Monografia PROEJA

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INSTITUTO FEDERAL DE SANTA CATARINA

CAMPUS JOINVILLE

MARLI TEREZINHA BORGES

DAS PRÁTICAS DE LEITURA DOS ALUNOS DA EJA AO CURSO PROEJA/FIC/JOINVILLE

Joinville 2011


MARLI TEREZINHA BORGES

DAS PRÁTICAS DE LEITURA DOS ALUNOS DA EJA AO CURSO PROEJA/FIC/JOINVILLE

Monografia apresentada ao Programa de Pós-Graduação Latu Sensu em Educação, do Instituto Federal de Santa Catarina como requisito parcial para a obtenção do título de Especialista em Educação Profissional Integrada a Educação Básica na Modalidade Educação de Jovens e Adultos. Orientadora: Me.Silvia Maria De Oliveira

Joinville 2011


Borges, Marli Terezinha

Das práticas de leitura dos alunos da EJA ao curso PROEJA/FIC/Joinville/SC. Marli Terezinha Borges; orientadora: Me. Silvia Maria de Oliveira – Joinville, 2010. 67 f. Monografia (especialização) Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina, Campus Joinville. Programa de PósGraduação Latu Sensu Especialização em Educação Profissional Integrada a Educação Básica na Modalidade Educação de Jovens e Adultos. 1. Práticas de leitura. 2. Letramento. 3. Proeja. I. Oliveira, Silvia Maria de. II. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina, Campus Joinville. III. Título.


MARLI TEREZINHA BORGES

DAS PRÁTICAS DE LEITURA DOS ALUNOS DA EJA AO CURSO PROEJA/FIC/JOINVILLE

Esta monografia foi apresentada e julgada adequada para a obtenção do título de Especialista em Educação Profissional Integrada a Educação Básica na Modalidade Educação de Jovens e Adultos e aprovada em sua forma final pela Comissão Examinadora e pelo Programa de Pós-Graduação Latu Sensu em Educação, do Instituto Federal de Santa Catarina.

Aprovada pela comissão examinadora em Joinville, 29 de julho de2011.

___________________________________________l Luciano André Vanz Coordenador do Curso de Especialização

___________________________________________ Profª. Me.Silvia Maria de Oliveira – Orientadora Instituto Federal de Santa Catarina

____________________________________________ Profª. Me. Andréa Heidemann Instituto Federal de Santa Catarina

______________________________________________ Profª. Me. Márcia Bet Kohls Instituto Federal de Santa Catarina


AGRADECIMENTOS

Agradeço em primeiro lugar a Deus, Pai Todo Poderoso, que tem abençoado generosamente toda a minha caminhada; Especialmente aos meus pais, Irineu e Lisette, que me educaram nos alicerces sustentados por valores éticos e cristãos; Aos meus irmãos Paulo e Márcia, companheiros inseparáveis; Aos meus amigos que compreenderam a minha ausência, nos momentos de refúgio e privação de suas companhias, em virtude da dedicação a esta pesquisa; Aos colegas de turma, com os quais muitos conhecimentos foram mediados; Aos

professores,

que

compartilharam

seus

momentos

e

seus

conhecimentos, especialmente à orientadora Professora Me. Silvia Maria de Oliveira e também à Dra. Maria Bertília Oss Giacomelli, pela contribuição relevante na pesquisa; Aos envolvidos na implantação do Curso PROEJA/FIC/JOINVILLE, bem como aos alunos que participaram desta pesquisa.


“Não basta saber, é preferível saber aplicar. Não é bastante querer, é preciso saber querer”. (Goethe)


RESUMO

Este trabalho tem como objetivo geral analisar as práticas de leitura dos alunos do segundo segmento do ensino fundamental, na modalidade EJA, em duas escolas municipais, a partir da parceria entre o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina, Campus Joinville e a Secretaria Municipal de Educação, no curso PROEJA/FIC. O tema abordado considera a relação entre a escrita e a leitura imprescindível no contexto social, indispensável para a inserção do indivíduo, enquanto cidadão, na sociedade. A coleta de dados foi realizada por meio de entrevista com os coordenadores das entidades parceiras e da aplicação de um questionário aos alunos das escolas envolvidas. Espera-se que o conhecimento das práticas de leitura dos referidos alunos, possa servir de subsídio para nortear o planejamento do curso PROEJA/FIC, possibilitando melhor atender esta demanda. Palavras-chave: Práticas de leitura. Letramento. PROEJA


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO...................................................................................................09 2 A RELAÇÃO ENTRE A ESCRITA E A LEITURA.............................................12 2.1 Alfabetização e letramento...........................................................................12 2.2 Alfabetização e letramento na Educação de Jovens e Adultos..............16 3 CONTEÚDOS CONTEXTUALIZADOS.............................................................18 3.1 Conceito, considerações e categorias dos conteúdos.............................19 4 A EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS E A LEGISLAÇÃO........................23 5 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS..........................................................25 5.1 O lugar de estudo.........................................................................................25 5.2 Tipo e método do estudo.............................................................................26 5.3 Procedimentos no desenvolvimento da pesquisa....................................26 5.4 Técnicas e instrumentos de coleta de dados............................................28 5.5 Técnicas de análise de dados.....................................................................28 6 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS DA PESQUISA............29 6.1 Pesquisa com os coordenadores...............................................................29 6.2 Pesquisa com os alunos.............................................................................30 CONSIDERAÇÕES E RECOMENDAÇÕES.......................................................39 REFERÊNCIAS...................................................................................................41 APÊNDICES........................................................................................................43 ANEXOS..............................................................................................................45


LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Idade dos alunos.................................................................................... 30 Tabela 2 – Naturalidade dos alunos..........................................................................31 Tabela 3 – Profissões dos alunos..............................................................................31 Tabela 4 – Idade que aprendeu a ler e Modalidade de ensino..................................32 Tabela 5 – Gosto pela leitura.....................................................................................32 Tabela 6 – Materiais que costuma ler........................................................................33 Tabela 7 – Incentivo à leitura na escola ....................................................................33 Tabela 8 – Motivação pela leitura..............................................................................34 Tabela 9 – Leitura de manuais para montagem e funcionamento de aparelhos ......35 Tabela 10 – Acesso aos laboratórios.........................................................................35 Tabela 11 – Materiais de leitura.................................................................................36 Tabela 12 – Aprendizagem: teoria e prática .............................................................37 Tabela 13 – Cursos profissionalizantes.....................................................................37


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1 INTRODUÇÃO

Sabe-se que a leitura exerce um papel importante na vida de cada indivíduo, podendo possibilitar uma maior autonomia e criticidade na sua atuação social. Partindo desse pressuposto, quando se trata da Educação de Jovens e Adultos, a importância da leitura é essencial e inerente à condição de cidadão. Para Soares (2003, p.74): Sendo o uso das habilidades de leitura e escrita para o funcionamento e a participação adequados na sociedade, e para o sucesso pessoal, o letramento é considerado como responsável por produzir resultados importantes; desenvolvimento cognitivo e econômico, mobilidade social, profissional, cidadania.

Tendo em vista a implantação do Programa Nacional de Integração da Educação Profissional à Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos – PROEJA, como parceiros o Instituto Federal de Santa Catarina, Campus Joinville e a Secretaria Municipal de Educação, é fundamental que existam estudos que visem conhecer melhor os futuros alunos desse curso, bem como suas necessidades informacionais, nesse caso, principalmente sobre suas práticas de leitura. Segundo Freire (1983, p.11): A leitura do mundo precede a leitura da palavra, daí que a posterior leitura desta não possa prescindir da continuidade da leitura daquele. Linguagem e realidade se prendem dinamicamente. A compreensão do texto a ser alcançada por sua leitura crítica implica a percepção das relações entre texto e contexto.

Assim, evidencia-se a proposta da pesquisa com o tema: das práticas de leitura dos alunos da EJA ao Curso PROEJA/FIC/Joinville. No início, foram buscados esclarecimentos junto aos coordenadores parceiros sobre o curso de Mecânica (soldagem e usinagem) a ser implantado, bem como às escolas selecionadas. A partir dessas informações, deu-se prosseguimento à pesquisa com os alunos de duas instituições da rede municipal de ensino: E.M. Professora Rosa Maria Berezoski Demarchi e E.M. Professora Ada Santana Silveira.


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Considerando os aspectos mencionados, o trabalho é dividido em cinco capítulos. No primeiro são apresentados os aspectos introdutórios da pesquisa. O segundo capítulo corresponde ao marco teórico e destaca a revisão da literatura sobre os conceitos inerentes ao tema da pesquisa. A análise da literatura tem o propósito de situar a importância da leitura. O terceiro capítulo descreve a metodologia adotada para o desenvolvimento da pesquisa, com a descrição do local de estudo, define o tipo e o método de investigação, a população e a amostra, os procedimentos no desenvolvimento do trabalho que envolve a entrevista com os coordenadores do curso e a pesquisa com os alunos, bem como as fontes empregadas na coleta e análise de dados. O quarto capítulo apresenta os resultados da pesquisa, obtidos com os instrumentos aplicados aos coordenadores e aos alunos, com respectiva articulação dos dados obtidos e o referencial teórico pesquisado, a fim de contemplar a problemática. No quinto capítulo são revistos os principais aspectos do estudo desenvolvido, com a identificação do alcance dos objetivos respondendo à questão da investigação e propondo recomendações para a continuidade e maior aprofundamento da pesquisa. O problema da investigação trata de: Que contribuições o conhecimento das práticas

de

leitura

dos

alunos

da

EJA

podem

trazer

ao

CURSO

PROEJA/FIC/JOINVILLE? Também para direcionar a pesquisa, determinou-se um objetivo geral e três objetivos específicos que a ele se referem. O objetivo geral é: analisar as práticas de leitura dos alunos da EJA e suas contribuições ao curso PROEJA/FIC/Joinville. Os objetivos específicos são: esclarecer informações e expectativas sobre o curso PROEJA/FIC na visão dos seus coordenadores; Identificar o perfil dos potenciais alunos do PROEJA/FIC; verificar a importância da leitura na perspectiva dos alunos. Neste trabalho, pode-se destacar como justificativa a importância de conhecer as práticas de leitura dos potenciais alunos ao curso PROEJA/FIC, a fim de fornecer subsídios ao curso de Formação Inicial e Continuada em Fabricação Mecânica Integrada ao Ensino Fundamental na Modalidade EJA, de forma que melhor contemple essa demanda.


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Desta maneira, podem-se analisar as práticas de leitura dos alunos da EJA e suas contribuições ao curso PROEJA/FIC/Joinville de forma contextualizada, oportunizando aos egressos do curso maiores oportunidades profissionais no mercado da indústria metal-mecânica joinvilense e além, enquanto cidadãos na sociedade em que estão inseridos.


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2 A RELAÇÃO ENTRE A ESCRITA E A LEITURA

A relação entre a escrita e a leitura é intrínseca, pois o valor da escrita está na sua respectiva leitura. Sendo assim, o exercício da cidadania dar-se-á por meio da aquisição da leitura, escrita e da inserção no mundo letrado. Cidadania esta que resgata a autoestima, a possibilidade e o direito dos indivíduos se perceberem como sujeitos leitores. Cabe à instituição escolar incentivar constantemente essas habilidades para que seus alunos aprendam e continuem tal prática por toda a vida. Na perspectiva da Proposta Curricular de Santa Catarina (1998), toda a aula constitui um convite para o exercício da escrita e da leitura. A partir da década de 80, surge um termo utilizado na área da educação que está diretamente relacionado com a leitura e escrita, denominado letramento. Esse conceito passou a ser usado e explorado nos campos acadêmicos e científicos. Para Soares (2003, p.17): Etimologicamente a palavra literacy, vem do latim littera (letra), com o sufixo -cy, que denota qualidade, condição, estado, fato de ser. (...) Ou seja: literacy é o estado ou condição que assume aquele que aprende a ler e escrever. Implícita nesse conceito está a idéia de que a escrita traz consequências sociais, culturais, políticas, econômicas, cognitivas e linguísticas, quer para o grupo social em que seja introduzida, quer para o indivíduo que aprenda a usá-la.

Nesse sentido, torna-se necessário exercer as práticas sociais de leitura e escrita demandadas na sociedade. A alfabetização conduz ao letramento quando o seu uso efetiva-se nas práticas sociais.

2.1 Alfabetização e letramento No Brasil, historicamente, o acesso à leitura e à escrita era restrito para a maioria da população. O fato de não saber ler e escrever tornou-se um problema de ordem política e social. Atualmente, conhecer como funciona a escrita é insuficiente, há necessidade de envolver-se nas práticas sociais letradas. Na visão de Tfouni (1995, p.20) “Enquanto a alfabetização se ocupa da aquisição da escrita


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por um indivíduo, ou grupo de indivíduos, o letramento focaliza os aspectos sóciohistóricos da aquisição de uma sociedade”. Embora sejam processos diferentes, alfabetização e letramento são inseparáveis e indispensáveis na inserção do indivíduo na cultura escrita. Para Ribeiro (2003, p.91): Alfabetização é o processo pelo qual se adquire o domínio de um código e das habilidades de utilizá-lo para ler e escrever, ou seja: o domínio da tecnologia – do conjunto de técnicas – para exercer a arte e ciência da escrita. Ao exercício efetivo e competente da tecnologia da escrita denomina-se Letramento que implica habilidades várias, tais como: capacidade de ler ou escrever para atingir diferentes objetivos.

Alfabetização e letramento são conceitos comumente confundidos ou um diminuído em relação ao outro. Faz-se necessário aproximá-los para melhor compreendê-los. Com esta compreensão, permite-se repensar a especificidade da alfabetização, no âmbito do alfabetizar letrando. Também, no decorrer histórico, instrumentos utilizados demonstram como está a alfabetização no Brasil. Inicialmente bastava que a pessoa declarasse saber ler e escrever. Com o passar do tempo, as exigências aumentaram. Para Kleiman (2001, p.269): Se por meio das grandes pesquisas quantitativas, podemos conhecer onde e quando intervir em nível global, os estudos acadêmicos qualitativos, geralmente de tipo etnográfico, permitem conhecer as perspectivas específicas dos usuários e os contextos de uso e apropriação da escrita, permitindo, portanto, avaliar o impacto das intervenções e até, de forma semelhante à das macro análises, procurar tendências gerais capazes de subsidiar as políticas de implementação de programas.

