AO CUBO: Aprender Vivenciando Experiências no/com o Espaço - Victória Arruda

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VICTÓRIA CAVALCANTI DE ARRUDA

APRENDER VIVENCIANDO EXPERIÊNCIAS NO/COM O ESPAÇO Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Centro Universitário Senac como exigência parcial para a obtenção do título de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo. Orientador: Prof. Dra. Myrna Nascimento

SÃO PAULO 2019




AGRADECIMENTO AGRADECIMENTO AGRADECIMENTO


Agradeço à Myrna Nascimento, pela orientação, paciência e atenção. à minha mãe, pelo apoio, estímulo e conselhos. ao meu pai, meu grande incentivador, por ter sonhado comigo e proporcionado essa realização. à Vyctória, Letícia, Iandra , Gustavo, Douglas e Antonio, pela amizade, companheirismo e ajuda. à todos os professores, pelos ensinamentos. à todos que contribuíram na execução desse trabalho de forma direta ou indiretamente.

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RESUMO RESUMO RESUMO


A escolha do tema deste Trabalho de Conclusão de Curso deu-se pelo interesse em mostrar a importância de um espaço que estimule o aprendizado na fase inicial da vida através das experiências arquitetônicas. Utilizou-se como instrumento metodológico a consulta, análise e interpretação da Base Nacional Comum Curricular, com a finalidade de conhecer o contexto da intervenção proposta e o usuário, além de uma revisão bibliográfica especializada e levantamentos de dados e análises dos estudos de caso. Com o objetivo de promover experiências por estímulos sensoriais no espaço, desenvolveu-se uma estrutura lúdica destinada ao uso por crianças na faixa etária de 1 a 3 anos. Palavras-chaves: Brincar, desenvolvimento infantil, estrutura lúdica, arquitetura.

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ABSTRACT ABSTRACT ABSTRACT


The choice of the theme of this Project was due to the interest in showing the importance of a space that stimulates learning in the early phase of life through architectural experiences. The methodological instrument used was the consultation, analysis and interpretation of the Common National Curriculum Base, in order to recognize the context of the proposed intervention and the user, as well as a specialized literature review, data collection and case studies. In order to promote experiences by sensory incentive space, a playful structure has been developed for children aged 1 to 3 years old. Key word: Play, child development, play structure, architecture.

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SUMÁRIO SUMÁRIO SUMÁRIO


1. 1.1 1.2 2. 3. 3.1 3.2 3.3 3.4 4. 5.

Agradecimento ................................................................................................... 06 Resumo ............................................................................................................... 08 Abstract .............................................................................................................. 10 Sumário .............................................................................................................. 12 Introdução .......................................................................................................... 14 Direitos de Aprendizagem e Campos de Experiência ........................................ 21 Principais Precursores da Educação Pré-escolar ................................................ 41 Os Revolucionários ............................................................................................ 47 Estudo de Documento Oficial ............................................................................ 53 Proposição .......................................................................................................... 119 Estrutura – 1 ....................................................................................................... 138 Estrutura – 2 ....................................................................................................... 146 Variações Compositivas ..................................................................................... 154 Atividades Painéis .............................................................................................. 156 Ensaio Fotográfico ............................................................................................. 160 Produção Audiovisual ........................................................................................ 171 Lista de Imagens ................................................................................................ 174 Referências Bibliográficas ................................................................................. 177

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INTRODUÇÃO INTRODUÇÃO INTRODUÇÃO


A escolha do tema deste Trabalho de Conclusão de Curso deu-se pelo interesse em mostrar a importância de um espaço que estimule o aprendizado na fase inicial da vida através de experiências arquitetônicas. Levando em consideração formulações baseadas no método da pedagogia Waldorf, desenvolvida por Rudolf Lanz (1979) – inspirada pela teoria da Antroposofia de Rudolf Steiner – o primeiro setênio se mostra muito importante para o desenvolvimento da criança, pois nessa fase ela utiliza toda a sua energia e atividade corporal direcionada a percepção do mundo e seus diversos materiais. Segundo os princípios da pedagogia Waldorf, na primeira infância o desenvolvimento cognitivo está principalmente centralizado na organização corpórea, influenciado pelos estímulos do ambiente em que vive. Por isso há necessidade de dar maior atenção aos órgãos sensoriais por serem os que auxiliam as crianças a se adaptarem ao uso da corporalidade no/com o mundo.

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Propõem-se através da revisão bibliográfica especializada e de levantamentos e análises de estudos de caso, que tenham como prioridade promover experiências por estímulos sensoriais no espaço, desenvolver uma estrutura lúdica destinada ao uso por crianças na faixa etária de 1 a 3 anos. Como estratégia metodológica iniciou-se a pesquisa com a consulta, análise e interpretação da Base Nacional Comum Curricular, com a finalidade de reconhecer o contexto da intervenção proposta e o usuário. Assim, este Trabalho é elaborado a partir da intenção de considerar a importância da experiência arquitetônica (corpo X espaço X motricidade X interação) para a formação do indivíduo (percepção pessoal e subjetiva), e da sociedade, através de vivências (interação com "o outro" e convívio coletivo). Consiste, portanto, no desenvolvimento de uma estrutura lúdica capaz de estimular o aprendizado das crianças na fase inicial de suas vidas. Por meio da análise das relações discutidas pela Base Nacional Comum Curricular entre os seis Direitos de Aprendizagens com os cincos Campos de Experiências, produziram-se diagramas que mostrassem de forma inteligível suas conexões, que constituem o Capítulo de Direitos de Aprendizagem Infantil e Campos de Experiências.


