REVISTA DIGITAL
OS MAIORES NOMES DO TRIATHLON NACIONAL MOSTRAMOS QUAIS OS PRINCIPAIS ATLETAS QUE REPRESENTAM NOSSO PAÍS PELO MUNDO
E MAIS...
ENTREVISTA COM MARCUS FERNANDES COMO EVOLUIR NO TRIATHLON A IMPORTANCIA DO BIKE FIT NUTRIÇÃO PERFORMANCE FISIOTERAPIA MEDICINA ESPORTIVA
com o vento no rosto
apoio
respire
fundo
1.
Não somos super-heróis Apesar de uma coisa que não muda: parece que a cada ano, nascemos, morremos e renascemos de alguma forma. É como um ciclo contínuo que se renova anualmente. Fazendo um paralelo com a própria vida. Cheia de incertezas, inseguranças, sensações de potência e felicidade. Isso vale tanto para quem vai ser pai pela primeira vez (primeira prova), como para quem já fez essa viagem outras vezes. E o nascimento tem dia e hora marcada, aquela prova que você tanto sonha, seja ela qual for! Eis que chega o grande dia, alinhados na areia, envolvidos pelas roupas de borracha e suas toucas. Curiosamente, todos iguais uns aos outros. Afinal de contas, bebês são iguais quando nascem. E começa a natação. Todos naquele ambiente líquido e salgado, fazendo força. Bate daqui, bate de lá, corrige a direção, correnteza puxa para lá e para cá. Eis que ao tocar na areia com os pés, saindo daquela natureza aquática. Surgimos. Impossível não associar essa sensação com a retirada da roupa de borracha. Depois de alguns minutos com o líquido escorrendo pelo corpo, ainda desengonçados com a mudança da água para a corrida, como bebês que estão aprendendo a andar. E ainda, em uma coincidência absurda, meio assustados com a as luzes e o barulho da multidão. Ao subir na bicicleta. Energias ao máximo em função da juventude, do polimento e dos estoques de glicogênio. É tanta energia. Aliás, é nesse momento também, que aparece alguém mais velho, já com maioridade penal e com algumas opções: Vou seguir as regras da sociedade ou vou burlar dando um jeitinho? Vou ser educado? Vou ser grosso? Vou respeitar o próximo? Afinal, é a personalidade já formada, sendo lapidada, sendo confrontada e, por vezes, entrando em conflito. No ciclismo, o atleta já não é mais aquele jovem. É mais maduro e capaz de assumir riscos e consequências que na vida representada na prova, ocorrerá na sua corrida. Se você arriscar demais agora, certamente sofrerá lá na frente. Assim é na prova, assim é na vida. Já na corrida. Não por acaso, tudo fica mais lento. O seu ritmo está longe de ser aquele 3, 4 ou até 5 minutos por quilometro que costumava fazer nas corridas mais curtas da sua juventude. Você caminha nas subidas, bebe com dificuldade e come com dificuldade. Reclama de dores aqui e de dores ali. Tudo dói! A visão não é mais a mesma, nem a audição. Afinal, quantos não gritam e você não escuta, não reconhece ou até pior, não lembra quem é? Eu não sei se aqueles últimos metros, aquelas luzes, se aquelas pessoas são na verdade anjos. Aquele pórtico. Eu não sei se aquilo é a chegada ao paraíso, se é o renascimento. Essa definição eu vou deixar para a crença e para as sensações de cada um. Só sei que, naquele dia, a gente nasce, cresce, envelhece. Passa uma vida em busca de algo que nem sempre chegam, mas a gente leva o aprendizado, e esse meu amigo, ninguém te tira.
por
Diogo Diogo Diogo Oliveira
Oliveira Oliveira
MATÉRIAS p. 9
Principal: Nomes do Triatlon nacional p. 33
p. 45
p. 55
1 Saiba como evoluir no esporte 2
Maiores causas de acidentes na bike
3 A importancia do Bike Fit
Entrevista: Marcus Fernandes p. 71
4 Rodas fechadas no ciclismo
p. 79
5 Freio a disco nas bicicletas
p. 63
EDITORIAIS E ESPECIAIS p. 19
Mundo, Brasil e Região Giro de Notícias Nutrição
p. 39
Carolina de Paula Glúten, vilão ou aliado? p. 49
Lucy Charles-Barclay Tri Curioso Medicina do Esporte
p. 51
Vinícius Sobreiro Lesões recorrentes do esporte Outubro Fisioterapia
p. 69
#VOCÊNASQUAD
p. 59
Mirian Faria Posso treinar cansado? p. 70
João Nogueira “Caveira” Atleta da Vez Performance
Lucas Vilhena Por dentro do Training Peaks p. 83
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MATÉRIA PRINCIPAL Principais nomes do Triathlon brasileiro A lista é grande, temos vários atletas de Triatlhon disputando mundiais e dando trabalho para os estrangeiros. Vamos mostrar alguns deles!
IGOR AMORELLI 36 anos, Belo Horizonte – MG 171cm, 70kg
Primeiro brasileiro a vencer o Ironman Brasil em 2014 com uma apresentação de gala na etapa de Florianópolis, cruzando a linha de chegada em menos de 8 horas. 13º colocado Mundial Ironman Havaí 2013. Natural de Belo Horizonte, mas catarinense de coração, Igor Amorelli é o maior expoente do triathlon na América Latina e forte candidato ao pódio em Kona, em futuro próximo.
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THIAGO VINHAL 37 anos, Belo Horizonte – MG 184cm, 68kg
Thiago ao atravessar em 8° lugar o pórtico do Mundial de IronMan em 2018. Comemorou duas vezes, além de ser a primeira vez que um negro atuava profissionalmente na prova, ele a completou em tempo recorde entre todos os brasileiros que já participaram da história do mundial. O percurso total foi percorrido em 8 horas, 27 minutos, 24 segundos. Tudo isso em sua estreia. O resto é história.
DIOGO SCLEBIN
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38 anos, Rio de Janeiro – RJ 190cm, 80kg
Atleta da Seleção Brasileira de Triathlon desde 2008, Diogo Sclebin é um dos grandes nomes do Triathlon nacional. É o triatleta mais experiente do atual Circuito Mundial da ITU, com 120 largadas oficiais. Tricampeão brasileiro, tetra Sul-Americano e com duas participações olímpicas e três em Jogos Pan-Americanos.
PÂMELLA OLIVEIRA 32 anos, Vila Velha – ES 165cm, 59kg
A timidez de Pâmella Oliveira destoa de sua gana nas competições de triathlon. A atleta capixaba já passou por muitas fases no esporte. Mas, sem dúvida, 2018 foi a temporada mais proveitosa de sua carreira. Ela ficou em quarto lugar no Mundial de Ironman 70.3. À frente de grandes nomes do triathlon mundial, ela se tornou uma das melhores do mundo na África do Sul, em outubro deste ano, e a melhor brasileira da história em Mundiais de 70.3. Não obstante, duas semanas depois conquistou o bicampeonato do Ironman 70.3 Rio de Janeiro, com o tempo de 4h18min01s — e ainda bateu o recorde da prova, com 15 minutos de folga sobre a segunda colocada.
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REINALDO COLUCCI 34 anos, Descalvado - SP 190cm, 72kg
Atual Pentacampeão brasileiro de triathon, Integrou a equipe nacional que disputou os Jogos Pan-Americanos de 2011 em Guadalajara, no México, ganhando a medalha de ouro e conquistou a vaga para os Jogos Olímpicos de 2012. Além de 8 vezes campeão IronMan 70.3 em várias cidades brasileiras.
BRUNA MAHN
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34 anos, Piracicaba – SP 168cm, 62kg Bruna Mahn há um bom tempo vem se destacando como uma das principais triatletas brasileiras de longa distância. Por duas vezes foi 3ª colocada no Ironman Brasil, 8ª colocada no Ironman Frankfurt em 2018, além de campeã do Challenge Cerrado 2017. Bruna também é educadora física formada pela UNESP.
