Incubadoras urbanas em areas de vazio
TFG 2008 Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo FEC | Unicamp Maria Beatriz Andreotti ra 016819 Orientação: Profª Drª Maria José Marcondes
Agradecimentos À Maria José Marcondes, orientadora, pelas questões suscitadas, construção do trabalho e atenção dedicada. À Rodrigo Rossi, por compreensão e companhia.
toda
a
ajuda
neste
ano,
À Ana Villanueva, responsável por me apresentar a área em estudo e disponibilizar a sua pesquisa. Agradeço ainda a Cristina Meneguello, Regina Tirello e Edilene Donadon. Em especial a todos os amigos que participaram comigo deste processo e contribuiram de várias formas para a construção deste trabalho e principalmente à minha família, Vera, Fausto, Laura e Zi, pela sólida formação, incentivo e atenção.
Dedico este trabalho à minha família Vera, Fausto, Laura e Zi .i.
.5. .6. .7.
8.1 Estratégias de intervenção na paisagem <pp58> 8.2 Partido Projetual - parque <pp58> 8.3 Partido Arquitetônico | Incubadora <pp60> 5
6.1 Programa Macro <pp49>
Sítio Paisagem <pp15> Plano Diretor <pp20> Dinâmicas | Permanências <pp28> Curtumes da Vila Industrial <pp35> Levantamento Fotográfico <pp36>
.4.
5.1 5.2 5.3 5.4 5.5
.3.
4.3 Arquitetura Efêmera <Pp 14>
.2.
4.2 Programa|Pertinência <Pp 13>
.1.
4.1 Vazios Urbanos <Pp 10>
.0. .8. .9. .10. Anexos
.11.
.Pp92.
.Pp89.
Bibliograifa
.Pp80.
Projetos Referenciais
.Pp70.
Estudos de Insolação
.Pp66.
Projeto Proposto
.Pp54.
Processo Projetual
.Pp49.
Programa
.Pp15.
Área
.Pp10.
Argumentos
.Pp8.
Objetivos
.Pp6.
Introdução
.Pp5.
Apresentação
.Pp4.
Epigrafe
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.12.
.ii.
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.0. Epigrafe. Instruções para subir uma escada¹ Ninguém terá deixado de observar que frequentemente o chão se dobra de tal maneira que uma parte sobe em ângulo reto com o plano do chão, e logo a parte seguinte se coloca paralela a esse plano, para dar passagem a uma nova perpendicular, comportamento que se repete em espiral ou em linha quebrada até alturas extremamente variáveis. Abaixando-se e pondo a mão esquerda numa das partes verticais, e a direita na horizontal correspondente, fica-se na posse momentânea de um degrau ou escalão. Cada um desses degraus, formados, como se vê, por dois elementos, situa-se um pouco mais acima e mais adiante do anterior, princípio que dá sentido à escada, já que qualquer outra combinação produziria formas talvez mais bonitas ou pitorescas, mas incapazes de transportar as pessoas do térreo ao primeiro andar. As escadas se sobem de frente, pois de costas ou de lado tornam-se particularmente incômodas. A atitude natural consiste em manter-se em pé, os braços dependurados sem esforço, a cabeça erguida, embora não tanto que os olhos deixem de ver os degraus imediatamente superiores ao que se está pisando, a respiração lenta e regular. Para subir uma escada começa-se por levantar aquela parte do corpo situada embaixo à direita, quase sempre envolvida em couro ou camurça, e que salvo algumas exceções cabe exatamente no degrau. Colocando no primeiro degrau essa parte, que para simplificar chamaremos de pé, recolhe-se a parte correspondente do lado esquerdo (também chamada pé, mas que não se deve confundir com o pé já mencionado), e levando-se à altura do pé faz-se que ela continue até colocá-la no segundo degrau, com o que neste descansará o pé, e no primeiro descansará o pé. (Os primeiros degraus são os mais difíceis, até se adquirir a coordenação necessária. A coincidência de nomes entre o pé e o pé torna difícil a explicação. Deve-se ter um cuidado especial em não levantar ao mesmo tempo o pé e o pé.) Chegando dessa maneira ao segundo degrau, será suficiente repetir alternadamente os movimentos até chegar ao fim da escada. Pode-se sair dela com facilidade, com um ligeiro golpe de calcanhar que a fixa em seu lugar, do qual não se moverá até o momento da descida.
1. História de Cronópios e de Famas, Julio Cortázar
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.1. Apresentacao.
Esta proposta se apresenta como um percurso de projeto cujo ponto de partida foi o conjunto de edifícios que conformou o antigo curtume Firmino Costa. Esvaziados de sua função anterior, como curtume, tais edifícios encontram-se sem uso, em ruínas, subutilizados. São espaços expectantes e ao mesmo tempo espectadoresdas mudanças daquele local ao longo do século XX. Pensado na qualificação deste espaço a partir de um questionamento crítico em relação aos projetos de requalificação urbana, a opção programática proposta, que será exposta ao longo deste trabalho, é o resultado deste percurso de projeto. Dessa maneira, o suporte arquitetônico aqui sugerido como indutor desta requalificação não pode ser dissociado deste local, tampouco da discussão acerca dos vazios urbanos proposta neste trabalho.
Curtume Firmino Costa [vista do galpão, ferrovia] Foto: Mª Beatriz Andreotti, 2008
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.2. Introducao A metrópole é palco de sucessivas mudanças de ordem econômica, social e cultural, uma vez que as dinâmicas presentes neste espaço modificaram a forma de produzir, consumir, administrar, gerir, informar e pensar. O espaço urbano experimentou no final do século XX a perda de sua realidade geopolítica com seu entendimento desvinculado de sua localização. (VIRILIO, 1993). As cidades contemporâneas se apresentam como um palimpsesto. Sobrepõe-se nelas processos históricos, econômicos e sociais das quais são produtos. Alguns elementos presentes em sua estrutura consolidada são representativos destes fenômenos, cuja justaposição tem como resultado a conformação atual das cidades. A alteração do modo-de-produção capitalista, que não se enquadra mais no modelo fordista de produção, trouxe processos em que o espaço de reprodução do capital é alterado substancialmente. As dinâmicas na nova cidade metropolitana estão vinculadas a fatores distintos, menos explícitos, menos concretos que demonstram a criação de novas relações pouco aparentes, como a desindustrialização dos núcleos centrais e a independência entre urbanização e a industrialização atual. Os núcleos urbanos passaram então a constituir uma rede de interconexão, mas não necessariamente de forte centralização. (HALL, 1995). Esta desconcentração da produção industrial em torno dos centros das cidades, com a formação de núcleos secundários, descentralização das atividades comerciais e de serviços teve diversas consequências, entre elas uma expansão da mancha urbana. A geração de periferias sucessivas e esvaziamento econômico do centro foram padrões experimentados pelas metrópoles no final do século XX. A articulação de processos sociais à distância, principalmente pela implementação de novas tecnologias de comunicação, nas áreas metropolitanas, entre regiões e continentes, acarretaram mudanças na conformação da paisagem urbana.
“A descentralização das atividades produtivas industriais tem como conseqüência a criação dos subúrbios, porque a fábrica arrasta a mão de obra e a fábrica não está mais nas áreas metropolitanas. E a seguir, que é o fenômeno dos últimos anos, os escritórios seguem, de alguma forma, a mesma lógica. O território que era todo padronizado, é cada vez mais expandido, onde as atividades de misturam a quilômetros de distância e se telecomandam. Todos os hábitos de vida se transformam também.” (PORTAS, 1982)
Resultados destas questões abordadas acima, brotam pela cidade espaços abandonados, vazios urbanos e grandes áreas industriais obsoletas que permeiam o panorama das grandes metrópoles atuais. Estes vazios, urbanos, se colocam então como elementos emblemáticos para o entendimento e conformação da cidade atual, expondo parte destas novas relações, intrínsecas, mas subliminares, à cidade que habitamos. Os vazios são estruturas que retiraram a arquitetura de seu lugar tradicional, com a capacidade dos processos tecnológico em alterar as estruturas que se tinha como permanentes, a aceleração das telecomunicações como fator para gerar um novo tipo de concentração² (VIRILIO, 1993) . São territórios localizados nas áreas ao longo dos rios, estradas de ferro, áreas industriais desativadas ou não ocupadas que se tornaram “fundos da cidade”. São espaços expectantes, áreas residuais, marginais da cidade, terrenos e edifícios que passaram por um processo de esvaziamento e que permanecem em situações de vacância. São resíduos de uma transformação vivenciada no século passado, apontando para o esvaziamento de uma concepção anterior de cidade, atuando como um resquício daquilo que a cidade não é mais. Estes lugares são manchas de não cidade, lugares ausentes, caídos em desuso, alheios ou 2. “Depois das distâncias de espaço e de tempo, a distância-velocidade abole a noção de dimensão física. A aglomeração desaparece então na aceleração das telecomunicações para gerar um novo tipo de concentração”(VIRILIO, 1993).
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.2. Introducao que surgem nos intervalos de uma cidade com estruturas urbanas decadentes, de outras ordens atualmente desativadas. Paradoxalmente são lugares que possuem localizações privilegiadas relativamente a áreas consolidadas, incorporando em simultâneo a condição de periferia e centro. Em contraposição à dinâmica refletida na cidade, estas grandes áreas se comportam como permanências no tecido e mesmo assim como parte integrante de seus processos formativos.³
Antiga Fábrica de Ração, Bairro da Abolição, Cps Foto: Mª Beatriz Andreotti, 2008 3. Esta contraposição, tendo como foco a área em questão, será aprofundada mais a frente na descrição da área, item 4.
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.3. Objetivos Gerais: A. Reflexão sobre os vazios urbanos Este trabalho tem como proposta a reflexão sobre a temática dos vazios urbanos, com foco na cidade de Campinas e objeto de estudo e intervenção o antigo Curtume Firmino Costa. Apesar de elemento conformador e estruturador do tecido da cidade, tão presentes em sua paisagem, a análise destes vazios urbanos ainda é pouco estudada e explorada para a cidade de Campinas.
“Reativar estes vazios urbanos implica em considerá-los como elementos a partir dos quais se pode recompor a flexibilidade entre os diferentes tecidos urbanos (o antigo, o projetado, o inconcluso, o imaginado) reestruturando-os através do reconhecimento das diversidades e alteridades produzidas também na área de entorno” (LORDE, 2006.)
Específicos
B. Potencializar as estruturas existentes
D. Programa Proposto:
Tendo como pressuposto a utilização de uma área vazia, implantar uma nova edificação que se some à existente, mantendo os elementos da paisagem pós industrial existentes. Partir do reaproveitamento de algumas das estruturas, com reconversão de uso, por meio da sobreposição de camadas, do novo sobre o já edificado, agregando valor, diálogo e conflito, que contribuam para a reapropriação deste espaço.
