Edição 14 - AGO. 2021 NUTRIÇÃO - PERFORMANCE - FISIOTERAPIA FOTOGRAFIA - MEDICINA ESPORTIVA NOTÍCIAS - CURIOSIDADES NO ATLETA DA VEZ
SUSANA RODRIGUEZ
ENTREVISTA COM
LARISSA FABRINI
SQUAD TRI.
@squadtriathlon
REVISTA DIGITAL DE TRIATHLON
Apoio:
No Olimpo Considerado o maior evento esportivo do planeta, os Jogos Olímpicos têm como objetivo estimular a competição sadia entre os povos dos cinco continentes. Como já dizia o Barão de Coubertin (Pierre de Coubertin), considerado o fundador dos Jogos Olímpicos da Era Moderna, “o importante não é vencer, mas competir. E com dignidade”. De acordo com a mitologia grega, o herói Hércules criou as Olimpíadas por volta de 2.500 a.C., na Grécia antiga, para homenagear o pai dele, Zeus. Contudo, os primeiros registros históricos das Olimpíadas são de 776 a.C., quando os atletas vencedores começaram a ter seus nomes registrados. Nessa época, os reis de Ilia, de Esparta e de Pissa aliaram-se para que, durante os jogos, houvesse trégua sagrada em toda a Grécia. A aliança foi realizada no templo de Hera, localizado no santuário de Olímpia. Essa é a origem do termo “Olimpíadas”. Atenas foi a cidade que sediou a primeira olimpíada da Era Moderna, em abril de 1896, com delegações de 14 países. Ao todo, 241 atletas competiram em nove modalidades. Desde essa época, os Jogos Olímpicos passaram a ser realizados de quatro em quatro anos, à exceção de 1914 e 1918 e 1939 e 1945, quando ocorreram a Primeira e Segunda Guerra Mundial, respectivamente. No contexto da antiga Hélade, isto é, o conjunto das cidades-estado da Grécia Clássica. A realização dos jogos ocorria na cidade de Olímpia – por isso o nome “Olimpíadas” –, para onde os cidadãos das outras cidades peregrinavam a fim de participarem das competições. O primeiro atleta a vencer uma prova em Olímpia teria sido Corobeu, em 776 a.C. – a prova era de corrida. Dentro da tradição mitológica, os jogos de Olímpia foram criados pelo herói Hércules, filho do deus Zeus com uma mortal. Hércules foi obrigado pela deusa Hera a realizar doze trabalhos considerados impossíveis. O quinto desses trabalhos consistia em limpar os currais do rei Áugias, que continha milhares de animais e não era limpo há mais de 30 anos. Após conseguir realizar o feito, Hércules decidiu inaugurar um festival esportivo em Olímpia, em homenagem a seu pai, Zeus. Essa explicação mitológica organizava o entendimento que se tinha sobre o esporte olímpico à época. Sempre que os jogos eram abertos, havia todo um rito de sacrifício de animais a Zeus e cada competição tinha em dada medida alguma relação com o culto a essa divindade. Com o declínio da civilização grega, as competições esportivas tornaram-se esparsas nas civilizações subsequentes. A proposta de resgatar a prática das olimpíadas e o seu sentido principal, a celebração da paz – ou da trégua – entre as nações por meio do esporte, só aconteceu Diogo Diogo no fim do século XIX, por intermédio de uma personagem histórica singular. Oliveira
Oliveira
por
Diogo Oliveira
MATÉRIA PRINCIPAL: Cannabis no esporte Nutrição:
Carolina de Paula Indice Glicemico
Giro de Notícias
Mundo, Brasil e Região
Medicina do Esporte:
Tri Curioso
Vinícius Sobreiro
Kristian Blummenfelt
Quando procuro um médico? Fisioterapia:
#VOCÊNASQUAD
Mirian Faria
Quente ou Frio? Performance:
Atleta da Vez
Lucas Vilhena
Susana Rodriguez
Bikes Gravel
Fotografia:
Walter Magalhães
Memes do Triathlon
ENTREVISTA SQUAD TRI Larissa Fabrini
MATÉRIA PRINCIPAL Cannabis no esporte
P
ela primeira vez na história moderna dos 125 anos das Olimpíadas, atletas de elite falam abertamente sobre o uso de produtos feitos a partir da cannabis para prepará-los para o maior palco esportivo do mundo. Os Jogos Olímpicos de Tóquio começaram e será a primeira Olimpíada desde que a Agência Mundial Antidoping (Wada) suavizou punições por uso de drogas recreativas e retirou da lista de substâncias proibidas o canabidiol, um dos derivados não psicoativos da maconha. O processo começou em 2018 e hoje o debate está quente, inclusive no Brasil: no ano passado, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou pela primeira vez a venda de um remédio à base da planta. Também está próxima de votação uma lei que promete facilitar o acesso a remédios com substâncias da Cannabis, mas há resistência de setores sociais e do governo federal.
O CANABIDIOL, ATIVO E XTRAÍDO DA FOLHA DE MACONHA, É UMA SUBSTÂNCIA QUE REVOLUCIONOU O TRATAMENTO DE ALGUMAS DOENÇAS, COMO A EPILEPSIA E OUTROS QUADROS QUE AFETAM O SISTEMA NERVOSO. O CBD, sigla usada para reconhecer o composto, não tem efeito psicotrópico e não é viciante, e mesmo assim, há quem resista aos supostos benefícios. Os defensores do uso do CBD dizem que este extrato da maconha é mais seguro que analgésicos, principalmente aqueles à base de opioides, que estes, sim, provocam dependência. Além dos benefícios anti-inflamatórios, o Canabidiol pode servir de ansiolitico e analgésico. Nos Estados Unidos, ligas esportivas estão fazendo as pazes com a planta. Enquanto isso, no Brasil, atletas que querem
11
aproveitar seus benefícios terapêuticos enfrentam falta de informação, além de problemas com a imagem e até mesmo com a polícia. Em fevereiro de 2020, o UFC, maior organização de artes marciais mistas do mundo, anunciou uma parceria global com uma gigante canadense da Cannabis para desenvolver pesquisas e medicamentos derivados da planta na recuperação de atletas. A liga de futebol americano (NFL) também decidiu investir em pesquisas com o canabidiol depois de ver muitos de seus atletas se aposentarem antes dos 30 por conta das insuportáveis lesões causadas em campo. Mas por lá, o debate vive outro momento: 33 estados mais o Distrito Federal já regulamentaram a maconha medicinal, e a nível federal o CBD é legal desde 2018, considerado um suplemento alimentar. E a campanha continua: 150 atletas e ex-atletas americanos, que compõem a organização Athletes for Care, escreveram em 2019 uma carta aberta à Wada pedindo a retirada da Cannabis da lista de substâncias banidas. Neste time ainda estão a craque do futebol norte-americano Megan Rapinoe, Tiger Woods, lenda do golfe, através de chicletes com a substância, entre outros. O skatista Bob Burnquist, dono de quatorze medalhas de ouro dos X Games, luta há muito tempo para que o uso da maconha medicinal seja liberado. Nos EUA, ele já até abriu sua própria marca de CBD, a Farmaleaf.
