sutil #23

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APENAS R$___,__

NA COMPRA DE UMA MATÉRIA NESTA NOSSA EDIÇÃ023, VOCÊ LEVA TAMBÉM UM MAGAZINE DE AMOR, ARTE, CULTURA, MODA & ESTILO, TENDÊNCIAS ETC A ERA DA LUZ ATÉ 4012 ESTAREMOS SOB OS EFEITOS DO SOL MAIOR ALCYONE



SUTIL É UM MAGAZINE DIGITAL MENSAL E SEM FORMATO PRÉ-DEFINIDO SOBRE AMOR, ARTE, CULTURA, TECNOLOGIA, MODA & ESTILO E TENDÊNCIAS, EDITADO PELA PURI PRODUÇÕES NÚMERO 23 SUTIL IS A DIGITAL MAGAZINE RELEASED MONTHLY WITHOUT ANY PRE-FORMAT DEFINED ABOUT LOVE, ART, CULTURE, TECHNOLOGY, FASHION & STYLE, TRENDS PUBLISHED BY PURI PRODUCTIONS. #23


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} editorial

DESMACACALIZAÇÃO: COORDENADA FANTASMA UM NOVO MUNDO, OU UM MUNDO NOVO, É UMA UTOPIA TÃO ANTIGA E PULSANTE QUE FAZ A HUMANIDADE IR ATÉ ALÉM DAS ESTRELAS. FOI ASSIM QUE NOÉ E SUA FAMÍLIA RECOMEÇARAM A OCUPAÇÃO DO PLANETA A PARTIR DO ORIENTE MÉDIO APÓS O DILÚVIO QUE EXTERMINOU TODOS OS RESTANTES CONFORME DIZ­ NOS A BÍBLIA JUDAICO­CRISTÃ. O DESEJO DE UM LUGAR MELHOR PARA HABITARMOS E VIVERMOS CAUSOU O POVOAMENTO ATÉ AO ANTIGO CONTINENTE E A TRAVESSIA DOS OCEANOS EM BUSCA DE OUTRAS PARAGENS. FEITO ISSO, A QUESTÃO ATUAL É SE TAL ANSEIO PROVÉM SEMPRE DE UMA BOA ÍNDOLE OU SE, O QUE UMA PARTE CONSIDERÁVEL DOS SERES HUMANOS QUER, NA VERDADE, É DESTRUIR A POSSIBILIDADE DE MELHORIA AO ENCONTRÁ­LA. A DESCONFIANÇA TEM RAÍZES HISTÓRICAS E EXPLICÁVEIS: COMO SE PODE CONSTATAR, NOSSOS AVANÇOS NÃO TRAZEM OBRIGATORIAMENTE EVOLUÇÃO, E ISTO TEM ALGUMAS MATIZES EVIDENTES, ASSENTES NUM AGRESSIVO TRAÇO AUTO­DESTRUTIVO QUE POSSUÍMOS. TENHO DOIS EXEMPLOS CABAIS A CITAR: SOMOS CAPAZES DE ATENTAR CONTRA NÓS MESMOS – CONTRA O NOSSO 'SELF', COMO TEORIZOU #Winnicott ­, AO ATACARMOS A ÁGUA, QUE COMPÕE 75% DO NOSSO PRÓPRIO ORGANISMO, E OS SÍMIOS, QUE SÃO OS ANIMAIS GENETICAMENTE MAIS PRÓXIMOS DO HOMO SAPIENS. SEGUNDO DESCRITO NO LIVRO “MENSAGENS DA ÁGUA E DO UNIVERSO”, DE @MasaruEmoto, AS VIBRAÇÕES EMITIDAS POR NOSSOS SENTIMENTOS E INTENÇÕES TÊM A CAPACIDADE TANTO DE DESENVOLVER QUANTO DE ANIQUILAR A ESSÊNCIA DO ELEMENTO. POR SORTE, TEMOS O NOSSO CORPO COMO REPRESA DESTE PODERIO, O QUE FAZ COM QUE A MAIOR PARCELA DAS CONSEQUÊNCIAS SEJA ASSIMILADA PELO PRÓPRIO EMISSOR. PORTANTO, QUANDO AGIMOS DE MÁ­FÉ OU POR QUAISQUER OUTROS IMPULSOS E INTENÇÕES MALÉFICAS, SOMOS OS PRIMEIROS A SOFRER AS SEQÜELAS E, MUITAS VEZES, DE MODO CRÔNICO, COMO DEVIDO À AUTO­NEGAÇÃO QUE ELIMINA DONS HUMANOS INALIENÁVEIS À ESPÉCIE POR SEREM AFINS E APENAS MAIS PRÓXIMOS DO MACACO.


