Edição 9 - MAR. 2021
COMO É O MUNDO DO ALTO RENDIMENTO e por que ele não é saudável
NUTRIÇÃO PERFORMANCE FISIOTERAPIA MEDICINA ESPORTIVA NOTÍCIAS CURIOSIDADES
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VOCENASQUAD
ATLETA DA VEZ
Arion Bergman
ENTREVISTA COM
THALES HENRIQUE
REVISTA DIGITAL DE TRIATHLON @ squadtriathlon
Apoio:
1.
O que nos espera? O ano de 2020 trouxe um vazio para o esporte. O adiamento de competições mundo afora deslocou para o ano seguinte toda a esperança de voltar a largar em provas. Se o fim de um ciclo nos faz mentalizar certos desejos para o próximo, não há dúvidas que triatletas, corredores, ciclistas e nadadores voltaram seus pensamentos para que o esporte em 2021 não fosse marcado por um novo buraco cavado por mais cancelamentos e adiamentos. Dois meses depois que 2020 passou o bastão para 2021, hoje ainda há mais perguntas que respostas em jogo. Recentemente ficamos sabendo que o Ironman Brasil foi adiado. Cenas repetidas de um filme ainda fresco na memória. Considerando que o último Ironman Brasil foi disputado em maio de 2019, um intervalo de 2 anos e meio divide esta última edição da próxima. E, mesmo mudando de esporte, o cenário permanece. Em 2020 as grandes provas foram adiadas quando pouco se sabia sobre a pandemia recém-instalada no mundo. O sonho de uma vacina que pudesse trazer boas perspectivas era praticamente abafado pela urgência de se acomodar em uma nova rotina que previa mais distanciamento, mais perguntas e cada vez menos respostas e credibilidade. Em 2021, começamos ainda com as velhas notícias de novos adiamentos. Mas, depois de esforços mundiais conjuntos, criamos protocolos seguros, nos adaptamos melhor, e, talvez o mais importante: a vacina já é realidade. Por isso, mesmo que isso não tire da frente o ponto de interrogação que ainda paira no ar, pensar em provas no 2º semestre é sem dúvidas mais factível do que era em 2020. E, supondo que o 2º semestre de 2021 realmente abra as portas das grandes provas: como ficará esse calendário mais espremido que o normal? Como eventos que antes eram distribuídos ao longo de 12 meses competirão entre si pelo curto espaço de apenas um semestre? E, talvez a pergunta mais interessante de todas: como fica a dinâmica das provas como Kona que dependem de outras para que os atletas peguem vaga / se qualifiquem? Kona, por enquanto sabemos que apenas as provas de Ironman realizadas até 22 de agosto de 2021 distribuirão vagas para esse ano. Por isso, o Ironman Brasil deste ano só distribuirá vagas para o ano que vem. Março de 2021 aponta no horizonte com as mesmas notícias de adiamento de grandes provas pelo mundo e com os mesmos pontos de interrogação, mas talvez com mais esperança e certamente com mais expectativa.
Diogo Aguardamos ansiosamente pelas cenas dos próximos capítulos, com otimismo e muita vontade de ver provas rolando por aí! Oliveira
Diogo Oliveira por
Diogo Oliveira
MATÉRIAS Principal: O mundo do Alto Rendimento 1 Até que ponto a dor é normal? 2 7 métricas para melhorar seus treinos 3 Aprenda como fazer simulados Entrevista: Thales Henrique - Tri na Austrália
4 Existe um padrão de corrida no triathlon? 5 Fazendo o checklist!
EDITORIAIS E ESPECIAIS Mundo, Brasil e Região Giro de Notícias Nutrição
Carolina de Paula Nutrição Esportiva Anne Haug Tri Curioso Medicina do Esporte
Vinícius Sobreiro Preciso suplementar? Março
#VOCÊNASQUAD
Fisioterapia
Mirian Faria Condromalácia Arion Bergman Atleta da Vez
EPO - sucesso rápido, Lucas Vilhena fracasso certo
Performance
MATÉRIA PRINCIPAL Como é o mundo do Alto Rendimento? O Triathlon ainda é um esporte relativamente recente, em pleno desenvolvimento e expansão mundial, no qual a busca por informações científicas se faz necessária para a evolução da modalidade. Em latim, significa “três combates”, e nasceu do conceito de superação dos limites humanos. Cada dia mais adeptos se envolvem nesse esporte em que praticar a natação, o ciclismo e a corrida numa única modalidade levam ao desafio de superação para completar uma prova, e diversificados são os motivos que levam esses indivíduos a iniciarem esta atividade.
Apesar de haver uma imagem ideal na qual o esporte é sinônimo de saúde, a relação entre ambos é um processo socialmente determinado, cujas características dependem das correlações de poder que operam em uma determinada formação social. Portanto, embora as práticas do esporte e os seus espetáculos sejam considerados bons recursos de desenvolvimento humano, sob condições históricas e modos de vida típicos de certas classes e grupos sociais, essas atividades podem perder o caráter protetor da saúde e se tornar práticas destrutivas.
Motivação esta associada com a palavra “motivo”. Motivo origina-se do latim motivum, e significa “uma causa que põe em movimento”. Motivo é definido como “alguma força interior, impulso, intenção, etc., que leva uma pessoa a fazer algo ou a agir de uma certa forma”. De modo mais específico, o estudo dos motivos implica no exame das razões pelas quais se escolhe fazer algo ou executar algumas tarefas com maior empenho do que outras ou, ainda, persistir numa atividade por longo período de tempo.
Uma vez que a determinadas práticas corporais foram atribuídas os princípios da sobrepujança do outro, máxima técnica, competitividade, especialização – caracterizando-as enquanto esporte moderno. No cotidiano, sobre orientação do senso-comum os atletas de alto-rendimento são considerados o que há de ‘melhor’ no desenvolvimento de determinadas práticas corporais. Ou seja, indivíduos que apresentam um potencial físico que envolve: capacidade de reação e coordenação, bom tônus muscular, boa capacidade de movimentação, resistência articular para superar as altas cargas de treinamento, possibilidade de desenvolvimento de uma boa capacidade cardio-respiratória, resistência a resíduos metabólicos e agentes externos.
Uma das principais motivações nos esportes “desgastantes” parece ser o desafio de vencer obstáculos, colocar tensões em si mesmo e obter sucesso.
Quando consideramos padrões de motivação, podemos utilizar metas motivacionais. São elas: a) Metas Intrínsecas, que podem ser classificadas em duas categorias. A primeira, objetivos na tarefa ou na destreza esportiva, são aspectos referentes a uma destreza, sentimento de competência, executar bem a modalidade, divertir-se, apreciar a tarefa ou modalidade. A segunda categoria de motivação intrínseca refere-se aos objetivos no ego ou na competitividade, onde verifica-se aspectos relacionados em fazer melhor que os seus colegas, superar alguém, vencer, ser o melhor em sua categoria. b) Metas Extrínsecas: também classificada em duas categorias: a primeira é a aprovação social, que caracteriza-se por respostas que envolvam a intenção de satisfazer alguém. Satisfazer o treinador, colegas, parentes, são indicadores dessa categoria. A segunda refere-se a recompensas externas. Respostas que incluam expressões como “participar em função dos prêmios” ou “receber recompensas” incluem-se nessa categoria. Um estudo recente identificou a idade de início no Triathlon, fatores que motivaram o início da prática, qual esporte praticava antes e idade que iniciou este esporte. Foi utilizado um questionário reestruturado e validado para o proposto trabalho. Para a aplicação do questionário, inicialmente contatou-se a coordenadora do Projeto Casa Brasil, que abrigou temporariamente a Seleção Brasileira em 2018, em que foram apresentados os objetivos do trabalho. Em seguida foi agendado dia, hora e local para aplicação dos questionários.
Este foi aplicado com acompanhamento do 11 pesquisador que prestou esclarecimentos ou sanou dúvidas no momento das respostas. Para os participantes da III Etapa do Circuito Catarinense de Triathlon, foram convidados a participar da pesquisa os dez primeiros homens e as duas primeiras mulheres a cruzarem a linha de chegada, no qual foram apresentados os objetivos do trabalho. Em seguida os atletas que aceitaram participar da pesquisa responderam o questionário com a presença do pesquisador que sanou qualquer dúvida. Os atletas assinaram um termo de consentimento autorizando participação do estudo.
“A CULTURA DO ‘GANHAR A TODO CUSTO’ É DELETÉRIA PARA O ATLETA E DEVERIA MUDAR, SEM DÚVIDA. MAS, NUM MEIO TÃO COMPETITIVO, NÃO É POSSÍVEL FAZER JUÍZO DE VALOR. SE O ATLETA PARAR, OUTRO NÃO FARÁ ISSO. DENTRO DE UM CONTEXTO AMPLO, EM QUE ESTÃO ENVOLVIDOS DIVERSOS FATORES, COMO OS PATROCINADORES, A FAMÍLIA QUE O ATLETA SUSTENTA, A PRESSÃO DO TREINADOR E TANTOS OUTROS, ELE PESA OS RISCOS E BENEFÍCIOS E VAI PARA UM CAMINHO QUE PRIVILEGIA O AGORA, MAS QUE PODE SER PREJUDICIAL NO FUTURO”
Para analisar, apresentar e descrever os dados foi utilizada a estatística descritiva. De acordo com as variáveis obtidas foram utilizados os seguintes parâmetros: freqüência simples, média e desvio padrão. Essa faixa etária encontrada demonstra que triatletas brasileiros de alto nível técnico são jovens atletas com possibilidade de sucesso em futuros Jogos Olímpicos e Campeonatos Mundiais, pois, a idade de alta performance de triatletas de curta distância é em torno de 35 anos para homens e 27 anos para mulheres. Segundo a pesquisa. Em média, os homens iniciaram no esporte por volta dos 17 anos, um pouco antes do sexo feminino que iniciou no Triathlon aos 18 anos. A idade de início no Triathlon verificada neste estudo vai ao encontro da literatura, em que a partir dos 15 anos os indivíduos já toleram mais o treinamento e se pode iniciar os exercícios específicos com o desenvolvimento voltado para o alto rendimento.
“É COMPROVADO CIENTIFICAMENTE QUE O ATLETA TEM UMA TOLERÂNCIA MAIOR À DOR. MUITAS VEZES, ELE SE SOBREPÕE AO PROBLEMA PARA BUSCAR UM RESULTADO, O QUE, EVENTUALMENTE, VAI AGRAVAR O QUADRO. É COMPREENSÍVEL QUE PENSE DESSE JEITO, PORQUE ELE ACABA SE DEDICANDO MUITO AO ESPORTE E DIFICILMENTE CONSEGUE INVESTIR EM OUTRAS ÁREAS, COMO UMA FACULDADE. MAS ISSO É TÃO RUIM PARA O ORGANISMO QUE HOJE JÁ NÃO DIZEMOS MAIS QUE ESPORTE É ‘SAÚDE’ OU ‘VIDA’; ATIVIDADE FÍSICA, SIM”
Verifica-se no estudo que a idade de início no esporte de origem foi em média aos 11 anos de idade. As meninas iniciaram no esporte de origem antes dos meninos, por volta dos 8 anos de idade. Os meninos iniciaram no esporte por volta dos 11 anos. Com relação a essa idade de início, autores sugerem que de uma maneira geral, existe um grande conflito em relação à idade de início nos esportes. Argumentos como: se a criança começar cedo ela vai se cansar cedo, ou ao contrário, quanto mais cedo ela iniciar no treinamento melhor serão seus resultados, são duas posições antagônicas que freqüentam as discussões entre autores da área da Educação Física e Esportes.
Nas Olimpíadas de Barcelona, a média de idade da equipe Norte Americana de Natação foi de 23,5 anos, porém os dois extremos estavam presentes, foram vencedores atletas com idades de 14 anos e de 27 anos. Dependendo da modalidade esportiva praticada, a criança poderá ser iniciada mais precocemente, sem inconvenientes para seu perfeito desenvolvimento morfofuncional. Assim, as modalidades esportivas que se caracterizam por atividades físicas naturais (andar, correr, saltar, nadar), se realizadas através de trabalho predominantemente do tipo aeróbio, permitem participação precoce da criança, principalmente das quais existe uma predisposição genética.