A partir desta análise e síntese das correlações estudadas foram organizados estudos de caso considerados relevantes para inspirar as atividades e os atributos dos espaços em que são realizadas, privilegiando, portanto, o estudo de materiais, acabamentos, recursos de projeto de interiores, etc. Estes elementos foram relacionados com o conceito central do trabalho e estão presentes no Capítulo de Estudo de Documento Oficial. Esta imersão serviu para compreender quais as necessidades que as crianças têm para seu desenvolvimento, visto que de acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Infantil (DCNEI, Resolução CNE/CEB no 5/2009), em seu Artigo 4, a criança é um [...] sujeito histórico e de direitos, que, nas interações, relações e práticas cotidianas que vivencia, constrói sua identidade pessoal e coletiva, brinca, imagina, fantasia, deseja, aprende, observa, experimenta, narra, questiona e constrói sentidos sobre a natureza e a sociedade, produzindo cultura (BRASIL, 2009)

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As crianças são, portanto, desde o nascimento, indivíduos potentes, competentes e ativos que necessitam de um espaço repleto de oportunidades de interação e liberdade de agir. Essa compreensão norteou a proposta aqui apresentada, de uma estrutura lúdica com finalidade educativa, como já citado e exibido no Capítulo de Proposição. Por fim, apresenta-se a lista de imagens discriminando os sites e as datas de acesso das informações iconográficas selecionadas, as referências bibliográficas e os documentos em anexos utilizados na pesquisa sobre o tema neste Trabalho de Conclusão do Curso. Observa-se ainda que foi adotada a linguagem diagramática como meio para organizar as informações e estudos que fundamentam cada etapa da pesquisa, com a intenção de tornar mais ágil e direta a leitura do texto, e de priorizar a informação iconográfica.




1.

DIREITOS DE APRENDIZAGEM INFANTIL E CAMPOS DE EXPERIÊNCIA



A Base Nacional Comum Curricular é um documento regulamentar que determina as aprendizagens e os desenvolvimentos fundamentais que todos os alunos das redes de ensino das Unidades Federativas devem obter ao longo das modalidades e etapas da Educação Básica, orientando os currículos e propostas pedagógicas nas escolas públicas e privadas de Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio de todo o Brasil. A Constituição Federal de 1988, em seu Artigo 205, reconhece a educação como direito fundamental compartilhado entre Estado, família e sociedade ao determinar que a educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será́ promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. (BRASIL, 1988) De acordo com o documento normativo, na primeira etapa da Educação Básica, e de acordo com os eixos estruturantes da Educação Infantil (interações e brincadeira), é obrigatório a garantia de seis Direitos de Aprendizagens e Desenvolvimento, que são eles:

23


1. Conviver com outras crianças, adultos e em grupos, respeitando as culturas e as diferenças; 2. Expressar as emoções, sentimentos, dúvidas, hipóteses, descobertas e opiniões, através do questionamento em diferentes linguagens; 3. Participar decidindo e se posicionando nas escolhas de brincadeiras, dos materiais e dos ambientes;


4. Conhecer-se através da construção positiva de identidade pessoal, social e cultural. 5. Explorar movimentos, gestos, sons, formas, texturas, cores, palavras, emoções, relacionamentos, histórias, objetos, entre outros; 6. Brincar estimulando a imaginação e a criatividade junto com experiências emocionais, corporais, sensoriais, expressivas, cognitivas, sociais e relacionais.


Apesar de existir a separação por categoria essencial para o progresso cognitivo e motor da criança, os seis Direitos estão sempre associados e interligados diretamente. O Diagrama 1 (p.35) exibe essa correlação e evidência o brincar como o eixo estruturante, uma vez que é através dele que a criança aprende. Desta forma, A importância do brincar é indiscutível, pois estimula o desenvolvimento intelectual da criança, ensinando-a com alegria e sem que ela perceba. (BENADIO; JOAQUIM; SANTOS, 2004, p.1) A criança bem pequena (1 ano e 7 meses a 3 anos e 11 meses) precisa ser incentivada a percorrer entre todos os seis Direitos de Aprendizagem e Desenvolvimento por meio dos cinco Campos de Experiências, que determinam saberes e conhecimentos associados às experiências, e estão apresentados a seguir em conjunto com suas palavras-chave: 1. 2. 3. 4. 5.

O eu, o outro, o nós Corpo, gestos e movimentos Traços, sons, cores e formas Escuta, fala, pensamento e imaginação Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações


1.

O eu, o outro, o nós • • • • • • • • • • •

Interação Diversidade Percepções Questionamentos Individualidade Sociedade Autocuidado Reciprocidade Independência Diferenças Coletivo

27


2.

Corpo, gestos e movimentos • • • • • • • • •

28

Corporeidade Coordenação motora Sensações Integridade física Centralidade Lúdico Mímicas Ocupação Uso do espaço


3.

Traços, sons, cores e formas • • • • • • • • • • •

Manifestações artísticas Cultura Artes visuais – pintura, modelagem, colagem, fotografias Autoria Materiais Tecnologia Estético Crítico Sensibilidade Apropriação Singularidade

29


4.

Escuta, fala, pensamento e imaginação • • • • • • • • •

30

Comunicação Compreensão Linguagem Narrativas Pertencimento Escrita Literatura Imaginação Ilustrações


Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações

5.

• • • • • • • • • •

Fenômenos naturais Fenômenos socioculturais Tempo – dia e noite, hoje, ontem e amanhã Fauna Flora Manipulação de materiais Relações de parentesco Matemática – contagem, ordenação, dimensões Comparação Entorno

31


A utilização das cores foi a melhor solução encontrada para identificar o vínculo entre os seis Direitos de Aprendizagem e Desenvolvimento com os cinco Campos de Experiências. A conexão entre eles foi realizada através da relação da síntese dos Direitos com as palavras-chave dos Campos, tendo o “brincar” destacado como eixo estrutural no desenvolvimento infantil, uma vez que para Vygotsky (2001), [...] o brincar é uma atividade necessária às demandas de maturação e desenvolvimento da criança. Todas as reações humanas mais importantes e radicais são criadas e elaboradas no processo da brincadeira infantil. (Vygotsky, 2001 apud ALMEIDA; AMPARO; PEREIRA, 2006, p.20) Conforme demonstra o Diagrama 2 (p.37), os seis Direitos de Aprendizagem e Desenvolvimento e os cinco Campos de Experiências, mesmo que separados por categorias com atributos distintivos em relação ao desenvolvimento psicomotor das crianças, estão frequentemente conectados, fazendo com que em qualquer atividade estimulada pelo espaço todos sejam explorados e incentivados ao mesmo tempo.


