o primeiro evento da Ironman a ocorrer em Israel e será organizado de forma independente e operado localmente pelo licenciado Comtecgroup, com sede em Tel-Aviv. O evento inaugural está programado para 12 de novembro de 2021. “Como organizadores locais, é um sonho que se tornou realidade trazer um evento Ironman a Israel”, disse Daniel Benaim, fundador e CEO dos organizadores locais, Comtecgroup. O evento oferecerá 40 vagas de qualificação para o 2022 IRONMAN 70.3 World Championship em 10-11 de dezembro de 2022, em Taupo, Nova Zelândia. As inscrições gerais para o Ironman 70.3 Tiberias abrirão em 1 de julho de 2021

Copa Mundial de Triathlon Huatulco Tyler Mislawchuk chegou ao México parecendo um homem com uma missão e saiu com ela totalmente cumprida, uma segunda Copa Mundial de Triathlon Huatulco com ouro em seu nome e um trampolim perfeito para Tóquio 2020. Depois de um furo no pneu ter colocado um freio em seu retorno em Lisboa, no mês passado, nada além de um pódio teria satisfeito o número um do Canadá. Seriam prata e bronze para o Brasil, com Manoel Messias em segundo na linha seguido do companheiro de treino Miguel Hidalgo, o jovem emocionado ao subir ao primeiro pódio no circuito. A grande emoção foi a performance dos brasileiros nos 5km finais, depois de entregarem a bike no pelotão líder após 20km de ciclismo. Messias ainda chegou a atacar o canadense no final mas recebeu um contra-ataque, chegando apenas 12s atrás. Hidalgo, que vinha disputando com o espanhol e um americano, conseguiu se impor, fechando o pódio e chegando para o abraço do seu companheiro de treinos Manoel Messias, foi emocionante e um resultado inédito para o Brasil. Danilo Pimentel chegou na 37ª colocação.


CAROLINA DE PAULA Nutricionista

@clinica_emagrecimento

E

Dietas Restritivas

las podem ter resultados extremos, mas nem sempre do jeito que você imagina. Muitas vezes elas até ajudam a perder peso rapidamente. Porém, as consequências podem ser graves. Além da possibilidade de engordar de novo no futuro, o seu corpo pode ser privado de nutrientes importantes para funções básicas. A dieta restritiva é aquela que incentiva o indivíduo a deixar de consumir algum macronutriente, os componentes da alimentação que são fundamentais para o corpo humano, como proteínas, carboidratos e gorduras. A famosa “dieta lowcarb” é um exemplo, cujo protocolo é reduzir drasticamente ou praticamente zerar o consumo de carboidratos.

IMEDIATISMO TALVEZ SEJA A TENDÊNCIA GLOBAL ATUALMENTE.

Em todas as áreas da vida, as pessoas buscam soluções para ontem, sejam elas relacionas ao trabalho ou às próprias relações pessoais. Como era de se esperar, no esporte o cenário não é diferente. Mas nem sempre os meios rápidos para buscar resultados compensam. O imediatismo normalmente está atrelado à busca de performance. A busca descompensada pelo resultado rápido, em casos mais extremos, pode levar um atleta a entrar no mundo das substâncias ilícitas (doping). No caso da nutrição, nota-se a busca por uma composição corporal perfeita atrelada por metas de curtíssimo prazo, o que leva à adoção de dietas extremamente restritivas. Dietas restritivas em carboidratos e pobres e proteínas podem, ainda, sobrecarregar os rins e desregular o metabolismo.


AVEIA

CHIA


ALÉM DISSO, TAMBÉM SEGUNDO O MINISTÉRIO DA SAÚDE, A REALIZAÇÃO DESSAS DIETAS PODE PROVOCAR A CETOACIDOSE (FALTA DE INSULINA NO ORGANISMO), CARACTERIZADA POR SINTOMAS COMO: HIPERGLICEMIA (ELEVAÇÃO DA GLICOSE NO SANGUE), VÔMITOS E DIFICULDADES RESPIRATÓRIAS. Mas tenham cuidado, dietas restritivas estão associadas a alguns riscos importantes:

1- Poucos nutrientes: normalmente as dietas restritivas levam à redução/exclusão de frutas (fontes de fibras, vitaminas e antioxidantes). A falta de vitaminas pode aumentar o cansaço físico, fadiga, além da possível queda da imunidade. Já a falta de fibras é prejudicial para absorção de nutrientes e equilíbrio intestinal. Enquanto os antioxidantes auxiliam na eliminação de radicais livres produzidos pela atividade física.