VITTÓRIA LOPES 24 anos, Fortaleza - Ceará 163cm, 63kg Ela tem representado o Brasil no Circuito Mundial de Triathlon da ITU com garra. A cearense Vittoria Lopes tem o esporte em seu DNA, pois é filha de Hedla Lopes e Fabio Mello. Hedla foi nadadora profissional e primeira mulher do Norte/Nordeste a competir nos Jogos Pan-Americanos, em 1975, no México. Depois iniciou carreira como triatleta amadora e virou uma das grandes masters do mundo, inclusive conquistando pódio no Ironman Havaí.
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Giro de Notícias França soberana no Campeonato Mundial de Mixed Relay.
O time francês foi dominante no Mundial de Mixed Relay, em Hamburgo. Mesmo sem o campeão mundial Vicent Luis, a equipe dominou a disputa, que estreia nos Jogos Olímpicos de Tóquio, no próximo ano. A prata ficou coma equipe norte-americana, seguida do esquadrão britânico. O time brasileiro, composto por Luísa Baptista, Miguel Idalgo, Vittória Lopes e Manoel Messias fechou a prova na 13a colocação.
Após um longo período, a International Triathlon Union retoma as competições .
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A WTS Hamburgo coroará os campeões mundiais individuais de 2020. Dessa vez, a prova não será no meio da cidade, mas em um parque a 10km do local original, sem expectadores e sem atletas amadores, que costumam somar mais de 10.000 no evento. A distância para os eventos individuais será o sprint: 750m de natação, 20km de ciclismo e mai 5km de corrida. Vale lembrar que o evento não conta pontos para o ranking olímpico de Tóquio, que segue congelado. O startlist é fortíssimo, incluindo os campeões mundial de 2019 Katie Zaferes (EUA) e Vincent Luis (FRA). Ao lado deles estarão nomes como Javier Gomez, Alistair Brownlee, Mario Mola, Flora Duffy, Jessica Learmonth e praticamente todos entre os 50 melhores do mundo. Na lista estão os brasileiros Vittória Lopes, Manoel Messias, Kauê Willy, Luísa Baptista e Djenyfer Arnold.
A Super League Triathlon (SLT) voltou à ativa neste mês Com um novo formato, o Jogos de Arena, em Rotterdam, Holanda. Alguns dos melhores profissionais do mundo estavam na disputa, como Javier Gonmez, Anne Haug, Rachel Kalmer, Jonathan Brownlee e Richard Murray. Os Jogos de Arena foram desenvolvidos pela SLT em conjunto com o Zwift, unindo mundo real ao virtual. O formato foi o Triple Mix, onde cada atleta disputou três baterias com as modalidades distribuídas em ordens diferentes. Cada bateria, ou estágio, envolve 200m de natação em uma piscina de 50m, 4km de ciclismo no Zwift, com rolos inteligentes Tacx Neo 2T e 1km em esteiras curvas sem motor. Os campeões foram a britânica Jessica Learmonth e o alemão Justus Nieschlag. Jessica terminou a prova imbatível, vencendo as três baterias, com um total de 30 pontos.
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Em prova, britânico erra caminho nos metros finais e espanhol devolve posição. Em prova na cidade de Santander, James Teagle passa reto na última curva, mas espanhol Diego Méntriga cede posição para rival: “Ele estava na minha frente o tempo topo. Mereceu”. Em uma prova de triatlo realizada em Santander, na Espanha, uma cena marcou os últimos metros da disputa. Na disputa pela terceira posição, o britânico James Teagle ia para subir ao pódio, quando errou o caminho e passou reto antes da última curva. O espanhol Diego Méntriga, que poderia ultrapassá-lo, tomou uma atitude: deixou o rival terminar em sua frente, na terceira posição. O britânico, assim que viu a atitude do rival, o cumprimentou e sorriu, cruzando a linha na frente do espanhol, que foi quarto. - Ele estava na minha frente o tempo topo. Mereceu o resultado. Quando vi que ele tinha perdido o percurso, simplesmente parei. Ele merecia a medalha. Não me arrependo, faria isso de novo caso acontecesse - disse. O vencedor da prova foi o espanhol Javier Gomez Noya, que foi prata nas Olimpíadas de Londres e já foi campeão mundial cinco vezes.
Cervélo lança nova bicicleta
Para muitos ciclistas, a Cervelo S3 é uma bicicleta de estrada aero difícil de bater. Oferece a geometria de estrada de desempenho mais versátil da Cervelo e, portanto, se adapta a uma ampla gama de ciclistas. É mecanicamente bastante objetiva e relativamente simples (para uma bicicleta aero competitiva). É razoavelmente leve com um peso de quadro de cerca de 1000 gramas. Possui Coeficiente Aerodinâmico que compete com o das superbikes mais caras do mercado. Oferece qualidade de condução que não fica muito atrás de algumas das bicicletas não aerodinâmicas líderes da classe (incluindo a série R da Cervelo). Pode até acomodar pneus mais largos (geralmente até 30 mm) com segurança, e portanto, pode até encarar algumas estradas de terra firmes e bem mantidas. De muitas maneiras, o Cervelo S3 Disc define como uma bicicleta de estrada de alto desempenho deve ser. Disponível apenas versão freio a disco, Se você está em busca de uma bicicleta, projetada para corrida, que faz quase tudo bem, e seu bike fit mostra que esta geometria, tem um bom encaixe para você, a nova Cervelo S3 Disc será uma ótima opção. Aproveitando o lançamento, a Cervélo Brasil está oferecendo um preço especial aos consumidores brasileiros. A bike, que custa entre 5.000 e 5.5500 dólares nos EUA, está à venda no Brasil, na cor Graphite/Black/Red, por R$22.999 em 8x sem juros, com Nota Fiscal, frete grátis e garantia no Brasil.
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A atleta norte-americana de ciclismo de estrada Chloe Dygert (EUA) sofre grave acidente. A queda foi durante o contra-relógio feminino de elite no UCI Road World Championships. Ela não terminou a corrida depois de ter perdido o controle em uma descida. Chloe foi socorrida pela equipe médica da corrida em uma ambulância e depois levada de avião para o hospital em Bolonha. Ela foi confirmada como consciente, no entanto, a extensão de seus ferimentos não foi confirmada. A norte-americana era a favorita ao segundo título mundial consecutivo, depois de vencer em Yorkshire no ano passado, e estabelecer o melhor tempo no ponto de verificação intermediário, antes de bater em uma barreira à beira da estrada no retorno ao Autodromo Internazionale Enzo e Dino Ferrari em Imola. As mulheres de elite correram um percurso plano, ida e volta, de 31,7 km, que começou e terminou na pista de auto. Chloe marcou o ponto de verificação intermediário de 14,9 km mais rápido com surpreendentes 19:35 minutos, quase meio minuto mais rápido do que Marlen Reusser (Suíça) e Van der Breggen (Holanda). No entanto, Dygert parecia ter perdido o controle de sua bicicleta em uma curva para a direita em uma descida e bateu nas barreiras laterais da estrada. O acolchoamento na curva terminou antes do ponto em que ela atingiu a barreira, significando uma colisão forte para a ciclista. Imagens de vídeo mostram ela ultrapassando as barreiras e sua bicicleta para o outro lado. Anna van der Breggen (Holanda) conquistou o título de contra-relógio em Imola. Foi o seu primeiro título mundial no contra-relógio feminino de elite no UCI Road World Championships, depois de ficar em segundo lugar no evento em quatro ocasiões anteriores. Van der Breggen percorreu o percurso de 31,7 km em um tempo de vitórias de 40:20 para vencer a medalha de prata Marlen Reusser (Suíça) por 15 segundos e a medalha de bronze Ellen van Dijk (Holanda) por 31 segundos.
