SQUAD TRI nº 1 - Agosto 2020

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com o vento no rosto


Edição 2 - agosto / 2020

COMO MANTER A MENTE FORTE NA PANDEMIA DEPRESSÃO E ANSIEDADE EM ATLETAS E MUITO MAIS...

com o vento no rosto



apoio


VOCÊ

NUNCA MAIS SERÁ O MESMO.


Quando estiver pensando em

DESISTIR

Lembre dos motivos que te fizeram COMEÇAR

Squad Tri


1.

Para quem voce treina? Nos últimos dias a Garmin (aplicativo de monitoramento GPS teve problemas no sistema, com isso, os treinos não puderam ser mostrados na plataforma digital. Houve um enxurrada de reclamações, com fundamento, pois a tecnologia está cada vez mais ao nosso lado. São diversas métricas para podermos acompanhar nossa performance e evolução, até aí tudo bem. Mas com os treinos as “cegas” me veio o pensamento do quanto somos dependentes das redes sociais. A linha entre a motivação e o ego é pequena e perigosa. As redes sociais estão cheias de atletas onde sabemos cada passo, treino. o que comeu no almoço, marca do tenis, gel dos treinos, enfim. Será que estamos saindo para treinar porque gostamos, ou, para os likes dos seguidores. Com essa pane da Garmin, será que esse pessoal tem a mesma motivação. Será que eu teria a mesma sede de sair para treinar se ninguém fosse ver? A Pandemia os colocou mais próximo do chão, nos trouxe para a essencia do esporte, percebemos o quanto o esporte é crucial para nosso bem estar, o quanto ter um objetivo nos motiva e por mais que nos consome tempo, estamos felizes. Experimenta fazer ao menos um treino na semana sem relógio, sem pace, sem tempo, sem rota definida. Só voce e o vento! Diogo Diogo Oliveira por Oliveira

Diogo Oliveira


MATÉRIAS p. 10

Principal: Como manter a mente forte p. 30

1 COVID 19 - Meu histórico de atleta resolve?

p. 38

2 Pilates para triatletas

p. 46

3 Como melhorar nas transições

Entrevista: Victor Teixeira

p. 52

p. 60

4 Livro - Rotina de Ferro

p. 66

5 Vale a pena adquirir seguro para a bike?


EDITORIAIS E ESPECIAIS p. 16

Mundo, Brasil e Região Giro de Notícias Nutrição

Alimentos para controlar Carolina de Paula a ansiedade p. 34

p. 42

Daniela Ryf Tri Curioso Medicina do Esporte

p. 44

Uso de ibuprofeno

Vinícius Sobreiro em provas

p. 58

Agosto #VOCÊNASQUAD Fisioterapia

Mirian Faria Ventosaterapia funciona? p. 50

p. 70

Nicolas Juste Atleta da Vez Performance

Lucas Vilhena Triathlon indoor p. 62


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MATÉRIA PRINCIPAL Como manter a mente forte durante a Pandemia A pandemia da COVID-19 está nos forçando a mudar em várias áreas. Ansiedade. Noites mal dormidas. Estresse. Impaciência. Depressão. Atire o primeiro frasco de álcool em gel quem não está com o humor e as emoções oscilando nesta pandemia. No nosso esporte não é diferente, estamos procurando lidar com esta nova realidade. Mesmo com esforço, a instabilidade leva a consequências emocionais.

Uma pesquisa realizada pelo

Comitê Olímpico Internacional em junho, revelou que lidar com a saúde mental têm sido os

maiores desafios enfrentados pelos atletas durante o período da pandemia de coronavírus.


11 O levantamento contou com mais de 4 mil atletas e membros de comissões técnicas de 135 países. O Brasil, com 12%, foi o país com maior porcentagem de participantes do estudo. Os resultados destacam que 50% dos atletas enfrentam dificuldades em adaptar seus treinos. Além disso, a saúde mental as dúvidas das carreiras esportivas foram apontados como os maiores problemas enfrentados (com 32% cada), seguidos pela nutrição (30%). Dentre os membros de comissão técnica, por sua vez, 63% disseram que o mais difícil tem sido manter seus atletas motivados.

A saúde mental é importante ser monitorada e tratada tanto quanto a saúde física. Nós esportistas, precisamos estar fortalecidos mentalmente para desempenhar bem nos treinos, esse período de pandemia nos trouxe diferentes restrições e privações, que podem produzir efeitos negativos na saúde mental. É importante que todos tomem cuidados com o processo de retorno aos treinos e estado único de cada atleta e suas peculiaridades físicas e psicológicas. Uma outra pesquisa do sindicato internacional de atletismo, feita entre os dias 22 de abril e 14 de maio, ouviu 1.602 atletas de países que implementaram medidas drásticas para conter a disseminação do coronavírus. O resultado mostrou que 22% das mulheres e 13% dos homens reportaram sintomas compatíveis com depressão, enquanto 18% das mulheres e 16% dos homens demonstram ter problemas de ansiedade.


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O novo coronavírus tem um sido um grande desafio para o esporte, provas foram canceladas, treinos foram suspensos, academias foram fechadas e os Jogos Olímpicos de 2020 adiados. Essa é uma situação nova que ninguém poderia estar preparado, é normal que esse período seja difícil e exija de todos muita energia para a readaptação. Todos os atletas, sejam amadores ou profissionais, enfrentam privações ao redor do mundo, medos, desconfortos, incertezas, não é possível ficar bem o tempo todo em uma situação crítica como essa, logo nós que somos extremamente ativos, não é mesmo?

A psicóloga esportiva Carla Marino fala sobre esse momento difícil que estamos vivendo

Ao falarmos em problemas emocionais durante essa fase, precisamos ter em mente que pode existir um histórico no atleta. As causas podem ser múltiplas, precisamos pensar em genética, em história pessoal e em ambiente. A esportista já precisa ter uma disposição prévia para ter um transtorno. Mas o atleta também pode desenvolver o distúrbio a partir de eventos traumáticos, o que não é o caso no atual momento de pandemia para uma pessoa que não tem predisposição. O que pode acontecer é um nível de ansiedade um pouco maior, um nível de ociosidade um pouco maior, uma dificuldade de se adaptar a determinadas situações às quais não estava habituado. Pode ter um nível de ansiedade, um certo nível de humor deprimido, que não chega a ser uma depressão, mas tudo vai depender de como ele lida com a adaptação a esse novo cenário. Se ele tem o acompanhamento de uma equipe técnica boa. Isso se torna mais fácil de lidar.


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Uma rotina mínima de exercícios é fundamental para conseguir se sentir melhor, pois o atleta depende de níveis hormonais liberados no exercício que influenciam na saúde mental. O que o corpo produz é o material de trabalho do atleta. Essa rotina é muito importante, por isso, aprenda e desenvolva as novidades positivas que podem ser incluídas na rotina. Não é apenas de atividade física que o atleta viverá no momento que passamos. O que acontece é que atletas estão acostumados a treinamentos bastante intensos e longos. E o estarem nessa rotina de treinamento, fabricam endorfina, o hormônio do prazer, do bem-estar. E nessa pausa obrigatória, muitos estão buscando treinamentos em casa. Aqueles que estão acostumados com a prática do exercício físico, não parem de praticar como der, é um excelente método para manter a esperança e a sua resiliência.

Seja gentil com você e saiba pedir ajuda se for preciso. Existem profissionais de saúde mental especializados em cuidar de atletas, respeitando todo o sigilo que esse tipo de trabalho necessita. Passado o pico da pandemia, agora é hora de pensar e se programar para o retorno. Foi um período extenso longe da rotina de treinamento e competições, é importante que o retorno seja gradual, apressar o passo agora pode levar a mais momentos difíceis, como lesões e frustrações. Respeite o tempo de adaptação do seu corpo e mente, ter paciência é crucial para que todos atinjam seus objetivos no futuro.


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O que podemos fazer para amenizar as crises de ansiedade e depressão?

- Cada pessoa tem um tempo. Respeite o seu. Não exija algo que não é possível para seu corpo e mente. Aceite seu ciclo. Foram muitos dias sem atividade, aos poucos seu preparo físico retorna, seja paciente. Isso Isso - Fale sobre seus sentimentos, mesmo os desconfortáveis. As emoções são parte importante e devem ser expressadas. Sempre que alguém falar para você sobre o que sente, escute de maneira acolhedora e compreensiva, sem julgamentos. vai

- Ainda que nesse momento não seja possível abraçar e tocar as pessoas importantes para você, demonstre suas preocupações com seus colegas do esporte, se conecte com elas, expresse seu carinho. Mesmo distante, é possível se manter conectado. passar!

- Seu corpo e habilidades estarão diferentes. Aceite isso com serenidade e respeite o processo de retorno. Não seja afobado, todos os atletas do mundo também pararam. dica para iniciante é começar a competir distâncias É“A normal que osua confiança não esteja como em antes. Seja curtas, como de Short/Sprint Distance. É a odistância positivo comasvocê e sua equipe, encoraje esforçoideal deles.para

que sejam treinados os conceitos de transição entre as modalidades e o estabelecimento novas metas” reforça Clayton. Conte de com a gente.


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Defina metas elevadas e nĂŁo pare atĂŠ conseguir.


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Giro de Notícias Uma triatleta sul-coreana cometeu suicídio depois de sofrer durante anos, agressões físicas e verbais dos treinadores.