É importante destacar a relevância da psicomotricidade educacional como um ideal para obter inteligências em aspectos sociais, intelectuais, culturais, motores e cognitivos em crianças na série inicial de suas vidas. Segundo Rossi (2012) a psicomotricidade está presente em todas as atividades que desenvolvem a motricidade das crianças, contribuindo para a compreensão da forma como tomam consciência do seu corpo e das possibilidades de se expressar por meio dele, de modo que: A teoria de Piaget afirma que a inteligência se constrói a partir da atividade motriz das crianças. Nos primeiros anos de vida, até os sete anos, aproximadamente, a educação da criança é psicomotriz. Tudo, o conhecimento e a aprendizagem, centram-se na ação da criança sobre o meio, os demais e as experiências através de sua ação e movimento. (ROSSI, 2012, p.11) O Diagrama 3 (p.39) ilustra o conceito desenvolvido de síntese através das palavras-chave elaborado nos cinco Campos de Experiências, mantendo como eixo estrutural o “brincar” que se relaciona com os Direitos de Aprendizagem e Desenvolvimento, além de ser um dos fatores mais importante para o desenvolvimento psicomotor infantil.

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Legenda Direitos de Aprendizagem e Desenvolvimento: BR – Brincar CO – Conviver EX – Expressar PA – Participar CS – Conhecer-se ER – Explorar


Diagrama 1 – desenvolvido pela autora.

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Legenda Campos de Experiência: O eu, o outro, o nós Corpo, gestos e movimentos Traços, sons, cores e formas Escuta, fala, pensamento e imaginação Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações

Direitos de Aprendizagem e Desenvolvimento: Brincar Conviver Expressar Participar Conhecer-se Explorar


Diagrama 2 – desenvolvido pela autora.

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Legenda Campos de Experiência: O eu, o outro, o nós Corpo, gestos e movimentos Traços, sons, cores e formas Escuta, fala, pensamento e imaginação Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações

Direitos de Aprendizagem e Desenvolvimento: BR - Brincar


Diagrama 3 – desenvolvido pela autora.

Autocuidado Coletivo Diferença Diversidade Independência Individualidade Interação Percepções Questionamentos Reciprocidade

Compreensão Comunicação Escrita

Ilustração

Imaginação Linguagem Literatura Narrativa Pertencimento

BR Centralidade Corporeidade Coordenação motora Integridade física Lúdico Mímicas Ocupação Sensações Uso do espaço

Apropriação Artes visuais Autoria Crítico Cultura Estético Manifestações artísticas

Comparação Entorno Fauna Fenômenos naturais Fenômenos socioculturais Flora Manipulação de materiais Matemática Relações parentesco Tempo

Materiais Sensibilidade Singularidade Tecnologia

39



1.1

PRINCIPAIS PRECURSORES DA EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAR



Na tese de doutorado de Carvalho (2008), há uma revisão bibliográfica da educação pré-escolar elaborada através da análise dos personagens principais da história da educação infantil e suas principais abordagens pedagógicas. Considerando a relevância dessa revisão bibliográfica para a elaboração adequada de um espaço voltado para o desenvolvimento infantil, torna-se necessário a apresentação dos principais precursores e suas ideologias sobre a educação adequada para crianças bem pequenas. Através da análise, interpretação e síntese do resumo feito por Carvalho (2008), elaborou-se diagramas que comunicam de forma objetiva os aspectos considerados relevantes para avançarmos com a elaboração da proposta do objeto final deste Trabalho de Conclusão de Curso. O Diagrama 4 (apresentado a seguir) aponta os Principais Precursores do Pensamento Pedagógico na Educação Infantil na história mundial, colocando em ordem o surgimento de estudos relevantes para a criação de escolas e pedagogias voltadas para crianças bem pequenas. Algumas palavras foram destacadas para enfatizar a sua importância no desenvolvimento infantil.

43


Diagrama 4 – desenvolvido pela autora.

1

João Comênio (1592-1670) – Pensamento Pedagógico Moderno Importância da educação infantil Criação de escolas

Adquirir noção de todas as ciências

3 Johann Pestalozzi (1746-1827) – Pensamento Pedagógico Iluminista Inovação no campo da didática

2 Jean Rousseau (1712-1778) – Pensamento Pedagógico Iluminista

Criança como ser com ideias próprias


4

Friedrich Froebel (1782-1852) Auto expressão Aluno como principal agente para seu desenvolvimento

Atividades livres: construção e música

Jogo como atividade capaz de desenvolver a espontaneidade das crianças Material pedagógico: • Sólidos geométricos • Gravuras coloridas • Trabalhos manuais

5 Johann Herbart (1776-1841) – Pensamento Pedagógico Iluminista Importância às Experiências novas influências + ideias que o externas individuo já Adquiriu = assimilação Professor e método de ideias (assimilar – apresentação)

Linhas educacionais antagônicas:

Liberdade de ação – Froebel – Centrada na criança Modela e controla – Herbart – Professor e método

Sistema de instrução: 1. Apresentação dos elementos sensíveis; 2. Relacionamento desses elementos com outros já conhecidos 3. Sistematização dos mesmos em conceitos através de generalizações progressivas 4. Aplicação dos conhecimentos em situações práticas



1.2

OS REVOLUCIONÁRIOS



Como continuação e desfecho do Diagrama 4 foi elaborado o Diagrama 5, mencionando os Revolucionários da época, que desenvolveram métodos pedagógicos relevantes, diferenciados, e que são utilizados até os dias de hoje. Percebe-se que a palavra “jogo” está destacada mais de uma vez, e, apesar de possuir significado diferente da compreensão do “brincar” na língua portuguesa, ambas podem ser consideradas sinônimos, visto que tendem a se misturar e a adquirir um mesmo significado mais do que uma diferenciação (ALMEIDA; AMPARO; PEREIRA, 2006, p.16) e o “brincar” é a propriedade estruturante para a elaboração do Objeto Final deste Trabalho.

