#43
MAGAZINE DE AMOR, ARTE, CULTURA, TECNOLOGIA, MODA & ESTILO E TENDÊNCIAS. MARÇO 2022
SUTIL É UM MAGAZINE DIGITAL MENSAL E SEM FORMATO PRÉ-DEFINIDO SOBRE AMOR, ARTE, CULTURA, TECH, MODA & ESTILO E TENDÊNCIAS EDITADO PELA PURI PRODUÇÕES NÚMERO 43
SUTIL IS A DIGITAL MAGAZINE RELEASED MONTHLY WITHOUT ANY PRE-FORMAT DEFINED ABOUT LOVE, ART, CULTURE, TECHNOLOGY, FASHION & STYLE AND TRENDS PUBLISHED BY PURI PRODUCTIONS #43
TO D O S O S D I R E I TO S R E S E R VA D O S À P U R I P R O D 2 0 2 2
TEXTOS, EDIÇÃO E DESIGN
M.I.K.A.
ABERTURA DA EDIÇÃO
T Í T U L O D O M U N D I A L 2 0 2 2 D O C H E L S E A F.C . [ https://chelseafcbrasil.com ]
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}editorial
SHOW OFF Áudios vazados sempre foram um problema… Se o que se diz presencialmente já é tão passível de dúvidas e contestações, que dirá um trecho de conversa descontraída ao telefone [ a última polêmica que assisti foi num debate onde ambos os intervenientes acusavam-se mutuamente de não terem lido o livro objeto da discussão… ]. Na maior parte das vezes, o que é o agravante dessa situação nem é tanto o que é dito, e sim quem está falando e o quanto o assunto contradiz a sua imagem pública. Em décadas, além da pandemia, não lembro de um acontecimento que tenha catalisado tanto as atenções em todo o Mundo quanto a guerra na #Ucrânia. E, em meio a todo o foco midiático na destruição provocada pelos ataques russos e no êxodo dos ucranianos para todos os países fronteiriços, alguns deslocaram-se para lá por motivos profissionais, seja de foro diplomático, humanitário, jornalístico, ou… Fala tu… Foi o caso de um deputado estadual por #SãoPaulo, o youtuber @MamãeFalei. Desde o front, o parlamentar cometeu áudios reencaminhados pelo @MBL que o fizeram perder a popularidade, a namorada, a filiação partidária e, provavelmente, o mandato. Tudo porque ele não deve ser o @DiogoDefante.
UM ENSAIO SOBRE A ATRAÇÃO DO FIM POR M.I.K.A.
Peste e genocídio. Pandemia e guerra. Morte. E que Deus nos livre também de escolher entre neo nazistas e comunistas patológicos. Não são citações do Livro de Apocalipse de S. João. Ou são, ainda que não literais, pois aquelas mitologias e o horror fantástico estão à parte, no imaginário, nas percepções de alguns poucos além das telas. Os acontecimentos chegam até às populações através de personagens de aparência aceitável, adequadas politicamente ou em suas culturas e origens.
Mas é peste e guerra, sequenciadas e quase sobrepostas no decurso do calendário. Como se uma ofensiva final estivesse em execução com uma rotina sucedendo a outra quando a destruição causada pela anterior não provoca incapacidade de superação. Morreram quase 6 milhões por covid-19 durante esses 2 anos em situação
internacional de calamidade pública, não é o número de pessoas que contraíram a “gripe”; e meio bilhão foi infectado até ao momento. Com o avanço das campanhas de imunização, o vírus que terá se manifestado primeiramente em morcegos “comestíveis” na China, recuou e reencontrou hospedagem noutro mamífero mais próximo do homo sapiens, os símios, que não são protegidos pelas vacinas.