Embora o treinamento da Natação desde a tenra idade possa dar certas vantagens, isso não é essencial para o sucesso do atleta. Há nadadores que atingiram o topo das competições internacionais e que não começaram a treinar até 15 ou 16 anos. Provavelmente, não há uma idade mínima para começar o treinamento e que vá garantir êxito ao praticante, nem existe uma idade máxima além da qual o êxito não mais poderá ser obtido. Observa-se que a maioria dos nadadores de classe mundial começaram seus treinamentos, pelo menos, por volta dos 10 anos de idade. É possível que as chances de êxito sejam maiores se as crianças tiveram algum contato com o esporte antes da sua adolescência. Os motivos que levaram esses indivíduos a iniciarem no Triathlon foram à falta de perspectivas de sucesso no esporte de origem (6 atletas), desses 5 indivíduos tiveram como esporte de origem a natação e 1 a ginástica olímpica. Vale salientar que tanto a natação quanto à ginástica olímpica são considerados esportes de iniciação precoce, geralmente, iniciado antes dos 7 anos. O fato de gostarem do Triathlon motivou 6 sujeitos a iniciarem sua prática, sendo que 4 também tinham como esporte de origem a natação, 1 sujeito veio do atletismo e outro indivíduo iniciou no Triathlon diretamente. O desafio de completar uma prova de Triathlon foi o que motivou a prática de 5 sujeitos. Estas três primeiras respostas enquadram-se na categoria de motivação intrínseca - objetivo na tarefa ou destreza esportiva. A influência da família e amigos, caracterizada por uma motivação extrínseca na aprovação social também foi um fator importante para 5 indivíduos, sendo que 4 já participavam da
modalidade de natação. Os dados coletados neste trabalho vão ao encontro dos resultados obtidos por outros trabalhos, em que o fator afiliação parece ser um motivo importante para a prática do esporte, tanto nas modalidades coletivas quanto nas individuais. Nas modalidades individuais, os fatores desenvolver habilidades e excitação/desafio são os que parecem somar-se ao fator afiliação em termos de importância.
“ESPORTE DE ALTO RENDIMENTO É DOR, MAS TODA PROFISSÃO TEM SEU PREÇO. A DOR POR TREINAR HÁ TANTO TEMPO SE TORNOU TÃO COMUM QUE NEM PERCEBO MAIS. A GENTE ESTÁ PROGRAMADO PARA ISSO. SE VOCÊ TEM ALGO IMPORTANTE PARA FAZER, MAS ESTÁ COM DOR, TEM DE IR MESMO ASSIM” O fato de querer ser um campeão motivou intrinsecamente com objetivos no ego e competitividade outros 4 indivíduos. Outros fatores também foram citados como o fato da influência do técnico (motivação extrínseca na aprovação social), gostar de bicicletas, curiosidade, ter assistido a uma prova na sua cidade e considerar o Triathlon um esporte de longevidade, todos esses motivos de ordem intrínseca com objetivos na tarefa. As razões que levam os indivíduos a se envolverem com o esporte, variam entre elas e os diversos grupos sociais e se transformam com o decorrer do tempo. E se para crianças
na pré-adolescência, a motivação está pautada na realidade concreta e no presente imediato, para os adolescentes a competição, o reconhecimento social e as transformações corporais (aparência, força, agilidade) são os elementos capazes de fazê-los optar e depois aderir à atividade física. Os indivíduos se envolvem no esporte por inúmeros motivos psicológicos e sociológicos: afiliação, desenvolvimento de habilidades, diversão, sucesso, status, manutenção da condição física e gasto de energia. Outros fatores merecem consideração: independência, agressividade, influência dos outros (pais, amigos). Outro autor cita que os motivos que levam a criança se inserir no esporte podem estar pautados em diversas razões, que vão desde a fantasia de se tornar um ídolo já conhecido (tanto por sua habilidade na prática de uma modalidade, como também por toda projeção social e financeira que alcançou) ao sonho não realizado do pai ou da mãe de serem eles atletas, ou ainda, por questões relacionadas à saúde e à educação. O esporte de origem da grande maioria dos triatletas foi à natação iniciada por volta dos 11 anos de idade. A natação é um esporte precoce, com idades de início por volta dos seis anos de idade e com um elevado número de competidores por prova faz com que muitos bons nadadores fiquem anônimos por milésimos de segundos e desmotivem procurando com isso outro esporte que possa dar mais “status” esportivo como é o caso do Triathlon. Na cultura esportiva responsável pela formação de atletas de alto rendimento há todo um discurso e uma prática que visam à superação de limites por parte do atleta, sejam eles físicos ou emocionais, custe o que
custar. Assim, é muito comum ouvirmos nesse meio que é preciso dar “101%” de sua capacidade nos treinamentos e competições a fim de se obter o resultado desejado, afinal só há lugar para três no pódio e os louros são muitas vezes dados apenas ao primeiro. Logo, é preciso estar no lugar mais alto, é preciso superar-se e para isso há muitos sacrifícios a serem feitos. Há inegavelmente um ideal de perfeição, de completude, de ir além do que até então era colocado como um limite para o desempenho.
“A UTOPIA QUE VISLUMBRAMOS NESTE TRABALHO É JUSTAMENTE ESSA POSSIBILIDADE DE O ATLETA NÃO FIGURAR COMO OBJETO NO ALTO RENDIMENTO, DE O ESPORTE NÃO TER SEUS NOBRES VALORES CORROMPIDOS, E, ENFIM, DE QUE O DESENVOLVIMENTO CIENTÍFICO, CAPAZ DE CRIAR NOVAS TECNOLOGIAS ESPORTIVAS, NÃO SUBSTITUA O ATLETA COMO PERSONAGEM PRINCIPAL. DEPENDE DE NÓS, AGINDO POLITICAMENTE, OU QUE NÃO HAJA NENHUM HOMEM-MÁQUINA, OU QUE ELE SEJA AO AMÁVEL QUANTO O HOMEM DE LATA DO MÁGICO DE OZ, QUE ACABA GANHANDO UM CORAÇÃO NO FINAL DA JORNADA. É O HOMEM COMO AUTOR DO SEU DESTINO.”
Gravity 3/2mm Back Zip Full Wetsuit Opção perfeita para os triatletas que procuram isolamento térmico, flutuação e liberdade nas mangas. Menos recortes reduzem o atrito e incrementam a velocidade. Também possiu zíper PK emborrachado nas costas brindando maior vedação. 3mm 19° a 23°
Desenhado para maior efetividade nos movimentos, a roupa traz maior flexibilidade para os braços e flutuação no quadril, equilibrando a elevação da postura do nadador. Vedação completa e rápida no despir. Pernas curtas e mangas com recorte em duplo nylon “quick release panels” para uma transição rápida e sem rasgaduras. Gola com fechamento Velcro
Giro de Notícias Redução do imposto de importação de bicicletas e o aumento de ciclistas no Brasil. A carga tributária do Brasil é uma das mais altas do mundo. Sem a pretensão de discutir o que é feito com o valor arrecadado, viemos aqui para comemorar boas notícias para os amantes do esporte e analisar os impactos diretos disso nos nossos bolsos. Na última quinta, 18 de fevereiro, foi divulgada uma redução do imposto de importação de bicicletas. Ou seja, traduzindo para o bom e velho português: a tendência é que o preço das bikes fique mais acessível a partir dessa mudança. Entrando um pouco mais no detalhe: a alíquota do imposto que incide sobre a importação de bikes – que hoje corresponde a 35% do valor total – diminuirá de forma gradual. A partir de 1º de março passará a ser de 30%, caindo novamente para 25% a partir de julho e para 20% a partir de 31 de dezembro deste ano. Em um cenário mais palpável, vamos para um exemplo com cifras e valores hipotéticos: uma bike importada que entre no Brasil pelo valor total de R$50.000,00. Antes da mudança O valor de R$17.500,00 seria repassado ao consumidor logo na largada como valor do imposto de importação – isso sem falar nos custos de logística, aduaneiros, transporte, e por aí vai. Depois da mudança A partir de março: esse valor cairia para R$15.000,00. A partir de julho: cairia para R$12.500,00. A partir de 2022: cairia para R$10.000,00. Interessante notar que até então o imposto de importação estava estagnado no maior percentual permitido pela OMC (35%), e ao fim de todas as alterações despencará para o valor base no acordo do MERCOSUL (20%). Mais surpreendente ainda é quando olhamos para o quadro geral da tributação de uma bicicleta importada, que não se resume ao imposto de importação. Não podemos esquecer ainda das outras siglas que compõem a sopa de letrinhas do nosso sistema fiscal no caso das bicicletas: PIS/COFINS, ICMS e IPI. A média (considerando que o ICMS varia de acordo com cada estado) da somatória desses outros impostos beira os 38%. Ou seja, voltando na bike de R$50.000, cerca de R$19.000,00 também entrariam como tributação além do imposto de importação.
Vale ainda ressaltar que em tempos de pandemia o brasileiro compra mais bicicletas do que nunca, enquanto a produção não consegue acompanhar o ritmo da procura. Um levantamento feito pela Aliança Bike (Associação Brasileira do Setor de Bicicletas) mostra que de 2019 para 2020 houve um aumento de 50% nas vendas de bicicletas. E, de acordo com projeções feitas pela Abraciclo (Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares), em 2020 a produção de bicicletas deve cair 20% quando comparada com 2019.
Informamos que o TH3 TRIATHLON 2021 segue confirmado. DATA: 11.04.21 Local: Praia Mansa de CAIOBÁ Matinhos PR Obs: Atletas inscritos na edição 2020 já estão automaticamente inscritos em 2021.
www.triativaeventos.com.br
SRAM e Cardinal Cycling compram TIME SPORT. A SRAM acaba de adquirir a TIME Sport, do Grupo Rossignol. A transação concluída mês passado inclui toda a linha de pedais de estrada e montanha da TIME, travas e todas as patentes relacionadas. Além da TIME, as estratégias de aquisições da SRAM incluem RockShox, Avid, Zipp, Truvativ e Quarq. Em uma transação separada, as bicicletas TIME foram compradas pelo grupo Cardinal Cycling. Ambas as empresas vão continuar comercializando produtos com o nome TIME. A SRAM focará nas comunicações externas, como TIME Sport. Já o Grupo Cardinal Cycling irá utilizar as bicicletas TIME. Os clientes podem seguir entrando em contato com a TIME para serviços e suporte durante a fase de transição, que deve ser concluída na metade de 2021. Fundada em 1987, na França, o sistema de pedais clipless da TIME ajudou a melhorar a flutuação lateral e angular, oferecendo aos ciclistas equilíbrio entre desempenho e conforto. Em 1993, a TIME adicionou pedais de mountain bike ao seu arsenal. Seus pedais de estrada e MTB foram usados por lendas do ciclismo.
REAP lança a Vulcan Triathlon Hyperbike.
A REAP Bikes lançou sua nova bike TT, a Vulcan. Desenvolvida a partir da primeira bicicleta da REAP, a aerodinâmica Generation 1.0. Construída na Inglaterra: as bicicletas REAP são 100% projetadas, fabricadas, pintadas e montadas no Reino Unido.
RECURSOS REAP Ballistic Cockpit: A Vulcan é a primeira bicicleta de produção a ser fornecida com extensões aerodinâmicas que envolvem o antebraço, amplamente ajustável. As extensões aerodinâmicas economizam arrasto, melhoram o conforto e o controle e tornam mais fácil ficar na sua melhor posição.
Integrated BTA hydration: Permite levar duas garrafas, 8 géis e uma caixa de ferramentas atrás do selim e ao abrigo do vento. Case: Mala de voo em fibra de carbono incluída. O design do quadro, ou estrutura em V, elimina os apoios e e tubo do selim e, consequentemente, seu arrasto associado.
Embora o conceito geral tenha sido visto no triathlon antes, desde a Zipp 200, feita em 1992, REAP acrescentou que seu trabalho de desenvolvimento com o especialista em “computational fluid dynamics (CFD)”, líder do Reino Unido, TotalSim, levou o desempenho a novos patamares. Além disso, a experiência em fibra de carbono da REAP dá ao Vulcan uma alegada ‘incrível qualidade de condução, combinando conformidade vertical com imensa rigidez torcional para uma condução precisa e transferência de potência eficiente. Três triatletas de elite já estão confirmados para competir no REAP Vulcan em 2021: Elliot Smales, Fenella Langridge e Tom Bishop. Mais contratações são esperadas à frente.