Parque+ Fazer Artístico + Comércio
C. Requalificação da área Neste caso em específico, a área é estratégica por estar situada próxima ao centro da cidade. Possui infraestrutura implementada, sobreposição de investimentos ao longo dos anos, proximidade estratégica às estruturas de transporte, VLT e nova rodoviária, e vias de acesso e circulação da cidade(Lix da Cunha, Rodovia Anhanguera, Av. das Amoreira e malha viária central). Implementar atividades que sejam capazes de inserir este espaço nas dinâmicas urbanas.Conforme colocado na apresentação do trabalho, buscar uma requalificação a partir de um ponto de vista crítico, pensando a não espetacularização deste espaço.
Como diretriz de ocupação, propor novos usos para o vazio urbano macro, [parque, habitação e comércio], mantendo uma parcela deste vazio não edificado, que passaria de vazio estrutural a vazio projetual. Implantação de programas voltados ao fazer artísticos, somados a um uso comercial, que denominarei aqui de “incubadoras urbanas” e que explicitarei no tópico a seguir.
E. Arquitetura Suporte Criação de uma arquitetura suporte, pensando estratégias projetuais que estimulem o fazer coletivo, espontâneo, agregador e emancipador. Criação de uma estrutura que possibilite questionamento e mutação, capaz de agregar uma diversidade de programas, dentro da proposta de implementação de atividades comerciais e de criação artística. Desta maneira, oferecer por meio da arquitetura as infra-estruturas necessárias.
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Antigo Curtume Campineiro, Av. Das Amoreiras, Cps Fotos: MÂŞ Beatriz Andreotti, 2008
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.4. Argumentos Teoricos | Criticos 4.1
Vazios Urbanos | Hipótese
Como um tema atual no estudo das cidades contemporâneas, alguns autores irão discorrer sobre as áreas de vazio urbano, fazendo uma análise crítica sobre a permanência destas estruturas no tecido da cidade. Sola Morales, em Territórios, irá afirmar que os vazios urbanos dialogam, portanto, com os tempos da cidade contemporânea, errantes, questionando prioridades de investimento, identidades construídas e devires sonhados. Constituem um modo diverso de problematizar a arquitetura através da ausência, da infra-utilização e do abandono. São contrapontos da cidade, duais, lugares em que parece predominar a memória do passado sobre o presente, lugares obsoletos em que somente certos valores residuais parecem manter-se. Suas bordas são falta de uma incorporação eficaz, são ilhas interiores esvaziadas de atividades, restos que permanecem fora da dinâmica urbana. “Lugares estranhos ao sistema urbano, exteriores mentais no interior físico da cidade que aparecem como contra imagem da mesma, tanto em sentido de sua crítica como no sentido de sua possível alternativa.” (SOLÀ MORALES, 2002)
Nuno Portas chama a atenção para a reflexão sobre a temporalidade das transformações espaciais expostas pela presença destas áreas vacantes, a forma como as cidades crescem: movimento, fluxos, energia e matéria. Afirma: “são lugares com espaço e tempo para a espontaneidade de se instalar”. (PORTAS, 2007). Estranhos em nossa cidade, os habitantes da metrópole sentem os espaços não dominados pela arquitetura como o reflexo de sua insegurança, de seu vago ambular por estações sem limites que, em posição externa ao sistema urbano de poder, de atividade, constituem uma expressão física de seu temor e insegurança, mas também uma expectativa do outro, do alternativo e do utópico.
Segundo Andréa P. Lorde, em Vazios Urbanos: perspectivas contemporâneas: “As grandes cidades poderiam ser consideradas produtoras de vazios urbanos e a apreensão das suas diferentes significações torna-se uma questão paradigmática para a compreensão da dinâmica urbana dessas cidades e do papel que eles desempenham no desenho urbano” (LORDE, 2006).
Reconhecendo a existência de uma diversidade de situações de vazio no tecido consolidado, a autora sugere três categorias de “vazio” que podemos identificar na cidade: os vazios projetuais, os vazios estruturais e os vazios conjunturais. Os vazios projetuais seriam áreas vagas, conseqüência de outras intervenções urbanas. O vazio estrutural seria decorrente de transformações nas funções urbanas. Já o vazio conjuntural estaria ligado à fatores de conjunturas sociais, econômicas e/ou jurídicas específicas. Ao longo dos sítios que vão se instalando, estes lugares passam a receber denominações diversas: brownfields, friches urbaines, terrain vagues, vazios urbanos. Assim como coloca Solà Morales, denominam espaços com duas condições:
“[Terrain vague] um termo especialmente útil para designar a categoria urbana e arquitetônica com que a aproximamos dos lugares, territórios e edifícios que participam de uma dupla condição. Vago no sentido de vacante, vazio, livre de atividade, improdutivo, obsoleto. Por outro lado vago no sentido de indefinido, sem limites definidos, sem horizonte de futuro.(...) Terrain: caráter urbano da expressão, uma extensão de solo de limites precisos, edificáveis, está ligada à uma idéia física de uma porção de terra em sua condição expectante, potencialmente aproveitável. A relação entre ausência de uso, de atividade e sentido de liberdade, de expectativa é fundamental para entender toda a potência evocativa, vazio como promessa, como expectação.” (SOLÀ MORALES, 2002).
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.4. Argumentos Teoricos | Criticos Para a análise da área aqui em questão, o antigo Curtume Firmino Costa, na Vila Industrial em Campinas, irei adotar a classificação exposta por LORDE (2006). A área questão foi adquirida no início do século XX, pela família proprietária do Curtume Brasil, que mais tarde passaria a chamar Firmino Costa. A gleba continuou não ocupada até o início do século XXI, caracterizando-se então, como sugere a autora, num vazio estrutural. A reflexão sobre estas áreas: histórico Como ressalta Andréa Lorde, a criação dos vazios urbanos é mais frequentemente observada nos momentos de intensas transformações estruturais em que determinados usos, atividades ou funções, tornam-se obsoletas enquanto outras emergem, se impõem e criam a necessidade de novas edificações e espaços livres. São resultados de mudanças de paradigma, associados à implementação de infraestrutura, comunicação, às redes e fluxos contemporâneos que levaram à processos de desindustrialização e precarização do trabalho, com o retorno a situações de produção doméstica e declínio das garantias de trabalho. “A transformação no modo de produção industrial e a emergência de modos de produção mais flexíveis como capital financeiro, neoliberalismo e empobrecimento do Estado e da população, geraram áreas desfuncionalizadas com obstáculos à uma nova destinação de uso ou função, transformando-se com o tempo em situações de vazio”. (LORDE, 2006)
Estas áreas vazias, que no início do século XX encontravam-se na borda da mancha urbana da cidade, eram vistas como áreas potenciais para a expansão urbana. Estes vazios começam a se tornar uma categoria inquietante no contexto da vida urbana quando passam a ser associados ao “esvaziamento”, inicialmente observado nos parques industriais da Inglaterra e da França.
e de transformação da forma urbana com funções, valores e significados distintos na percepção do espaço urbano e sua produção. A reflexão sobre estas áreas vazias urbanas começou a emergir a partir dos vazios decorrentes da destruição da Segunda Guerra Mundial. O destino destes espaços gerou uma primeira discussão sobre estes elementos, que agora faziam parte da conformação do espaço urbano. A partir da década de 1970, com o surgimento de outros terrenos decorrentes da caducidade de usos, como as indústrias pesadas e as transformações das atividades portuárias, por exemplo, os vazios urbanos se impuseram como uma das categorias de vazio do tecido urbano das grandes cidades. O amplo processo de desindustrialização atingiu inúmeras cidades européias acarretou numa grande quantidade de edificações industriais esvaziadas, que com o crescimento da cidade, encontravam-se mais próximas de seu centro. França e Inglaterra, como pioneiros da industrialização, foram os primeiros a sentir as tensões criadas pela obsoletização de uma parcela significativa da atividade industrial, o fechamento ou transferência de antigas indústrias pela emergência de novas estruturas produtivas e pela desvitalização econômica. Processo que gerou áreas desfuncionalizadas, com obstáculos a uma nova destinação de uso ou função, transformando-se com o tempo em situações de vazio. “Na Europa, novos ciclos de desenvolvimento econômico associados ao êxodo rural e/ou migrações transfronteiriças provocaram novos fenômenos de urbanização fluída formal e informal (...) associados também a novas escalas de infraestrutura, grandes equipamentos e novas tipologias arquitetônicas, estes fenômenos invadiram grandes áreas territoriais, alterando-as profundamente e introduzindo novas diversidades, fragmentações e conflitos” (RODEIA, 2007)
Representativos da crise econômica e produtiva atuariam como pontos geradores de desequilíbrio, de instabilidade .11.
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.4. Argumentos Teoricos | Criticos Outro fator, no final do século XX, pode ser agregado aos que levaram ao mantimento destas áreas vacantes no tecido da cidade: com a valorização das terras urbanas, o mantimento destas áreas começa a ser visto como “rentável”, as situações de vazio urbano passam então a ser orientadas pela lógica de retenção especulativa do solo urbano. Outros processos como os 'embelezamentos', 'remodelações' e 'renovações' experimentados no início do século XX, promoveram tensões no tecido urbano, culminando na criação de um complexo quadro de vazios urbanos ao desarticular o existente e o projetado. A internacionalização do processo de produção capitalista, o advento de novas técnicas/tecnologias e a reorganização do mundo urbano tiveram como conseqüência maiores pontos de contato entre os processos de formação e transformação dos vazios urbanos nas grandes cidades, com uma diversificação na maneira pela qual ele se espacializa no tecido urbano. Na França, estas questões começaram a ser estudadas em 1960 pelo teórico Labasse, que definiu o termo “friches sociales”. Os vazios urbanos, os “friches urbaines” seriam então terras livres e abandonadas no meio urbano e na periferia por não terem sido cultivadas ou construídas, onde há demolições de edifícios, fábricas ou instalações provisórias, antigos quarteirões de fábricas e vilas operárias. Os vazios industriais, uma das categorias destes “friches urbaines” seriam, por sua vez, terrenos abandonados pelas indústrias, por estas terem sido realocadas ou cessado suas atividades. Esta nomenclatura é utilizada para designar “um espaço construído ou não, desocupado ou muito sem utilização, antes ocupado por atividades industriais e outras ligadas à industria” (MENDONÇA, 2001). Esta expressão sugere uma homogeneidade que não existe e pode indicar apenas uma das causas do fenômeno: o desaparecimento da vocação inicial das empresas ali instaladas.
