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} editorial Eu sou Flamengo. Adoro futebol. Duas sentenças de condenação polêmicas porque no Brasil profeçar que ama o esporte mais popular do país e o seu clube é tão socialmente aceitável quanto reprovável. Ficando pela prática em si, tendo a me privilegiar com uma constatação de ordem história, documental e jornalística: o que o time rubro-negro ─ talvez o que já possua o maior número de torcedores ─, tem experenciado nos últimos anos culminou com os êxitos nesta temporada de 2019, e independentemente de ter sido ou ainda vir a ser o campeão em todas as competições, recebe uma cobertura fotográfica personalizada que podemos apreciar em suas redes sociais. Uma epopéia menos fanática mas um pouco mais à altura dos acontecimentos. Os craques flagrados nalguns momentos das partidas; suas expressões faciais e corporais; tomadas gerais dos campos e dos estádios; os lances polêmicos; alguns closes no banco de reservas e da equipe técnica; paralizações impetradas pelos árbitros; imagens e mais imagens dos torcedores… Tudo sob a sintonia obrigatória das cores preto, vermelho e branco do clube, mas com a sobreposição do verde dos gramados, dos tons de pele de cada pessoa presente no enquadramento, e pela paleta de cores dos rivais. Vê-se o ressurgimento daqueles Flamengo que muitos sabem os feitos e escalações de cor. O alívio por não ter quase todo o elenco selecionado pelo técnico da Seleção Brasileira e assim possam atuar pelo time. Um coletivo de atletas que vai chegando ao final do ano com vários reveses, contusões e recuperações, algumas saídas para outras equipes principalmente do exterior e uma garra admirável para alcançar tal superação e recuperação do status de ser uma das maiores agremiações brasileiras no futebol. Sei que nem todos podem ter este distanciamento crítico devido o decorrer das competições e por suas preferências clubísticas. Mas, como confessei no início, eu sou Flamengo. E isto merece um álbum.
PÁ GI NAS
NE GRA S
DESDE JULHO ATÉ AO MOMENTO, O BRASIL E O MUNDO ASSISTEM QUASE IMPOTENTES AO MAIOR DESASTRE AMBIENTAL NO NOSSO LITORAL POR DERRAMAMENTO DE PETRÓLEO. A QUESTÃO É: UMA NOVA RESERVA OU CRIME?
por m.i.k.a. Precisamos entender que a extração de petróleo, acima de tudo, é uma necessidade ambiental, pois se os poços não fossem explorados haveria vazamentos do produto bruto para os oceanos ou superfícies que danificaria o nosso habitat. Se fizemos disto um negócio, algo rentável e motor da nossa civilização, o mérito é nosso: petróleo é riqueza natural e trabalho. O que aconteceu então no Nordeste do país é uma tragédia gerencial que, infelizmente, explica coisas até demais: o expresidente Lula na cadeia; os militares de volta ao poder; a devassa que está sendo a operação Lava Jato que investiga também os roubos hecatômbicos na petrolífera nacional @Petrobras… só não explica o desastre ambiental que percorre todo o litoral da região Norte e Nordeste e o desperdício de
tempo e dinheiro caso se confirme que o óleo encontrado na costa brasileira é oriundo de uma reserva ainda nãoexplorada. Mais de três meses depois da data em que foram encontradas as primeiras manchas do brent no nosso oceano há mais de 700km de distância da costa do Estado da Paraíba, o que sabemos nós os cidadãos? Muito e pouco. A continuidade da poluição que avança pelas praias de toda a faixa litorânea citada desanima mesmo a cada novo dado averiguado nas investigações da #Marinha do Brasil, da #PolíciaFederal e de pesquisas realizadas pela própria Petrobras, pelo @Ibama e por universidades brasileiras. Afinal, desde o Maranhão ao Sul da Bahia existem verdadeiros paraísos naturais de ricas fauna e flora, capitais turísticas, povoados, áreas de reserva ambiental… enfim, uma parcela