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Substâncias como maconha, cocaína e ecstasy terão punição abrandada, fora do período de competições. Os membros do Comitê Executivo da WADA aprovaram a “Lista de Proibidos” de 2021, em sua reunião no mês passado. Ela detalha as substâncias e métodos proibidos dentro e fora da competição de acordo com o Código Mundial Antidopagem. Está incluso um índice que fornece uma lista não exaustiva de exemplos de condições médicas para as quais as substâncias das diferentes classes podem ser prescritas. Há também uma introdução que define alguns termos usados na lista. Títulos foram incluídos em cada classe, indicando quais substâncias ou métodos são proibidos em todos os momentos ou apenas em competição, bem como quais classes são especificadas e não especificadas e, quando aplicável, a identificação das “substâncias de abuso” (leia-se drogas recreativas) dentro de uma classe. O redesenho também inclui títulos para as classes e subclasses, com exceções e notas mais claramente identificadas dentro das categorias, e um novo índice no final do documento que lista as substâncias e métodos mencionados na lista. Uma das principais modificações diz respeito às “substâncias de abuso”. A WADA disse que durante seu processo de revisão de dois anos para a versão 2021 do Código da WADA, eles receberam feedback considerável das partes interessadas relacionadas a substâncias de abuso, onde se sentiu que o uso de algumas substâncias incluídas na lista não estava relacionado ao desempenho esportivo. Isso levou ao Artigo 4.2.3 sendo adicionado ao Código, e cocaína, diamorfina (heroína), metilenodioximetanfetamina (MDMA / ecstasy) e tetrahidrocanabinol (THC) sendo identificados como substâncias de abuso na lista de 2021. Caso o atleta demonstre que o uso de qualquer uma dessas quatro substâncias foi utilizado fora da competição e não relacionado ao desempenho esportivo, a suspensão imposta agora será de três meses. A suspensão pode ser reduzida para um mês se o atleta completar um programa de reabilitação de drogas.
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Brasileiros estão a procura de bike e mercado tem alta nas vendas. O mercado de bikes segue em um momento muito positivo em todo o Brasil. Desde maio, as vendas de bicicletas no país apontam para um crescimento exponencial. E, no mês de agosto, o aumento foi de 93% se comparado com o mesmo período do ano passado. Os números foram registrados pela Aliança Bike (Associação Brasileira do Setor de Bicicletas), em uma pesquisa realizada com mais de 40 empresas associadas à entidade. De acordo com a associação, os modelos mais procurados pelos brasileiros, representando aproximadamente 90% do total, são das chamadas bicicletas de entrada, com valores que variam entre R$ 800 e R$ 2 mil. É um tipo de bicicleta utilizada especialmente como meio de transporte no dia a dia, e também para realização de atividades físicas e de lazer. Bem como, os dados também apontam para um processo de migração para a bicicleta, com milhares de brasileiras e brasileiros mudando de hábito e incluindo as “magrelas” em suas vidas. Além disso, as vendas do último mês de agosto revelaram um novo dado: a procura por bicicletas de maior valor agregado está em alta. Percentualmente, o mês passado foi o melhor mês desde o início da pandemia. Pois, a venda de bicicletas acima de R$ 5 mil representa quase 10% dos modelos vendidos nas lojas de bicicletas. Nos últimos meses, a maioria das bicicletas vendidas na minha loja foi para um perfil de ciclista iniciante. A procura por este tipo de bike vem crescendo mês a mês desde maio. Pedalar tem um baixo risco de contaminação neste período de pandemia, tendo a bicicleta, inclusive, sido indicada pela OMS (Organização Mundial de Saúde) como uma atividade a ser estimulada e, consequentemente, um meio de transporte a ser promovido.. Outro dado relevante deste levantamento da Aliança Bike diz respeito às bicicletas elétricas. Modelos deste tipo tiveram um crescimento de vendas de 53% em comparação com agosto de 2019.
Atletas do mundo todo lamentaram a morte de Felipe Manente nas redes sociais. Disciplinado, humilde e de sorriso fácil, o triatleta Felipe Manente, de 31 anos, morto nessa terça-feira (8), em Florianópolis, após sofrer uma parada cardíaca no treino de natação, era um profissional respeitado e muito conhecido no mundo esportivo, especialmente na Grande Florianópolis, região onde viveu a maior parte de sua vida. Felipe era um dos organizadores da Fodaxman, uma prova de triathlon extremo que ocorre em Santa Catarina e atuava na assessoria esportiva de triatlo, corrida, auxiliando atletas através de planilhas individualizadas de treinamento semanais. De origem humilde, conheceu o esporte para o qual dedicou o resto da sua vida ainda em 2012, aos 13 anos de idade. Na Escolinha de Triathlon ADTRISC São José, foi um dos primeiros alunos do projeto criado para crianças da comunidade e, desde o início, se destacou pela determinação e coragem, segundo a coordenadora, Elinai dos Santos Freitas Schutz: Uma pessoa exemplar Altruísta, dedicava-se aos amigos e alunos que integravam o meio esportivo com o mesmo entusiasmo que destinava ao próprio treino, só para “criar nos outros esse comportamento de fazer as pessoas evoluírem”, conta o amigo Rafael Pina Pereira. — É raro de ver isso. Ele era um dos melhores e treinava com os amigos apenas para estimular, mesmo que isso o prejudicasse. Mesmo que depois tivesse que fazer outro treino – elogia Pina. Com uma personalidade menos expansiva, conquistou as pessoas com quem conviveu, pela tranquilidade e leveza com que encarava os desafios. — Era um guri muito tranquilo, carinhoso e, ao mesmo tempo, ativo, participativo. Era realmente muito disciplinado, focado em fazer o que é certo. Ter sido treinador dele foi pra mim uma grande honra – conclui Roberto Lemos.
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Nossos sentimentos a familia e a todos que conheceram o Felipe. Estarรก sempre conosco!
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Ciclismo de Pindamonhangaba volta as pistas após suspensões da pandemia Os protocolos foram aceitos e as competições voltaram a ser realizadas no asfalto e na terra. Após uma longo tempo sem competições, devido a pandemia do novo coronavírus, a equipe de ciclismo Funvic/Pindamonhangaba voltou a disputar uma prova. No domingo (27), a equipe participou do Circuito Primavera de Ciclismo, em São Bernardo do Campo e garantiu um lugar no pódio. A prova foi disputada em um circuito na avenida Lauro Gomes e após 1h30 de prova e cerca de 68 km percorridos, Euller Magno terminou com vice-campeão do circuito na Elite, colocando Pindamonhangaba em destaque. Pindamonhangaba também esteve em ação no Mountain Bike, disputando a 1ª etapa da Copa Rural, realizada em Guararema e conquistando bons resultados. Na Pro Elite, Víctor Ferreira ficou com o terceiro lugar, com o tempo de 2h09m05, mesmo resultado conquistado por Gislaine Fleck na categoria PRO Over All.
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Pâmella, Aloísio, “Bambam”, Luciano, Vanessa e Janaína, também representaram a cidade em categorias distintas e garantiram boas colocações.
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Caros atletas, Conforme divulgado algumas semanas atrás, por conta dos atuais números da pandemia em São José dos Campos e região, e, orientados pela gestão dos órgãos competentes, estamos adiando novamente as datas de realização dos eventos. As primeiras orientações e realizações para a retomada do setor já foram feitas pela Secretaria Estadual de Esportes, trazendo mais segurança e otimismo para todos. Nosso protocolo de medidas para o retorno dos eventos já está preparado, aguardando o sinal do poder público para possíveis ajustes e liberação. Contamos com sua compreensão neste momento.
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Saiba evoluir no esporte Pergunte a qualquer triatleta experiente o que é mais importante no esporte e eles dirão: consistência. Continuar treinando diariamente, mesmo que isso não signifique treinar todos os dias, é o que o levará a voos mais altos. Não tenha pressa. Muitos atletas mal começam a treinar e já se inscrevem em um Ironman. Eles completam a prova e, como resultado do trauma e das lesões (decorrentes da falta de histórico esportivo), nunca mais praticam o esporte na vida. Mais do que um esporte, o Triathlon significa um estilo de vida, que pode ser balanceado com sua família, vida social, amigos e trabalho. Lembre-se: você tem a vida inteira pela frente para fazer a prova que quiser, basta treinar e ter paciência.
Depois que você completar seu primeiro Short Triathlon, um mundo de possibilidades se abrirá. Para a maioria dos triatletas iniciantes, um ótimo objetivo para o primeiro ano é melhorar seu tempo nessa distância. 10, 20 ou 30 minutos. Cabe a você decidir o quanto quer e pode se dedicar para melhorar. Seguindo a progressão natural, talvez você queira se aventurar em um Triathlon Olímpico e, no futuro, um meio Ironman ou até mesmo um Ironman.
