NESTA EDIÇÃO A @sutil PROPÕE UMA REFLEXÃO SOBRE A POLARIZAÇÃO NA ARTE ATRAVÉS DO OLHAR DE DOIS IRREQUIETOS AUTORES: O ARTISTA NORTE-AMERICANO BILL SIENKIEWICZ E O MÚSICO CAPIXABA ANDRÉ PRANDO
SUTIL É UM MAGAZINE DIGITAL MENSAL E SEM FORMATO PRÉ-DEFINIDO SOBRE AMOR, ARTE, CULTURA, TECNOLOGIA, MODA & ESTILO E TENDÊNCIAS EDITADO PELA PURI PRODUÇÕES NÚMERO 24
SUTIL IS A DIGITAL MAGAZINE RELEASED MONTHLY WITHOUT ANY PRE-FORMAT DEFINED ABOUT LOVE, ART, CULTURE, TECHNOLOGY, FASHION & STYLE, TRENDS PUBLISHED BY PURI PRODUCTIONS #24
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} editorial CIRANDA, CIRANDINHA / VAMOS TODOS CIRANDAR / A historinha de #MonteiroLobato borrou a maquilagem da pintora #AnittaMalfati por as nuvens que avistara no início dos anos 20 do século 20, não serem, afinal, revoadas sobre os cafezais. Aliás, eram. Mas os seus contos embalavam os imberbes e aquelas eram pinceladas demasiado sedutoras, transgressoras demais, e a crítica do autor saiu agressora. VAMOS DAR A MEIA-VOLTA / VOLTA-E-MEIA VAMOS DAR / Lobato levou para o túmulo o segredo: se reagiu contra o Modernismo para asfixiá-lo ou se conhecendo o meio assumiu o papel de opositor para proteger a dama do que disfarçava perante a sociedade com suas fantasias, nunca saberemos. O ANEL QUE TU ME DESTES / ERA VIDRO E SE QUEBROU / Essa virou a nossa história e o Mundo mudou. O nosso folclore em imaginação, de repente, virou carne, osso, pele, pêlos, dentes, e o Brasil ficou nu. O alívio é que nem neste, nem noutros planos que pareceram mais vistos do que propostos estamos sós. O AMOR QUE TU ME TINHAS / ERA POUCO E SE ACABOU […] A transposição antecipada nos deixou carentes da percepção se a cantiga citada neste editorial é própria ou não para menores de 18 anos como passaria a exigir a classificação em toda a produção cultural surgida décadas depois.
PINCÉIS
ANALÍTICOS REVISITAMOS UM DOS MAIS INFLUENTES CRIATIVOS DO MOMENTO E ACABAMOS POR REFERENCIAR UM PÓSMODERNISTA ATIVO, MULTIMÍDIA E URGENTE. SENHORAS E SENHORES, QUEIRAM POR GENTILEZA ─APRECIAR OU REVER ─, BILL SIENKIEWICZ
por m.i.k.a.
E
m 1993, Sienkiewicz causou um reboliço no Rio de Janeiro ao desembarcar para participar da #IIBienalInternacionaldeQuadrinhos. Trazia como crachá a autoria dos
desenhos de '#Elektra, Assassina', uma personagem obscura e secundária do casting da poderosa @MarvelComics que integrava os roteiros de outro protagonista de 2a. linha ─ ou até mesmo de 3a. ─, chamado '#ODemolidor' [ #Daredevil ], mas que, àquela época, já haviam conquistado o topo das prioridades da editora graças a recentes trabalhos bem-sucedidos como o de Bill. Sucesso, sublinho, com o real significado do termo: em duas graphic novels consecutivas assinadas com @FrankMiller, o desenhista foi responsabilizado diretamente pelas vendagens dos milhares de exemplares das novelas, distribuídos dentro e fora dos EUA, e transformou o Demolidor e a sua anti-heroína em ícones dos quadrinhos a partir dos anos 90.