SOBRE A TRAVESSIA 2020.
Foram fatores pandemicos e políticos, que nos colocaram neste momento, mas agora já podemos dar passos largos para frente. Tínhamos que aguardar a eleição para poder voltar a alinhar com o poder público os detalhes da nossa prova, hoje com largadas de até 1.000 atletas e que já tinha para 2020 mais de 600 inscritos, quanto tivemos que parar com as inscrições. Sabemos que podemos ter 2 cenários: 2 travessias em 2021, sendo uma para inscritos de 2020, ou apenas uma no tradicional mês de novembro. A prova em novembro de 2021 já tem data, será dia 7 e já consta no calendário @swimchannel e @alohaspiritclub Atletas inscritos poderão optar, no caso de termos 2 provas no ano, entre usar a inscrição na primeira ou na segunda. Como já é sabido, mas vale reforçar, não haverá devolução de inscrição. Maiores informações, teremos grande prazer de atende-los pelos canais da
@ecooutdoorsportsbusiness
Divulgado percurso do Giro de Italia 2021. Os organizadores do Giro d’Italia, uma das provas mais tradicionais do ciclismo mundial, divulgaram o percurso da competição. O trajeto da 104ª edição do evento terá início na cidade de Turim, na região do Piemonte, em 8 de maio, e terminará em Milão, na Lombardia, no dia 30 do mesmo mês. No total, a competição terá 3.450 quilômetros de extensão e contará com 21 etapas. A capital da região do Piemonte abrirá o Giro d’Italia pela terceira vem em sua história, após as edições de 1961 e 2011.A competição contará com diversas homenagens à história da Itália. As três primeiras etapas no Piemonte celebrarão os 160 anos da unificação do país. Já as passagens por Ravenna, Verona e Foligno homenagearão o 700º aniversário da morte de Dante Alighieri. Por fim, a etapa de Siena e Bagno di Romagna comemorá o centenário do nascimento do treinador Alfredo Martini.
Vem aí o Challenge Miami. Em meio a todo o burburinho envolvendo o evento de Daytona, em Dezembro do ano passado, a marca Challenge lançou mais uma prova em autódromo nos EUA, dessa vez em Miami. O festival está programado para acontecer entre os dias 12 a 14 de março. Start list de peso. Como o calendário de 2020 foi quase nulo, muitos atletas profissionais conseguiram competir apenas em Daytona. E como não teve tanto desgaste de competição, aproveitaram para iniciar a temporada 2021 o mais rápido possível e o Challenge Miami caiu como uma luva. A distância da categoria profissional será de 1,5k de natação, 60,3km de bike e 16,9km de corrida, dentro do autódromo, e com premiação de U$ 50.000. O instagram do evento (@challengemiami) vem anunciando diariamente os nomes dos atletas que competirão no evento e será um dos start list mais fortes em um evento que não é campeonato regional ou mundial. Já são mais de 30 atletas (e contando). Estão confirmados: Jan Frodeno, Lionel Sanders, além dos brazucas Fernando Toldi e Santiago Ascenço. No feminino estão, Anne Haug, Paula Findlay e Lucy Charles
O Virtual Club lança a Ironman VR All-Terrain 2021. Serão seis meses de desafios, com os melhores elementos geográficos que as provas físicas de Ironman e Ironman 70.3 têm para oferecer. Os terrenos são todos projetados para fornecer aos atletas Ironman VR uma abordagem realista e abrangente durante as provas virtuais. Além disso, estarão em jogo 100 vagas de qualificação para o Mundial de Ironman 70.3 deste ano, em Utah, nos Estados Unidos, em setembro. Além da programação tradicional de três treinos por semana e um evento Ironman VR no fim de semana com diferentes distâncias, também haverá desafios mensais, que permitirão aos atletas perseguirem determinada quilometragem por mês no esporte e tempo a sua escolha.A cada semana, a janela das provas será aberta às quintas e terminará aos domingos. Os atletas terão a opção de realizar as provas virtuais de meia distância de 22 a 25 de abril (Ironman VR16) ou de 20 a 23 de maio (Ironman VR20). Como nas edições anteriores, os atletas devem completar os três segmentos dentro de 12h. Todos que finalizarem o desafio irão ganhar medalhas.
IronMan e IronMan 70.3 Florianópolis são adiados.
Depois de um ano sem provas do circuito Ironman no Brasil e em grande parte do mundo, a esperança ficou para 2021, mas vai sendo mais uma vez empurrada para um 2º semestre já abarrotado e espremido no calendário dos atletas. É nesse cenário que Carlos Galvão (CEO da Unlimited Sports, empresa que realiza as provas da franquia Ironman no Brasil) anunciou que o Itaú BBA Ironman Brasil e o Itaú BBA Ironman Florianópolis 70.3 foram adiados para o 2º semestre deste ano. O Ironman Brasil ficou para 7 de novembro e o Ironman 70.3 Florianópolis passou para 19 de setembro. A decisão segue as recomendações das autoridades de saúde locais. Como ficam as opções de quem está inscrito: Itaú BBA Ironman Brasil Os atletas inscritos na distância full poderão optar por uma das seguintes opções: - largar na prova no dia 7 de novembro de 2021, ou - adiar gratuitamente a inscrição para o Ironman Brasil do ano seguinte (marcado para 29 de maio de 2022), ou - solicitar reembolso de 80% do valor da inscrição (exceto taxas e impostos). Itaú BBA Ironman 70.3 Florianópolis Já para os inscritos no 70.3 de Florianópolis, as opções são: - largar na prova no dia 19 de setembro de 2021, ou - transferir gratuitamente sua inscrição para o Itaú BBA Ironman 70.3 Fortaleza que está previsto para novembro de 2021 (data a confirmar), ou - adiar gratuitamente a inscrição para o Ironman 70.3 Florianópolis do ano seguinte (data a confirmar em abril de 2022), ou - solicitar reembolso de 80% do valor da inscrição (exceto taxas e impostos). Sem tempo para garantir a classificação de atletas para Utah e Kona 2021, triatletas com índices vão ter direito a disputar os Mundiais do próximo ano em cada distância Ainda de acordo com Galvão, as provas vão garantir classificação para os Mundiais de 2022 das duas distâncias. Com as novas datas, o Ironman Brasil e o 70.3 Floripa vão acontecer depois do Mundial de 70.3, em Utah, nos Estados Unidos, dia 17 de setembro, e o Mundial de Kona, no Havaí, em 9 de outubro. Assim, tanto as provas que vão acontecer agora, no segundo semestre de 2021, e as do primeiro semestre de 2022, vão valer vagas para os Mundiais de 2022, que tradicionalmente ocorrem no fim de cada ano. O número de vagas, no entanto, ainda não foi definido. Como não houve provas do Ironman em Florianópolis em 2020, por conta da pandemia, os brasileiros que estarão nos Mundiais de 2021 serão os que conseguiram classificação através dos eventos realizados fora do país.
Evento em Curitiba marca retorno das provas de Triathlon. Foi realizado no domingo dia 21 de fevereiro, a 16ª edição do Triathlon de Guaratuba, no estado do Paraná, tendo como vencedores os triatletas Yago Alves e Gabrielle Lemes. A natação foi realizada em percurso de 1 volta na praia central, o ciclismo foram 4 voltas de 5km e a corrida final em 2 voltas de 2.5km, na cidade de Guaratuba, que fica localizada a 120km de Curitiba. Em um dia de sol e céu azul, o evento marcou a retomada do triathlon em 2021, com a presença de 150 triatletas na categoria amadora e elite. Ambos os vencedores conquistaram a vitoria na etapa final. Com os pés no chão Yago e Gabi definiram a prova que foi disputada na distancia Sprint (750m natação / 20km de ciclismo / 5km de corrida).
Husky Triathlon na Austrália tem evento forte. Ellie Salthouse e Simon Hearn venceram a primeira prova com apoio da PTO em 2021, a Shimano Husky Triathlon, no vilarejo de Huskisson, na Austrália com 1,9km de natação, pedal de 90km e corrida de 21km. A prova pagou US$ 35 mil em premiação (cerca de R$ 197 mil), sendo 20 mil oferecidos pela PTO. A Husky Triathlon somou pontos no ranking mundial da PTO, que vem ganhando cada vez mais o gosto dos triatletas. Na prova masculina, o australiano Trent Thorpe saiu da água em primeiro lugar. Ele acelerou nas duas voltas da natação e ganhou uma vantagem de 37 segundos para Steve McKenna. Tim Van Berkel liderou na T2, mas foi ultrapassado por Tim Reed na transição para a corrida. Caleb Noble, no entanto, reagiu rápido e tomou a liderança com primeiro km da meia-maratona. Noble segurou uma vantagem de 18s por 10km, mas Simon Hearn tomou a primeira colocação rumo a vitória com o tempo de 3h48’27. A cerca de 5km do fim, Reed deixou alcançou a 2ª posição Entre as mulheres, Ellie Salthouse, Annabel Luxford e Kiwi Amelia Watkinson travaram uma verdadeira batalha. Salthouse saiu da água em primeiro e liderou o ciclismo e a corrida, cruzando a linha de chegada em 4h09’59’’.
Até que ponto a dor é normal? Tanto em treinamento, como em competição, a dor é uma marca registrada e quase que essencial no Triathlon, porém é um dos maiores obstáculos que triatletas enfrentam à medida que vão atrás dos objetivos. É indiscutível que o esporte tem elevada demanda física e emocional, levando o triatleta aos limites de seus limiares fisiológicos, esforço prolongado ao tentar fugir de um pelotão, fazer ultrapassagem na natação, entre tantas outras situações peculiares da modalidade. Neste sentido, provavelmente essa é uma modalidade que, aquele atleta que consiga lidar melhor com a dor pode ter mais sucesso.
11 O problema está na forma como a dor depois do treino se apresenta, o que pode confundir o atleta no discernimento de “dor boa” da “dor ruim”. Para que ocorra evolução no esporte, é normal que as fibras musculares sofram lesões durante os treinos. Se a intensidade não for muito excessiva e se houver tempo de descanso associado a uma alimentação adequada, haverá uma supercompensação. Essa supercompensação é uma adaptação ao estímulo recebido, que torna a musculatura e os ligamentos mais preparados para novos estímulos. Não podemos desconsiderar que a dor pode ter um papel importante. Ela nos fornece informações sobre o nível de esforço, intensidade do treino ou prova, entretanto, também pode servir de alerta para que alguns cuidados sejam tomados, evitando lesões e outros acometimentos. A dor no Triathlon pode ser produto de múltiplos fatores como frequência cardíaca elevada, acúmulo de lactato, depleção de glicogênio muscular, desidratação, entre outros.
Nossos corpos são surpreendentes em alcançar feitos extremos, como no Ironman e em outras provas de resistência, mas são competições onde o corpo trabalha em um momento, mas cobra o preço mais tarde. Vemos isso em jogo o tempo todo quando fazemos uma atividade que é fora do comum para os nossos corpos, nas 24-36 horas após a atividade, quando se dá início à dor muscular tardia. Se você fizer qualquer trabalho de força e iniciar, por exemplo, com uma série de flexões de braço você provavelmente ficará dolorido por alguns dias, mas se você fizer isso regularmente, então você não vai ter o mesmo nível de dor. Desta forma, o triatleta precisa desenvolver estratégias para tolerar e lidar com a dor, especialmente com aqueles níveis mais elevados de dor. Possivelmente conseguindo construir estratégias emocionais, para lidar com isso, o triatleta possa alcançar limites superiores para treinar e competir, podendo representar um diferencial especialmente no alto nível esportivo.
Compreender as sensações e desenvolver estratégias para lidar com a dor é uma tarefa difícil, porém promissora para psicólogos do esporte. Para isso estratégias cognitivo-comportamentais, que trabalham a forma como a pessoa avalia a dor, têm sido usadas para mudar as percepções de dor e lidar com desconforto crônico.