Os primeiros estudos teóricos das “friches urbaines” datam de 1978, e, desde então, foram desenvolvidos diversos trabalhos que apontam a importância do fenômeno, as possibilidades de revitalização e a tomada de consciência sobre as políticas de intervenção no espaço. Na década de 90, o estudo destas áreas já era amplamente difundido e outros processos a partir de então serão responsáveis pela formação de novos vazios estruturais. É então que estas áreas serão alvos das principais linhas de atuação dos projetos urbanos, destes vazios vistos como oportunidades para a criação de uma nova cidade, promovendo uma mudança na significação simbólica destas áreas associadas à retenção especulativa e degradação. Com a expansão do centro e grande crescimento das periferias distantes, fenômeno observado nas metrópoles brasileiras no final do século XX, as áreas de ocupação industrial (em São Paulo a Mooca, Barra Funda, entre outras e em Campinas a Vila Industrial) passaram a se conformar como áreas centrais, esvaziadas de sua atividade anterior. O conjunto dos edifícios do Curtume Firmino Costa é emblemático desta transformação. Inaugurados no início do século XX, mantinham uma situação de margem em relação à cidade. Na mudança no século, a partir da década de 90, a atividade exercida ali começa a perder seu sentido enquanto atividade urbana e o terreno passa a ter uma potencialidade que não existia até então. É um objeto que simboliza a mudança de uso porque passou a cidade e mais especificamente o bairro da Vila Industrial.
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.4. Argumentos Teoricos | Criticos 4.2 Programa | Pertinência O programa proposto é uma reflexão a partir da situação apresentada. A justaposição de fluxos e as dinâmicas que compõem a cidade aqui (des)aparecem, como uma cidade que deixou de ser. Assim, a leitura deste espaço foi feita por meio da tentativa de reapropriação desta área, de sua inclusão na dinâmica da cidade, na tentativa de potencializar o existente por meio de novo uso, reincorporando-a à vivência da cidade. Desta maneira o programa proposto é de atividades voltadas à criação e fazer artístico, com implantação de diretrizes comerciais, para desenvolvimento de uma incubadora urbana, conforme explicitarei a seguir. Incubadora Urbana Espaço suporte + ocupação | atividade Vazio industrial+ coletivos artísticos | comércio
O termo “incubadora” é uma analogia feita às incubadoras neonatais . Neste sentido, são projetos que propiciam iniciativas ainda não consolidadas e solidificadas, no intuito que estas tenham um período de “incubação” para depois extrapolarem as estruturas existentes da própria incubadora. Pode ser vista também como facilitadora, multiplicadora de processos e projetos, oferecendo infraestruturas para indivíduos e grupos, que nesta proposta irão pensar e interferir no espaço urbano. Para a definição de uma “incubadora urbana” utilizei-me de dois diferentes autores, Igor Guatelli (2005) e Merten Nefs (2008), conforme textos indicados na bibliografia. Guatelli irá chamar as iniciativas de apropriação destes espaços residuais urbanos e centrais, de contaminações constitutivas. Associadas à estruturas existentes, potencializam um espaço arquitetônico infra-utilizados, como suporte para ocupações produtivas.
Assim, a intenção aqui é combinar infra-estruturas que garantiriam uma ocupação fixa com outros espaços estimulantes às ocupações espontâneas e eventuais. “Excedendo na utilização: desde alpinistas de pontes e escadas à escadarias urbanas que se transformam em praças (ágoras momentâneas) de contemplação ou de encontro, às ruas, arcabouço de todos os tipos de atividades” (GUATELLI, 2005)
A pretensão é que a estrutura construída (pré-edificada e o novo projeto) sejam capazes de absorver e registrar as marcas deixadas, sem no entanto adquirir um sentido que pudesse ser adotado como o mais correto e adequado, com a conformação de um espaço construído por acumulação, mais do que composição. Ao possibilitar o “entre”, o inesperado, o arquiteto estaria contribuindo, segundo Guatelli, para uma atitude questionadora do espaço, promovendo outras posturas do usuário que vão além da habitual. O outro autor, Merten Nefs, irá discorrer sobre o papel destas incubadoras como agentes de revitalização. Seu argumento pressupõe que, apesar de fazerem parte da mesma idéia de revitalização, muitas vezes gentrificadora e massificada, as incubadoras urbanas proporcionam experiências diversas de reapropriação do espaço. Diferenciam-se primeiro por não se constituírem como institutos formais de cultura, formados por coletivos artísticos questionadores, inovadores e vanguardistas. Podem representar minorias culturais, estando à margem do processo de massificação da cultura e de inclusão em circuitos de mercado. Estes espaços funcionariam então como um laboratório de experimentação, terreno de testes para novos tipos de intervenção e uso no espaço urbano. São iniciativas que já acontecem com reconhecimento em diversas cidades como Amsterdã e Berlim. Como
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.4. Argumentos Teoricos | Criticos experiências referenciais, descreverei aqui dois projetos: o “Usinès Ephemeres” praticado na França e o projeto “Ateliê Amarelo”, na área da Luz, em São Paulo. O projeto “Usinès Ephemeres” visa uma ocupação temporária, por um período pré-determinado, de edificações em situações de vazios urbanos. A ação é promovida por uma associação cultural, em convênio com a prefeitura e proprietário do imóvel, que escolhem jovens artistas contemporâneos para utilização temporária do espaço. Após o período acordado, o imóvel é retomado pelo proprietário, que pode realizar as obras necessárias à transformação de uso. “Esta iniciativa demonstra a articulação entre demanda não atendida (para a arte contemporânea e jovens artistas) e ocupação provisória como forma de conter a deterioração progressiva do imóvel e a desestabilização da área do entorno” (LORDE, 2006).
O projeto Ateliê Amarelo é uma iniciativa da Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo. Ocupa um edifício na região central da cidade, área da Luz, e abriga temporariamente as atividades artísticas de um grupo. Semelhante ao projeto descrito na França, o grupo é composto por 12 artistas plásticos residentes, selecionados por meio de concursos para o desenvolvimento de nove projetos relativos ao centro da cidade de São Paulo. A curadoria do projeto é de Maria Bonomi. “Não é coincidência que o reconhecimento destes grupos como atores urbanos se desenvolveu na época da desindustrialização, seguido do abandono de terrenos e prédios perto do centro que depois se tornaram áreas de produção cultural alternativas ou moradias.” (Nefs, 2008)
4.3 Arquitetura Efêmera Os espaços sem uso são potenciais para o estabelecimento de atividades temporárias, usos efêmeros, como as bancas de frutas, caldo de cana, entre outros. São representativos de uma cidade real, uma cidade flutuante, pouco durável, mas com capacidade para estabelecer novas funções | relações no espaço da cidade. Seu aparecer | desaparecer cria pontos de contato entre a cidade permanente, real, e esta outra cidade flutuante, feitas por espaços e arquiteturas instáveis. Estabelecem com estas áreas desocupadas uma relação simbiótica, de aproveitamento de uma situação, oferecendo um fluxo, um uso a partir do fornecimento de uma atividade. Assim, a arquitetura efêmera, uma ocupação temporária do espaço, pode transformar o objeto colocado aqui como palco da intervenção, através das atividades de fazer artístico propostas (ver item programa) e das atividades comerciais, feiras livres, de livros, roupas. A arquitetura efêmera é uma das possibilidades de ocupação efetiva deste espaço, tornando-o um lugar. O projeto deve ser capaz de oferecer portanto, uma infra-estrutura adequada a diversos tipos de atividade, dentro das possibilidades apresentadas pelo programa proposto, sem contudo defini-las de antemão. Segundo Nuno Portas (2007) estes vazios urbanos são representativos por serem o que chama de “uma clareira de espaço e tempo na teia de comprometimentos que a cidade constitui.” Desta maneira devem ser vistos como momento de pausa que deixa brechas para que outras funções não planejadas por antecedência possam acontecer, já que estas funções efêmeras também são responsáveis pela construção da cidade. “O papel do arquiteto residiria na tentativa de promover uma interação entre o definido e o não definido (...) na criação de condições para que estes eventos possam surgir ou intensificarem-se através do estabelecimento de tensões”. (GUATELLI, 2005)
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.5. Area 5.1
Sítio | Paisagem
“a chaminé, símbolo da era industrial, e as diversas construções industriais, ocupam milhares de metros de solo urbano, que marcaram curiosamente de uma forma não percebida pela grande maioria, a cidade do nosso tempo”. Ulpiano T. Bezerra de Meneses
A paisagem predominante é o vazio e sua indeterminação, em que soma-se a estrutura de vazio industrial adjacente do antigo Curtume Firmino Costa. São áreas de grandes dimensões, 175 mil m² de área não construída e 15 mil m² de área construída sem uso. Trazem uma sensação de silêncio da cidade, de não acontecimento, por vezes interrompida pelos carros que cruzam a avenida. Estar ali parece não pertencer ao tempo presente. A imagem enquadrada pelo olhar, a partir da área não construída, é marcante, parece não ter limites, indefinida. De gabarito baixo, um e dois pavimentos, com pontuais edifícios verticais residenciais, localizada num fundo de vale, forçam e carregam o olhar, o fluxo, a centralidade, para a área mais alta, onde está o pátio ferroviário e o centro da cidade. A presença industrial vacante é o aspecto principal deste panorama. A linha de trem inutilizada, delimitando a construção, reforça este caráter de vazio. O rio, também um limitante, parece estar ali testemunhando as mudanças e as permanências do local. Diante de alguns pontos de vista, encontra-se a chaminé do Curtume Cantúseo, ou até, ao longe, a igreja da Vila Industrial. No conjunto construído, formado pelos Curtumes Cantúseo e Firmino Costa, a presença da passarela é um outro elemento marcante. Em fotos mais antigas, da década de 80, tal passarela recebia o nome do Curtume (Firmino Costa), funcionando como outdoor, exteriorizando ao espaço público, aos usuários deste espaço uma mensagem. A passarela invade o espaço público, majoritariamente de automóveis, parecendo funcionar como uma passagem da cidade existente, da vida urbana latente e do grande vazio que se inicia ali. Quase que uma intenção de apropriação deste espaço, de tentativa de exteriorização de um ambiente tão hermético como de uma indústria, de contato entre o público e o privado.
entre o público e o privado. Os fluxos são sempre de automóveis, que estão ali apenas de passagem. A estrutura marca a divisão de bairros, quase como uma barreira. O passeio público é debilitado, e não há grande utilização por pedestres. Não existe ali a escala do usuário, a pé, não há caminhos que levem a um outro ponto de interesse. A presença destes resíduos arquitetônicos sugere um uso inesperado. Em seus portões, trancados, há outras aberturas alternativas que possibilitam a entrada e saída de pessoas. O local é composto por duas estruturas industriais de Curtumes, o antigo curtume Cantúseo e o Curtume Firmino Costa. O lote é delimitado pelas estruturas viárias, pelo córrego do Piçarrão e pela linha de trem subutilizada, ao fundo. Um fundo de vale, com o córrego, conformando-se como limite físico para o crescimento do bairro para além do pátio ferroviário da Fepasa. A existência desta grande área não consolidada, resultou na criação de uma morfologia específica: enquanto que a Vila Industrial tem sua “frente” voltada para o pátio ferroviário e para a região central da cidade, o córrego do Piçarrão se configurou portanto como seu “fundo”. A permanência destas barreiras (córrego, vazio e ferrovia) interferem na conexão, no fluxo do tecido da cidade. Identifica-se naquele sítio, todas as características procuradas pela indústria no início do século XX para a sua implantação. A proximidade com a linha do trem, a presença do rio e a grande área livre adjacente, originalmente reserva para expansão das atividades do curtume Firmino Costa, mas que hoje configura-se como um imenso vazio urbano.