Choi Suk-hyeon de 22 anos, deu queixa ao Comitê Olímpico Sul-Coreano em abril mas foi ignorada pelas autoridades esportivas. Ela foi encontrada morta no dia 26 de junho e desde então, a Coreia do Sul iniciou um debate público sobre a imposição de abusos. A triatleta treinava na equipe amadora da cidade de Gyeongju e, em sua última mensagem de texto para a mãe, pediu que expusesse “o crime dessas pessoas”, em referência aos seus agressores.


Em um comunicado, o presidente sul-coreano Moon Jae-in e o Comitê, expressa profundo pesar e se compromete a adotar medidas severas contra as pessoas envolvidas. O Ministério Público assumiu o caso. Uma campanha criada no site da presidência sul-coreana já reuniu 35.000 assinaturas para pedir uma investigação profunda do caso. Nos últimos meses, Choi havia apresentado queixa contra seu treinador, um terapeuta e dois colegas mais velhos em Gyeongju. A Federação de Triathlon da Coreia do Sul nada fez.

No ano passado, a também sul-coreana Shim Suk-hee, patinadora de velocidade que tem duas medalhas de ouro olímpicas, acusou o ex-treinador de agressões sexuais. Já condenado por tê-la agredido durante anos, ele cumpre pena de dez anos de prisão.

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18 O triatleta norte-americano Tommy Rivers contraiu COVID-19 e está internado numa UTI com prognóstico reservado. Tommy é um atleta bastante conhecido da comunidade norte-americana, tendo participação em várias provas importantes como o Campeonato mundial de IronMan de 2015, em Kona, com o tempo de 09h38m18. Além da North Shore Marathon e o Mount Hood 50 Miles. Em 2017 fez o tempo de 2h18m20 na Maratona de Boston.

Rivers revelou, através do Instagram, que estava a correndo no Grand Canyon quando começou a sentir-se mal. A saúde do atleta parece não melhorar e segundo seu irmão, Jacob Puzey, Tommy não está respondendo aos medicamentos e são as máquinas de oxigénio que mantêm o triatleta vivo. Devido ao elevado custo da saúde nos EUA, amigos deram início a uma campanha para arrecadar fundos “Rest up,

Tommy, we’ll see you soon“. Até ao momento, a iniciativa já recolheu mais de 200.000 dólares.


Ex-ciclista olímpico Johann Lienhart toma gancho de 10 anos por dopar o filho triatleta. O Comitê Lega Antidoping da Áustria suspendeu por 10 anos o ex-atleta por fornecer substâncias proibidas ao filho triatleta, Florian Lienhart. Johann, de 60 anos, que participou das edições de 84, 88 e 92 das Olímpiadas, agora não pode exercer qualquer função ligada ao esporte. Bicampeão austríaco de triathlon, Florian foi flagrado em exame antidoping em 2019 por uso de EPO, genotropin e testosterona entre dezembro de 2018 e março de 2019. Em fevereiro, o triatleta de 25 anos foi punido com uma suspensão de quatro anos.

MANDARAM BEM...

Escolinha de triathlon no Paraná terá aulas ao vivo para crianças e adolescentes.

A escolinha de Triathlon Formando Campeões tem 5 anos de existência e atualmente, atende 320 alunos da rede pública de ensino em espaços esportivos mantidos pela Prefeitura de Curitiba, a iniciativa visa inserir no esporte. As crianças contam com equipamentos necessários e são treinadas por especialistas na modalidade. Além dos treinos online, disponíveis no Youtube do projeto, a garotada terá aulas ao vivo via skype. “Com as aulas ao vivo, como a desta terça, nos aproximamos mais dos alunos e temos um feedback melhor, quanto ao desempenho deles. Além disso, fizemos uma pesquisa e eles nos informaram que se sentem mais incentivados nas aulas ao vivo”. Explica Ricardo Júnior Cardoso, coordenador do projeto.

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20 Triatleta pedala 1.500 quilômetros de Brasília a Corumbá para fazer homenagem ao pai. Frederico explica que a ideia surgiu ao relembrar as aventuras de infância de seu pai, de quando seu avô comandava o Forte Coimbra, próximo à divisa com Bolívia e Paraguai, no pantanal sul-mato-grossense. “O MS e o Forte tem grande importância na história da família, e o gesto de depositar as cinzas dele naquele A aventura leva as cinzas local, um recanto de naturedo pai de Frederico Gall para za ímpar, é a realização de serem jogadas no Rio um sonho”, destaca o triatleParaguai e conta com apoio ta. A expedição deve durar de amigos. cerca de 20 dias, entre belas paisagens e muita força nas Pedalar no coração do Pantapernas. nal, para prestar homenagem ao pai. É com esta meta que o triatleta, um dos melhores corredores de aventura do Brasil iniciou a jornada “Em Nome do Pai” atravessando dois estados. Ele pretende jogar as cinzas do pai no Rio Paraguai, próximo ao Forte Coimbra.


A Unlimited Sports, agencia oficial do circuito brasileiro de Ironman 70.3 informa que a etapa de São Paulo que seria disputada no dia 6 de setembro será adiada para o primeiro trimestre de 2021

SEGUE A NOTA DA EMPRESA: Sendo a saúde e a segurança de nossa comunidade uma prioridade máxima, e com base nas orientações e recomendações dos órgãos de saúde pública e autoridades locais em relação à pandemia do COVID-19, informamos que o IRONMAN 70.3 São Paulo, originalmente agendado para 6 de setembro, não poderá ocorrer em 2020. Estamos trabalhando com o objetivo de remarcar a prova para o 1º trimestre de 2021. Todas as informações e atualizações serão comunicadas o mais breve possível.

Nenhuma ação é necessária no momento. Comunicaremos a todos os atletas inscritos sobre a nova data assim que a tenhamos confirmada. Se essa nova data não for viável, os atletas receberão opções tais como crédito para outras provas 70.3 no Brasil em 2021. Por esse motivo, pedimos aos atletas que aguardem pelo próximo e-mail com a confirmação da data e mais detalhes. Nestes tempos de grandes mudanças e desafios em todo o mundo, reconhecemos que isso pode ser uma decepção, mas agradecemos sua paciência enquanto trabalhamos para confirmar detalhes adicionais.

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22 Com a pandemia da Covid-19, as provas virtuais ganham cada vez mais os holofotes. A nova tendência também chega a outras modalidades e com desafios específicos para os adeptos de trail run e mountain bike. O atleta se inscreve para um determinada prova, completa no tempo previsto e comprova a atividade por meio de aplicativos, smartwatchs ou fotos da esteira.

Listamos 3 deles:

XTerra VR Club e Uphill Marathon VR Club Antecipados por conta da pandemia, o XTerra e a Uphill Marathon lançaram seus clubes de realidade virtual, combinando desafios semanais, rede social e programa de relacionamento. A cada atividade, prova ou treino, o usuário acumula pontos que podem ser trocados por descontos em equipamentos e kits das provas. Nestas plataformas, os exercícios são validados de acordo com a distância percorrida e a altimetria ganha pelo competidor. Distancias: A partir de 1 km Onde se inscrever: pelos sites do XTerra e do Uphill Preço: Gratuito

O Rei da Montanha – Virtual Edition Outro evento tradicional do circuito de trail running e mountain bike, O Rei da Montanha vem realizando etapas virtuais como uma alternativa para os fãs de altitude. De forma adaptada, as provas não exigem que o atleta percorra uma distância específica e têm como única meta o ganho altimétrico. Para respeitar as recomendações de isolamento social, as subidas podem ser feitas em escadas dentro do prédio ou em esteiras com inclinação. Distâncias: 150m, 300m e 500m de ganho altimétrico Distancias: A partir de 1 km Preço: Gratuito


The Conqueror MANDOU

Enquanto não é possível desbravar o mundo, a plataforma The Conqueror é uma alternativa para aliar o espírito explorador à prática da atividade física. Nela, o usuário pode simular desafios como uma maratona pelo Caminho Inca de Machu Picchu, a subida da maior trilha do mundo nos Montes Apalaches e a travessia do Canal da Mancha. As metas podem ser cumpridas de forma individual ou em equipe e os atletas escolhem o período de tempo em que desejam completar. Ao alcançar determinadas distâncias parciais, cartões postais referentes a estas distâncias são desbloqueados para que o aventureiro acompanhe sua viagem virtual. No final, cada desafio também conta com uma medalha temática.. Distâncias: diversas, de 34 km a 3.670 km Preços: A partir de US$ 29,95 (R$ 160,00)

BEM

Nadadora de 16 anos é a brasileira mais nova a cruzar o Canal da Mancha.

Mariana Chevalier fez a largada na Inglaterra às 5h30 e chegou à França 11 horas e 55 minutos depois, após superar forte correnteza no trecho final da prova.

Ela entrou na água em Dover, no Reino Unido, por volta das 5h30 da manhã. Quase 12 horas depois, chegou a Cap Gris Nez, perto de Calais, na França, marcando um tempo de 11h55min nadando em águas geladas, com temperatura em torno dos 17º C. Ao longo da travessia, Mariana, que começou a nadar aos 8 anos, deu sorte por encontrar um dia quase sem vento, de mar liso e com pouca variação de maré. Para superar o cansaço e o frio, se alimentou e se hidratou de hora em hora, com canja, batata cozida, chocolate, gel de carboidratos, refrigerante e bebidas isotônicas.