“Morcegos de Chernobyl!” ─ elucubrei quando a guerra na Ucrânia eclodiu e lançou novamente as nossas atenções para o lugar que já foi o mais radioativo do planeta devido ao acidente em sua usina nuclear ocorrido em 1986. “Mutantes que, enfim, acabaram indo parar em pratos dos chineses em Wuhan…”. Porém, a guerra não permite aprofundar devidamente certos assuntos
porque outros vão requerendo urgência. O país do leste europeu que entre a independência em 1991 e o ultimato da Rússia em Fevereiro passado vivia sob impressões divididas entre a esperança e exemplo de uma nova nação surgida da cura pósguerras graças ao desejo de liberdade e da sua integralização, e a de um povo condenado ao ódio mútuo explicitado por grupos radicais em violentos confrontos nas ruas por alegadas diferenças político-ideológicas
está
sendo
devastado
por
mísseis e bombas. 13 mil ucranianos haviam sido assassinados entre civis e elementos das tropas policiais e militar, alguns de forma extremamente macabras
como
os
sindicalistas
em
Odessa,
queimados vivos dentro da sede incendiada por coquetéis molotov, ou, espancados pelos agressores nazi fascistas quando escapavam do prédio em chamas. Quantos mais agora, ainda não sabemos,
apenas que cerca de 2 milhões abandonaram o território nacional, e que uma parte considerável rumou à própria Rússia e ao aliado Bielorrússia.
O cenário agregado ao herdado pela pandemia eclode como cenas de um longa-metragem de Steven Spielberg, o “War of the Worlds”, de 2005. À época da produção já havíamos ultrapassado a barreira da profecia popular que rezava que de 2000 não passaríamos, ou seja, a sua equivalência com o presente apontava para mais adiante. Do dia para a noite, o filme tornou-se real. E com duas atualizações: os robôs hecatômbeons representam tanto a doença quanto toda essa devastação simultaneamente impetrada pelo próprio homem.
Virus. Vários. Barrios. Como um eco invocativo ou de despertamento mas de múltiplos significados.
[ Imagens da prefeitura da cidade de Kharkiv, na Ucrânia, sendo destruída por um míssil, segundo o oficialmente identificado ]. Pausa. Volta ao início. Nada... não dá para ver sequer sombra do míssil antes de o prédio explodir diante das câmeras. Novamente; mais uma vez… Nem as copas das árvores plantadas no passeio ao lado do local onde o projétil atingiu o chão se mexem. Não se percebe nada assim, ou quase nada, já que após visionar o ataque através de vários canais, um sinal muito fugaz desde uma das janelas da prefeitura frações de segundos antes do embate deixa a impressão de que fora provocado pela trajetória do míssil. A ser um indício válido, ao medir o ângulo entre o ponto zero à calçada da esquina do edifício e a tal janela, o míssil caiu num ângulo de aproximadamente 65º em relação ao solo. Isto é, um trajeto final bastante vertical.
A proliferação de informações numa guerra vai denunciando a produção de contrainformação pelas contradições com que vamos esbarrando. Mas há as que funcionam como pistas na construção ou até mesmo na recuperação de uma narrativa mais verossímil que ficou dispersa pelos breaking news, e Kharkiv é um desses casos...
Quando Donald Trump perdeu a reeleição em 2020 para o ex-vice de Barack Obama Joe Biden e uma horda numerosa ainda que ínfima a nível nacional autodenominada white supremacists marchou para invadir o Capitólio, uma parte da opinião pública indignou-se que forças policiais do congresso reagiram desde o interior, ao ponto de alvejar os intrusos mais adiantados do grupo. A intenção era tomarem o Capitólio em protesto contra a eleição do democrata. Hoje, este incidente contextualizado
pelos deflagrados em Kiev pelo Euromaiden, desde 2014, certamente ganha outras ponderações:
Pouco depois de a sede municipal de Kharkiv ser atingida e destruída, duas outras notícias saltaram na escala de relevância mesmo que ainda não interligadas na leitura midiatizada do dia-a-dia da guerra: um outro prefeito ucraniano, porém de um distrito pró-Rússia, em Ludansk, foi encontrado morto horas antes do ataque; mais às vésperas, o presidente da Lituânia pronunciou-se sobre a crise em favor da luta de Volodymyr Zelenski, mas cometeu a confissão que é a motivação russa na decisão unilateral de invasão e, em oposição, a discordância dos contrários à ofensiva de Wladimir Putin por alegadamente não haver base factual, apenas especulação: “temos que expulsar os russos do território da Ucrânia (…)”.
Será que após uma adesão da Ucrânia à União Europeia os ‘russos’ sofreriam uma perseguição ainda mais agressiva do que a que vimos nas manifestações de 8 anos atrás para deixarem o país? Então, se a tensão era essa, por quê o Kremlin só agiu quase uma década depois? São demasiadas as perguntas com respostas bastante prováveis, mesmo que não sejam unânimes. O Euromaiden foi um movimento mais dissociativo que o supremacista norte-americano, o que não significa que representa o sentimento da maioria. Talvez também tenha sido necessário conhecerem quais eram os planos do governo golpista, qual seria o discurso, o macro projeto político, as medidas que um Executivo ucraniano francamente voltado para a UE adotaria após o percurso conturbado para assumirem o poder. Contudo, sobre a guerra, ambos concordam que falta razão.