Assim como os demais fenômenos contemporâneos das HQs #Batman e #XMen, ambos chegariam ao cinema, porém na tela grande não obtiveram o mesmo retorno e foram recuados para as produções impressas. Tarde demais. Quem achava que gibis eram revistas com bonequinhos e histórias para uma certa faixa etária passou a ter um problema de consumo de lançamentos literários face ao que considerava-se leitura indicada entre os bestsellers disponíveis nas bancas [ como '#Sandman', '#SecretWars' e '#Watchmen' ]. As obras de @BillSienkiewicz e seus colegas compunham um movimento estético que revolucionava não só o mercado editorial como toda a produção cultural, principalmente a audiovisual, tornando-se igualmente incontornável.
Há tempos os quadrinhos vinham galgando degraus na escala de preferências dos leitores, ainda que, sem demérito para os desenhistas, uma boa parcela deste interesse devia-se mais aos
roteiristas e à diversidade de histórias surgidas até ao início dos 90 do que às arte-finais tidas como demasiado infantis ou fantásticas pelos nãoapreciadores. Foi aí que Bill entrou e mudou tudo. Lançando mão de técnicas mistas com uso de tinta acrílica, óleo, nanquim, lápis, aquarela, esferográfica, cêra, colagens e colorização digital, ao invés de abafar precursores como @StanLee e @JackKirb, o artista requisitou para as HQs um status potencialmente ainda mais graduado que o das artes plásticas, posicionandoas entre as obras das galerias, a literatura e o cinema.
O resultado de seu esmero é espantoso. No início da última década do milênio passado, Sienkiewicz já possuía um portfolio imenso que abrangia revistas, sketch books, edições de luxo, cards, pôsters e publicidade, realizado para inúmeras empresas ou em parceria com vários nomes tanto reconhecidos quanto alternativos. Mas, se de lá para cá você deixou de acompanhar a sua trajetória individualmente, basta dizer que ele aumentou o ritmo. No momento, além de atuar
A CONSAGRADA ILUSTRAÇÃO DA 1a. CAPA DE 'ELEKTRA, ASSASSINA' E PRANCHAS DA MESMA GRAPHIC NOVEL E DA DE SEU ANTI-HERÓI DEMOLIDOR. ANTES, SEQUÊNCIA BRUTAL DA AUTORAL 'STRAY TOASTERS' IMAGENS: REPRODUÇÃO
VENOM NOS TRAÇOS DE BILL, UMA DAS VÁRIAS PERSONAGENS QUE LEVOU ATÉ AO CINEMA. AO LADO, MAIS INTERVENÇÕES CINEMATOGRÁFICAS IMAGENS: REPRODUÇÃO
como criativo cinematográfico, divulga suas histórias do #CavaleirodaLua e dos #NovosMutantes [que estreia nos cinemas no próximo mês], depois de tentar emplacar a independente e autoral '#StrayToasters'. Isto passando por quase todos os super-heróis popularmente conhecidos, quando ajudou a reconstruir as personagens com páginas carregadas de tons simultaneamente mais humanos, alucinantes e perturbadores, que vieram a figurar em filmes [ #Wolverine, Batman, #Hulk, #SuperHomem, #MulherMaravilha, #HomemAranha, #Venom, #Conan e #Os4Fantásticos ], e de desenhar títulos como #TheWalkingDead, #FightClub e #TwilightZone, e capas ou promocionais como o do #Halloween e do game #ResidentEvil.
A fama de Bill é a de que cada quadrinho seu é uma tela. Cada quadradinho de uma página de quadrinhos, digo. E não importa o quão famoso seja o escritor ou a personagem. Um dos seus segredos extrapola a questão técnica ou estilística, parangonada como sendo 'expressionista': os storyboards de Sienkiewicz transbordam emoções e sensações, de ordens físicas e sensoriais, o que lhe permite praticar o mergulho em cada novo objeto de estudo e interpretá-lo de maneira tão convincente e renovadora, mesmo quando não-fictícios, como é o caso do livro sobre @JimiHendrix. Em 2018, saiu o clássico '#AIlhadoDoutorMoreau' ilustrado por ele.