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Nossa Região Campeonato Brasileiro de Natação, que seria em Guaratinguetá, é cancelado por causa de pandemia. A CBDA (Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos) anunciou o cancelamento de competições nacionais previstas até 31 de agosto por causa da pandemia de coronavírus. Entre elas está o Troféu José Finkel, que é o campeonato brasileiro interclubes de natação de inverno. O Troféu Maria Lenk, disputado no verão, também foi cancelado. O José Finkel, disputado desde 1972, estava marcado para o período de 11 a 15 de agosto no Itaguará Country Clube, em Guaratinguetá. A cidade voltaria a receber o evento após seis anos. Apesar de previsto para outubro, o Troféu Chico Piscina, também não será disputado em 2020, conforme nota assinada pelo presidente da CBDA, Luiz Fernando Coelho. O torneio é o principal da natação brasileira de base e ocorre anualmente em Mococa, no interior paulista.

O L’Étape Brasil by Tour de France tem nova data e será realizado de 4 a 6 de dezembro de 2020. A organização do evento vem trabalhando para que a prova esteja conforme as novas normas de distanciamento, para que os atletas possam competir em segurança. Os inscritos até 31 de julho de 2020 tem o direito de solicitar a transferência até 31 de agosto de 2020

O Tour de France em Campos do Jordão também terá prova de bicicletas elétricas. Os organizadores querem atrair os competidores que estão sem treinar por causa da pandemia


O L’Étape Brasil by Tour de France incluiu no seu programa de prova as bicicletas elétricas para a edição 2020. A categoria e-bike é exclusiva em competições deste porte no País e fará parte do percurso de 66 quilômetros de distância. A organização fará um pelotão separado para as bikes elétricas, garantindo a segurança dos mais de 2 mil participantes esperados nas estradas de Campos do Jordão.

O crescimento das e-bikes no Brasil é nítido e a tendência é de aumentar cada vez mais. É fácil ver nas grandes cidades mais gente usando as bicicletas elétricas como meio de transporte e lazer, tudo de maneira sustentável.

Os nossos hábitos estão mudando e agora ainda mais com tudo isso que estamos vivendo no mundo. Vemos grandes marcas e até competições, como a Formula E, dando destaque à mobilidade elétrica.

disse Bruno Prada, medalhista olímpico e organizador do evento.

Um relatório da associação Aliança Bike publicado antes da pandemia indicou que o mercado esperada crescimento anual de 20% em vendas de bikes elétricas, chegando à marca de 90 mil comercializadas em 2020.

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26 No dia 11 de julho aconteceu um evento solidário para arrecadar doações para entidades carentes. Intitulado Pedal dos Amigos, o grupo é formado por Samuel Morais, Fabiano Augusto, Nei Correia e Rodrigo Martins. O desafio era o seguinte, se em 3 dias de doações fosse arrecadado menos de 1500kg de alimentos, eles pedalariam 12 horas, se a quantidade fosse maior de 1500kg o grupo pedalaria 24 horas. Foram 650kg nos 3 dias e eles cumpriram a promessa, saíram do Urbanova as 9 horas da manhã e só pararam as 9 horas da noite. Para a surpresa dos organizadores, durante as 12 horas do desafio, foram arrecadados mais 300kg de alimentos, 1400 fraldas e muitos produtos de limpeza. Valeu a garra dos rapazes, muita gente pode ser ajudada e os mantimentos foram distribuídos para 3 casas de apoio em São José dos Campos. O grupo percorre as cidades do Vale e se quiser saber mais a página deles no Facebook é

Pedal dos Amigos.


27 Acontece dia 20 de setembro o Duathlon do Vale em São José dos Campos, e como as dúvidas ainda são muitas pelo momento que estamos vivendo. A Squad Tri foi atrás do organizador do evento Luiz Lobo e fizemos algumas perguntas relacionada a prova. Para que você atleta se informe e possa participar com toda a segurança:

Primeiro, obrigado pela entrevista Luiz, gostaria que contasse um pouco da história da prova e o que te motivou a começar com provas de Duathon?

2011 era o ano. Auge e surgimento de várias assessorias, grupos de corrida de academias de São José e região. Destaque para um crescente calendário de corridas na cidade, as aulas de spinning das academias e o mercado de bikes em forte alta na época. O Duathlon do Vale passou pelas principais vias da cidade, desde a Via Oeste (antes de ser prorrogada, com largada da rotatória próxima ao Thermas do Vale), passando pela Via Norte (presença do triatleta olímpico Armando Barcellos, atual vice-presidente da CBTri), outras edições no Fundo do Vale, voltando a Via Oeste, dessa vez já sendo possível um circuito/volta de bike com 10k. Sempre atraindo corredores, triatletas, ciclistas de todo o Vale do Paraíba, capital, interior de Minas e Rio de Janeiro. Alguns triatletas da região que participaram do Duathlon do Vale ao longo desses 10 anos deram sequência na carreira esportiva, indo para provas internacionais (mundiais age group), com distâncias maiores (Ironman 70.3 e Mundial Ironman, entre outras).

Há pouco tempo levou a prova para o CTA, qual o motivo? Fizemos uma etapa (3ª de 2019, lá), fomos muito bem acolhidos. A estrutura, área e controle de acesso são muito bons. O circuito de bike torna-se mais técnico comparado as principais vias da cidade por onde a prova já passou, mas encaramos como um novo desafio, as paisagens e a tranquilidade do local compensam. Com o cenário da pandemia, os protocolos e principalmente a largada em ondas, o DCTA é o local que oferece as melhores condições em relação ao tempo total do evento.


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Se voces esperam muitos atletas na edição de 20 de setembro? Possuem quantos inscritos até agora?

Não esperamos muitos atletas por conta do momento, é natural que nem todos se sintam seguros e respeitamos isso. Temos até agora pouco mais de 150 inscritos e acredito que conseguiremos realizar a prova com segurança e sem aglomerações principalmente.

Quais as principais medidas de distanciamento social que vão adotar para que todos os atletas estejam seguros na largada, transição e chegada? A realização em 2 dias (Super 5k no sábado e Duathlon no domingo), entrega dos kits em sistema drive-thru, largada em ondas são os principais pontos que oferecem maior segurança aos participantes e staffs. Uso obrigatório da máscara durante a permanência na arena, largada e chegada. Todos em qualquer momento presentes na arena, quando alinhar para a largada, na chegada e pós prova SEMPRE de máscara. Nos percursos não será obrigatório o uso. A orientação para que os atletas não levem acompanhantes, não haverá espaço para tendas de assessorias e apoiadores, sem premiação no local, tudo que possa favorecer aglomeração não será realizado.

Um Adendo ao Regulamento: Por conta da pandemia, da evolução dos acontecimentos e discussões referentes ao protocolo de medidas de segurança, até a data do evento, podem acontecer alterações no regulamento visando a segurança de todos, seja na entrega de kits, arena do evento, formato de largadas, premiações entre outros. Todas serão divulgadas antecipadamente nos canais da HL Eventos Esportivos. Como será a hidratação, alimentação?

Postos de hidratação e pós prova com staff paramentado, itens higienizados e sem ponto de contato com outros atletas e staff.


Existe a possibilidade da prova ser adiada?

Acompanhamos o cenário da pandemia ansiosos, preparando e ajustando os protocolos sanitários e confiantes em poder realizá-los. A Secretaria de Esportes do Estado fala em eventos esportivos liberados depois de 4 semanas na fase amarela, na região de realização. O cenário para eventos de até 1.000 pessoas (considerados pequenos) em 2020 é mais tranquilo, aqueles considerados grandes tem sido adiados para 2021 na sua maioria. Porém, não vivemos momentos de verdades absolutas.

Como espera que seja a prova?

Tranquila, segura, com bom senso e consciência de todos que estiverem presentes. Que seja uma prazerosa oportunidade de participar de um evento outdoor depois de meio ano em tensão e confinamento dentro da realidade de cada um.

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COVID 19 - Meu histórico de atleta resolve? A pandemia de coronavírus deixou o mundo de cabeça para baixo, com impacto direto no esporte. Dentre os mais significativos estão o adiamento dos Jogos Olímpicos de Tóquio, inúmeras provas de Triathlon canceladas e corrida e uma lista com vários atletas contaminados. Todos nós sabemos que a prática esportiva é benéfica para à saúde e o esporte pode, de fato, aumentar a resposta imunológica do corpo, que se adapta, como um músculo, ao estresse do esporte. Um atleta treinado, com uma situação de infecção viral, provavelmente vai ter uma reação melhor do que um sedentário. Porém, apesar de melhorar a resposta do sistema imunológico, a prática esportiva não é nenhuma garantia de cura. Especialistas apontam para o perigo que Para os que acreditam que o fato de uma pessoa ser atleta faz dela mais resistente à infecção, um trabalho do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia Jamil Haddad (Into) põe por terra essa suposição. É que, ao contrário do que se poderia supor, a alta intensidade do volume de treino diário dos atletas profissionais (cerca de 6 a 8 horas por dia) pode aumentar a ventilação alveolar e diminuir os níveis do anticorpo IgA, tornando maior o risco de infecção viral no trato respiratório desses desportistas.


31 O relato sobre como é ter o coronavírus é do campeão olímpico de natação Cameron Van der Burgh, sul-africano de 31 anos. ouro nos 100m peito em Londres e prata no Rio.

De longe, o pior vírus que já sofri. Qualquer atividade física como andar me deixa exausto por horas. A perda de condicionamento foi imensa. Foi um periodo com muitas dores corporais, achei que não voltaria o mesmo. Estava em um dos meus melhores momentos de preparação e nem isso bastou para eu não me infectar, devemos tomar cuidado.

