sutil #20

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MAGAZINE DIGITAL SOBRE AMOR,ARTE,CULTURA TECNOLOGIA,MODA & ESTILO

Número vinte

TENDÊNCIAS ETC

ÚLTIMA GERAÇÃO NASCERAM NUM MUNDO DIGITALIZADO, COM INTERNET, CELULARES, REDES SOCIAIS E ESTÃO CATALOGADOS PELA DERRADEIRA LETRA DO ALFABETO


sutil é um magazine digital mensal e sem formato pré-definido sobre Amor, Arte, Cultura, Tecnologia, Moda & Estilo e Tendências, editado pela Puri Produções Número 20


sutil is a digital magazine released monthly without any pre-format defined about Love, Art, Culture, Technology, Fashion & Style, Trends, published by Puri Productions #20


TODOS OS DIREITOS RESERVADOS À PURI PRODUÇÕES 2019.

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M . I . K . A.

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} editorial

Se há algo ainda a acrescentar ao centenário da Semana de 22 no Brasil é que, de lá para cá, a tatuagem tornou­se a 8 a Arte. [ T A T T O O D E @ G l e n n C u z e n P A R T I L H A D A P O R @ I n á ci o d a G l ó r i a , I N M E M O R I A N ]


X


Y X


X Z Y


A GERAÇÃO DO SABER AO PÉ DA LETRA SÃO OS QUE SEMPRE TIVERAM OS MEIOS E O ACESSO A TODO O CONHECIMENTO, E QUE MESMO SE OPTAREM POR UMA INFO­EXCLUSÃO NUNCA SERÃO COMO OS SEUS PAIS


por m.i.k.a.

Q

ue 'essas crianças de hoje em dia já nascem sabendo', sabemos nós desde que a gente também era uma delas. Porém, estudos recentes e pontos­de­vista relevantes como o

do físico @Marcelo Gleiser têm sugerido que a próxima geração que está se desenvolvendo diante dos nossos próprios olhos e dentro dos nossos lares terá efetivamente um outro 'sistema operacional'. Estamos nos referindo a todos os que estão completando agora os seus 18 anos para baixo, uma turma que simplesmente nunca entenderá como era o Mundo dos pais, dos irmãos mais velhos ou amigos com mais idade sem computadores, os smartphones, os arquivos digitais, os browsers e, principalmente, sem a Internet, as conexões Wi­Fi e as via satélites, os chats e as redes sociais.


Então por quê tal geração recebeu a nomenclatura 'Z', a última letra do alfabeto greco­romano? Certamente não faltarão soluções para as futuras ─ desde a combinação a partir da inclusão de mais um caracter ao uso dos alfanuméricos ─, mas quereriam os que decidem oficialmente sobre estes assuntos dizer­nos algo com isto? A @sutil tem motivos para achar que sim, e que o tema merece pautar esta nossa 20a. edição. Um dos motivos alegados parece ser tão milimetricamente calculado que relegamos ao acaso: conceitualmente, a 'next­generation' será tão radicalmente diferente das anteriores quanto o Novo Testamento é do Velho, portanto, igualmente e dicotomicamente complementar. Ao término das gerações simbolizadas por uma única


letra, acabará ali uma espécie para a sucessão da outra, mas que é oriunda das demais. À luz da História, o fardo deste dado fica menos pesado. Encontramos com facilidade outros exemplos de situações transacionais entre gerações ao longo da nossa existência, momentos em que a Humanidade deu saltos enormes ou passou por retrocessos incompreensíveis. A problemática desta vez não é a tecnologia como se imagina: é a antecipação de que esta que é a digital será a 'Z', e que o que nós estamos experenciando atualmente sim é que é inédito e singular devido à oportunidade de convivência dos 'X', com os 'Y' e os 'Z'. Um degradé de três cores é uma imagem bastante adequada neste enquadramento, desde que termine em branco ou em preto… Visualizando­o ao lado, é como se à medida em que os 'X' e os 'Y' forem



se extinguindo por substituições geracionais espontâneas, só restarão 'Z'. Mas, por enquanto, apesar de ser cronologicamente considerável como sendo uma relação de curto prazo, os três segmentos se entrelaçam de infinitas formas que dantes eram impossíveis, tanto antes da nova ter surgido quanto cada vez será mais raro daqui por diante.