Um dos sintomas que uma grande quantidade de atletas sofrem é o inchaço nos dedos de mãos e pés. Isso pode ser alarmante caso aconteça durante a prova, pois o inchaço pode ser significativo. Se tiver sorte de não ocorrer durante a prova, então você provavelmente irá experimentar essa sensação nas horas e dias seguintes. Após a prova você pode querer tomar alguma medicação anti-inflamatória para resolver este problema mas este não é o caminho a percorrer pois estará apenas mascarando o problema e dificultando que seu corpo tenha uma recuperação natural. Vale lembrar que a percepção da dor é subjetiva e difere de pessoa para pessoa, ou seja, nossas respostas as situações ou sensações dolorosas são diferentes. Isso também pode ser fruto das experiências e da forma como a pessoa lida com situações e sensações.
Precisamos compreender a dor, no próximo treino que estiver com dor, foque sua concentração nela e perceba se está queimando, formigando, quente ou frio? Essa análise sensorial irá ajudar a entender a dor e seus riscos. Feito isso, mude a atenção para outra parte do corpo que você não esteja sentindo dor. Aproveite essa sensação sem dor, e faça com que ela predomine sobre as outras sensações. Alimentar nossos corpos para garantir a recuperação ideal também é muito importante nesse momento. Para muitos atletas. todo o processo de treinamento envolve uma alimentação saudável e dieta meticulosa. A tentação ao término de uma prova para comer qualquer coisa e tudo o que negaram por tanto tempo é algo até certo ponto natural. No entanto, uma má nutrição provoca uma série de inflamações dentro do corpo e no momento em que você está se recuperando não é o ideal para adicionar mais stress no organismo. Dê-se de presente alguns mimos no dia da prova ou no dia seguinte do seu evento, mas certifique-se de voltar à sua dieta a partir daí para otimizar sua recuperação.Também pode procurar outros dados sensoriais para mudar o foco, pode ser no sol, o vento, algum detalhe do percurso que está fazendo, fazendo isso, possivelmente irá aliviar sua dor. Mas lembre-se temos dores relacionada ao treino e dor vinculada a lesão. Nesse caso, não deixe de procurar um médico do esporte.
Então, olhando para um período de recuperação, que tipo de treinamento nós podemos fazer? Dias 1 a 4
Este é o momento de pico de dor e inflamação, eu recomendaria pelo menos 2 a 3 dias de descanso dentro deste período e qualquer atividade que você faça deve ser de intensidade muito baixa e de curta duração. Um exemplo disto pode ser um giro de bicicleta entre 40 e 60 minutos. Natação também é muito bem vinda neste momento, mas não corra, pois qualquer corrida vai atrasar o seu processo de recuperação
Dias 4 a 6
Neste ponto, a dor deve estar começando a desaparecer, mas você ainda vai estar se sentindo muito cansado e letárgico, mesmo que a motivação esteja lá para treinar você vai sentir-se cansado muito rapidamente após qualquer treino. Você pode começar a treinar diariamente neste momento, mas ainda não corra. A duração de qualquer treino deve ser de, no máximo, 60 minutos.
Dias 7 a 10
Neste ponto de sua recuperação você provavelmente sentirá muito sono. Quaisquer esforços em treinamento ou atividades em geral, tais como subir escadas, causarão cansaço nas pernas e facilmente lhe tirarão o fôlego. Esse é um sinal claro do seu corpo de que você deve manter tudo com intensidade muito fácil, pois a recuperação profunda está em suas etapas finais. Não lute contra o seu corpo neste momento. Muitos atletas interpretam esses sentimentos como um sinal de perda de fitness e começam a adicionar alguma intensidade aos treinos, fazendo isso, você estará impedindo que seu corpo obtenha os ganhos de aptidão provenientes da prova e vai se sentir cansado por semanas. Neste momento, você pode pensar sobre a adição de um primeiro treino de corrida. Mesmo que suas sessões tenham aumentado de volume até 90 minutos, assegure-se de que tudo continue muito fácil. Seu treinamento aqui não visa fitness, mas apenas manter seu corpo em movimento, mais para a estimulação mental do que qualquer outra coisa.
Dias 10 a 14
Neste ponto, o processo de recuperação deve estar chegando ao fim e você vai começar a sentir normal novamente. Somos todos diferentes, então ainda temos de ouvir os nossos corpos. Eu normalmente peço aos meus atletas para me deixarem saber como eles estão se sentindo nas primeiras duas horas após o treino, pois isso diz muito mais sobre a recuperação. Se você se sentir normal nas primeiras duas horas após o treino, você está pronto para voltar ao treinamento regular. Se você estiver se sentindo muito sonolento e letárgico é um sinal claro de que seu corpo e seu sistema imunológico ainda estão em um processo de recuperação, assim você precisa manter o treinamento fácil por mais alguns dias. Quando podemos competir novamente? Trata-se de algo muito individual, mas se você seguir o processo de recuperação descrito, estará pronto para competir em torno de 3 semanas após um Ironman, pois a sua aptidão física estará excelente com todos os ganhos que obteve com a prova. O ponto chave aqui é dar um passo atrás depois da prova e ouvir o seu corpo para garantir que você se recupere totalmente da sua competição. Se você fizer isso, você perderá seu fitness, na verdade, dará um salto gigante para a frente. Não só você estará fisicamente pronto para treinar, como estará mentalmente renovado, com sua motivação em alta para voltar a competir novamente!
Carolina de Paula @clinica_emagrecimento
Nutricionista
Nutrição Esportiva Até agora já sabemos que o trabalho da Nutrição auxilia o atleta e o praticante de exercícios na criação de uma rotina mais saudável e eficiente. Mas quais são os reais efeitos então de uma alimentação correta nesses casos? Em termos de resposta física à mudança alimentar, o acompanhamento nutricional é capaz de melhorar a formação de energia, aumentando o rendimento e, principalmente, ajudando na recuperação muscular e dos estoques de energia para que o atleta possa cumprir as sessões de treino sem prejuízos de desempenho e de saúde.
Por meio do acompanhamento nutricional, o atleta não é somente capaz de apenas manter um bom estado nutricional, com peso, percentual de gordura e massa muscular ideais.
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Com uma boa alimentação, ele passa a conservar um estado ótimo de macro, micronutrientes e compostos bioativos, que são de extrema importância para: uma boa formação de energia (melhora da função mitocondrial); um ótimo funcionamento de sistemas de defesa, melhorando a imunidade; combate ao estresse oxidativo (gerado naturalmente pela atividade, mas que não deve estar em excesso!) e da inflamação, o que reduz em muito os riscos de lesões musculares e articulares; melhorar a produção hormonal; e corrigir desequilíbrios intestinais.
A nutrição esportiva é uma especialidade que cresce a cada dia no Brasil. Cada vez mais, não só atletas, como também praticantes de atividade física descobrem o quanto ela pode trazer de benefícios ao seu desempenho e à sua saúde. Isso torna o mercado da nutrição esportiva uma área de extrema valorização e procura.
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E um atendimento que englobe as individualidades do indivíduo (necessidades energéticas, funcionamento de sistemas digestivo, hormonal, dentre outras) é de extrema importância para o sucesso nessa área. Quer melhorar o seu desempenho? A alimentação adequada é um dos principais fatores para aumentar o nível de energia, vitalidade e até mesmo a produtividade. Siga essas dicas básicas para uma melhor performance!
O consumo de bebidas alcoólicas
Comer bem não significa comer demais e nem de menos. O segredo é o equilíbrio! E se alimentar bem não precisa custar caro. O importante é não complicar e saber consumir alimentos saudáveis que além de evitar o acúmulo de calorias, também vai dar os nutrientes que o organismo necessita. “Não tem fórmula: uma maneira de fazer alimentação saudável é comer comida de verdade. Para emagrecer não é preciso comer picanha, filet mignon, salmão, goji berry ou castanhas específicas que são muito caras”. A nutricionista ressalta que o primeiro passo é organizar o cardápio do mês optando sempre por alimentos da época como legumes e frutas da estação. Ela ressalta que quando fazemos essa opção, corremos o risco de consumir menos alimentos com agrotóxico, uma vez que por fazer parte da temporada, ele crescerá mais saudável e seu custo será menor.
“Preciso comer goji berry que custa caro? Não! A gente consegue obter os mesmos nutrientes, por exemplo, consumindo ameixas, uvas. Se está chovendo muito e as verduras não estão legais, as substitua por brócolis, chuchu, fazendo um refogado com eles. Sugiro sempre comprá-los em feiras ou sacolões porque são mais frescos do que os encontrados em supermercados que aumentam seu preço por conta da embalagem.”
7 métricas de treinamento para voce conhecer Listamos 7 métricas que você precisa conhecer e aprender a basear seus treinos. Atualmente, ao pressionarmos um botão liberamos uma enxurrada de dados, que dizem exatamente o quão longe estivemos, quão alto subimos, quão rápido nossos corações batem em um determinado ponto, e até por quantos segundos cada pé esteve em contato com o chão. Coisas inteligentes e importantes, se você souber analisar o que está vendo. Para salvá-lo da sobrecarga de dados, analisamos as informações oferecidas pelos relógios e apps mais recentes, para descobrir exatamente o que elas significam e, mais importante, como você pode usá-las para aprimorar seu treino.
Cadência O que é: o número de vezes que seus pés atingem o chão em um minuto. Para muitos corredores, isso é algo entre 160 e 170, enquanto as elites costumam ter uma rotatividade de 180 ou mais. Por que eu preciso saber: Pode ser a chave para correr de forma mais rápida e eficiente. Se você quiser acelerar, pode fazê-lo de duas maneiras, aumentando sua cadência – para que suas pernas se movam mais rápido ou aumentar o comprimento da passada – para cobrir mais terreno a cada passo. Quando você aumenta o comprimento da passada, é muito fácil ultrapassar seus limites, colocando mais estresse nas pernas e aumentando a chance de lesão. Trabalhar em sua cadência, no entanto, permite que você coloque os pés debaixo do corpo rapidamente, gerando força para levá-lo adiante. Lembre-se de que a cadência de todos é diferente e pode ser afetada por vários fatores, incluindo altura, peso, comprimento da passada e histórico de treinamento. Quaisquer alterações devem ser feitas gradualmente para evitar lesões.
Oscilação vertical O que é: a distância que sua parte superior do corpo sobe e desce a cada passo que você corre. Medido em centímetros, para a maioria dos corredores, esse valor fica entre 6 e 13, com corredores de elite na extremidade inferior da escala. Por que eu preciso saber: O principal objetivo da corrida é bastante simples, impulsionar seu corpo para a frente. No entanto, a cada passo, seu tronco também se move para cima e para baixo. Um pouco de rejeição é natural, mas é demais e, com o tempo, você gasta energia valiosa. Quanto menor sua Oscilação Vertical, mais eficiente será sua corrida. Dica de treinamento do Lucas Vilhena: “Quando se trata de corrida, a oscilação vertical é a cereja do bolo e, provavelmente não precisará se preocupar muito com isso. Pratique correr alto com um tronco relaxado na parte superior e um balanço do braço ajudará a garantir que você não está desperdiçando energia.
“Uma coisa a observar é a sua posição corporal. Quando digo às pessoas para “correrem alto”, elas geralmente se inclinam para trás sem perceber, o que coloca uma grande curva na coluna. Se você estiver realmente alto, pode parecer que está inclinado para a frente, mas esta é a posição ideal para ativar seus quadris e glúteos.” Onde posso obter os dados: Garmin Forerunner 935 e o Garmin fenix em conjunto com HRM-Tri, HRM-Run ou Garmin Running Dynamics Pod.
Frequência cardíaca em repouso O que é: o número de vezes que seu coração bate a cada minuto enquanto você descansa completamente – ou seja, deitado e sem fazer absolutamente nada. A maioria dos adultos tem uma frequência cardíaca em repouso (FCR) entre 60 e 100 bpm, enquanto em atletas pode ser de 40 bpm ou até menor. Por que eu preciso saber: embora os genes, o estresse e o estilo de vida afetem sua FCR, como regra geral, quanto mais apto você for, menor ela será. Além de ser um bom indicador de condicionamento físico, também pode ajudá-lo a treinar de maneira mais inteligente. O uso do seu FCR junto com a frequência cardíaca máxima (o número máximo de vezes que o coração pode bater sob estresse) permite que seu app esportivo elabore zonas precisas de treinamento de frequência cardíaca para ajudá-lo a treinar na intensidade correta para seus objetivos.