2- Redução excessiva de carboidratos: quando associada à atividade física de alta intensidade, pode ocasionar uma rápida depleção do glicogênio muscular e consequente queda de performance e piora na recuperação pós treino. 3- Redução ou ingestão desordenada de proteína: a redução ou a ingestão demasiada de proteína podem acarretar na perda de massa muscular ou na sobrecarga do s istema renal, o que gera um desequilíbrio da flora intestinal.

AS DIETAS DE BAIXO CONSUMO DE CARBOIDRATOS E ALTA EM PROTEÍNAS PODEM ELIMINAR OS EFEITOS BENÉFICOS DO EXERCÍCIO. Em um estudo científico realizado pelo departamento de Cinesiologia e Nutrição da Universidade da Califórnia, liderado por R. James Barnard, analisou os efeitos que são gerados em nível cardiovascular de uma dieta paleolítica combinada com atividade esportiva intensa (Triathlon) em um grupo, comparando com uma dieta vegetariana com exercício moderado (caminhada) em outro grupo.


O estudo concluiu que os resultados positivos derivados da atividade física regular, tais como redução do colesterol, triglicerídeos e açúcar no sangue, podem ser diminuídos se o exercício vem acompanhado de uma dieta de características paleolíticas. No grupo paleolítico, evidenciou uma redução de 10% do peso, mas:

AUMENTO DE 20% DO COLESTEROL LDL (COLESTEROL RUIM) REDUÇÃO DO COLESTEROL HDL (COLESTEROL BOM) AUMENTO DE 18% DA PLACA ATEREOCLERÓTICA Já no grupo de vegetarianos foi obtido uma redução de 20% do colesterol LDL, diminuição de 20% da placa atereoclerótica, apesar de tratar-se de uma dieta que continha 65% composta de carboidratos (não refinados). Podemos ficar com algumas ideias positivas a respeito da Dieta Paleo, como a eliminação de gordura trans, lácteos, redução de açúcares refinados e aumento considerável do consumo de verduras.


Seguirei insistindo na ideia de que a melhor dieta para uma pessoa é a que é equilibrada, que venha da terra (frutas, verduras, leguminosas, sementes e nozes) e com boas e corretas fontes proteicas. Partindo desta ideia base, é possível estruturar um plano nutricional adequado para a atividade que realize. Cada esporte possui diferentes exigências físicas, pois cada atividade gera desgastes a variados níveis fisiológicos e grupos musculares, requerendo uma específica estratégia de recuperação de tecidos e de administração de cargas calóricas em distintos momentos e quantidades. Desta maneira, a essa dieta adaptada à sua modalidade esportiva sempre se poderá adicionar alimentos, possibilitando que se experimente o que te gosta mais, até que encontre sua “dieta ideal”. Lembrando sempre que cada corpo é diferente. Por isso, não tem muito segredo, para resultados eficazes e permanentes é necessário um planejamento alimentar de fácil execução, sustentável e contínuo, sem exageros. Adesão é a palavra-chave.

PORTANTO, VAMOS LARGAR O IMEDIATISMO, COMEÇAR HOJE E SEGUIR FIRMES NO PLANO ALIMENTAR RUMO AO OBJETIVO MAIOR QUE É A SAÚDE E A LONGEVIDADE NO ESPORTE.

MANTENHAM BONS HÁBITOS PARA A VIDA. A COMPOSIÇÃO CORPORAL E A PERFORMANCE DESEJADAS SERÃO POSITIVAMENTE AFETADAS NO LONGO PRAZO, DE FORMA NATURAL E SAUDÁVEL.



3 COISAS QUE VOCÊ NÃO SABIA SOBRE

^ Pamella Oliveira

A triatleta brasileira de 33 anos vem despontando no cenário mundial com ótimos resultados. Medalhista de bronze nos Jogos Pan-Americanos de 2011. Ela também conquistou medalhas nos Jogos Sul-Americanos de 2014 e obteve um tricampeonato no Ironman 70.3 do Rio de Janeiro, além de representar o Brasil em duas Olimpíadas.

Briga por inclusão

Pamella é uma das mulheres do esporte (junto com Marta, do futebol. Amanda Nunes do MMA e a surfista Maia Gabeira) que lutam por igualdade nos salários, patrocínios e premiações em provas. O movimento LUTE COMO UMA MULHER ganha cada vez mais força. Apoiamos!

Nadadora profisional

Pamella nada desde muito nova, aos 5 anos começou a dar as primeiras braçadas numa escolinha de natação ao lado da sua casa. Ela conta que a piscina tinha apenas 10 metros e parecia gigante na época. Ela chegou a ser confederada em provas de sprint e aos 13 já sustentava a casa com o salário de atleta.