SHA’CARRI RICHARDSON FOI UMA DAS GRANDES HISTÓRIAS DO ESPORTE NOS ÚLTIMOS DIAS. A ATLETA NORTE-AMERICANA SE IMORTALIZOU AO CONSEGUIR O SEXTO MELHOR TEMPO DA HISTÓRIA DOS 100 METROS RASOS. RICHARDSON ERA A GRANDE ESPERANÇA DOS ESTADOS UNIDOS PARA ACABAR COM O DOMÍNIO DA JAMAICA NA PROVA MAIS NOBRE DO ATLETISMO. O PROBLEMA É QUE A NORTE-AMERICANA DE 21 ANOS FICOU DE FORA DOS JOGOS OLÍMPICOS DE TÓQUIO POR TER TESTADO POSITIVO PARA O USO DE MACONHA. No Brasil, o que acontece é um paradoxo, pois a Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD) segue a lista da Wada; porém o CBD é permitido aqui apenas para fins medicinais, mediante receita médica, não tendo uso previsto aos atletas. Já produtos com THC superior a 0,2% só poderão ser prescritos a pacientes terminais ou esgotadas as alternativas terapêuticas.
Sha’Carri Richardson
Esportistas flagrados no doping por maconha tiveram sua reputação questionada, como o Giba do vôlei e o skatista Pedro Barros. Já o lutador de jiu-jitsu Relson Gracie foi preso por tráfico após ser flagrado numa rodovia do RJ transportando frascos de óleos e pomadas com CBD. O ideal seria o atleta conseguir uma receita médica e adquirir um produto legal e seguro. Contudo, não é o que acontece na prática.
Bruno Soares, tenista brasileiro de 39 anos, tem 34 títulos no circuito profissional e é o atual número seis do mundo no ranking de duplas da ATP. Usa do canabidiol há três anos enquanto se prepara para sua terceira —e, possivelmente, última— Olimpíada. “O atleta corre riscos constantemente com a dor e o cansaço. A recuperação é algo superimportante. Para tudo isso, eu nunca gostei de tomar coisa de laboratório, coisa preparada, a droga em si. É a posição que sustenta o Dr. Remo RoSempre gostei das coisas naturais”, conta. tella Jr, psiquiatra especialista em dor. O Em Tóquio, Bruno poderá usufruir dos médico destaca que o canabidiol possui um chamados benefícios de “recovery” [reelemento importantíssimo que é a proprie- cuperação] da substância. “Uso o óleo e dade cicatrizante. Mas que, na verdade, é a os cremes para massagem, que têm uma atuação de todos os canabinoides, em ação capacidade anti-inflamatória muito boa de conjunta, que garante um efeito mais amplo recuperação e relaxamento. As gotas me no combate às dores musculares. ajudam a trabalhar a tranquilidade, lidar com a ansiedade, desconectar um pouco. “Juntos, eles têm uma excelente função O creme, geralmente, coloco onde tenho anti-inflamatória. Um cérebro inflamado, dor e deixo durante a noite”. quando você dá essas gotinhas, ele vai se desinflamando, e a pessoa volta a ter Ele conta que isso gera mais interesse por suas funções cognitivas. E quando a gen- parte de atletas, fãs e comissões técnicas te vai para o tecido muscular, depois de em eventos esportivos do que preconceicada exercício, sempre tem uma ruptura to. “Há, ainda, uma lenda muito grande de fibras. Essa ruptura é o que causa por trás disso, as pessoas associam com a inflamação e gera dor. maconha recreativa. O fato de entenderem que é um tratamento eficaz para várias O extrato da Cannabis desinflama esse doenças, chama a atenção para os benelocal, favorecendo a desinflamação. Isso fícios”, diz, antes de completar: “Cabe a faz com que você tenha uma analgesia e cada um quebrar esse tabu e se aprofundar uma recuperação tecidual”. no recurso”.
(SEPARADOS, SOMOS UMA GOTA. JUNTOS, SOMOS UM OCEANO)
Bruno Soares
O médico Remo Rotella, no entanto, defende o uso da Cannabis no esporte como primeira opção com relação aos derivados químicos do ópio, como o Fentanil e Oxicodona.
“Os opioides têm efeitos colaterais terríveis, você fica mole, com visão dupla, prisão de ventre, enjoo. Já o CBD não dá nada disso. Se ele der efeito colateral é sonolência. Eu digo por mim, eu fiz uma cirurgia de ombro e tomei um opioide pesado chamado Oxicontin. Você fica doidão. Aí eu queria trabalhar e não conseguia. Então eu tomei o CBD e foi de boa; com muita pouca dor. Quer dizer: vale a pena. A verdade é que o opioide dá muito mais barato que a Cannabis, você perde o filtro”. Uma das bases científicas para justificar os benefícios da maconha no esporte, é o fato de que nosso corpo produz, naturalmente, compostos semelhantes ao da planta após exercícios. Pesquisas mostraram altos níveis de anandamida, um canabinóide produzido naturalmente no corpo, na corrente sanguínea das pessoas após atividades físicas. Assim, a ingestão de maconha imita o processo natural de aumentar os endocanabinóides induzidos pelo exercício. Esses efeitos positivos da planta podem estar também indiretamente relacionados ao esporte, como ajudar no relaxamento antes ou depois de uma competição.
O MARATONISTA DANIEL CHAVES FOI DIAGNOSTICADO COM SÍNDROME BIPOLAR DEPRESSIVA LOGO DEPOIS DOS JOGOS OLÍMPICOS DO RIO EM 2016. ELE PERDEU A CHANCE DE SE CLASSIFICAR PARA A COMPETIÇÃO POR 18 SEGUNDOS NA CORRIDA DE 10.000 METROS. A AUSÊNCIA DOS JOGOS LEVOU A PROBLEMAS PSICOLÓGICOS E MUITAS DIFICULDADES EM SUA CARREIRA DE ATLETA, ATÉ QUE CHAVES ENCONTROU O EQUILÍBRIO FÍSICO E MENTAL, COM AJUDA DO CANABIDIOL (CBD). HOJE, PRESTES A COMPETIR NA OLIMPÍADA DE TÓQUIO, CHAVES É UM DOS ATLETAS BRASILEIROS QUE MAIS PROMOVEM O USO DO NÃO-PSICOATIVO. A SUBSTÂNCIA EXTRAÍDA DA CANNABIS SATIVA TEM IMENSO POTENCIAL TERAPÊUTICO E AUXILIA EM CASOS DE ANSIEDADE, DEPRESSÃO E DORES, ALÉM DE MELHORAR A QUALIDADE DO SONO.
Daniel Chaves
Outros estudos também sugerem que a maconha pode aumentar a oxigenação dos tecidos, melhorar a visão e a concentração, ajudar os atletas a esquecer experiências traumáticas anteriores relacionadas à atividade (como quedas ou lesões), reduzir espasmos musculares e ajudar no alívio da dor. Mais recentemente, um dos mais proeminentes especialistas em lesões cerebrais do Canadá, o neurocirurgião Dr. Charles Tator, no Centro de Concussão Canadense do Toronto Western Hospital, observou que estava esperançoso de que a pesquisa sobre a maconha pudesse beneficiar aqueles que sofrem de problemas pós-concussão.
