sutil #36

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SUTIL DIGITAL MAGAZINE #36_amor _arte_cultura _estilo & moda _technologia _tendências agosto 2021



SUTIL É UM MAGAZINE DIGITAL MENSAL E SEM FORMATO PRÉ-DEFINIDO SOBRE AMOR, ARTE, CULTURA, TECNOLOGIA, MODA & ESTILO E TENDÊNCIAS EDITADO PELA PURI PRODUÇÕES NÚMERO 36

SUTIL IS A DIGITAL MAGAZINE RELEASED MONTHLY WITHOUT ANY PRE-FORMAT DEFINED ABOUT LOVE, ART, CULTURE, TECHNOLOGY, FASHION & STYLE, TRENDS PUBLISHED BY PURI PRODUCTIONS #36


T OD OS O S D I R E I T OS R E S E R V A D OS À P U R I P R OD 2 0 2 1

TE XTO S , E DI ÇÃ O E DE S IG N

M.I.K.A.

CA P A

ARTE SOBRE IMAGEM DA 9GAG [ h t t ps: / / www. 9 ga g. co m ]

AB E RTURA DA EDI ÇÃ O

ABDUL GHANI BARADAR, L ÍDER TALIBAN [ h t t ps: / / www, t wit t er . com ]

PU BL I SH ER

ISSUU [ h t t ps: / / issuu . com / sut ilm ag azi ne ]

DI S TRI B UI ÇÃ O

FACEBOOK [ h t t ps: / / fa ce bo ok. co m/ su ti ldig it a lma ga zin e ]


} editorial

O QUE SE VÊ AO LONGE E PERTO Na Espanha, as viagens pelas estradas do interior do país oferecem uma experiência extra e peculiar que partilho nesta edição 36 pela sua força de expressão: A região ibérica é conhecida pelas altas temperaturas nas estações mais quentes e baixíssimas no Inverno, proporcionando um aspecto semi-desértico na paisagem semelhante a algumas áreas do Norte africano. Por algum motivo cultural e folclórico que não importa tanto para o nosso contexto, algumas montanhas próximas e ao longo dos quilômetros e quilômetros de rodovias foram posicionados outdoors recortados com a silhueta de touros em seus cumes. O primeiro vislumbre de um dos touros certamente é o mais surpreendente, mas a medida em que se avança rumo ao destino e os cartazes vão se sucedendo de quando em quando, começa-se a aguardar pelo próximo que surgirá, o que permite divagar um pouco mais sobre o efeito visual do aparato logo que mais um finalmente reaparece no horizonte. Desde uma distância maior, nem sempre o que se vê é um touro, mesmo já sabendo à partida que é. Ao despontar parece um pequenino ponto sobre um monte, o que poderia ser muitas coisas, mas pela proporção sugere ser algo raro. E, enquanto o veículo passeia pela pista em sua direção, é possível elocubrar várias hipóteses para o que, afinal, está sobre a montanha porvir… Não sei quem nem porquê os espanhóis inventaram essa mas, nas próximas páginas, pense em #Saturno e #J1407b .





ADIMENSÃO DESATURNO


_por m.i.k.a. _imagens de Robert Hooke e Pop Sugar

O

que é o Tempo? Dinheiro? E o Espaço? Por tal premissa também seria dinheiro, assim como o Espaço-Tempo, e por consequência tudo o que

existe. Mas ainda que esse dito popular seja demasiadamente praticado, nem Kronos concordaria que a sentença é a resposta-total: “Tempo” não é dinheiro; “dinheiro” é que é uma resposta-pronta para tudo o que não se sabe responder e quando se quer reduzir uma questão apenas ao nível do poder aquisitivo e patrimonial. O problema é que não sendo possível comprar tudo com dinheiro, principalmente o Tempo e o Espaço, seguimos na missão de compreender o Universo para melhorar a nossa percepção quanto à razão da existência das coisas e da própria humanidade. Aliás, a concentração excessiva de riqueza e de saber gera paradoxos como a persistente dificuldade para atualizar fundamentos e conceitos e introduzir novos ensinamentos e descobertas já comprovadas, apesar de termos cada vez mais veículos de comunicação, incluindo os da Educação formal. Ou seja, um entrave para a evolução.