Inicio sofrido no Triathlon

Não foi fácil fazer a transição de nadadora para triatlta. Pamella conta que “A transição foi difícil, pois com o corpo de nadadora, não tinha os membros inferiores preparados para o impacto. No início foi difícil pois já vinha do alto rendimento, tinha todo uma parte cardio-respiratório preparada com a natação, mas a parte muscular da perna, tendões… não estava preparada para o esporte. Tive dois anos com muitas lesões e acabei não progredindo muito pois acabava sempre lesionando. Demorou um pouco para passar essa fase negra”



VINÍCIUS SOBREIRO Médico do Esporte

@dr.viniciussobreiro

É

Medo após lesão

normal e necessário ficar um tempo afastado dos treinos depois de sofrer uma lesão. Muitas vezes, porém, mesmo quando a dor física passa, um tipo diferente de incômodo permanece: a dor emocional ou psicológica. Assim como acontece no esporte profissional, vez ou outra, pode ocorrer uma lesão no esporte amador e voltar à prática esportiva depois de ter se machucado causa um pouco de medo. É muito comum o atleta ter receio de voltar a praticar esportes ou exercícios após uma lesão que exigiu um período de afastamento de suas atividades. Mesmo sendo considerado apto, existe, em maior ou menor grau, uma memória da dor e da limitação causadas pela lesão, mas isso pode ser minimizado com um bom processo de reabilitação. Um dos critérios para liberar o retorno ao esporte é o conforto do atleta na execução dos movimentos.

Mesmo assim, algum desconforto pode surgir. Caso venha a ocorrer, deve-se relatar a queixa ao médico que, com os demais profissionais envolvidos no tratamento, avaliará se o sintoma é ou não relevante. Um passo importante é não ignorar a lesão nunca. Toda lesão deve ser valorizada e bem conduzida, tanto pelos profissionais de saúde quanto pelo atleta, afinal uma lesão tratada de forma inadequada pode trazer prejuízos, por vezes, irreversíveis.

O PRIMEIRO CUIDADO QUE O ESPORTISTA DEVE TOMAR PARA VOLTAR A SE EXERCITAR SEM MEDO É SEGUIR TODAS AS ORIENTAÇÕES DO MÉDICO. Se a indicação é parar totalmente com a atividade física, fazer fisioterapia ou tomar remédios, só um especialista pode dizer, de acordo com cada caso.


A partir do momento que ocorreu a lesão, um médico habilitado a tratar de lesões esportivas deve ser consultado. Neste momento, faz-se o diagnóstico e define-se a melhor opção de tratamento. Importante ressaltar que existem lesões que são de tratamento clínico e outras em que a cirurgia é a melhor escolha. O médico do esporte faz uma comparação que deve ser levada em conta principalmente por aqueles que tentam pular etapas. Instituída a forma de tratamento, ela deve ser seguida e respeitada pelo paciente, do início ao fim da reabilitação. Pode-se dizer que um processo de recuperação de lesão é um treinamento, porém em condições específicas. Caso as etapas não sejam cumpridas, o risco de uma recidiva ou até mesmo de uma nova lesão é iminente. Quando todas as etapas da reabilitação são realizadas de maneira adequada, respeitando o tempo de reparo dos tecidos envolvidos, esse risco diminui consideravelmente.Também não adianta ir ao médico quando se machuca, cumprir o que ele disse na primeira consulta e não voltar para ele fazer uma nova avaliação.

É fundamental que a liberação final do atleta para voltar ao esporte seja realizada pelo médico assistente. Durante o tratamento, o fisioterapeuta, o educador físico e os demais profissionais envolvidos no tratamento têm papel preponderante.

DIVERSOS TESTES CLÍNICOS PODEM SER EMPREGADOS PARA AVALIAR A POSSIBILIDADE DE RETORNO, MAS A RESPONSABILIDADE DA LIBERAÇÃO FINAL DEVE SER SEMPRE DO PROFISSIONAL MÉDICO. A participação de um educador físico é fundamental, pois ele pode incentivar a se recuperar o mais rápido possível e retornar aos treinos sem hesitar. Às vezes, o evento traumático é tão grande para a pessoa que ela passa a ter medo de treinar só para não passar pelas dores de novo. A musculação, no caso de um corredor ou ciclista, por exemplo, faz parte do ganho de confiança. É preciso tratar a lesão com um ortopedista e um fisioterapeuta e, principalmente, controlar a mente para poder seguir em frente. Voltar ao condicionamento físico anterior é rápido, basta seguir as orientações corretas.