} reportagem

0 PREÇ0 DE CAPA A @sutil TEVE ACESSO A INFORMAÇÕES QUE DEPÕEM VERDADEIRAMENTE CONTRA MAIS UM DENTRE OS PILARES DO PAÍS: A IMPRENSA. FOMOS ENTÃO OUVIR O QUE AS ASSOCIAÇÕES DE COMUNICAÇÃO SOCIAL }denúncia


O PREÇO DE CAPA FOTO: 3D WAREHOUSE /DIVULGAÇÃO

TÊM A DIZER SOBRE AS SUSPEITAS APURADAS, E ABORDAMOS AINDA OUTROS TEMAS PERTINENTES SOBRE A MÍDIA TRADICIONAL EM PLENO ANO 2020,AMEAÇADA POR CORRUPÇÃO EM ELEIÇÕES MUNICIPAIS


por m.i.k.a.

D

e modo geral, as pessoas costumam achar que a prática da corrupção acontece em situações particularmente cabulosas, em cenários soturnos e privados, onde as partes podem

falar à vontade longe dos riscos de serem apanhados em delito. São cenas denegridas no nosso imaginário. Constroem-se mentalmente momentos em lugares de pouca luminosidade e com muito fumo de cigarros se o ambiente for fechado, ou à noite quando ao ar-livre; de toma lá dá cá, onde existem sempre duas partes antagônicas a acordarem-se, quase sempre, culminando com a entrega de uma pasta ou mala misteriosa. Às vezes são compostos também por distrações, como bebidas, drogas e mulheres; mas, se ao menos uma das partes for feminina, o que interessa mais diretamente é a grana em si e a sensação de poder que a decisão numa negociação do tipo lhe agrega.


por m.i.k.a.

Mas a corrupção não ocorre bem assim… Ou, ao menos, não necessariamente. Pode até ser que o glamour seja desejado por essas gentes distorcidas durante o transcorrer do dolo, porém o ato de corromper e ser corrompido é na maioria dos casos triste, banal, patético e rotineiro. Essa aura de gângster que aprendemos desde cedo sobre a metodologia da corrupção, na verdade, serve mais como entretenimento e para encobrir tal podridão na nossa sociedade.

Isto por um motivo muito simples: a corrupção não tem classe social nem faixa etária ou distinção de gêneros, e a razão alegada pelos algozes é sempre o dinheiro, como se nenhum outro cidadão honesto precisasse dele e de abdicar de muitas coisas para ganhá-lo sem ser corrompido.


No Brasil, após uma longa fase de grandes detenções midiatizadas e julgamentos públicos, é enfadonho perceber que a corrupção continua aí, entre nós, nítida e isolada ou mais disfarçada e sistêmica, com indivíduos altamente nocivos fingindo ainda ser normal o ser corrupto.

Quando obtivemos a informação de que em pleno 2020 há práticas de compra e venda direta de espaços em publicações no mercado editorial brasileiro fora dos espaços destinados à publicidade a reação foi imediata: “sério?!…”. Minha experiência em redações mais ligada à parte editorial não foi suficiente para fazer titubear quanto ao quão escandalosa é a questão relatada, pois depõe contra a credibilidade e lisura de toda a imprensa, como se, para algo ou alguém sair em algum veículo dito livre e independente, com maior ou menor destaque e quantidade de vezes diferenciada dos demais, dependesse apenas do quanto se pode pagar para atingir tal objetivo e de conhecer quem pode encaminhar o


“cliente“ até determinados títulos – o chamado “tráfico de influências”.

Não podemos citar as fontes nem as empresas envolvidas, como de praxe, mas as delações são suficientemente claras e graves para termos procurado a @ABI [ Associação Brasileira de Imprensa ], para explanar o problema e para denunciar o procedimento em voga ainda que premiando com o sigilo também nesta matéria os próprios meliantes, no exercício do jornalismo, com a chamada “proteção das fontes”. De fato tornou-se necessário erradicar esse mal para que o meio em que a própria @sutil está inserida funcione, sem que tenha que vender as nossas produções de textos e imagens para conseguir faturar – já que parece ser mais fácil arranjar quem os queira contratar do que conseguir anunciantes –, apartados da corrupção que combatemos diariamente através de tantos canais, e antes que, assim como ocorre com a política e com o Judiciário, a Comunicação Social não seja desnivelada com a


descredibilização da profissão e dos seus profissionais, e com a consequente desvalorização da opinião pública.