.15.
.Tfg 2008 incubadoras urbanas.
.5. Area
Vazio Estrutural entre bairros Foto: Mª Beatriz Andreotti, 2008
Linha Pátio FEPASA
Av. Amoreiras
Curtumes: Cantúseo e Firmino Costa
Igreja Vila Industrial .16.
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Passarela entre os curtumes
Chaminé Curtume Cantúseo
Foto: Mª Beatriz Andreotti, 2008
Foto: Mª Beatriz Andreotti, 2008
Curtume Cantúseo
Curtume Firmino Costa
.5. Area
.17.
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.5. Area
4 3 6 5
7 9
8
11
10
2 Estrutura Viária
1
10 50
1| 2| 3| 4| 5|
Rodovia Anhaguera Ramal Férreo Ramal Férreo Av. Lix da Cunha Av. Barão de Itapura
6| Av. Andrade Neves 7| Av. Senador Saraiva 8| Pátio da FEPASA 9| Av. Campos Sales 10| Av. Prestes Maira 11| Av. Das Amoreiras
100
Área em estudo
.18.
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.5. Area
Usos
7
4 3
8
5
10
6
9 Industrial
2 1
11
12 13
14 Ptos pricipais 10 50
100
Área não ocupada
Comercial | Misto (Res.+ Com.)
Foto Aérea | Base da Sanasa | 2001
1| 2| 3| 4| 5| 6| 7| 8| 9| 10| 11| 12| 13| 14|
Intervenção | Curtume Firmino Costa Antigo Curtume Cantúseo Ramal Férreo Av. Lix da Cunha Nova Rodoviária Pátio Fepasa Rodoviária Atual Av. Senador Saraiva Terminal Central Av. Campos Sales Av. Prestes Maia Pça de Esportes São Bernardo Presídio São Bernardo Av. das Amoreiras
Praças
.19.
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.5. Area 5.2 Plano Diretor O local estudado está localizado na Macrozona 4, em 1996 considerada 'de urbanização consolidada' que passou a ser denominada 'de urbanização prioritária' pela revisão do plano em 1996, na área de planejamento 20. Esta macrozona é delimitada por: Rodovia Dom Pedro I, Fazendas Chapadão e Sta. Eliza e Via Anhanguera. Apesar de ser tida como “consolidada”, apresenta número significativo de lotes vagos: 31% de lotes vagos em relação ao total de lotes do município. Cerca de 10% dos lotes desta área estão vacantes. A permanência dentro do perímetro urbano de lotes e glebas vagos com infraestrutura e potencial para ocupação urbana é vista como “questão urbana estrutural,em contraposição à tendência de ocupação das franjas urbanas. A construção da nova rodoviária, a implantação de um novo condomínio residencial e a desativação do presídio feminino São Bernardo são alguns projetos de grande impacto que demonstram este potencial da região, claramente colocado. A área deverá configurar-se como expansão da região central, já que dista desta apenas 4 km e possui parte significativa dos lotes não ocupados. O Plano Diretor da cidade de Campinas (1996 e revisão de 2006) prevê a total canalização do córrego do Piçarrão. Tal vale e as grandes áreas desocupadas, muito próximas ao centro, passaram a ter tratamento diferenciado quanto aos padrões legalmente definidos para sua ocupação, em razão dos grandes investimentos em acessibilidade, infraestrutura, drenagem e saneamentos realizados recentemente. Desta maneira a potencialidade do local já é latente, explicitada e reconhecida pelo poder público. A canalização do córrego do Piçarrão é conseqüência de diversas dificuldades do manejo desta bacia hidrográfica, tida como problemática pelo alto grau de urbanização do entorno. A intenção, após a conclusão de sua canalização, é a construção do terceiro anel viário da cidade.
O Plano Diretor (1996 e revisão de 2006) identifica para a área a possibilidade de adequação do sistema ferroviário existente ao transporte de passageiros e portanto a presença da ferrovia, mesmo que desativada, é vista como potencial. Quanto ao zoneamento, 50% da área destina-se ao uso multifamiliar Z-5 que prevê a implantação de comércio e serviço, permitindo também o uso habitacional, também verticalizado. Aproximadamente 10% da área é Z-9, de uso misto em unidades verticais e outros 10% é destinado ao uso industrial não incômodo. USO DO SOLO. As avenidas de maior circulação possuem comércio local, com algumas tipologias de uso misto, com comércio no nível da rua e residências no pavimento superior. O Plano Diretor identifica que para esta área devem ser incentivados a mescla de atividades, com a consolidação de subcentros e a implantação de atividades geradoras de empregos deslocadas da área central. Grande parte do uso é residencial de classe média e média baixa, em sua maioria, em casas de 1 e 2 pavimentos.Edifícios verticalizados residenciais são encontrados pontualmente na área em questão. Segundo mapeamento exposto no Plano Diretor da cidade (1996, o nível de renda dos habitantes do bairro é bastante homogêneo. VIÁRIO/ CONEXÕES Conforme já colocado, está prevista na região a implantação do terceiro anel viário de Campinas às margens do córrego do Piçarrão. Desta maneira a região receberá importante fluxo viário da cidade. Embora encontre-se próxima aos eixos viários importantes a área não estabelece com nenhuma destas estruturas um vínculo sólido. Isto porque a Vila Industrial tem sua ocupação, lotes e malha viária limitadas pelo córrego e a presença do enorme vazio estrutural é o fator de desconexão do Parque Industrial e dos bairros limítrofes. .20.
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.5. Area Infográficos
Zoneamento
Uso do Solo 10 10 50
Residencial
50
100
100
1|2 pav
Residencial + 2pav Instituicional Comercial
Zona 12 Uso Comercial, Serviços e Institucional Zona 5 Residencial [HM], serviços e instituições de âmbito local
Misto (Res.+ Com.) Praças Indústrias Área não ocupada
.21.
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.5. Area A. Definição Macrozona
Fonte: Plano Diretor de Campinas, 2006 .22.
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.5. Area B. Anéis Viários
Fonte: Plano Diretor de Campinas, 2006 .23.
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.5. Area C. Lotes Vagos [densidade mĂŠdia]
Fonte: Plano Diretor de Campinas, 2006 .24.
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.5. Area D. Lotes Vagos [qtdade por UTB]
Fonte: Plano Diretor de Campinas, 2006 .25.
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.5. Area E. Uso do Solo
Fonte: Plano Diretor de Campinas, 2006 .26.
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.5. Area F. Eixos estruturadores
Fonte: Plano Diretor de Campinas, 2006 .27.
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.5. Area 5.3. Dinâmicas e Permanências: observações da conformação do bairro da Vila industrial a partir dos vazios.
Implantação da Estrada de Ferro, 1848 Documento da Companhia Mogiana CONDEPHAC
Antes de 1870, data de implantação do pátio ferroviário de Campinas, não havia definição de centro/ periferia tão clara como colocado após o seu funcionamento. O perímetro urbano da cidade não se estendia além de seu centro consolidado de malha ortogonal. A área ao em torno deste núcleo, se conformava então como vazio, pontuado por algumas edificações, mas um vazio de caráter rural, de áreas vacantes a espera de uma ocupação como extensão da cidade. A delimitação entre área central e área periférica tão explicitamente exposta pelo limite de transposição dos trilhos, definiu, de antemão, a vocação dos bairros 5 posteriores à linha férrea. A Vila Industrial seria lugar para as classes operárias, cemitérios, 6 matadouros, curtumes, implantados do final do século XIX ao início do século XX. As ocupações dos bairros depois da linha do trem começaram a se solidificar em torno de 1900. Limitadas por um lado pelo pátio ferroviário e por outro pela existência do Córrego do Piçarrão, a área se consolidou como a parte de trás da cidade. Uma vez que as vilas operárias tinham a sua frente voltadas para a área central da cidade, o córrego se conformou como seu “fundo”.
Área Central
As áreas sem uso que se pode perceber entre estes equipamentos (matadouros, curtumes e etc.) e a malha da cidade não é mais vista, a partir do início do século XX, portanto, como “área para possível expansão”, mas como espaço mínimo de tolerância destas atividades com a área central. 5. A ferrovia foi implantada em 1878 e apenas em 1919 foi concluída e inaugurada a ligação de pedestres entre a Vila Industrial e a área central. Anterior a esta data a travessia era feita em nível e dependia da abertura de porteiras para a passagem, que se dava com fluxo descontínuo. 6. Cemitérios- planta da cidade de 1878, Lazareto dos Morphéticos, 1878, Matadouro Municipal, 1885, Curtume Campineiro, 1900, Curtume Paulista 1911, Curtume Brasil, 1915.
Cemitérios [Vl. Industrial]
.28.
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.5. Area Assim, em contraposição ao seu centro, a Vila Industrial se compôs como um tecido urbano de traçado menos ortogonal, de desconexão entre as suas partes, entre o 7 bairro e a cidade. Característica que preserva até hoje: apesar de sua proximidade com os principais eixos viários da cidade (malha viária central, Av. Lix da Cunha, Av. das Amoreiras e Rodovia Anhanguera), a região não consegue estabelecer estes vínculos e consolidar seus fluxos viários.
Campinas, 1900 Base da Sanasa, 2003.
Ao longo do século XX, o crescimento urbano “alcançou” aquelas estruturas e equipamentos que estabeleceram-se em sua borda, limite de tolerância da cidade. A partir de então foram se colocando terrenos vacantes , áreas não edificadas, dentro do perímetro urbano que passaram a conformar o 'vazio urbano'. Na área em questão, o córrego do Piçarrão limitou a ocupação para além da Vila Industrial e o enorme vazio das glebas adjacentes e das suas margens atuou significativamente na conformação atual do tecido. Tanto que, ao observamos a estrutura existente, percebe-se que mesmo dada a proximidade entre as ocupações dos bairros vizinhos, há uma frágil conexão entre os bairros, enquanto que a avenida das Amoreiras estabelece uma centralidade para o outro bairro.