A distância entre o antes e o depois da safra de Bill nos quadrinhos é gritante. Fadados às caricaturas morais no final dos anos 80, os heróis tinham tiques previsíveis e repetitivos, como frases de efeito e bordões, sobre cenários mais para a antiga Disneylândia do que da realidade, com utilização abusiva de onomatopeias, uniformes espalhafatosos e poses maioritariamente esculturais. Eram contos de fada
APESAR DO RITMO FRENÉTICO, BILL AINDA SE ENVOLVE EM PROJETOS PRETENSAMENTE MENOS COMERCIAIS, COMO O 'PARISIAN WHITE'. AO LADO, UMA MOSTRA DE TRABALHOS-EXTRAS COM POP ICONS COMO O ENSAIO COM O SUPER-HOMEM E A HQ DE JIMI HENDRIX IMAGENS: DIVULGAÇÃO
modernos. Foram ficando tão distantes do cotidiano e das inquietações adultas que
o
público simplesmente relegava o gênero às crianças. Um dos motivos da reviravolta foi a recriação da personagem #Logan, 'aka' #Wolverine: se até o seu habitual charuto vinha sendo evitado para atender a uma crescente rigidez politicamente-correta da editora, sob os traços de Sienkiewicz o canadense de roupa amarela com detalhes azul-celeste forjado em laboratório para integrar o grupo X-Men ganhou um ar animalesco,
MESMO QUANDO RETORNA AOS QUADRINHOS MAIS TRADICIONAIS SEUS DESENHOS INOVAM, COMO NESTA CAPA DO CAVALEIRO DA LUA. AO LADO, O SEU STAND PERSONALIZADO IMAGENS: DIVULGAÇÃO
sombrio e extremo, mais próximo dos filmes de terror do que dos televisivos #Thundercats, garras cada vez mais bizarras e, principalmente, uma personalidade atormentada e às vezes desesperada devido à batalha travada em seu íntimo entre a sua faceta selvagem e o seu lado racional.
E sangue. Muito sangue. Não unicamente, mas basicamente é esta a distinção mais polar entre as expressões artísticas. Os relatos mais sangrentos, viscerais, latentes ou como mais queiramos referir são epistemologicamente opostos aos mais lúdicos, líricos, abstratos e idealistas. A mescla dos elementos destes dois extremos é que gera a pluralidade na Arte. Há quem se dedique mais a um lado que ao outro e descambe para o radicalismo estético, que é o que vimos acontecer nas HQs citadas quando sofreram uma travessia fugaz por tais fronteiras. Uma consequência de um desequilíbrio que só foi detectado tão tardiamente porque os pós-guerras mundiais já andavam mais longes no calendário e voltava a ser possível o olhar sobre o indivíduo.
POESIA QUE PRESTA
AO 3o ÁLBUM E COM UMA AGENDA DE SHOWS AGITADA ESTE MÊS, CONVIDAMOS ANDRÉ PRANDO PARA REPRESENTAR A MPB E ELE TOPOU
FOTO: TERÊ DANTAS
} entrevista
“EU PASSARIA UM ANO EM CLARO MAIS UMA VEZ SÓ PRA ESQUECER AQUELA OUTRA NOITE DE INFERNO EM QUE EU COMPUS PRA VOCÊ (..)
(…) UMA CANÇÃO ESTRANHA E SUTIL QUE NINGUÉM ENTENDEU. NEM VOCÊ, NEM EU (…)” TRECHO EXTRAÍDO DA LETRA DE 'BEM OU MAL', UM DOS TEMAS DO 1O. EP 'VÃO'
por m.i.k.a.