Assim, após alguns contatos telefônicos e via e-mail e Whatsapp com o atual diretor de jornalismo da Associação Brasileira de Imprensa, o sr. @MarceloAuler, obtivemos a seguinte aspa: “Prezado, a diretoria da ABI decidiu ontem [ sexta-feira, dia 24 de Janeiro de 2020 ], não se pronunciar sobre esse assunto uma vez que desconhecemos totalmente o que vocês pretendem abordar. Não podemos falar sobre o que desconhecemos. Lamento”. De Brasília, a #CNCS [ Confederação Nacional de Comunicação Social ], não atendeu às nossas chamadas ou respondeu ao nosso e-mail a tempo para esta edição. DA ESQUERDA PARA A DIREITA, REGINA DUARTE, CARLOS VEREZA E JOSÉ DE ABREU FOTOS: GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO /DIVULGAÇÃO


ESTÁ N0 AR A REDE BRASIL Na quinta-feira, dia 23 de Janeiro, o noticiário de política nacional aparecia emaranhado com os temas dos cadernos de TV: o ator @CarlosVereza atacava o colega @JosédeAbreu por ser contra a atriz @ReginaDuarte ir para a Secretaria de Cultura no lugar do dramaturgo @RodrigoAlvim, destituído do cargo pela presidência naquela semana. A confusão fagossitósica até traria alguma proximidade ao mundo do entretenimento não fossem os motivos tão bárbaros… O antecessor da já combalida pasta criada após a extinção do #Minc saía de cena por postura e discurso abertamente nazistas, flagrado em transmissão para o anúncio de um projeto sinistro chamado “Prêmio das Artes”. A convidada postergou, disse 1 dúzia de outras coisas questionáveis e teve uma pensão caduca e uma dívida via Lei Rouanet escancaradas onde constata-se que ainda recebe por ser filha de militar e que está na lista dos que quebraram o Ministério, mas aceitou o desafio. Equilibrando a agenda novelesca da situação, o #MPF denunciou o editor do @TheIntercept, o sr. @GlennGreenwald, deflagrado como tendo sido o representante legal de um membro de um grupo nazista norte-americano gratuitamente durante 5 anos. Bolsonaro passou dias respondendo pela trama.


} entrevista FERNANDO PORTILHO ADVOGADO, EXECUTIVO DA @RPConsultoria E DO PRÊMIO ESSO DE JORNALISMO

DAQUI FALA MAIS UM REPÓRTER ESSO… À FRENTE DE UM DOS MAIS PRESTIGIADOS EVENTOS DA HISTÓRIA DO JORNALISMO DURANTE QUASE ¼ DE SÉCULO, OS PORTILHO TORNARAM A IMPRENSA BRASILEIRA EM ORGULHO NACIONAL ATUANDO NOS SEUS BASTIDORES. AQUI, FERNANDO NOS DIZ O QUE ACHA DOS FARSANTES QUE DESVIRTUAM CRIMINALMENTE A PROFISSÃO

R

emonta a chamada “Era do Rádio” no Brasil, mas o Prêmio Esso de Jornalismo passa longe de ser poeril. O galardão virou sinônimo de prestígio e resistência, semelhante a outros do gênero como o @Pulitzer, com reconhecimentos por categorias entregues em noites de gala. Ter uma premiação

no currículo é sinônimo de excelência, acima de tudo, em reportagens. Tive dois privilégios com ele na carreira: atuar num diário que invariavelmente levava um e, na edição de 2013, ter sido jurado na categoria “Criação Gráfica em Jornal”. Após sondagem do mestre da UFRJ @AryMoraes, @RuyPortilho ligaria a seguir para formalizar a minha


participação e me deixaria com o Fernando, incumbido dos procedimentos em si. Poucos dias depois, receberia uma caixa enorme via correio com centenas de páginas de jornais pré-selecionadas pelo staff ao longo daquele ano, regulamentos, fichas de avaliação… O chão da sala da casa onde vivia esteve ocupada por jornais durante semanas e até que todo o trabalho estivesse concluído. Mais algumas semanas adiante, nomeados e convidados ocupariam um dos salões do @CopacabanaPalace para a festa de entrega dos prêmios. O que eu ganhei com isso? Dentre inúmeras coisas que não foram traduzidas em depósito em conta bancária, esta entrevista que partilho nas páginas seguintes:


} sutil As associações de jornalistas tiveram atuações bastante mais discretas nesses últimos anos que foram tão conturbados no Brasil. Não é algo contraditório que tal situação tenha ocorrido durante os mandatos do PT e que, agora, sob o governo de Bolsonaro, haja uma retomada para serem mais atuantes? } FERNANDO PORTILHO O governo Bolsonaro tem oferecido fartos motivos para as recentes manifestações das associações. Apesar de garantir ser um defensor da liberdade de Imprensa o presidente excluiu a @FolhadeSPaulo de um pregão para contratação de assinaturas de jornais. Essa medida, que feriu o princípio da impessoalidade na administração pública, se soma a respostas de péssimo gosto quando as perguntas não lhe agradam, o que evidencia o pouco conhecimento que ele possui dos benefícios de uma Imprensa livre. Onde há oferta, há demanda, e as associações vêm se posicionando de forma veemente. Nossa percepção é de que há um ambiente de mais atuação dessas entidades pela frequência com que se dão os ataques, alguns meramente por falta de educação. Porém, as entidades sempre estiveram atentas. Durante o governo do PT, o jornalista @LarryRother chegou a obter um salvo-conduto no STJ contra uma decisão de Lula, que o queria fora do país. O projeto de lei que objetivava criar um conselho com poderes de fiscalizar e punir jornalistas foi igualmente criticado, ao menos pela ABI e @ANJ. Aliás, a atual gestão da ABI cumpre uma promessa de campanha que é a de ser uma “trincheira” pela democracia. Chegou inclusive a ajuizar notícia-crime no STF contra o Bolsonaro por obstrução de Justiça na investigação do assassinato de #Marielle Franco, o


que me pareceu uma medida exagerada. As associações estão lidando com Bolsonaro como uma sombra passageira e, suas ações, como oportunidades de marcarem posição como defensoras da democracia, que não existe sem Imprensa livre. } sutil É inevitável que a imprensa tenha uma tendência político-ideológica preponderante? } FERNANDO PORTILHO Para uma Imprensa livre, sem dúvidas. Penso que a defesa de uma bandeira político-ideológica não deve ser interpretada como pecado, desde que praticada de forma transparente, por meio de opiniões. Ao expor os fatos, o jornalista deve agir com a máxima isenção, ouvindo diferentes versões, e cabe ao receptor a avaliação dos fatos narrados. O problema aqui no Brasil reside, em grande parte, na falta de capacidade do receptor em entender a notícia, seja por dificuldades de interpretação ou mesmo por desconhecimento dos aspectos mínimos do funcionamento da sociedade, como os papéis do governo, na iniciativa privada ou da academia, por exemplo. A ignorância leva a um terreno livre, ainda, para a circulação das fake News. } sutil Imagino que o ano passado tenha sido um período alarmante e de grandes incertezas quanto ao que aconteceria no país devido à eleição de Bolsonaro para a presidência e por toda a onda direitista que assolou o Mundo. No que concerne à profissão que são a liberdade de Imprensa e as garantias dos direitos civis, considera estarem asseguradas por este governo?


} FERNANDO PORTILHO No Brasil, felizmente, temos garantias constitucionais expressas e instituições em pleno funcionamento, como o Ministério Público. Considero, sim, que os arroubos do presidente e seus funcionários menos qualificados causem perplexidade, mas creio que se alguma medida prática vier a ser implementada visando suprimir alguma delas as vozes da sociedade e de outros entes federativos irão se contrapor e derrubá-la. No caso da licitação que excluiu a Folha, os protestos da sociedade, das associações e uma decisão do TCU exemplificam o funcionamento desse sistema de freios contra o autoritarismo. } sutil Recentemente, o membro do Conselho Deliberativo da ABI @ArnaldoCésarRicci concedeu uma entrevista ao jornal @CapitalCultural onde afirmou que o maior problema da imprensa atualmente são as fake News. Despolitizando um pouco aqui a nossa conversa, esta visão ainda que não seja inédita nem exclusiva, surpreendeu-nos, já que uma boa parte das pessoas acha que são as redes sociais e as plataformas digitais que tiram o protagonismo e esbatem a relevância cotidiana da imprensa tradicional… Seria isto algum indício de mudanças de mentalidade da associação quanto à tecnologia de informação? } FERNANDO PORTILHO As fake News sempre existiram. Segundo @LaurentinoGomes, o estopim da proclamação da República foi um boato de ordem de prisão contra o #MarechalDeodoro, plantado na Rua do Ouvidor, que inflamou o ânimo dos militares. Hoje em dia, com a velocidade e quantidade de informação e meios de distribuição, aqui incluídas as redes sociais e plataformas