49


Diagrama 5 – desenvolvido pela autora. 1

Maria Montessori (1870-1952) – Pensamento Pedagógico Escola Nova

Método para crianças “deficientes” e depois aplicado para crianças “normais”

Preocupada com a saúde mental

Móveis e utensílios na escala da criança

Material pedagógico: Ambiente apropriado Vontade de • Desenvolver funções ação sensoriais (sensório(menos Liberdade motor) palavra) de ação • Solidos com diversas formas, tamanhos,, cores, espessuras e texturas • Alguns com sons

2

3

John Dewey (1859-1952) – Pensamento Pedagógico Escola Progressiva Criança preparada para a vida

Criança dona da sua própria capacidade

Escola = preparação Educação com para vida e a contexto social própria vida democrático

Ovide Decroly (1871-1932) – Pensamento Pedagógico Escola Nova

Desenvolvimento Conhecimento relativo mental à sua própria personalidade, as suas necessidades, seus interesses e conhecimento do meio natural e humano que vive Respeito a liberdade = centro de interesse Desperta Jogo como interesse fundamental Relaciona o antigo com o novo (conhecimento) Reflexão Iniciativa


4 Édouard Claparèd (1873-1940) – Pensamento Pedagógico Escola Nova

Escola ativa

Desenvolvimento depende Relacionado ao da interação do ser humano contexto sociocultural com o meio físico e social

Jean Piaget (1896-1980) – Pensamento Pedagógico Escola Nova Construtivismo

O indivíduo constrói através de sua atividade (física e mental) Suas estruturas Estágio de desenvolvimento: mentais 1. Sensoriomotor (0 à +- 2 anos) e amplia seu sentidos, ações e movimentos conhecimento 2. Pré-operatório (+-2 à +-7 anos) falar = pensar Processo cognitivo infantil

Ambiente rico em estímulo

Lev Vigotsky (1896-1934) – Pensamento Pedagógico histórico-cultural, na perspectiva do Materialismo histórico dialético

Jogo

Lei da necessidade Brincadeira não só diversão e do interesse mas um trabalho

5

6

7

Célestin Freinet (1896-1966) – Pensamento Pedagógico Antiautoritário Liberdade da escolha das atividades

Aprendizagem da escrita pelo desenho

Didática aulapasseio



2.

ESTUDO DE DOCUMENTO OFICIAL



Através de uma análise documental sobre a Base Nacional Comum Curricular, buscou-se identificar e destacar as palavras-chave correspondentes aos cinco Campos de Experiências, relacionando-os com espaços arquitetônicos que provocam a experiência esperada. Após a seleção dos espaços (Diagramas 6-15) considerados relevantes para inspirar as atividades e os atributos desejados para ocorrerem na estrutura lúdica em desenvolvimento neste TCC, destacou-se características relacionadas ao estudo de materiais, acabamentos, recursos de projeto de interiores, entre outros. São eles:

1. 2. 3. 4. 5.

O eu, o outro, o nós Corpo, gestos e movimentos Traços, sons, cores e formas Escuta, fala, pensamento e imaginação Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações

55


1.


O eu, O outro, O nรณs.


Legenda Campos de Experiência: O eu, o outro, o nós Corpo, gestos e movimentos Traços, sons, cores e formas Escuta, fala, pensamento e imaginação Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações

Direitos de Aprendizagem e Desenvolvimento: BR – Brincar CO – Conviver


Diagrama 6 – desenvolvido pela autora.

Autocuidado

Coletivo

Diversidade

CO

Individualidade BR Percepções

Interação

59


Diagrama 7 – desenvolvido pela autora.

Autocuidado

Coletivo

Diversidade

CO

Individualidade BR Percepções

Interação


61


Figura 1 e 2 extraĂ­da de Archdaily


• Paredes na escala da criança • Pé direito mais baixo • Equipamentos na altura da criança • Formas não convencionais • Banheiros unissex • Relação interior X exterior • Cores neutras

63


Figura 3 e 4 extraĂ­da de Archdaily


• Pé direito duplo • Mezanino interno • Iluminação natural • Cores neutras • Relação com a rua • Relação interior X exterior • Proximidade com a natureza • Móveis de material puro (madeira) • Móveis na escala da criança

65


Figura 5 extraĂ­da de Archilovers e Figura 6 extraĂ­da de Archdaily


• Portas na escala da criança • Janelas na altura do olhar da criança • Passagem com formato geométrico • Passagem marcada com cor • Cores neutras • Diferentes materialidades • Iluminação artificial • Interação dentro X fora • Um elemento de cor quente

67


2.


Corpo, Gestos e Movimentos.


Legenda Campos de Experiência: O eu, o outro, o nós Corpo, gestos e movimentos Traços, sons, cores e formas Escuta, fala, pensamento e imaginação Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações

Direitos de Aprendizagem e Desenvolvimento: BR – Brincar EX - Expressar


Diagrama 8 – desenvolvido pela autora.

Corporeidade

Coordenação motora

Lúdico

EX

Uso do espaço

BR Sensações

71


Diagrama 9 – desenvolvido pela autora.

Corporeidade

Coordenação motora

Lúdico

EX

Uso do espaço BR Sensações


73


Figura 7 e 8 extraĂ­da de Archdaily


• Equipamento com destaque em cor • Materialidade = madeira • Obstáculos acolchoados • Pisos sem cantos = continuidade • Possibilidade de escalar e deslizar • Formas não convencionais • Iluminação natural • Cores primárias

75


Figura 9 extraĂ­da de Shinarchitects e Figura 10 extraĂ­da de Archilovers


• Possibilidade de escalar • Possibilidade de escorregar • Possibilidade de subir e descer • Movimentação do corpo • Articulação dos membros • Escalada colorida • Ambiente com cores neutras • Ambiente entre salas

77


Figura 11 extraída de Idealista e Figura 12 extraída de Architecture Week


• Equipamento com destaque em cor • Materialidade = madeira • Obstáculos acolchoados • Pisos sem cantos = continuidade • Possibilidade de escalar e deslizar • Formas não convencionais • Iluminação natural • Cores primárias

79


3.


Traรงos, Sons, Cores e Formas.


Legenda Campos de Experiência: O eu, o outro, o nós Corpo, gestos e movimentos Traços, sons, cores e formas Escuta, fala, pensamento e imaginação Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações

Direitos de Aprendizagem e Desenvolvimento: BR – Brincar PA - Participar


Diagrama 10 – desenvolvido pela autora.

Cultura

Materiais

Sensibilidade

PA

Tecnologia

BR

83


Diagrama 11 – desenvolvido pela autora.