QUEM SÃO OS 'Z'? Através de métodos como o utilizado pelo @IBGE é simples perfilar a nova geração: data de nascimento, informações pessoais online e tráfego na rede, quais os aparelhos que utiliza… Mas para um 'X' e para um 'Y', ­ ou até mesmo para um 'XYZ' ­, só lhes cabe adicionar impressões que ainda virão a ser filtradas até se compatibilizarem num futuro qualquer como uma confirmação de veracidade e validade ou, com o ícone da lixeira virtual.


Ninguém sabe ainda mensurar as consequências que surgirão da Era Digital que os 'Z' perpetuarão, mas já há algumas pistas: Para um 'X' ou um 'Y' detectarem um 'Z' basta esbarrarem com alguém que não entende muito bem o que era não existir um @Google, por exemplo, mas o inverso é mais assimilável. Ao contrário, um 'Z' compreende melhor o que é desconhecer um sistema, um aplicativo ou gadget, pois sabe que existem milhões de possibilidades disponíveis e que elas são descobertas e adotadas por um usuário mediante uma quantidade imensa de razões que não necessitam de grandes justificativas e explicações, pois, no máximo, são também recomendáveis ou passíveis de um aviso qualquer de mau­funcionamento em experiências pessoais similares. Lembra da época do 'filho, se vocễ não aprender a falar Inglếs já era!'? De modo geral, um 'Z' é bem



menos definitivo quanto ao que são condições básicas, mas porque para a maioria já nem chegariam mais a ser 'básicas', e sim inerentes, gerando às vezes uma curiosidade maior pelas ausências do que por mais ofertas. Talvez nunca antes a idade tenha sido algo tão relativo para delimitar as gerações. A distância entre os avós e os netos foi decrescendo em vários índices de medição social ─ como o aumento da longevidade e da habilidade e melhores desempenhos individuais com novos avanços tecnológicos. À princípio mais saudáveis, as pessoas puderam evoluir de forma menos padronizada pelas faixas etárias através das mudanças que as ferramentas virtuais proporcionam desde o nível mental ao metafísico, causando um rompimento com paradigmas como quanto mais velho 'isso' e quanto mais jovem 'aquilo' quanto à inclusão. FOTO: REPRODUÇÃO DA EVERYDAY HEALTH


A DEFORMAÇÃO COLETIVA ESTÁ OCORRENDO NA BASE DA CABEÇA JUNTO À COLUNA CERVICAL CAUSADA PELA PRESSÃO EXTRA EXERCIDA SOBRE ELA DURANTE O MOVIMENTO FRONTAL E PARA BAIXO


O NOVO OSSO PARA SEGURAR CABEÇAS Segundo cientistas citados pela @Superinteressante , o corpo humano está desenvolvendo um recurso para suportar o tempo em que passamos a olhar para baixo no uso do celular CUIDADOS COM A POSTURA

USE COLÍRIOS OU SORO FISIOL ÓGICO PARA AJUDAR NA LUBRIFICAÇÃO DOS OLHOS, PRINCIPALMENTE EM CASOS DE 'VISTA CANSADA', ARD ÊNCIA OU EXCESSO DE SENSIBILIDADE À LUZ. DE VEZ EM QUANDO MUDE O PONTO FOCAL PARA BEM MAIS LONGE

EVITE USAR O CELULAR APENAS NA POSI ÇÃO QUE O DEIXA OLHANDO PARA BAIXO. ALTERNE ERGUENDO O BRA ÇO ATÉ O APARELHO FICAR NA ALTURA DO ROSTO. APROVEITE QUANDO PUDER RECOSTAR A CABE ÇA NUM ASSENTO OU DEITAR, E INTERCALE COM PAUSAS