representativa do que se pensa que é nosso país, tanto dentro de nossas fronteiras quanto no imaginario no exterior. No momento já há 4 protagonistas cercados: além do Brasil sob suspeitas de o vazamento ser proveniente de reservas de petróleo ainda não exploradas ou do présal, estão na mira da investigação a Venezuela [ por produzir derivados a partir de um óleo com o mesmo DNA que é encontrado na limpeza das praias nordestinas ]; a Grécia/UE por causa da nacionalidade da empresa que é dona do navio #Bouboulina, considerado o maior suspeito pela Defesa após os estudos que averiguam uma coincidência entre a data de sua partida desde Porto Jose e sua rota prevista até Singapura que passou pela região 2 dias antes da primeira mancha ter sido detectada no território; e os EUA por ter sido o último porto onde a embarcação atracou antes da Venezuela e onde consta um
relatório oficial de que o veículo lá sofrera um reparo obrigatório no seu sistema de filtros que serve para previnir que a nave não polua os mares durante a viagem. Decorridos os esforços iniciais através dos quais obtivemos alguns dados conclusivos, a hipótese de que a origem do brent provém do présal só foi sustentada pela @UFAL [ Universidade Federal de Alagoas ]. Mas, mesmo com a Petrobras estando embasada pela Marinha e a @UFRJ [ Universidade Federal do Rio de Janeiro ], a imagem pública deteriorada da companhia nacional face aos escândalos que nos abateram nos últimos anos não está permitindo tamanha credibilidade… Por enquanto, esta possibilidade permanece como algo menos provável. Com tanta apuração era de se esperar que todos os envolvidos já tivessem se posicionado quanto ao incidente e que o
VOLUNTÁRIOS E AGENTES DE LIMPEZA DURANTE AS AÇÕES DE RETIRADA DO ÓLEO NUMA DAS PRAIAS MAIS ATINGIDAS DO NORDESTE, EM CARNEIROS, NO ESTADO DE PERNAMBUCO FOTO: REPRODUÇÃO JC IMAGEM
cruzamento de informações produzisse resultados mais conclusivos, porém, não é o caso. Por mais inverossímel que possa parecer, a Grécia nega até ao limite qualquer relação do navio da empresa grega #DeltaTankers com o acidente e, também, razões para manter tal postura e sigilo quanto a algumas informações solicitadas pelas autoridades brasileiras para que este caso esteja melhor esclarecido e comprovadamente inocentálos. Outro relatório que não nos chega é a da simples conferência da quantidade da carga embarcada e a que o Bouboulina consegue comprovar como entregue em Singapura pois, mesmo que o total de óleo encontrado nas praias até agora corresponda a apenas 1,8% da sua capacidade de transporte, estamos relatando algo em torno de 350 toneladas de óleo cru retirado das prais brasileiras em situação quase rústica, com os locais usando pás, baldes, luvas e máscaras.
NAVIO BOUBOULINA DA GREGA DELTA TANKERS: UM COLOSSO CAPAZ DE TRANSPORTAR 164 MIL TONELADAS DO ÓLEO ENCONTRADO NAS COSTA DO NORDESTE BRASILEIRO É O MAIOR SUSPEITO DE TER DESPEJADO O PRODUTO NO OCEANO ENQUANTO RUMA PARA O DESTINO SINGAPURA. FOTO: REPRODUÇÃO
SERIA ESTE JÁ O MAIOR DESASTRE AMBIENTAL DA HISTÓRIA DA COSTA BRASILEIRA? NEM SETORES ESTRATÉGICOS COMO A PESCA, O TURISMO, O MEIO AMBIENTE, A SAÚDE OU A DEFESA ESTÃO CAPAZES DE ACELERAR A SOLUÇÃO
Os barris de óleo encontrados nas areias de algumas praias de Sergipe não permitem tantas indagações quanto a demora nos resultados das
investigações possa fazer parecer. Identificados no próprio rótulo como pertencentes à multinacional @Shell com a descrição de conter óleo do tipo #ArginaS330, os latões ainda constam como sendo incertos quanto à origem do vazamento. A dúvida procede. O fato de o carregamento ter sido tão facilmente confirmável não torna a empresa fabricante do produto a responsável direta pela causa do desastre.