Atualmente o INAF – Indicador Nacional de Alfabetismo Funcional (2009) confirma que a escolarização é o principal fator de promoção das habilidades de alfabetismo da população: quanto maior o nível de escolaridade, maior a chance de atingir bons níveis de alfabetismo. O INAF define quatro níveis de alfabetismo: • Analfabetismo - que corresponde à condição dos que não conseguem realizar tarefas simples que envolvem a leitura de palavras e frases, ainda que uma parcela destes consiga ler números familiares (números de telefone, preços etc.).


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• Alfabetismo nível rudimentar- corresponde à capacidade de localizar uma informação explícita em textos curtos e familiares (como um anúncio ou pequena carta), ler e escrever números usuais e realizar operações simples. • Alfabetismo nível básico- pessoas neste nível podem ser consideradas funcionalmente alfabetizadas, pois já lêem e compreendem textos de média extensão, localizam informações mesmo que seja necessário realizar pequenas inferências, lêem números na casa dos milhões, resolvem problemas envolvendo uma sequência simples de operações e têm noção de proporcionalidade. • Alfabetismo nível pleno - estão as pessoas que têm habilidades para compreender e interpretar textos em situações usuais: lêem, analisam e relacionam partes, comparam e avaliam informações, distinguem fato de opinião, realizam inferências e sínteses no texto. Em matemática, resolvem problemas de maior complexidade, gráficos, mapas. Com a mesma preocupação em diferenciar as práticas escolares de ensino da língua escrita e a dimensão social das várias manifestações escritas em cada comunidade, Kleiman (1995, p.19) define o letramento como:

[...] um conjunto de práticas sociais que usam a escrita, enquanto sistema simbólico e enquanto tecnologia, em contextos específicos. As práticas específicas da escola, que forneciam o parâmetro de prática social segundo a qual o letramento era definido, e segundo a qual os sujeitos eram classificados ao longo da dicotomia alfabetizado ou não-alfabetizado, passam a ser, em função dessa definição, apenas um tipo de prática – de fato, dominante – que desenvolve alguns tipos de habilidades, mas não outros, e que determina uma forma de utilizar o conhecimento sobre a escrita.

Neste sentido, valoriza-se o impacto qualitativo que este conjunto de práticas sociais representa para o sujeito, extrapolando a dimensão técnica e instrumental do puro domínio do sistema de escrita. Na Proposta Curricular de Santa Catarina – Estudos Temáticos (2005), o termo letramento refere-se à prática social da leitura e da escrita, une-se ao conceito de alfabetização no sentido amplo, além do processo de apropriação do código da escrita, abrangendo as consequências desse conhecimento na vida dos indivíduos. Também, de acordo com este documento, podem-se encontrar sujeitos escolarizados que aprenderam a decifrar o código escrito e que lêem palavras e textos, porém não são capazes de utilizar a língua escrita em situações sociais que


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exigem habilidades mais complexas. Sendo assim, indivíduos alfabetizados, mas não letrados. Retomando a tese defendida por Freire (1983, p.16): Os estudos sobre o letramento reconfiguraram a conotação política de uma conquista – a alfabetização - que não necessariamente se coloca a serviço da libertação humana. Muito pelo contrário, a história do ensino no Brasil, a despeito de eventuais boas intenções e das ‘ilhas de excelência’, tem deixado rastros de um índice sempre inaceitável de analfabetismo agravado pelo quadro nacional de baixo letramento.

O processo de letramento se efetiva ao longo da vida, enquanto as pessoas vivenciam práticas sociais, convivendo com diferentes gêneros discursivos. Partindo dessa compreensão, as atividades de ensino e aprendizagem, intencionalmente focadas no letramento, farão a diferença na apropriação dos conteúdos para a elaboração e reelaboração dos conceitos científicos, contribuindo para a aprendizagem significativa. A escola, enquanto espaço de letramento, constitui-se lócus favorável à interação, por meio de diferentes linguagens, em textos de diversos gêneros discursivos. A mediação de diferentes linguagens na escola propiciará um aluno mais crítico, contribuindo para respectiva leitura de mundo. Neste estudo aborda-se levemente o tema, o qual vem sendo discutido profundamente pelos especialistas na área, subsidiando os professores em suas práticas na sala de aula, norteando o processo de ensino-aprendizagem, oportunizando aos alunos conquistarem a cidadania via leitura, enquanto construtores de uma sociedade mais justa, mais digna, mais crítica. Se a educação sempre foi um desafio no Brasil, mesmo que legalmente universalizada, por outro lado sabe-se que nem sempre a garantia de estar na escola é de que o aluno aprenderá. O acesso à escola aumentou, assim como as pesquisas nesse campo também têm demonstrado melhora, comparando-se há décadas atrás, mas a comemoração somente poderá acontecer quando todos os brasileiros tiverem garantidos os seus direitos de alfabetizados e letrados, de seguirem seus estudos, galgando os diferentes graus de ensino, de poderem atuar na sociedade, sem discriminação por lhes faltarem a escrita e leitura. No Brasil, ainda há muito a ser conquistado, pois muitos indivíduos encontram-se fora da escola.


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Para estes, se faz urgente incluí-los através da alfabetização e letramento na Educação de Jovens e Adultos. Nesta pesquisa foca-se o entendimento dos autores, bem como a realidade vivenciada em sala de aula, ou seja, alfabetizar letrando é o desafio posto para a Educação de Jovens e Adultos.

2.2 Alfabetização e letramento na Educação de Jovens e Adultos

A divulgação e o emprego do termo letramento passaram a ter relevância no meio educacional, a partir da década de 1980, ganhando espaço e credibilidade no discurso dos teóricos, de especialistas e de professores alfabetizadores. Iniciam-se ações pedagógicas na reorganização do ensino e na ressignificação dos novos modos de ensinar. Segundo a Proposta Curricular de Santa Catarina - Estudos Temáticos (2005), a articulação entre alfabetização e letramento implica uma concepção dialógica e interdiscursiva da linguagem, considerando-a enquanto atividade criadora e mobilizadora da língua escrita em práticas sociais diversificadas. Neste sentido, conjugar os conceitos de alfabetização e letramento, contemplando a peculiaridade que caracteriza cada qual, constitui um desafio no processo de ensino-aprendizagem nas diferentes modalidades de ensino, inclusive na Educação de Jovens e Adultos. Segundo Kalman (2004, p. 9): A alfabetização pode ser entendida como um mosaico de práticas sociais que variam em função do contexto de usos. A leitura e a escrita sempre ocorrem em contextos específicos, em situações complexas, em dimensões interativas, históricas, políticas e ideológicas.

Para esse segmento, faz-se necessário adequar os currículos escolares, a articulação entre a escola e o mundo do trabalho, diversificando as metodologias de ensino. Pensar na Educação de Jovens e Adultos na perspectiva da inclusão social, levando em conta as especificidades desses educandos, dando-lhes o que é de direito, ou seja, uma educação de qualidade. Conforme a Proposta Curricular de Santa Catarina – Estudos Temáticos (2005), a esses alunos, a escola deve proporcionar conhecimentos relacionados com


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o seu cotidiano, oportunizando aprenderem significados provenientes do seu meio para a resolução dos problemas individuais e coletivos. Portanto, há necessidade cada vez mais de uma escola que se disponha a construir um sentido social, significativo e contextualizado com o mundo em que vive, enquanto sentido de vida cidadã para o indivíduo. Conforme Goulart (2003, p. 106): [...] alfabetizar é menos impor modelos que permitir que o sujeito desenvolva sua forma de captar o simbólico social nos textos (e aí está incluído o sistema de escrita), a partir de sua subjetividade, com a sua marca, a sua assinatura. A construção da identidade individual no processo de produção de textos parece estar fundada na construção da identidade social.

Não somente nas atividades de leitura, mas também nas de escrita é fundamental que os alunos possam ir compreendendo e penetrando na organização da linguagem escrita socialmente relevante. E assim, as práticas da escola são contextualizadas as suas vivências cotidianas, tratando-se letramento numa dimensão diferente de alfabetização, porém complementar.


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3 CONTEÚDOS CONTEXTUALIZADOS

A realidade apresentada atualmente na EJA e respectivamente no PROEJA/FIC requer diferentes saberes que se fundamentam nos pilares que sustentam a educação quanto a aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a viver juntos e aprender a ser. E para que estes tenham êxito, há necessidade de metodologias e técnicas didáticas diferenciadas. É preciso que os conteúdos sejam contextualizados para que o processo de ensino e aprendizagem seja significativo. Partindo do pressuposto de que a educação só pode ser compreendida em determinado contexto histórico, torna-se evidente a atenção aos novos rumos a serem perseguidos. Tantas mudanças ocasionaram uma crise de paradigma. Para Aranha (1996), paradigma é um modelo, um conjunto de idéias e valores capaz de situar os membros de uma comunidade em determinado contexto, de maneira a possibilitar a compreensão da realidade e a atuação a partir de valores comuns. Para tanto há necessidade de que a escola propicie aos seus alunos uma visão holística, isto é, do todo, articulado, contextualizado. Nesta perspectiva, surge o problema da transformação do saber elaborado, científico em saber escolar. Essa transformação é o processo através do qual se selecionam elementos relevantes para o crescimento intelectual dos alunos, do conjunto do saber sistematizado, organizam-se esses elementos de uma forma tal que possibilite a sua assimilação, na medida em que viabilizam o domínio de determinados conteúdos. Para Comênio (apud Aranha, 1996, p.108): “Só fazendo, aprendemos a fazer [...] por isso as escolas são oficinas da humanidade”. A escola que pensa o ensinar enquanto fomentar possibilidades para a produção ou a construção do conhecimento reflete a importância da significação e contextualização dos conteúdos no processo de ensino-aprendizagem. O ensino deve ser feito pela ação e estar voltado para a ação. É importante ensinar o que tem valor, não somente para a escola e sim para a vida.


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3.1 Conceito, considerações e categorias dos conteúdos

Segundo Tufano (2001, p. 40), “Contextualizar: ato de colocar no contexto. Do latim contexto. Colocar alguém a par de algo, alguma coisa, uma ação premeditada para situar um indivíduo em um lugar no tempo e no espaço desejado, encadear idéias em um escrito, construir o texto no seu todo, argumentar”. A aprendizagem se dá integralmente, interligando o que já se sabe com o novo, reelaborando o conhecimento. Na perspectiva de conteúdos contextualizados, Moran et al (2000, p. 23) consideraram: Aprendemos melhor quando vivenciamos, experimentamos, sentimos. Aprendemos quando relacionamos, estabelecemos vínculos, laços entre o que estava solto, caótico, disperso, integrando-o em um novo contexto, dando-lhes significado, encontrando um novo sentido. Aprendemos mais quando estabelecemos pontes entre reflexão e ação, entre experiências e a conceituação, entre a teoria e a prática; quando ambas se alimentam mutuamente. Aprendemos quando equilibramos e integramos o sensorial, o racional o emocional, o ético, o pessoal e o social. Aprendemos quando interagimos com os outros e o mundo e depois, quando interiorizamos, quando nos voltamos para dentro, fazendo nossa própria síntese, nosso reencontro do mundo exterior com a nossa reelaboração pessoal.

Brasil (1997, p.40), Os Parâmetros Curriculares Nacionais afirmam que “os conteúdos escolares que são ensinados devem, portanto, estar em consonância com as questões sociais que marcam cada momento histórico”. Para que o aprendizado seja significativo há de ser contextualizado. Assim em Brasil (1997, p.74), Os Parâmetros Curriculares Nacionais: “Aprender conceitos permite atribuir significados aos conteúdos aprendidos e relacioná-los a outros”. Os conteúdos escolares têm um significado relevante no contexto da escola, envolvendo e integrando as práticas ali desenvolvidas. Segundo Zabala (1998, p.43), deve-se considerar: 1º) Brasil (1997, p. 62), Os Parâmetros Curriculares Nacionais: “O tratamento da área e de seus conteúdos integra uma série de conhecimentos de diferentes disciplinas, que contribuem para a construção de instrumentos de compreensão e intervenção na realidade em que vivem os alunos”. 2º) O trabalho coletivo, que articula os diversos segmentos da comunidade escolar


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é fundamental para sustentar a ação educativa em torno de um projeto escolar, norteando o processo de ensino-aprendizagem. 3º) A escola e a sua função social, a qual existe para garantir a aprendizagem de conteúdos e de habilidades necessárias para a vida em sociedade, permitindo ao aluno exercitar a sua cidadania. 4º) Currículo: As informações contidas no processo de aprendizagem estão organizadas no currículo escolar, que reúne e integra todas as ações da escola e inclui conteúdos e metodologias de ensino e aprendizagem. 5º) Projeto Político-Pedagógico: Faz a articulação das intenções, prioridades e caminhos escolhidos para realizar sua função social. 6º) Competências: Desenvolver competências pressupõe assumir uma pedagogia ativa e cooperativa em sala de aula, trabalhar por resoluções de problemas e por projetos, propor tarefas complexas e desafios que incitem os alunos a mobilizar seus conhecimentos. 7º) Construção de conhecimento: A construção de conhecimentos deve resultar do diálogo do aluno com o pensamento e com o mundo que o rodeia. 8º) Concepção Pedagógica: Qualquer que seja a linha pedagógica, professores e alunos trabalham, necessariamente, com conteúdos. O que diferencia radicalmente as propostas é a função que se atribui a estes no contexto escolar e, em decorrência disso, as diferentes concepções quanto à maneira como devem ser selecionados e tratados. 9º) Conteúdos escolares: O projeto educacional expresso nos Parâmetros Curriculares Nacionais demanda uma reflexão sobre a seleção de conteúdos, se amplia para além de fatos e conceitos, passando a incluir procedimentos, valores, normas e atitudes. Também em Brasil (1997, p. 63), Os Parâmetros Curriculares Nacionais: “O professor, considerando a multiplicidade de conhecimentos em jogo nas diferentes situações, pode tomar decisões a respeito de suas intervenções e da maneira como tratará os temas, de forma a propiciar aos alunos uma abordagem mais significativa e contextualizada”. 10º) Os conteúdos: É necessário um desprendimento quanto à leitura restrita do termo conteúdo e entendê-lo como tudo quanto se tem que aprender para alcançar determinados objetivos, que não apenas abrangem as capacidades cognitivas, como