digitais, há um prato cheio para a disseminação de informações falsas, no todo ou em parte, e que acabam sempre agradando os egos dos que gostam de acreditar naquilo que convém. Se #Narciso acha feio o que não é espelho, como disse @CaetanoVeloso, o oposto também é verdadeiro, e as redes sociais servem para ver e ser visto. Assim, pouco ou nenhum esforço de checagem se dá antes de se compartilhar um conteúdo, e isso pode afetar o poder de escolha de muitas pessoas, e até mesmo decidir eleições. O famoso @JornalNacional sobre o debate entre @Collor e @Lula causou uma reação de mudanças de votos similar à de uma epidemia, isto é, de forma lenta em comparação aos dias atuais, mas muito eficiente. E hoje, com um celular na mão, temos acesso contínuo a ataques, versões, fake News e conteúdo humorístico que, em muitas ocasiões, fazem mais sentido que algumas reportagens. Podemos perceber o surgimento de oportunidades que a Internet proporciona, como a própria #sutil, ou o site #Meio, do @PedroDória, como exemplos de bom uso das novas tecnologias. Esse seria o “freio” ou “vacina” contra ondas de desinformação. } sutil Entretanto, recebemos indiretamente denúncias de que a compra e venda de espaços em publicações estão sendo praticadas abertamente no mercado editorial, mas não para anunciantes ou através do trabalho das assessorias de Imprensa e divulgação, e sim para a publicação de textos, produções editoriais e fotográficas realizadas para “clientes” após estes pagarem para saírem nas páginas editoriais… enfim, as chamadas “matérias pagas”. Tem conhecimento desses fatos?


} FERNANDO PORTILHO Desconheço tal situação. } sutil Não podemos citar a fonte nem os títulos, mas são publicações periódicas, com editoras, preços de capa, distribuições em bancas etc, como qualquer outro de jornalismo aparentemente livre e independente, e não como produtos corporativos, catálogos, house organs etc. Isto não estaria também enquadrado no que são as fake News? E, assim sendo, certamente será um problema muito mais grave e danoso para a imprensa e o seu valor social do que quaisquer febres de uso de smartphones e notebooks… } FERNANDO PORTILHO Penso que seria uma ação ousada e com sérios riscos à reputação do veículo e dos profissionais envolvidos, além de ilegal. Sobre o enquadramento dessa prática, hipoteticamente falando, mesmo que o conteúdo veiculado fosse “legítimo”, se houve qualquer tipo de dissimulação para encaixar uma notícia fabricada em um espaço apresentado como de jornalismo, seria uma das mais graves fake News. } sutil Estaremos preparados para evitar essas novas porém arcaicas maneiras de corromper a Imprensa estabelecida e o conceito e razão dela existir? } FERNANDO PORTILHO Se existem, as razões para tal são financeiras e encontram espaço na ausência de ética profissional. A concorrência pode ser útil para dar outras versões. Não seria fácil evitar, pois como disse #Aristóteles há 2.500 anos, “as coisas estão permanentemente ocultando sua


verdadeira natureza”. Mas não seria impossível. Quando a nossa população for dotada de melhor capacidade de interpretação dos fatos, e do funcionamento da sociedade, menos difícil será. Quando ministrei treinamentos para futuros educadores ambientais, alguns com mestrado ou doutorado, costumava abrir as aulas perguntando para onde ia o esgoto das casas de cada um. Alguns não faziam ideia. Estamos nesse estágio, e temos que lidar com isso em todas as frentes possíveis. } sutil Hoje, quais são os focos da RP Consultoria? } FERNANDO PORTILHO A RP Consultoria assumiu o Prêmio Esso em 1992, na época com média de inscrições muito baixa, em torno de 200 por edição. A experiência do Ruy Portilho, que além de jornalista era advogado, e que esteve à frente da premiação até a sua última edição [2015], foi determinante para dar segurança aos participantes e garantir que as comissões de julgamento trabalhassem de forma independente. A credibilidade do programa se manteve inalterada, e as adesões chegaram em diversas ocasiões a mais de 1.200 inscritos. Muito dessa experiência nos possibilitou criar e coordenar diversas outras premiações, em diferentes modalidades, como fotografia, inovação tecnológica, trabalhos acadêmicos e, claro, nossa especialidade, trabalhos jornalísticos. Somos atualmente a única agência do Brasil especializada na criação e gestão de programas de reconhecimento do mérito, buscando reproduzir as estratégias de sucesso utilizadas no Esso. Temos que lidar com os vencedores, e deixar claro para quem não vence que o método é transparente e justo.