Cultura

Materiais

Sensibilidade

PA

Tecnologia BR


85


Figura 13 e 14 extraĂ­da de Archdaily


• Cor quente • Ambiente com cor única • Janela com forma geométrica • Porta em forma geométrica • Ambiente com material aveludado • Diferença de piso • Iluminação artificial • Iluminação natural • Sala fechada

87


Figura 15 e 16 extraĂ­da de Archdaily


• Cores em tons pasteis • Plano inclinável • Ambiente externo • Utilização da cobertura • Cama elástica • Material de pedra (brutalismo) • Obstáculos coloridos • Espécie de deck de madeira

89


Figura 17 extraĂ­da de Futurista Architecture e Figura 18 extraĂ­da de Archdaily


• Paredes interativas • Possibilidade de escrita/desenho • Brincadeira com telão • Relação entre cores e formas • Quadro negro e giz • Sala de áudio visual • Articulação dos membros • Criatividade

91


4.


Escuta, Fala, Pensamento e Imaginação.


Legenda Campos de Experiência: O eu, o outro, o nós Corpo, gestos e movimentos Traços, sons, cores e formas Escuta, fala, pensamento e imaginação Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações

Direitos de Aprendizagem e Desenvolvimento: BR – Brincar CS – Conhecer-se


Diagrama 12 – desenvolvido pela autora.

Compreensão

Escrita

Ilustração

CS

Imaginação BR Literatura

95


Diagrama 13 – desenvolvido pela autora.

Compreensão

Escrita

Ilustração

CS

Imaginação BR Literatura


97


Figura 19 extraída de Interior Joho e Figura 20 extraída de Yellow Trace


• Prateleiras na escala da criança • Ambiente para leitura • Divisórias com forma geométrica • Chão elevado (escada) • Cores para identificar o ambiente • Parede colorida • Espaço aberto

99


Figura 21 e 22 extraĂ­da de Archdaily


• Interação professor X aluno • Ambiente para leitura • Utilização do corredor • Interação com outras salas • Cor para identificar o espaço • Deslocamento da forma • Portas de diferentes alturas

101


Figura 23 extraída de Archdaily e Figura 24 extraída de Erelab


• Possibilidade de “se pendurar” • Relação entre em cima e embaixo • Explorar planos e níveis (escada) • Elemento com cor vibrante • Diferentes alturas • Espaço com uma cor predominante • Brincar com escala

103


5.


Espaços, Tempo, Quantidades, Relações e Transformações


Legenda Campos de Experiência: O eu, o outro, o nós Corpo, gestos e movimentos Traços, sons, cores e formas Escuta, fala, pensamento e imaginação Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações

Direitos de Aprendizagem e Desenvolvimento: BR – Brincar ER – Explorar


Diagrama 14 – desenvolvido pela autora.

Entorno

Fauna

Flora

ER

BR

Manipulação de materiais

107


Diagrama 15 – desenvolvido pela autora.

Entorno

Fauna

Flora

ER

BR

Manipulação de materiais


109


Figura 25 e 26 extraĂ­da de Archdaily


• Relação interior X exterior • Ambiente externo • Contato direto com a natureza • Relação com a rua • Outro jeito de sair • Manejo de horta • Espaço livre

111


Figura 27 extraída de Yellow Trace e Figura 28 extraída de Archdaily


• Pátio aberto • Ambiente interno • Contato com a natureza • Relação corpo X água • Espécie de deck • Ambiente externo • Espaço livre

113


Figura 29 extraĂ­da de Archdaily e Figura 30 extraĂ­da de Shinarchitects


• Utilização de cordas • Outra maneira de circulação • Outro elemento como piso • Material de cor neutra • Movimentação do corpo

115



Observa-se que para cada Campo de Experiência, dos cinco apresentados pela Base Nacional Comum Curricular, foram pesquisados e analisados estudos de caso que estivessem de acordo com as palavras-chave primeiramente destacadas (Diagramas 6 a 15). Em seguida investigou-se elementos/características dos espaços arquitetônicos desenvolvidos para o aproveitamento das crianças. (Figuras 1 a 30) É indispensável se considerar a importância da relação do corpo x espaço, visto que o corpo da criança está sempre presente nas figuras apresentadas acima e encontrando-se em ação e/ou sendo influenciado pelos estímulos sugeridos nos espaços. Conforme mostram Milstein e Mendes (2010 apud PROBST; KRAEMER, 2012, p.513), o trabalho pedagógico com alunos exige um trabalho com, e no corpo, e é por meio dele que acontece as demais aprendizagens infantis, ou seja, de acordo com Probst e Kraemer (2012) as crianças se manifestam no mundo através de sua corporeidade e o movimento corporal permite que elas se comuniquem, aprendam e sintam o mundo.

117



3.

Proposição



Os estudos realizados a partir de ambientes apresentados no capítulo anterior serviram de referência para a seleção de atividades que a Estrutura Lúdica projetada se propôs a promover. Portanto, a partir deste momento assumimos a necessidade de concentrar a atenção do projeto na elaboração do “objeto/estrutura” responsável por oferecer as crianças os estímulos definidos, voltados ao desenvolvimento infantil, e que pode ser instalado em qualquer ambiente que comporte suas dimensões, tais como: escolas, playgrounds, shopping centers, espaços sociais particulares (condomínios, buffets, espaços recreativos) e até ambientes residenciais (quartos, sala, etc.) 121


Para a elaboração do Objeto Final (uma estrutura independente), foram consideradas características reveladas em cada Campo de Experiência através dos estudos de caso, sendo eles: 1. 2. 3.

4. 5. 6.

A relação da estrutura com a escala da criança; A madeira como materialidade principal; A possibilidade da movimentação corporal através da manipulação de materiais leves, encaixáveis e interativos; Planos e níveis com relação de “em cima” e “embaixo”, dos níveis da estrutura; A interação do professor junto com o aluno; A possibilidade de instalar a estrutura em ambiente externo.