A relação de atrito entre a agência antidoping e a maconha começou após as Olimpíadas de Inverno de 1998, no Japão, quando o canadense Ross Rebagliati conquistou ouro no snowboard, medalha cassada após ele ser reprovado no doping pela droga. O atleta sustentou, contudo, que fez uso passivo e que, mesmo assim, a planta não estava no índice de substâncias proibidas à época. Ele teve a medalha recuperada na Corte Arbitral do Esporte.
No ano seguinte, porém, a droga entrou para a temida lista. Quatro anos depois, a proibição dos canabinoides foi ampliada a todos os esportes. Porém, o limite para THC na urina aumentou consideravelmente, passando de 15 nanogramas por ml para No entanto, alguns estudos, especial150. Essa maior tolerância foi para evitar mente os mais antigos, mostram alguns que atletas sejam flagrados por uso passivo resultados negativos do uso da Cannabis relacionado ao esporte. Um estudo reali- ou por uso pessoal fora do período de comzado em 2003 constatou relação negativa petições. do desempenho em esportes com o uso de cigarro, álcool e cannabis. Os autores A IDEIA AQUI É SIMPLES: O QUE concluíram que essa relação depende do O ESPORTISTA FAZ FORA DO tipo de esporte praticado, bem como do SEU PERÍODO DE COMPETIÇÃO nível de competição, e mais pesquisas são NÃO COMPETE À WADA. necessárias. Existem redes de pessoas do esporte que Um estudo de 1978 publicado no British discutem o assunto no Brasil, como a págiJournal of Clinical Pharmacology sobre o na “Atleta Cannabis”, ativa desde outubro efeito broncodilatador do THC defende que de 2020. Segundo seu fundador, o triatleta a substância facilita a respiração durante amador Fernando Paternostro , o objetivo é os treinos e jogos. Essa pesquisa é usada ligar médicos e atletas que imaginam que o pela Wada como referência para indicar canabidiol possa ajudar.
Fernando Paternostro
“Essa discussão ganhou muita atenção porque é produtiva e visa à saúde. Eu escolhi usar o esporte como ponta de lança para enfrentar o preconceito. Esse estigma do maconheiro preguiçoso acontece pela inércia cultural. Vai lá ser preconceituoso com as mães cuidando dos filhos com epilepsia”, desafia. Há dois produtos à base de Cannabis vendidos em farmácias comuns, um para esclerose múltipla e outro para epilepsia. Também existem associações que têm permissão jurídica para plantar e produzir o óleo, que é vendido somente para seus membros com fins medicinais. Um exemplo é a Associação Brasileira de Apoio Cannabis Esperança (Abrace). O acesso à terapia canabinoide pode aumentar em breve no Brasil por meio de um projeto de lei (PL 399/2015) que será votado pela Câmara dos Deputados e pretende dar direito de plantio a empresas, associações de pacientes e ao Governo mediante justificativa e seguindo regras. Há preocupação por parte dos defensores da pauta que uma ala conservadora da Câmara pressione para dizer que a lei quer legalizar o mercado de drogas. É preciso deixar claro que existe uma separação entre os debates sobre a legalização do uso medicinal e do uso recreativo da Cannabis, embora ambos sejam impactados no Brasil por uma orientação política conservadora.
Por um lado, o conhecimento científico avança e identifica ganhos no tratamento de doenças e lesões. “Investigações rigorosas e controladas esclarecendo a utilidade do CBD no contexto esportivo são claramente justificadas”, aponta uma conclusão do artigo “Canabidiol e performance esportiva: um resumo de evidências relevantes e recomendações para pesquisa futura”, assinado por seis médicos esportivos em julho de 2020. Por outro, ainda há resistência, mas ela esbarra cada vez mais em experiências consideradas positivas na comunidade científica internacional, tanto em países mais desenvolvidos, como os Estados Unidos, como em instituições renomadas de pesquisa. Soma-se a isso a pressão crescente do mercado financeiro, que enxerga oportunidades no cultivo medicinal e, por sua vez, movimenta interesses políticos.
A CAMINHO DE SUA PRIMEIRA OLIMPÍADA E DE CADA VEZ MAIS VISIBILIDADE, A DISCUSSÃO A RESPEITO DO CHAMADO “REMÉDIO DA ÚLTIMA DÉCADA” E “VEDETE CIENTÍFICA DA ATUALIDADE”, COMO DIZEM ESPECIALISTAS, PROMETE FAZER BARULHO.
SJC
Gravity 3/2mm Back Zip Full Wetsuit Opção perfeita para os triatletas que procuram isolamento térmico, flutuação e liberdade nas mangas. Menos recortes reduzem o atrito e incrementam a velocidade. Também possiu zíper PK emborrachado nas costas brindando maior vedação. 3mm 19° a 23°
Desenhado para maior efetividade nos movimentos, a roupa traz maior flexibilidade para os braços e flutuação no quadril, equilibrando a elevação da postura do nadador. Vedação completa e rápida no despir. Pernas curtas e mangas com recorte em duplo nylon “quick release panels” para uma transição rápida e sem rasgaduras. Gola com fechamento Velcro
Giro de Notícias Jan Frodeno bate recorde mundial de IronMan Sob uma temperatura de 16º graus e muita chuva Jan Frodeno e Lionel Sanders partiram para o desafio mano a mano na distância IronMan. Com toda produção detalhada, os atletas aguardaram pelo chamado à la World Surf League: os dois tinham um locker room construído para cada, onde ficaram concentrados e realizavam suas rotinas finais antes da largada, para a primeira etapa em seus 3.8km natação. Após uma entrevista curta pela host do evento, eles partiram em uma lancha para uma plataforma onde foram deixados para largada, em grande estilo. Com o tiro de largada, logo nos primeiros metros já podíamos ver a diferença de estilo e performance de cada atleta. No final, a vantagem de Jan sobre Sanders era de 5min, com o excelente tempo de 45:58. Sanders fechou com o ótimo tempo de 50:58, um recorde para suas habilidades. No ciclismo, em um percurso rápido e com muita chuva, após alguns quilômetros, o ritmo era de recorde e se manteve até o final.
Frodeno marcou incríveis 3h55min22s e Sanders 4h cravados com 26s. Após uma troca rápida, a vantagem de Frodeno era de 10min4s no início da maratona e a perspectiva de quebra de recorde era real para os dois atletas. O alemão completou a primeira de 4 voltas e acabou caindo quando escorregou em uma poça dentro do “stadium”, palco da transição e chegada final. O drama estava montado. Mancando, ele foi se recuperando e ao poucos conseguiu continuar. Na última volta, mesmo sofrendo muito e em um dia não ideal, para alegria de todos, ele conseguiu. 7h27min53s, novo recorde mundial para a distância Full, que era dele mesmo estabelecido em 2016 no Challenge Roth, 7h35. Mais atrás, Lionels Sanders não conseguiu manter o ritmo nos últimos 10km mas fechou a prova com o seu melhor tempo na carreira em 7h43min32s. O Tri Battle Royale trouxe o triathlon a uma nova dimensão
Blummenfelt é ouro em Tóquio
Depois de mais de uma década de planejamento meticuloso com sua equipe, o norueguês Kristian Blummenfelt foi coroado o Campeão Olímpico de Triathlon de Tóquio 2020, na Baía de Odaiba, em Tóquio, depois de realizar uma corrida final, em seus 10km, ao seu estilo, com muita raça. O britânico Alex Yee levou a medalha de prata e o neozelandês Hayden Wilde a de bronze. Jonathan Brownlee, que ficou em 2º lugar, representou sua família nos Jogos, após a polêmica que envolveu seu irmão e grande favorito, Alistair Brownlee, desclassificado no Mundial e sem vaga nos Jogos. O brasileiro Manoel Messias fez grande prova de recuperação após sair da natação em anti-penúltimo lugar. Com os pés no chão ele recuperou muitas posições em uma corrida sub 31min. para os 10km, chegando na 28ª colocação.