Um estudo, está avaliando cerca de mil atletas, com idade entre 18 e 45 anos, praticantes de diferentes modalidades esportivas e ressalta que os fatos também comprovam a suscetibilidade dos atletas – profissionais ou não – ao vírus, já que o primeiro caso registrado na Itália, foi a infecção em um homem de 38 anos, que participava regularmente de corridas, um dia antes de apresentar os sintomas havia participado de uma partida de futebol e quatro dias depois, foi internado na UTI por Síndrome Respiratória Aguda Grave.

Ou seja, apesar de muitas pessoas acreditarem que os atletas podem ser assintomáticos ou apresentarem sintomas leve, os estudos mostram que não estamos livres dos desfechos mais graves associados à doença.


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Não é de hoje que a saúde respiratória é uma preocupação da medicina esportiva. Estudos realizados desde a década de 90 já relatavam um aumento de episódios virais nas vias aéreas inferiores em atletas de maratona, causando febre, tosse seca, mal-estar e dispneia como efeitos agudos na semana seguinte à competição. Por terem um pulmão considerado ‘ideal’, com condições fisiológicas capazes de aumentar a ventilação alveolar durante exercícios intensos, os atletas ficam mais propensos a inalação de partículas virais, além de lesões musculoesqueléticas em consequência do treinamento exaustivo e às vezes inadequado. O questionário abordará questões sócio demográficas, características do treinamento, hábitos e saúde. Entre os amadores as dificuldades são as mesmas. O médico e triatleta amador Alexsandro Libardoni de Piracicaba nos contou como foi o periodo em que esteve infectado com COVID 19.

Comecei a sentir calafrios e dor de cabeça na região frontal numa sexta feira. Sem ter a confirmação ainda treinei sábado, domingo e segunda, quando chegou o teste positivo na segunda, não sei se pelo fato de eu ter treinado já com o vírus, fiquei pior, a imunidade caiu, tive congestão nasal, indisposição e cefaleia por 7 dias. A sensação é de uma gripe bem forte. Que te deixa sem nenhuma vontade de treinar ou fazer qualquer coisa.


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. Como não tive sintomas de tosse, falta de ar 3 momentos marcantes ou febre, ainda consegui fazer dois pedais leves no rolo durante esses dias. Na segunda semana passei totalmente assintomático. Retomei os treinos com corridas e pedais leves, perdi um pouco o condicionamento, percebo que minha frequência cardíaca sobe com pequenos esforços, como subir a escada por exemplo! Os sintomas da Covid-19 podem demorar a aparecer, e fazer uma atividade que aumente o fluxo de sangue aumenta a chance de a doença causar uma complicação cardíaca. O quadro pode evoluir para um caso de insuficiência, sobretudo se a pessoa já tiver algum déficit vascular anterior, mesmo que desconhecido até então. Quem já faz exercício obrigatoriamente tem que diminuir a intensidade. Existe uma quebra de imunidade que o próprio atleta tem pelos exercícios físicos e que facilita a infecção. Todo vírus, por característica, tem uma propensão a se alocar no coração e quanto mais sangue passar por ele, carregando células com a doença, maior a chance de infecção.


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Carolina de Paula @clinica_emagrecimento

Nutricionista

Alimentos para controlar a ansiedade Nesses tempos de Pandemia que vivemos, os casos de ansiedade e depressão estão aumentando, por isso, uma alimentação equilibrada e saudável não é apenas benéfica para a saúde do corpo. O que comemos também afetam o nosso emocional e podemos adicionar ao nosso cardápio diário diversos alimentos que combatem a depressão e a ansiedade. segundo dados recentes da Organização Mundial da Saúde (OMS), a depressão afeta 322 milhões de pessoas no mundo, valor com tendência a aumentar durante esse período.

A alimentação pode ajudar, mas vale lembrar que ela não substitui o tratamento da doença, com a intervenção medicamentosa e terapia. A dieta usada para combater a depressão deve ser rica em alimentos que participam da produção de serotonina e dopamina, esses hormônios são responsáveis por dar a sensação de prazer e bem estar no organismo. Já a ansiedade, é uma condição caracterizada por preocupação excessiva diante de situações estressantes. Quem sofre com esse distúrbio, que apresenta uma gama de sintomas e enfrenta dificuldades no dia a dia.

Vamos listar alguns alimentos que auxiliam na produção desses hormônios:


FRUTAS

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Todas estas frutas são ricas em triptofano, aminoácido que ajuda na produção de serotonina: Melancia, abacate, mamão, tangerina, limão, são conhecidos como agentes do bom humor. Elas ganham destaque porque fornecem ácido fólico, que está associado a menor prevalência de sintomas depressivos. Além destas, por ser rica em vitamina C, a laranja promove o funcionamento do sistema nervoso, garante energia e previne a fadiga. Estudos comprovaram que a vitamina C, presente nas frutas cítricas, diminui a secreção de cortisol, hormônio liberado pela glândula adrenal em resposta ao estresse e à ansiedade. Frutas vermelhas como amoras, framboesa, cerejas e outras, bem como algumas especiarias, como o gengibre, que são alimentos antioxidantes e, portanto, reduzem os níveis de cortisol combatendo também a ansiedade.

LEITE E IOGURTE Eles são ótimas fontes de cálcio, mineral que elimina a tensão e depressão. O cálcio ajuda a reduzir e controlar o nervosismo e a irritabilidade. Ele participa também das contrações musculares, dos batimentos cardíacos e da transmissão de impulsos nervosos e regulariza a pressão arterial. Este mineral elimina a tensão e combate a depressão, pois reduz e controla o nervosismo e a irritabilidade. Não é recomendado para pessoas com intolerância à lactose, mesmo ao consumir produtos próprios para a sua dieta, ainda podem experimentar complicações ao consumir leite. É recomendado o consumo de 2 a 3 porções por dia.


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FOLHAS VERDES

Estudos mostram que uma alimentação com consumo elevado de folato (importante vitamina do complexo B) está associada a menor prevalência de sintomas depressivos. Um dos alimentos ricos em folato são as hortaliças verde-escuras (espinafre, brócolis, alface). Indivíduos deprimidos podem apresentar baixos níveis de vitamina B12, que leva a diminuição do folato e o desequilíbrio do metabolismo dos neurotransmissores associados ao controle do humor. Além disso, na alface há diversas substâncias nos talos das folhas, principalmente a lactucina e a lactupicrina, que atuam como calmantes naturais.

PEIXES RICOS EM OMEGA 3

Peixes como salmão, cavala, sardinha, truta e arenque, são ricos em ômega-3, substância que ajuda na função cognitiva e melhora a saúde mental. O ácido eicosapentaenoico (EPA) e o ácido docosaexaenoico (DHA), conhecidos por regular os neurotransmissores chamado GABA, podem reduzir os níveis de ansiedade. Além disso, estudos recentes mostraram que o consumo exagerado de ômega-6 pode aumentar o risco de desenvolver transtornos como a ansiedade, especialmente se os níveis forem baixos. Eles são a melhor fonte natural de triptofano. Além disso, as carnes e peixes contêm outro aminoácido chamado taurina. Esta substância aumenta a disponibilidade de um neurotransmissor, que o organismo usa para controlar fisiologicamente a ansiedade. É necessário controlar a ingestão de peixes para garantir bons resultados e a recomendação diária em relação às carnes é de 1 a 2 porções, dê sempre preferência às carnes brancas e magras.

VOCÊ É O QUE VOCÊ COME


liberte-se


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Pilates para triatletas O Pilates é uma prática con-Vale destacar também a ressolidada entre aqueles que piração, que é um dos princíbuscam controle e conexão pios de extrema importância entre o corpo e a mente. É do Pilates, o método trabalha um conjunto de exercícios a respiração torácica ou criados pelo alemão Joseph respiração diafragmática intercostal de forma que os Pilates, que podem ser músculos do tórax e das praticados tanto no solo costas expandem a caixa (Mat Pilates) quanto em torácica lateralmente, equipamentos específicos. aumentando a capacidade respiratória e melhorando a Existem mais de 500 tipos oxigenação do sangue de exercícios que podem influenciando diretamente no ser praticados em várias rendimento do atleta. intensidades. Diferente da musculação, o Pilates rea- A atividade trabalha de liza exercícios com a resis- maneira global e dá ênfase tência, molas, ação da gra- no fortalecimento do core, vidade e peso do próprio região central do corpo corpo. formada pela musculatura do abdômen, do assoalho Os movimentos são mais pélvico e da lombar. Por isso, os exercícios estimulam lentos e harmônicos, a uma ativação correta da trabalha com poucas musculatura abdominal repetições e várias séries mantendo a estabilidade do mesmo exercício. na região lombar.


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Para saber todos os benefícios da modalidade, conversamos com Ana Vilarón, Educadora Física e professora de Pilates.

Aumento da força e resistencia muscular Importante nas provas longas, a musculatura precisa estar forte para superar os estímulos sem fadiga.

Melhora do Alongamento Quanto melhor o alongamento e mobilidade articular, mais qualidade e menor gasto energético o atleta terá.

Aumento da capacidade pulmonar O Pilates te desafia para uma inspiração mais prolongada e suave, aumentando a capacidade de expandir a caixa torácica. Essa respiração mais na base dos pulmões proporciona uma maior troca gasosa.

Prevenção de lesões e melhora da performance Um corpo mais alinhado, forte, flexível e equilibrado tem um gasto energético menor e os resultados são melhores, tanto para atletas de alto nível como amadores.