hawi.com.br


#VOCÊNASQUAD Julho

Paula @pauladias_carioca

Amanda @amandapimentel3

Tico

Diego

@ticoth

@diffigueiredo


Erica

Saulo

@ericab_tris

@sguedeslh

Nathan

Gabriele

@nathan_zimmer

Andreia

@andtri_silva

@ilcosagabi

Vanessa

@vangarcia21


MIRIAN FARIA Fisioterapeuta

@fisioterapeutamirianfaria

Flexibilidade X Mobilidade

I

nfelizmente esses termos são usados como sinônimos e acabam causando confusão. Flexibilidade pode ser definido como a capacidade dos tecidos serem esticados sem causar lesões. Existe, claro, diferentes definições que você pode encontrar na literatura. Encontramos também definições como flexibilidade passiva e flexibilidade ativa. Flexibilidade passiva refere-se a maior amplitude de movimento que se pode assumir em uma articulação através de forças externas como o peso do corpo, um parceiro ou uso de aparelhos. Flexibilidade ativa é a maior amplitude de movimento alcançada usando apenas a contração muscular (vo2). Quando em desequilibrio levam a condições geralmente degenerativas da coluna devido a mobilidade alterada das vértebras. No geral, esses músculos são atendidos através de pilates e RPG.

A flexibilidade pode ser influenciada por fatores externos como temperatura e por fatores internos como como elasticidade dos tecidos moles, sexo, idade, tipo de articulação. A flexibilidade pode ser limitada por encurtamento de tecidos como o músculo, fáscia, cápsula articular ou ligamentos e também por degeneração dos tecidos conjuntivos como cartilagem e menisco ou até mesmo adaptações que bloqueiam o movimento na articulação. E mobilidade? Mobilidade está mais próximo da flexibilidade ativa, através da contração muscular eu movo minha perna, por exemplo por uma determinada amplitude de movimento e posso permanecer com a perna em uma determinada posição. Para isso eu preciso de uma boa qualidade dos tecidos moles, mas também estabilização, coordenação neuromuscular e propriopceção para poder manter o movimento.


A flexibilidade pode ser melhorada através de alongamento (clique aqui para ler mais) e outras atividades. E a flexibilidade é um dos componentes da mobilidade que também pode ser melhorada. Pode ser que você seja bem flexível, mas não consiga realizar um determinado movimento, simplesmente porque falta força ou coordenação para executar o movimento. Existe uma lacuna entre a flexibilidade e a mobilidade, quanto menor for essa lacuna, menor será seu risco de lesão. Isso acontece porque você terá maior controle do movimento em diferentes amplitudes. Uma forma de mostrar a diferença entre mobilidade e flexibilidade, é que geralmente mensuramos a flexibilidade de forma passiva (o atleta é avaliado e o avaliador executa o gesto) e a mobilidade é mensurada de forma ativa (o atleta executa o gesto durante a avaliação sem a interferência do avaliador). Exemplo: um atleta deitado no chão, quando estão alongando seus posteriores de coxa, ele fica parado e quem alonga é outra pessoa, isso significa que o referido atleta está alongando com o intuito de manter ou aumentar seus níveis de flexibilidade. No caso da mobilidade, usando o mesmo exemplo (posteriores de coxa), o atleta levantará a perna (flexão de quadril) até onde ele

conseguir sem a interferência do avaliador. Nesse caso, estaremos avaliando o nível de mobilidade do atleta, pois para executar esse gesto – ele teve que estabilizar o tronco contraindo a musculatura abdominal, ter uma ótima flexibilidade dos isquiotibiais e força de flexores de quadril para conseguir levantar as pernas. Quanto maior o alcance, melhor será sua mobilidade. Outro aspecto importante de se considerar é para que você precisa ser flexível? Que atividade você faz no seu dia à dia que exige flexibilidade? Um músculo curto/encurtado pode aumentar o risco do desenvolvimento de lesões, mas se você não é atleta, que tipo de atividades realiza que precisa de flexibilidade? E agora pense um pouco nos tipos de atividades que você faz para ampliar sua flexibilidade (normalmente alongamento). Será que o alongamento que você faz é adequado ao seu objetivo? Em suma o termo mobilidade e flexibilidade não são sinônimos. Uma boa flexibilidade e mobilidade são fundamentais para um praticante de esportes, pois evita lesões e contribuir para um melhor desempenho físico.