Em decorrência da pesquisa feita anteriormente, elaborou-se um diagrama que identifica as características, apresentadas pelos estudos de caso nos Campos de Experiência, mais adequadas para a realização da Estrutura Lúdica. O Diagrama 16 ilustra essas relações e específica em qual Campo cada característica foi abordada. Campos de Experiência: O eu, o outro, o nós Corpo, gestos e movimentos Traços, sons, cores e formas Escuta, fala, pensamento e imaginação Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações


Escala da criança Cor neutra Materialidade: madeira

Diagrama 16

Escalar Movimentar o corpo Manipulação material leve Montável Encaixável Cor quente Cor única Materialidade: corda Interativo

Estrutura Lúdica

Ambiente externo Contato com a natureza Relação corpo X água Elevado Interação professor X aluno Planos e níveis Relação cima e baixo Brincar com a escala

123



O diagrama 16 serviu como base para os estudos feitos no caderno pessoal da autora. O caderno, que será apresentado neste capítulo, contém os pensamentos, desenhos, explicações e todo o percurso para o desenvolvimento do Objeto “Ao Cubo”, deste Trabalho de Conclusão do Curso. Tendo em vista a compreensão do processo de criação, a seguir apresenta-se imagens do caderno com a evolução do projeto. O diagrama 17 (p. 138) apresenta a expectativa das funções desejadas para a conclusão da Estrutura Lúdica, destacando as características que serão exploradas dentro de cada Campo de Experiência estudado anteriormente. A partir deste momento, a exposição do processo da construção da Estrutura Lúdica será feita através de diagramas, desenhos, referências fotográficas, e de acordo com o andamento da criação, considerando as dificuldades e soluções enfrentadas ao longo do caminho. 125



127



129



131



133



135


Diagrama 17

Figura 31 extraída de Kaplanco

Escala da criança Criança poder entrar

Campos de Experiência: O eu, o outro, o nós Corpo, gestos e movimentos Traços, sons, cores e formas Escuta, fala, pensamento e imaginação Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações

Figura 32 extraída de Milimbo

Montável Encaixável Criar um “túnel”


Figura 33 extraída de Etsy

Estrutura Lúdica Ajuda de um auxiliar para montar Portátil – ambiente interno e externo

Figura 34 extraída de Etsy

Atividades nos quatro lados Atividades interativas Atividades estimulantes 137


3.1 Estrutura – 1

Estrutura com possibilidade de crescimento horizontal Medida um cubo fechado: 60x60cm. Medida cada peça: comprimento 60cm x largura 3cm x altura 1,8 cm Medida cabo: 1,5cm


Figura 35 extraída de TrendLand

Figura 36 extraída de TrendHunter

139


Desenho TÊcnico (medidas em cm) Peça A 3

60

3

60

Vista Superior

60

Vista Lateral

ESC 1:350

1,8

1,8

60

1,5

0,75

0,75

Detalhe - Vista Lateral

1,5 0,75

0,6

0,6

0,6

3

Detalhe - Vista Superior ESC 1:50


Peรงa B 3

60

3

60

Vista Superior

1,8 1,8

60 60

Vista Lateral

ESC 1:350

3

0,6

0,9

0,3

0,3

0,9

0,6

3

Detalhe 1 - Vista Lateral

Detalhe 2 - Vista Lateral ESC 1:50 141


Modelo 1

Vista Lateral

Detalhe Encaixe – Vista Lateral

Vista Frontal

Detalhe Encaixe – Vista Superior


Dois módulos – Apenas estrutura

Vista Lateral

Vista Superior

143


Modelo 1

Vista Lateral

Vista Superior com Escala Humana


Informações sobre o Modelo 1 Peças Tamanho: • Comprimento 60 cm • Largura 3 cm • Espessura 1,8 cm Materialidade: • Madeira Pinus

Detalhe Encaixe

Cabo Estrutural Tamanho: • Comprimento 60 cm • Diêmetro: 1,5 cm Materialidade: • Madeira Pinus

145


3.2 Estrutura – 2


147


Desenho TĂŠcnico (medidas em cm) 0,75 1,5 54

60

1,8

3

1,8

Vista Lateral

ESC 1:350 1,5

0,75

0,75

0,6

1,5

0,6 0,6

0,6

0,75

3

1,2

1,8

0,75

Vista Superior

0,3 1,35 3

3

1,5

3

60

3

3

3

1,35

0,75

Peça A

Detalhe - Vista Lateral Detalhe - Vista Superior ESC 1:50


0,75

1,5

0,75 3 0,6 0,6

3

3

60

1,2

3

1,8

0,6

0,75

60

0,3 1,35 3

54

Vista Superior

Vista Lateral

ESC 1:350 1,5

0,75 0,75

0,75

1,5

1,2

3

0,75

Detalhe - Vista Lateral

,8

0,6

1,8 1,8

1,35

0,6 0,6

3

1,5

3

3

3

0,6

0,6

0,6

3

0,6

Peรงa B

0,6

0,75

0,6

0,6

0,6

3

Detalhe - Vista Superior ESC 1:50 149


3

54

3

0,3 1,35

3

3

60 3

60

3

1,2

0,6

Vista Lateral

ESC 1:350

0,6

1,8

0,6

1,2

0,6

0,6

3

0,6

1,2

Vista Superior

1,35

Peรงa C

3

0,6

0,6

0,6

1,2

0,6

3

Detalhe 1 - Vista Lateral

Detalhe 2 - Vista Lateral

0,6

3

ESC 1:50


1,5

0,75

0,75

1,5

0,75

Vista Superior

0,75 0,75

1,5

1,5

0,75

0,75 0,75

Peรงa D

0,6

3

0,6

3

Vista Lateral

ESC 1:50 151


Modelo 2

Detalhe Encaixe Vista com Painel


Informações sobre o Modelo 2 Peças Tamanho: • Comprimento 60 cm • Largura 3 cm • Espessura 1,8 cm Materialidade: • Madeira Pinus Cabo Estrutural Tamanho: • Comprimento 60 cm • Diâmetro: 1,5 cm Materialidade: • Madeira Pinus Vista Lateral – Dois Módulos

Painel Interativo Tamanho: • Comprimento 57 cm • Largura 54,8 cm • Espessura 0,3 cm Materialidade • Madeira Compensado 153


3.3 Variações

Compositivas

O Objeto “Ao Cubo” foi desenvolvido para ter a sua composição flexível, podendo ser composto por um, dois, três ou mais módulos, possibilitando o acoplamento gradativo de peças de acordo com o interesse do usuário em relação aos painéis interativos. Cada módulo pode ser utilizado sozinho e, quando incorporado a outro módulo, torna-se uma espécie de “túnel”, gerando uma outra possiblidade de experiência lúdica. Além disso, é possível acrescentar paredes de painéis em suas extremidades, criando novas formas e situações para interação. A figura 41 apresenta algumas composições possíveis usando apenas um módulo e alternando os lugares dos painéis interativos. Já a figura 42 apresenta como o objeto pode aumentar o seu tamanho horizontalmente conforme o acoplamento de mais módulos, e também a possibilidade de alternar a posição dos painéis interativos.