Pamella Oliveira e Thiago Vinhal vão bem em Lake Placid Foi bem perto. A brasileira Pâmella Oliveira com uma natação atrás somente da americana Lauren Brandon após 3.8km, se manteve entre as quatro primeiras colocações nos 180km de ciclismo e na maratona, escalou para a terceira colocação. Pami vinha bem mas ninguém esperava que a suíça Joanna Hyter correria tão bem, e com a melhor parcial do dia em 2h57, ultrapassou a brasileira que acabou na 4ª colocação. A sueca Lisa Norden assumiu a ponta no ciclismo e com a melhor bike do dia para 4h55min. e uma boa maratona venceu a prova, seguida da americana Heather Jackson, com a suíça Joanna Hyter em 3ª. Pâmella embolsou a premiação de $5.000.00, mas não conquistou a sonhada vaga para Kona que ficou com sueca Lisa Norden e a suíça Joanna Hyter. Com a prova liderada pelo sueco Svenningsson, o único brasileiro que se manteve no mix da prova foi Igor Amorelli. Ele e Vinhal fizeram uma boa natação mas aos poucos Vinhal foi ficando para trás no duro percurso de Lake Placid.
Igor se manteve no grupo mas depois a vantagem foi ficando muito grande. Aos poucos foi sendo ultrapassado e na maratona acabou andando depois de ser ultrapassado por Vinhal que fazia uma ótima maratona. No final, Vinhal ganhou diversas posições e chegou em 7º, mas acabou sem a vaga para Kona. Justamente o americano Matt Russel, o 6º colocado, foi o último a pegar uma das 4 vagas no masculino. Os brasileiros agora terão apenas a oportunidade de conquistar a vaga para Kona no Ironman Copenhagen, dia 22 de agosto, que oferecerá 2 vagas. Já a brasileira Pâmella Oliveira terá o Ironman de Hamburgo, 29 de agosto, somente para mulheres PRO.
Flora Duffy domina e lava ouro nas Olimpíadas Flora Duffy conquista a primeira medalha de ouro nos Jogos Olímpicos para Bermudas com uma exibição brilhante ao vencer o triathlon feminino em Tóquio 2020, aos 34 anos. Campeã mundial de 2016 e 2017, a bermudense encarou uma prova com condições difíceis na natação e no ciclismo por causa da chuva e a pista alagada, tendo a largada atrasada em 15min. A prata ficou com a inglesa Georgia Taylor-Brown que teve um pneu furado no final o ciclismo mas conseguiu ultrapassar a americana Katie Zaferes,na última volta da corrida. Vittoria Lopes fazia uma prova brilhante depois de chegar na transição para o ciclismo na 2ª posição e se manter entre as 6 primeiras colocadas quase até o final dos 40km, quando na sexta de oito voltas sobrou do pelotão líder, caindo para o pelote perseguidor. Na corrida Vittoria saiu em 17ª e chegou na 28ª colocação. Luisa Baptista, mais atrás na água, vinha no quarto pelotão no ciclismo, conseguindo superar algumas triatletas nos 10km finais, chegando na 32ª posição.
UB 515 Confirmado em outubro O UB515 Brasil Ultra Triathlon abriu o esperado período de candidaturas para a Edição Ano Nove do Ultraman Brasil | 2022, programada para ocorrer entre os dias 15, 16 e 17 de abril de 2022. A organização também confirmou a realização Edição Ano Oito | 2021 nos dias 15, 16 e 17 de outubro próximo, na linda cidade de Paraty, localizada na Costa Verde do Estado do Rio de Janeiro. No último sábado, dia 17, foi realizada videoconferência que contou com a participação dos atletas, da organização e das lendas Curtis Tyler, diretor do UB515 e nada menos que o criador do Ultraman Hawaii e de Cory Foulk, também diretor do UB515 e recordista mundial de participação em provas de Ultraman. Diretamente da Big Island do Havaí, Curtis e Cory deram suas bençãos e “aloha para a realização das duas próximas edições. O UB515 é disputado nos mesmos moldes do Ultraman Havaí: no primeiro dia os atletas nadam 10km e pedalam 145km; no segundo pedalam 276km e no terceiro correm uma dupla maratona, 84,4km, totalizando os 515km que dão nome a prova.
Para participar da Edição Ano Nove | 2022 é necessário que o atleta se candidate e, após a análise de currículo esportivo e entrevistas pessoais, os diretores divulgam a tão aguardada “lista final” dos triatletas que vão participar de um dos maiores desafios esportivos do mundo, o Ultraman. Marcos Dantas, um dos diretores e duas vezes finisher do UB515, ressaltou que o espírito do evento tem sido um dos grandes diferenciais ao longo da história do desafio brasileiro. “Sempre dizemos que vemos o triathlon não como um fim em si, mas um meio para algo maior, uma ressignificação do que seja a humildade e que deixe no atleta um legado na sua vida pessoal e não apenas na sua vida esportiva. Esta visão é retratada nas palavras havaianas aloha (amor), ohana (família) e kokua (solidariedade) e no lema ‘live the journey, be humble (viva a jornada e seja humilde)”. A diretora Tatiana Britto torce por um aumento da participação feminina em 2022: “Adoraríamos ter uma participação de pelo menos 40% de mulheres no evento, pois ao longo dos anos tivemos diversas demonstrações do que elas são capazes.
CAROLINA DE PAULA Nutricionista
@clinica_emagrecimento
O
Índice glicemico
índice glicêmico corresponde ao impacto relativo do carboidrato presente nos alimentos na concentração de glicose no sangue. Normalmente, o alimento utilizado como referência de comparação com o alimento teste é a própria glicose ou o pão branco1. A classificação do IG é feito da seguinte forma: um alimento com IG ≤ 55 é classificado como baixo índice glicêmico; IG entre 56 e 69 é considerado um alimento de médio índice glicêmico e quando o IG ≥ 70, é classificado como alto índice glicêmico. Isso quer dizer que um alimento com alto índice glicêmico eleva rapidamente a glicose no sangue, quando comparado com o alimento de baixo índice glicêmico2. Existem diversos fatores que podem influenciar no IG de determinado alimento. Entre eles, o tipo de fibra do alimento, a forma na qual o alimentos é consumido, a presença de gordura, o consumo de proteína com o alimento fonte de
de carboidrato e o processamento3. Por exemplo, uma batata na forma de purê ou inteira possui valores de IG diferentes, ainda que seja o mesmo alimento. Da mesma forma, uma batata cozida possui um IG maior do que a batata frita, pois esta possui a gordura que torna mais lenta a absorção da glicose1. É por esse motivo que um mesmo tipo de alimento, mas de marcas diferentes, pode ter IG distinto, devido ao tipo de farinha utilizada, ao tipo de processamento, entre outros fatores2. Com relação ao desempenho físico, ainda é incerto se há diferença entre as dietas de baixo e alto índice glicêmico na melhora da performance. Porém, alguns estudos indicam que uma dieta baseada em carboidratos com alto índice glicêmico pode promover uma maior ressíntese de glicogênio nas primeiras 24 horas de recuperação pós-exercício do que os carboidratos de baixo índice glicêmico.