Dica de treinamento: “A frequência cardíaca em repouso não apenas informa sobre a forma física, mas também sobre a doença. Se você estiver se sentindo abatido, verifique sua frequência cardíaca em repouso. Se subiu, é um bom indicador de que as coisas não estão certas e você precisa descansar um pouco para se recuperar antes de estar pronto para outro treino. “
Variabilidade de frequência cardíaca O que é: Uma medida das alterações no tempo entre cada batida do seu coração. Enquanto seu coração bate várias vezes a cada minuto, o tempo entre esses batimentos nem sempre é o mesmo – 60bpm não significa uma batida por segundo, por exemplo. Se os intervalos de tempo entre as batidas são constantes, sua VFC é baixa, se variar, é alta. Embora existam vários fatores genéticos que a afetam, geralmente uma alta VFC é mais saudável do que baixa. Por que eu preciso saber: Sua VFC é controlada pelo sistema nervoso autônomo, o sistema que responde a fatores externos como estresse e relaxamento. Ter alta variabilidade permite que o seu batimento cardíaco mude rapidamente. Isso significava que nossos ancestrais poderiam ter seus batimentos cardíacos longe do perigo em tempos pré-históricos, e podemos usá-lo para ajustar nossa corrida. Quando você termina um treino pesado, sua VFC fica baixa; quando volta ao normal, é um sinal de que seu corpo se recuperou. Monitorar isso pode ajudá-lo a saber quanto descanso você precisa, e evitar o excesso de treino. Dica de treinamento: “Alguns estudos sugerem que corredores com alta VFC respondem melhor ao treinamento de alta intensidade e aqueles com baixa VFC respondem melhor a um volume maior de treinamento, mas, na minha opinião, misturá-los é benéfico para todos os atletas. Trabalhe no básico, construindo suas fundações aeróbicas primeiro com algumas corridas constantes e depois mergulhe com força e rapidez no trabalho.”
Carga de treino O que é: o volume de seus treinos nos últimos sete dias. Por que eu preciso saber: Uma ferramenta particularmente útil se você atingiu um platô, olhar o volume de treinos permite checar se você está na zona ideal de treinamento para obter resultados. Os dados, incluindo a frequência cardíaca durante os treinos, o volume de treinos a longo prazo e o nível atual de condicionamento físico, são analisados e você recebe uma classificação de carga de treinamento alta, baixa ou ideal. Se muito alto, você corre risco de lesão, se muito baixo você precisa aumentar a intensidade se quiser ver melhorias.
Potência O que é: Simplificando, esta é a sua taxa de trabalho à medida que você executa. Medido em watts, quanto maior o número, mais energia você gera com cada etapa. Por que eu preciso saber: Os ciclistas usam a potência há algum tempo, mas esse é um dado bastante novo para a corrida. Um dos principais benefícios de analisar a potência é ajudá-lo a manter um esforço constante em suas corridas. Enquanto a maioria de nós confia no ritmo como uma medida de esforço, isso pode ser afetado por inúmeras variáveis, incluindo inclinações. Se você estiver rodando 6 min/km, desacelerará ao atingir uma colina ou vai se acabar tentando manter o ritmo. A potência levará em conta o quanto você está tendo que trabalhar. Portanto, se você estiver correndo a 200 Watts, mesmo que seu ritmo diminua à medida que sobe, se você ainda estiver gastando a mesma quantidade de energia, seus Watts serão os mesmos. Isso pode ajudá-lo a manter um esforço constante durante uma corrida e impedir que você exploda mais tarde. Dica de treinamento: “Não gosto de correr baseado em cadência, pois há muitas variáveis, terreno, inclinação e fatores de estilo de vida. Se você está cansado ou um pouco doente, pode estar tentando forçar um ritmo que seu corpo não suporta. Correr baseado em força, ou frequência cardíaca, é uma boa maneira de praticar um esforço consistente. Experimente uma sessão em que você corre no apartamento, sobe e desce sem avançar, com o objetivo de manter seus watts no mesmo nível o tempo todo.”
Tempo de recuperação O que é: o tempo que o relógio estima que você deve descansar antes de estar pronto para o próximo exercício. Por que eu preciso saber: Com base na sua frequência cardíaca e nas pontuações máximas de VO2, o tempo de recuperação recomendado pode estar entre seis horas e quatro dias, e foi projetado para impedir o excesso de treino. Embora os tempos de recuperação possam parecer excessivos, eles não significam que você precisa colocar os pés para cima e assistir televisão. Este é o momento até que seu corpo esteja pronto para o próximo treino pesado. É bom sair para uma corrida fácil. Os relógios podem demorar um pouco para determinar seu nível individual de condicionamento físico, portanto, não se preocupe, se parecer impreciso nos primeiros treinos, ele deve recuperar o atraso.
Praça Riugi Kojima - SJC
3 COISAS QUE VOCÊ NÃO SABIA SOBRE
Anne Haug A alemã de 38 anos, campeã Mundial de IronMan em 2019 vem figurando há pelo menos 10 anos entre as tops mundiais em diversas distancias do esporte.
SOFREU NO CALOR DO RIO EM 2016
Anne veio para o Brasil como forte candidata a medalhas, mas disse que nunca enfrentou um calor e imudade tão intensos quanto o Rio. Ela cabou finalizando a prova em 36° com 2:02::56.
APAIXONADA POR TENIS
Na infancia Anne era apaixonada por tenis e pela Steffi Graf quando estava no auge da carreira. Ela chegou a disputar alguns torneios do colégio e sempre que pode pratica tenis entre as temporadas.
SE TORNOU PROFISSIONAL TARDE
Tornou-se profissional aos 27 anos, relativamente tarde, coincidiu com um avanço significativo do esporte no país. A primeira vitória da ETU European Cup no início de 2011, seguida por um pódio da ITU World Cup no México.
Vinícius Sobreiro @dr.viniciussobreiro
Médico do Esporte
É preciso suplementar? Atletas profissionais, amadores, iniciantes no esporte, não importa a categoria em que o praticante esteja, a performance é uma busca quase unânime entre todos. Para alcançá-la, além de um treino e alimentação corretos, existe também mais um fator que pode ser essencial: o uso de suplementos vitamínicos.
Nessa linha de suplementação é possível encontrar tanto aporte de vitaminas, quanto de minerais, mas antes de usá-los é necessário saber quando e se realmente seu corpo requer esse complemento. É possível encontrar praticamente tudo que nosso corpo precisa quando se tem uma alimentação balanceada, já que as vitaminas vindas dessa fonte são também mais bem absorvidas e compatíveis com o organismo. Além disso, há também suplementos com a forma química modificada visando o melhor aproveitamento do corpo. Por isso, na hora de escolher qual a forma ou a fórmula ideal, a indicação realizada por um profissional é indispensável. A formulação química de suplementos vitamínicos pode fazer toda a diferença na absorção pelo organismo. Mas é importante lembrar que vitaminas e minerais que a gente acha através da alimentação são mais fáceis de serem absorvidos pelo corpo do que os que são fabricados.
Suplementos vitamínicos no dia a dia Teoricamente, uma pessoa saudável é capaz de suprir suas necessidades diárias apenas com a alimentação correta. Na prática, alguns nutrientes, vez ou outra, precisam ser suplementados. Um deles é o ômega 3, muito presente em alguns tipos de peixes que não costumam ser consumidos com tanta frequência. Outras suplementações também são comuns, como aquelas à base de proteína, o famoso Whey Protein, a Q10, vitamina amplamente indicada independente do nível de atletismo, a Creatina para ganho de massa muscular, entre outras.
Ponte Estaiada - São José dos Campos Outro ponto também a ser observado é o nível de performance de cada um. Uma dieta para um atleta pode ser toda baseada em alimentação, como também conjugada com um complemento suplementar, vai depender desse atleta. Por exemplo, se o atleta treina horas por dia todos os dias, então a demanda de treinamento e demanda energética vão ditar como a dieta deverá ser para oferecer a ele tudo que ele precisa.
Suplementação requer orientação Recorrer aos nutrientes, vitaminas e minerais para além da alimentação é um ótimo método, mas que deve ser feito à luz de prescrições profissionais. Isso porque, segundo a nutricionista, o atleta pode sobrecarregar a saúde com excessos de substâncias e investir dinheiro à toa, sem retorno.
Outro ponto a ser observado é a diferença da suplementação para atletas amadores ou profissionais, já que cada um tem uma demanda diferente do outro. Atletas amadores que têm suas atividades, seus treinos, mas não vivem só disso, possuem o gasto energético menor versus os profissionais, portanto, a necessidade de suplementos e vitaminas também se difere nesse ponto, já que existe a possibilidade de que para um atleta amador uma alimentação já seja o suficiente e para um profissional, devido às demandas serem maiores, seja preciso conjugar.
Quando o assunto é suplementação, a chave é um plano individualizado e personalizado que deve levar em conta a rotina do atleta como um todo, principalmente os de alta performance. Para esse público específico, o uso da suplementação é bem comum e se faz necessária, mas isso não dispensa que o mesmo tenha uma alimentação regrada, adequada, equilibrada, porque o suplemento não faz efeito sozinho, ele só complementa. Por isso a importância da nutrição O uso de suplementos e vitaminas só deve ser realizado quando realmente necessário e prescrito por profissionais aptos. Procure algum especialista que possa montar uma dieta individualizada, personalizada, voltada para o treino e objetivo de cada um. Esse profissional vai saber se o uso é necessário e fará exames que também vão indicar essa necessidade.
Aprenda a fazer simulados! Se você está treinando para um IronMan ou uma prova longa, é muito provável que você esteja seguindo uma planilha de treinamento que tenha um treino longo de natação, um treino longo de ciclismo e ainda um treino longo de corrida em dias separados. A ideia por trás de separar o trabalho é que você pode treinar mais descansado, utilizando melhor técnica, mais rápido e se recuperar mais rapidamente de cada sessão de forma que no dia seguinte ao seu longo de pedal ou corrida, você já pode treinar natação em alta intensidade e seguir melhorando seu desempenho sem a necessidade de uma longa recuperação durante a semana.
No entanto, atletas iniciantes com pouca ou nenhuma experiência na distância IronMan podem se beneficiar de simulados durante suas preparações. Os benefícios principais benefícios de simular a sua prova são: Confiança: a distância sugerida é aquela em que seu corpo consegue lidar
sem precisar de um longo período de recuperação. Um simulado mais longo que isso pode acabar fazendo a distância do IronMan no treino. Você não consegue realmente simular o final de uma maratona do Ironman no treino, logo, é melhor que parar antes disso, se recuperando mais rápido e voltando para os treinos de forma consistente.
Treino especifico de Endurance: enquanto você adquire endurance ao
treinar cada disciplina separadamente (o que também traz benefícios), um longo dia de treino é o máximo que se pode ter de especificidade para sua resistência. Uma vez que você se recupera de um simulado, você encontrará sua capacidade física em outro nível.
Ritmo estratégico: você poderá simular, pelo menos em um ambiente
mais calmo (sem a adrenalina de antes da prova), como você consegue se sair nessa situação diferente. Você terá instruções e metas para cada segmento do simulado. No dia da prova, controlar o ritmo, junto com a nutrição, são os dois maiores componentes que irão impactar sua corrida, uma vez que não há nada que se possa fazer a respeito da sua capacidade física naquele dia. Falhar na manutenção do ritmo correto é uma receita garantida para um desastre na prova.
Testar equipamentos: quantas vezes você já fez uma longa natação com
roupa de borracha? Se você vive em um lugar mais quente, grandes são as chances de que você nunca tenha tido uma roupa de borracha antes de se inscrever em um Ironman no exterior e você precisa estar ligado para o incomodo gerado por alguma dessas roupas e estar pronto para isso (com muita vaselina) no dia da prova. Teste também todo o equipamento que planeja utilizar na prova: rodas, capacete, tênis, o que você carrega nos bolsos e usa apenas nas provas.
Nutrição: o objetivo aqui é testar a tolerância do seu estômago a qualquer
alimento que você pode vir a usar na prova. Imagine que você não se de bem com determinados sabores de géis e você só descubra isso no dia da prova. Além disso, nesse dia você estará lidando com um estresse adicional, então sua estratégia de nutrição deve estar perfeitamente treinada e, se você já tem desconfortos com determinados alimentos, eles podem aumentar durante a prova.