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também incluem as capacidades motoras afetivas, de inserção social e relações. A perspectiva da abordagem dos conteúdos contextualizados proporcionará, no curso PROEJA/FIC, a aprendizagem significativa, permitindo aos alunos, além da articulação entre a teoria e a prática nos laboratórios do Curso de Fabricação Mecânica, a contextualização dar-se-á também nos conceitos, nos procedimentos e nas atitudes que demandam aplicabilidade na vida cotidiana. Assim, o aprender significativo acompanhará o indivíduo, instigando-o a querer aprender cada vez mais no decorrer de sua vida. De acordo com Boneti (2010), no PROEJA/FIC, as práticas pedagógicas previstas terão como objetivo oportunizar aos estudantes a contextualização de conceitos e conhecimentos adquiridos na fase escolar, pela observação e identificação de processos, bem como nas práticas de laboratório. Também

se

faz

necessário

mencionar

a

importância

da

proposta

contextualizada entre os parceiros envolvidos, ou seja, o Instituto Federal e a Secretaria de Educação Municipal, quanto ao seu projeto político-pedagógico. Sendo que esta pesquisa vincula-se às práticas de leitura e ao curso de mecânica do PROEJA/FIC, um dos aspectos para esta significação e análise dos conteúdos trabalhados é considerar as categorias: conceitual, procedimental e atitudinal, conforme se apresenta no quadro abaixo:


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Saber

Saber fazer

Ser

Conceitual: Fatos, conceitos e princípios. Fatos: Objetos, acontecimentos, símbolos (ou conjunto de símbolos) que se encontram articulados ou relacionados através de conceitos (mamíferos, triângulo, período, império, número primo, planalto, a idade de uma pessoa, etc). Aprendizagem: A aprendizagem de fatos envolve a memorização por repetição verbal. Conceitos: Os conceitos se referem ao conjunto de fatos, objetos ou símbolos que têm características comuns. São conhecimentos sempre em aprimoramento. Princípios: Se referem às mudanças que se produzem num fato, objeto ou situação em relação a outros fatos, objetos ou situações em que descrevem relações de causa-efeito ou de correlação. Os princípios são sistemas conceituais (leis, regras, teorias). Ex: lei ou regras de uma corrente literária. Obs: conceitos e princípios têm um denominador comum: a necessidade de compreensão (é preciso 1º entender o significado). Aprendizagem: A aprendizagem de conceitos e princípios implica em atividade cognitiva originada em experiências ou situações. Ações dos alunos em situações de aprendizagem envolvendo esse tipo de conteúdo: Explicações dos alunos em situações de observação do uso de cada um dos conceitos.

Procedimental: Procedimentos: Conjuntos de ações ordenadas e com um fim determinado, ou seja, voltadas à consecução de uma meta. Técnicas, métodos, estratégias, algoritmos, destrezas ou habilidades. Aprendizagem: Aprender procedimentos implica em um fazer compreensivo e repetições não mecânicas. Exemplos de conteúdos procedimentais: Ex: Desenhar. Ler, traduzir, inferir (cognitivo) Saltar, recortar e espetar (motor) Outras ações dos alunos em situações de aprendizagens envolvendo esse tipo de conteúdo: manejar, provar, confeccionar, construir, reconstruir. Atividades: Só é possível avaliar o nível de competência dos educandos se os situamos frente a atividades que lhes obriguem a desenvolver o conteúdo procedimental e que sejam facilmente observáveis. Atividades abertas que permitam um trabalho de atenção por parte do professor e a observação sistemática de como cada um dos alunos transfere o conteúdo para a prática. 1º As atividades devem partir de situações significativas e funcionais. 2º A seqüência deve contemplar atividades que apresentem os modelos de desenvolvimento do conteúdo da aprendizagem. 3º As atividades devem apresentar uma seqüência clara com uma ordem de atividades que siga um processo gradual. 4º São necessárias atividades com ajuda de diferentes graus e prática guiada. 5º Atividades de trabalho independente.

Atitudinal: Valores, atitudes e normas Valores: Valores são princípios normativos que se concretizam em normas, isto é, padrão de comportamento que se deseja respeitar. Exemplos de valores: a solidariedade, o respeito, a liberdade, a responsabilidade, etc Atitudes: São as formas como cada pessoa realiza sua conduta de acordo com valores determinados. Exemplos de atitudes: cooperar. Normas: São padrões ou regras de comportamento para determinadas situações, seguidas por todos os membros de um grupo social. Atividades: As atividades de ensino destes conteúdos são mais complexas: 1º Adaptar o caráter dos conteúdos atitudinais às necessidades e às situações reais dos alunos. 2º Partir da realidade como fio condutor do trabalho destes conteúdos. 3º Introduzir os processos de reflexão crítica para que as normas sociais de convivência integrem as próprias normas. 4º Favorecer modelos das atitudes a desenvolver. 5º Fomentar a autonomia moral de cada aluno. Ações dos alunos em situações de aprendizagens envolvendo esse tipo de conteúdo: Respeitar, tolerar, praticar, ser, permitir, interessar-se, etc. A aprendizagem desse tipo de conteúdo envolve os campos cognitivo, afetivo e de conduta e implicam experiências com componente afetivo.

QUADRO 1: Categorias dos conteúdos Fonte: Zabala (1998, p.30).

A verdadeira escola contextualiza os conteúdos às vivências dos seus alunos, minimizando eventuais dificuldades na aprendizagem.


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4 A EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS E A LEGISLAÇÃO

Com tantos desafios enfrentados no campo da educação brasileira, a Constituição de 1988 e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDB n.º 9.394/96 vêm nortear e construir uma nova realidade subsidiada pelo aparato legal. Assim, também é contemplada a Educação de Jovens e Adultos, com o objetivo de proporcionar direito à educação escolar a todos que não a tiveram em tempo regular ou não puderam completá-la, reparando essa situação. Desde a Constituição de 1988, ela se tornou um direito aos jovens e adultos. Brasil ( 1996),a Lei nº 9.394/96 estabelece que: Art. 4º. O dever do Estado com a educação escolar pública será efetivado mediante garantia de: VII - oferta de educação escolar regular para jovens e adultos, com características e modalidades adequadas às suas necessidades e disponibilidades, garantindo-se aos que forem trabalhadores as condições de acesso e permanência na escola.

Portanto, a modalidade vem resgatar a educação de jovens e adultos como um direito constitucional assim como o direito a um ensino de qualidade, possibilitando a integração destes sujeitos na sociedade e a qualificação para o trabalho. A mesma lei, quanto à educação profissional, determina que:

Art. 39º. A educação profissional, integrada às diferentes formas de educação, ao trabalho, à ciência e à tecnologia, conduz ao permanente desenvolvimento de aptidões para a vida produtiva. Parágrafo único. O aluno matriculado ou egresso do ensino fundamental, médio e superior, bem como o trabalhador em geral, jovem ou adulto, contará com a possibilidade de acesso à educação profissional.

Também em Brasil (2004), o Decreto nº 5.154, de 23 de julho esclarece que: Art. 3º Os cursos e programas de formação inicial e continuada de trabalhadores, referidos no inciso I do art. 1o, incluídos a capacitação, o aperfeiçoamento, a especialização e a atualização, em todos os níveis de escolaridade, poderão ser ofertados segundo


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itinerários formativos, objetivando o desenvolvimento de aptidões para a vida produtiva e social § 2o Os cursos mencionados no caput articular-se-ão, preferencialmente, com os cursos de educação de jovens e adultos, objetivando a qualificação para o trabalho e a elevação do nível de escolaridade do trabalhador, o qual, após a conclusão com aproveitamento dos referidos cursos, fará jus a certificados de formação inicial ou continuada para o trabalho.

Ainda no que diz respeito à legislação, o Decreto 5.840, de 13 de julho de 2006, vem ratificar o tratamento dado a essa modalidade de ensino, instituindo, no âmbito federal, o Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos, denominado PROEJA, que institui cursos e programas de educação profissional. Assim, Brasil (2006), o decreto determina que: Art. 3º Os cursos do PROEJA, destinados à formação inicial e continuada de trabalhadores, deverão contar com carga horária mínima de mil e quatrocentas horas, assegurando-se cumulativamente: I - a destinação de, no mínimo, mil e duzentas horas para formação geral; II - a destinação de, no mínimo, duzentas horas para a formação profissional.

Neste caso, o Instituto Federal, enquanto instituição ofertante do curso PROEJA/FIC, em parceria com a Secretaria Municipal de Ensino, segue o Decreto acima citado: Art. 5º As instituições de ensino ofertantes de cursos e programas do PROEJA serão responsáveis pela estruturação dos cursos oferecidos e pela expedição de certificados e diplomas. Parágrafo único. As áreas profissionais escolhidas para a estruturação dos cursos serão, preferencialmente, as que maior sintonia guardarem com as demandas de nível local e regional, de forma a contribuir com o fortalecimento das estratégias de desenvolvimento socioeconômico e cultural.

Assim, as legislações citadas vêm assegurar o curso PROEJA-FIC, ofertado pelo Instituto Federal de Santa Catarina, campus Joinville em parceria com a Secretaria de Educação Municipal, no que concerne à Educação Básica, na modalidade de Jovens e Adultos.


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5 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

A investigação científica consegue o seu objetivo final, segundo Mora (2001), mediante a coleta e o estudo de dados, fatos e informações, por meio da aplicação dos métodos ou técnicas sobre as fontes.

5.1 O lugar de estudo O município de Joinville, segundo o IBGE (2010), está situado em um ponto estratégico de acesso aos países do Cone Sul, conta atualmente com uma população de 509.293 habitantes. É um dos quinze municípios brasileiros com maior volume de arrecadação de tributos e o terceiro pólo industrial do sul do País. O município apresenta 82% de sua atividade econômica concentrada em 1.521 indústrias inseridas no setor metal-mecânico. No âmbito educacional, Joinville possui 85 unidades escolares de ensino fundamental com 48.192 matrículas/ano. No entanto, destas, apenas 47 têm ação pedagógica direcionada para a EJA. Como a vocação do município de Joinville é ampla na área metal-mecânica, indústrias metalúrgicas carecem de constante qualificação de mão obra operacional, no que se refere a processos de usinagem, assim como soldagem. Contrapondo a isto, há uma demanda reprimida de 10.338 jovens entre 18 e 29 anos, que não concluíram as séries finais do ensino fundamental. Dentro desse contexto, situa-se o Instituto Federal de Santa Catarina, Campus Joinville, pertencente à rede federal de ensino, situado no bairro Costa e Silva, doravante parceiro no curso PROEJA/FIC, juntamente da Secretaria Municipal de Educação. Também as instituições escolares da rede municipal, que abrigam a modalidade Educação de Jovens e Adultos, as quais foram palco desta pesquisa: Escola Municipal Professora Ada Santana da Silveira e a Escola Municipal Professora Rosa Maria Berezoski Demachi, ambas situadas em bairros populosos desse município.


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5.2 Tipo e método do estudo O presente estudo baseia-se na pesquisa social, ou seja de campo e descritiva, do tipo quantitativo e qualitativo. Procura investigar quais são as práticas de leitura dos alunos da Escola Municipal Professora Rosa Maria Berezoski Demarchi e da Escola Municipal Professora Ada Santana da Silveira, na modalidade EJA. Escolas estas pertencentes à rede parceira com o Instituto Federal de Santa Catarina, campus Joinville, no curso PROEJA/FIC. Os conceitos da pesquisa qualitativa foram utilizados neste trabalho na entrevista, pela própria pesquisadora, com o coordenador do curso PROEJA/FIC e com a coordenadora da EJA da Secretaria Municipal de Educação. Neste trabalho, utilizou-se a pesquisa quantitativa nas análises estatísticas, na construção das tabelas que sistematizaram as opiniões dos alunos no questionário. Portanto, mescla ambos os métodos para demonstrar os resultados da pesquisa. Segundo Vianna (2003, p. 99), “[...] é freqüente adotar-se uma combinação de análise quantitativa e qualitativa, aspectos que se complementam nos trabalhos de pesquisa”. A pesquisa busca explicar situações que estuda e analisa, apresentando, ao final, inferências e conclusões.

5.3 Procedimentos no desenvolvimento da pesquisa Alguns procedimentos são relevantes para o norteamento do trabalho Das Práticas de Leitura dos Alunos da EJA ao Curso PROEJA/FIC, tais como: sobre o que pesquisar, por quê, como, quando, quais os envolvidos e quais os recursos utilizados. Para tanto, buscou-se coerência entre as etapas do planejamento e sua respectiva execução. Sendo assim, foi solicitada carta de apresentação junto ao coordenador local da Especialização PROEJA para dar início às visitas nas instituições a serem pesquisadas, conforme Anexo 1. A seguir, foi exposto ao coordenador do curso PROEJA/FIC a intenção da pesquisa, bem como de entrevista sobre o curso a ser iniciado, em parceria com a Secretaria Municipal de Educação. Tal coordenador explanou sobre o curso,


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inclusive esclarecendo que este já deveria ter iniciado, pois se encontrava pronto, dependendo apenas da liberação de verba orçamentária. Nesta data, também foram apresentados in loco, os três laboratórios: usinagem, soldagem e metrologia, a serem utilizados no referido curso. Em data posterior, foi enviada pelo coordenador, a cópia do curso a ser implantado, conforme Anexo 2. Mais tarde, visitou-se a coordenadora da EJA, parceira municipal, também para entrevista, conforme Apêndice 1, quando informou quais as escolas ofertantes da Educação de Jovens e Adultos e as possíveis instituições a serem beneficiadas com tal parceria. A partir desse contato, foi possível a visitação às escolas da rede, sendo que após autorização de suas diretoras, iniciou-se a pesquisa de campo, na forma de questionário, conforme Apêndice 2, junto aos alunos. Em 06 de outubro de 2010, visitou-se a escola Escola Municipal Professora Rosa Maria Berezoski Demarchi e, em 07 de outubro, a Escola Municipal Professora Ada Santana da Silveira. Conforme Mora (2001), o universo ou população é um grupo de pessoas ou coisas similares em um ou vários aspectos, que formam parte do objeto de estudo. A amostra é parte da população, a qual se examina detalhadamente. Da informação resultante se aplicará ao todo, ao universo. A Escola Municipal Professora Rosa Maria Berezoski Demarchi possui 160 alunos e a Escola Municipal Professora Ada Santana da Silveira, com 138 alunos na modalidade Educação de Jovens e Adultos, funcionando ambas no período noturno, totalizando 298 alunos. A amostra deste estudo é formada por doze alunos de 5ª séries, seis de cada escola citada. As turmas fizeram parte da amostra, que se deu por conveniência, ou seja, foi selecionada a partir de critérios definidos como: serem alunos das séries finais do ensino fundamental, na modalidade Educação de Jovens e Adultos presencial e de acordo com a faixa etária estabelecida no Curso PROEJA/FIC de Fabricação Mecânica. A população da pesquisa também é composta pelo coordenador do curso PROEJA/FIC, bem como pela coordenadora da Educação de Jovens e Adultos da Secretaria Municipal de Educação, já que são responsáveis diretamente pela implantação e coordenação do curso.