Isso acontece, pois quando a glicose é aumentada na corrente sanguínea, os níveis de insulina também se elevam, o que facilita essa ressíntese de glicogênio muscular no período de recuperação4. Porém, quando o indivíduo não está em estado de pós-exercício, alguns estudos propõem que uma dieta com baixo índice glicêmico pode ser benéfica na prevenção de obesidade, pois promovem a saciedade, a oxidação da gordura e o gasto na oxidação dos carboidratos2. A partir dos valores de índice glicêmico, os alimentos são classificados em 3 categorias: Baixo IG: quando o índice glicêmico é menor ou igual a 55; Médio IG: quando o índice glicêmico está entre 56 a 69; Alto IG: quando o índice glicêmico é maior ou igual a 70. É importante lembrar que o índice glicêmico só é aplicado para alimentos que são compostos principalmente por carboidratos, como cereais, massas, doces, arroz, batata, frutas, laticínios e legumes, não existindo para alimentos à base de proteínas e gorduras, como carnes, ovos, azeite e manteiga, pois eles não alteram a glicemia.
CHIA
3 COISAS QUE VOCÊ NÃO SABIA SOBRE
Kristian Blummenfelt O triatleta noruegues de apenas 27 anos, acabou de ser o vencedor da medalha de ouro no Triathlon de Tóquio, além disso é o recordista Mundial de IronMan 70.3
Começo difícil
Kristian já disse em algumas entrevistas que não veio de uma familia rica, que na infancia ajudava os pais em uma escola e nunca imaginou ser atleta. Foi justamente o profesor de educação física dele na época que viu talento no menino rápido nas competições escolares. Eles são amigos até hoje.
Gosta de calor
Apesar de vir de um pais frio, a Noruega, Kristian disse que gosta e se sente mais a vontade no calor. No Rio em 2016 ele ficou em 17° lugar e disse que queria que tivesse mais quente em Tóquio. Será que veremos Blummenfelt em Kona? Onde é reconhecidamente quente! Aguardamos cenas do próximo capitulo.
Vitória e Vômito
Sobre a prova ele disse que preferiu uma abordagem menos agressiva na natação e no ciclismo. Confiando na sua corrida ele ficou a espera do ataque certeiro, e ele veio no km 8 da corrida. Kristian disse que foram os 2 kilometros mais dificeis da vida dele e que praticamente não se lembra de como correu. Já na hora da chegada ele disse que havia ingerido muito isotonico e que devido ao esforço extremo daquele sprint passou mal e vomitou. Segundo ele, é algo normal em seus treinos devido ao limite em que ele se coloca!
VINÍCIUS SOBREIRO Médico do Esporte
@dr.viniciussobreiro
Quando procuro um médico?
E
xiste uma concepção – que felizmente tem mudado – que o médico é o profissional a ser buscado quando se “está doente”. De fato, a Medicina sem dúvidas exerce um papel interessante em atletas lesionados. Atendidos por Médicos do Esporte e Ortopedistas, diversos atletas conseguem estabelecer o diagnóstico de uma dor, de um desconforto, ou de uma lesão, e, a partir disso, passam a focar em tratamentos e reabilitações que possibilitem a volta aos treinos com gás total, em plena capacidade.
ali na nossa frente. O quanto treina, quando treina e se a performance muda em diferentes horários de treino. O que come, o que não come. Se suplementa, e o que suplementa. Seu sono: onde dorme, como dorme, se tem sonolência durante o dia, se consegue descansar bem. Como tem ficado a questão sexual do atleta. Como se relacionam as atividades laboral e esportiva. No caso de mulheres, como anda a menstruação, o período pré e pós-menstruação, e os impactos disso na qualidade de treino, sono e na preferência de alimentos em diferentes períodos.
Mas a Medicina tem mais para oferecer para um atleta do que só tratar lesões. Não que queiramos tomar o espaço de um treinador ou nutricionista, figuras igualmente essenciais na preparação de alguém para uma meta esportiva. Em uma avaliação médica, a primeira coisa importante é entender quem é a pessoa que está
Buscamos também compreender fatores de risco para doenças, principalmente as cardiovasculares. Buscar dados como o perfil lipídico (colesterol, triglicérides) e comportamento da glicemia ou da pressão arterial nos ajuda não só a reconhecer esses fatores de risco para doenças cardiovasculares como a utilizarmos a atividade física
que o atleta realiza como parte do processo terapêutico. Podemos ainda lançar mão de estratégias farmacológicas e não farmacológicas para a cessação da utilização de cigarros. Não é tarefa fácil, mas é extremamente interessante. Sentar e conversar com um atleta é muito diferente do “paciente convencional”. Temos diante de nós pessoas apaixonadas por exercício físico. Obstinadas e muito aderentes ao que é solicitado, são mais propensas a seguir exatamente o que é sugerido em consulta. Além disso, frequentemente notamos peculiaridades de atletas no exame físico e em exames complementares. O eletrocardiograma (exame que mostra a atividade elétrica do coração) pode demonstrar diversas alterações fisiológicas específicas. É fundamental que haja um profissional especializado nesse sentido para que não cometamos o erro de proibir atletas de treinarem por alterações que são fisiológicas, e, mais do que isso, também reconhecer alterações que podem denotar fator de risco pra doenças. Uma vez avaliado o paciente, a Medicina pode fornecer informações interessantes capazes de impactar na performance do
do atleta. Ao realizarmos exames como Teste Ergométrico e principalmente o Teste Cardiopulmonar, conseguimos fazer uma avaliação detalhada de como se comportam frequência cardíaca, pressão arterial, eletrocardiograma, se o paciente faz ou não arritmias ou sinais de isquemia no esforço. Mais do que isso, conseguimos avaliar no Teste Cardiopulmonar o consumo e a produção de gases, e, com isso, ter informações objetivas sobre o grau de esforço do atleta, qual tipo de combustível (gordura e/ou carboidrato) utiliza previdentemente e em qual grau ele deve treinar para melhorar a capacidade aeróbica ou anaeróbia. Fornecendo esses dados para um bom treinador, munimos o atleta com inúmeras informações objetivas para um treinamento personalizado. A avaliação médica é importante sempre que for iniciar alguma fase de treinamento que envolva alta intensidade. Ou seja, uma história bem conversada sobre o cotidiano do atleta, possíveis queixas, com um exame físico apurado pelo médico e um eletrocardiograma. Mais do que isso, uma avaliação multiprofissional, na qual médico conversa com o treinador e com o nutricionista, tem um benefício gigantesco para o atleta. Com isso conseguimos trazer mais especificidade ao que é prescrito.
hawi.com.br
#VOCÊNASQUAD Agosto
Paula @pauladias_carioca
Amanda @amandapimentel3
Tico
Diego
@ticoth
@diffigueiredo
Erica
Saulo
@ericab_tris
@sguedeslh
Nathan
Gabriele
@nathan_zimmer
Andreia
@andtri_silva
@ilcosagabi
Vanessa
@vangarcia21
MIRIAN FARIA Fisioterapeuta
@fisioterapeutamirianfaria
A
Quente ou Frio?