Com painel

Sem painel

Figura 41 desenvolvido pela autora

Com painel

ESC 1:10000

Sem painel

Figura 42 desenvolvido pela autora

ESC 1:10000

155


3.4

Atividades PainĂŠis


157


Experiências Lúdicas a partir de Painel Perfurado

Figura 37 extraída de Red Tricycle

Figura 38 extraída de Mathery Studio


Figura 39 extraída de Block Design

Figura 40 extraída de Cog Works

159


4. Ensaio Fotogrรกfico



1 Módulo com 2 Painéis

1 Módulo com 2 Painéis e as Atividades


1 Módulo com 3 Painéis

1 Módulo com 3 Painéis e as Atividades


2 Módulos com 4 Painéis Encaixe entre 2 Módulos


2 MĂłdulos com 4 PainĂŠis e as Atividades


Criança de 2 anos interagindo com o “Ao Cubo” de 1 módulo


Criança de 2 anos interagindo com o “Ao Cubo” de 1 módulo


Criança de 2 anos interagindo com o “Ao Cubo” de 2 módulos


Criança de 2 anos interagindo com o “Ao Cubo” de 2 módulos



5.

Produção Audiovisual

Com a intenção de explicar as montagens, foram produzidos dois vídeos: um para mostrar como foi a fabricação do objeto “Ao Cubo” (vídeo 1), e o segundo para explicar como é feita a montagem com um módulo, e depois com dois módulos (vídeo 2). Abaixo estão disponibilizados os dois links para assistir aos vídeos.

Vídeo 1 – Produção https://youtu.be/YDiGq5CsaVY Vídeo 2 – Montagem https://youtu.be/bHqjSl0MXt8 Na ocasião da banca será disponibilizado o vídeo apresentando o objeto “Ao Cubo” em uso.

171


Devido ao momento de pandemia que está acontecendo no Brasil, não foi possível fazer, conforme proposto no TCC1, experimentações com crianças para analisar e compreender como elas se sentem interagindo com o brinquedo antes de produzir o objeto final. Posto isto, o objeto “Ao Cubo” foi feito e utilizado na condição apresentada nos vídeos.



Lista de Imagens Diagrama 1 – Diagrama desenvolvido pela autora Diagrama 2 – Diagrama desenvolvido pela autora Diagrama 3 – Diagrama desenvolvido pela autora Diagrama 4 – Diagrama desenvolvido pela autora Diagrama 5 – Diagrama desenvolvido pela autora Diagrama 6 – Diagrama desenvolvido pela autora Diagrama 7 – Diagrama desenvolvido pela autora Diagrama 9 – Diagrama desenvolvido pela autora Diagrama 10 – Diagrama desenvolvido pela autora Diagrama 11 – Diagrama desenvolvido pela autora Diagrama 12 – Diagrama desenvolvido pela autora Diagrama 13 – Diagrama desenvolvido pela autora Diagrama 14 – Diagrama desenvolvido pela autora Diagrama 15 – Diagrama desenvolvido pela autora Diagrama 16 – Diagrama desenvolvido pela autora Diagrama 17 – Diagrama desenvolvido pela autora Figura 1 – Fotografia extraída de https://www.archdaily.com.br/br/775878/jardim-de-infanciasp-hibinosekkei-plus-youji-no-shiro em 22 out 2019 Figura 2 – Fotografia extraída de https://www.archdaily.com.br/br/760933/creche-dshibinosekkei-plus-youji-no-shiro em 22 out 2019 Figura 3 – Fotografia extraída de https://www.archdaily.com.br/br/768008/ob-jardim-dainfancia-e-creche-hibinosekkei-plus-youji-no-shiro?ad_medium=gallery em 22 out 2019 Figura 4 – Fotografia extraída de https://www.archdaily.com/899791/hn-nursery-hibinosekkeiplus-youji-no-shiro?ad_source=search&ad_medium=search_result_projects em 22 out 2019 Figura 5 – Fotografia extraída de https://www.archilovers.com/projects/174092/cokindergarten-and-nursery.html em 22 out 2019 Figura 6 – Fotografia extraída de https://www.archdaily.com.br/br/775878/jardim-de-infanciasp-hibinosekkei-plus-youji-no-shiro em 22 out 2019 Figura 7 – Fotografia extraída de https://www.archdaily.com/519/taka-tuka-landbaupiloten?ad_medium=gallery em 22 out 2019 Figura 8 – Fotografia extraída de https://www.archdaily.com.br/br/786149/creche-emguastalla-mario-cucinella-architects em 22 out 2019 Figura 9 – Fotografia extraída de http://www.shinarchitects.com/Playscape-in-J-one em 22 out 2019 Figura 10 – Fotografia extraída de https://www.archilovers.com/projects/174092/cokindergarten-and-nursery.html em 22 out 2019 Figura 11 – Fotografia extraída de https://www.idealista.pt/news/imobiliario/internacional/2017/01/23/32591-arquitetura-aoservico-das-criancas-as-creches-mais-vanguardistas-do-mundo em 22 out 2019 Figura 12 – Fotografia extraída de http://www.architectureweek.com/2011/0518/culture_22.html em 22 out 2019

Figura 13 – Fotografia extraída de https://www.archdaily.com/202358/vittratelefonplan-rosan-bosch em 22 out 2019