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5.4 Técnicas e instrumentos de coleta de dados Neste estudo foram utilizados: •

Roteiro de entrevista feita ao coordenador do curso PROEJA/FIC do IF/SC e à coordenadora da EJA da Secretaria Municipal de Educação (Apêndice 1);

Questionário aplicado aos alunos, pela própria pesquisadora, através de entrevista, com duas partes: a primeira sobre o perfil geral dos pesquisados, e a segunda, sobre seus dados, enquanto leitores, com dez questões fechadas de múltipla escolha (Apêndice 2);

Projeto do curso PROEJA/FIC em Fabricação Mecânica (Anexo 2);

5.5 Técnicas de análise dos dados

A análise dos resultados deste estudo foi desenvolvida seguindo os procedimentos da pesquisa qualitativa e quantitativa. A análise qualitativa de dados foi feita a partir da entrevista aos coordenadores das redes parceiras envolvidas, tendo também como suporte o projeto do curso PROEJA/FIC em Fabricação Mecânica. A análise quantitativa dos dados foi realizada por tabulação das respostas das questões relativas ao perfil do aluno e dos dez itens relativos à leitura, no questionário aplicado aos alunos com respectiva apresentação em tabelas. Para Vianna (2003), a abordagem quantitativa pode esclarecer alguns pontos descritivos do relatório da análise qualitativa, proporcionando certo grau de objetividade ao trabalho. As duas questões relativas à entrevista com os coordenadores foram transcritas de acordo com as informações obtidas.


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6 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS DA PESQUISA

6.1 Pesquisa com os coordenadores

Os coordenadores parceiros do curso PROEJA/FIC: da EJA da Secretaria Municipal de Educação e do Instituto Federal de Santa Catarina, campus Joinville, foram submetidos a uma entrevista, na qual puderam abordar alguns aspectos do curso. A análise destes comentários responde ao objetivo específico: esclarecer informações e expectativas sobre o Curso PROEJA/FIC a ser implantado em Joinville, na visão dos respectivos coordenadores. Na primeira pergunta da entrevista, foram detalhadas informações sobre o curso. O coordenador do PROEJA/FIC apresentou o formato do referido curso com base no que determina a legislação, ou seja, 1200 horas de formação geral, de responsabilidade das escolas municipais e 200 horas de formação técnica, de responsabilidade do Instituto Federal, totalizando 1400 horas. O curso escolhido foi o de Fabricação Mecânica em Soldagem e Usinagem, em virtude da demanda do mercado joinvilense, de predominância industrial metal-mecânica. Também foi explanado que o plano político-pedagógico será unificado entre os parceiros. A princípio, três escolas foram selecionadas para o programa, com 30 alunos por semestre, totalizando 90 alunos para o curso. A seleção dos alunos cursistas basear-se-á na idade mínima de 14 anos e na conclusão da 4ª série do Ensino Fundamental. O entrevistado também esclareceu que o atraso do início do curso é devido a não liberação da verba de implantação. Maiores detalhes constam no Projeto do Curso, na íntegra (Anexo 2), fornecido pelo coordenador. A coordenadora da EJA da Secretaria Municipal de Educação, sobre a questão, relatou que as três escolas municipais selecionadas: E.M. Sylvio Sniecikovski, E.M. Baltazar Buschle e E.M. Professora Ada Santana Silveira são da modalidade EJA presencial, citando também a E.M. Professora Rosa Maria Berezoski Demarchi, como opção. A seguir, esclareceu que foram feitas reuniões entre os parceiros para discussão do curso, inclusive sobre a necessidade de


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capacitação dos professores envolvidos. Mencionou também que o curso ainda não foi divulgado aos alunos. Quanto à segunda pergunta da entrevista, sobre as expectativas do curso, o coordenador mostrou-se preocupado sobre o novo projeto, já que é a primeira experiência do campus em PROEJA. Afirmou que os docentes não têm experiência com esse perfil de aluno, que será um novo desafio e que estão dedicando esforços para o êxito do curso. A coordenadora da EJA, quanto às expectativas, também citou o trabalho dispensado para o êxito da parceria formada, mencionando ainda o perfil diferenciado e as dificuldades enfrentadas pelos alunos desta modalidade de ensino como: a baixa autoestima, o problema de locomoção em razão de estudarem distante de suas moradias, a questão de serem alunos trabalhadores, entre outras.

6.2 Pesquisa com os alunos

As respostas da primeira parte do questionário contemplaram a investigação do segundo objetivo específico: identificar o perfil dos potenciais alunos do PROEJA/FIC. Quanto ao perfil dos alunos pesquisados, 07 são do sexo masculino e 05 do sexo feminino, sendo que 10 concluíram as séries iniciais do Ensino Fundamental quando crianças e 02 na modalidade EJA. Com as tabelas, abaixo representadas, dar-se-á melhor visibilidade às respostas do questionário, bem como à análise dos resultados. As perguntas do ítem A trataram do perfil do aluno. Tabela 1- Idade Idade

Nºde alunos

14 anos

2

15 anos

3

16 anos

2

17 anos

1

32 anos

2

34 anos

1

35 anos

1

Fonte: Pesquisa realizada com os alunos


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De acordo com a Tabela 67% (oito alunos) são jovens de 14 a 17 anos de idade, enquanto 33% (quatro alunos) têm de 32 a 35 anos. Segundo Bonetti (2010), um dos critérios de seleção para o Curso PROEJA/FIC em Fabricação Mecânica, é ter 14 anos ou mais.

Tabela 2- Naturalidade Naturalidade

Nºde alunos

Joinville(SC)

9

RioJaneiro(RJ)

1

São Luis (MA)

1

Vitorino (PR)

1

Fonte: Pesquisa realizada com os alunos

Os dados da Tabela 2 demonstram que 09 alunos são naturais de Joinville (SC), portanto 75% dos pesquisados são joinvilenses, enquanto 25% são naturais de outros estados: 01 do Rio de Janeiro (RJ), 01 de São Luís (MA) e 01 de Vitorino (PR).

Tabela 3- Profissões Profissões

Nº de alunos

Carpinteiro

1

Secretária

1

Repositor

1

Mecânico

1

Vigilante

1

Diarista

1

Montador

1

Estudante

5

Fonte: Pesquisa realizada com os alunos

Na Tabela 3, foram citadas as profissões dos respondentes: 01 carpinteiro, 01 secretária, 01 repositor de supermercado, 01 mecânico de motocicleta, 01 vigilante, 01 diarista, 01 montador e 05 estudantes. Portanto, ficou demonstrado que


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58% dos pesquisados são trabalhadores, enquanto 42% são estudantes.

As respostas da segunda parte do questionário, item B, contemplaram a investigação do terceiro objetivo específico: verificar a importância da leitura na perspectiva dos alunos. Para atender a esse objetivo, na segunda parte do questionário, foram feitas dez perguntas em relação ao aluno enquanto leitor.

A primeira pergunta foi em relação à idade em que aprendeu a ler. Tabela 4- Idade que aprendeu a ler e modalidade de ensino Idade

Nº de alunos

Modalidade

7 anos

10

Ensino Regular

15 anos

1

EJA

16 anos

1

EJA

Fonte: Pesquisa realizada com os alunos

Conforme os dados apresentados na Tabela 4, dos 12 alunos pesquisados, 83%, ou seja, 10 alunos responderam que aprenderam a ler com 7 anos de idade, na primeira série do Ensino Fundamental; 17%, 02 alunos, com 15 e 16 anos de idade respectivamente, aprenderam a ler na modalidade EJA.

Também na segunda parte, a segunda pergunta foi quanto ao gosto e dificuldade de leitura. Tabela 5 - Gosto e dificuldade de leitura Gosto e dificuldade

Nº alunos

Gosta muito/entende o que lê

5

Gosta pouco/entende pouco

3

Não gosta/tem dificuldade

4

Fonte: Pesquisa realizada com os alunos

Constatou-se, de acordo com a Tabela 5, que: 42% gostam muito e entendem o que lêem (cinco alunos); 25% gostam pouco e entendem pouco (três alunos) e 33% não gostam porque têm dificuldade (quatro alunos). Neste sentido, Santa Catarina (2005), A Proposta Curricular De Santa


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Catarina - Estudos Temáticos refere-se à prática social da leitura e da escrita em uma dimensão que traga consequências amplas desse conhecimento à vida dos alunos.

A terceira pergunta foi sobre o tipo de materiais que o aluno costuma ler. Tabela 6- Materiais que costuma ler Material de Leitura

Nº alunos

Manuais

1

Jornais

4

Livros de literatura

5

Livros de didática/apostila

4

Revistas

4

Fonte: Pesquisa realizada com os alunos

A tabela 6 demonstra que: 8% costumam ler manuais; 33% disseram ter o hábito de ler jornais; igualmente, 33% assinalaram que lêem apenas a apostila escolar; também 33% expressaram que lêem revistas e 42% mencionaram que costumar ler livros de literatura. Nesta questão, oito alunos responderam uma única opção, enquanto dois alunos responderam duas opções e outros dois alunos, três opções. Segundo Ribeiro (2001), no caso da educação de adultos, muitos materiais didáticos, geralmente os produzidos em grande escala, fazem referência a trabalhadores ou pessoas do povo genéricas, com as quais é difícil, homens e mulheres concretos, se identificarem, portanto há necessidade da leitura de materiais diversos. A quarta pergunta foi quanto ao incentivo à leitura que recebe na escola que frequenta. Tabela 7- Incentivo à leitura na escola Quantidade/local Muitas vezes, em sala Poucas vezes, em trabalhos, em casa Muitas vezes, na biblioteca Em laboratório Quase nunca Fonte: Pesquisa realizada com os alunos

Nº alunos 6 4 0 0 2


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Conforme os dados apresentados na Tabela 7, 50% (seis alunos) responderam que são incentivados a ler, muitas vezes, em sala de aula, quando solicitados pelo professor; 33% (quatro alunos) citaram poucas vezes, em trabalhos escolares realizados em casa. Quanto à leitura na biblioteca e no laboratório, os alunos responderam que quase nunca utilizaram estes dois espaços. Apenas um aluno respondeu duas opções.

Ainda contemplando o terceiro objetivo específico de verificar a importância da leitura, na quinta questão solicitou-se que os alunos assinalassem três opções em ordem crescente: se costuma ler por exigência escolar, por prazer ou para atualização profissional.

Tabela 8- Motivação pela leitura Motivação

1ª opção

2ª opção

3ª opção

Exigência escolar

5

2

5

Prazer

2

7

3

Atualização Profissional

5

3

4

Fonte: Pesquisa realizada com os alunos

No Tabela 8, é possível visualizar que: 42% (cinco alunos) disseram ser por exigência escolar; 16% (dois alunos) citaram ser por prazer e 42% (cinco alunos), por atualização profissional. A seguir, escolheram como segunda opção: 17% (dois alunos) como exigência escolar; 58% (sete alunos), por prazer e 25% (três alunos) são motivados a ler para atualizar-se profissionalmente. Enquanto terceira opção: 42% (cinco alunos) disseram ser por exigência escolar; 25% (três alunos), por prazer e 33% (quatro alunos) por atualização profissional. Os resultados demonstram que os alunos da EJA primeiramente costumam ler por exigência escolar e também para atualização profissional. Conforme Santa Catarina (2005), A Proposta Curricular de Santa Catarina – Estudos Temáticos, a escola pública é o principal espaço de acesso aos processos educativos e formativos disponível para o cidadão que vive do trabalho.

A sexta pergunta referiu-se à utilização da leitura e sua praticidade para


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montagem ou funcionamento de aparelhos eletro-eletrônicos.

Tabela 9 - Leitura de manuais para montagem e funcionamento de aparelhos Manuais

Nº alunos

Lê e entende

4

Pede ajuda

1

Tenta montar sem ler

4

Não utiliza porque são difíceis de 3 entender Fonte: Pesquisa realizada com os alunos

Na Tabela 9, constatou-se que: 33% (quatro alunos) costumam ler e entender os manuais explicativos na montagem ou funcionamento de aparelhos; 9 % (um aluno) disse pedir a outra pessoa que faça isso; 33% (quatro alunos) responderam que montam sem a leitura dos manuais e 25% (três alunos) disseram que não utilizam os manuais porque são difíceis de entender. Visualiza-se que um terço dos pesquisados não utiliza manuais para essa tarefa, portando se faz necessária a utilização deste tipo de material de leitura também em sala de aula.

A questão seguinte trata do acesso do aluno ao(s) laboratório(s) existentes na escola. Tabela 10- Acesso aos laboratórios Tipos de laboratórios

Nº alunos

De informática, na escola

6

Outros, na escola

0

Na empresa

1

Nenhum

5

Fonte: Pesquisa realizada com os alunos

Ficou representado, na Tabela 10, que ao serem questionados sobre a acessibilidade a qualquer tipo de laboratório: 50% (seis alunos) responderam já terem utilizado alguma vez o laboratório de informática da escola em que estudam;


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42% (cinco alunos) disseram que nunca utilizaram o laboratório na escola; 8% (um aluno) responderam que já utilizou o laboratório na empresa em que trabalha e nenhum aluno mencionou qualquer outro tipo de laboratório. Portanto somente a metade dos alunos citou ter frequentado um único tipo de laboratório na escola, ou seja, o de informática, mesmo assim, poucas vezes. Sendo assim, a frequência aos laboratórios proporcionará que a teoria seja contextualizada à prática e melhor compreendida pelo aluno. Para Boneti (2010), a metodologia do curso de Fabricação Mecânica PROEJA/FIC privilegia atividades práticas diversas, tanto em sala de aula, como em laboratórios e em ambientes externos. É a proposta do curso PROEJA/FIC em Fabricação Mecânica, a utilização dos laboratórios de soldagem, usinagem e metrologia.