L. Variolosos
Curtume
L. Morphéticos
Matadouro
A área não edificada em questão foi adquirida no início do século XX, pela família proprietária do Curtume Brasil, que mais tarde passaria a chamar Firmino Costa. A gleba continuou não ocupada até o início do século XXI, caracterizando-se então, como propõe LORDE (2006), num vazio estrutural. Vila Industrial Em 1929, já estão representados no mapa da cidade os dois curtumes (Firmino Costa e Cantúseo) e a área vazia ao lado. Um novo eixo estruturador aparece nas plantas de 1947, a Avenida das Amoreiras, e a delimitação deste enorme vazio. 7. Alguns autores afirmam inclusive que o bairro teve um “crescimento isolado”, exposto em VILLANUEVA (1996).
.29.
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.5. Area Campinas, 1929 Base da Sanasa, 2003.
Mapas de 1968 e 1980 mostram a permanência deste vazio. A ilustração de 1968 demonstra uma vontade de ocupação da gleba, com o desenho de diretrizes viárias que não foram implementadas. A partir do ano 2000, a municipalidade voltou seu olhar para esta área vazia. Uma pesquisa nas reportagens do Jornal “Correio Popular” trás uma série de reportagens sobre demandas da população residente e a permanência de tal área sem ocupação. Em 2004, a área foi declarada 'área de interesse' pela prefeitura da cidade, que pretendia instalar um espaço verde de lazer e centro cultural nas estruturas existentes deixadas pelos Curtumes. (CORREIO POPULAR, 2004). Estabeleceu-se uma comissão de assuntos especiais na prefeitura da cidade de Campinas responsável por avaliar as propostas em conjunto com os proprietários da área.
Brasil Paulista
Curtumes
Acumulando dívidas de impostos e problemas devido a não adequação legal da propriedade da terra, a área permaneceu estagnada até o início do século XXI. Recentemente vendida a um grande grupo incorporador (2007), as propostas para o vazio não estão totalmente definidas, mas deverá abrigar usos residenciais e comerciais, conforme reportagem do Correio Popular em anexo.
.30.
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.5. Area
Campinas 1987 10
100 50
Campinas 1968 10
100 50
Planta da Cidade de Campinas 1968, com foco na área em questão. FONTE: VILLANUEVA, Ana R. Tese de Mestrado
Planta da Cidade de Campinas 1987, com foco na área em questão. FONTE: VILLANUEVA, Ana R. Tese de Mestrado
Linha Férrea
Linha Férrea
Área de intervenção
Área de intervenção
.31.
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.5. Area Infográficos
Bairro Isolado 10 50
100
Bairro Isolado pelo sistema viário, o pátio da fepasa, a linha férrea e o vazio estrutural. Área Central
Estrutura Viária
Pátio Fepasa
Linha Férrea
Vazio Urbano
Córrego Piçarrão
Frente|Fundo 10
50
100
Enquanto a Vila Industrial se volta para a área central da cidade, o córrego do Piçarrão, indicado em azul, se configura como seu fundo. O Bairro vizinho estrutura-se a partir da Av. Das Amoreiras, com frágil ligação entre bairros e a conformação do grande vazio urbano. .32.
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.5. Area Conformação Urbana
Área Central 10
50
100
Vl Industrial 10
50
100
.33.
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.5. Area 5.4
Os Curtumes da Vila Industrial
A partir do século XX diversas indústrias ligadas à retirada e manuseio do couro se instalaram na região da Vila Industrial, seguindo a tendência de implantação distante do núcleo urbanizado (como explorado anteriormente). O primeiro deles foi o Curtume Campineiro, cuja construção data do ano de 1900. Situado às margens da Avenida das Amoreiras, atualmente sua estrutura está em ruínas e seu lote continua conservado, porém sem atividade formal. O Curtume Paulista, que mais tarde iria chamar Curtume Cantúseo, se instalou na cidade em 1911, seguido pela instalação do Curtume Brasil em lotes vizinhos. Ambos foram desativados na década de 90, sendo que hoje os edifícios encontram-se sem atividade. O Curtume Brasil, ou Curtume Firmino Costa como mais tarde foi chamado, foi inaugurado em 1915 e até hoje aparece como referência para a produção de artigos de couro, embora não haja atividade formal no espaço.
Estrutura Existente Curtume Campineiro
A área, cortada pelo Córrego do Piçarrão, sempre foi problemática para o manejo. Na década de 80 uma grande enchente atingiu o local e adequações foram realizadas na tentativa de solucionar o problema. As obras de canalização foram concluídas em 2003. Tal intervenção resultou na alteração do conjunto do edifício Firmino Costa, que perdeu dois galpões de sua fachada, ficando expostas as estruturas dos galpões internos e conformando um pátio que não existia originalmente. Atualmente é composto por 5 edifícios, sendo que três deles possuem apenas parte de sua estruturas conservadas. Fachada Atual Curtume Cantúseo .35.
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.5. Area
Fachada do Antigo Cortume Cantúseo, déc. 40 FONTE: VILLANUEVA, Ana R. Tese de Mestrado
Fachada do Antigo Cortume Cantúseo FONTE: VILLANUEVA, Ana R. Tese de Mestrado
Seção de descamar e purgar couro, Campinas, SP, 1922 FONTE: AEL, IFCH, Coleção Curtume Brasil
Seção de tambores para curtir, Campinas, SP, 1922 FONTE: AEL, IFCH, Coleção Curtume Brasil
.36.
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.5. Area
Seção de Banhos, Campinas, SP, 1922 FONTE: AEL, IFCH, Coleção Curtume Brasil
Grupo de trabalhadores e técnicos, Campinas, SP, 1922 FONTE: AEL, IFCH, Coleção Curtume Brasil
Foto interna da atividade de cortume, s.d. FONTE: VILLANUEVA, Ana R. Tese de Mestrado
Foto aérea, Curtume Firmino Costa e Cantúseo FONTE: VILLANUEVA, Ana R. Tese de Mestrado
.37.
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.5. Area Intervenção déc. De 80 Enchente do Córrero Piçarrão
Curtume F. Costa
Galpão da Fachada do Curtume Firmino Costa perdido com a intervenção FONTE: VILLANUEVA, arquivo pessoal
Passarela indicação nome Curtume Cantúseo
Galpão da Fachada perdido com a intervenção FONTE: VILLANUEVA, arquivo pessoal .38.
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.5. Area Intervenção déc. De 80 | Curtume Firmino Costa Enchente do Córrero Piçarrão
Alteração da Fachada
Galpões internos expostos pela intervenção
Linha do trem exposta pela alteração da fachada
Alteração da Fachada
.39. FONTE: VILLANUEVA, arquivo pessoal
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.5. Area
Linha do trem
5.5 Situação Atual | Levantamento Fotográfico
Galpões reestruturados
Pátio Interno Linha do trem
Fachada atual do Curtume Firmino Costa
Foto: Mª Beatriz Andreotti, 2006
Foto: Mª Beatriz Andreotti, 2006
.40.
Linha do Trem Limite do lote
Córrego Piçarrão
Curtume Firmino Costa Edifício 1
Galpão
Passarela
Fotos: Mª Beatriz Andreotti, 2008
Curtume Firmino Costa Edifício 1
Curtume Cantúseo Edifício 2
Curtume Cantúseo Edifício 2
Córrego Piçarrão
Curtume Cantúseo Edifício 1
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.5. Area
Esquema Panorâmico
.41.
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.5. Area
Vista Curtume + área vazia Curtume Firmino Costa Galpão
Fotos: Mª Beatriz Andreotti, 2008
Curtume Cantúseo
Área Desocupada
.42.
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.5. Area
Vazio Urbano Fotos: Mª Beatriz Andreotti, 2008
Igreja Vila Industrial
Curtumes
FEPASA
Av. Amorei ras Túnel Córrego Piçarrão
.43.
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.5. Area
Curtume Firmino Costa, edifício principal
Curtume Firmino Costa, edifício principal Fotos: Mª Beatriz Andreotti, 2008
Fotos: Mª Beatriz Andreotti, 2008
Galpão em ruína
Acesso existente
Edifício Principal
Área interna
.44.
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.5. Area
Curtume Firmino Costa, galpão anexo 1 Fotos: Mª Beatriz Andreotti, 2008
Linha do Trem
Galpão principal
Acesso principal Galpão anexo
Pátio Interno
.45.
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.5. Area
Curtume Firmino Costa, galpão anexo 1 e 2 Fotos: Mª Beatriz Andreotti, 2008
Edifício Pricncipal
Acesso secundário
Galpão 1
Galpão 2
.46.
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.5. Area
Galpão Principal, fachada lateral e pátio Fotos: Mª Beatriz Andreotti, 2008
Linha de trem
C. Cantúseo
Galpão Principal
rrão Córrego Piça Pátio Interno
.47.
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Usos| Comparativo áreas
Indústrias
VAZIO
=
Praças
+ +
Instituições
+ Comercial | Misto
.48.
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.6.
Programa Proposto
O programa se desenvolveu a partir da determinação das estratégias de intervenção na área.
6.1. Programa Macro:
A. Programa para o VAZIO URBANO Parque + Habitação
Parque + Incubadora Urbana + Habitação| Comércio
B. Programa para o VAZIO INDUSTRIAL Comércio + Fazer Artístico + Apoio
Como demarcação da área vazia existente manutenção dos aspectos da paisagem.
e
6.2. Programa Incubadora HIPÓTESE VAZIO URBANO (não edificado)
PROGRAMA PROPOSTO
Fazer artístico + Comércio + Apoio
PARQUE
A intenção de mesclar tais usos é promover diversidade de apropriação deste espaço.
(vazio projetual)
HABITAÇÃO| COMÉRCIO Gde Porte [Mercado]
COMÉRCIO
Pqno Porte
Comércio A estrutura voltada para o comércio de grande porte [mercado] poderá funcionar também como pavilhão de exposições, abrigando maior diversidade de eventos temporários.
[Un. Comerciais]
VAZIO INDUSTRIAL
INCUBADORA URBANA
Cenografia FAZER ARTÍSTICO
Fotografia
APOIO
Habitação Temporária
As unidades comerciais de pequeno porte abrigariam serviços voltados para o público de residentes do bairro.
Fazer Artístico As atividades voltadas ao fazer artístico seriam Arte Gráfica responsáveis pela diversidade de atividades e Arte Performance usuários. Funcionando de maneira independente do núcleo comercial, estes espaços seriam de Arte Eletrônica “criação” dos coletivos artísticos.
Auditório Cinema Serviços
Apoio Como complementar às atividades de fazer artístico, o programa prevê um cinema e um auditório de uso mais público. Além disso, um núcleo de moradia temporária no intuito de que o processo de criação funcione de maneira contínua com um espaço de infraestrutura suporte. .49.
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.6.