Não é algo banal. Falamos de um distanciamento num grau tão elevado que entre um determinado grupo tido como o dos detentores das informações mais precisas sobre quem somos, onde estamos e para onde vamos começa a ser comentado com naturalidade assustadora que a única solução para a sobrevivência é partirem para um outro planeta. Por quê está mais difícil seguirmos global, coletiva, equilibrada e harmoniozamente do que colonizar Marte criando fábricas de oxigênio no planeta vermelho? A @sutil propõe nesta edição que há uma resposta melhor que “dinheiro” para tantas perguntas fulcrais: #J1407b. Tudo o que existe para nós é percebido em dimensões. Há a dimensão binária, dual, chamada de 2D que, em termos sensoriais, é a representação de tudo atráves do menor elemento que conhecemos ─ o ponto ─, e da sua união ─ o traço ─, sem volumes; o 3D, que é a dimensão espacial, onde as coisas ganham matéria e medidas ─ formas, tamanhos, densidades etc ─, e onde aquilo que conhecemos como sendo a nossa realidade está inserida; e o 4D. O que a Cosmologia tem sugerido com o avanço


das missões espaciais e das observações do Cosmos é que a chamada 4a. dimensão deve ser requisitada como uma experiência essencial para a compreensão, e não mais como algo de aplicação restrita a algumas especializações científicas, ou para abordagens metafísicas. Na edição 27 propusemos uma noção de “3e” como uma tentativa de corrigir uma percepção desequilibrada entre Espaço e Tempo na dimensão 3D, pois o Espaço foi sendo gradativamente privilegiado em nossa assimilação do que é o Mundo após a solução da quantificação do Tempo com o conceito de cronologia e a invenção do relógio. Pode até ser que numa primeira impressão as ideias lançadas sobre 3e e o que relataremos aqui sobre o 4D pareçam não só uma redundância como conflituosas e contraditórias entre si, mas não são. “A 4a. dimensão é (…)” ─ segundo “A Teoria da Relatividade Explicada Facilmente em 6 Etapas”, do @astrocrony e partilhado pelo @astronomhub ─, “(…) o Tempo”. A confusão que essa premissa suscita é que o Tempo não pode ser separado do Espaço a não ser por motivo puramente conceitual, e, além disso, assim descrito, ele seria o que já é expresso em 2D… O


“Tempo”, isoladamente, não existe, a não ser no campo das ideias. A afirmação de @AlbertEinstein só encontra a razão quando entendemos que 4D é, sim, a dimensão do Tempo, mas a do Tempo Absoluto. Sem passado, presente ou futuro; e onde a sua medida é a velocidade da luz. As ilustrações ótimas para tal perspectiva é a própria pauta da reportagem a seguir: o planeta #Saturno e o exoplaneta citado anteriormente #J1407b. Como entender essa convivência dos tempos na 4a. dimensão de maneira factual sem cair novamente numa abstração imaginária ou somente virtual? É simples: exatamente devido à velocidade da luz ser tão rápida e constante, mesmo com a utilização de aparatos mecânicos, tecnológicos e digitais não conseguimos perceber o início e o fim dos objetos em 4D, porque somos incapazes de ler o Universo com o comprimento da luz. Isto é algo tao assente que está convencionado, e até hoje não se sabe até quando nem até onde a luz viajará no espaço… Estamos tratando de uma velocidade de 300.000 km por segundo, a maior de todas, e, por ser tão inalcançável por quaisquer sentidos e ondas, é em si mesma a Velocidade Absoluta: a luz é e sempre será luz, infinitamente.


} investigação

ECODETECÇÃO DO MORCEGO EXPÔS ANIMAL AO COVID-19 ? ESTUDOS RECENTES DETALHAM TANTO AS HIPER­HABILIDADES DESENVOLVIDAS PELO ÚNICO MAMÍFERO ALADO DEVIDO AO SEU SENTIDO DE ECOLOCALIZAÇÃO COMO REVELAM QUE É O SER VIVO MAIS VULNERÁVEL AO VÍRUS E O SEU PRINCIPAL COMBATENTE