U
ma das experiências que se adquire nos estúdios vem do troca-troca de músicas. Apresentar e ser apresentado a um
artista ou a algum trabalho até então desconhecido, como nos tempos da adolescência, faz parte do cotidiano de quem pensa mais em som do que em atividades que os outros dizem ser mais importantes. Dentre tantos que entraram para a minha lista de favoritos está @AndréPrando. Em 2014, quando sacou o seu primeiro registro batizado 'Vão', este cantautor capixaba atraiu para a faixa 'Bem ou Mal' o suficiente da nossa atenção para guardá-la como um dos singles do ano. Porque não era novidade sendo original. Dá para apontar referências nacionais com uma precisão que só a sua personalidade na composição e interpretação faz desviar: primórdios da @Blitz, @KikoZambianchi, @RaulSeixas, @CaetanoVeloso, algo de @LosHermanos… isto sem especular que há
grunge fora de Seattle. Sim, há mais que isso no EP, como a rascante 'O Verme Ama', mas o que eleva Prando para a possibilidade de sobrevida da MPB tem um componente resiliente que foi comprovado nos álbuns consecutivos ─ o 'Estranho Sutil' [2015], e 'Voador' [2018]: a sua poesia. Aliás, antes do lirismo, uma ressalva: as canções como um todo valem as viagens. Cruas mas não ásperas; entorpecidas sem estupidez. Prando leva na voz, violão e guitarras, com uma bateria minimal caprichosa e um baixo de marcação ao fundo, arranjados como na velha escola dos @ManuChao da vida apesar do blues. Mas, cá entre nós, há muita gente fazendo isso bem feito hoje em dia. O que faz deste um artista diferenciado é que esse ambiente legal está não só embalando ótimas letras como traduzindo-as, o que as fada a um casamento constante e entre si a cada track.
FOTO: BESMFIRME
} álbuns
VÃO – EP [2014] INDEPENDENTE
ESTRANHO SUTIL [2015] INDEPENDENTE
VOADOR [2018] SONY/ABRAXAS
1. 2. 3. 4.
Aqui o músico afirmou-se com temas como 'Linha Torta' e 'Última Esperança'
12 faixas cheias de convidados que apresentam um artista maduro
A Ponte O Verme Ama Sol do Meu Violão Bem ou Mal
Curiosamente, muito do que se fala por aí que anda faltando à música brasileira está nestes três títulos. Aquela verve marginal, descarada e de bom gosto, com versos elaborados que agradam aos acadêmicos mas que todo mundo entende, olhares menos ôba-ôba e imaturos sem tenderem ao baixo-astral deprê, expressões de citar em mesas de bar com amigos… André explica melhor a cada tema e lá pelo meio da audição começa-se a perceber o seu universo. Não é um cara de fragmentos. Em 'Estranho Sutil' conseguiu o seu cartão-de-visitas e depois se permitiu enveredar mais pelas influências do @ClubedaEsquina, @MiltonNascimento, e 14Bis, enfim, daquela galera, e convidou vários músicos tarimbados do cenário underground para participações especiais, resultando no 'Voador', mas a história continuou. A @sutil aproveitou a vinda do músico ao Rio para entrevistá-lo e sugerir também que seja ouvido disco a disco. Se o leitor não curtir, tudo bem. Há outros brasis por aí.