} artigo



AO RECONSIDERARMOS AS NOSSAS PROPOSIÇÕES COSMOLÓGICAS PÓS­ECLIPSES DE 2017 E 2019, TENDO EM CONTA A ATUAL PROXIMIDADE COM O SOL MAIOR, ESBARRAMOS COM OUTRA HIPÓTESE TÃO FUNDAMENTADA PELA CIÊNCIA QUANTO EXPLICATIVA SOBRE O QUE ANDA OCORRENDO EM NOSSO PLANETA por m.i.k.a.

S

e já é normal acharmos estranhas as matérias sobre astros devo precaver­lhe de que esta será ainda mais do que as que habitualmente publicamos na #sutil.

Não é algo que perseguimos como linha editorial… O tema é que é estranho o suficiente para termos de torná­lo algo minimamente comum – “comum” no sentido de “comunicar”.


Tudo o que dissemos até aqui sobre a relação da Terra com o Sol está valendo. Nada ainda foi refutado, entrou em contradição com bases teóricas ou está contra os novos avanços científicos, tanto os convencionados quanto os em pesquisas. Portanto, agregar a estrela #Alcyone a todo este contexto é meramente avançarmos no assunto. Porém, repito, será avançarmos mesmo muito…

Evitando, como sempre, a linguagem formal acadêmica da qual nunca tentamos superar, inicialmente consideremos o que é “Alcyone”: tida como sendo o Sol da nossa galáxia, localizada em Eta Tauri, onde estão as Plêiades, com raio 10 vezes maior que o do Sol da Via Láctea, a estrela tem um comportamento tão


absurdo para os parâmetros de nível mediano e bacharelar que é quase totalmente ignorada quando ensaiamos entender o funcionamento do Universo, talvez para não inviabilizar a nossa compreensão. É que, apesar de Alcyone ser teoricamente um sol, trata­se mais precisamente de um sistema estelar formado por 4 estrelas [ Alcyone A, a maior, a B, a C e a D ]. Este composto é ainda circundado por um feixe de luz semelhante aos anéis de Saturno chamado de Cinturão de Fótons, e o nosso sistema solar demora cerca de 26 mil anos para completar uma única volta ao seu redor, ou seja, atravessamos o tal cinturão de 13 em 13 mil anos ao orbitar Alcyone, e tardamos cerca de 2 mil anos para completar a travessia ficando então 11 mil fora dele, até chegarmos ao outro lado do anel.


CRONOTRIGOGRÁFICOSALGUMAS

INFOGRAFIAS SELECIONADAS QUE

EXPLICAM A MATÉRIA E TAMBÉM CORROBORAM O NOSSO CRONOTRIGONÔMETRO NO RELATÓRIO SOBRE O ECLIPSE TOTAL DO SOL EM AGOSTO DE 2017 DESTACAM-SE O MELHOR PONTO DE VISUALIZAÇÃO, O LOCAL DE ÂNGULO RETO COM A ESTRELA E A EXTENSÃO GEOGRÁFICA DO EVENTO IMAGEM: NASA


Nada disso é novidade. É, no máximo, desconhecido por muitos e efetivamente estranho para todos. Se partirmos apenas para a tentativa de compreender a definição do tal sistema estelar que é tão central para a nossa existência que toda a Via Láctea a orbita quase como se fôssemos um mero satélite, poderá não ser uma missão tão complicada, mas basta nos atermos ao que significa, por exemplo, “Cinturão de Fótons”, e a nossa história simplesmente eclode nas telas diante dos nossos olhos: afinal, a luz também obedece a uma rotação.

Regressemos um pouco aos fatos terrenos e vamos recordar ligeiramente os eclipses solares de 21 de Agosto de 2017 e 2 de Julho de 2019. Tudo o que dissemos ou foi dito por outrem de modo


NO OCORRIDO EM JULHO DE 2019, VÊ-SE AINDA MAIS NITIDAMENTE A TRANSVERSALIDADE DO ECLIPSE NO GLOBO MAPEADO EM 3D, SOBRE AS REGIÕES QUE, MAIS TARDE, SERIAM AFETADAS POR DESASTRES AMBIENTAIS IMAGEM: NASA


quase que unânime, não considerou Alcyone na equação. Mas, o problema fica ainda maior quando lembramos que, neste momento, estamos vivendo uma das raras eras em que o nosso sistema está entrando no Cinturão de Fótons, já desde 2012, e que ainda estamos longe do ápice desta cruzada – que dirá do seu fim –, tendo em conta que a previsão de saída desta fase é o ano 4012.