Para a maioria dos atletas... o meio Ironman é a prova que os mantém ativos no Triathlon ao longo dos anos. Isso porque o volume de treino é muito semelhante a um olímpico, mas as longas distâncias em intensidades mais moderadas geram maior prazer aos atletas. Se você também pratica corrida de ruas, seu treino pode ser complementado por provas de 5km, 10km, meia maratonas e maratonas. Essas provas o deixarão rápido para encarar a etapa final do Triathlon. O mais importante é que você sinta prazer durante os treinos. Se eles começarem a se tornar um martírio, é porque há algo errado. A agitada vida do século XXI, às vezes, o impedirá de realizar algum treino. Não desanime. Não se preocupe com o que já passou. Pense no próximo treino: o que precisa fazer para não matar dois treinos seguidos? Há diversas histórias de triatletas que treinam ao redor de aeroportos, pedalam em academias day-use em viagens e nadam em piscinas de 5m ou menos, presos com elástico. Basta entender que você pode fazer tudo o que quiser.
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Se você viaja muito a trabalho, tenha sempre consigo, pelo menos, um tênis, pois em qualquer cidade do mundo vai encontrar um lugar onde possa correr. Não espere as condições ideais para treinar. Torne as condições existentes ideais para você.
Com pouco tempo de treino, quando começar a emagrecer e ficar mais forte, você perceberá um efeito positivo sobre os que estão à sua volta. Muitos deles começarão a perguntar: “o que é esse tal de Triathlon?” Sempre que puder, abra portas para quem está começando, pois você terá mais e mais companheiros de treino. Impossível é uma palavra que não existe no meio do nadapedalacorre. Tudo é possível, desde que você queira se dedicar para fazê-lo. Todos têm essa capacidade. Só precisam começar. Se você chegou até aqui, os primeiros passos já foram dados.
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Carolina de Paula @clinica_emagrecimento
Nutricionista
Glúten: Vilão ou aliado? Hoje em dia, é grande o número de pessoas que estão aderindo à dieta “glúten free”, excluindo 100% o glúten do cardápio diário sem nem ao menos saber o por que. Será o glúten um vilão? É prejudicial à saúde? Engorda? Quais são suas vantagens e desvantagens? O Glúten é uma proteína composta de cadeias protéicas de gliadina e glutenina, que são a base da utilização da farinha de trigo na preparação industrial ou doméstica de produtos de panificação e de massas. Encontra-se nas sementes de muitos cereais; trigo, cevada, kamut, triticale, centeio e aveia. A característica de textura e granulosidade, associados à elasticidade das massas compostas por farinha como glúten, permite que a massa proteica seja preenchida com água e bolhas de gás produzido no processo de fermentação. Tudo isso resulta na consistência elástica e porosa dos pães e bolos em que se utiliza fermento.
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O grande problema do glúten é a hipersensibilidade que ele causa em algumas pessoas, resultado de uma alergia ao glúten, denominada Doença Celíaca. Nestas pessoas o glúten provoca danos na mucosa do intestino delgado, impedindo uma digestão normal e causando prejuízos na absorção dos nutrientes, vitaminas, sais minerais e água. Mundialmente, a doença é considerada problema de saúde pública devido à sua prevalência, frequente associação com morbidade e à probabilidade de aparecimento de complicações É uma doença crônica, que interfere na vida social do individuo, pois exige mudanças significativas no hábito alimentar. O único tratamento é uma dieta estritamente sem glúten por toda a vida, evitando os derivados de trigo, incluindo fabricação industrial, como pães, massas, biscoitos, salgadinho, barras de cereais, pizzas, molhos brancos, granola, empanados, farinha de rosca, etc. É comum a adição de trigo na produção de cafés instantâneos, achocolatado em pó, sorvetes, chicletes, sopas, embutidos, maioneses, molhos de tomate, mostardas, iogurtes e alimentos infantis. A presença de gliadina pode ainda ocorrer pela contaminação da farinha de trigo no ambiente, pelos utensílios e pelos manipuladores de alimentos que elaboram produtos. Para garantir uma dieta isenta de glúten, o celíaco deve sempre conhecer os ingredientes que compõem as preparações alimentares e fazer leitura minuciosa dos ingredientes listados nos rótulos de produtos industrializados.
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Os sintomas clássicos da doença celíaca incluem diarréia, perda de peso e fadiga. De 1 a 2 % da população mundial apresenta intolerância ao glúten, embora até metade dos portadores não apresentem sintomas graves ou que interferem na vida cotidiana deles. Hoje em dia, as opções de produtos sem glúten vêm crescendo cada vez mais no Brasil, facilitando a vida dos Celíacos. Na maioria dos rótulos é possível descobrir se o alimento possui ou não glúten. Atletas, normalmente, precisam de mais carboidratos que indivíduos que não treinam, mas mesmo com uma dieta sem glúten é possível atingir a recomendação diária de carboidratos antes, durante e após os treinos.
Lembre-se: Arroz, milho, quinoa, tapioca, batata, mandioca, cana-de-açúcar, frutas e verduras são algumas fontes de carboidratos que não contem glúten. Até a indústria de suplementos tem colocado versões sem glúten no mercado. (é bom ficar atendo, pois vários géis de carboidratos contem glúten em sua composição). Apesar de alguns atletas relatarem que excluindo o glúten no período pré prova se sentem com menos riscos de apresentarem um desconforto gastrointestinal durante o evento, não existem evidencias cientificas suficientes que afirmem que, para uma pessoa que não apresente nenhuma alergia ao glúten, excluir o glúten da dieta é mais saudável que uma dieta convencional balanceada.
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Desistir não é opção!
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Maiores causas de acidentes de bike É fato que o ciclismo é um esporte arriscado e obriga seus atletas a dividir as ruas com motoristas imprevisíveis e pedestres desatentos. No entanto, muitas vezes o perigo está presente em situações inusitadas. Entenda as causas dos acidentes com ciclistas mais comuns e saiba como agir para evitá-los — ou, ao menos, minimizar o risco.
Obstáculos na estrada: Como acontece – O ciclista ou alguém do seu grupo atinge um buraco, galho, sinalizador de pista ou derrapa em uma área com areia ou cascalho. Quando ocorre em um pelotão, pode causar um verdadeiro “efeito dominó”. O lugar mais seguro em um pelotão é sempre à frente. Se não tiver uma visão desobstruída do seu entorno, evite pedalar atrás de atletas que não sinalizam ou que sejam inseguros ou desatentos sobre a bicicleta. Sinalize obstáculos com antecedência e desvie deles — caso não seja possível, evite mudanças bruscas de direção, especialmente em superfícies sem tração.
Curvas perigosas: Como acontece – Há diversas razões para acidentes em curvas: pista suja ou com ondulações; velocidade excessiva; piso molhado; uso de freios ou posicionamento do ciclista de modo equivocado… Ou, claro, todas as anteriores. Em primeiro lugar, jamais faça curvas em velocidade superior àquela em que você tem total domínio sobre a bicicleta. Antecipe-se às curvas, preparando-se para as mudanças de angulação da estrada e da bicicleta, e freie antes de entrar nas mesmas — nunca durante —, preferencialmente usando o freio dianteiro. Se por azar você tiver um pneu furado ou perder tração, alinhe a bicicleta verticalmente e faça um traçado em linha reta, para fora da curva, freando calmamente até parar.
Toque de rodas: Como acontece – A roda dianteira de um ciclista fica levemente emparelhada à roda traseira da bicicleta à frente. Assim, ele fica sem tempo para reagir a qualquer ação do atleta adiante — pedalar em pé, frear ou mudar de direção — e acaba tocando sua roda. Nesse tipo de toque, normalmente é o ciclista de trás que vai para o chão (quando não os dois).
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Procure não pedalar no vácuo de pessoas inexperientes e mantenha distância para evitar que as rodas se emparelhem em trechos de redução de velocidade ou curvas. Sempre que possível, olhe à frente do ciclista que estiver seguindo, antecipando eventuais problemas. Caso o toque seja inevitável, tente estabilizar a bicicleta a partir do quadril e não mude de direção. Pare de pedalar por alguns segundos e jogue seu peso para trás, mantendo uma linha reta e reduzindo a velocidade gradualmente.