s temperaturas atuam de maneira diferente na origem e no sintoma da dor. Saiba como e quando recorrer a cada uma. Todo atleta, amador ou profissional, sente dor muscular em algum momento da rotina de treinamento, seja por causa de uma lesão ou sobrecarga excessiva. O mais comum é depois de uma sessão intensa de exercícios: o esforço físico causa microlesões nas fibras musculares e o próprio sistema sanguíneo leva os nutrientes necessários para reparar esses “machucados”. Conhecida como dor tardia, esse tipo de desconforto surge de 24 a 48 horas após a atividade física como uma forma de o organismo sinalizar que precisa de um tempo para se recuperar. O normal é diminuir aos poucos, em cerca de cinco dias. Se até lá o desconforto for muito grande, você sabe qual compressa aplicar – quente ou fria? Os fisioterapeutas aconselham o uso de compressa (ou bolsa de água) quente, que vai agir nos tecidos
de modo a relaxar as tensões e acelerar a recuperação muscular. Mas há outras situações associadas à corrida que podem resultar na necessidade de usar termoterapia — tratamento com base na mudança de temperaturas. . Também é possível que a orientação seja alternar calor e frio em uma mesma sessão – como no caso de lesões com inchaço, por exemplo. Entenda mais sobre o assunto.
Frio. É usado para minimizar sangramentos (pois o calor contrai os vasos sanguíneos) e os efeitos de processos inflamatórios na musculatura, como dor aguda, perda de mobilidade e inchaço.
“O FRIO TEM COMO FUNÇÃO EVITAR QUE A LESÃO SE ESPALHE, O QUE OCORRE PELO EFEITO DE VASOCONSTRIÇÃO, QUE DIMINUI A CIRCULAÇÃO NO LOCAL”
Prefira usar gelo a bolsa de gel. “O gelo de verdade mantém a temperatura por mais tempo que o acessório. Faça uma compressa local, se possível, com o membro elevado, por 15 a 20 minutos”. Dependendo da intensidade da dor, você pode repetir o procedimento a cada três horas. Enfatizo que a bolsa de gelo congela em temperaturas abaixo de zero e isso pode ferir a pele. “A dica é envolvê-la em um plástico. Então, deslize-a sobre o local diversas vezes em vez de só repousar a compressa sobre a pele”.
Calor. “Tem efeito vasodilatador, ou seja, aumenta a circulação sanguínea local, colaborando para relaxar a musculatura. Aplicado em regiões específicas, alivia os chamados pontos gatilho, onde a tensão fica acumulada”. Como facilita a ativação dos músculos, alguns atletas utilizam pomadas que geram calor local para antes da prática esportiva, ajudando (sem excluir!) os exercícios de aquecimento. Entretanto, como os atletas amadores nem sempre contam com um especialista por perto, em caso de dúvida, opte pelo frio. “Caso aplique calor em uma lesão, o quadro pode agravar em vez de diminuir a inflamação.” Já o oposto (aplicar frio quando a indicação seria calor) é menos prejudicial.
Crioterapia
Atleta
Susana AO FALARMOS DE SUSANA, AQUELA “HISTÓRIA DE SUPERAÇÃO” PARECE NÃO SER SUFICIENTE: CAMPEÃ MUNDIAL DE PARATRIATHLON E FORMADA EM MEDICINA, APESAR DE TER NASCIDO COM UMA GRAVE DEFICIÊNCIA VISUAL. QUANDO LHE PERGUNTAMOS SE SE SENTE UMA “HEROÍNA”, ELA GARANTE QUE QUALQUER PESSOA PODE SER UM HERÓI.
APESAR DA SUA DEFICIÊNCIA VISUAL, VOCÊ É MÉDICA E UMA DAS MELHORES TRIATLETAS PARALÍMPICAS DO MUNDO. A PALAVRA “IMPOSSÍVEL” FAZ PARTE DO SEU VOCABULÁRIO? Realmente nunca eliminei totalmente a palavra “impossível” do meu vocabulário porque temos que aceitar que as limitações existem, elas são inevitáveis. No entanto, muitas coisas que a priori podem nos parecer impossíveis, na realidade são simplesmente difíceis ou complicadas. Para mim, o segredo é ter entusiasmo, construir sonhos e objetivos ambiciosos e ir atrás deles com determinação e disciplina.
EM QUAL MOMENTO DA SUA VIDA VOCÊ COMEÇOU A PRATICAR TRIATHLON? QUANDO VOCÊ SE DEU CONTA DE QUE PODIA CHEGAR AO TOPO? Comecei a praticar triathlon em 2010 quando eu já era relativamente velha. Conhecia a modalidade porque tinha vários amigos e amigas que a praticavam e porque na Galiza temos grandes referências nesse esporte. Eu tinha feito natação e atletismo antes e comecei pouco a pouco. No início não pensei que seria o esporte onde eu desenvolveria a parte mais importante da minha carreira, mas conforme passava o tempo, eu ia estabelecendo novas metas para melhorar meu desempenho nas três modalidades e assim foram chegando os resultados. A primeira corrida que eu fiz me deixou uma marca: foi um campeonato da Espanha em Gijón onde no mesmo fim de semana se disputavam os títulos em todas as categorias, e esse formato tão inclusivo me atraiu.
Rodriguez
da vez
QUAL É O TRABALHO DA SUA ATLETA-GUIA E COMO É SUA RELAÇÃO COM ELA? Na modalidade de paratriathlon competimos na distância sprint (750 m natação, 20 km ciclismo e 5 km de corrida a pé). Entre cada uma das modalidades você tem que fazer aquilo que se denomina transição: você troca o material o mais rápido possível porque o cronômetro não para. Ao ter uma deficiência visual muito grave compito sempre com minha atleta-guia: é ela quem dirige a equipe e me descreve a corrida. A relação com ela é sobretudo de confiança.
COMO É O DIA A DIA DE UMA MÉDICA E TRIATLETA PARALÍMPICA DE ELITE? Nos quatro anos que passaram desde os Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro até setembro de 2020 compatibilizei meu trabalho como médica residente e a atividade esportiva. Sempre tive o apoio do meu Chefe de Serviço e dos colegas do hospital, e isso foi importante para ter tranquilidade no dia a dia. Não foi fácil, mas a gente sabe que diariamente tem responsabilidades a cumprir e nunca pensa no esforço que isso envolve. Agora que já concluí minha formação como médica especialista e decidi dedicar alguns meses para me preparar para os Jogos, percebo como as jornadas de trabalho que enfrentei durante todo esse tempo foram exaustivas.
COMO A PANDEMIA AFETOU SUA ROTINA DE TREINAMENTO? Passei essas semanas na casa dos meus pais em Vigo e ia a Santiago todas as manhãs em um trem praticamente vazio para trabalhar. Era impactante tanto silêncio, pois eu estava acostumada com o ir e vir dos trabalhadores e estudantes. Todas as tardes quando voltava eu treinava em casa aproximadamente três horas com uma esteira de corrida, uma bicicleta, um rolo e uma máquina de remo, além de fazer exercícios de força. Em maio começamos a nadar no mar até abrirem as piscinas. Durante o tempo que durou o confinamento, e depois de tantos anos, fui consciente do quanto adoro o esporte: não houve um único dia em que eu não tivesse motivação e vontade de treinar. O esporte é algo que eu curto ao máximo.