Programa Proposto
Parque ParquePar Cria ParqueParque Par Cria Parque ParqueParqueParque Parque Parque ParqueParque CriaCri Parque Par ParqueParqueParqueParquePar Cria CriaC Parque Parque ParqueParque Cria CriaCr Parque ParqueParqueParqueParque ParqueParque Par ParqueParqueParquePar Cria Cria Cria ParqueParque ParqueParqueParque Parque Cria CriaCria Parque Par Parque ParqueParqueParque ParqueParquePar Cria CriaCriaCria ParqueParque Parque Parque Parque Parque Parque Par CriaCriaCria Cria ParqueParqueParque ParqueParqueParque ParqueParqueParque ParquePa CriaCriaCria Cria ParqueParque ParqueParqueParqueParque Parque CriaCriaCriaCria Parque ParqueParqueParqueParque Parque ParqueParque Incubadora Urbana Parque Cria ParqueParqueParque Parque Cria Cria Cria Parque Parqu Parque Parque Parque Parque CriaCria Parque Parque ParqueParqueParq Parque Parque Parque Parque Parque Parque ParqueParque Pa Parque ParqueParque Parque ParqueParque Parque Parq Parque Parque Pa Parque Parque Parque Parque ParqueParque Parq Parque Parque Parque Parque Parque Parque Parque Parque Parque Parque ParqueParque Par Parque Parque Parque Parque Parqu Habita Parque Pa HabitaHabita ParqueParque ParqueParque Parqu abita Habita Habita Parque ParqueParquePar ParqueParque HabitaHabita Habita Parque ParqueParq HabiHabitaHabitaHabita Parque Parque Habita Habita HabitaHabita abita Habita Habita Habita Habita Parque Par Estratégias HabitaHabita Habita Habita Habita Parque HabitaHabitaHabitação+ComércioHabita 10
de Ocupação
50
100
[ ] PASSAR-POR
B
A
Viário Fluxos
Viário Fluxos 10
Sistema Viário Existente Automóveis
50
10
100
50
100
[ ] ESTAR-EM
Sistema Viário Proposto Automóveis Pedestres
A. Incorporação da rotátoria existente e transferência de fluxo para B.
.50.
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.6. Programa Proposto
.51.
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.6.
Programa Proposto
.52.
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.6.
Programa Proposto
Galeria 1
Área de exposição
Ateliês Pintura arte eletrônica fotografia
Adm Ban Depósito
Galeria 2 moradia temporária
Acesso Principal
Pátio Carga Descarga
Acesso Serviço
Praça
Acesso Secundário auditório 2 sala projeção
Adm Ban Depósito
Área de exposição
Acessos
Galeria 3
Ateliês Cenografia Arte Performance
A. Livre Fazer Artístico
Atv.Comércio
Moradia
.53.
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.7. Processo Projetual Primeira Hipótese Volumétrica
Implantação Diretriz Viária
Demarcação do vazio
Uma primeira proposta para intervenção na área foi uma tentativa de demarcação do espaço vazio existente. Menos como uma volumetria e mais como uma intenção projetual, a indicação em vermelho demonstra a possibilidade de apropriação do espaço, a partir da quebra de limitação do lote.
Gerar conexão entre os espaços da cidade Demarcação do espaço vazio Intervenção na estrutura existente Circulação como partido
Linha do Trem Conexão
Parque
.54.
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Segunda Hipótese Volumétrica
A segunta proposta projetual partiu das relações existentes no lote, a partir da retirada e substituição dos edifícios existentes. Nesta proposta foram mantidas as estruturas viárias e do lote pré existentes. Assim foi pensada uma implantação para a nova edificação que pudesse “abraçar” o edifício a conservar, conservar a relação volumétrica anteriormente estabelecida pelo conjunto e implantar um edifício de fachada para o parque, respeitando as relações de acesso existentes.
Implantação
.55.
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Terceira Hipótese Volumétrica Maquete eletrônica
Distribuição do Programa Praça
Comércio
Circulação
Auditório | Cinema
Fazer artístico
Acessos
A terceira proposta projetual se deu a partir da elaboração da Segunda hipótese volumétrica. Buscouse assim a construção de um espaço mais fluído, aberto, de fachada para o parque proposto e com continuidade de espaços públicos. (Observar infográfico ao lado). As passarelas foram modificadas, contudo continuam como um partido de projeto.
.56.
.Tfg 2008 incubadoras urbanas.
Maquetes de estudo- hipóteses volumétricas Existente
Terceira Hipótese volumétrica
Segunda Hipótese volumétrica
Nestas duas hipóteses aqui propostas pode ser percebida a intenção projetual utilizada como partido na implantação do projeto. Em ambos, há a tentativa de “abraçar” o edifício existente (indicado) e de criar um lote de uso mais livre e público. No projeto final, estes dois aspectos continuam presentes, sobretudo a implantação dos edifícios no lote e o grande espaço público ganho com a implantação de duas praças.
.57.
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.8. Projeto Proposto 8.1. Estratégias de intervenção na área
8.2. Partido projetual- parque
Diretriz para a escala urbana:
- De vazio estrutural a vazio projetual
HIPÓTESE VAZIO URBANO (não edificado)
PROGRAMA PROPOSTO
PARQUE (vazio projetual)
HABITAÇÃO| COMÉRCIO VAZIO INDUSTRIAL
INCUBADORA URBANA
A proposta partiu da manutenção e recuperação dos aspectos desta paisagem [vazio industrial e vazio urbano]. Desta maneira visa o re-uso do edifício industrial existente, mantendo a relação dentro do lote e com o vazio urbano adjacente, a fim de conservar os aspectos pós industriais desta paisagem. O programa e a arquitetura proposta pretende então um diálogo com a temporalidade e com a memória do local. Propoe-se a manutenção de um recorte da área como vazio com a implantação de um parque. Desta maneira o vazio urbano estrutural existente passaria à condição de vazio projetual.
-Qualificar o vazio urbano enquanto memória, identidade e legibilidade desta paisagem. Mantendo uma área vazia como elemento de projeto, optouse pela delimitação de um plano de ocupação deste espaço sem a implantação de novas edificações. Para o desenho do parque pensou-se em diretrizes que pudessem demarcar esta paisagem em consonância com a arquitetura proposta, integrando e facilitando seus acessos. O desenho do parque partiu da possibilidade de se trabalhar com trajetos de pedestres levando em consideração a ocupação do entorno e as diretrizes de ocupação propostas, com o programa a ser implementado no lote industrial [incubadora urbana] como ponto de atratividade local. Este vazio, agora projetual, teria como pressuposto a manutenção da massa verde de grande porte existente e implementação de curso d´água e área alagada , como retomada de índices históricos da região. O lote escolhido para a colocação do programa seria então ponto convergente destes caminhos propostos. Cada percurso teria então uma demarcação espacial.(pode ser melhor observado no desenho ampliado ao final do caderno.) A. 2D- pisos e faixas metálicas no chão como demarcação de um índice pós industrial. B. Cobertura- módulos, materiasi leves, como o couro por ex, como modificações da luz existente na passagem (modificação) C. Passarelas metálicas, como elemento de identidade do projeto, que, conforme a acentuação do declive pudessem se transformar em marquises e abrigar outros usos. .58.
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1 2 3 4 5
Platôs [piso|grama] Percurso passarela Percurso água Percurso pérgola Demarcação de Piso [metal]
A. 2D- pisos e faixas metálicas B. Cobertura C. Passarelas metálicas
8.2.2. Partido paisagístico - De vazio estrutural a vazio projetual Para a cobertura vegetal do parque pensou-se na utilização de vegetação remanescente da vegetação ordinária de Campinas, sobretudo para terrenos arenosos e alagadiços. O critério de escolha para estas espécies também foram a partir dos campos cromáticos, optando-se pelas colorações vermelho, branco e amarelo. Famílias de vegetação: Myrtacae, Melastomataceae, Falaceae, Rubiacieae, Euphobraceae.
A B
Outras espécies: óleo de copaíba, guacatonga, faveiro, jacarandá paulista, angico do serrado, ipê amarelo do cerrado, peroba rosa, cedro, jatobá.
C
10
Filodendro
Anthurium
100
50
Lemna
Pistia
Spathiphylum wallisii
Erytrina crista-galli
Xylopia Hura emarginata crepitans
A Celtis iguanea
.59. Erytrina speciosa
Erytrina fusca
Tabepuia dura
Tabepuia umbellata
Tapirira guianensis
Calophyllum brasiliensis
Mauritia flexuosa
Cecropia Tabepuia Protium pachystachya cassinoides heptaphylum
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8.3.Partido arquitetônico Incubadora Urbana - Requalificação a partir do uso cotidiano do local Para recuperação dos edifícios industriais e sua reincorporação na vida urbana, pensou-se na instalação de programa voltado ao comércio de grande porte, pequeno porte e fazer artístico como atividades potencializadoras. Assim, partindo da manutenção do edifício voltado para o comércio de grande porte, a proposta é de uma volumetria que respeite este gabarito, não interferindo nos visuais privilegiados para esta edificação. Outro ponto importante foi contrapor a permeabilidade do lote existente, criando espaços públicos de permanência e passagem entre os edifícios propostos. Esse contato entre o público e privado foi um aspecto levado também ao projeto do edifício, conforme explicitarei. O desenho do parque, no sentido de convergir para este lote, potencializam este espaço como continuidade.
Alagado
Água
Fluxos Principais
Vegetação gde porte Piso permeável
Neste sentido, dentro do projeto, foram criadas praças como espaço de acontecimento, de feiras livres,de projeção de filmes e shows. A passarela pré existente, outro elemento marcante desta paisagem, foi usada como partido arquitetônico e permeia todo projeto. É a passarela metálica capaz de fazer o diálogo entre os tempos (novo| antigo) presentes no projeto.
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Situação Existente
Distribuição do programa
D
Li
nh
a
do
Tr
em
C
B
A| B| C| D|
A
Edificação a manter Substituir Demolir Demolir
Curtume Cantúseo
Córrego Piçarrão
Existente Pavilhão comercial| Mercado Área Administrativa Galeria | Oficinas
Situação Proposta
Existente Projeto Parque
Proposto Moradia Unidades comerciais [4]
Proposto Ateliês [fazer artístico] Cinema | Auditório
Passarela Parque
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Partido Arquitetônico- Incubadora Urbana Edifício dos Ateliês Com a manitenção deste edifício no projeto, buscou-se uma linguagem arquitetônica que pudesse retomar alguns índices industriais. Além do gabarito, a intenção era utilizar a transparência dos materiais (como vedação em tela e o vidro) para buscar contato e diálogo entre o existente e o proposto, expondo por todo o projeto, partes do seu programa na fachada. Assim também se buscaria o contato pretendido entre espaço público e espaço privado.