Outras fraquezas: Colocar o corpo em estresse suficiente também pode te
mostrar alguns pontos fracos que um dia de treino não mostrará. Pode ser algo relacionado com o conforto na bike, por exemplo, uma dor nas costas ou no pescoço durante que sem a natação prévia você não sentiu. Nesse sentido, o simulado permitirá a detecção e correção desses problemas como bike fit, força do core e flexibilidade, que podem te frear na competição.
Como adicionar um simulado à planilha: Escolha um fim de semana 6 a 8 semanas antes da prova. Essa data te dará muito tempo para se recuperar antes de começar os treinos mais específicos, sempre incluindo as lições que você aprendeu no simulado e ajustando seu treinamento às fraquezas detectadas. É melhor fazer esse simulado em um sábado, pois você poderá ter um dia inteiro de descanso no domingo, ou, se as condições climáticas do sábado não ajudarem, você pode empurrá-lo para o domingo. Para completar esse simulado e se recuperar de forma relativamente rápida (em uma semana), você deve ter completado nas 6 semanas anteriores:
4 treinos longos de ciclismo de pelo menos 4 horas cada 4 treinos longos de corrida longas de pelo menos 2 horas cada 4 treinos de natação de pelo menos 1 hora cada Se você não fez tais treinamentos, o simulado te fará mais mal do que bem e é melhor fazer mais um fim de semana normal de treinos longos e trabalhar sua consistência.
Os preparativos
Idealmente, faça seu simulado onde você tenha acesso a uma loja de conveniência (que será seu ponto de hidratação) ou leve um cooler com aquilo que você precisa e deixe no carro. É também necessário um circuito onde você pode dar algumas voltas para controlar o seu ritmo. Como geralmente as piscinas são longe das estradas onde se pode pedalar, não há problemas de você dirigir até onde seja mais apropriado, mas tome cuidado com o tempo que isso pode levar.
NATAÇÃO: duração = 1 hora
Estabeleça uma distância que você consiga nadar em 1 hora antes de começar. Depois, divida a distância em 2 partes iguais e tente nadar a segunda mais rápido do que a primeira, com uma breve pausa entre as duas. Se é permitido o uso de roupa de borracha, use hoje (a não ser que você nade em uma piscina a mais de 27ºC) – além disso, se você está usando a roupa de borracha e vive em um pais quente, divida sua natação em partes ainda menores e leve pelo menos 2 garrafas com você (uma com água e gelo para jogar na cabeça e se refrescar e a outra com uma bebida esportiva para se hidratar).
TRANSIÇÃO 1: duração = até 30 minutos
Aqui está a exceção de “use tudo o que planeja para a sua corrida no seu simulado”. Na T1, você deve comer um snack que contenha carboidratos e proteínas (gordura é opcional). Isso ajudará a reduzir a janela de recuperação. Em prol da logística, não há problemas de dirigir um pouco entre a piscina e o seu local de ciclismo e corrida.
CICLISMO: Duração = 5 horas
Semelhante à natação, você pode pré-estabelecer uma distância e dividi-la em 3 segmentos diferentes, por exemplo: pedalar 1h40, aumentar a velocidade e pedalar até 3h20 e fazer a última 1h40 em um ritmo ainda mais veloz. Pare a cada 100min para encher suas garrafas. Se possível, tente simular o tipo de percurso da sua prova: subidas, descidas técnicas, planos, ache o que vai te preparar física e mentalmente para o grande dia.
TRANSIÇÃO 2: Duração = até 15 min
A segunda transição deve ser bem mais rápida que a primeira, já que não é necessário que se dirija entre os locais e você precisa correr com as mesmas roupas que usará na prova: macaquinho ou camisa e bermuda. Simplesmente coloque sua bike no carro e saia para correr. Aqui você também vai precisar de um snack: algo de digestão simples e muita água. Lembre-se que sua meta é terminar essa sessão com o tanque “meio cheio”, o que te proporcionara uma recuperação mais rápida. Diminua o ritmo se você precisar para processar todas as calorias e líquidos que está ingerindo hoje.
CORRIDA: Duração = 1 hora
Enquanto a natação e o ciclismo terão uma distância próxima daquela da prova, uma corrida de uma hora pode ser apenas um quarto ou um quinto do que você vai correr no dia da prova, mas porque isso? Devido ao impacto, a corrida necessita de um tempo de recuperação muito mais longo do que a natação e o ciclismo – é também por isso que você nunca deve correr uma maratona durante a preparação. O objetivo aqui é correr o suficiente para aprender a manter um ritmo, praticar sua nutrição, testar o equipamento, mas parar antes de ir longe demais
Faça uma pequena pausa para reabastecer aos 30 minutos e complete 30 restantes mais forte que o primeiro. No final, você deve se sentir forte e se sentir como se pudesse continuar. Se não se sentir assim, é um sinal de que você estava indo rápido demais para o seu nível atual.
RECUPERAÇÃO
Coma um snack logo após o treino e vá para casa. Duas horas depois do termino da sessão, coma mais uma refeição. Pesquisadores demonstraram que ocorrem melhores taxas de reposição de nutrientes se forem feitas refeições 30min e 2 horas após o exercício, o que permitirá um retorno mais rápido aos treinos e ajudar seu sistema imune a responder a potenciais doenças na semana seguinte ao simulado.
Aqui vai uma sugestão de recuperação para seu simulado em um Sábado:
Uma vez que você retornou aos treinos, resista à tentação de fazer outro simulado. Lembre-se que fazer treinos curtos e longos te preparam melhor do que fazer simulados constantemente. Ajuste seu treino baseado na sua performance no simulado e siga isso até as duas últimas semanas, quando você deve começar o polimento. Nesse último bloco você deve evitar qualquer tipo de competição, pois pode afetar sua consistência novamente. Continue a treinar sem fazer tanta força.
Mirian Faria @fisioterapeutamirianfaria
Fisioterapeuta
Condromalácia
Ou Condropatia Patelar é uma doença que acomete a cartilagem localizada no joelho, mais especificamente entre a patela e o fêmur. Ela pode evoluir desde o amolecimento da cartilagem até o dano grave que chega ao osso. O principal sintoma é dor, que pode limitar algumas atividades da vida diária. Também chamada de síndrome da dor patelo-femoral, condromalácia é uma alteração caracterizada pela desgaste da cartilagem que recobre as extremidades dos ossos do corpo.
Ela pode acometer qualquer articulação do organismo, mas o mais comum é que atinja a patela, um pequeno osso de formato levemente circular que está localizado na face anterior do joelho e se articula com o fêmur. Antigamente, a patela era chamada de rótula.
A Condropatia é classificada de acordo com o grau de desgaste e degeneração da cartilagem: Grau I: é marcado por um amolecimento da cartilagem. Grau II: a alteração atinge a cartilagem hialina. Grau III: é caracterizado pela fissura da cartilagem articular até o nível do osso subcondral (abaixo da cartilagem). Grau IV: grau mais severo, é marcado pelo desgaste ósseo e pela ausência de cartilagem articular. Diversas lesões e desordens podem causar a Condromalácia patelar. Algumas delas são: Desequilíbrios musculares (quando alguns músculos na região do joelho são mais fracos ou encurtados que os outros) Traumas (como fraturas e deslocamentos) Deformidades anatômicas dos membros inferiores Uso excessivo (principalmente durante práticas esportivas) Artrite reumatoide ou artrose (osteoartrite) Aplicação articular de medicações esteroidais em excesso A Condromalácia é mais comum em mulheres do que em homens por causa da angulação do quadril em relação ao joelho específica da anatomia feminina. É caracterizada por uma dor anterior no joelho que piora com atividades diárias, como subir e descer escadas e se levantar depois de longo período sentado. A confirmação do diagnóstico da lesão da cartilagem da patela só pode ser confirmado após um exame de ressonância magnética.
48 O tratamento principal na maioria dos casos é a fisioterapia, em especial o fortalecimento dos músculos responsáveis pela estabilização dos joelhos, como quadríceps e glúteos. Essa terapia ainda ajuda a amenizar o processo inflamatório e a dor no auge da crise por meio da aplicação de técnicas analgésicas, como transcutaneous electrical nerve stimulation (TENS) e luz infravermelha. A lesão da cartilagem não tem cura, mas existe tratamento para aliviar os sintomas e atrasar a progressão da doença. Depois disso, é feito o trabalho de fortalecimento e treinamento neuromotor. Diversas técnicas entram em cena com esse objetivo, entre elas um programa de exercícios terapêuticos, eletroestimulação, bandagens, entre outros.
A cirurgia é indicada em raros casos nos quais não há respostas satisfatórias aos tratamentos conservadores. Na maior parte dos casos, o joelho acometido é tratado com cirurgias vídeo artroscópicas minimamente invasivas que retiram a cartilagem danificada, uniformizam a superfície articular e estimulam a síntese de colágeno. Em raríssimos casos, são indicadas cirurgias mais complexas, como quando o paciente tem deformidade da anatomia óssea. A acupuntura é um método complementar que ajuda a aliviar a dor, assim como a bandagem feita pelo fisioterapeuta e a aplicação de compressas de gelo. Em casa ou no trabalho e em outras atividades do dia a dia, é importante tomar medidas para evitar posturas que causem dor, como permanecer muito tempo sentado. Além disso, com orientação do fisioterapeuta ou do médico, podem ser indicadas medidas caseiras, como aplicação de gelo no joelho. A complicações relacionadas à Condromalácia patelar estão diretamente relacionadas à dor limitante ou que não melhora após o tratamento conservador. Na maioria dos casos, ocorre melhora após ao menos de três meses realizando as sessões de fisioterapia e os exercícios de fortalecimento específicos. As medicações orais condroprotetoras e a infiltração com ácido hialurônico podem potencializar as terapias do quadro. Para evitar a Condromalácia é importante manter a musculatura dos membros inferiores forte, alinhada e bem equilibrada, isso vale especialmente para atletas, que estão no grupo de maior risco para Condromalácia. Também é indicado evitar longos períodos na mesma posição e manter hábitos de vida saudáveis, como a prática de exercícios de fortalecimento e alimentação adequada.
Crioterapia
Sim! Finalmente temos nova data. 28/03/2021 o tão esperado K Series está de volta. Por conta desse periodo inesperado o Kseries 2020 foi suspenso, e agora estamos autorizados a voltar. Atenção: As inscrições estão reabertas no INSCRIÇÕES XTREME www.inscricoesxtreme.com.br
Você que já está com sua vaga garantida, chame os amigos.
ENTREVISTA DO MÊS Thales Henrique Um triatleta na Austrália Na edição de março da revista, te convido a conhecer a história do Thales, um garoto de 21 anos, de São José dos Campos, que praticava Wheeling e decidiu tentar a vida na Austrália, com talento e dedicação para o esporte ele investiu forte e já coleciona resultados expressivos no Triathlon. Thales conta um pouco da sua vida no outro lado do mundo, quais as dificuldades que passou e como eles valorizam o Triathlon. Conta também quais sua ambições dentro do esporte e como tem sido treinar sob os olhos atentos do Lucas Vilhena! Para voce ter uma idéia, ele acabou de fazer sua primeira 70.3 e já mandou logo um sub 5 horas, tem talento ou não o garoto? É sempre um prazer poder contar histórias de quem, assim como eu, é apaixonado pelo esporte (não com esse talento). Fica ligado no papo que vale a pena!
OBRIGADO PELA OPORTUNIDADE DE CONTAR A SUA HISTÓRIA THALES, VOCÊ É UM RAPAZ NOVO AINDA. CONTA PRA GENTE COMO FOI SEU PRIMEIRO CONTATO COM O ESPORTE E UM POUCO DA SUA TRAJETÓRIA...