Para atender o mesmo objetivo específico, também foi perguntado aos alunos, quais tipos de materiais de leitura os professores costumam utilizar em sala de aula.

Tabela 11- Materiais de leitura Tipos de materiais utilizados em sala

Nº alunos

Manuais de aparelhos

0

Sobre profissões dos alunos

0

Bulas de remédios

0

Não utilizam os materiais citados

12

Fonte: Pesquisa realizada com os alunos

De acordo com a Tabela 11, a maioria absoluta 100% (doze alunos) dos respondentes mencionaram que os professores não utilizam materiais de leitura tais como: manuais de equipamentos eletro-eletrônicos, textos relativos às profissões desempenhadas pelos próprios alunos e bulas de remédios. Conforme a recomendação de Ribeiro (2001), além dos textos literários, outros podem ser usados em sala de aula: receitas culinárias, textos jornalísticos, artigos de divulgação científica, textos de enciclopédias, cartas, cartazes, folhetos informativos ou textos elaborados pelos próprios alunos.


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A nona questão trata da aplicabilidade da leitura, da teoria e prática respectivamente.

Tabela 12- Aprendizagem: teoria e prática Necessário para aprender

Nº alunos

Ler antes de praticar (teoria)

5

Praticar e depois ler

6

Ler e praticar ao mesmo tempo

1

Fonte: Pesquisa realizada com os alunos

A Tabela 12 representa as respostas dadas pelos alunos quando questionados sobre a necessidade da leitura, parte teórica em relação à prática: 42% (cinco alunos) consideraram que para aprender é necessário ler antes e praticar depois; 50% (seis alunos) responderam que preferem praticar antes e ler depois; 8% (um aluno) informou ler e praticar ao mesmo tempo. A metade, portanto, prioriza que é necessário para aprender o ato de praticar e depois ler. Assim, para Moran et al (2000), aprende-se mais quando são estabelecidas pontes entre reflexão e ação, entre experiência e conceituação, entre a teoria e a prática, quando ambas se alimentam mutuamente.

O último questionamento foi a respeito de cursos que venham a auxiliar a profissão ou estudos dos pesquisados. Tabela 13- Cursos profissionalizantes realizados Tipos de cursos

Nº alunos

Sim, informática

3

Sim, elétrica

2

Sim, vigilante

1

Não, por falta de oportunidade

5

Não, por falta de tempo e recursos

1

Fonte: Pesquisa realizada com os alunos

A representação na Tabela 13 demonstrou que 50% (seis alunos) disseram já ter feito cursos profissionalizantes. Dentre esses, 25% (três alunos) cursaram informática básica; 17% (dois alunos) fizeram curso de elétrica e 8% (um aluno) fez


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curso de vigilante. O restante, 50% (seis alunos), não fez cursos que possam vir a auxiliar na profissão ou nos estudos. Dentre esses, cinco alunos responderam que não tiveram oportunidade e um aluno disse que não teve tempo e recursos financeiros. É importante salientar que o curso PROEJA/FIC oportunizará a esses alunos 200 horas profissionalizantes.


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CONSIDERAÇÕES E RECOMENDAÇÕES

Estas considerações pautam-se nos resultados da investigação e na revisão da literatura apresentada que possibilitaram um maior aprofundamento sobre o assunto, tendo respaldo em teóricos que tratam deste tema, bem como o amparo legal no que tange às leis educacionais nacionais, a Proposta Curricular de Santa Catarina e o Projeto do Curso de Formação Inicial e Continuada em Fabricação Mecânica Integrada ao Ensino Fundamental na Modalidade EJA. Foram elencados alguns objetivos específicos nesta pesquisa, os quais foram respondidos por meio de entrevista aos coordenadores parceiros e do questionário aos alunos. Neste sentido, ambos os entrevistados apresentaram a formatação do curso em seus detalhes. Foi mencionada a responsabilidade de cada parceiro e a disponibilização dos laboratórios que servirão à parte profissionalizante no Instituto Federal, viabilizando a proposta do curso e as exigências legais quanto à carga horária de formação geral e formação profissional. Constataram-se as expectativas dos entrevistados quanto ao êxito da parceria e sua importância em um projeto desta envergadura. Também foi identificado o perfil dos potenciais alunos do PROEJA/FIC, sendo que na primeira parte do questionário já ficou demonstrado que a faixa etária dos alunos corresponde aos critérios estabelecidos no projeto. Evidenciou-se também que a maioria dos entrevistados é natural de Joinville, exercendo diferentes profissões. A maior parte dos respondentes é jovem. A maioria deles somente estuda e concluiu as séries iniciais no ensino fundamental regular. Observou-se que os joinvilenses natos serão os maiores beneficiados com o curso PROEJA/FIC. O objetivo seguinte foi verificar a importância da leitura na perspectiva dos alunos. Os resultados, na segunda parte do questionário, mostraram que a maioria dos respondentes aprendeu a ler quando criança, mas gosta pouco ou não gosta de ler porque entende pouco ou tem dificuldade, necessitando, portanto de mais oportunidades e estímulo para o desenvolvimento desta habilidade, essencial ao curso PROEJA/FIC. Mencionaram que quase nunca utilizam a biblioteca ou laboratórios. A metade dos respondentes disse ter utilizado o laboratório de informática poucas vezes. Entretanto é imprescindível para o desenvolvimento de


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práticas de leitura e contato com a tecnologia, a ocupação desses espaços, já que a escola os possui. Ainda respondendo a este objetivo, a minoria revelou ter prazer em ler. A maior parte dos alunos lê por exigência escolar e por necessidade de atualização profissional. Evidencia-se a importância de fomentar essa mudança de atitude. Segundo os alunos, os professores não costumam utilizar materiais diversificados de leitura. Salienta-se que deve ser priorizada a utilização deste tipo de material, de utilidade prática, aos alunos desta modalidade de ensino. As evidências apresentadas neste estudo indicam que metade dos alunos já fez algum curso profissionalizante, a maior parte em informática básica e os demais nunca fizeram por falta de oportunidade. Se houver oportunidade, eles têm o interesse em fazê-lo, portanto o curso PROEJA-FIC virá preencher esta lacuna. De acordo com a análise dos resultados, foi respondido o problema da pesquisa, além do que, o conhecimento das práticas de leitura dos alunos da EJA pode trazer contribuições ao referido curso, uma vez que conhecendo a realidade dos alunos, o projeto poderá ser delineado de modo a contemplar esta demanda. O estudo também suscinta a reflexão quanto ao tema, sugerindo que os professores

das

instituições

parceiras

criem

momentos

para

reunirem-se

periodicamente e discutirem sobre as práticas de leitura de seus alunos. Também que o letramento seja assunto em cursos de capacitação desses professores. Recomenda-se que um pedagogo acompanhe esses alunos, inclusive nas 200 horas profissionalizantes, nas aulas teóricas, bem como nas laboratoriais, auxiliando-os didaticamente no processo de ensino-aprendizagem. Outra sugestão é que os alunos frequentem com regularidade a biblioteca de suas respectivas escolas, desenvolvendo o hábito da leitura, habilidade necessária ao Curso PROEJA/FIC. Diante do exposto, emergem sugestões para a realização de outras pesquisas, envolvendo o tema abordado com maior aprofundamento.


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REFERÊNCIAS

ARANHA, Maria Lucia de Arruda. História da educação. 2ª edição. São Paulo: Moderna, 1996. BONETI, Ivandro (coord.). Curso PROEJA/FIC: fabricação mecânica. Joinville: IF-SC, 2010. BRASIL. Decreto n. 5.154, de 23 de julho de 2004. BRASIL. Decreto n. 840, de 13 de julho de 2006. BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB. Lei 9.394/96), 1996. BRASIL. Parâmetros curriculares Curriculares. Brasília: MEC, 1997.

nacionais.

Introdução

aos

Parâmetros

FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler: em três artigos que se completam. São Paulo: Autores Associados: Cortez, 1983. GOULART, Cecília M. A. A produção de textos escritos narrativos, descritivos e argumentativos na alfabetização: evidências do sujeito na/da linguagem In: ROCHA, G. e VAL, M.G. (orgs). Reflexões sobre práticas escolares de produção de texto: o sujeito-autor. Belo Horizonte: Autêntica/CEALE, 2003. 205 p. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Disponível em http://www. ibge.gov.br/ censo 2010. Acesso em 17 dez. 2010. Indicador Nacional de Alfabetismo Funcional. São Paulo: Instituto Paulo Montenegro. Disponível em: http://www.ipm.org.br/download/inaf_brasil2009 Acesso em 10 nov.2010. KALMAN, Judith. El studio de la comunidad como un espacio para leer y escribir. In: Revista Brasileira de Educação, maio/jun/jul/ago 2004, n. 26. Campinas: Autores Associados, 2004. p. 5-28. KLEIMAN, Ângela B. (org.). Os significados do letramento: uma nova perspectiva sobre a prática social da escrita. Campinas, Mercado das Letras, 1995. ________________. (org.). Os significados do letramento: uma nova perspectiva sobre a prática social da escrita. 3. reimpr. Campinas: Mercado de Letras, 2001. 294 p. MORA, Maurice E. Metodología de la investigación: Desarrollo de la inteligencia. 4ª edição. México: ECAFSA Thomson Learning, 2001. MORAN, José. M.; MASETTO, Marcos. T.; Behrens, Marilda. A. (2000). Novas tecnologias e mediação pedagógica. Campinas: Papirus.


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RIBEIRO, Vera M. Letramento no Brasil. São Paulo: Global, 2003. _____________(org.) Educação para jovens e adultos: ensino fundamental: proposta curricular -1º segmento. São Paulo: Ação Educativa; Brasília: MEC, 2001. Santa Catarina. Proposta Curricular: Educação Infantil, ensino fundamental e médio (disciplinas curriculares). Florianópolis: COGEN, 1998. __________. Proposta Curricular: estudos temáticos. Florianópolis: IOESC,2005.

SOARES, Magda.Letramento: um tema em três gêneros. Belo Horizonte: Autêntica, 2003. TFOUNI, Leda V. Letramento e alfabetização. São Paulo: Cortez, 1995. TUFANO, Wagner. Contextualização. In: Fazenda, Ivani. (org.). Dicionário em construção: Interdisciplinaridade. São Paulo: Cortez, 2001. VIANNA, Heraldo M. Pesquisa em educação: a observação. Brasília: Plano, 2003. ZABALA, Antoni. A prática educativa: como ensinar. Porto Alegre: Artmed, 1998.


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APÊNDICES

Apêndice 1 Roteiro de Entrevista aos Coordenadores parceiros do curso PROEJA/FIC

Função_______________________________Rede__________________________ Formação:___________________________________________________________ Tempo de atuação na profissão:_________________________________________

Informações sobre o Curso PROEJA/FIC:

1) Fale sobre a escolha, a formatação do curso e as escolas beneficiadas.

2) Quais as expectativas do curso em virtude do perfil do aluno desta modalidade de

ensino?


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Apêndice 2 Questionário aos alunos da EJA A) Perfil do Aluno: Sexo: M ( ) F ( ) Estado civil:.................Profissão:........... Naturalidade:.............................Escola:.................................. Concluiu de 1ª a 4ª série no ensino: ( ) Regular ( ) EJA B) Dados do aluno Leitor: 1) Com qual idade aprendeu a ler:............... 2) Quanto a ler: ( )gosta muito/entende o que lê ( ) gosta pouco/entende pouco ( ) não gosta/tem dificuldade 3) Que tipo de materiais costuma ler: ( ) revistas ( ) livro didático/apostila escolar ( ) livros de literatura ( ) manuais ( ) jornais ( ) outros 4) É incentivado a ler na escola que frequenta: ( ) muitas vezes, em sala ( ) muitas vezes em trabalhos escolares,feitos em casa ( ) muitas vezes, na biblioteca ( ) também em laboratório ( ) quase nunca 5) Assinale as 3 opções em ordem crescente... Você costuma ler por: ( ) prazer ( ) atualização profissional ( ) exigência escolar 6) Para montagem ou funcionamento de aparelhos: ( ) costuma ler e entender os manuais ( ) costuma pedir a outra pessoa que faça isso ( ) tenta montá-los sem ler os manuais ( ) não utiliza os manuais, são de difícil entendimento 7) Você tem acesso a laboratórios: ( ) de informática na escola ( ) se outros, na escola ( ) de acordo com a sua profissão, na empresa ( ) nenhum 8) Nas aulas, seus professores trazem materiais alternativos de leitura, tais como: ( ) manuais eletro-eletrônicos ( ) relativos a sua profissão ( ) bulas de remédios ( ) não são utilizados esses materiais de leitura 9) Você considera necessário para aprender algo: ( ) ler antes de pratica (teoria) ( ) praticar antes e ler depois ( ) ler e praticar ao mesmo tempo 10) Você já fez ou faria cursos que auxiliem na sua profissão: ( ) sim, quais........... ( ) não, porque................................


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Anexo 1 – Carta de apresentação às unidades escolares pesquisadas

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DE SANTA CATARINA CAMPUS JOINVILLE COORDENAÇÃO LOCAL DO CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO PROEJA

Carta de Apresentação

Desde já agradeço pela atenção e coloco-me à disposição para qualquer esclarecimento sobre este trabalho. Solicitamos permissão para a aluna MARLI TEREZINHA BORGES, do curso de Especialização PROEJA Educação Profissional Integrada à Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos, matriculada nesta Instituição sob o número de matrícula 0913050156, realizar uma pesquisa de campo na Escola com a finalidade de usá-la como base para o trabalho monográfico do referido curso. Joinville, 14 de setembro de 2010 Atenciosamente,

Luciano André Vanz Coordenador Local Especialização PROEJAIFSC -Campus Joinville

Rua Pavão, 1.337 Costa e Silva CEP: 89.220-200 Tel.: (47) 3431-5608


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Anexo 2: Projeto do Curso PROEJA/FIC

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA CAMPUS JOINVILLE DEPARTAMENTO DO DESENVOLVIMENTO DO ENSINO

CURSO DE FORMAÇÃO INICIAL E CONTINUADA EM FABRICAÇÃO MECÂNICA INTEGRADA AO ENSINO FUNDAMENTAL NA MODALIDADE DE EJA

Eixo Formação de Profissionais da Educação (proposta experimental)

JOINVILLE, MAIO DE 2010.