Moradia| Unidades comerciais | Habitação Temporária Este edifício está implantado de maneira seguir a relação volumetria existente entre o galpão mantido e aquele substituido, retomando assim a volumetria existente no conjunto. Em menores dimensões do que o original, este desenho de edifício permite a abertura da quadra, tornando-a permeável para o pedestre, no nível da rua, estabelecendo pontos de contato que não existiam entre o lote e o entorno. Sua volumetria é baixa e sua cobertura, solução também usada para a cobertura do edifício de ateliês, retoma os indícios industriais, assim como o ritmo das aberturas na sua fachada. Passarela A passarela é o elemento demarcador deste espaço,delimitando-o. Como índice já presente na paisagem do conjunto, este elemento foi usado como chave para estabelecer as relações entre o edificado e o proposto, o novo e o vleho, criando assim uma identidade do conjunto. Pode ter múltiplas funções, como circulação entre os edifícios, como espaço de instalação de atividades que se torna potencial “vitrine” e “palco” quando voltado para este espaço público de praça, de passagem. Dão continuidade à idéia de contato e comunicação com o espaço público.
A decisão de concentrar em outro edifício as atividades voltadas ao fazer artístico é resultado da restrição de uso destes ambientes. Ainda mantando a relação volumétrica existente no conjunto, há, nos pavimentos voltados para o espaço público, a concentração de atividades como o cinema, o café e o auditório, aproveitando-se do potencial fluxo de pedestres consequência da abertura do lote para o fluxo de pedestres. A circulação deslocada do prédio expõe mais uma vez, a função na fachada, e, conforme percorrida, permite que o usuário tenha pleno entendimento da edificação. Aqui há também outros pontos de contato entre o público e o privado, seja pelas galerias-vitrine, voltadas para a rua ou por parte dos ateliês em balanço, que podem ser vistos do espaço público criado com a abertura da quadra, permitindo assim um contato (visual) entre a atividade e o pedestre. Espaços público do lote Todos os espaços externos aos edifícios são, neste projeto, espaços públicos por exelência. Permitem assim o fluxo de pedestres, além de espaços de permanência. São propostos dois níveis de espaço público. Um está na conta 0,40m, aproveitando a implantação do mercado e da área comercial. O outro nível, 8,10m, é resultado do aproveitamento da queda do terreno e permite acesso direto da rua ao pavimento que concentra as atividades de fazer artístico. Ambas praças possuem demarcações de piso que lembram o movimento e a velocidade, utilizando assim o índice da linha do trem que delimita o lote. Quebram também com a ortogonalidade dos edifícios propostos, permitindo assim a contiunidade de fluxo pela demarcação deste percurso. As áreas que levam para dentro e fora do prédio são nuances, criando espaços de transição entre áreas externas e internas, uma continuidade que leva para dentro do projeto. .62.
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Espacos Publicos cota 8,10m
Piso verde
Piso intertravado permeável
Acesso Ateliês 8,10m
3
Área de luz
Acesso Ateliês 8,10m
Edifício
2 1 Praça 8,10m
1
5
10
1 2 3
Acesso Veículos Acesso Praça Acesso Passarela
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Espacos Publicos cota 0,40m
1 Piso intertravado permeável
Praça comércio 0,40 m
Edifício
2 Praça auditório 0,40 m
3 1
5
10
1 2 3
Acesso Bairro Acesso Comércio Acesso Parque
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Edificação Mantida
Edificações Propostas
Acessos Principais
Espaço Público
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Acessos | Fluxos [lote]
Relação Público | Privado
Circulação Vertical
Fluxo de Pedestres Principais acessos
Circulação
Acessos
Espaço Público
Acessos [edifícios]
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Distribuicao Programa
Circulação
Fazer Artístico
Passarelas
Estacionamento
Habitação | Comércio
Mercado
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Maquete eletronica
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. Projeto.
Maquete eletronica
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. Projeto.
Maquete eletronica
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. Projeto.
Maquete eletronica
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. Projeto.
Maquete eletronica
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. Projeto.
Perspectivas
.69.
.73.
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. Projeto.
Perspectivas
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INDICE PRANCHA
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9.
Estudos de Insolacao
Equin贸cio Outono
Equin贸cio Primavera
9:00
16:00
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Solstício Inverno
Solstício Verão
9:00
16:00
.77.
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Solstícios Outono
Inverno
Verão
8:00
16:00
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10. Volumetria Terreno
Terreno à rea: 15.600m²
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.10. Projetos referenciais
Projeto: Parque de La Villette Arquiteto: B. Tschumi Ano: 1984 Local: França Implantado na área de um antigo abatedouro, o parque La Villette foi construído em 1984. O arquiteto partiu então de três conceitos para seu desenvolvimento:1- o evento, 2o espaço, 3- o movimento. Com um programa bastante complexo (teatros, restaurantes, galerias, entre outros), o parque é pontuado por pequenos edifícios metálicos vermelhos, os follies.Tais estruturas, chamadas pelo arquiteto de “Pontos” demarcam o espaço do parque, criam uma identidade e possuem programa flexível.
Inserção urbana | malha
As follies são estruturas que partiram da corformação de um cubo de 10m por 10m, snedo dieferentes entre si mas mantendo o mesmo partido arquitetônico e conceitual. Estão localizadas de acordo com uma malha de 120 m de distância, facilitando a localização e orientação dos usuários.. O projeto é uma demarcação num território urbano antes vacante, e foi capaz de trazer um uso (múltiplo) e uma identidade para o local. A linguagem (materiais, passarelas, cores) adotada reforça o caráter de criação desta identidade, pontuados pelas follies. Tais estruturas pontuais são capazes de receber diversificados programas.
B. TSCHUMI
As follies
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Projeto: Mercado Popular da Rocinha Arquiteto: AAA Ano: 2003 Local: Rio de Janeiro Mercado Popular da Rocinha Estudando uma ocupação já existente, o mercado popular da rocinha, o projeto parte de uma apropriação de uma atividade existe, criando um lugar de suporte, uma adequação desta atividade. A solução adotada foi a criação de um elemento de cobertura de mínima interferênca no solo e que pudesse abrigar diversos tipos de atividades. A sustentação da estrutura se dá pela colocação de um pilar único que, além de captar a água da chuva, é fornecedora de infra estrutura (como tv a cabo, eletrecidade, ponto de água e outras estruturas subterrâneas) que oudessem ser paroveitadas de maneira mais “livre” pelos usuários (vendedores e transeuntes) do local. Projeto: Mercado Ver o peso Arquiteto: AAA Ano: 1999 Local: Belém do Pará Para o mercado Ver-o-peso em Belém do Pará, a solução adotada foi semelhante, adequada para as atividades de entreposto comercial já existentes no local. Estas estruturas (que podem sofrer alterações, acréscimos, etc.) permitem uma abrangência de atividades que podem ser desenvolvidas. Potencializa seu uso a medida que oferece também infra-estruturas (água, tv, luz). Mercado Popular da Rocinha
AAA
azevedo agência de arquitetura
Mercado Ver-o-peso
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Projeto: Academia de Boxe Cora Garrido [ intervenção sob o Viaduto do Café.] Arquiteto: Igor Guatelli e equipe Ano: 2005 Local: São Paulo Arquiteto Igor Guatelli. Equipe: Arquitetos Fontanetti, Natalia Gandini e Fernanda Lima Sakr
Olívia
A proposta de Igor Guatelli para o Viaduto do Café em São Paulo, é uma adequação às atividades já existentes no local.Partindo de uma apropriação de um espaço residual da cidade, as partes debaixo de um viaduto, projeta uma adequação para a já existente Academia de Boxe Cora Garrido. Cria um espaço de multiplicidade com a combinação de uma especificidade programática com espaços fluídos de liberdade de ação e possibilidades de reconfiguração momentâneas. O projeto parte da apropriação de um 'vazio' no entendimento dessa atividade como contaminação constitutiva de espaços residuais. A interface com a proposta para a ntervenção no Curtume vem da potencialização de um espaço suporte para a ocupação produtiva. “Uma arquitetura não mais vista como um objeto independente, cenográfico, mas um subojeto, um suporte de inter relações, uma estrutura suporte e potencializadora de um porvir” (Guatelli 2008)
Igor Guatelli e equipe
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Projeto: Parasite Las Palmas Arquiteto: Kortteknie Stuhmacher Ano: 2001| 2005 Local: Holanda, Roterdã Chamado de parasita de Las Palmas, esta intervenção arquitetônica parte de um 'edifício suporte', a caixa de um elevador de uma estrutura industrial abandonada, para a instalação de uma arquitetura temporária. Modular, de instalação in loco, este 'ponto verde' permaneceu neste edifício de 2001 a 2005, com programa inicial voltado para exibições uma vez que em 2001 a cidade foi sede cultural européia. São pontos de interesse a intervenção a partir de uma arquitetura existente, a incorporação da duração, do tempo no projeto e a flexibilidade do programa.
Korteknie Stuhmacher
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Parques Pós industriais Arquitetos: Topotek 1, Martin Rein Cano, Lorenz Dexler Ano: 2002 Local: Eberswalde, Alemanha O parque aqui em estudo se coloca sobre uma estrutura industrial do séxulo XIX desativada. Tal projeto incorpora alguns elementos industriais como o metal, que implantado por meio de fitas, percorre o parque criando uma diversidade de percursos. A intervenção busca portanto orientar, fugindo do que os arquitetos chamam de 'industrial romanticism'.
Projeto: Whitenini Cross Arquiteto: Gross Max Ano: 1999 Local: Reino Unido Também um parque pós industrial, aqui buscou-se trabalhar com elementos de similaridades de materiais e percursos para a reativação de uma área industrial sem uso.
.1. .84.
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Projeto: Ateliê Fotográfico Arquiteto: André Vainer e Guilherme Paoliello Ano: 2005/2007 Local: São Paulo
Para a criação de um espaço de trabalho, cujo programa possui semelhanças com o projeto aqui proposto, a dupla de arquitetos buscou uma linguagem que remetesse a uma arquitetura industrial. Trabalhando com as especificidades programáticas de um estúdio fotográfico comercial, os arquitetos foram capazes de resolver muito bem os imperativos colocados pela atividade, ganhando menção honrosa no Prémio bienal 2007. É um projeto referencial por se tratar de uma atividade semelhante a que se pretende instalar na Vila Industrial. Além disso, o bairro escolhido já possui um viez mais cultural, com diversos ateliês instalados, isso visto como uma possibilidade para a Vila Industrial.
André Vainer e Guilherme Paoliello
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Projeto: Ateliê de Trabalho para Gormley, Estúdio de escultura Arquiteto: David Chipperfield Ano: 2003 Local: Londres Este ateliê de escultura, construido para o artística plástico Gormley, se encontra numa antiga área industrial de Londres, Inglaterra. Possui semelhança com o programa que pretende-se desenvolver, com ateliês para pintura, escultura, fotografia, desenho, além de uma área de trabalho tipo escritório, para o escultor. A opção do arquiteto foi o mantimento da tipologia industrial, tirando proveito de sua iluminação zenital e grandes vãos para a completa adaptação do novo programa proposto.