Thales
Valeu pela oportunidade Diogo, bacana sua iniciativa de levar o Triathlon para a galera da região! Então, eu comecei correndo, mais ou menos em 2017, umas 3 vezes na semana. E como eu tinha amigos muito fortes na corrida, caso do Coquinho, talvez você conheça. Eles me chamavam sempre para ir em corrida de rua. A primeira foi uma do aniversário de São José, fiz logo um quase sub 40 minutos e não tinha noção do quanto isso representava nos 10km, comecei a pegar gosto e viciado em corrida. Antes disso eu fazia um esporte chamado Whelling, que é um esporte de acrobacias de moto. Nesse ano de 2017 tive um acidente de moto e fraturei uma vertebra da coluna, não foi nada muito sério. Vinha sendo um piloto e correndo. Fiquei afastado de tudo uns 2 meses, e naquele meio tempo comecei a pesquisar sobre triathlon e corrida. Decidi que quando me recuperasse investiria no esporte seriamente. Durante a recuperação, por não poder correr, eu tinha uma Mountain Bike e comecei a pedalar e dali foi evoluindo. Em 2018 comprei uma speed e competi em alguns Duathlons no Vale. Como eu já estava com alguns planos de mudar do Brasil, minha namorada e eu nos mudamos para a Austrália, aqui a facilidade é muito grande. Logo que me mudei, haveria um Sprint Triathlon em 3 meses, treinei muito a natação e completei em 1h08min. Fui aumentando as distancias e participando de provas mais longas, aqui tem muitas e todas bem acessíveis! No ano passado veio a Covid e fechou tudo, perdi boa parte do condicionamento da natação. Tive que arrumar outro emprego e achei um em uma mecânica de motos, que é o que eu fazia no Brasil, isso acabou me dando esperanças. O país passou pela Pandemia bem rápido e as provas já começaram novamente, aqui faço um Sprint por mês, é incrível como a facilidade do esporte é grande.
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AGORA APROFUNDANDO UM POUCO NO ESPORTE, COMO É SUA ROTINA DE TREINOS SEMANAL, SABEMOS QUE VARIA BASTANTE POR CAUSA DO PERIODO EM QUE ESTÁ, MAS NO GERAL, COMO ELES SÃO?
Thales Geralmente eu tenho dois treinos por dia. Um antes do trabalho e outro entre o trabalho e escola. A maioria das vezes a minha aula é prática em uma piscina publica que tem aqui, então antes das aulas sempre faço meus treinos de natação. No período da manhã é sempre os treinos mais longos, geralmente de corrida ou ciclismo. Duas vezes na semana faço um treino de fortalecimento na academia. A rotina é sempre encaixada, meus horários são corridos, tem que fazer um sacrifício, mas a motivação sempre fala mais alto e a força de vontade é maior que tudo!
E A SUA ALIMENTAÇÃO, COSTUMA SER REGRADO OU MAIS ABERTO PRA ISSO?
Thales Vai fazer agora dois anos que eu não como carne, nem frango nem nada. Só ovo e peixe, nem por questão animal, é mais por uma escolha nossa, dá pra ser saudável comendo natural. Ficamos meio abalados com a maneira de como a carne chega na nossa mesa. A alimentação é basicamente evitar o máximo de industrializados possíveis. Mais fresh possível, quanto mais natural melhor. Sou um cara que perde muito liquido em treinos e provas, então sempre utilizo o isotônico para recuperar melhor.
COMO TEM VISTO ESSES ACIDENTES COM CICLISTAS PELO PAÍS, COMO ISSO TE AFETA? O QUE PENSA A RESPEITO?
Thales Então Diogo, eu tive muito pouco contato com o Triathlon no Brasil. Claro que eu sabia o que era o esporte e tudo mais. Na verdade eu era mais um corredor e pedalava só aos finais de semana. Fui ter realmente mais contato com o Triathlon aqui na Austrália, e logo de cara percebi o quanto ele é acessível aqui sabe, se quiser começar no esporte aqui você consegue acesso a tudo, bicicleta, acessórios, piscina pública, academia pública. Custa só 7 dolares mensais. Percebo que aqui as coisas funcionam. O Triathlon na Australia é muito forte, tem muito atletas profissionais em nível mundial treinando aqui perto de mim. Aqui desde muito novo você já treina específico para o Triathlon. Imagina como vai estar essa geração daqui um tempo crescendo com o esporte!
AONDE PENSA EM CHEGAR COM O ESPORTE? PENSA EM SE PROFISSIONALIZAR?
Thales Cara acredito que ainda é bem cedo pra pensar nisso sabe, apesar de parecer um sacrifício para os outros, para nós que vivemos o esporte é tudo mais fácil não é. Me divirto muito nos treinos e provas e por enquanto não to pensando em nada a não ser aproveitar esse momento. Eu sei e tenho bastante pé no chão e vendo os números dos profissionais ainda tem uma diferença muito grande. Como o coach Lucas diz, vamos continuar nos divertindo, treinando forte e ver até onde isso pode nos levar. As coisas quando tem que acontecer elas acontecem. Procuro sempre duro e deixar meu destino nas mãos de Deus. Se for pra ser, será. Pés no chão e muito trabalho. QUER IR PARA A DISTANCIA FULL UM DIA, OU SE FIRMAR MESMO NO 703 / OLIMPICO / SPRINT?
Thales Tanto IronMan Full e distancias maiores ainda é coisa maluco, quero aprender e ficar rápido no Sprint e Olímpico primeiro, não me sinto preparado para performar nessas distancias e é isso que procuro, sei que tenho que melhorar muito minha natação em distancias maiores, encaixar bem meu pedal sem me desgastar para a corrida, enfim, tem muito pra ajustar ainda e ter essa base nas distancias mais curtas é fundamental, paciência no processo! No 70.3 vi que ainda consigo desenvolver bem, mas preciso de muita experiência nas outras distancias para conseguir performar melhor. Entendo que o esporte é feito de etapas, e pular algumas pode te prejudicar lá na frente, não tenho pressa para isso. Quero fazer bem feito!
@thales_henriquess
AGRADEÇO PELA FORÇA PARA A NOSSA REVISTA, UM PRAZER FALAR CONTIGO. DEIXA UMA MENSAGEM PARA TODOS QUE ESTÃO COMEÇANDO NO TRIATHLON!
Thales Assim como eu que está começando, acho que a principal dica que posso te dar é que procure logo um profissional para te orientar, confesso que não achava isso muito importante e demorei para me ligar nisso. É surreal o quanto ter alguém te orientando nos treinamentos faz você evoluir, para que você possa canalizar toda a sua energia nos treinos e naquilo que te importa. A segunda coisa é ter paciência, me considero um sortudo por morar num pais onde me oferecem toda a infraestrutura para treinar, sei da dificuldade no Brasil, mas faça o que da para fazer, com o que tem. Dê sempre o seu melhor, não importa as circunstâncias. Vejo muita gente preocupada com equipamentos de ultima geraão, bike de carbono, denis de placa e esquecem de valorizar o processo, aprender a enxergar isso é motivador e te tira a carga desnecessária da cobrança. Quero levar isso ao maior numero de pessoas possiveis, curta o seu treino, se voce gostar do que faz fica tudo mais fácil. Aprenda com os dias ruins e saiba que todo mundo tem os seus, o que voce faz com ele é que é o diferencial. Tenho muito o que evoluir como pessoa e atleta, mas aprender a enxergar isso mudou a minha mente as varias questões. Principalmente as esportivas. Por mais que olhamos as pessoas melhores, não podemos nos basear nelas, cada um é cada um, as vezes o treino não sai como a gente quer, e só o fato de termos ido já somos um vitorioso. Temos que valorizar as pequenas conquistas para chegarmos em um nível maior. Divirta-se!
#VOCÊNASQUAD Março
Márcia
Arthur
@marciawatanabe
@corbaniarthur
Eduardo
Célio
@eduardomaniassi
@celiosilveira
Igor
@igorferreirabm
Adriana
@dricarocha83
João
@jpelottiteam
Simone
@simonicascaldo
João
@adrianoalpino
Almir
@abovenzo
Existe um padrão de corrida no Triathlon? Será mesmo que a Avaliação Biomecânica é a Ressonância Magnética de todo Fisioterapeuta que trabalha com Esporte? Avaliar o movimento humano é uma das tarefas mais complexas a serem feitas pelo Fisioterapeuta, que é especialista nisso. As complexas e múltiplas relações entre os diversos sistemas presentes no corpo humano, seja para a realização de algum gesto esportivo ou treino de força, dão uma dimensão do quão difícil é a tarefa. O sistema de movimento humano sofre influências de diversos sistemas de controle do corpo humano, como o sistema articular, o miofascial, o neural e seus tecidos conectivos, que, por sua vez, são influenciados pelo sistema nervoso central (SNC) e pelos mecanismos fisiológicos e psicossociais. Como mencionado posteriormente, a complexidade de avaliar o movimento ideal por causa do envolvimento de vários sistemas dificulta a interpretação de “movimento ideal”, uma vez que as várias interações que ocorrem entre esses sistemas fazem com que os atletas analisados apresentem diferentes formas de se utilizar distintos padrões de movimento.
Baseado nesse contexto, diversos atletas, treinadores e fisioterapeutas se questionam: existe um padrão de movimento ideal para prática esportiva e qual seria esse padrão ideal de movimento? O movimento ideal, neste caso a corrida ideal pode ser definida como o modo de realizar a tarefa com menor gasto energético, da forma mais eficiente e que haja controle suficiente para minimizar os estresses fisiológicos causados pelo movimento. Agora se não existe um padrão de movimento ideal, por que avaliar a biomecânica da corrida?
Acredito que muitos já escutaram o termo prevenção de lesões. A verdade é que se fosse fácil prevenir lesões, ninguém se machucaria. Entretanto, antes de prevenir é necessário identificar e mapear as lesões mais frequentes na modalidade esportiva. A avaliação biomecânica tem por ciência estudar a atuação das forças externas e internas da estrutura biológica e os efeitos produzidos por elas. Dessa forma, o objetivo da avaliação é identificar os fatores de risco que ocasionam sintomas de dor seguido por alterações na mecânica de movimento.
É claro que devemos considerar outros fatores relacionados durante a avaliação, como: volume, intensidade, modalidade de prova que está se preparando, qualidade de sono, alimentação, individualidade de cada atleta, entre outros. Após identificar esses fatores de risco que ocasionam essas lesões, o fisioterapeuta em parceria com o treinador pode desenvolver um programa de prevenção. A corrida no Triathlon apresenta algumas particularidades que devem sempre ser consideradas, como por exemplo, o Triathlon possui características únicas, como a realização de 3 modalidades e 2 transições em uma mesma prova, sendo que a 2a transição consiste no período do último km do ciclismo, toda troca de equipamento, até o final do último km da corrida.
Os triatletas apresentam uma menor eficácia no início da corrida, associada ao gasto energético alto e maior percepção de fadiga. Consequentemente, essas alterações podem promover uma redução do comprimento da passada, alteração da cadência, alteração da inclinação do tronco e a diminuição da elevação e extensão do joelho. Resumidamente, a avaliação biomecânica contribuiu muito para identificar os fatores que ocasionam as lesões, mas o “ideal” para modificar a biomecânica é se o desfecho da dor do atleta melhora e posteriormente, aumenta o seu desempenho. Entenda que modificar padrões de movimento não é tão simples. O sucesso está associado a excelentes parâmetros fisiológicos, uma boa capacidade de realizar e aplicar a força, e a economia de energia relacionada a uma biomecânica eficaz.
Por fim, considere que a Biomecânica é uma das peças de um grande quebra-cabeça conhecido como corpo humano.
Lucas Vilhena @lvtriathlon
Treinador de Triathlon
EPO - Sucesso rápido, fracasso certo. A eritropoetina é um hormônio secretado pelo rim que, em pessoas saudáveis, estimula a medula óssea a elevar a produção de células vermelhas do sangue, as hemácias. Já a eritropoetina sintética, mais conhecida como EPO, é um medicamento de uso controlado produzido por meio de técnicas de DNA recombinante. Sua ação é a mesma que do hormônio produzido em nosso corpo e é usado principalmente para o tratamento de anemia associada à insuficiência renal crônica.
Apesar de ser um medicamento que requer cuidados, seu uso quando feito por atletas saudáveis é capaz de aumentar a resistência. Por isso, a substância hoje é considerada ilícita no mundo do esporte e proibida pela Agência Internacional Antidoping.
Existem duas maneiras de manipular o EPO no corpo humano. Uma é o doping sangüíneo, método bastante utilizado na década de 70 e início dos anos 80. O Doping sanguíneo envolve remover e estocar um litro do próprio sangue, esperar algumas semanas até que o corpo tenha restaurado a quantidade de células vermelhas do sangue, e então reinjetar as células vermelhas estocadas. Doping sangüíneo requer a redução da qualidade do treinamento depois que o sangue for tirado e é um procedimento bastante complicado. No fim dos anos 80, o EPO passou a ser sintetizado em laboratório com fins terapêuticos, para tratar pacientes com mau funcionamento dos rins. No início da década de 90, o uso de EPO injetável por ciclistas já era amplamente conhecido e realizado. A melhora da performance após o uso de EPO é significativa, atraindo atenção de atletas de ponta do ciclismo mundial. A partir dos anos 2000, na Olímpiada de Atenas o EPO passou a ser detectado pelos exames antidoping.