O “cavaleiro das trevas” é considerado um dos elos perdidos entre os seres viventes e os préhistóricos, e talvez por tal datação seja um dos mais analisados pelos cientistas. Portanto, não é novidade que os morcegos possuem um sistema natural de ecolocalização que serve como orientação para se locomoverem e para reconhecerem os elementos ao seu redor durante o voo, para eles mais confiáveis e precisos do que o olfato e a visão. Também é sabido que são de hábitos noturnos, que preferem e até performam melhor em baixa ou sob nenhuma luminosidade… O que é menos divulgado é que esses roedores-voadores desenvolveram


certas capacidades ímpares entre a fauna por preservarem tais características e que voltaram a chamar a atenção dos estudiosos depois da catalogação do morcego como um hospedeiro e transmissor do coronavírus para o homem. Dois destes trabalhos montaram um quadro no mínimo interrelacionado com o contexto pandêmico: enquanto o canal americano @SciFri exibia um doc revelador sobre o comportamento do mamífero durante o voo, o @InstitutPasteur conseguiu obter um video de altadefinição da ação do vírus no cérebro de um exemplar recéminfectado. A microscopia espanta pela agressividade e rapidez com

que o Sars-CoV-2 destrói as células, mas complementado com o estudo sobre o voo… A sequência acima explica: anatomicamente, o morcego está apto a explorar mais do que outros animais movimentos em pleno ar não só via aero e termodinâmica, mas pela sintonia com as próprias ondas que recebe de feedback do ambiente. A sugestão rara é possível devido a frames como esses, onde vê-se que, para “empoleirar”, ao invés de se pôr de cabeça para baixo após pousar, o morcego empreende o voo vencendo resistências gravitacionais até projetar as patas traseiras para agarrar-se à tela afixada ao teto.


} reportagem

SINÔNIMOSDIMENSIONAIS E ANTÔNIMOSRACIONAIS À LUZ DA 4ª DIMENSÃO, TODO O UNIVERSO SE APROXIMA DA SUA REAL APARÊNCIA E DA COMPREENSÃO HUMANA

_por m.i.k.a. Desenhe Saturno. Agora, ainda sem recorrer à nenhuma consulta, tente completar o rascunho com o Sol e os demais planetas da Via Láctea na ordem correta, obedecendo à distância de cada um para o astro-rei [ não é preciso ser rigoroso quanto ao tamanho ou às proporções de espaçamento entre cada planeta… ]. O texto acima poderia estar à sua disposição até num eventual teste psicotécnico, já que em termos de conhecimento exige pouco mais do que saber listar os astros do Sistema Solar [ além do Sol, Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Jupiter, Saturno, Netuno, Urano e, admissivelmente, Plutão ], e que eles são representados graficamente por circunferências. E, se


EM 1658, O ARQUITETO #CHRISTOPHER WREN PROPÔS COM O DIAGRAMA “DE CORPORI SATURNI” QUE O PLANETA ERA CIRCUNDADO POR FINOS ANÉIS, QUE ESTES FAZIAM PARTE DE SUA COMPOSIÇÃO E QUE O TOCAVAM NOS PONTOS MAIS ESTREITOS DE SUA ELIPSE OVAL. IMAGEM: REPRODUÇÃO THE ROYAL SOCIETY


até pouco tempo atrás era quase indiferente a sua bagagem de Astronomia ser limitada ou não a essa solução, hoje, corre-se o risco de perder um novo salto evolutivo pela falta de noção do que é o Espaço de uma maneira menos pictórica e parca. O motivo é o nítido acúmulo de informações científicas bloqueadas atualmente por este nível de conhecimento, pois as aplicações práticas começam a solicitar algo mais do seu dia-a-dia. Por mais que os inventos sejam intuitivos e interativos, há uma diferença entre ser um usuário de ferramentas e alguém condicionado por passo-a-passos ─ como no behaviorismo ─, tendo em consideração que operar determinadas rotinas sem adquirir saberes perante uma revolução da percepção humana quanto ao Universo poderá significar a mudança de pessoas que

hoje estão equiparadas entre si para a

distância entre um cientista PhD e uma cobaia. Veja bem: o ponto-de-situação é tão complicado e ambiguamente fácil de superar que basta dizer que não adianta tanto, nesse exercício, alguém, ao invés de apresentar um esboço com círculos fora de forma e com pouco talento para desenho, trazer um excelente mapa representando os planetas com suas características,