Crioterapia



Atleta

Natália ELA TINHA UMA VIDA ROTINEIRA, QUANDO RESOLVEU DESBRAVAR OUTROS ARES. CONHECEU O TRIATHLON NO EQUADOR. ATUALMENTE MORANDO EM PORTUGAL, FAZ PARTE DA EQUIPE DO CNATRIL – CLUBE DE NATAÇÃO E TRIATLO DE LISBOA, E FALA QUE O ESPORTE ESTÁ SEMPRE ABRINDO AS PORTAS. APRECIE A TRAJETÓRIA DA TRIATLETA E SE INSPIRE!

CONTA UM POUCO DA SUA HISTÓRIA NO ESPORTE PARA NÓS! eu tinha a vida redondinha e encaminhada, mas não me sentia completa. Queria ver o que havia no mundo além da zona de conforto. Antes de ir para o Equador eu fui para Portugal passar férias, e surgiu essa oportunidade de ir conhecer o Equador. Pensei muito, mas fui com data para voltar. Mas as coisas foram se encaixando lá e decidi ficar por 1 ano, e ao final foram 3 anos! Eu tive muita coragem em deixar a vida que tinha para encarar o desconhecido. Sou muito grata por tudo que tive, e mais ainda por ter vivido tudo o que vivi e aprendi nestes 3 anos no Equador. Nada no mundo paga essa experiência de crescimento pessoal.

FOI NO EQUADOR QUE VOCÊ DESCOBRIU O TRIATHLON? Eu já vivia há 2 anos no país, praticava crossfit e gostava de correr. De triathlon eu só sabia o que era, pois vi provas da Fernanda Keller na adolescência e achava aquilo sensacional. Até que um amigo me mostrou um vídeo sobre dois atletas amadores que foram a primeira vez ao mundial do Ironman em Kona. Aquilo virou qualquer chave dentro de mim, me emocionou de tal maneira que eu decidi naquele momento que era o que eu queria fazer. Em poucas semanas comprei uma bicicleta e fui atrás de um treinador. Encontrei a atleta e treinadora Karina Navarrete. Conversamos enquanto pedalamos e foi ela quem me preparou para o meu primeiro Ironman 70.3. Superar não só os desafios físicos e mentais, mas a rotina de treinos e tudo o que gira em torno para ser um triatleta. O triathlon mudou a minha vida, sem dúvida foi e é o meu maior aliado na luta contra a depressão!


Guilherme

da vez

COMO O ESPORTE TE AJUDOU NESSA ADAPTAÇÃO? Sem dúvidas o triathlon ajudou muito nesse processo de integração nesse novo país. Eu já tinha vindo a Portugal algumas vezes para passar férias e sempre me identifiquei com o país e sua cultura. Posso dizer que foi relativamente fácil a adaptação e o esporte me abriu portas. Aliás, o esporte abre portas onde quer que se vá. Comecei por fazer só corrida nos primeiros meses até me organizar, e depois busquei nas redes sociais uma equipe de triathlon e um treinador.


O QUE AS PESSOAS VÃO ENCONTRAR NO SEU INSTAGRAM? O meu Instagram é totalmente voltado para o triathlon e eu partilho as minhas rotinas de treinos, com o intuito de motivar principalmente as mulheres a se mexerem, saírem da sua zona de conforto e irem em busca dos seus sonhos. O blog veio a seguir, desde que eu comecei a perceber que gosto de escrever, e tem sido uma experiência legal. Recentemente me abri sobre um tema que ainda é tabu, a depressão, e foi lá no blog que me senti à vontade de partilhar como eu sobrevivo todos os dias a esta doença. O site ainda está em construção, é todo criado e idealizado por mim, e ainda estou a descobrir o caminho que quero seguir ali. Tudo o que eu faço e partilho com as pessoas vem do coração e é feito com carinho.

COMO SE DÁ O APOIO DAS MARCAS AO TRIATLETA? Há várias formas de apoiar um atleta, seja profissional ou amador, seja com patrocínio ou com apoio. O patrocínio é a ajuda monetária que uma marca/empresa/ pessoa que se compromete com o atleta durante a sua época desportiva. O apoio difere do patrocínio, pois não implica ajuda financeira, mas sim com a prestação de um serviço ou viabilização de equipamentos, ou de um espaço. Hoje em dia, com as redes sociais, é muito comum que as marcas se associem a atletas em geral que comuniquem bem, e gostem de divulgar a sua rotina. É o meu caso, pois aliei o meu gosto por comunicar com a minha rotina de treinos, e assim, consegui apoios de algumas marcas, tanto em nível nacional como internacional. Cito aqui as marcas que estão comigo nessa jornada: Em Portugal – Fyke, LX Foot, Iswari, Petmania Vet / Internacionais: On Running, Hammer Nutrition, Absolute Black, Speedsix Wheels.Tivemos tempo para trabalhar outras áreas que muitas vezes deixamos de lado, como o trabalho de força e alongamentos. Mantivemos a preparação para que assim que voltassem as competições estarmos todos preparados. E foi o que aconteceu. Recentemente a Federação de Triatlo de Portugal retomou as atividades e os campeonatos nacionais, e nós do CNATRIL – Clube de Natação e Triatlo de Lisboa – estivemos presentes em peso, com muitas conquistas individuais e por equipa. Em particular eu fui vice-campeã nacional no meu age group e estou mega contente com este resultado. No dia 03 de outubro, se tudo correr bem, teremos o Campeonato Nacional de Longa Distância que será definido em apenas uma prova, e nós do Cnatril estamos muito focados para dar a nossa melhor prestação e subirmos no lugar mais alto do pódio.