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Sumário

Dados Gerais da Oferta Justificativa Objetivos do Curso Requisitos e Forma de Acesso Perfil dos Egressos do Curso Competência dos Egressos do Curso Organização Curricular do Curso Critérios de aproveitamento de conhecimentos e Experiências Anteriores Da aplicação da Organização Didática Pedagógicas 10. Instalações 11. Corpo Docente 12. Bibliografia 13. Modelo de Certificado

03 04 04 05 05 05 06 12 13 13 14 14 14


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1 - DADOS GERAIS DA OFERTA CNPJ Razão Social: Esfera Administrativa Endereço Cidade/UF/CEP Telefone/Fax Email de Contato Site da unidade Área do Plano Responsáveis pelo Projeto Habilitação

Carga Horária

Modalidade

Nº 11.402.887/0006-75 Instituto Federal de Santa Catarina - Campus Florianópolis Continente Federal R. Pavão, 1337 – Costa e Silva Joinville, Santa Catarina, CEP 89220-200 (47) 3431 5600 mtaques@ifsc.edu.br , ivandro@ifsc.edu.br www.joinville.ifsc.edu.br EJA Mauricio Martins Taques (Diretor de Ensino) Ivandro Bonetti Operador de Máquinas-ferramenta Convencionais; Soldador Ressalta-se que o estudante receberá apenas um dos certificados acima descrito, respeitando a sua escolha realizada no momento da inscrição ao curso. 1400h, das quais 1200h correspondem à formação geral e 200h à formação profissionalizante; as aulas ocorrerão ao longo das semanas em encontros diários das 19h as 22h30m de maneira presencial. A formação geral será de responsabilidade da Secretária de Educação do Município de Joinville e a formação profissionalizante acontecerá nas dependências, e sob responsabilidade do IFSC Campus Joinville. A integralização do curso em cada turma ocorrerá em 24 meses. Educação Presencial

Dados Gerais do Curso Denominação Curso de Formação Inicial e Continuada em Fabricação Mecânica Integrado ao Ensino Fundamental na Modalidade de EJA Regime de Matrícula Matrícula por curso Periodicidade: semestral Total de Vagas Anuais Turnos de Vagas por Funcionamento turma Noturno 30 Totais

No. de Turmas 3

Total de Vagas Anuais 90

3

90

Obs. 1 turma por semestre


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2 - JUSTIFICATIVA O município de Joinville situado em um ponto estratégico de acesso aos países do Cone Sul, conta atualmente com uma população de 477.971 habitantes. É um dos quinze municípios brasileiros com maior volume de arrecadação de tributos e o terceiro pólo industrial do sul do país. A cidade apresenta 82% de sua atividade econômica concentrada em 1.521 indústrias inseridas no setor metalmecânico. O faturamento industrial é de R$ 7,2 bilhões, e o setor emprega 85 mil pessoas. O Produto Interno Bruto per capita de Joinville é o segundo do país, em torno de R$ 27.676/ano, e ocupa o quinto lugar no ranking das exportações nacionais, representando 5,52% do total brasileiro. No setor educacional Joinville conta com 85 unidades escolares de ensino fundamental com 48.192 matrículas/ano, no entanto destas apenas 47 tem ação pedagógica direcionada para a formação EJA gerando 6.566 matrículas no ano de 2008. Apesar da existência de um cenário de crescimento de emprego e renda da indústria local favorável, percebe-se que há a necessidade de oportunizar a população condições para o incremento da renda gerando condições de crescimento sustentável ao núcleo familiar. Como a vocação do município de Joinville é ampla na área metal-mecânica, demonstrado segundo os dados revelados acima, justifica-se a formação profissionalizante na área de fabricação mecânica. Atualmente Joinville apresenta cerca de 515 indústrias metalúrgicas que carecem de constante qualificação de mão obra operacional, no que se refere a processos de usinagem, assim como soldagem. Contrapondo a isto a uma demanda reprimida de 10.338 jovens e adultos entre 18 e 29 anos, que não concluíram a 5a a 8a série do ensino fundamental.

3 – OBJETIVOS DO CURSO

Capacitar e qualificar mão obra para atuação no mercado de trabalho relacionado à área metal mecânica, visando a inserção atendo a uma necessidade social de emprego e renda. Para tanto propõe-se a formação profissionalizante sobre conceitos fundamentais da fabricação mecânica, do ponto de vista teórico e prático, integrado e contextualizado a formação geral aumentando a escolaridade do jovem e do adulto do município de Joinville. No segmento industrial o profissional egresso do curso poderá atuar auxiliando o desenvolvimento de operações de usinagem ou soldagem de produtos, máquinas e equipamentos. 4 - REQUISITOS E FORMA DE ACESSO Requisitos Conclusão das séries iniciais do Ensino Fundamental.


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Seleção Ser estudante da Educação de Jovens e Adultos de uma das três Escolas Municipais selecionadas para participar do projeto (E.M. Sylvio Sniecikovski, E. M. Baltazar Buschle, E. M.Ada Santana da Silveira); Ter 14 anos completos; Ter concluído o Ensino Fundamental – (1 a 4 série); Em caso de demanda maior que o número de vagas oferecidas, serão utilizados os seguintes critérios: Estudantes maiores de 14 anos; Estudantes que trabalham durante o dia; Avaliação do histórico escolar: estudantes com melhor desempenho escolar; Ordem de Inscrição.

5 - PERFIL DOS EGRESSOS DO CURSO O egresso do curso de formação inicial e continuada em fabricação mecânica integrado ao ensino fundamental na modalidade de EJA, que busca qualificação como operador de máquinas-ferramenta convencionais apresentará formação na área de usinagem, que lhe habilitará a executar as seguintes atividades: - fabricar peças mecânicas utilizando técnicas de torneamento, fresamento e furação; - operar e ajustar máquinas-ferramenta convencionais; - ler e interpretar desenhos técnicos para a fabricação de peças; - executar medições de peças utilizando-se de instrumentos convencionais de metrologia. O egresso do curso de formação inicial e continuada em fabricação mecânica integrado ao ensino fundamental na modalidade de EJA, que busca qualificação como soldador apresentará formação na área de soldagem, que lhe habilitará a executar as seguintes atividades: - ler e interpretar a simbologia de soldagem em desenhos técnicos; - regular as máquinas e os equipamentos utilizados em operações de soldagem; - especificar o tipo de preparação do material a ser soldado; - realizar operações de soldagem.

6 - COMPETÊNCIAS DO EGRESSO DO CURSO

Atuar em indústrias da área de fabricação mecânica executando projetos de conjuntos mecânicos que envolvam a operacionalização de máquinas ferramentas convencionais de usinagem ou soldagem


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7 - ORGANIZAÇÃO CURRICULAR DO CURSO

Buscando desenvolver uma prática docente que promova a emancipação dos estudantes e sua inserção no mundo do trabalho, é fundamental que os conteúdos ministrados em cada disciplina estejam relacionados a princípios básicos, que estimulem a sustentabilidade, a solidariedade, a criticidade e a criatividade (Mazzeu, Demarco, Kalil, 2007, p. 14). Uma das estratégias a serem utilizadas para que ocorra esta contextualização é a utilização da Coleção Cadernos de EJA, distribuídos pelo Ministério de Educação através da Secretaria de Educação Continuada Alfabetização e Diversidade – SECAD. Os títulos dos Cadernos de EJA poderão ser tomados como eixos norteadores de trabalho, facilitando a prática interdisciplinar. Por meio destes, todos os conteúdos a serem trabalhados, em todas as áreas de conhecimento, proporcionarão ao estudante uma compreensão mais ampla da realidade que o cerca, bem como uma maior leitura de mundo. Ressalta-se que a Coleção de Cadernos EJA é uma possibilidade de contextualização dos conteúdos. Porém, o professor deverá buscar outras fontes e outros subsídios. O curso está organizado em três módulos interdisciplinares, em que o estudante estará adquirindo conhecimentos de formação geral e profissionalizante concomitantemente. É proposto que as unidades curriculares pertinentes ao módulo sejam essencialmente interdisciplinares. Assim como os módulos apresentam a característica de serem transdisciplinares, em função da conjugação da seqüência das unidades curriculares. Uma característica pertinente ao curso é de que nos três primeiros módulos, além da formação geral, o estudante adquirirá competências em assuntos da área da fabricação mecânica, ditas genéricas tais como: desenho mecânico, metrologia, materiais e cidadania e ética. Ao final dos três módulos de formação o estudante estará, segundo sua escolha, optando por uma área de formação profissionalizante específica. A partir deste momento sua formação será direcionada ou para processos de soldagem, ou para processos de usinagem em máquinas-ferramenta convencionais, e a turma será dividida. Entende-se que desta forma estará sendo ofertada a oportunidade de escolha, respeitando as individualidades e expectativas do sujeito. Como forma de estimular a escolha do estudante por uma das carreiras é previsto que todos possam estar visitando, de maneira orientada pelos docentes, as áreas fabris de indústria da região, especialmente aquelas ligadas a área de soldagem e/ou usinagem. Também é previsto que profissionais destas áreas possam estar vindo ao encontro dos estudantes, realizando palestras técnicas com objetivo de demonstrar sua experiência e as perspectivas de empregabilidade de cada uma das duas áreas. Ao final do curso os estudantes que optarem por direcionarem sua formação profissionalizante para a área de soldagem, receberão certificado de qualificação profissional como soldador. Aqueles que optarem pela área de


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usinagem, então receberão certificação de qualificação profissional em operador de máquinas-ferramenta convencionais. Cabe ressaltar que ambas as certificações constam do Código Brasileiro de Ocupação (CBO), o que assegurará uma certificação respeitada pelo mercado de trabalho. Com intuito de esclarecer o itinerário de formação pedagógica dos estudantes é proposto a seguir um fluxograma da implementação do curso de Formação Inicial e Continuada em Fabricação Mecânica Integrado ao Ensino Fundamental na Modalidade de EJA.

7.1 - Apresentação Sintética do Curso

Acesso ao curso mediante critérios de avaliação Formação Geral Língua Portuguesa 260 h

Inglês 80 h

Matemática 220 h

Ciências 170 h

História 210 h

Geografia 180 h

Formação Profissionalizante Artes 80 h

Processos de Soldagem 100 h

Certificação de Qualificação Profissional SOLDADOR

Ética e Cidadania 20 h

Mód. I

Desenho Técnico 40 h

Mód. II

Materiais 20 h

Metrologia 20 h

Processos de Usinagem Convencional 100 h

Certificação de Qualificação Profissional OPERADOR DE MÁQUINASFERRAMENTA CONVENCIONAIS

Mód. III


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7.2 - Apresentação das Unidades Curriculares Unidade Curricular Carga Horária

Língua Portuguesa 260h HABILIDADES Espera-se que o aluno amplie o domínio ativo do discurso nas diversas situações comunicativas, sobretudo nas instâncias públicas de uso da linguagem, de modo a possibilitar sua inserção efetiva no mundo da escrita, ampliando suas possibilidades de participação social no exercício da cidadania. CONHECIMENTO 1) Linguagem e Cultura; 2)Práticas de Leitura; 3) Processos de Escrita; 4) Coerência e Coesão; 5)Gêneros e Tipos Textuais; 6)Gramática e Ortografia ATITUDES 1) Ser assíduo e pontual; 2) Demonstrar interesse e iniciativa nas atividades sugeridas; e 3) Saber trabalhar em equipe respeitando a opinião dos colegas. BIBLIOGRAFIA BÁSICA MUSSALIM,Fernanda.Linguagem Práticas de Leitura e Escrita Volume 1,Educação de Jovens e Adultos,Global editora,Ação Educativa 2004 BENTES,Anna;Christina.Linguagem Práticas de Leitura e Escrita Volume 2,Educação de Jovens e Adultos,Global editora,Ação Educativa 2004 KOCH,I.V.e TRAVAGLIA,L.C.Texto e coerência.São Paulo;Cortez,1989 PROGRAMA GESTÃO DA APRENDIZAGEM ESCOLAR,Língua Portuguesa.Brasília:Ministério da Educação,Secretaria de Educação Básica,2008

Unidade Curricular Carga Horária HABILIDADE

Inglês 80 h

A partir da concepção de “Língua” (materna ou estrangeira) que defende a “Linguagem”, como forma de “Interação”, a meta é ensinar o idioma inglês aos educandos de maneira significativa e contextualizada (abordagem comunicativa /”communicative approach”). Visa-se desenvolver habilidades e competências através de atividades lúdicas, multidisciplinares e temas transversais que estimulem a observação da realidade imediata, a ação, a memória, o raciocínio, a associação de idéias e a oralidade bem como, iniciar o aluno no aprendizado da forma escrita através de gramática contextualizada. CONHECIMENTO Introdução ao vocabulário de inglês; Sons do alfabeto em inglês; Funções da Língua (diálogos): Apresentações, Cumprimentos, Despedidas, Procedência e


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Nacionalidade; Verbo To Be, Pronomes Pessoais. Funções da Língua: Família, Características Físicas, Profissões, Dias da Semana, Meses do ano, Animais, Pronomes Possessivos; Pronomes Demonstrativos. Funções da Língua: Situações de Compra e Venda, As Frutas, As Verduras, As Estações do Ano, Os Objetos Escolares, As Cores; Números Cardinais; Projeto Final:Histórias Ilustradas em Inglês. ATITUDES 1) Ser assíduo e pontual; 2) Demonstrar interesse e iniciativa nas atividades sugeridas; e 3) Saber trabalhar em equipe respeitando a opinião dos colegas. 4)Responsabilidade com a entrega das tarefas;5)Conservação de materiais,organização de produções e conservação do patrimônio escolar. BIBLIOGRAFIA BÁSICA ALMEIDA FILHO, José Carlos Pais de Almeida. Dimensões comunicativas no ensino de línguas. São Paulo: Pontes, 1993. BARROS, Aidil de Jesus Paes de. Projeto de Pesquisa: propostas metodológicas / Aidil de Jesus Paes de Barros, Neide Aparecida de Souza Lehfeld. – Petrópolis - RJ: Vozes, 1990. NUNES, Ana R. S. Carolino de Abreu. O Lúdico na Aquisição da Segunda Língua. Curitiba, 2002. Dissertação de mestrado apresentado ao Departamento de Pósgraduação de Educação da universidade Federal do Paraná BRASIL. Secretaria de Educação fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental: língua estrangeira/Secretaria de Educação Fundamental. – Brasília: MEC/SEF, 1998. POEDJOSOEDARMO, Glória. O Ensino da Pronúncia: por quê, o quê, quando e como. SMITH, John Lee. Técnicas para o ensino da língua inglesa. Santos & Costa, 1999. TOTIS, Verônica Pakrauskas. Língua Inglesa: Leitura. São Paulo: Pontes, 1991. WIDDOWSON, H. G. O ensino de línguas para a comunicação. Campinas – SP: Pontes, 1991 ZABALA, Antoni. A prática educativa: como ensinar. Trad. Ernani F. da F. rosa – Porto Alegre: ArtMed, 1998.