dimensões, volumes e cores iguais aos que encontramos nos livros e na Internet… Ao citarem os astros na ordem convencionada ambos estarão orientados por uma versão prestes a sair de linha. Retornemos à luz. Foi somente no século XVI que um discípulo de #Copérnico chamado #GiordanoBruno elocubrou a ideia de que existem outros sóis semelhantes ao nosso também orbitados por planetas no Universo. Contudo, a teoria dos exoplanetas [ planetas em formação ], que foi ganhando adeptos e argumentos desde então, só teve comprovação em 1992 quando, devido ao desenvolvimento dos observatórios radioastronômicos, dois cientistas conseguiram visualizar um. E isto é apenas mais um exemplo oriundo da longa relação do homem com os astros de que, da suposição à aplicação de uma teoria, nem sempre houve previamente uma observação incontestável pelo meio. Este processo científico onde uma teoria já aplicada ─ ou até mesmo convencionada ─, passa ainda por alguma prova de veracidade é chamado de “teste observatório“. E é aqui que está o cerne da nossa explanação: enquanto a luz atravessa o Universo, pesquisadores procuram observar o que mais está surgindo ou sendo


LUZ X GRAVIDADE

A REPRESENTAÇÃO DA LUZ É ALGO BASTANTE CONTROVERSO. HÁ O TESSERATO [ OU HIPERCUBO ], QUE É A FIGURA QUE MAIS SE APROXIMA DA IDEIA DO MOVIMENTO, MAS AQUI RECUPERAMOS O CHAMADO “ESPAÇAMENTO DE YI XIN” PARA PROPOR MECANICAMENTE COMO OCORRE O EMBATE CONSTANTE COM A GRAVIDADE ─ UM ATRITO QUE GERA OS ELEMENTOS NOS SEUS ESTADOS MAIS FUNDAMENTAIS, COMO O PRISMA, OS ÁTOMOS EM PLASMA ETC… O MECANISMO FOI DESENVOLVIDO PARA MARCAR O TEMPO CRONOLÓGICO DOS PONTEIROS DOS RELÓGIOS PENDULARES. REPARE QUE ENQUANTO A “ÂNCORA” OSCILA PARA A DIREITA E PARA A ESQUERDA, A ROLDANA INICIA UM GIRO QUE É TRAVADO SEMPRE NO MESMO “DENTE” E A FAZ RETROCEDER E REINICIAR CONTINUAMENTE. IMAGENS: REPRODUÇÃO WIKIPEDIA


revelado no Espaço, muitas vezes tendo de se lançar ao avanço das tecnologias de observação para conseguirem captar os novos astros. Em 2021, apenas 30 anos depois do exoplaneta #PSR1257+12 ter aparecido nas telas dos equipamentos dos radioastrônomos @DaleFrail e @AleksanderWolszczan já foram confirmadas as presenças de 4.801 exoplanetas noutras galáxias. Portanto, novas lentes para alcançarmos novas dimensões. O que ocorre é que no esforço para detectarmos a expansão do Universo utilizando inúmeras formas capazes de acompanhar sinais luminosos, ondas, frequências, eventos e tudo o mais que nos transmita alguma presença no Espaço, corremos com esses instrumentos contra o próprio Tempo para alcançar ao máximo tais velocidades [ fundamentais para obtermos qualquer imagem através da observação e pelos conceitos de ótica e fotografia ], e isto, não sendo de todo possível, ainda assim vai promovendo a nossa percepção das coisas mais próximas, não apenas por comparação com o novo, e sim porque a luz tanto está aqui quanto nos pontos distantes, simultaneamente, no Tempo e no Espaço, nos devolvendo um Universo 4D. Que horas são?…