Então, de que vale tudo isso? Vale considerarmos que os últimos eclipses que tanto afetaram o nosso planeta tiveram uma grande participação do sistema Alcyone por estar mais perto do que nunca no âmbito do percurso da Humanidade. Assim sendo, tudo o que relatamos principalmente na edição 19 sofreu também as influências desse sistema estelar e o seu efeito não é ignorável…


NO ESQUEMA DE ALCYONE, COM AS GALÁXIAS E ESTRELAS QUE GIRAM AO SEU REDOR EM 2 CORTES CIRCUNSCRITOS ─ SENDO UM EM TORO MAPEADO EM 3D E O OUTRO EM CÍRCULOS BIDIMENSIONAIS ─, AO COMPARARMOS COM O SISTEMA SOLAR VEMOS TAMBÉM A COINCIDÊNCIA DO NÚMERO DE PLANETAS E A ESCALA DE 8 CORES ENTRE O RED E O BLUE SHIFT IMAGEM: ALIGNING WITH EARTH

ALCYONE ELECTRA MAIA MEROPE

ALCYONE

TAYGETA CELAENO STEROPE ATLAS PLEIONE

4

2

3

5 7

6 8

9

SISTEMA SOLAR

11.000 ANOS DE NOITE [x2]

2000 ANOS DE DIA [x2]


Segundo a jornalista, professora e autora do livro “A Grande Luz” [ editora Nórdica, 1a. edição de 1999 ], @CristinaGurjão, tanto a etapa de aproximação ao Cinturão de Fótons quanto o período de 2 mil anos dentro dele é uma época astronômica de influências tão radicais em comparação à “noite galática” [ quando não estamos em sua área ], que chegamos a saltar de dimensão mais que uma vez. Entretanto, em 21 de Março do ano passado – portanto entre um eclipse solar e o outro –, Cristina fez côro com uma série de publicações em seu blog onde afirmou que naquele fatídico dia Alcyone emanaria uma enorme quantidade de fótons que atingiriam o Sol poderosamente, num feixe de coloração violeta – ou seria o espectro violeta dos raios­X? –, e que causaria distúrbios de várias ordens.


GENERICAMENTE TIDA COMO UMA DAS ESTRELAS DE FORA DO SISTEMA SOLAR MAIS PRÓXIMAS DO SOL E A QUE FUTURAMENTE SERÁ A DO PÓLO NORTE, VEGA SURGE NO GRÁFICO COMO SENDO O CENTRO DE INÚMERAS GALÁXIAS. NAS OBSERVAÇÕES, ALCYONE E AS DEMAIS APARECEM COMO MERAS POEIRAS CÓSMICAS AO SEU REDOR IMAGEM: RESEARCH GATE NET


MAIS PRÓXIMOS DA RELAÇÃO ENTRE A LUZ E OS CAMPOS ELETROMAGNÉTICOS A partir daqui temos inúmeros dados para avaliar, mas vamos buscar o mais importante e menos refutável para que as nossas sugestões sejam melhor assimiladas: certamente, ao atingir o Sol, mesmo que estivéssemos numa posição completamente paralela em relação a ambos os astros, como que protegidos de Alcyone pela estrela da Via Láctea, o gigantesco feixe de fótons violeta também nos atingiu, nem que tenha sido após uma “filtragem” do Sol; segundo o conceito de Refração da Luz, a coloração dos fótons só ganha uma tonalidade próxima ou igual ao violeta depois de serem separados em cores ao atravessarem um prisma como a água [!]; como vimos na matéria “O Dia em Que a Terra


Multiplicou de Tamanho”, publicada no número 19, e, conforme os fatos pós­eclipses ocorridos na superfície terrestre [ mais especificamente as tempestades tropicais nas Américas e no Noroeste e Sudeste da África, a eclosão do vulcão #AnakKrakatau, o vazamento de petróleo na costa brasileira e o incêndio generalizado na #Austrália ], temos motivos de sobra para fazermos algumas analogias e indicarmos outros pontos­de­vista sobre o tema, ainda que estes possam não ser inéditos para os experts: Voltemos ao sistema Alcyone… A informação de que um astro que já é radiante é circundado por um anel de luz continua sendo extremamente difícil de entender apesar de ser fácil de desenhar até com traços bidimensionais. Mas, o que queremos enfatizar é que a luz obedece a uma rotação.