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Equilíbrio muscular e Controle motor O Pilates trabalha exercícios de forma bilateral e unilateral, o que ajuda muito a detectar desequilíbrios. Os músculos agonistas e antagonistas precisam ser acionados de forma equilibrada para que haja uma harmonia no movimento. Esses benefícios acontecem ao realizar os exercícios de forma controlada e consciente, movimento coordenando com a respiração e acionando músculos de forma ativa.

^ Resistencia Mental O método trabalha a coordenação e prepara a mente para uma sobrecarga emocional. Alguns exercícios relaxam e dão estímulos sensoriais ao cérebro que aliviam.


41 Ana indica estes movimentos que trabalham os músculos do core, membros inferiores e melhoram a coordenação motora. Faça 10 repetições de um exercício, descanse de 1 a 2 minutos e passe para o próximo. Você pode fazer o treino de duas a três vezes por semana em dias alternados.

Deite de costas sobre a bola, com braços e pernas alongadas. Devagar, traga cabeça e braços para frente. Retorne. Deite no chão e prenda a bola entre os pés. Estenda e levante-as, até que fiquem perpendiculares ao solo. Abaixe os pés, sem tocá-los no chão. Volte para a posição inicial. Deite no chão, segure a faixa elástica com as duas mãos e passe-a pela sola dos pés. Erga a cabeça e as pernas, mantendo-as flexionadas. Em seguida, estique as pernas. Retorne. Ao trabalhar o Pilates para triatletas é interessante combinar movimentos para que a dinâmica possa ser treinada o mais próximo da realidade do esporte, de forma assertiva e funcional.


42 3 COISAS QUE VOCÊ NÃO SABIA SOBRE

DANIELA RYF Pentacampeã mundial de Ironman e vencedora de quatro das últimas cinco edições do Ironman 70.3. Aaos 32 anos, a suiça é uma referência no esporte.

FANÁTICA POR CEREAL

A atleta não abre mão de um cereal com leite no café da manhã antes dos treinos, ela confessou que é a única comida que não consegue abrir mão na dieta.

PREFERE NÃO TREINAR MUITO

A rotina diária de treinos de Daniela varia de 4 a 5 (pouco para triatletas no nível dela, que chegam a 7 horas por dia), a atleta afirma que achou meio termo entre quantidade e qualidade, e diz que nem sempre treinar muito é benéfico.

CONFUSÕES COM OUTRAS ATLETAS

Tida como arrogante. Daniela não coleciona muitas amizades no circuito e já teve problemas com algumas atletas, entre elas, Lucy Charles. A suíça afirma que é muito competitiva e isso as vezes fala mais alto para as rivais.


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Vinícius Sobreiro @dr.viniciussobreiro

Médico do Esporte

Uso de Ibuprofeno A popularidade das provas de longa distância está crescendo bastante no Brasil. E assim como qualquer atividade física, pode causar danos musculares. Quem já participou de uma prova ou treino longo sabe que a dor pós-treino faz parte e que o acompanhamento fisioterapêutico para tratar inflamações e prevenir lesões são fundamentais. Porém, nem todo dano deve ser evitado. Quando aumentamos a atividade, nosso corpo produz radicais livres que causam pequenas rupturas seguidas de inflamação. Esse é um processo normal e é como nossos músculos se desenvolvem. Por isso existe um período de descanso que deve ser respeitado, permitindo a recuperação e o desenvolvimento muscular. O problema é que muitos atletas iniciantes estão usando anti-inflamatórios, como o ibuprofeno, para mascarar sintomas e conseguir completar as provas. E esses medicamentos podem causar sérios problemas renais se usados com frequência. O processo acelera se combinado com esgotamento físico e desidratação. Os riscos à saúde são tão grandes que já houveram casos fatais em eventos ligados ao uso de ibuprofeno e algumas ultramaratonas ao redor do mundo advertem sobre riscos.


Esteróides ou hormonais como a cortisona, não-esteróides e os coxcibs, alguns liberados e outros proibidos, são substâncias que agem no tratamento de lesões inflamatórias ortopédicas, ginecológicas e outras. São ainda estudados os graves efeitos colaterais em vários órgãos como estômago, fígado, rins, coração e todo aparelho cardiovascular. Um estudo feito na Alemanha mostrou que o uso de ibuprofeno antes da corrida não reduz a inflamação muscular, outros estudos mostraram que corredores que usaram analgésicos tem até 4 vezes mais chances de apresentarem cólicas durante a prova e ao aumento de pressão arterial.

Outra mania entre atletas é a ingestão de comprimidos de sal ou consumo de biscoitos salgados para uma possível reposição do sódio e do potássio. Fazer isso, sem nenhuma orientação médica, poderá resultar em hipertensão arterial severa, com grande risco de derrame cerebral ou de infarto do miocárdio. Além de todos os efeitos colaterais conhecidos, como doenças renais, hemorrágicas e gastrointestinais. Após a realização de exercícios intensos e longos, acontece a elevação da síntese proteica nas células musculares, uma resposta importante para aumento de massa e força muscular a longo prazo. Um dos mecanismos para o aumento desta síntese está relacionado às microlesões induzidas pelo exercício, ocorrendo aumento da produção de substâncias chamadas prostaglandinas, que tem sua produção inibida pelo uso dos anti-inflamatórios. Portanto, mesmo que esses medicamentos acabem com a dor e ajudem a completar treinamentos e provas, eles podem trazer sérias consequências clínicas, além de aumentar o risco de lesões musculares! Fique atento e procure sempre um acompanhamento especializado.

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Como melhorar nas transições Dicas para você ir bem no “quarto esporte” do Triathlon

A transição é a troca de modalidade em uma competição de Triathlon, chamadas de T1 e T2. Na T1, os atletas saem da natação, passam pela área de transição e sobem na bicicleta para pedalar. Na T2, os atletas chegam com as bikes, colocam o tênis e saem para correr.

1

Mas não pense que é tranquilo como na teoria acima, já que quanto menor a distância da prova, maior a importância relativa da transição no tempo total do evento. Tirar rapidamente a roupa de borracha, montar e descer da bicicleta em movimento e calçar os tênis com rapidez são habilidades essenciais aos triatletas competitivos e geralmente passam despercebidas nos treinos do dia a dia. A Squad Tri preparou algumas dicas para você ser mais eficiente nas transições.


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T1 Sempre que fizer um treino com a roupa de borracha (também chamada de Neoprene, por causa do material) seja em águas abertas ou piscina, retire-a o mais rápido que puder. Quando sair da água corra e vá abrindo o zíper, baixando a roupa até a altura do quadril. OUTRA DICA: não tire os óculos e a touca até se livrar da roupa de borracha, com certeza vai te atrapalhar fazer esse processo com eles em mãos. Retire a metade inferior da roupa já na área de transição, ao lado da bicicleta. Vale a pena testar produtos que facilitem a retirada da roupa, como condicionadores ou vaselinas. Treine também subir na bicicleta em movimento e não se assuste pois tombos são quase inevitáveis. Deixe suas sapatilhas na bike e apoie um dos pés sobre uma sapatilha, usando o outro para impulsionar a bicicleta, termine de calçá-las quando já estiver pedalando em uma velocidade razoável. Fique atento com o fluxo de outros atletas e esteja com as sapatilhas calçadas antes do fim da primeira volta. Importante treinar prender seu capacete durante os treinos diários, Pode parecer simples, mas isso gera muita perda de tempo nas competições. IMPORTANTE: NÃO toque na bicicleta antes de afivelar o capacete e NÃO pedale dentro da área de transição, estará sujeito à penalização.


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T2

Antes de chegar para essa transição é importante que tenha treinado a retirada das sapatilhas em movimento. Coloque a bike no cavalete, tire o capacete e então coloque o tênis de corrida Em provas curtas, a maioria dos atletas corre sem meia, por isso, alguns passam lubrificantes nos tênis e calcanhares antes da prova. Utilize cadarços de elástico para facilitar colocá-lo. DICA: Para quem usa cinto de elástico com o número da prova, deixe em baixo do tênis para não esquece-lo. Faça o mesmo com bonés e óculos escuros. Mentalize a transição nos dias anteriores da prova, torne automático em sua mente tudo o que fará durante as trocas de modalidade, já que assim como em qualquer esporte, tudo depende de treino. O ideal é dedicar pelo menos um dia na semana para praticar as transições.


Mirante Anchieta - SĂŁo JosĂŠ dos Campos


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Mirian Faria @fisioterapeutamirianfaria

Fisioterapeuta

Ventosaterapia Atletas amadores ou profissionais, convivem com lesões como parte de suas rotinas de treinos e competições. Por isso, é cada vez maior o número de esportistas que recorre a tratamentos para acelerar a recuperação ou amenizar a dor.

A ventosaterapia é uma delas, teve origem na China cerca de 3 mil anos atrás e se tornou popular em todo o mundo. É um tratamento natural no qual são usadas ventosas para melhorar a circulação sanguínea do corpo, elas criam um efeito de vácuo que suga a pele e resulta em um aumento do diâmetro dos vasos sanguíneo no local. Como resultado, acontece uma maior oxigenação destes tecidos, que permite a liberação de toxinas do sangue e do músculo com mais facilidade.

A ventosa serve para liberar uma tensão muscular, uma fibra que pode estar com uma contratura e até em um estiramento. Com a sucção, ela retira células antigas e repõe células novas, o que facilita o processo de autorregulação do corpo. A técnica libera também peptídeos endógenos - moléculas que auxiliam reações químicas. Há um aumento na sensação de analgesia e um controle maior da dor.