Cabeça baixa: Como acontece – Por vezes, durante esforços muito intensos ou devido a bike fit inadequado, o ciclista pedala olhando para baixo, na direção da roda dianteira de sua bicicleta. Sem enxergar à frente, acaba surpreendido por obstáculos que vão de buracos na pista a carros parados no acostamento. Esse tipo de acidente também pode acontecer por cansaço ou desatenção — especialmente em estradas muito familiares ao atleta. Mesmo que você conheça o percurso, mantenha-se alerta. Evite realizar treinos de alta intensidade em percursos perigosos ou muito movimentados, pois a fadiga o deixará mais propenso a acidentes, e realize um bom bike fit, que garanta uma postura adequada, sem dores, mesmo ao final dos treinos longos. Pedalar em pelotões com ciclistas muito mais fortes que você também não é recomendável — seu esforço para sobreviver às mudanças de ritmo farão de você um perigo em potencial, para si mesmo e para os demais.
Veículos ou pedestres: Como acontece – Fruto de desatenção, imprudência ou mesmo fatalidade. Normalmente tem maior gravidade em função da diferença de peso e velocidade dos envolvidos — mesmo quando se trata de ciclista e pedestre. Mantenha-se atento ao entorno e sinalize claramente suas ações — mudanças de vias, desvios, passagem em cruzamentos. Utilize roupas visíveis, obedeça às leis de trânsito e jamais pedale na contramão.
Pedalando na chuva: Nesse tipo de condição, não se deve frear bruscamente, pois isso pode fazer com que o pneu trave, deslize sobre a superfície molhada e você perca o controle da bike. Portanto, procure antecipar ao máximo cada movimento e diminua a velocidade aos poucos quando necessário. Procure pedalar numa intensidade mais baixa nessas situações. É claro que durante uma prova você vai querer dar o seu máximo mesmo debaixo de chuva. Mas lembre-se de que o tempo que se perde tomando esses cuidados é muito menor que o necessário para se recompor em caso de queda. Poças d’água representam um perigo para o ciclista. Elas diminuem a aderência do pneu em relação à superfície ou ainda são indícios de algum buraco que pode provocar um furo ou mesmo um acidente. Também evite as faixas pintadas no asfalto, como as que delimitam as vias ou as de pedestres, pois são escorregadias e o risco de queda é grande. Em subidas, procure aumentar a tração no pneu traseiro para não deixar a bike patinar. A dica é pedalar sentado, o que faz com que você concentre o peso do corpo na roda de trás, ganhando maior estabilidade. Frear de maneira brusca nas descidas com superfície molhada é queda na certa. Portanto, mantenha a velocidade mais controlada e prefira descer mais devagar a correr o risco de acidentar-se.
49 3 COISAS QUE VOCÊ NÃO SABIA SOBRE
Lucy Charles-Barclay A atleta britanica de apenas 26 anos e promessa do esporte já venceu a categoria de 18-24 anos em seu ano de estreia no Mundial de IronMan. Além de ser campeã Mundial sub-23 de IronMan 70.3
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NADADORA DE ELITE
Lucy já disputou mundiais de natação e aguas abertas, chagando a concorrer a uma vaga nas Olimpíadas de Londres em 2012
PAI E TREINADOR
A atleta é treinada pelo seu pai desde o iicia da carreira. Reece Barclay a acompanha em todos os campeonatos e diz conhecer a filha como ninguém. Reece é formado em educação física mas nunca foi atleta.
PATROCINIO MILIONÁRIO
Lucy foi a mais nova triatleta no time da Red Bull, e ano passado passou a ser a mulher mais bem paga da marca, que conta com um time de peso. Lucy fechou um contrato vitalício de 135 mil doólares anuais para representar a fornecedora de energéticos
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Vinícius Sobreiro @dr.viniciussobreiro
Médico do Esporte
Lesões do Triathlon O número de atletas no triathlon vem aumentando cada vez mais, crescendo o interesse de pesquisadores sobre o esporte, a fim de contribuir para a melhoria do desempenho dos atletas e ajudar na prevenção de lesões.
Desde meados dos anos 1970 a participação no triathlon tem crescido constantemente de 1500 membros em 1982 para 58.073 triatletas inscritos a nível nacional no EUA em 2005. Esse aumento da participação nos eventos de triathlon durante os últimos 30 anos tem sido acompanhado por um aumento do número de artigos que relatam sobre as ocorrências de lesões em variadas distâncias de eventos de triathlon. A revista britânica The Journal of Sports Sciences publicou em sua edição de outubro/2013 uma revisão sobre as lesões em atletas de triathlon amadores,
mostrando resultados interessantes:
52 - A maior parte das lesões ocorre durante a corrida (50%), seguida do ciclismo (43%) e natação (7%) - O maior índice de lesões foi observado em pessoas que treinam mais de 10 horas por semana - O joelho é o campeão de lesões - A idade do atleta parece não interferir na incidência das lesões - E aquela que os autores do estudo dizem ser a principal descoberta: o principal fator de risco para lesões em atletas amadores é a participação em eventos competitivos. A explicação proposta por eles é que o atleta está com a “adrenalina” em alta durante a competição, o que o torna mais susceptível a ignorar suas dores e atingir um nível de atividade mais alto do que nos treinos habituais.
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A prova do Ironman é a mais importante para os triatletas e a mais reconhecida pela população mundial, mas com suas altas quilometragens, além de fatores intrínsecos e extrínsecos acumulados durante os treinamentos e provas, é comum entre os pesquisadores uma conclusão sobre a causa das lesões: o excesso de uso. A prevenção de lesões deve apoiar-se num programa de treino bem estruturado para o atleta e no bom senso deste e do seu treinador no desenvolvimento do mesmo. O tratamento das lesões deve ser sempre focado na causa e não somente nos sintomas. Então, se o problema for excesso de treinamento, este deve ser ajustado para se adequar às condições físicas do atleta. Se o problema estiver na biomecânica, a alteração deve ser identificada e corrigida. Como prevenção, mantenha a musculatura forte e rápida, siga orientações sobre um padrão de biomecânica adequado e uma rotina de treinamento que o faça atingir seus objetivos de uma forma saudável.
Ponte Estaiada - São José dos Campos
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^ A importancia do Bike Fit Executar um Bike Fit com um profissional habilitado pode trazer ganho considerável de tempo em sua prova, mais do que alguns equipamentos que são adquiridos com esse mesmo propósito. Encontrar o perfeito equilíbrio entre conforto, potência e aerodinâmica, é um dos fatores principais para um bom rendimento. O bike Fit é um ajuste voltado para adequar a bicicleta totalmente ao tipo físico do atleta. Em outras palavras, é deixar a bike com a sua cara. Esse serviço é feito por um bike fitter profissional que, por meio de medições e de equipamentos, constata todos os membros envolvidos no exercício do pedal. Pernas, braços, tronco e como o seu corpo se comporta durante o pedal, são avaliados, para fazer ajustes na bicicleta.
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Conforto: Estar em posição confortável em sua bike não quer dizer que deva ficar sempre na vertical ou de forma não agressiva. Por isso o conforto e o desafio principal de um “bike fitter” e da trilogia e o fator decisivo para economia de tempo durante a prova. Quanto mais confortável estiver na bike, mais poderá ficar na posição aero durante a prova. Estar na melhor posição aerodinâmica não será nada vantajoso se essa posição trará dores nas costas, lombar, bíceps entre outros. O conforto se inicia com o banco de sua bike, o emparelhamento do atleta e o banco irá permitir o correto suporte musculo esquelético, assim como o movimento de rotação pélvica perfeita. Dessa maneira você estará apto a relaxar seu core e um pedal constante e se manter em posição aérea confortavelmente.