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Unidade Curricular Carga Horária HABILIDADE

Arte 80 h

A partir da concepção de Arte como área de conhecimento e não somente como Educação Artística, a meta é abordar o ensino da mesma partindo de três vertentes: A História da Arte, o Fazer Artístico e a Leitura da Imagem como forma de interação. Objetiva-se ensinar a Arte de maneira significativa e contextualizada. Visa-se desenvolver habilidades e competências através de atividades lúdicas, multidisciplinares e temas transversais que estimulem à observação da realidade imediata, a ação, a memória o desenvolvimento da criatividade e da sensibilidade.

CONHECIMENTO História da Arte e seu objetivo. Conceito de Arte. Pré-história da Arte no Brasil. Sambaquis. Sítios Arqueológicos em Joinville. Elementos que compõe a obra de arte (Cor, luz, forma, textura, linhas). Renascimento. Arte Indígena. A Arte no século XIX: Impressionismo. Modernismo, Semana da Arte Moderna. Manifesto Antropofágico. Arte Primitiva. Expressionismo. Cubismo. Surrealismo. Pop Arte. Arte contemporânea em Joinville e em Santa Catarina. Conceito de Folclore. Folclore Brasileiro. Artesanato. Danças e Ritmos. Crendices e Superstições. Ditados Populares. Mitos e Lendas. Música. Conceito de Música. Ritmo, harmonia e melodia. História da Música. Divisão dos instrumentos musicais. Música Popular Brasileira. Batuque, lundu e modinha. Chorinho. A origem do Samba. A música nos anos 60. Anos 60 no Brasil. Bossa Nova. Jovem Guarda. Música Sertaneja. Pop Rock Nacional. Dança. A Dança em Joinville e em Santa Catarina. Festival de Dança de Joinville.

ATITUDES 1) Ser assíduo e pontual; 2) Demonstrar interesse e iniciativa nas atividades sugeridas; e 3) Saber trabalhar em equipe respeitando a opinião dos colegas. 4)Responsabilidade com a entrega das tarefas; )Conservação de materiais,organização de produções e conservação do patrimônio escolar. BIBLIOGRAFIA BÁSICA ANDRADE, Mário de. BANDEIRA, Manoel. CARLOS, Drumond. Fotobiografias. Rio de Janeiro: Alumbramento, 2000. BARDI, Pietro Maria. Pequena História da Arte. São Paulo: Melhoramentos, 1983.


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BENTLEY, Eric. A experiência viva do teatro. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1981. BRASIL. Secretaria de Educação fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental: língua estrangeira/Secretaria de Educação Fundamental. – Brasília: MEC/SEF, 1998. CANTON, Kátia. Era uma vez o cinema. São Paulo: Melhoramentos, 1995. COLL, César. TEBEROSKY, Ana. Aprendendo Arte: conteúdos essenciais para o Ensino Fundamental. São Paulo: Ática, 2000. ELLMERICH, Luis. História da Dança. Cia Nacional: São Paulo: Àtica, 1996. GOMBRICH, E. H. A História da Arte. São Paulo: Ática, 1999. JAURER, Mauriem. POZENATO, Kenia. Introdução à História da Arte. Porto Alegre: Afiliada, 1995. MC CARTHY, David. Arte Pop. Tradução de Otacílio Nunes. São Paulo: Cosac & Naify, 2002. OLIVEIRA, Jô. GARCEZ, Lucília. Explicando a Arte: uma iniciação para entender e apreciar as Artes Visuais. Rio de Janeiro: Ediouro, 2001. OLIVEIRA, Jô. GARCEZ, Lucília. Explicando Arte: uma iniciação para entender e apreciar Artes Visuais. Rio de Janeiro: Ediouro, 2001. OSTROWER, Fayga. Universos da Arte. Rio de Janeiro: Campus, 1997. PROENÇA, Graça. História da Arte. São Paulo: Ática, 1999. ROSA, Nereide Schilaro Santa. Mestres das Artes no Brasil. Cândido Portinari. São Paulo: Melhoramentos, 1998.

Unidade Curricular Carga Horária

Ética e Cidadania 20h HABILIDADES Discutir e analisar ações que levem a formação ética e moral visando a formação de uma sociedade justa e democrática. CONHECIMENTO 1) Ética profissional, 2)Convivência democrática; 3) Direitos Humanos; 4) Inclusão social ATITUDES 1) Ser assíduo e pontual; 2) Demonstrar interesse e iniciativa nas atividades sugeridas; e 3) Saber trabalhar em equipe respeitando a opinião dos colegas. BIBLIOGRAFIA BÁSICA SOUZA, Herbert; RODRIGUES, Carla. Ética e cidadania, Editora Moderna, 2007, 85p.


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BITTAR, Eduardo C.B. Ética, educação, cidadania e direitos humanos, Editora Manole, 2004, 270p.

Unidade Curricular Matemática Carga Horária 220h HABILIDADES 1) Potencializar as capacidades, ampliando as possibilidades de compreender e transformar a realidade de construir o seu próprio conhecimento matemático, reconhecendo problemas, buscando informações, tomando decisões e avaliando a eficácia das suas resoluções; 2) Interligar o estudo da matemática com o seu cotidiano percebendo a presença da matemática em tudo que faz; 3) Fazer observações sistemáticas de aspectos quantitativos e qualitativos do ponto de vista do conhecimento e estabelecer o maior número possível de relações entre eles, utilizando para isso o conhecimento matemático (aritmético, geométrico, métrico, algébrico, estatístico), selecionar, organizar e produzir informações relevantes para interpretá-los e avaliá-los criticamente; 4) Resolver situações – problemas, sabendo validar estratégias e resultados, desenvolvendo formas de raciocínio e processos, como dedução, indução, intuição, analogia, estimativa e utilizando conceitos e procedimentos. CONHECIMENTO 1) Noções Fundamentais de Conjuntos; 2) Sistema de Numeração Decimal; 3) Divisibilidade; 4) Frações; 5) Medidas; 6) Áreas; 7) Volumes; 8) Conjunto dos números Inteiros; 9) Conjunto dos números Racionais; 10) Cálculo Algébrico e Equação do primeiro grau; 11) Razão e Proporção; 12) Porcentagem; 13) Conjunto dos números Reais; 14) Monômios e Polinômios; 15) Produtos notáveis; 16) Fatoração; Noções Elementares de Estatística; 17) Radiciação; 18) Equação do segundo grau; 19) Equação irracional; 20)Equação Biquadrada; 21) Geometria. ATITUDES 1) Ser assíduo e pontual; 2) Demonstrar interesse e iniciativa nas atividades sugeridas; e 3) Saber trabalhar em equipe respeitando a opinião dos colegas. BIBLIOGRAFIA BÁSICA MEIRELLES, Helena Henry. Matemática e Fatos do Cotidiano. Volume 01. São Paulo: Global Editorar, 2005. CASTRUCCI, Giovanni, JUNIOR, Giovanni. A Conquista da Matemática Nova. São Paulo: FTD, 1998. NUNE, Miguel Assis. Tempo de Matemática. São Paulo: Editora do Brasil, 1996. BIGODE, Antônio José Lopes. Matemática Hoje é Feita Assim. São Paulo, FTD, 2000.

Unidade Curricular Carga Horária

Ciências 170h HABILIDADES 1) Fazer Observações Para desenvolver a capacidade de questionar processos


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naturais, identificando regularidades, apresentando interpretações e prevendo evoluções; 2) Reconhecer o sentido histórico da ciência da natureza, percebendo seu papel na vida humana em diferentes épocas e na capacidade humana de transformar o meio. 3) Entender o impacto das tecnologias associadas às ciências da natureza, na sua vida pessoal, nos processos de produção, no desenvolvimento do conhecimento e na vida social. 4) Pautar-se por princípios da ética democrática: responsabilidade social e ambiental, dignidade humana, direito à vida, justiça, respeito mútuo, participação e responsabilidade. CONHECIMENTO 1) Matéria; 2) Energia; 3) Cadeia Alimentar; 4) Relação dos Seres Vivos; 5) Níveis de Organização dos Seres Vivos; 6) Habitat e Nicho Ecológico; 7) Água; 8) Reinos; 9) Animais; 10) Educação Ambiental; 11) Reino das Plantas; 12) Composição do Ar; 13) Células; 14) Tecidos, 15) Sistemas do Corpo Humano; 16) Alimentos e Nutrientes; 17) Sistemas; 18) Educação Sexual; 19) Matéria e Energia; 20) Átomo; 21) Tabela Periódica; 22) Funções Químicas; 23) Introdução a Física – Campos da Física. ATITUDES 1) Ser assíduo e pontual; 2) Demonstrar interesse e iniciativa nas atividades sugeridas; e 3) Saber trabalhar em equipe respeitando a opinião dos colegas. BIBLIOGRAFIA BÁSICA VALADÃO, Marina Marcos. Saúde e Qualidade de Vida. São Paulo: Global Editorar, 2005. LOPES, Sônia. Biologia Essencial. São Paulo: Saraiva, 2003. LOPES, Plínio Carvalho. O Ecossistema, Ambiente Biológico. São Paulo: Saraiva, 1992. MARRTHO, Gilberto. Pequenos Seres Vivos. São Paulo, Ática, 1998.

Unidade Curricular Carga Horária

Desenho Técnico 40h HABILIDADES Executar manualmente desenhos mecânicos com auxílio de instrumentos técnicos. CONHECIMENTO 1) Linhas; 2) Elementos geométricos, 3) Croquis; 4) Projeções; 5)Cotagem; ATITUDES 1) Ser assíduo e pontual; 2) Demonstrar interesse e iniciativa nas atividades sugeridas; e 3) Saber trabalhar em equipe respeitando a opinião dos colegas. BIBLIOGRAFIA BÁSICA SPECK, H.J.; PEIXOTO, V.V. Manual Básico de Desenho Técnico. 4 ed. Florianópolis: UFSC, 2007 MANFÉ, G.; POZZA, R.; SCARATO, G. Desenho Técnico Mecânico – vol 1. São Paulo: Hemus, 2004 MANFÉ, G.; POZZA, R.; SCARATO, G. Desenho Técnico Mecânico – vol 2. São Paulo: Hemus, 2004 MANFÉ, G.; POZZA, R.; SCARATO, G. Desenho Técnico Mecânico – vol 3. São Paulo:


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Hemus, 2004

Unidade Curricular Carga Horária

História 210h HABILIDADES

Compreender a importância do estudo da História na formação do senso crítico dos indivíduos que a compõem para entender as transformações ocorridas ao longo do tempo. CONHECIMENTO 1) As origens da humanidade; 2) Os povos indígenas Brasileiros; 3) A colonização do Brasil; 4) História da África; 5) As tensões na colônia; 6) O Brasil é uma Nação; 7) A migração européia; 8) A República no Brasil; 9) O poder das Oligarquias; 10) As cidades e as fábricas; 11) As oligarquias Contestadas; 12) A ditadura civil no Brasil; 13) Reflexos da Guerra Fria no Brasil; 14) A Nova República; 15) O mundo Globalizado. ATITUDES 1) Ser assíduo e pontual; 2) Demonstrar interesse e iniciativa nas atividades sugeridas; e 3) Saber trabalhar em equipe respeitando a opinião dos colegas, 4) Participar do processo ensino-aprendizagem. BIBLIOGRAFIA BÁSICA BEIRUTTI,Flávio.História ,Tempo e Espaço, Editora, Saraiva, São Paulo,2oo2. MOTA,Carlos Guilherme;LOPEZ,Adriana. História e Civilização –O Brasil Colonial.Editoa Ática, São Paulo, 1990. KLOK, Glória.Trabalhores em movimento:desafios e perspectivas-São Paulo:Global:Ação Educativa Assessoria, Pesquisa e Informação, 2003, (Coleção Viver,Aprender) Unidade Curricular

Geografia

Carga Horária

180h HABILIDADES

Conhecer o espaço geográfico no qual está inserido; Compreender e aplicar no cotidiano os conhecimentos básicos da geografia; Conhecer e interpretar os fenômenos espaciais, suas singularidades ou generalidades de cada lugar, paisagem ou território; Identificar ,analisar e avaliar o impacto das transformações naturais, sociais e políticas no mundo.


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CONHECIMENTO 1) Origem da Geografia; 2) Espaço geográfico – Tempo; 3) Paisagem; 4)Astronomia; 5) Localização; 6) Cartografia; 7) Estrutura da Terra; 8) Atmosfera; 9) Hidrografia; 10) Climas e vegetação; 11) População; 12) Divisão política do Brasil; 13 ) Divisão política; 14) Europa; 15) Ásia; 16) África; 17) Oceania ATITUDES 1) Ser assíduo e pontual; 2) Demonstrar interesse e iniciativa nas atividades sugeridas; e 3) Saber trabalhar em equipe respeitando a opinião dos colegas.