Como todo o nosso sistema está atravessando o Cinturão de Fótons neste momento, caso o que foi divulgado por veículos como o blog de Cristina Gurjão tenha fontes cientificamente fidedignas e não somente interpretações de ordens holísticas, astrológicas ou esotéricas que não seriam pertinentes para esta abordagem, assim como ocorre com um álbum de vinil arranhado, quando a Via Láctea representada aqui pela agulha da pick­up passou pelo “risco” de fótons violeta que girava pelo disco de luz e atingiu o “nosso” sol, ele não poderia refratar tal feixe em cor violeta como se fosse feito de água e não de vinil, o que contradiz o relato da professora e que deve ser constatável por uma leitura registrada em nossos instrumentos de observação. E, se tal fenômeno que tem de ser similar ao relatado na matéria da #sutil já citada por se


tratar de uma relação entre emissores e receptores de luz, a afirmação de que a cor é violeta não é apenas estranha: isto revela que provavelmente o que refratou o extraordinário feixe de fótons de Alcyone e o “transformou” em violeta não foi o Sol, e sim, a própria Terra. Tal elocubração bate com várias ideias já aplicadas, como os estudos sobre exoplanetas, que nos permitem supor que uma observação mais precisa do Universo é aquela que contempla a relação Espaço­Tempo à semelhança do que propomos no #cronotrigonômetro [ ver cartilha disponível em nossa estante na #Issuu ], e dá­se também como que por espelhos já que passado, presente e futuro não obedecem ali a uma linha meramente cronológica, em sentido horário e sempre progressivo como organizamos o tempo no


calendário. A principal deixa deste artigo é que, ao analisarmos tais informações sob as óticas explanadas, achamos que o que talvez fora vislumbrado em Março de 2019 como uma emanação colossal de energia vinda desde Alcyone seja a observação do que aconteceu dentro do nosso próprio núcleo antes, durante e depois dos últimos eclipses. Isto é: que, na verdade, Alcyone é o núcleo do nosso planeta visto daqui como uma projeção, talvez materializada pela condensação da massa sob as camadas superiores, a superfície e a órbita da Terra. Um indício ainda mais verossímil desta especulação é que, apesar de cada uma das galáxias que giram em torno de Alcyone possuírem as suas próprias rotas e diferentes distâncias do astro, todas iniciam e completam a travessia pelo Cinturão de Fótons ao mesmo tempo ­ citando “A Grande Luz”.


Entretanto, nas últimas pesquisas que fiz na Internet para consulta de informações sobre a autora – viúva do compositor #ViníciusdeMoraes –, soubemos que, oficialmente, Cristina Gurjão faleceu em 18 de Março de 2011, no Rio de Janeiro [ portanto, quando faltavam poucos dias para entrarmos no Cinturão de Fótons ]. Antes dessa busca também realizada no mês passado, havia contatado a escritora através de sua página no @Facebook para comunicar que o seu post e trecho extraído do livro seriam citados nesta edição, tratando­a normalmente por “Cristina” [ que é como ainda são assinados os posts do seu blog ], sendo prontamente respondido. Mais tarde, já tendo conhecimento do óbito ocorrido há quase 9 anos atrás, enviei apenas o link desta edição pela mesma caixa que trocamos as mensagens, como fora combinado.


: HÁ 1 ANO NO GOVERNO, PAULO GUEDES J Á FOI O PROTAGONISTA INÚMERAS VEZES, MAS TALVEZ NUNCA DE MANEIRA TÃO ELOQÜENTE E GLOBAL QUANTO NA 50a. EDIÇÃO DO FÓRUM DE DAVOS: NA BERLINDA EM DOIS PAINÉIS SEGUIDOS, EXPLICOU O BRASIL COMO POUCOS ATÉ HOJE CONSEGUEM ENTENDER. TALVEZ INTERESSOU MAIS AOS OUTROS O QUE O PAÍS PODE OFERECER DO QUE DISPUTAREM O FOCO, O QUE NÃO RETIRA O BRILHO DO MINISTRO DA ECONOMIA E A CRIATIVIDADE DE SEUS APONTAMENTOS. FOTO:

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