Não adianta mais como defesa de um pensamento a caducar apenas dizer que Saturno é Saturno, e J1407b é J1407b, porque já orbitamos o planeta do nosso Sistema Solar com sondas enquanto o exoplaneta permanece estando lá longe, noutra galáxia… Depois de tantas odisséias para que este panorama seja o nosso presente conseguido pela Ciência, vamos recorrer o lápis para argumentar em 2D que a especulação de que estes objetos são os mesmos é algo impossível? Ponderando em linguagem 4D, sim, em 2D é impossível… Como também é equivocado afirmar categoricamente que são os mesmos, porque estamos abordando Espaços-Tempos diferentes, ou seja, dimensões distintas do que pode ou não ser um mesmo astro, pois a matéria que nos compõe é a mesma. Temos de reconsiderar que mudança de paradigma é algo bem mais amplo e radical do que diferenças de opinião ou conclusão sobre um tema, ainda mais se lembrarmos que, sobre a 4ª dimensão estamos abordando posições no âmbito do que é absoluto. Por exemplo: você sabe por que os planetas são representados em forma circular? Bem, primeiramente porque como já referimos o ponto é o elemento gráfico da unidade; segundo porque graças à hidrostática, os planetas assumem também a forma de circunferências na condensação da massa pela própria


órbita que os origina, pois do contrário a matéria que o compõe estaria dispersa no Espaço como tantas outras, sem integrarem um astro. Então, apesar de a excelência da missão #Cassiny ter proporcionado conclusões como “Saturno existe tal e qual o visualizamos e representamos”, ela não é capaz de confirmar enquanto instrumento de pesquisas a dicotomia ou a coexistência de Saturno e J1407b, porque este limite é nosso e não da máquina. Entretanto, há condições para progressos. Mesmo Saturno sendo um planeta gasoso, pousar em sua parte sólida sem que alguma alteração detectável ocorra em J1407b não serviria como prova da singularidade destes astros. Isto porque em 4D eles estão em Espaços e Tempos diferentes, e cada Espaço-Tempo tem matéria. Esmiuçando, se modelarmos Saturno como o passado de J1407b para nos entendermos na linguagem 3D, em 4D é viável pousar no passado e no presente com duas naves diferentes porque em ambos os Espaços-Tempos a luz “construiu” estas realidades com a sua passagem. Basicamente, a luz e a ausência de luz precedem tudo. Por onde a luz passa, algo surge. E o que não é luz ─ a tal matéria-escura ──, sugerimos que é o Oxigênio.


PRANA YAMAO PODER DO AR2

CONSIDERADA UMA ATIVIDADE PRIMORDIAL À VIDA, A RESPIRAÇÃO É O EXERCÍCIO MAIS TRANSFORMADOR QUE O SER HUMANO PODE FAZER. A @SUTIL PROSSEGUE NA ABORDAGEM DA PRÁTICA MILENAR QUE, ALÉM DE TRAZER BENEFÍCIOS, REPÕE O CONSUMO ADEQUADO DE OXIGÊNIO COMO O FUNDAMENTO DA SAÚDE E DO BOM FUNCIONAMENTO DO CORPO E DA MENTE HUMANA

ILUSTRAÇÃO:VALUS TRIPS

} artigo



_por m.i.k.a.

D

ando sequência ao artigo sobre a milenar prática de respiração, entendo que, uma vez percebida e exercitada aquela introdução até que os movimentos nasais e bucais estejam

quase espontaneamente mais afetos apenas ao nariz – sempre mantendo a boca fechada, pois não estamos sequer em situação de fadiga ─, e mais de expiração do que de inspiração, podemos afinar esta etapa circuscrita à cabeça colhendo outros benefícios de tal decisão. Para contextualizar este progresso vamos refletir um pouco sobre a anatomia pulmonar. Talvez mais por ênfase do que por defeito apreendemos que o pulmão é o responsável pela respiração. Isto é verdade, mas, em parte: o órgão é muito mais distribuidor e reserva de oxigênio do que absorsor. Como referimos na edição 34, a pele e os pêlos são mais captadores de ar para o corpo do que a maior parte do sistema respiratório. Porém, apesar de os exercícios físicos e a prática de esportes ajudarem nesta correção, em regra, quando se fala em inspirar, empreende-se um movimento de puxar o ar externo ao corpo em direção ao pulmão, e, se for