LUCAS VILHENA

Treinador @lvtriathlon de Triathlon @lvtriathlon

I

^ Eficiencia na corrida

remos enfatizar três componentes essenciais que te ajudarão a melhorar a sua técnica de corrida aumentando a sua eficiência. Mas afinal, o que é ser eficiente na corrida? É visar a economia de movimento em função de um menor custo energético, fazendo com que a performance seja incrementada da maneira mais adequada. Toda vez que um corredor me questiona como melhorar o seu padrão de movimento, a minha resposta imediata é: tenha paciência, pois não será da noite para o dia que isso irá mudar. O que quero dizer é que não adianta corrigir a todo momento o padrão de um corredor, pois a partir do momento que ele deixa de pensar em sua postura quando corre, o padrão antigo volta a prevalecer. Correr de forma eficiente não precisa ser complicado. Se olharmos os corredores que correm com uma excelente técnica, iremos perceber que existem muitas variações de movimentos com similaridades.

As fibras brancas ou de velocidade, que corredores de longa distância têm em menor quantidade, podem ser mais importantes que as fibras vermelhas. Elas precisam ser trabalhadas até a exaustão e assim ter a quantidade máxima de tensão que seu músculo pode gerar em um padrão específico de movimento e em uma determinada velocidade, assim melhorar a sua eficiência na corrida. Nosso corpo possui diferentes tipos de manifestação da força. Além da máxima, considera-se a absoluta, a de resistência (ou resistência de força), a isométrica, a concêntrica, a excêntrica e a potência entre outras forças e todas elas precisam fazer parte da sua rotina de treinos onde o sucesso está relacionado em acertar a intensidade do treinamento, sendo considerada a variável mais importante do treinamento de força, uma vez que a melhoria do desempenho está atrelada ao seu aumento.


PODEMOS PERCEBER NESTES CORREDORES TRÊS COMPONENTES QUE AJUDAM NA EFICIÊNCIA DA CORRIDA: TRONCO LIGEIRAMENTE INCLINADO A FRENTE MOVIMENTO DOS BRAÇOS CADÊNCIA


Você deve estar se perguntando, o que eu ganho se eu inclinar ligeiramente o meu tronco para frente? O ganho com a inclinação é enorme, você aproveita a gravidade que te leva para frente sendo mais eficiente, economizando energia, diminuindo o risco de lesão e stress nas articulações. O corredor que corre com inclinação exagerada ou para trás com a carga inicial do contato do pé com o solo atrasada (a frente do corpo) podem ter as seguintes dores: Síndrome da dor fêmoropatelar, tendinite patelar e outras. O movimento dos braços é um componente chave da simetria rítmica, pois proporcionam uma ação coordenada dos membros superiores com os inferiores. Movimentar os braços de forma incorreta na corrida contribui para um gasto de energia maior e aumenta do risco de lesão no corredor. Já a cadência que é mensurada pelo numero de passadas por minuto está diretamente ligada a carga de impacto que a corrida pode produzir no seu corpo e na forma de conduzir a sua técnica da corrida. Atletas com cadência abaixo de 160 SPM (passadas por minuto), com contato inicial do pé com o solo a frente do corpo, provavelmente terão uma passada grande com oscilação vertical alta aumentando o risco de lesão e o gasto de energia.

Diminuindo o comprimento da passada com o aumento da cadência fará o corredor ser mais rápido reduzindo o risco de se machucar. Com o comprimento da passada mais curta, o atleta também pode mudar a posição da aterrissagem do seu pé. Imagine que a aterrissagem ideal do pé é abaixo do quadril, sendo este o ponto do centro de gravidade do atleta. Lembrando que o ponto do centro de gravidade do atleta é onde o impacto produz o menor stress. Em média atletas amadores correm com a cadência entre (165-175 SPM). Já atletas de elite possuem cadência entre (175-185+ SPM). Atenção! Não adianta aumentar a cadência se o contato inicial do pé com o solo estiver errado, é muito importante você conversar com seu treinador para corrigir a sua técnica. É possível fazer um péssimo movimento de corrida com a cadência em 180 SPM.