Ainda está por entender o que significou a manutenção que a embarcação foi alvo no porto de Filadélfia antes de zarpar para a Venezuela e prosseguir viagem até Singapura ao longo da nossa fronteira marítima e quem é o comprador do produto que, agora, está incompleto, portanto este negócio, mesmo que olvidem da situação deixada para trás no Brasil ainda deverá ser concretizado ou, até mesmo, consolidado apenas mediante permissão das organizações internacionais preocupadas
com o ocorrido e que intermedeiam a indústria petrolífera, o tráfego marítimo e os Governos.
As consequências do acidente ou crime estão sendo arroladas enquanto contornadas na medida do possível em que uma tragédia deste tipo permite. Obviamente, toda a região como destino foi imediatamente comprometida para negócios e turismo. Em termos ambientais, nem a Secretaria de Pesca em Brasília demonstrou preocupação, que dirá tartarugas procriando em Abrolhos. Talvez porque a crise seja mesmo imobilizante e difícil de gerir com a opinião pública, mas o fato é que nunca se viu uma área do nosso mapa ser tão atingida por um produto de procedência do petróleo. É de se enxergar o lado positivo de algo tão danoso? É lugar comum em tragédias, mas sim, há diversos pontos a içarmos do meio das quase 2 mil toneladas de brent que já foram
removidas das nossas praias. A maior delas é a mobilização dos locais que, sem nenhuma campanha federal de convocação ou sensibilização, reuniramse à beiramar com tanta responsabilidade e cuidado com suas áreas que muitos até mesmo se esqueceram do grau de peliculosidade do óleo e só foram utilizar algum equipamento de autoproteção quando algumas autoridades alertaram que é fundamental o uso de máscaras, luvas e botas no manejo do produto. Um dos outros destaques de enlevo nessa história são menos nítidos. Por exemplo, devido ao caso soubemos que de alguma forma ou diante de determinados panoramas o Governo tem acesso à informações coletadas via satélite, o que nos alivia bastante se pensarmos que uma parte considerável deste controle, defesa nacional e investigação dependem deste aparato que algumas nações dominam e comandam sobre o nosso planeta.
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O S E CRE T Á RI O CA RI O CA DO G O V ER NO S E MP RE FA Z AP A RI ÇÕ ES A LG O BO NA CHO NA S NAS CHA MA DA S “L I VE S D E 5 a . ” DO P RES I DE NTE DO B RA S IL , PR OP O RCI O NA NDO UM CE RTO CL IM A RE V I VA L IS TA DO S TE MP O S E M Q UE O C AP I T ÃO V I VE U NO RI O D E JAN EI RO . MA S E M S UA Ú LTI MA A PA RI ÇÃ O ─ E À PR OP Ó S IT O DA TRA G ÉDI A Q UE S E A B AT EU S O BR E A CO ST A DO NO RDE S TE ─ , JO RG E S E IF C AUS O U UM ES TRA NHA ME NTO Q UE M I STU RO U A T Ã O F AM OS A MA LA NDR AG E M DO PO V O BRA S I LE I RO C OM UMA PI A DA CA BA L : A O FAL A R SO B RE A A TUAL S ITU A ÇÃ O DO S PE S CA DO RES DA REG I Ã O , A RRE MA TO U: “P EI X E É UM BI CH O E S PE RTO . Q UAN DO V Ê O Ó L EO , FO G E” . A T É HO JE N Ã O SA B EM O S S E FO I UMA A LUS Ã O À SA Í DA DE DI LM A RO US S EF, O U S E E ST ARI A AB A NDO NA NDO O BA RCO P O R IN VI A BI L I DA DE FUN CI ON AL . FOTO: REPRODUÇÃO