49 51 Utilizamos a aplicação de ventosas de vidro, plástico ou bambu, afim de estimular o tecido cutâneo nas regiões onde são aplicadas. Os locais mais indicados para a aplicação são as partes que possuem maior concentração muscular, como abdômen e costas, ou as que, possuem menos músculos, como braços e pernas. No geral, os copos são deixados por um período de cinco a dez minutos. Alguns profissinais gostam de aplicar óleos medicinais e de ervas na pele para permitir a movimentação dos copos, quando preciso. O tratamento e a quantidade de sessões vai depender de cada paciente, por ser uma técnica que possui indicações para diversas condições, é importante que o paciente consulte um profissional qualificado para orientá-lo da melhor maneira. É possível que o paciente apresente alguns hematomas e inchaços, que costumam sumir em alguns dias. É um processo rápido e sem efeitos colaterais graves. Hoje em dia há diversas maneiras de tratar com o mesmo efeito, liberação miofascial, o rolinho, a bolinha, a terapia manual, o alongamento com mais intensidade. Porém, é importante um diagnóstico preciso porque esta técnica não pode ser utilizada em rupturas musculares, suspeitas de hemorragia, pacientes com dermatites, cortes e ferimentos recentes no local da aplicação. Deve ser realizado somente por quem é pós-graduado ou especializado em acupuntura.


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ENTREVISTA DO MÊS Victor Teixeira Como voltar aos treinos Victor Teixeira é natural de Pinda e criado em Quiririm, distrito de Taubaté. Nascido em 1968, casado e com um filho 19 anos. A vida profissional de Victor começou em 1992 quando se formou Educador Físico na faculdade UMC, com pós graduação em atividade física adaptada pela Gama Filho. Além de vários cursos de musculação, spinning, entre outros. Conduziu a tocha olímpica em 2016 para as Olimpiadas do Rio, professor desde 2001 na Companhia Athletica, personal trainer desde 1992. Começou no triathlon em 2003 com as provas do Troféu Brasil de Triathlon, fez 12 vezes o tradicional Internacional de Santos. O cara ainda tem no currículo 6 vezes IronMan e 7 vezes IronMan70.3. Victor te uma assessoria de triathlon fundada 2005. É com ele que falaremos na entrevista desse mês da

Squad Tri:


St:

NO SEU CASO VICTOR, COMO FOI SUA ROTINA DE TREINOS DURANTE A PANDEMIA?

VICTOR

Foi complicado assimilar no começo, somos acostumados com uma rotina ativa, né. No primeiro mês fiz treino indoor na bike, no rolo, mantendo a planilha, decidi não correr na rua. Meu prédio tem 25 andares e fazia em torno de 60 minutos entre subidas e descidas, musculação fiz em casa também, a única coisa que não deu para treinar foi natação, pois as piscinas estavam fechadas. Agora estou treinando bike e corrida na rua e a natação estou indo para praia para nadar uma semana sim outra não, musculação continuo a fazer em casa mesmo.

St:

TEM TRIATLETA QUE ESTÁ VOLTANDO AOS TREINOS AGORA, QUAIS AS INSTRUÇÕES PARA O RETORNO?

VICTOR

A primeira coisa que o atleta perde quando está há um tempo parado é a condição orgânica básica, que é o desempenho do coração e do pulmão. Adotamos a frequência cardíaca como referencial, com o objetivo de fazer funcionar o motor do corpo novamente. Neste primeiro momento, o atleta precisa esquecer o ritmo antigo e focar na frequência dos batimentos. Nosso corpo perde flexibilidade muito rápido, é importante dar ênfase aos alongamentos e aos exercícios de amplitude. O retorno deve ser gradativo, respeitando o atual condicionamento, deve-se refazer todos os exames clínicos e seguir com um trabalho de nutrição e fortalecimento. Além de aceitar que seu corpo levará um tempo para assimilar os estímulos. Sua memória esportiva continua condicionada, mas o corpo não irá responder da mesma forma. A melhor forma é voltar aos poucos, aumentando o volume e a intensidade paulatinamente, pois quem ficou isolado e não fez os treinos, perdeu o condicionamento, é interessante conversar com técnico, para adequar os treinos. E se conseguir, usar a máscara, e os cuidados que a OMS vem preconizando.

Mesmo que sua condição física caia um pouco no período que ficou parado, não será como voltar do início. Isso porque você estará começando com um nível de condicionamento muito mais alto. Se alguém está treinando de maneira consistente por 15 anos e faz uma parada forçada de um, terá uma recuperação mais fácil do que a pessoa que treinou um ano e parou outro. Quanto maior o tempo de prática, maior será a base de força aeróbica.

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St:

QUAL DOS TRÊS ESPORTES PERDEMOS MAIS RENDIMENTO QUANDO ESTAMOS PARADOS, E POR QUÊ?

VICTOR

Na verdade os três, sem treino perdemos a performance, porém das três modalidades a natação na minha opinião, modalidade que o retorno é bem lento, pois acabamos perdendo capacidade respiratória. Alguns trabalhos de velocidade são necessários para recuperar o desempenho. Mas até você reconstruir sua base aeróbica, a atividade intensa pode causar fadiga e te desencorajar. Seus tendões e ligamentos podem não suportar. Com 7 dias de pausa, um atleta bem treinado não sofre grande interferência no condicionamento físico. Com 15 dias o metabolismo já pode se tornar mais lento. O corpo tem um processo básico de sobrevivência em que ele procura armazenar energia e poupar forças. A partir do momento em que não há mais estímulos por meio do treinamento, o atleta tende a perder o que foi conquistado. Com alguns meses parado o corpo perde parte da sua capacidade de fazer movimentos precisos, pela diminuição da coordenação motora fina. No Triathlon, isso significa uma técnica deteriorada. As consequências de ficar sem treinar são parecidas com as do sedentarismo.

Um estudo publicado pelo Journal of Applied Physiology convocou 21 corredores que completaram a Maratona de Boston para checar os efeitos da inatividade. Com uma rodagem superior a 50 km por semana, os participantes fizeram menos de uma hora de exercícios por semana. Os pesquisadores testaram a aptidão cardiovascular antes e depois da realização da Major. O primeiro exame foi feito duas semanas antes da prova. Os outros se repetiram de 4 a 8 semanas após a realização da maratona. Em quatro semanas de inatividade o ventrículo esquerdo dos atletas diminuiu em massa e espessura. O volume do sangue diminuiu 3,6%. O bombeamento de sangue foi menos potente, levando menos oxigênio aos músculos. Com uma hora semanal de corrida, o descondicionamento dos corredores não foi tão severo quanto o observado em pesquisas envolvendo a inatividade total. A queda de desempenho estimada gira entre 4 e 25% após três ou quatro semanas sem praticar esportes.


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St:

QUAL A DIFERENÇA PARA O ATLETA QUE FICOU 2, 3 MESES PARADO E AQUELE QUE TREINOU INDOOR EM CASA? É POSSÍVEL RECUPERAR O CONDICIONAMENTO FÍSICO?

VICTOR

Bom Diogo, o atleta que ficou parado e não fez nenhum treino indoor, durante 2 a 3 meses, vai ter um recomeço mais lento Por prudência e para que não haja riscos de uma lesão ou outro problema funcional, mas depende muito do seu tempo longe do treinamento, será mais fácil ou difícil voltar. Espere investir pelo menos dois dias para cada dia perdido. já o atleta que fez atividades indoor, e cumpriu as determinações dos técnicos, voltarão com mais ímpeto, nos dois casos a melhora do condicionamento físico é gradativo.

A queda no rendimento acontece pelo retorno dos músculos à condição de homeostase, sua zona de conforto. Com a rotina de treinos, são geradas inflamações, microlesões musculares para que se inicie o processo de regeneração responsável por tornar o corpo mais forte e resistente, pois o músculo entende que precisa se fortalecer para evitar novas lesões. , a performance provavelmente diminuirá em torno de 3 a 5% depois de 3 a 4 semanas de destreino. Um corredor com 40 minutos nos 10 km pode esperar ter uma performance em torno de 1 a 2 minutos mais lenta nessa distância depois de 3 semanas parado.

Em 5 meses você é quase um sedentário e após esse tempo, escoa pelo ralo a especificidade esportiva, que é a capacidade de gerar movimentos de qualidade, associados a determinado esporte. Nesse momento, podemos dizer que seu organismo está completamente destreinado. Ou seja, você tem praticamente o mesmo condicionamento de um sedentário, de fato, é um, pois está há cinco meses sem se mexer. Isso acontece por causa da memória motora, que é a capacidade de executar um gesto esportivo específico. O ato esportivo é algo que fica gravado no nosso corpo, mesmo que ele não esteja treinando, assim como o recrutamento de fibras para execução de um movimento ou a sensação de esforço. De qualquer forma, como puder e com os equipamentos que tiver, o melhor é você seguir treinando para sempre. Seus músculos e sua saúde agradecem.


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St:

QUAIS CONSELHOS PARA QUEM ESTÁ VOLTANDO E ESTÁ SEM AQUELA DEDICAÇÃO E VONTADE NOS TREINOS?

VICTOR

A falta de objetivo é um caso sério. O ideal é manter os treinos por que gosta, por que faz bem, nessas horasa função do treinador tem que funcionar, criar motivação, mostrar com exemplos que não treinamos somente para uma prova e sim para a vida. Quero ver meu filho crescer, quero vê-lo se formar, ir ao casamento dele, ver meus netos, pelo bem estar, pelo estilo de vida saudável. Por isso é fundamental que você se concentre na consistência e na frequência dos treinos. Não é hora de se preocupar com o pace ou com a quilometragem que vai fazer. Antes de voltar, faça caminhadas leves por pelo menos 30 minutos. Caminhar recondiciona tecidos moles como músculos, tendões, ligamentos, fáscia, tecido conjuntivo e te prepara para as exigências mais rigorosas.