} sutil Fonograficamente falando, você anda na estrada desde 2014. Este foi mesmo o início da sua carreira de músico? } André Prando Não exatamente. 2014 foi o ano que lancei meu primeiro EP, o 'Vão'. Mas minha primeira banda estava na ativa em 2007, era a @HiSky, uma banda de J-Rock em que eu tocava guitarra e backin vocals. Antes disso, desde o início da adolescência eu já compunha compulsivamente, me entendendo, exercitando. De 2009 à 2013 eu tive outra banda, a @MendigosCientistas, e nesse período eu tive bastante contato com palcos e foi fundamental para que, em 2011, eu começasse meu trabalho solo como 'André Prando', participando de festivais, fazendo shows solo e começando a publicar minhas composições na Internet [@Soundcloud e @Youtube, na época]. } sutil 'Vão' é um EP que contém 4 canções. O quanto o resultado final deste trabalho foi o teu combustível para prosseguir sua trajetória? } André Prando Quando eu lancei o 'Vão' (2014),
eu já tinha boa parte do repertório do 'Estranho Sutil' (2015) em mente e tocado nos shows, então eu lancei já imaginando a continuidade, inclusive narrativa. Foi uma fase de experimentação, estava começando a descobrir minha sonoridade e, na verdade, a possibilidade de várias sonoridades num mesmo trabalho. Perceber a aceitação e a pertinência do 'Vão' na época, com certeza, foi o combustível para continuar o trabalho. } sutil Atualmente, muitos artistas conseguem compor, gravar os seus álbuns, criar uma identidade visual e produzir propostas como os videoclipes, por exemplo, mas isto enfatiza ainda mais quando surge alguém de qualidade dentre tantos outros. Mesmo não sendo propriamente famoso, você é bastante consistente em suas incursões. Como você se auto-analisa num panorama musical tão curto historicamente mas tão plural quanto o do Brasil? } André Prando Me percebo pertinente e em
ascensão, isso não quer dizer pequeno ou grande, mas trilhando meu caminho, avante e respeitado por quem se permite conhecer minha obra. Tô sempre me esforçando pra ter meu espaço e oferecendo o melhor que posso, dentro de minhas condições limitadas. E sou muito grato pela resposta do público que se identifica tão intensamente com minha música. É emocionante saber e ver que a arte transforma. } sutil A nós parece que 'Estranho Sutil' é mais mar, e 'Voador', o seu último registro de inéditas, mais de águas doces. Concorda? Houve alguma intenção semelhante neste sentido nesse álbum mais recente? } André Prando Acho que, de certa forma, 'doce' é algo bastante evidente no universo do 'Voador' ─ se é que você me entende. Considero 'Estranho Sutil' um disco mais pop sonoramente e introspectivo em mensagem; já este considero mais plural, frito e experimental sonoramente, com temas que refletem o nosso tempo, nosso passado, nossas utopias, o caos que vivemos
hoje e o sonho de entender tudo isso um pouco melhor, com um olhar mais sóbrio, voador. } sutil Evitando o lugar comum, você emerge de um Estado do país pouco conhecido culturalmente por quem não é natural ou não o frequenta. Isto não o posiciona também como um representante da música capixaba? } André Prando Muitos dizem que sim e isso me emociona, mas não saio por aí afirmando isso. O fato é que muita gente acaba conhecendo outras facetas do Espírito Santo através de mim, isso porque eu consigo ter espaço em diferentes cantos do país, então rola um efeito prismático. Acho louco, por exemplo, quando dizem que conheceram @SérgioSampaio através de mim, ou que chegaram em mim através de Sérgio Sampaio. É uma honra. Nas andanças por aí, as pessoas me perguntam muito sobre como é o Espírito Santo, perguntam sobre outros artistas, e eu sempre falo cheio de orgulho das jóias, tipo Sérgio Sampaio, @Silva, @Transe, @JulianoGauche, @Fepaschoal, @Budah, @Casaca,
@GabrielaBrown, @MyMagicalGlowingLens, @Manimal… tantos… ES é mó luz e adoro que sejamos justamente o lugar não-comum da coisa toda. } sutil É antenado com o que se produz no momento na música nacional? 'Voador' contou com inúmeras participações especiais… } André Prando Demais! Nossa música brasileira tá muito, muito rica e plural! Justamente o oposto do que os caretas gostam de afirmar. E eu fico ligadão! Me considero stalker da cena… hahaha! Digo, tô sempre ligadão nos lançamentos e na carreira de geral. 'Voador', de fato, reflete um pouco disso nas tantas participações especiais. Foi uma galera que fui conhecendo e me conectando na estrada, na Internet, nos festivais. Tem participações de diferentes lugares do país, como @Tostoi [que além de ter assinado a produção musical junto com o @HenriquePaoli tocou bastante no disco], @GabrielVentura [@Ventre, @Posada], @DudaBrack, @LucasEstrela, @LuizGabrielLopes, @MárioWamser, @Puppi…
} sutil Por aqui, andamos considerando os rumos da arte popular brasileira, tendo como horizonte o centenário da #SemanadeArteModerna, a assinalarmos em 2022. O que você tem a dizer sobre essa nossa transição entre a órbita dos adeptos do escritor e crítico #MonteiroLobato e a dos modernistas, que caracteriza não apenas a nossa cultura como influenciou quase todo o Mundo? } André Prando Eu espero que o que vier a ser os eventos que componham a comemoração do centenário mostre os reflexos desse movimento nos dias de hoje. Quem compõe o cenário vanguardista de hoje? Ou, quais são as pautas? Atualmente, o que seria transgressão? Se o atual presidente ainda estiver no cargo em 2022, a própria concretização da homenagem já será uma transgressão, considerando as tantas formas de opressão que #Bolsonaro representa. Penso por esse viés preocupante, mas ao mesmo tempo confiante no que seria a resposta, pois a arte contemporânea é de representatividade, é de quebra de paradigmas.