sobre expirar, produzir a ação contrária [do pulmão para fora através da boca ou do nariz ], como se estivéssemos sempre sob atmosfera rarefeita ou debaixo d'água, quando é necessário recuperar rapidamente as reservas por não podermos respirar tão facilmente por outras vias. Este cacoete ─ pelo ponto-de-vista do Pranayama ─, causa uma deficiência respiratória pulmorar porque habitua o indivíduo a ter sempre o pulmão “cheio” e com constante entrada e saída de ar mesmo quando não precisa, como na maior parte do tempo. Essa dependência pode parecer inofensiva, mas a longo prazo poderá não ser, sem contar o que se perde com a ausência de uma respiração melhor exercitada. Muito importante: “exercitada” não está significando aqui “mais difícil”, pois a boa será sempre a que a gente nem percebe que está respirando… O exercício que proponho nesta etapa só deve mesmo ser feito por aqueles que conseguem respirar normalmente com a boca fechada [ o que corresponde à mandíbula e os dentes inferiores fechando com os superiores e


expirando mais do que inspirando pelo nariz ]. Obtido este êxito, você precisará apenas se livrar de ambientes poluídos ainda que momentaneamente para levar para o seu cérebro o que chamo vulgarmente de “bomba de oxigênio”, pois, após uma fase de adaptação a uma respiração menos preguiçosa vai causar efeitos como a otimização do processamento do oxigênio [ como numa espécie de overdose saudável ]; regeneração de eventuais lesões das vias respirátórias e da pele ressentidos dos movimentos biomecânicos a que estavam habituados, revitalizando-os; e ampliação do estado de consciência e de prazer. Esta informação concentrada e continuada com a prática de expirar mais do que inspirar pelo nariz vai reafirmar para o seu cérebro que a gente puxa muito mais ar do que necessitamos na forma anterior à introdução ao Pranayama, proporcionando um restart na maneira como aproveita o Oxigênio que entra em nosso organismo e com o aviso de que não se trata de falta de ar no ambiente. Ele entenderá que quando precisar você já tem a sua “bombinha” pronta para reiniciar a sua jornada e passará a considerar este recurso como um confortável acessório na renovação da sua respiração.


1

Não marque horário ou local para esta prática. Uma vez testada, faça-a espontaneamente e o mais ocasionamente que puder para

não pré-programar o cérebro, banalizar os efeitos e retroceder no hábito de absorver oxigênio pelo nariz o tempo inteiro…

2

Quando lembrar ou sentir que precisa da “bomba de oxigênio”, feche os olhos sem mudar a intenção do olhar para frente e

sinta o ponto central no topo externo da sua testa [ topo da cabeça ]

3

Concentre a sua percepção neste ponto durante alguns segundos e, numa “fungada” breve e rápida, como se estivesse

provando um perfume ou aroma de uma flor, puxe apenas um pouco de ar pelo nariz, sem recorrer aos pulmões e sim ao ar à sua volta, como se quisesse jogá-lo lá pra cima, até àquele ponto imaginário

4

Não é previsto que se consiga realizar este movimento logo nas primeiras tentativas mas, como o efeito do exercício

quando bem feito é imediato e poderoso, recomendo praticar apenas sentado em posição de meditação enquanto não sentir o impacto que causará em você particularmente [ é normal a sensação de mudança de estado, como num princípio de desmaio, mas não porque vai desfalecer e sim porque o cérebro além de não estar ainda habituado estará recebendo agora muito mais oxigênio de uma só vez do que estava sendo acostumado ]


: AOS 52 A NOS, JOV ENE L MO ÏSE ENTROU P ARA A HIST ÓRIA COMO MA IS UM PRE SIDE NTE QUE FOI AS SAS SINA DO, DEPOIS DE P ERMAN ECE R NO PODE R HAITIANO FINDO O 1 ° MAN DATO DEV IDO À P ANDE MIA . O CAS O D EIXOU O MUND O ESTAR RECIDO, MESMO O PA ÍS TENDO UMA DAS IMA GENS MA IS DESGASTADAS PE LA BA IXA D IS TR IBUI ÇÃ O DE RE NDA E CORRUP ÇÃO ENTR E OS DA A MÉ RICA C ENTRAL. COMO EMP RES ÁRIO, MO ÏSE CON SEGU IU LEV AR ÁGU A E E NERGIA PA RA OS C ID AD Ã OS, E NA POL ÍTIC A DEIX OU O HAITI QUAS E FORA DA LIS TA DOS CON TA MINADOS POR COV ID­19 A PE SAR DA CRIS E GOVE RNA TIV A QUE H ERDOU. FOTO:REPRODUÇÃO AFP


A sutil digital magazine está com campanha nova

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sutil, 10 anos: sabe que é, porque é.


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