MINHA SUGESTÃO TECNICA É Adicione uma meta de aumentar a sua cadência em 5%. Se você corre com a cadência a 160 SPM, sua meta é chegar a 168 SPM. Insira em um ou dois treinos nas duas primeiras semana com períodos curtos praticando 30 segundos no seu velho estilo de corrida com 30 segundos


Na terceira semana mude para 30 segundos no seu velho estilo de corrida com 90 segundos no novo estilo. Na quarta semana você já estará correndo no seu novo estilo. Depois de estar correndo confortável na sua nova cadência é só aumentar a meta de novo até atingir o número que deseja. Não esqueça do fortalecimento muscular. Existem vários tipos de exercícios de pliometria como saltos de alta reatividade, saltos em profundidade, múltiplos, baixa reatividade e por último baixo impacto que seriam os saltos no lugar, onde a intensidade vai variar em função de sua condição física atual, sendo aconselhável conversar com o treinador ou professor na academia.

TODOS ESTES PONTOS REFORÇAM A COMPLEXIDADE DE UMA MODALIDADE QUE PARECER SER TÃO SIMPLES, PARA QUEM TEM O OBJETIVO DE CORRER POR MUITOS ANOS E APROVEITAR AO MÁXIMO SEU POTENCIAL PARA ALCANÇAR METAS AMBICIOSAS E EVOLUIR CONSTANTEMENTE NO ESPORTE.


Memes do Triathlon


Lubrifique a sua corrente! AUMENTAR A LONGEVIDADE E MELHORAR O FUNCIONAMENTO DO SISTEMA DE TRANSMISSÃO DA BICICLETA COMO UM TODO. NO CASO DAS BIKES, OS PINOS DA CORRENTE GIRAM DENTRO DAS PLACAS LATERAIS DA MESMA E TAMBÉM FICAM EM CONTATO COM AS ENGRENAGENS DO CASSETE E COROA. TODOS ESSES CONTATOS POSSUEM ATRITO, QUE GERAM MAIOR DESGASTE QUANDO NÃO LUBRIFICADOS. UMA CORRENTE LUBRIFICADA DURA MUITO MAIS. SEM LUBRIFICAÇÃO, OS PRÓPRIOS PINOS DESGASTAM MAIS RAPIDAMENTE AS PLACAS LATERAIS E A SI PRÓPRIOS, O QUE FAZ COM QUE A CORRENTE SE ALONGUE. O ATRITO DOS PINOS COM OS DENTES DAS ENGRENAGENS, TANTO DOS CASSETES, COMO DAS COROAS, TAMBÉM FAZEM COM QUE ESTES SE DEFORMEM. PARA PIORAR, QUANTO MAIS ALONGADA A CORRENTE, MAIS ELA IRÁ DESGASTAR ESSAS ENGRENAGENS, QUE SÃO COMPONENTES MAIS CAROS. POR ISSO, QUE É IMPORTANTE TROCAR A CORRENTE QUANDO ELA JÁ ESTIVER NUM PONTO (DE ALONGAMENTO) EM QUE COMPROMETA AS ENGRENAGENS. ALÉM DE PIORAR O FUNCIONAMENTO, NÃO LUBRIFICAR A CORRENTE PODE FAZER COM QUE ELA CHEGUE NUM PONTO QUE SIMPLESMENTE QUEBRE POR TER FALHA NUM DOS PINOS.


WALTER MAGALHÃES Fotógrafo do Esporte @waltermagalhaes_tri

ALTA VELOCIDADE


NA PISTA


FERVENDO A ÁGUA


SOB O SOL DO URBANOVA


1.

ENTREVISTA DO MÊS Hericson Costa Treinador Ganhou destaque e r espeito na cidade. Sempr e com um sor riso no r osto e disposto a mudar vidas, o cara criou a MOVER , que auxilia pessoas não só a cor r er, mas também a ter uma vida mais saudavel.