MANTENHA A POSTURA. EXISTEM IN ÚMERAS TÉCNICAS QUE PODER Á RECORRER PARA AJUD Á­LO A NÃO DESENVOLVER UMA DEFORMA ÇÃO POR DESLEIXO COM A POSI ÇÃO DO SEU CORPO. ATEN ÇÃO AOS OMBROS


A adição dos fatores A nova geração real será a XYZ quando esta for de fato a maioria por m.i.k.a. O que mais intriga um 'Z' é a desconfiança, no sentido de sentir­se enganado… ou melhor: ”por fora” do assunto. Algo que aparentemente é mais comum do que um novo calouro numa turma, mas nesta matéria o grau é outro: a nova geração digital sabe que não sabe tudo, mas desconfia de quem os tenta fazer de desentendidos por achar que tudo sabe pelo simples fato de que nasceu antes deles. Esta tensão contribui para


a aproximação com as gerações anteriores, ainda que aparentemente isto pareça contraditório. O que explica melhor esta situação é um outro fator subjetivo, a Astrologia, quanto ao conceito de equilíbrio conotado mais arquetipicamente ao conceito do signo de Libra. É que neste panorama, gerações díspares como talvez poucas vezes houve na história buscam se equilibrar pelas igualdades e entender­se mais quanto às diferenças, nem que seja porque isto é inevitável devido ao convívio. Ainda sim haverá quem diga que não há nenhuma novidade nisto. E realmente não há se o critério for o ineditismo e não a distância atual entre as últimas gerações viva e a surgida. Explico­me: um 'Z' que está à frente na linha evolutiva algumas vezes é capaz de “voltar atrás” até àquele que ainda porta


Â


pensamentos e raciocínios ultrapassados para checar se está tudo bem com o emissor e até consigo mesmo, mas mais dificilmente perdoará se o que o emitiu fê­lo por má­intenção, apenas com o intuito de “puxá­lo” para o seu nível. Este comportamento é explicável pelo funcionamento dos sistemas, uma linguagem que há décadas nos educa. Num sistema, as coordenadas têm funções executivas e possuem diretrizes corretivas ou preventivas para que o sistema em si funcione sempre e cada vez melhor. Quando um 'Z' é confrontado com uma orientação que desconhece, em geral ele é mais receptivo, porém mais exigente quanto à checagem do cerne desta correção, ainda mais se notar que há interesse pernóstico predominante ao educativo. Algo similar ao que fazem as máquinas, mas não necessariamente igual a uma. Tem a certeza de que deseja encerrar a edição?


: EM 1 ANO, JAIR MESSIAS BOLSONARO SOFREU 4 INTERVEN ÇÕES CIRÚRGICAS NO ABDÔMEM PARA SOBREVIVER A UMA PERFURAÇÃO DO SEU INTESTINO GROSSO E TENTAR CURAR O ÓRGÃO PARA VOLTAR AO FUNCIONAMENTO NORMAL. O ASSUNTO SERIA GRAVE PARA QUALQUER PACIENTE, MAS NÃO SERIA TÃO NOTICIOSO SE NÃO ESTIVÉSSEMOS NOS REFERINDO AO ATUAL PRESIDENTE DO BRASIL E AO ATENTADO QUE QUASE O ABATEU DURANTE A SUA CAMPANHA NUMA PASSEATA EM JUIZ DE FORA. BOLSONARO J Á É O NOSSO JOHN KENNEDY SEM ATIRADOR DESCONHECIDO POIS O SEU ALGOZ FOI IMEDIATAMENTE DETIDO E ENCONTRA­SE RECLUSO NUM MANIC ÔMIO PENITENCIÁRIO PERTO DA FRONTEIRA COM A BOLÍVIA. DE LÁ PARA CÁ TAMBÉM GOVERNA O PAÍS, HÁ 9 MESES. FOTO: REPRODUÇÃO DA REVISTA VEJA




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