BIBLIOGRAFIA BÁSICA Apostila para Educação de Jovens e Adultos, Secretaria de Educação de Joinville,2006.Contúdo:Geografia- Módulos 1 ao 12 Projeto Araribá : Geografia\ Obra coletiva, Editora Moderna, São Paulo, 2oo6. VESENTINI, J.Willian;VLACH,Vânia.Educação de Jovens e Adultos-EJA.Geografia3ºCiclo-Ensino Fundamental.Editora Ática, São Paulo, 2003.

Unidade Curricular Carga Horária

Materiais 20h HABILIDADES Realizar ensaios mecânicos para avaliação da empregabilidade de materiais mecânicos CONHECIMENTO 1) Classificação dos materiais; 2) Propriedades mecânicas dos materiais; 3) Conceitos e aplicação de ensaios de tração; 4) Conceitos e aplicação de ensaios de dureza; 5) Conceitos e aplicação de técnicas de macrografia. ATITUDES 1) Ser assíduo e pontual; 2) Demonstrar interesse e iniciativa nas atividades sugeridas; e 3) Saber trabalhar em equipe respeitando a opinião dos colegas. BIBLIOGRAFIA BÁSICA CALLISTER JR, W. D. Ciência e Engenharia dos Materiais, 5a Edição, Rio de Janeiro:LTC, 2002. DA COSTA E SILVA, A. L., MEI, P. R. Aços e Ligas Especiais, 2a Edição, São Paulo:Edgard Blucher, 2006. GARCIA, A., SPIM, J. A., SANTOS, C. A. Ensaios dos Materiais, 1a Edição, Rio de Janeiro:LTC, 2000.


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Unidade Curricular Carga Horária

Metrologia 20h HABILIDADES Executar medições lineares em peças mecânicos por meio de instrumentos convencionais de metrologia CONHECIMENTO 1) Sistema Internacional de Unidades; 2) Réguas e escalas; 3) Paquímetro; 4) Micrometro; 5) Relógio Apalpador; 5) Relógio Comparador; 6) Medições indiretas ATITUDES 1) Ser assíduo e pontual; 2) Demonstrar interesse e iniciativa nas atividades sugeridas; e 3) Saber trabalhar em equipe respeitando a opinião dos colegas. BIBLIOGRAFIA BÁSICA FIESP. Telecurso 2000 – Metrologia. 1 ed. São Paulo: Posigraf, 2000. LIRA, F. A. Metrologia na Indústria. 4 ed. São Paulo: Erica, 2004. MITUTOYO. Instrumentos para Metrologia dimensional – Utilização, manutenção e cuidados. São Paulo: Mitutoyo, 2000.

Unidade Curricular Carga Horária

Processos de Soldagem 100h HABILIDADES Fabricar conjuntos mecânicos por meio da aplicação de processos de soldagem CONHECIMENTO 1) Solda oxi-acetilenica, elétrica, brasagem e oxicorte; 2) Tipos de juntas e chanfros; 3) Simbologia de soldagem; 4) Influências dos gases de proteção.

ATITUDES 1) Ser assíduo e pontual; 2) Demonstrar interesse e iniciativa nas atividades sugeridas; e 3) Saber trabalhar em equipe respeitando a opinião dos colegas. BIBLIOGRAFIA BÁSICA Wainer, E; Brandi, S. D.;Melo, V. O. Soldagem: processos e metalurgia, 1a Ed. São Paulo: Edgard Blucher, 1992. Marques, P. V.; Modenesi, P. J.; Bracarense, A. Q. Soldagem: Fundamentos e tecnologia, 1a Edição, Belo Horizzonte, editora da UFMG, 2005. Paris, A. A., Tecnologia de Soldagem de ferros fundidos, 1a ed. Santa Maria, Editora da UFSM, 2003.

Unidade Curricular Carga Horária

Processos de Usinagem 100h HABILIDADES Executar peças mecânicas por meio de processos de usinagem utilizando máquinas ferramentas convencionais. CONHECIMENTO 1) Teoria da Usinagem; 2) Seleção de Parâmetros de Usinagem; 3) Furação; 4) Torneamento; 5) Fresamento; 5) Noções de tolerância e ajustagem.


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ATITUDES 1) Ser assíduo e pontual; 2) Demonstrar interesse e iniciativa nas atividades sugeridas; e 3) Saber trabalhar em equipe respeitando a opinião dos colegas. BIBLIOGRAFIA BÁSICA FERRARESI, D. Fundamentos da usinagem dos materiais. 9 ed. São Paulo: Edgard Blücher, 1977. DINIZ, A.E.; MARCONDES, F.C.; COPPINI, N.L. Tecnologia da Usinagem dos Materiais. 3 ed. São Paulo: Artliber, 2006. Fundação Roberto Marinho. Mecânica – Processos de Fabricação. São Paulo, Globo, 2000.

7.3 - Metodologia As práticas pedagógicas previstas terão como objetivo oportunizar aos estudantes a contextualização de conceitos e conhecimentos adquiridos na fase escolar, pela observação e identificação de processos. A metodologia do curso privilegia atividades práticas diversas tanto em sala de aula e laboratórios, como em ambientes externos. Mecanismos institucionalizados asseguram a integração teoria-prática, como por exemplo, a elaboração e confecção de projetos de produtos desenvolvidos em laboratório e tem como principais objetivos: promover a interdisciplinaridade, intensificar a articulação da Instituição com a comunidade externa de modo a permitir que, por meio de um maior número de conexões entre campos do saber, as mudanças sociais sejam incorporadas ao processo de formação dos estudantes; e propiciar meios de atender a individualidade e subjetividade do estudante. As práticas previstas têm como objetivo propiciar maior dinamicidade à formação discente, como possibilidade de enriquecimento de conhecimentos e experiências, atendendo de um lado, à individualidade e subjetividade do estudante e, de outro lado, à necessidade de ajustamento ao dinamismo da área de estudos; mais efetividade no preparo dos estudantes para enfrentar os desafios das rápidas transformações da sociedade, do mercado de trabalho e das próprias condições de exercício profissional; incremento da interdisciplinaridade e da transdisciplinaridade, fortalecendo a articulação entre teoria e prática; e incentivo para desenvolver espírito criativo, investigativo e de análise crítica, estabelecendo um fluxo dialético entre o conhecimento e a sociedade.

7.4 - Apresentação Gráfica das Estratégias Curriculares Unidade Curricular

Palestras Aulas expositivas Técnicas e dialogadas

Estudo de Caso

Visitas Técnicas

Atividades Estudo em de laboratório textos


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Ética e Cidadania Desenho Técnico Materiais Metrologia Processos de Soldagem Processos de Usinagem Convencional

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7. 5 - Avaliação Neste curso, as avaliações acontecerão de forma coletiva entre as instituições envolvidas. São princípios considerados por ambas instituições: A avaliação será diagnóstica, processual, formativa, somativa, continuada e diversificada. Serão considerados critérios como: Assiduidade, Realização das tarefas, Participação nas aulas, Avaliação escrita individual, Trabalhos em duplas, Colaboração e cooperação com colegas e professores. A avaliação se dará durante todos os momentos do processo ensino e aprendizagem, valorizando o crescimento do estudante qualitativa e quantitativamente. Haverá recuperação paralela de conteúdos e avaliações. De acordo com a nossa Organização Didática, a avaliação prima pelo caráter diagnóstico e formativo, consistindo em um conjunto de ações que permitam recolher dados, visando à análise da constituição das competências, habilidades e atitudes por parte do estudante, previstas no plano de curso. Suas funções primordiais são: obter evidências sobre o desenvolvimento do conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes necessárias à constituição de competências, visando a tomada de decisões sobre o encaminhamento dos processos de ensino e aprendizagem e/ou a progressão do estudante para o semestre seguinte; analisar a consonância do trabalho pedagógico com as finalidades educativas previstas no Projeto Pedagógico do Curso; estabelecer previamente, por unidade curricular, critérios que permitam visualizar os avanços e as dificuldades dos estudantes na constituição das competências. Os critérios servirão de referência para o estudante avaliar sua trajetória e para que o professor tenha indicativos que sustentem tomadas de decisões sobre o encaminhamento dos processos de ensino e aprendizagem e a progressão dos estudantes.Os registros das avaliações são feitos de acordo com a nomenclatura que segue: E - Excelente; P - Proficiente; S - Satisfatório; I - Insuficiente. O registro, para fins de documentos acadêmicos, será efetivado ao final de cada módulo/fase, apontando a situação do estudante no que se refere à constituição de competências e utilizando-se a seguinte nomenclatura:


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Apto: quando o aluno apresenta um dos 3 conceitos de aprovação (excelente, proficiente ou suficiente) em todas as unidades curriculares e freqüência igual ou superior a 75%; Não apto: quando o aluno apresenta o conceito de reprovação (insuficiente) em mais de duas unidades curriculares ou freqüência inferior a 75% nas atividades do módulo; Pendente: quando o aluno apresenta o conceito de reprovação (insuficiente) em até duas unidades curriculares e freqüência igual ou superior a 75%. A partir da avaliação efetuada pelo professor, serão realizadas avaliações coletivas que terão o caráter de avaliação integral do processo didáticopedagógico em desenvolvimento na unidade curricular. As avaliações coletivas ocorrerão em Encontros de Avaliação envolvendo os professores e os profissionais do Núcleo Pedagógico. Os Encontros de Avaliação serão realizados, no mínimo, duas (2) vezes por módulo/semestre letivo em cada turma. A recuperação de estudos deverá compreender a realização de novas atividades pedagógicas no decorrer do período letivo, que possam promover a aprendizagem, tendo em vista o desenvolvimento das competências. Ao final dos estudos de recuperação o estudante será submetido à avaliação, cujo resultado será registrado pelo professor.

8- CRITÉRIOS DE APROVEITAMENTO DE CONHECIMENTOS E EXPERIÊNCIAS ANTERIORES As competências anteriormente adquiridas pelos estudantes, relacionadas com o perfil de conclusão do curso em Fabricação Mecânica, bem como da educação geral poderão ser avaliadas para aproveitamento de estudos, no todo ou em parte, nos termos da legislação vigente. Poderão ser aproveitados os conhecimentos e experiências adquiridos no trabalho, na escola e que constituem competências gerais para o conjunto da área ou da educação geral, em cursos de qualificação profissional, etapas e módulos, mediante comprovação e análise da adequação ao perfil profissional de conclusão, se necessário com avaliação do estudante, em cursos de educação profissional de nível básico ou por outros meios informais, sempre mediante avaliação de competências. O aproveitamento, em qualquer condição, deverá ser requerido e identificado antes do início do desenvolvimento dos módulos, em tempo hábil para o deferimento pela Coordenação do projeto, com a devida análise por parte dos docentes, aos quais caberá a avaliação de competências e a indicação de eventuais complementações. Os docentes que procederem à avaliação para aproveitamento de estudos apresentarão relatório que será arquivado


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9 – DA APLICAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO DIDÁTICOS PEDAGÓGICA Ao aluno caberá observar a Organização Didático dos Campi, de acordo com seus horários e requerimentos. Quando ocorrer conflitos de subordinação entre as ODs, caberá à coordenação do curso o entendimento e aplicação da regra mais adequada em cada caso, cabendo facultativamente a consulta e o recurso aos orgãos colegiados, chefias de departamento e direção dos Campi. 10 - INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS Prevê-se que serão utilizadas salas de aula para a realização de aulas expositivas e dialogadas, visando a obtenção de conhecimentos teóricos que fundamentarão a aprendizagem de técnicas de fabricação mecânica. Cada ambiente estará preparado com 30 lugares, contando com quadro negro, projetor multimídia e som para as atividades que necessitem deste recurso. Como forma de oportunizar a contextualização de temas pertinentes é previsto ponto de rede para acesso a Internet em sala de aula. Os laboratórios abaixo citados serão utilizados como prática pedagógica objetivando a consolidação dos conhecimentos teóricos obtidos, assim como espaço multidisciplinar que estimule o desenvolvimento de habilidades necessárias para o desempenho das funções requeridas pela natureza das operações de fabricação mecânica. Laboratório de Fabricação Mecânica – espaço em que os estudantes estarão utilizando equipamentos mecânicos específicos para o desenvolvimento de operações de usinagem; Laboratório de Soldagem – espaço em que serão realizadas atividades práticas de processos de soldagem; Laboratório de Metrologia – ambiente destinado para que os estudantes, por meio de instrumentos convencionais, executem medições em peças mecânicas; Laboratório de Materiais – espaço destinado para que os estudantes possam caracterizar os diferentes tipos de materiais que são aplicados para confecção de peças por meio de operações de fabricação mecânica. Para o desenvolvimento das atividades pedagógicas propostas para a realização deste projeto serão utilizadas necessariamente os seguintes equipamentos: 08 tornos mecânicos convencionais; 02 fresadoras ferramenteiras; 01 fresadora-furadeira; 02 furadeiras de bancada; 06 máquinas de solda MIG;


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04 máquinas de solda arco-voltaíco; 02 equipamentos de solda oxi-acetilênica; 02 durômetros; 01 microscópio ótico; Além dos equipamentos supracitados será necessário o uso de diversas ferramentas manuais e de corte para fabricação de peças, de acordo com a proposta pedagógica para os estudantes que buscam certificação profissional como operador de máquinas-ferramenta convencionais, bem como material de consumo (aço). Contudo também serão necessários gases, consumíveis e material de consumo para que os estudantes que busquem qualificação profissional de soldador obtenham competência requerida para inserção no mercado de trabalho.

11 - CORPO DOCENTE

Na formação inicial e continuada, que estará sob responsabilidade da Secretária de Educação do Município de Joinville, os conteúdos serão ministrados por professores desta instituição. A formação profissionalizante, que será responsabilidade do campus Joinville do IFSC, será exclusivamente sendo realizada por professores desta Instituição. Formação Inicial e Continuada – 03 Formação Profissionalizante - 06

12 - BIBLIOGRAFIA Para esse curso além das bibliografias citadas nas ementas de cada unidade curricular serão usados livros, dissertações, teses e artigos científicos que são de domínio público e estão disponíveis na Rede de Bibliotecas vinculadas à Secretária de Educação do Município, bem como da Biblioteca Enfª Juraci Maria Tischer, do Campus do Joinville do IFSC.


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