^ A roupa de borracha deve te manter aquecido... Potencia: Potência também começa no banco, quando o atleta é posicionado na bike, uma das coisas que se busca em um bike fit é a altura do banco na posição ideal do joelho e quadril. Ao contrário, a posição muito baixa do banco fará com que o musculo não seja utilizado em sua potência ótima de contração e isso custara bons watts de potência. Por outro lado, a posição muita alta trará um movimento de super extensão, causando uma fadiga precoce do musculo. A posição da mesa da bike também tem papel importante na potência, se posicionada de forma errada em relação a altura e distância do banco, ao invés de trazer a possibilidade de descansar seu corpo e trazer ganho de potência, exigira muito do seu core e parte superior do corpo para manter sua posição na bike, ao invés de isolar seu core permitindo a potência para os pedais. Lembre-se, durante a prova sempre se questione sobre a sua posição ideal, em relação ao conforto, potência e aerodinâmica. Você terá todas essas respostas em função do bike fit efetuado com todas as suas particularidades.
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^ Aerodinamica:
Encontrar o capacete aero que potencialize sua posição especificamente. Ao contrário do que muitos falam, não ha o capacete “mais rápido” isso varia muito de atleta para atleta em relação a posição de cabeça e pescoço de cada um em sua melhor posição aerodinâmica. Um bom bike fitter irá auxiliar a encontrar o melhor capacete aerodinâmico para você.
Tente encontrar na bike a posição ideal dos seus braços e mãos, cuidado para não fechar demais os cotovelos ou a altura das mãos para não causar uma posição desconfortável e não sustentável ao longo do percurso de prova. Tais ajustes garantem desde um maior rendimento no pedal até a preservação da sua saúde, evitando dores em mãos, região lombar, pescoço e pernas. Além de, claro, não forçar nenhuma peça da bicicleta, que pode estar errada para o seu tipo físico. Não necessariamente todas as peças acima serão trocadas em um bike fit. Dependendo da situação, alguma servem para o biotipo do ciclista, sendo necessário apenas um ajuste de altura ou ângulo.
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Mirian Faria @fisioterapeutamirianfaria
Fisioterapeuta
Posso treinar cansado? A não ser que esteja no seu treino, você deve descansar apenas quando realmente precisar ou quando a situação te force a tirar o dia de descanso (como uma viagem, quando você ou algum familiar ficar doente ou outras circunstâncias que você não consiga evitar). Dessa forma você garante uma maior consistência nos seus treinos e descansa apenas quando o seu corpo pedir, ao invés de descansar quando a planilha indica. Bater aquela preguiça de treinar de vez em quando é normal. Porém, é preciso diferenciar isso de situações em que a fadiga é tamanha que realmente é melhor parar por alguns dias para se recuperar. Muitas vezes, a causa não tem nada a ver com os treinos, mas com cansaço mental ou outros problemas.
Uma noite mal dormida, por exemplo, pode ter muitas consequências. Alteração do humor, déficit de atenção, problemas de memória e, no que diz respeito às atividades físicas, baixo rendimento imunológico. Isso pode expor o atleta a riscos à saúde. Em outros casos, porém, ser mais forte que o cansaço e encarar o treino pode ajudá-lo a melhorar e a se sentir motivado novamente.
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Tem dormido mal? Treine leve! O cansaço pela falta de sono certamente prejudica o desempenho e leva para longe o pique para treinar. Mas isso não é, necessariamente, um f ator impeditivo para não bater o ponto nas pistas ou deixar a planilha em dia.
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Você pode treinar, desde que faça algo leve, que não implique em grande desgaste. Se o treino tiver um grande volume, obviamente será ruim para um corpo que não está descansado. Por outro lado, a ciência também sabe que a corrida é ótima para combater a insônia. Apenas analise se não é justamente o exercício que tem deixado você ligado à noite e prejudicado seu sono. Nesse caso, é melhor transferir os treinos para o período da manhã.
Esgotado pelo trabalho? Treine! Se você já sabe que o dia de trabalho será intenso, treinar logo cedo pode ser uma boa. Uma ajuda para aliviar a ansiedade e lidar melhor com todos os pepinos que estão por vir. Caso você treine à noite e tenha tido um dia difícil no escritório, não se deixe desanimar e encontre alívio no treino. É importante identificar a causa desse cansaço – se foi por causa de uma noite mal dormida, alimentação inadequada ou até mesmo falta de preparo físico.
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Se a sensação de cansaço não tiver relação com as causas citadas, o exercício de carga moderada poderá beneficiar o equilíbrio cardiorrespiratório, liberar endorfinas, confortar e até mesmo trazer mais disposição ao praticante.
Está dolorido? Pegue leve! A dor é uma das formas que o corpo tem de avisar que algo não está bem. Precisa ser bem avaliada para que não traga prejuízo. Por exemplo, caso seja apenas uma dor muscular causada por outra atividade (como a musculação, ou treino anterior), a corrida está liberada. No caso da dor muscular por fadiga, é importante que, no dia seguinte ao treino, não haja mais estresse ao sistema muscular. Uma corrida longa ou intensa é contraindicada. Entretanto, uma corrida leve garante a eliminação mais rápida do lactato acumulado no músculo. Da mesma forma, exercícios de musculação com carga menor podem ajudar. Se for um treino leve, faz até bem, pois melhora a circulação e promove oxigenação dos músculos, o que acelera a recuperação.
Se você está se sentindo cansado, mas foi treinar mesmo assim para testar seu corpo e não se sentiu melhor, mas também não se sentiu pior - Tente seguir com os mesmos estímulos do treino planejado. Exemplo: Se o seu treino for tiros de alta intensidade e longa duração, você pode ao invés de estressar o sistema aeróbico, manter a intensidade um pouco mais baixa, e os tiros curtos. Dessa forma vai estimular suas fibras musculares curtas e manter o sistema energético ativo na semana, sem estressar o seu sistema aeróbico que deve estar indicando que você está entrando em overtraining. Ao mesmo tempo, se sua planilha indica descanso, mas naquele dia você se sente bem e quer fazer um treino levo - com certeza vá treinar! Isto significa que você está melhorando sua forma, então aproveite!
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ENTREVISTA DO MÊS Marcus Fernandes Rotina de mãe triatleta Super atencioso e solicito, o triatleta Marcus Fernandes, fala sobre o momento brilhante da carreira, a periodização dos treinamentos, os próximos objetivos, o desafio de cuidar dos filhos. Marcus provou no Internacional de Santos que tem potencial para estar no Circuito Mundial da ITU. Embora não seja a mesma regra - a principal, a ausência de vácuo no ciclismo -, o triatleta de Santos mostrou que teria forças para terminar no mínimo entre os 30 do ranking e, consequentemente, chegar às Olimpíadas de Tóquio. Top 10 em provas de IronMan 70.3 em Frankfurt, Barcelona, Mallorca entre outros, Marcus é o convidado de outubro da:
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St: Como o triathlon entrou na sua vida? Marcus
Sempre fiz esportes, fui um excelente nadador quando novo e corria muito, quando parei de nadar tinha essa vontade de conhecer o Tri e já na minha primeira prova corri para 15’59” ai não pude para mais né!
St: Voce faz quantas sessões de treinos semanais? Marcus 3 sessões de natação, 3 de musculação, 7 de bike, 10 de corrida. Total de 50 horas na semana.
St:
Você foi tricampeão do Internacional de Santos, uma das mais importantes provas do Triathlon Brasileiro. Conte-nos mais sobre essa conquista.
Marcus O Internacional é uma prova clássica, abre o ano competitivo no Brasil e todos querem ganhar ela, e ser um dos maiores vencedores da prova é incrível e sempre cruzando com meus filhos é melhor ainda. A primeira vitoria foi especial, meu filho tinha 13 dias e cruzar com ele foi um dos meus melhores momentos, e nesse ao cruzar com os meus dois filho foi o dia mais incrível, agora para bater esse dia é vir mais um filho e ganhar novamente o Internacional.
St:
Como é o Marcus treinador na MF Racing? Você que passa os treinos, tem mais profissionais? E a Team Bravo?
Marcus A MF já tenho há 5 anos, começou com um hobby e hoje sei que vai ser meu grande trabalho no futuro e por isso estou investido muito tempo. Os treinos serão sempre feitos por mim e estarei presente todos os dias, apenas me ausentando para competir. O Team Bravo é uma equipe voltada para dar um suporte para atletas, temos os melhores técnicos, uma estrutura de primeira linha, Camps fora do paí, lá nos preocupamos em treinar e eles fazem o resto.