Defina metas pequenas e reais para o seu momento. Conquistar esses pequenos objetivos também ajudará sua mente com a felicidade de ter cumprido a meta, isso vai te trazer de volta para o esporte, às vezes, pode parecer que o caminho é muito longo para se percorrer. Mas tudo o que é preciso é disciplina e paciência. Aposte também nas corridas curtas e leves. Comece com três ou quatro pequenas distâncias por semana para que você treine a cada dois dias. Corra de cinco a dez minutos por vez, ou alterne entre corrida e caminhada. Ao voltar à ativa, você precisa deixar o ego de lado. Deixe seu corpo se adaptar ao estresse de um treino antes de começar a exigir mais. Use essa regra: Uma semana de pausa: Continue o plano de onde parou Até 10 dias de pausa: Volte com 70% da quilometragem anterior 15 a 30 dias de pausa: Volte com 60% da quilometragem anterior De 30 dias a 3 meses: Volte com 50% da quilometragem anterior Três meses: comece do zero. Volte aos poucos no fortalecimento. Você pode até ficar forte em áreas específicas, como os glúteos e o abdômen inferior. Adicione movimentos que imitem os componentes da corrida para ajudar a melhorar a coordenação muscular, o tempo e a biomecânica. Além disso, yoga, pilates e exercícios funcionais podem te ajudar a ficar mais forte. Se você não fez nenhum esporte por três meses, reserve dias de descanso entre suas atividades. Isso garantirá que seu sistema aeróbico se recupere.


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#VOCÊNASQUAD Agosto

Taís Porto

Fabrício Caldeira

@thaissporto

@fabricioreiscaldeira

Everton Tecco

Ney Vita

@evertontecco

@neysvita


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Tales Werneck @taleswerneck

Lanna Magalhรฃes

@lanna_magalhaes

Carlos Maรงaneiro

@carlosmacaneirojr

Tamye Fagundes @tamye.fagundes

Eduardo Camargo @ducamargopersonal

Luis Otรกvio

@luisgustavocortes08


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Livro - Rotina de Ferro A autobiografia conta a história de David Grinberg

Que no auge dos 39 anos, casado, dois filhos, cargo de liderança em uma multinacional e pouco depois de participar de um dos maiores eventos esportivos do mundo, o Ironman, com 3,8 km de natação, 180 km de ciclismo e 42,195 km de corrida. David recebeu uma notícia que mudou os rumos da sua história: sofria de linfoma, um tipo de câncer que afeta as células responsáveis por proteger o organismo de infecções e doenças.

No livro, David narra desde antes da descoberta da doença, passando pelo tratamento, enquanto aborda como a encarou como um desafio no qual a meta era alcançar a cura retomar a vida familiar, profissional e esportiva. I ncentivado pelos pais desde pequeno a praticar esportes, David já fez todas as modalidades possíveis e, mais tarde, se descobriu no triathlon.

Eu sempre soube, desde pequeno, da importância da disciplina e da concentração em tudo o que faço na vida. E devo isso em grande parte ao esporte. Essas duas ferramentas não vêm de graça, demandam treino e atenção, mas me foram extremamente úteis em toda a minha vida – inclusive durante o enfrentamento da doença


Enquanto se preparava para enfrentar o maior desafio esportivo de sua vida, em maio de 2018, no auge do preparo físico, começou a sentir algo estranho com seu corpo. Apesar das fortes dores de cabeça, cansaço e das recomendações médicas, ele encarou o desafio, ultrapassou os limites e conseguiu cruzar a linha de chegada, mas o sinal de alerta continuava a tocar.

Comparo o corpo humano a uma máquina que pode apresentar defeitos, alguns fáceis de consertar, outros que podem ser sinal de que algumas das engrenagens precisam de reparo mais intenso e de que é hora de dar ouvidos a isso. Era essa fase de maior atenção e reparos que eu estava atravessando, sem me dar conta

Alguns dias depois da competição, David foi parar no hospital após desmaiar, alguns exames depois os médicos constataram que ele sofria de um tipo de linfoma e precisaria de um tratamento agressivo de quimioterapia. Ao mesmo tempo em que relata o sofrimento, as angústias e os medos, David compartilha o quanto familiares, amigos e profissionais foram decisivos para à recuperação. Além de destacar o empenho de seu chefe na época, Daniel Schleiniger, que criou o projeto #IronMan2019 #ThisIsAMission, um trato entre eles de que realizariam um Ironman juntos assim que a saúde de David estivesse recuperada. Ao longo do tratamento, ele passou a rever algumas atitudes e valorizar pequenas coisas: “A doença me fez parar para enxer-

gar melhor os outros e ver como as relações precisam ser mantidas com atenção dos dois lados.” Ele ressalta, por exemplo, a importância de aproveitar pequenos prazeres do dia a dia, valorizar conquistas de recomeço e ser mais gentil com o próprio corpo.

O lançamento aconteceu no dia 2 de julho pela Editora Planeta exclusivo no formato digital, Rotina de Ferro, irá reverter os direitos autorais para a Abrale, Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia.

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Lucas Vilhena @lvtriathlon

Treinador de Triathlon

Triathlon indoor

No Triathlon ainda existe aquele estigma de que é um esporte que toma muito tempo, que possui uma logística complicada dos treinos e do alto custo dos equipamentos. Mas nadar, pedalar e correr, são modalidades benéficas e prazerosas. A intenção aqui é exatamente desmistificar essa crenças e mostrar que o esporte pode ser praticado por todos, um pouco de disciplina podemos otimizar nosso tempo e minimizar os gastos. O problema é que as condições públicas de treino muitas vezes não são as ideais, para quem vive no caos das grandes cidades. Hoje, a maioria dos clubes, academias e condomínios, oferecem estruturas que permitem praticar os três esportes, com fácil acesso, seguro e controlado. Basta um pouco de dedicação e disciplina que se consegue ganhos significativos de condicionamento físico. O treino de Triathlon indoor acaba sendo uma boa alternativa, principalmente durante a semana. Muitos triatletas estão buscando essa opção para aproveitar o tempo entre as tarefas diárias, além de ser mais seguro e conveniente. Ambientes fechados também beneficiam a qualidade dos treinos, permitem que o atleta esteja focado na sua evolução, sem paradas, problemas de mobilidade ou obstáculos nas ruas. Não é fácil, mas dá para começar a pegar gosto pelo esporte. A ideia não é te transformar em um Ironman, mas, ajudar a dar os primeiros passos no esporte, sem precisar sair da academia do prédio. Apesar de não oferecer a adrenalina que os treinos em ambiente aberto oferecem, o treinamento indoor ajuda a aperfeiçoar a técnica e melhorar a resistência. Tanto na bike de spinning, como na piscina e na esteira, o atleta tem a possibilidade de ter um maior controle sobre o ritmo, e uma melhor percepção de esforço.


NATAÇÃO

Os treinos de piscina devem ser planejados com diferentes estímulos de acordo com a fase de treinamento. São os intervalados, técnicos, rodados com alta e baixa intensidade e até mesmo os combinados com ciclismo e corrida. Uma boa estratégia para simular a correnteza e treinar a resistência é usar o nado estacionário, na qual o atleta fica preso a um extensor preso na borda da piscina, com um cinto onde permite o treino em piscinas menores. O nado estacionário também proporciona maior concentração no movimento e nas deficiências, sem quebrar a sequência a cada virada na raia, assim como acontece nas provas em águas abertas. Em relação à visibilidade, a dica é mesclar a braçada de crawl com a braçada de orientação, na qual se levanta um pouco a cabeça para enxergar a boia de referência em águas abertas, e procurar identificar qual o melhor ciclo para o atleta. Os cordões elásticos podem variar de resistência e elasticidade, e os modelos permitem graduação de carga. Este equipamento é uma ferramenta eficiente para treinamento de natação estática, tiros, arranque aquático e treino variável de tração.

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CICLISMO

O ciclismo é uma das modalidades que enfrenta os maiores problemas nos centros urbanos. Boas ciclovias ainda são uma realidade distante, assim como a educação no trânsito. Infelizmente, ainda ouvimos diversos relatos de atropelamentos, entre outras situações que colocam em risco a integridade física do atleta. Por isso, o ciclismo indoor é uma opção para aqueles que buscam segurança também. Existem duas opções: o Spinning e o Rolo. Diversas academias de ginástica oferecem aulas que são utilizadas por triatletas para alcançar o fortalecimento dos membros inferiores e melhorar o condicionamento cardiorrespiratório. O Spinning é uma aula de ciclismo feita em grupo, praticada em uma bicicleta ergométrica que permite ajustar a resistência ao nível de treinamento através de um graduador de carga. Outra opção é o uso de rolo, onde a bicicleta é acoplada e permite a pedalada como se o atleta estivesse na rua. São encontrados diversos tipos de rolo no mercado, que se dividem basicamente em livres e fixos. No rolo livre, a bike gira livre, apenas apoiada em cilindros, possibilitando ao ciclista exercitar controle e equilíbrio. O rolo fixo ou de resistência, em praticamente todos os modelos, é formado por uma plataforma com formato de cavalete que prende o eixo traseiro com dois cilindros, geralmente acoplados a algum tipo de resistência (eólica, hidráulica, magnética ou eletrônica). Alguns modelos permitem variar essa resistência durante o treino e são compatíveis com medidores de potência e aparelhos GPS.