N

ascido em Cr uzília, o mineir o de 30 anos, marido da Monique e pai de tr es lindas crianças (Catarina, Vicente e o r ecém chegado, Augusto). O cara ainda ar r umou tempo para se for mar em Educação Física e fundar uma das maior es assessorias espotivas de São José dos Campos. Na adolescencia praticou basquete e skate, mas foi na Cor rida Rua onde

A ENTREVISTA DO MÊS é com meu grande amigo, Hericson Costa. Que ainda pr etendo ver em algumas pr ovas de Triathlon, apr oveitem o papo e conheçam um pouco mais dessa figura!


É UM GRANDE PRAZER FALAR CONTIGO MEU AMIGO, VOCÊ É INSPIRAÇÃO PARA NÓS TODOS! CONTA UM POUCO DA SUA HISTÓRIA, COMO CONHECEU O ESPORTE. FALE UM POUCO DE VOCÊ!

HERICSON

Eu que me sinto muito honrado de poder me juntar ao esquadrão. Vamos lá, desde pequeno tive incentivo para a prática esportiva dada a minha tendência para a obesidade. Passei pela Capoeira, Futebol, Natação, Taekwondo, Skate e Basquete, este último foi minha paixão, cheguei a ser atleta federado, participei de campeonatos estaduais e regionais. Sempre enfatizo que as minhas vivências no Esporte moldaram minha personalidade, principalmente o Basquete, por ter vivido um nível mais alto de treinamento, o que forjou muitas virtudes. Ou seja, não foi por acaso que escolhi a Educação Física como minha profissão.Me formei em 2014 e desde lá atuo cuidando das pessoas através do exercício físico.

POSSUI UMA DAS MAIORES ASSESSORIAS DE CORRIDA EM SÃO JOSÉ DOS CAMPOS, PARA QUEM AINDA NÃO CONHECE, O QUE É A MOVER?

HERICSON

A MOVER – em português mesmo – nasceu da ideia de mover o corpo, a mente e a alma através do exercício físico e tudo que o envolve. A princípio, a Mover estava exclusivamente direcionada para a Corrida de Rua e o fortalecimento específico para corredores e depois se expandiu para outros objetivos. Hoje, a Assessoria Mover oferece treinamento personalizado, treinos de corrida de rua, treinamento funcional em grupo e alguns serviços online.

O QUE TEM FEITO NA PANDEMIA PARA CONTINUAR MOTIVANDO OS SEUS ALUNOS?

HERICSON Adotei algumas estratégias de desafios mensais para os corredores. Senti que a falta de provas tirou um pouco da dinâmica dos treinos. Muitos ficaram desmotivados por não terem provas alvo para treinar. Os desafios acabaram dando uma boa retomada na frequência e intensidade dos treinos.


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EM RELAÇÃO A MOVER, QUAIS SÃO SEUS PLANOS PARA O FUTURO?

HERICSON Atualmente, estou trabalhando para reabrir o C.T. MOVER, que inaugurei em Março de 2020, duas semanas antes do decreto de lockdown e infelizmente tive que fechar. Pretendo, em 2022, reinaugurar o centro de treinamento e expandir o trabalho online, que deu um salto neste último ano.

ESTÁ LANÇANDO UM E-BOOK PARA CORREDORES INICIANTES NÉ, CONTA UM POUCO DELE PRA GENTE!

HERICSON

Exato, decidi reunir algumas informações que agrupei ao longo destes anos de trabalho com a iniciação da corrida. É um manual com orientações de fácil aplicação para as pessoas que desejam sair do zero e, ao menos, correr continuamente seus cinco ou dez quilômetros. Nele explico sobre formas de progressão, volume, intensidade, frequência dos treinos, fortalecimento, alongamento e mais algumas informações.

COMO ENXERGA O MERCADO DE CORRIDA DAQUI A ALGUNS ANOS? DEIXE UMA MENSAGEM E OS SEUS CONTATOS PARA QUEM QUISER TE PROCURAR NAS REDES SOCIAIS.

HERICSON Acredito que as corridas voltarão a ter as mesmas características do período “pré-pandêmico”, tenho acompanhado algumas provas internacionais e têm demonstrado um cenário de retomada muito otimista. Daqui alguns anos, as provas de corrida, provavelmente, contarão com mais tecnologia e inovação, mas serão aqueles mesmos eventos que tanto amamos, com as arenas cheias, alegres, muita energia boa e histórias de superação. Agradeço imensamente pelo convite e me ponho à disposição da Revista Squad Tri para o que precisarem. Como mensagem, deixo meu lema de trabalho que é: COMEÇAR E RECOMEÇAR, SEMPRE! Sabendo que isto vale para tudo na vida, sempre teremos momentos de começar, parar, desacelerar e, o mais importante, RECOMEÇAR. Se precisar de algo basta me procurar no Instagram @hericsonpersonal.


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