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St:
Como voce enxerga o Triathlon brasileiro, e como é sua rotina de treinos atualmente?
Marcus O triathlon esta crescendo muito, temos muitas provas de altíssimo nível o que não acontece é a renovação, esta aumentando muito o número de atletas mais velhos fazendo e não novos talentos. A rotina é sempre muito corrida, brinco que meu dia tinha que ter umas 48 horas, porque nunca consigo fazer tudo no dia, os treinos são onde toma mais o meu tempo diário, são 3 treinos e uma média de 7 horas diárias. Alimentação sempre muito regrada, nessa parte até por causa da esposa, se depender de mim como besteira todo dia, e nunca sobra muito tempo para descansar, mas procuro sempre dormir cedo e ter uma noite de 10 horas de sono e isso já é o suficiente para mim. Praticamente a gente nada todos os dias, entre 28 e 30 km de natação por semana. E agora a gente adotou uma estratégia de nadar menos volume e mais intensidade, então agora eu estou tendo mais séries fortes, mais séries em ritmo de prova e um volume não tão alto.
St:
Qual o perfil de atleta que voces trabalham, e como enxerga o crescimento do esporte no país?
Marcus
A maior parte dos nossos atletas são pessoas que possuem o triathlon como um hobby, tendo a família, o trabalho e o lazer como prioridades, mas sem deixar o esporte preferido de lado. Mantém uma rotina constante de treinos, conciliando com família e trabalho. São pessoas que não visam tanto a alta performance, mas sim, o desafio pessoal e a prática de um exercício saudável. Acredito que o grupo e as amizades que se formam entre os atletas é o que mais motiva esses alunos a se manterem treinando. Um puxa o outro, desafios saudáveis se criam e ninguém deixa o seu parceiro desanimar. Vejo como muito positivo. O número de provas crescendo a cada ano. Aqui, a Federação Paranaense de Triathlon e a Triativa sempre mantendo o triathlon vivo. Não deixaram morrer o esporte no estado. Este ano tivemos a agradável surpresa da prova Heróis do Triathlon. Mais uma oportunidade para os nossos atletas preencherem seus calendários.
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#VOCĂŠNASQUAD Agosto
Cristian
Stefano
@triatletacr
@stefanomondin89
Thiago
Juliana
@thiago_ramalho
@juspineti
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Saraiva
@saraivafortaleza
Elder
elderseixas
Paulo
@joaopaulo.paiva1
RogĂŠrio
rogeriobarroquello
Daniel
danieltxdm
Renan
@trindaderenngt
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Rodas fechadas. Vale a pena? As rodas fechadas, ou discos, sempre geram muita polêmica e discussão entre os triatletas. Para muitos, um símbolo de status, para outros, aqueles segundos preciosos que faltavam para conquistar a vaga para Kona, mas o que há de mito e realidade sobre as rodas fechadas?
No último ano, tive a oportunidade de conversar com alguns engenheiros de marcas de rodas e de bikes no Ironman do Havaí. Todas as análises no túnel de vento mostram que as rodas fechadas são mais rápidas em todas as faixas de velocidade e em todos os ângulos do vento, não há discussão. Então, por que nem todos utilizam esse equipamento?
O primeiro ponto é o preço. Enquanto uma roda Zipp 808 custa cerca de 1.400 dólares, uma Super 9 Disc está na casa dos 2.300 dólares. Há opções mais baratas, no entanto, como a Zipp 900 (1.600 dólares) e Hed Stinger (1.700 dólares). Há também as mais caras, como as excelentes Mavic Comete Road Tubular Disc, que custam 2.900 dólares; e a Lightweight Autobhan, que não sai por menos de 4.200 dólares. O segundo ponto é que, devido ao valor, muitos atletas não podem ter dois pares de roda. Assim, eles preferem um par que sirva para qualquer tipo de prova, desde Triathlons com vácuo da ITU até provas de Ironman. Neste caso, a maioria opta por um par de Zipp 404 ou Hed 6 (Jet ou Stinger, a Jet é a clincher e a Stinger a Tubular). J Já o terceiro ponto é o mito do vento lateral. Muitos atletas pensam que a roda fechada tem a dirigibilidade muito ruim em qualquer condição de vento, mas não é bem assim. Em provas com vento extremo, como o Ironman do Havaí, elas são, inclusive, proibidas, mas na maioria das vezes, a dirigibilidade depende muito mais da roda dianteira. Por isso que muitos atletas mais leves usam uma roda fechada atrás e uma de perfil mais baixo (como a 404) na frente. Para atletas muito leves, abaixo dos 60kg, pode haver sim pouco de problemas com o vento lateral.
Você já ouviu falar que as rodas fechadas só geram benefícios acima de certa velocidade, mas não é o caso. Há apenas uma pequena faixa de combinação de velocidade onde a 808 tem menos arrasto aerodinâmico do que a 900 Disc.
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O único porém acontece em provas com muita subida, cerca de 5% de inclinação média (o que é muito raro no Triathlon). Neste caso, o peso adicional de uma roda fechada (de 350g a 750g) pode fazer bastante diferença. Em uma prova com inclinação média menor do que isso, 80% da potência gerada é usada para vencer o arrasto aerodinâmico. Vale lembrar que, em provas com muitas curvas técnicas e descidas, as rodas fechadas também não são uma boa ideia. Então, respondendo à pergunta que dá título a esta matéria, sim, vale a pena usar rodas fechadas na maioria das situações no Triathlon para a grande maioria dos atletas. Nas provas onde há maior perigo, inclusive, as discos são proibidas.
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Lucas Vilhena @lvtriathlon
Treinador de Triathlon
Training Peaks Através dele os treinos são inseridos diretamente no sistema, que sincroniza com os smartwatches, e cruza o planejado com o realizado. Até ai é muito parecido com o que já fazia plataforma Treinus porém com um plus pois o Training Peaks consegue jogar os treinos programados diretamente para os dispositivos, facilitando bastante a execução correta.
Sem dúvida esta é hoje a melhor ferramenta disponível no mercado, usada pelas principais equipes de ciclismo do ProTour, e a grande maioria dos atletas de elite na corrida, MTB e Triathlon. O Training Peaks coleta um mundo de indicadores de desempenho a partir do histórico, cruza os dados de todos os esportes que você pratica, e determina com bastante precisão a evolução do seu condicionamento físico ajudando o seu treinador a elaborar os descansos e te deixar pronto para aquela sua prova alvo.
Quais as vantagens do sistema? O sistema permite que possam planejar e controlar a carga de treinamento de maneira muito mais precisa, já que o TrainingPeaks, oferece diversos gráficos e métricas que facilitam muito a análise dos dados do treinamento e a tomada de decisões. Isso deixa o nosso treinamento mais preciso e eficiente, ou em outras palavras, a gente melhora mais rápido e com um menor risco de lesões.
76 Um dos destaques das análises é o Gráfico de Gerenciamento de Desempenho. Isso dá a capacidade real de gerenciar os níveis de fitness e fadiga ao longo da temporada de treinamento e de todo ciclo realizado até sua prova alvo. O Quadro de Gerenciamento de Desempenho do TrainingPeaks (PMC) acompanha a carga de treinamento crônica (CTL com base em atividades com mais de 15 dias) e carga de treinamento aguda (ATL com base nos últimos 14 dias de atividade). Esses números são baseados nos limiares individuais de cada atleta que permitem que TrainingPeaks calculem a intensidade (IF) e o Training Stress Score (TSS). Isso é usado para calcular o saldo de estresse de treinamento (TSB).
O sistema permite que seu treinador faça estimativas mais precisas de ritmos para competições de maneira a garantir que você não quebre no meio das provas, e recomendar treinos com uma intensidade mais precisa visando um maior aumento de performance ao longo do tempo.
Variáveis do Training Peaks TSS
A primeira é a TSS (Training Stress Score). O TSS é um indicador que considera duração e intensidade de um determinado treino (além de uma infinidade de outros fatores) para estimar o estresse gerado por ele no corpo e, consequentemente, seus efeitos de curto, médio e longo prazo. Esse indicador é calculado tanto para corrida quanto para ciclismo, natação e alguns outros esportes e o fato de ser normalizado permite ver o estado do nosso corpo em um gráfico.