O QUE SIGNIFICARIA PARA VOCÊ GANHAR A MEDALHA DE OURO EM TÓQUIO? Nem posso imaginar. Se os Jogos finalmente acontecerem, serão especiais porque o caminho para chegar até eles também foi. Sempre quis uma nova oportunidade desde que voltei do Rio e nunca pensei que aconteceriam tantas coisas ao longo do caminho... 2020 foi um ano muito complexo para todos e, como se costuma dizer, as desgraças nunca vêm sozinhas: em janeiro me diagnosticaram uma cardiopatia e tive que tomar decisões importantes e aceitar uma nova rotina. Foi duro, e se os Jogos correrem bem será sensacional, mas, se eles não acontecerem ou se as coisas não correrem como eu gostaria, eu repetiria mil vezes o caminho e minhas decisões porque estou desfrutando a cada dia daquilo que faço. Desde que voltei do Brasil em 2016 estou trabalhando para conseguir uma medalha no Japão, pois é a única que me falta conquistar.
LUCAS VILHENA
Treinador @lvtriathlon de Triathlon @lvtriathlon
N
Bikes Gravel
ão precisa ser um expert em ciclismo para saber que mountain bikes são as rainhas das trilhas e as bicicletas roads (ou de estrada) são as preferidas para quem pedala no asfalto. São várias as diferenças entre essas duas categorias, a começar pela espessura e resistência dos aros e dos pneus, geometria do quadro e guidão, componentes, e por aí vai. Para resumir, quem opta por uma mountain bike pensa em resistência e conforto para acomodar terrenos bem instáveis, cheios de pedras e terra. E a turma das roads valoriza mais a velocidade para dar match com a estabilidade de estradas e ruas pavimentadas. Mas já imaginou ter uma mesma bike para encarar tanto asfalto quanto trilha? Pois é, as bikes de gravel surgiram para comprovar a tese de que mesmo no universo do ciclismo não precisamos ser 8 ou 80. A categoria Gravel (que em inglês quer dizer cascalho) surgiu com o objetivo de atender
muito bem o público que pretende transitar entre terra e asfalto, é praticamente o meio termo entre o ciclismo de estrada e o MTB, e, para alguns, o melhor dos dois mundos. Apesar de ser uma mão na roda para quem gosta de natureza, é bom alinhar as expectativas: não espere que uma bike de gravel dê conta do recado em trilhas muito técnicas. Bikes de gravel são excelentes para terrenos off-road, desde que isso não exija uma bicicleta ainda mais resistente – o que significa ser equipada com suspensão, pneus ainda mais largos e outra geometria. Nesses casos, a opção por uma mountain bike é mais recomendável, por possuírem uma estrutura pensada para suportar condições extremas de terreno. Nas sutilezas, as diferenças se multiplicam e se perdem de vista. Exemplo disso é que a grande maioria das bikes de gravel são equipadas com freios à disco
Grosso modo, isso as coloca em um patamar diferenciado em relação às demais. Mas, indo direto ao ponto, abordaremos as diferenças principais. Pneus: em termos de espessura, os pneus das bikes de gravel estão entre os de MTB (mais largos) e de bikes de estrada (mais estreitos). E falando sobre altura, as bikes de gravel costumam ter pneus mais altos. Isso faz com que sejam mais adaptadas para enfrentar terrenos diversificados, além de trazer mais conforto e menos propensão a furos. É crucial que a conexão da bike com o terreno seja a mais eficiente e adequada possível. Para isso, existem pneus específicos para as variadas condições de terreno que a categoria gravel engloba. Dentre as diversas opções disponíveis, uma muito versátil é o pneu Pathfinder, da Specialized. O Pathfinder oferece a versatilidade e a durabilidade exigidas pelos pedais de aventura e gravel, mas é tão rápido que venceu a maior corrida de gravel da Terra, a “Unbound Gravel” (antiga Dirty Kanza), que acontece todos os anos nos Estados Unidos e é repleta de cascalhos cortantes e desafiadores. Rolagem rápida, muita aderência e construído para lidar com o pior terreno gravel que você possa imaginar – são uma excelente escolha para quem quer se aventurar no cascalho sem preocupação.
Geometria: apesar de lembrar muito uma bicicleta de estrada, a geometria das bikes de gravel é projetada para oferecer mais segurança, resistência e conforto quando colocada à prova em terrenos mais instáveis. Não é um mero trabalho de adaptação de projeto, existe muita pesquisa e tecnologias específicas no desenvolvimento dessas bikes. Até mesmo o guidão drop, que num primeiro olhar parece idêntico aos guidãos de estrada, na verdade é ligeiramente mais largo (o chamado flare) para agregar confiança e estabilidade para na descida tanto no asfalto quanto na terra. Outro motivo que pode te fazer a começar a considerar com carinho a alternativa de investir em uma bike de gravel tem a ver com a união de duas das melhores coisas da vida: viagem + bicicleta. Se aventurar no cicloturismo – ou viajar de bike – certamente se tornará mais viável se você puder contar com uma bike especializada. Absolutamente mais versátil do que uma mountain bike ou do que uma Road, ela fará qualquer ciclista agradecer quando tiver que sujar o pé na terra e acelerar no asfalto no mesmo dia. É tanta flexibilidade que a Gravel surge para atender bem tanto o público amador quanto o público profissional. Tomemos como exemplo a categoria das Cyclo-Cross (CX) – ainda pouco conhecida no Brasil.
Memes do Triathlon
MUITAS TRILHAS DESAFIAM NÃO SÓ OS CICLISTAS COMO TAMBÉM AS PEÇAS DA BIKE. ANTES QUE VOCÊ FIQUE PARADO NO MEIO DO CAMINHO, É BOM ABRIR OS OLHOS PARA ALGUNS SINAIS QUE MOSTRAM A HORA DE FAZER UMA MANUTENÇÃO DE BICICLETA. BEM PERCEPTÍVEIS, OS RUÍDOS NOS FREIOS, LENTIDÃO NO ENGATE DAS MARCHAS OU ESTALOS NA CORRENTE SÃO UM CONVITE PARA VOCÊ VISITAR SEU MECÂNICO DE PREFERÊNCIA. QUANTO MAIS CARECAS ESTIVEREM OS PNEUS DE SUA BIKE, MAIS CHANCE HAVERÁ DA CÂMARA DE AR FURAR AO LONGO DAS TRILHAS OU PASSEIOS PELO ASFALTO. ISSO PORQUE QUALQUER PEDRINHA, PEDAÇO DE MADEIRA OU CACO DE VIDRO PODERÁ PERFURAR COM MAIS FACILIDADE A BORRACHA. PARA NÃO FICAR NA MÃO, A DICA É TROCAR OS PNEUS ASSIM QUE OS CRAVOS ESTIVEREM GASTOS AO PONTO DE FICAREM LISOS. SEMPRE ANDE COM CÂMARAS A MAIS E UM PNEU DE RESERVA, PRINCIPALMENTE QUANDO O PERCURSO FOR LONGO. NÃO SE ESQUEÇA DAS FERRAMENTAS NECESSÁRIAS PARA A TROCA. SE A SUA BIKE TEM FREIOS A DISCO MECÂNICOS OU HIDRÁULICOS, O RUIDINHO CARACTERÍSTICO É O ALERTA DE QUE TEM QUE SER FEITA A TROCA DE FLUIDO OU PASTILHAS. GERALMENTE, É HORA DE REALIZAR A TROCA QUANDO AS PASTILHAS ATINGEM 60% DE SUA ESPESSURA ORIGINAL. NO SISTEMA HIDRÁULICO, É PRECISO TROCAR O FLUÍDO POR MEIO DA SANGRIA PELO MENOS UMA VEZ POR ANO, OU QUANDO VOCÊ PERCEBER UMA ALTERAÇÃO NA QUALIDADE DO FREIO. SENDO A PRINCIPAL PEÇA PARA AMENIZAR OS IMPACTOS, A SUSPENSÃO DIANTEIRA TAMBÉM REQUER MUITOS CUIDADOS. A PRIMEIRA REVISÃO PREVENTIVA DEVE ACONTECER APÓS 50 HORAS DE USO DA SUA BIKE, COM A TROCA DOS RETENTORES E ANÉIS DE VEDAÇÃO, ALÉM DA TROCA DO ÓLEO NAS QUE TÊM O LÍQUIDO NAS CANELAS.