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CORRIDA

na esteira ajuda o atleta a controlar de maneira eficiente o ritmo. O equipamento oferece facilidades, como controle do ritmo, velocidade, intensidade dos movimentos e frequência cardíaca. Como é o chão que se move, o corredor é obrigado a se manter em movimento constante e uniforme, enquanto que na rua, é mais fácil perder o ritmo. Na esteira os músculos anteriores da coxa, como quadríceps e flexores do quadril, são mais exigidos do que os posteriores. O impacto da corrida é menor, o que acelera a recuperação no pós-treino. Considerado monótono para a maioria, ele ajuda a fortalecer mentalmente o atleta para os desafios longos.

Todas essas vantagens devem ser utilizadas como opção de complemento. Se o objetivo do triatleta for participar de competições, o ideal será sempre aliar treinos indoor com outdoor, que simulam melhor as condições de prova. E para aqueles que estão acostumados com o treino em locais fechados, é importante realizar a transição para as ruas aos poucos, onde a coordenação motora e a noção espacial são mais exigidas. Não se esqueça que você precisa de um profissional capacitado para evoluir em qualquer esporte. É fundamental o acompanhamento de um treinador da área que irá planejar a progressão e analisará os resultados obtidos, sempre focando na prevenção de qualquer tipo de lesão que a pessoa ter.


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Seguro para bikes Vale a pena? Quando compramos uma bicicleta, seja para competição ou passeio, muitas vezes não damos a devida importância, mas com o crescimento dos roubos, é fundamental garantir que ela esteja segura para que em caso de furto, você não acabe no prejuízo.

Só na cidade de São Paulo, cada pessoa que troca o volante pelo pedal ajuda a reduzir em até 10% as emissões de dióxido de carbono (CO2), além da economia financeira e de tempo de deslocamento. Porém, junto com o aumento do uso da bike, os índices de roubos também cresceram. Só no 1º trimestre de 2019, em relação ao mesmo período do ano anterior, o número de furtos em São Paulo cresceu 43%, considerando apenas aqueles em que foram registrados boletim de ocorrência. Em 2018 foi feita uma pesquisa com ciclistas de todo o Brasil e mais de 70% dos ciclistas não conheciam ou não sabiam onde e como contratar o seguro para suas bikes.

Vamos te mostrar quais as maiores dúvidas quando o assunto é seguro de bicicleta.

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O SEGURO DE BICICLETAS É CARO?

O valor do seguro de bicicleta é calculado pelo grau de exposição ao risco na sua rotina de pedais. Esta percepção é diferente dependendo de como e onde você pedala com a sua bike. Hoje você encontra seguros completos à partir de R$ 200,00 e ainda poderá parcelar este valor, o que torna este investimento bastante acessível. A diferença de valor entre seguradoras pode ser grande, mas é proporcional à amplitude de coberturas e serviços que elas oferecem. Vale à pena fazer uma simulação para comparar os valores entre as seguradoras.

ACEITAM BICICLETA SEM NOTA FISCAL? ACEITAM BICICLETA SEM NOTA FISCAL?

Guardar os documentos fiscais não é um hábito comum entre brasileiros e as seguradoras entenderam que era importante atender esta parcela do mercado. Estes ciclistas não estão excluídos da lista de “ciclistas seguráveis”. As seguradoras possuem critérios para permitir que o proprietário que não tenha a nota fiscal, também possa estar coberto por uma apólice.

O processo para quem não possui a nota fiscal já pode ser feito inteiramente online em algumas seguradoras. Neste caso, a seguradora envia um número de Voucher durante o processo de contratação. Esse número deve ser impresso e deve constar na foto da bike enviada à seguradora.


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DÁ PARA FAZER SEGURO DE BIKE MONTADA? Ciclistas ficam na dúvida se podem fazer o seguro da bike que foi personalizada, peça por peça. Há seguradoras que oferecem recursos para informar separadamente todos os componentes não originais da bike. Inclusive é possível que todo este processo seja feito online. É importante que o ciclista saiba atribuir corretamente o valor integral da sua bicicleta com todas as peças incluídas, para que a seguradora faça a aprovação do valor segurado. Em alguns casos, o ciclista terá que efetuar o mesmo processo daqueles que não possuem nota fiscal.

QUAIS AS MELHORES SEGURADORAS?

Dentre as seguradoras, destacam-se duas: Argo Protector e Porto Seguro. Ambos cobrem roubo e furto qualificado quando sua bike está em casa, durante o pedal ou o transporte, em todo território nacional. Os danos causados durante o transporte, numa colisão por exemplo, também estão cobertos. A Argo só faz seguro para bikes de valor igual ou superior a R$ 3.000,00. Possui coberturas adicionais, como danos à bike durante o pedal e danos à terceiros, em um atropelamento, por exemplo. É um seguro mais completo para quem participa de competições e possui bikes esportivas. As franquias são de 10% do valor da indenização, com mínimo de R$ 800,00 e máximo de R$ 2.800,00, considerando bikes de R$ 3.000,00 ou mais e com coberturas adicionais, há um bom custo-benefício.


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Diante desse cenário, cresce à procura por serviços de seguro para bike, sendo oferecido por diversas corretoras. Na hora de contratar o seguro, o ciclista precisa ficar atento às cláusulas da apólice para saber se o serviço atende suas expectativas e ao fazer a cotação é solicitada uma vistoria, que pode ser feita on-line, com o número de série da bike e dados pessoais do ciclista. O ideal é que se faça a cotação com mais de uma empresa, compare os preços e benefícios oferecidos, para tomar a decisão.


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Atleta

Nicolas

Nicolas tem 23 anos, é de Jacareí e está cursando Educação Física

O que o Triathlon representa para voce?

Desde que entrou na minha vida, representa uma enorme satisfação de praticar este esporte que parece ser individual, mas que podemos falar em coletividade. Sozinho não chegamos em lugar algum. Dependemos de técnicos, fisioterapeuta, nutricionista e patrocinadores. Hoje sou realizado, a cada treino, a cada prova, a gratidão é enorme. Estar ali com amigos, familiares, não tem preço. O Triatlhon é uma realização do sonho de poder fazer o que gosta.

Quando iniciou no esporte?

Iniciei no Triathlon aproximadamente 2 anos e meio. Eu sempre fui pro lado esportivo, joguei bola, andei de skate, surfei, enfim o espirito de atleta corre na minha veia não tem jeito. Minha mãe é uma ex-campeã brasileira de natação por Jacarei, então o incentivo pelo esporte veio através dela. Quando eu tinha 6 anos de idade, ela ainda treinava, então foi quando eu comecei a fazer aulas de natação e de ali em diante não parei mais.

Agradeço muito por ter tido essa oportunidade de estar dentro do esporte desde novo, pois isso foi desenvolvendo dentro de mim essa vontade de vencer, de treinar, de competir, e pra vida pessoal isso é ótimo. De 15 a 17 anos foi quando eu fiquei afastado um pouco do esporte, jogava apenas futebol com os amigos. Aos 21 anos, foi quando eu descobri o esporte, assistindo videos no YouTube, apareceu um vídeo Escrito “ ironman “. Me despertou uma enorme curiosidade, fiquei abismado com a garra, com a força bruta que os atletas tinham. Foi ai que surgiu a ideia de começar o nada, pedala e corre. Comecei treinando por conta própria, 2 meses depois tive meu primeiro técnico, que montou meus treinos para a minha primeira prova oficial. Fiz um SPRINT, quem fez sabe que é gosto de sangue na boca o tempo todo. Quando passei pelo pórtico de chegada, foi super emocionante, eu mal sabia minha posição, estava mega feliz por ter terminado e saber que eu estava no caminho certo. 30 minutos depois, saiu o resultado. Peguei pódio na primeira prova de Triathlon, fiquei em Terceiro lugar, foi uma das melhores sensações da minha vida. Hoje se eu tenho todos os pódios e evolução como atleta, devo muito a minha equipe LUDIAS e ao meus técnicos Rafael Turtera e Anderson Camargo. Meu sonho é classificar para um mundial de Ironman 70.3, representar o Vale do Paraíba e o Brasil nas provas mundo a fora.


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da vez

Juste

Quais as maiores provas que já fez? Corrida: Circuito Oscar Calçados, Meia Maratona Adidas, Meia Maratona Jacarei.

Ciclismo: Urbam Challange São José dos Campos

Triatlhon: Troféu Brasil de Triathlon, Ironman 70.3, Long Distance Bertioga, 2 vezes Circuito K-Series

Como é sua agenda de treinos?

Hoje temos um cronograma bem rígido. Treino todos os dias das 8:00 da manhã e termino em média de 10:30 da manhã. O que da por volta de 17 horas semanais, em período de prova o volume aumenta e pode chegar até 24 horas semanais.

Quais as proximas provas e qual a prova do sonho? Para 2020 o calendário estava bem cheio, ficamos para 2021 e vamos fazer as seguintes provas

Ironman 70.3 Floripa Triday (todas as etapas) Ironman 70.3 RJ Ironman 70.3 SP Ironman 70.3 Maceió

Uma prova que sonho, seria a classificação para qualquer mundial de ironman 70.3. Seria a realização de um sonho. Tenho o sonho também de concluir meu primeiro Ironman, se possível, sub 10h. Também sonho em me classificar para os mundiais, tanto full quanto 70.3. Acredito que a vaga para o mundial 70.3 é um sonho mais próximo. Kona é mais distante, me considero muito novo no esporte


A aglomeraçã


รฃo que nรณs gostamos


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