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Com base no TSS e em alguns outros indicadores (gerados dinamicamente), o Training Peaks determina seu nível de fadiga, sua forma física por dia e seu nível geral de fitness.
Fadiga (ATL) Uma média exponencialmente ponderada dos TSS dos últimos 7 dias. Quanto maior a fadiga, portanto, mais estresse permanece em seus músculos e menos condições de performance de curto prazo existem. Por outro lado, naturalmente, o acúmulo de fadiga – desde que bem balanceado e para não gerar lesões – melhora diretamente o nível de fitness.
Fitness (CTL) Uma média exponencialmente ponderada dos TSS dos últimos 42 dias, refletindo os efeitos dos treinos feitos nos últimos 3 meses. Mas há algumas sutilezas na fórmula que são importantes – como um peso maior dado a um treino ocorrido há 15 dias em relação a outro ocorrido há 60 dias. Em outras palavras, um nível de fitness alto significa um corpo mais preparado, mais forte e resistente.
Forma (TSB) É o balanço geral do estresse gerado pelo treino. A fórmula aqui é muito, muito simples: A forma de hoje é igual ao nível de fitness de ontem menos o nível de fadiga de ontem. Conclusão óbvia: quanto maior o fitness e menor a fadiga, mais preparado estará o corpo para enfrentar um determinado desafio. Portanto, uma ferramenta matematicamente perfeita para se ajustar um processo de treinamento.
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Freio a disco nas bikes! Os fabricantes de bicicleta estão sempre lançando novidades, algumas realmente relevantes, como os quadros de carbono e os câmbios eletrônicos, outras nem tanto. Em termos de segurança, os freios foram um divisor de águas para o Mountain Bike e para o ciclismo. Agora, com muitas bikes de Triathlon com o novo sistema, muitos atletas começam a descobrir suas vantagens. A União Ciclística Internacional (UCI) já regulamentou o uso dos freios a disco, padrões seguidos pela ITU (International Triathlon Union). Vale lembrar que os freios a disco já existem há bastante tempo no mountain bike. Nessa modalidade, os atletas precisam realmente ter uma ótima eficiência de frenagem, mesmo em condições de lama, barro e chuva. Aliás, uma das grandes vantagens dos freios a disco sobre os freios tradicionais de estrada é que eles funcionam bem em qualquer condição climática, o que faz algum sentido para quem costuma pedalar em invernos mais severos, com muita chuva ou com muita poeira.
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O SEGURO DE BICICLETAS É CARO?
Mas, para o triatleta de longa distância, em bikes de contrarrelógio, faz sentido sair correndo para trocar sua bike por uma com freio a disco?
Vamos a alguns pontos que podem ajudar a responder sua pergunta.
Uso de rodas mais largas Uma das enormes vantagens dos freios a disco é que eles permitem o uso de rodas e pneus mais largos, o que abre um novo universo de aerodinâmica para esses componentes, antes limitados pelo espaço da ferradura de freio, isso sem mudar a aerodinâmica do quadro. As principais marcas como Zipp, Enve e Mavic já possuem rodas específicas para disco.
Frenagem sensível, porém precisa No início, o freio a disco tende a “ejetar” o ciclista que não está acostumado com tamanha sensibilidade. Como o sistema é hidráulico, você precisa fazer muito menos força para parar. Com o passar do tempo, no entanto, a frenagem se torna muito mais precisa, com uma modulação mais gradual que os freios tradicionais. Uma frenagem mais precisa pode ser a diferença entre um acidente e um pedal como outro qualquer.
Perigo de cortes Como já foi visto, os freios a disco representam um perigo maior em quedas, especialmente quando se está em pelotão, o que não costuma acontecer no Triathlon de longa distância (pelo menos não deveria acontecer). Os novos modelos já apresentam tampas, eliminando esse risco.
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Peso adicional do conjunto O conjunto todo, com novas rodas, cabos, fluido hidráulico ainda é um pouco mais pesado que os freios tradicionais, pelo menos 300g, o que não importa tanto para triatletas em provas planas.
Preço e disponibilidade Os freios a disco ainda são mais caros, mas já possuem um padrão global seguido por todas as fabricantes. Além disso, não é mais tão difícil encontrar peças de reposição, quem têm ficado mais baratas com a popularização do sistema no ciclismo de estrada.
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O debate aerodinâmico Ainda há muita discussão sobre o efeito aerodinâmico dos freios a disco. Vale ressaltar que algumas marcas já lançaram, inclusive, capas aerodinâmicas para os freios a disco. Com algumas marcas optando por, praticamente, toda a linha com disco, esse deve ser o padrão daqui para frente.
Manutenção menos frequente A manutenção de freios hidráulicos é mais difícil, porém os ajustes permanecem por mais tempo funcionado bem, diferente dos freios tradicionais com cabos. Por outro lado, a manutenção, quando necessária, será mais cara.
Se você pensa em comprar uma bike nova, lembrese que freios no aro devem cair em desuso. Se prefere esses modelos, talvez seja melhor investir em uma bike usada. Se procura um modelo novo, é interessante avaliar que essa tecnologia deve ser o padrão em muito pouco tempo.
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Atleta
João Nogueira
Nascido em Caçapava, Guarda Civil noturno em Jacareí. Caveira como é conhecido p
O que o Triathlon representa para voce? É acima de tudo um estilo de vida, o lugar onde esquecemos os problemas e nos transformamos naquilo que realmente somos. Quando saio para treinar me econtro. Não me imagino fazendo outra coisa. O esporte nos ensina da melhor forma como ser resiliente e lutar pelos objetivos. Premia quem se esforça mais!
Quando iniciou no esporte? Eu comecei como a maioria, na corrida de rua. Fiz provas de 5km, 10km, 21km. Até que um colega que corria junto começou a se preparar par um IronMan, fiquei empolgado com o nível de superação mas me assustei com o preço dos equipamentos, tudo muito caro. Decidi começar por provas menores e fazer com os equipamentos que tinha a mão. Comprei um bike speed e nadava no clube. A dificuldade maior foi a natação no mar, em 2 duas passei muito mal e não consegui completar, depois desse fato entrei para a uma assessoria esportiva. Assim, foi mais fácil participar dos shorts e olímpicos. Passado essas provas e me sentindo mais a vontade, me inscrevi para o IronMan 70.3 no Rio de Janeiro. Prova bem díficil, principalmente na natação, além de estar muito quente, me saí melhor do que imaginava e muito mais empolgado. Depois disso as coisas foram ficando melhores e maiores. Os treinos e a rotina começou a encaixar, fui conhecendo novos amigos e com eles novas provas. Cpmprei uma bike melhor e fui me dedicando cada vez mais aos treinos. Descobri o amor por provas longas onde a resistencia fala mais alto, é o que eu gosto. Não sou muito rápido, mas aguento o desconforto de provas que duram mais de 15 horas.
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“Caveira”
da vez
participou das maiores provas de Triathlon Brasileiro, sonha e vai longe o casca grossa!
Quais as maiores provas que já fez? - SOLOMAN
- FODAXMAN
- INSANOMAN
- TRITANIUN HARD TRIATHLON
- 70.3 RIO DE JANEIRO E CAIOBÁ
Como é sua agenda de treinos e alimentação? Minha rotina é bem complicada, sou guarda civil noturno em Jacareí mas resido em Caçapava. Segunda faço natação / terça, quinta e sábado, faço bike e musculação. Quarta / sexta e domingo eu corro. Sempre na parte da manhã logo após chegar do trabalho. Além disso faço alguns bicos nas folgas como segurança, é o que me ajuda a bancar o Triathlon. Os materias não são baratos e as provas menos ainda. Minha alimentação não é muito regrada, passo frequentemente na nutricionista mas preciso melhorar, carboidrato é vida!
Quais as proximas provas e qual a prova do sonho? Não tenho tantas provas a vista. Me encaixei bem na filosofia no Soloman, que é mais uma confraternização do esporte. Mas tenho o sonho e se Deus quiser ir no ano que vem ao PatagonMan.
Não é praticar Triathl
lon, ĂŠ viver o esporte!