Figura 14 – Fotografia extraída de https://www.archdaily.com/237560/childrens-museum-ofthe-arts-work-ac em 22 out 2019 Figura 15 – Fotografia extraída de https://www.archdaily.com.br/br/769342/instalacao-recriaos-playgrounds-brutalistas-de-londres em 22 out 2019 Figura 16 – Fotografia extraída de https://www.archdaily.com.br/br/768008/ob-jardim-dainfancia-e-creche-hibinosekkei-plus-youji-no-shiro?ad_medium=gallery em 22 out 2019 Figura 17 – Fotografia extraída de https://www.futuristarchitecture.com/43998-mk-nurserynursery-modern-interior-with-warm-atmosphere.html em 22 out 2019 Figura 18 – Fotografia extraída de https://www.archdaily.com/771353/children-park-at-expo2015-zpz-partners?ad_medium=gallery em 22 out 2019 Figura 19 – Fotografia extraída de https://translate.google.com/translate?hl=ptBR&sl=ja&u=http://www.interior-joho.com/news/detail.php%3Fid%3D3047&prev=search em 22 out 2019 Figura 20 – Fotografia extraída de https://www.yellowtrace.com.au/architecture-for-children/ em 22 out 2019 Figura 21 – Fotografia extraída de https://www.archdaily.com/438746/sjotorget-kindergartenrotstein-arkitekter em 22 out 2019 Figura 22 – Fotografia extraída de https://www.archdaily.com.br/br/775878/jardim-deinfancia-sp-hibinosekkei-plus-youji-no-shiro em 22 out 2019 Figura 23 – Fotografia extraída de https://www.archdaily.com.br/br/921548/paisagem-parabrincar-aberrant-architecture?ad_medium=gallery em 22 out 2019 Figura 24 – Fotografia extraída de http://www.erelab.com.br/projetos/eleva-botafogo.html em 22 out 2019 Figura 25 – Fotografia extraída de https://www.archdaily.com/793753/clover-house-madarchitects em 22 out 2019 Figura 26 – Fotografia extraída de https://www.archdaily.com/566580/farming-kindergartenvo-trong-nghia-architects em 22 out 2019 Figura 27 – Fotografia extraída de https://www.yellowtrace.com.au/architecture-for-children/ em 22 out 2019 Figura 28 – Fotografia extraída de https://www.archdaily.com.br/br/772115/jardim-deinfancia-hakusui-yamazaki-kentaro-design-workshop em 22 out 2019 Figura 29 – Fotografia extraída de https://www.archdaily.com.br/br/768008/ob-jardim-dainfancia-e-creche-hibinosekkei-plus-youji-no-shiro?ad_medium=gallery em 22 out 2019 Figura 30 – Fotografia extraída de http://www.shinarchitects.com/Playscape-in-J-one em 22 out 2019 Figura 31 – Fotografia extraída de https://www.kaplanco.com/product/81359P/play-housecube?c=24%7CFC1025 Figura 32 – Fotografia extraída de http://milimboblog.blogspot.com/ Figura 33 – Fotografia extraída de https://www.etsy.com/listing/550110259/busy-house-busyboard-for-children Figura 34 – Fotografia extraída de https://www.etsy.com/listing/695815956/busy-boardwooden-toy-baby-learning-toy?ref=shop_home_active_2 Figura 35 – Fotografia extraída de https://trendland.com/neue-werkstatts-industrial-design/ Figura 36 – Fotografia extraída de https://www.trendhunter.com/trends/breakdown-furniturelouis-rigano


Figura 37 – Fotografia extraída de https://redtri.com/chicago/sod-room-southloop/?utm_source=contactology&utm_medium=email&utm_campaign=chicago-03-05-13 Figura 38 – Fotografia extraída de http://mathery.it/tubo-kids-space/ Figura 39 – Fotografia extraída de https://www.blockdesign.co.uk/pegboardaccessories/pegboard-letters/ Figura 40 – Fotografia extraída de https://www.cog-works.com Figura 41 – Desenvolvido pela autora


Referências Bibliográficas ALMEIRA, Sandra Francesca Conte de; AMPARO, Deise Matos do; PEREIRA, Maria Ângela Camilo Marques. Brincar e suas Relações com o Desenvolvimento. Brasília. 2017. Disponível em: <http://repositorio.unb.br/bitstream/10482/24506/3/ARTIGO_BrincarRelacoesDesenvolv imento.pdf> Acesso em 6 nov 2019 ANDRADE, Nara Sena; CRUZ Silvia Helena Vieira; OLIVEIRA, Mônica Regina Lima. Pedagogia Waldorf: Uma Avaliação Qualitativa do Processo Ensino-Aprendizagem. São Paulo. 2006. Disponível em: <http://repositorio.ufc.br/bitstream/riufc/37745/1/2006_eve_mrloliveiransandrade.pdf> Acesso em 7 set 2019 BRASIL. Base Nacional Comum Curricular: Educação Infantil e Ensino Fundamental. Brasília: MEC/Secretaria de Educação Básica, 2017. Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site. pdf> Acesso em 5 set 2019 BRASIL. Conselho Nacional de Educação; Câmara de Educação Básica. Resolução no 5, de 17 de dezembro de 2009. Fixa as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. Diário Oficial da União, Brasília, 18 de dezembro de 2009, Seção 1, p. 18. BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal: Centro Gráfico, 1988. BONADIO, Sueli Garanhani; JOAQUIM, Elisangela da Silva Sousa; SANTOS, Joelma Aparecida dos. A Importância do Brincar no Desenvolvimento da Criança. São Paulo, v.12, n.4, 2004. Disponível em: <https://revistas.unipar.br/index.php/akropolis/article/view/1954/1702> Acesso em 4 nov 2019 CARVALHO, Telma Cristina Pichioli de. Arquitetura escolar inclusiva: construindo espaço para educação infantil. 2008. Tese (Doutorado em Arquitetura, Urbanismo e Tecnologia) – Escola de Engenharia de São Carlos, University of São Paulo, São Carlos, 2008. Doi: 10.11606/T.18.2008.tde-06022009-150902. Disponível em: <https://teses.usp.br/teses/disponiveis/18/18141/tde-06022009-150902/en.php> Acesso em 19 nov 2019 FREITAS, Anita Viudes Carrasco de. A atenção pessoal aos bebês e as crianças bem pequenas nos centros de educação infantil: contribuições da abordagem Emmi Pikler. São Paulo. 2015. Disponível em: < https://cursosextensao.usp.br/pluginfile.php/51518/mod_resource/content/1/freitas_anita _atencao-pessoal-aos-bebes.pdf> Acesso em 20 out 2019


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