WALTER MAGALHÃES Fotógrafo do Esporte @waltermagalhaes_tri
TREINO SECRETO
FORÇA E FOCO
HANG LOOSE
SÓ VAI
1.
ENTREVISTA DO MÊS Larissa Fabrini Triatleta
L
arissa F abrini tem 33 anos e no Ir onman Cozumel chocou o cir cuito, quando foi a segunda atleta amado ra a cr uzar a linha de chegada, em 9:36:21, tendo grande perfor mance numa pr ova difícil e extr emamente quente. Após uma excelente estr eia no pr ofissional, a mineira contou um pouco para gente como foi sua trajetória até aqui, e quais são os próximos voos que pr etende alçar.
Sua descoberta no triathlon foi por um motivo inusitado, a mudança de casa. Quando se mudou para o prédio que mora até hoje, ficou com vontade de usar a piscina de raia, e para isso pr ecisava apr ender a nadar, tudo começou, em outubr o de 2014. Antes disso, ela não conhecia esse esporte; já até havia tentando praticar Mountain Bike, mas viu que a ter ra não era o seu lugar, e logo já estava utilizando a bike para andar no asfalto. A cor rida sim, já era algo que a encantava, e mesmo sem dir ecionamento de um pr ofissional, já praticava por conta própria. Seu primeir o triathlon foi cinco meses após o primeir o mer gulho na piscina, na distância olímpica, em Belo Horizonte. Já foram quatr o pr ovas de Ir onman e 11 de Ir onman 70.3 desde então.
OBRIGADO PELO BATE-PAPO LARISSA, CONTA PRA GENTE COMO FOI SEU PRIMEIRO CONTATO COM O ESPORTE?
LARISSA Não foi algo que planejei, as coisas foram acontecendo aos poucos. Comecei a correr e pedalar por conta própria no início de 2014. Em outubro do mesmo ano, entrei pra aula de natação: foi quando descobri o triathlon. Recordo da fobia na água, fazer força na bike e sentir dor abdominal na corrida, mas a satisfação do pórtico e a felicidade de ser 3ª geral. Então eu pensei que logo eu poderia melhorar.
ANTES DE ESTREAR NO PROFISSIONAL, QUAIS TINHAM SIDO SUAS MELHORES PROVAS?
LARISSA As melhores sem dúvidas são as que performei melhor: Ironman Brasil 2019 onde tudo se encaixou e tive uma torcida maravilhosa, e o recente Ironman Cozumel, onde tudo se encaixou e superou minhas expectativas; precisei lidar muito com a dor, e mesmo sem uma grande torcida presente, tive um bom resultado. O diferencial foi me conectar ainda mais nos treinos. Olhando para trás, vejo que nada me tirava do foco. Me alimentei muito bem, treinei concentrada e feliz, e descansei o suficiente para me recuperar. Estou vindo de uma melhora crescente. Fiz o Challenge Cancun em abril de 2021, e esse resultado me deu confiança, fui campeã amadora e 4° geral feminino, entre profissionais e amadoras. Mas somente tomei a decisão de largar na elite nessa última prova, porque meu técnico me incentivou.
MUDOU MUITO O SEU PLANEJAMENTO PARA LARGAR NOS PROFISSIONAIS?
LARISSA Nada! Eu sempre treinei sério, com bastante dedicação e disciplina. Sempre corri o risco de não ter salário fixo, mas priorizo minha liberdade de horários e assumo isso. Acho que por ser capricorniana, não gosto que mandem em mim. Com isso, minha rotina é bem louca, corrida, mas do jeitinho que eu amo!
1.
1.
SUA CHEGADA NO TROFÉU BRASÍLIA FOI MUITO EMOCIONANTE. QUAL ERA SUA EXPECTATIVA PARA SUA ESTREIA NO PROFISSIONAL? O SEGUNDO LUGAR FOI UMA SURPRESA? CONTA UM POUCO PRA GENTE COMO FOI ESSE MOMENTO?
LARISSA Eu amo o sol, me sinto bem no calor e lá estava muito quente e seco. A natação com roupa foi uma delícia, linda e surpreendente, tanto na beleza quanto na rapidez. Na bike, me mantive tão concentrada que esqueci honestamente, nem a vi passar. Esperava um pedal muito duro, e por isso tinha minha estratégia muito bem definida, eu queria fazer o máximo de força que conseguisse. Deu certo, tão certo, que na T2 minhas pernas tremiam, não pensei muito e saí pra correr num pace forte, mesmo sabendo que sustenta-lo seria difícil. E realmente foi, mas era a minha estratégia. Muita dor do início ao fim. Muito calor, mas a organização da prova foi incrível e havia muitos pontos e hidratação, eu aproveitei todos. Não tinha intenção de chegar chorando tanto. Quando encontrei meus amigosna torcida, foi impossível controlar. Uma mistura de dor física, realização e alívio. Quando estamos fazendo muita força, fica difícil até de pensar, mas o sentimento era de orgulho e gratidão. Por conseguir representar tão bem todas as empresas e pessoas que estão comigo nessa jornada. Meu marido, meus irmãos e minha mãe, que trabalhou duro para nós criar. Sabia que ela estava assistindo, e sabia que ela ficaria muito emocionada.
QUEM É A SUA INSPIRAÇÃO PARA AS PROVAS?
LARISSA Me inspiro todas as pessoas que estão a minha volta, que se dedicam de verdade para serem bons no que fazem. Não tenho dúvidas de que quanto mais treinamos, ficamos cada vez melhor. E para isso é preciso ter disciplina! Quando falamos em disciplina, automaticamente temos que abrir mão de algo que queremos naquele momento. Eu sinto que esse esporte ainda tem muito a acreditar na minha vida, sou grata a Deus pela oportunidade de poder viver isso, conhecer lugares, pessoas e histórias. Me sinto abençoada todos os dias quando abro meus olhos pela manhã! Nunca deixe de acreditar que você é capaz e sempre faça as escolhas mais simples!