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su número oito
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MAGAZINE DIGITAL DE AMOR.ARTE.CULTURA. TECNOLOGIA.MODA. TENDÊNCIAS.ETC.
não faça o que eu fiz. / a história da produtora pose & effect é um filme / uma auto-biografia sobre os bastidores e as curiosidades da etiqueta dedicada à divulgação e intercâmbio da música moderna dos países lusófonos / capítulo 9
PURI PRODUÇÕES
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É UM MAGAZINE DIGITAL NÃO-PERIÓDICO, SEM FORMATO OU SUPORTE DEFINIDOS, DEDICADO À ARTE, CULTURA, TECNOLO
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OGIA, MODA E TENDÊNCIAS, EDITADO E PUBLICADO PELA PURI PRODUÇÕES. NÚMERO OITO. JUNHO DE 2013. VERSÃO EM PORTUGUÊS.
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ão deu outra: a escadaria do hotel não ajudou
quanto às malas de discos do Bob. Artilharia pesada em quilogramas, mas era só Reggae. Camisas não gostou muito do exercício, mas o impacto da entrada no The Forum para a passagem de som despressurizou o clima. Um baita clube de rock onde cabiam umas 2000 pessoas voltadas para um palco enorme surpreendeu-nos a todos, ainda mais sabendo de véspera que metade da casa estaria ocupada. Um skate rolando, montagem dos equipamentos em andamento, fomos averiguar espaços internos como o camarim, a bilheteria e a portaria. Beleza. Mas, cadê o David na mesa de som? “Tá vindo de carro de Paris com uns amigos mas já deve estar chegando”. Beleza. “Nnnnnhhhhhhhéééeéééééeéééééé!!!” - ouviu-se desde a rua lateral adentrando o recinto. O que era aquilo?! Era o David. Minto. Era uma serra elétrica ligada em contacto com um grampo de rodas de metal, verifiquei. Hã?! Sim, o David tinha chegado, parado o carro na calçada em frente à porta lateral do clube e, enquanto retirava algumas bagagens da mala, a polícia multou o veículo e grampeou uma das rodas. Quando viu o empecilho catou a ferramenta que estava disponível numa sala dentro do clube 6
e se atracou com ela no grampo. “E aí David, beleza?” indaguei evitando as faíscas já que seus amigos faziam a função de vigiar se a patrula estava retornando. Outro carro estacionou. Um carango esquisito com rabo de peixe, mas que recuperado daria um grau. Era o Luiz do feijão. Seu sorriso de meia cara estava sorriso de cara e meia. Abriu a mala do rabo de peixe e sacou um tijolo. “Haxixe!”, explicou. Olhei para o David com a serra elétrica e uma expressão de Speed Racer em reta final de corrida, para os seus amigos em pé com as mãos nos bolsos das calças a assistir a operação, para o Luiz e seu paralelepípedo de haxixe com a mala do rabo de peixe ainda aberta e a seguir para a rua e pensei que o show iria acabar ali. Bastava o policial completar a ronda que fazia no local. Não lembro como mas pus todo mundo para circular. David, o Marroquino, para a mesa de som; o Luiz arrancou com seu carango para outras funções; e os amigos com as mãos nos bolsos prosseguiram com as mãos nos bolsos presenciando o check-sound. Beleza. Lembrei do asterisco do Seu Miguel. O show já tinha começado. 7
[ continuação no capítulo 10 ]
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