64 Eritropoetina: doping sanguíneo
De uns anos para cá, diversos triatletas, corredores e ciclistas foram pegos em exames antidoping e suspensos por causa da eritropoetina. Isso porque o EPO, quando usado em grande quantidade, provoca o aumento da produção de células vermelhas no sangue, ou seja, altera sua composição natural, o que classifica seu uso como doping sanguíneo.
Como o EPO age no organismo?
O EPO provoca o aumento da capacidade de oxigenação dos músculos, devido a maior produção de células vermelhas no sangue. Mais oxigênio no sangue significa mais oxigênio alcançando os músculos para a produção de energia aeróbica, o que na prática, faz com que o atleta se torne mais resistente e desenvolva uma melhor performance em sua modalidade, uma vez que ele se cansa
Quais os riscos para saúde causados por este tipo de doping?
Essa mesma substância que é capaz de oferecer melhoras no rendimento, também coloca em risco a saúde de quem a utiliza sem a devida prescrição médica.
O aumento de produção de células vermelhas pela eritropoetina torna o sangue mais denso, podendo bloquear os vasos sanguíneos e ocasionar diminuição dos batimentos cardíacos e até mesmo um infarto. Além disso, o uso do EPO também causa hipertensão, pode levar a convulsões e aumentar o risco de trombose venosa e tromboembolismo pulmonar. É intenção das autoridades do COI de que a análise da EPO seja cada vez mais aperfeiçoada, uma vez que o método direto ainda consome muito tempo e não é muito sensível. Aliado a esse fato, maior número de laboratórios credenciados deve ser capaz de efetuar essas análises, mas um ponto importante na implementação rotineira de análises para a EPO é o fator custo.
Uma análise envolvendo as triagens necessárias para o monitoramento de todas as substâncias proibidas em controle de dopagem possui custo relativamente elevado e a inclusão de testes para a EPO irá acarretar aumento significativo em seu preço. Apesar desse fato, algumas confederações esportivas brasileiras já patrocinam programas de controle para rastreamento. O futuro dos testes sanguíneos parece estar vinculado aos avanços tecnológicos da medicina. A nanotecnologia vislumbra ser nos próximos anos o caminho a ser seguido para análise de fármacos, tanto na terapêutica quanto no esporte, uma vez que permite a detecção de diversas substâncias diferentes com a coleta de apenas uma gota de sangue ou de outro fluido biológico. Espera-se que, a partir de então, os atletas façam menos objeção à realização de testes sanguíneos e que limites de detecção mais baixos sejam alcançados
Como fazer um Check List Diferentemente de outros esportes, o Triathlon requer muita preparação logística para as provas, afinal você tem que levar roupas e equipamentos para três esportes. Preparar uma viagem é algo demorado e deve ser feito com atenção, para não se esquecer nada. O mesmo vale para o dia da prova, um gel que você se esquecer pode comprometer meses de treinamento. Em cinco anos no esporte já vi de tudo: atletas esquecendo sapatilhas, tênis, sacola de transição desaparecidas, pneu furado sem câmara reserva e muitas outras coisas. Para diminuir esses problemas, elaboramos um checklist para viagens de competição.
O triatleta Igorl Amorelli que está no Tri Curioso desta edição, por exemplo, é patrocinado pelas marcas: CPHBrasil, Redbull, Woom, Exceed, Oakley, Xterra e Mbs.
Material para o dia da prova: GERAL: [ ] macaquinho ou maiô [ ] top (caso não vá utilzar macaquinho) [ ] bermuda (caso não vá utilzar macaquinho) [ ] porta-chip [ ] protetor solar [ ] relógio ou GPS [ ] hidratação antes da prova [ ] alimentação antes da prova [ ] meia de compressão (caso vá usar) [ ] manguito (normalmente em provas frias) [ ] roupas para o aquecimento antes da prova NATAÇÃO: [ ] óculos de natação [ ] óculos de natação reserva [ ] lubrificante (vaselina, BodyGlide etc.) [ ] roupa de neoprene (nas provas permitidas) [ ] touca (normalmente fornecida pela organização) [ ] toalha (caso queira enxugar os pés na T1) CICLISMO: [ ] bicicleta (verifique se o funcionamento está ok) [ ] rodas de competição (verifique os pneus e a pressão) [ ] sapatilhas (verifique se os taquinhos estão ok) [ ] capacete [ ] caramanholas para o ciclismo (com água ou outra bebida) [ ] gels para o ciclismo (ou outra de fonte de energia) [ ] óculos de sol (que poderá ser o mesmo durante toda a prova) [ ] câmara (clincher) ou pneu reserva (tubular) [ ] cartucho de CO2 para encher o pneu em caso de furo (se seu pneu é tubular vai precisar de 2 de 16g ou 1 de 25g)
CORRIDA: [ ] tênis de competição (com elástico no lugar dos cadarços) [ ] meias [ ] viseira ou boné (a vantagem da viseira é ser mais fácil molhar a cabeça para esfriar o corpo) [ ] porta-número para o número de peito [ ] gels para a corrida (ou outra de fonte de energia)
OUTROS: [ ] alimentação (barras de energia, repositores eletrolíticos etc.) [ ] boné [ ] sandálias [ ] tênis de passeio [ ] roupas para depois da prova [ ] roupas para o aquecimento antes da prova [ ] passagem aérea [ ] fita crepe ou isolante para emergências [ ] identificação (RG, passaporte etc.) [ ] passagens aéreas [ ] vouchers da hospedagem [ ] carteirinha da CBTri / ITU para as provas oficiais [ ] música para relaxar [ ] dinheiro e cartões de crédito/débito [ ] bomba de pé para a bike [ ] relógio com alarme para não perder o horário da prova
Atleta
Arion
O que te motiva a praticar o esporte? Sempre pratiquei esporte desde pequeno. Futebol de salão, natação, skate, volley. Conheci o Triathlon e comecei a praticar a modalidade em 1989, aos 14 anos de idade, portanto, há 32 anos atrás e nunca mais consegui parar. É amor Literalmente sou da geração do Triathlon raiz.! Natação, ciclismo e corrida de sunga e um top de lycra, bicicleta com quadro de aço, clipes inexistentes ou improvisados, água e no máximo Gatorade. Nada de recursos tecnológicos como quadros e rodas fibra de carbono, capacete aero, relógio com GPS, roupas de compressão, tênis com placa de carbono e outras soluções existentes hoje em dia. Era pura percepção de esforço, feeling, pele, raça! Obviamente comecei nas distâncias menores, Short Triathlon e Olímpico, até mesmo pela pouca idade, experiência, formação óssea e muscular. Mas já sonhava com a maior distância, o IronMan. Mesmo com pouca idade aprendi o significado de disciplina, dedicação e resiliência, pilares que fazem parte da minha vida em todos os aspectos, sobretudo nas áreas profissional, pessoal e no esporte que ainda pratico com tanto entusiasmo e paixão. Citando um exemplo: um dos treinadores que tive aos 15 anos de idade passava as 4h30 da matina em casa para me encontrar e partirmos para o primeiro treino dia. Nunca mais larguei o Triathlon, sendo parte fundamental da minha rotina diária e de vida. É como beber água, Nunca mais larguei o Triathlon, sendo parte fundamental da minha rotina diária e de vida. É como beber água, sabe?! Não dá para ficar sem... Pouca gente sabe, mas em 2008 fui diagnosticado com um câncer de tireoide e um de pele, momento em que a minha vida virou de cabeça para baixo. Em suma, pirei, fiz acompanhamento, entrei em estado de remissão e vi que era hora de realizar o grande sonho do IronMan. Enfim, o Triathlon representa a minha válvula de escape, o equilíbrio físico e mental que preciso, sobretudo na profissão tensa que exerço.
Bergman
da vez
Conta um pouco da sua história pessoal! Sou nascido na Capital do Estado de São Paulo e estou com 45 anos de idade. Aos 7 anos de idade minha família se mudou para São José dos Campos aonde vivi até os 16 anos, sendo que regressei para São Paulo para cursar a faculdade de Direito. Exerço a advocacia consultiva e contenciosa há mais de 20 anos, me especializei na área de recuperação de créditos, sobretudo de instituições financeiras e de fundos de investimento.
Como é sua rotina semanal de treinos e alimentação? Como atleta amador sou bem disciplinado, me considero um self trainer. Procuro treinar praticamente 6 dias da semana. Sempre que consigo e posso realizo dois treinos por dia, pois o treinamento para as provas de longa distância, principalmente o IronMan full não é brincadeira. Digo sempre: “Se você quer completar um Ironman, não basta treinar... TEM QUE QUERER E TREINAR MUITO, POIS O PREÇO A SER PAGO É MUITO ALTO EM TODOS OS SENTIDOS”! Tem que renunciar a muita coisa, sobretudo os prazeres cotidianos da vida, família, amigos e por aí vai. MAS VALE MUITO A PENA QUANDO SE CRUZA O PÓRTICO DE CHEGADA! E digo mais, um IronMan não se faz sozinho! Tem muitas pessoas envolvidas por trás de tudo até a sonhada linha de chegada e medalha no peito. Família, treinador, médico, nutricionista, fisioterapeuta, massoterapeuta. Não é apenas glória e flores... Para que tudo isso flua e aconteça procuro ter uma alimentação semanal regrada, dando preferência para alimentos integrais, muita salada, grelhados, legumes. “Esta receita de bolo” é conhecida pela grande maioria, não existe muito mistério nisso. O que ajuda muito é que não como e não gosto muito de porcarias, “trash food”, doces, e congêneres. Também não sou tão “caxias”, fora do ciclo final da preparação para IronMan, que representa os quatro meses que antecedem a prova, não dispenso também tomar um bom vinho e uma boa cerveja. Em pequenas quantidades obviamente, sempre fui fraco para bebidas então o pouco me basta. O mesmo funciona com comida! Sou de dormir cedo, aliás toda a família aqui em casa, não consigo acordar tarde, desde pequeno, sinto que rendo melhor na parte da manhã, por isso sempre procuro fazer o treino mais forte nesse horário. Prefiro assim e meu corpo reage bem. Situação que favorece muito para o treinamento de provas de Triathlon, sobretudo de longa distância.
Quais provas já fez? Já realizei muitas provas em todas as distâncias no Triathlon (Sprint, Olímpico, Meio Ironman e Ironman), com exceção do Ultraman. O Iron de Floripa é a minha queridinha sendo que já a completei em duas edições 2015 e 2017). Já corri também muitas maratonas, corridas de 5, 10 e 15km, além de uma ultramaratona (Bertioga Maresias 75km) Para qual prova está treinando e prova que sonha um dia fazer? Frente a este cenário mundial de tantas incertezas com este vírus, infelizmente não vislumbro correr provas tão cedo, tanto no Triathlon quanto em outras modalidades, apesar de estar inscrito em algumas provas (meia maratona de São Paulo / Asics City Marathon, dentre outras) desde o ano de 2020, que não ocorreram e muito provavelmente não irão acontecer este ano. De verdade, sonho em voltar ao Ironman Brasil em 2022 ou 2023 para mais uma prova no currículo, e quem sabe o 70.3 Hawaii. Mas não desanimo, continuo treinando, porque pratico o Triathlon pela essência e não pelas provas em si. Gosto demais de treinar independente de competição, apesar de ser muito competitivo. O sonho e target que certamente será realizado um dia é o Ironman de Kona no Hawaii, que acontecerá um dia, no momento certo, nem que seja na categoria 80 anos.
Deixe uma mensagem para quem está começando no esporte! Aos que estão começando no esporte indico que comecem com calma, pela base, façam as provas de distância menor. O Triathlon não é apenas o meio Ironman ou o Ironman full. O Triathlon é a natação, o ciclismo e a corrida. Sintam e vivenciem a experiência da modalidade intensamente. E, por fim, nunca desistam dos seus sonhos.
“O impossível é um lugar onde a concorrência é bem menor”