} sutil Como anda a agenda de shows? Soube que você tem um data marcada para tocar no Rio em meados deste mês de Março… } André Prando Decidi me jogar mais em 2020! Circular com espetáculo completo, figurino, cenário, banda, equipe técnica, do jeito que a gente gosta e propõe. Não é fácil e nem um pouco barato! Geralmente se torna viável quando pinta um evento via prefeitura ou Estado ─ um @Sesc, um edital, um festival que paga legal e viabiliza, etc. Então, mesmo não pintando tantas oportunidades pra circular o espetáculo completo, tenho fechado bastante show acústico! Um formato que meu público gosta muito – até pelo fato da raiz do meu trabalho ser bastante canção mesmo, poesia, etc. Então tenho viajado muito sozinho, eu, meu violão, minha malinha de merchan e é isso. Fui contemplado por um edital do @Sesi SP que me garantiu uma série de shows no da Av. Paulista, então tenho ido bastante pra SP. Tenho aproveitado essa ponte pra circular por outras cidades também. Até junho tem bastante show pra rolar e firmou até um
show em Palmas, Tocantins! Fiquei muito feliz e tô ansioso pra conhecer lá. É muito foda ver que o meu público cresce de forma orgânica e o show se mostra pertinente. FOTO: VIKKI
} agenda
20/03 @_shotsbar [Vitória/ES]
12/03 @centroculturalfiesp
26/03 @salumeria.central
[São Paulo/SP]
[Belo Horizonte/MG]
13/03 @audiorebel
27/03 @centroculturalfiesp
[Rio de Janeiro/RJ]
[São Paulo/SP]
14/03 @_shotsbar
28/03 @afauhaus
[Vitória/ES]
[São Paulo/SP]
: ESTE ANO NÃO HOUVE 4 a . FEIRA DE CINZAS NO BRASIL: UM FILME DE CONTE ÚDO CONFUSO E AINDA SEM AUTORIA PARTILHADO NUM GRUPO DO WHATSAPP DO PRESIDENTE BOLSONARO GEROU UMA SITUA ÇÃO QUE AINDA ESTAMOS VIVENCIANDO. NO MATERIAL, UMA CONVOCA ÇÃO DIFUSA PARA O PRÓXIMO DIA 15 DE MAR ÇO CHEGOU À REDE GRAÇAS À JORNALISTA VERA MAGALH ÃES APÓS ESTA RECEBÊLO COMO DENÚNCIA DE UM EMPRES ÁRIO, ESTE SIM, MEMBRO DO GRUPO. VERA FOI ATACADA E DESMENTIDA PUBLICAMENTE POR BOLSONARO, QUE NEGA A INTEN ÇÃO NOTICIADA E LAMENTA QUE O CONGRESSO PRECISE SER PRESSIONADO PARA VOTAR, PORÉM A DATA FORA CONFIRMADA NA SEMANA SEGUINTE FOTO: RODA VIDA / DIVULGAÇÃO
sutil: sabe que é, porque é
sutil: sabe que é, porque é