E razão faltará. Porque qualquer explicação proposta como justificativa para essa guerra durante
uma
pandemia
será
rechaçada
juntamente com toda a loucura que estamos vivendo, mais tragicamente presencial, mas nunca inofensiva por assistir pelas transmissões de TV e pela Internet. A História se encarregará disto por mais reescritos que forem os argumentos. O que constatamos então é que há motivos que superam, suplantam, e muitas vezes até antecedem decisões tão nocivas e abrangentes para a Humanidade que estão além de razões passíveis de acordo.
“War of the Worlds” aborda essa questão das influências oriundas de um plano metafísico nas ondas sensoriais, consciente ou inconscientemente, mas de alcance coletivo. O entretenimento e o gênero sci-fi não obrigam à tal interpretação.
Não há tripulação nem pilotos conduzindo os robôs que aniquilam tudo e se abastecem com o sangue das vítimas. E, se há objetivos na trama, os planos são restritos aos moradores das localidades onde a maquinaria se ergue desde o subsolo, por mais primitivos que pareçam: fugir dos ataques e sobreviver. Porque não existe um subtexto de ambição por domínio, subjugamento, submissão de quem quer que seja almejando obrigar a uma subserviência.
Entretanto, desde o roteiro original escrito pelo inglês H. G. Wells em 1898, a novela é bem mais elaborada. Remontando os eventos astronômicos que experimentamos a partir de 2017 com o protagonismo dos eclipses solares totais obtemos a chave que transforma esta obra literária e remake cinematográfico numa peça tradutora do ambiente
apocalíptico que é aqui noticiado: o design dos famigerados robôs remetem de forma mecânica às desconexões e reconexões da luz solar e do planeta Terra antes, durante e após os eclipses… Um outro filme ajuda nessa analogia: em “Passengers”, a nave usada como cenário obedece à aerodinâmica do percurso da luz durante a sua viagem pelo Universo. Em relação aos robôs de “War of the Worlds” as maquetes foram inspiradas nos mesmos conceitos, mas no curto período em que ocorre o “desligamento” entre o Sol e a Terra devido à passagem da Lua entre os astros.
O fenômeno reportado na película está mesmo bastante amparado cientificamente. Dependendo da magnitude do eclipse solar total, ademais das transformações e adaptações ambiental, climática, da fauna e da flora, há distúrbios em outras esferas
que não são reparadas com igual instantaneidade como as perceptíveis pelos 5 sentidos. Os robôs têm faróis que emitem luzes intensas à semelhança dos exoplanetas observados principalmente a partir de 2008; seus membros locomotores lembram mais cabos de alta tensão partidos do que pernas de humanos ou de animais… para além dos ruídos de metal ao se movimentarem, o som que desprendem é parecido com o das turbinas das aeronaves… É como se durante aqueles escassos segundos de ponto máximo do eclipse solar sobre a superfície do planeta, forças fora do alcance da nossa capacidade de assimilação se erguem em busca da luz perdida. Bastardos relâmpago tão mortalmente sós naquele intervalo que, para nós, é preciso tempo para que o ocorrido naquele plano aconteça no nosso em um padrão capaz de ser comunicável, partilhável… compreensível.
: M UITA GENTE IR Á CONCO RDA R QUE FEVEREIRO FOI UM MÊS DE ALTOS E BAIXOS, E, GUARDADAS A S P RO POR ÇÕES , PAR A O ATAC A N TE GABRIEL BARBOSA, 25, NÃO FOI DIFERENTE: TEVE GOL MAL-ANULADO NO FLA-FLU PELO CARIOCA E PERDEU O 1 º T UR N O PA RA O M ES MO C LU B E RIVAL, MAS RECUPEROU A ARTILHARIA E S AI U PA R A CO MEMO RA R A 1 ª ED I Ç ÃO DO REP FESTIVAL NA CIDADE DO ROCK SUBINDO AO PALCO INÚMERAS VEZES. FOTO:REPRODUÇÃO YOUTUBE
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