David Chipperfield
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Projeto: Amnésias Topográficas Arquiteto: Vazio S/A Ano: 2001; 2004; 2007 Local: Belo Horizonte MG Em Buritis, um bairro verticalizado de Minas Gerais, os prédios podem contar apenas com 4 pavimentos. Dada a topografia dos terrenos, diversas construções existentes no local verticalizaram edifícios de 4 pavimentos, deixando abaixo destes uma considerável estrutura de pilotis para sustentação do prédio. Vistas como áreas potenciais de uso, como espaços esvaziados que se contrapõem ao uso do prédio, o escritório Vazio S/A associou-se a um grupo de teatro, que ocupou o espaço com a encenação de uma peça feita especialmente para o local. É um projeto referencial por se tratar da ocupação de um “entre” na arquitetura, chama a atenção para estes espaços construidos sub utilizados, dando um uso, a partir da arte (teatro). “O espetáculo possibilitou também uma inversão no quadro de privatização dos espaços da cidade. Em um país de cidades cada vez menos públicas e mais violentas um país onde a cidade é vista cada vez mais como um inimigo ou ao menos como um obstáculo entre a casa e o trabalho , o projeto funcionou como um urbanismo efêmero que mostra os desequilíbrios urbanos de uma forma sem precedentes” (site do grupo)
Vazio S/A
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Projeto: Hafencity Public Space Arquiteto: Enrique Miralles Ano: 2002 Local: Alemanha Este projeto é um projeto referencial por se tratar de um desenho contemporâneo de espaço público. Aqui, o arquiteto buscou trabalhar com elementos da paisagem, com demarcações de piso e mobiliário urbano, definido uma identidade sem contudo possuir área construida. Neste sentido, este projeto é referencial para o desenho de espaço público dentro do lote de projeto e do parque.
E. Miralles
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11.3 Sítios Internet - www.villette.com (último acesso: 6/abril) -http://www.vitruvius.com.br/entrevista/tschumi/tschumi .asp (último acesso 6/abril) -http://www.pixcentrix.co.uk/pomo/arch/arch.htm (último acesso 6/abril) -http://www.ufes.br/~nexem/arquiteturaeuropeiacontempor anea/14-%20parc%20la%20villette.htm (último acesso 6/abril) -http://www.tschumi.com/ (último acesso 6/abril) -http://www.ambafrance.org.br/abr/label/label28/dossier /jardin.html (último acesso 6/abril) -Http://www.ifch.unicamp.br/ael/website-ael_cb/websiteael_cb.htm (último acesso 10/abril) .90.
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11.3 Sítios Internet -http://www.workpedia.com.br/ (último acesso 10/abril) -http://www.cpopular.com.br/mostra_noticia.asp?noticia= 1571442&area=2020&authent=42363024034322601412062161004 2 (último acesso 11/abril) -http://www4.mackenzie.br/fileadmin/graduacao/fau/publi cacoes/pdf_iiiforum_a/mack_iii_forum_igor_guatelli.pdf (último acesso 15/abril) -http://www1.folha.uol.com.br/folha/dimenstein/colunas/ gd120907.htm (último acesso 15/abril) -http://www.kortekniestuhlmacher.nl/index.html (último acesso 15/abril) -http://www.pasing.kulturserver-nrw.de/ (último acesso 15/abril) http://www.revistaau.com.br/arquiteturaurbanismo/169/ar tigo77725-1.asp (último acesso 19/abril) http://findarticles.com/p/articles/mi_m3575/is_1288_215 /ai_n6117514/pg_2 (último acesso 19/abril) http://www.davidchipperfield.co.uk/ (último acesso 19/abril) http://www.vazio.com.br/amnesias/ (último acesso 19/abril) http://www.vazio.com.br/ensaios/amnesiastopograficas.ht m (último acesso 19/abril) http://www.revista.iphan.gov.br/materia.php?id=165 (último acesso 21 abril) www.abandonedplaces.com.br ( último acesso 21 abril) http://www.direitocultural.com.br/res8.htm (último acesso 2 de junho) http://atelieramarelo.blogspot.com/2005_10_01_archive.h tml (último acesso 2 de junho) http://www.vitruvius.com.br/institucional/inst54/inst54 .asp (último acesso 2 de junho) http://www.vitruvius.com.br/arquitextos/arq000/esp291.a sp (último acesso 2 de junho) http://arquiteturaefemera.blogspot.com/2007/07/asarquiteturas-efmeras-realizadas-em.html (último acesso 2 de junho) http://www.arquitextos.com.br/arquitextos/arq000/esp421 .asp (último acesso 2 de junho) Http://www.sebraesp.com.br/principal/sebrae%20em%20a%C3 %A7%C3%A3o/incubadoras/o_que_incubadora.aspx (último acesso 7 de junho)
11.3 Sítios Internet http://unitrabalho.org.br/paginas/noticias/artigos/pdf/ Texto%20Programa%20Economia%20Solid%C3%A1ria%20e%20Proc esso%20Incuba%C3%A7%C3%A3o%20da%20UNITRABALHO.pdf (último acesso 7 de junho) http://www.universia.com.br/materia/materia.jsp?id=8739 (último acesso 7 de junho) http://www.vitruvius.com.br/arquitextos/arq000/esp231.a sp (último acesso 7 de junho) http://www.vitruvius.com.br/arquitextos/arq000/esp006.a sp (último acesso 7 de junho) http://www.vitruvius.com.br/arquitextos/arq000/esp178.a sp (último acesso 7 de junho) 11.4 Periódicos - The architetture Review maio 2004 - The architetture Review junho 2004 - The architetture Review agosto 2005 - The architetture Review janeiro 2006 - The architetture Review outubro 2006 - The architetture Review outubro 2007 -L´Architetture dessay hui julho 1998 -L´Architetture dessay hui julho 2005
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.12. Anexos Legislação
ZONA 12 -Uso na categoria habitacional serão permitidos os usos unifamiliares e multifamiliares; -Uso nas categorias comercial, de serviços e institucional serão: Permitidos os usos:CL-1 e CL-2;CG-1, CG-2 e CG-3;SP-1 e SP-2;SL-1, SL-2, SL-3 e SL-4;SG-1, SG-2, SG-3, SG-4, SG-5, SG-6, SG-7, SG-8, SG-9 e SG-10;EL, EG; Tolerados os usos:CA-1, CA-2, CA-3, CA-4 e CA-5;EE; -Ocupação: uso habitacional serão permitidos os tipos HMV-1, HMV-2, H-3 e HMH-3;usos comercial, de serviços e institucionais serão permitidos os tipos CSE-2, CSE-1 eCSE, de pequeno, médio e grande porte; (conforme redação dada pelo art. 46 da Lei no6.367/90) -Uso misto serão permitidos os tipos HCSE-2, HCSE-1 e HCSE. (conforme redação dadapelo art. 46 da Lei no 6.367/90) .92.
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Correio Popular, Cidades, 11/abril/2008 HM prevê bairro nobre no terreno do curtume Proposta da construtora é aliar modernidade e preservação da história local Após o anúncio da venda do terreno de 174 mil metros quadrados que pertencia ao curtume Firmino Costa, no Parque Industrial, em Campinas, os moradores que sofriam com o abandono da região irão ganhar um novo bairro. A proposta da HM Engenharia e Construção, incorporada pelo grupo Camargo Corrêa, que adquiriu a área no final do ano passado, é preservar a história dos bairros antigos do entorno, como Parque Industrial e São Bernardo e “batizar” o projeto arquitetônico com a participação da comunidade. De acordo com Sílvia Faria, uma das coordenadoras do projeto da construtora HM, e ex-secretária de obras no governo de Izalene Tiene (PT), a região composta por quatro glebas e diferentes zoneamentos pode abrigar inúmeras edificações. “Estamos tratando o terreno como se fosse uma jóia. O local irá se transformar em um outro bairro, mas em harmonia com a comunidade. Vários produtos estão em análise e nossos arquitetos devem se empenhar em ouvir a população, buscando fotos antigas e resgatando a história do entorno, para dar vida ao espaço", disse. O anúncio da construtora foi feito ontem, na Câmara Municipal, durante a reunião da Comissão de Estudos Especiais (CEE), que acompanhou as negociações da venda do terreno. Mesmo não revelando o prazo para o início das obras, Sílvia garantiu que no segundo semestre desse ano o projeto já estará pronto. “Pela construtora, as obras poderiam começar amanhã, mas dependemos ainda da análise do local e da aprovação dos órgãos competentes”, afirmou. Os débitos tributários, de acordo com o presidente da CEE, Vinícius Gratti (DEM), já foram pagos. “Esse era um dos problemas que também impediam a venda da área. A dívida praticamente superava o valor do terreno”, ressaltou. O advogado Alexandre Marchiolli, representante do secretário de Assuntos Jurídicos Carlos Henrique Pinto,
secretário de Assuntos Jurídicos Carlos Henrique Pinto, disse durante a reunião que ainda existem arestas para serem aparadas, mas isso não vai impedir a construção do empreendimento e confirmou que todos os débitos foram quitados. Informou também que a venda é parte do esforço do Executivo e Legislativo em buscar uma solução junto ao proprietário do terreno, Mário Rubens Costa, que esteve na Prefeitura para se reunir com o secretário. A grande queixa dos moradores era em relação a insegurança causada pelo abandono da área e pela quantidade de lixo despejado no local, o que levava para a vizinhança ratos e baratas. O presidente da Associação do Moradores do Parque Industrial, Henri Maeda, disse que a medida irá atrair famílias que foram embora pois não havia estrutura na região. O morador Sérgio Carlos Borges Garcia comemorou a ocupação do vazio urbano, mas apontou outros problemas. “Teremos uma batalha para impedir as inundações em época de chuva e analisar os outros projetos para as construções de ruas, já que alguns acessos serão bloqueados”, disse Garcia. Parte do terreno já foi cercado. O próximo passo é concluir a limpeza. Mais de 1,5 mil caminhões de lixo foram c a r r e g a d o s . Sílvia ressaltou que a construção envolverá parcerias, entre elas a da Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento S. A. (Sanasa). Incluirá também a análise do fluxo de veículos e de acessos. “As medidas podem contar com sugestões da população que mora no local”, avaliou. Pacote: A região do Parque Industrial, São Bernardo e Vila Industrial passa por uma série de transformações. Deixa de lado o abandono do terreno do curtume, o histórico de falta de segurança pública e de áreas transformadas em lixão, para dar espaço a novos projetos e se transformar em área nobre. O pacote da Prefeitura inclui a recuperação do túnel Joá Penteado parte do desenvolvimento do Anel Intermediário de Trânsito que, além de desafogar alguns
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Da Penitenciária Feminina do São Bernardo, parte do projeto de reestruturação do sistema penal.
Tofanello (antigo Furazóio), a Vila Stanislau, a Vila Getúlio Vargas, ou ainda, a Vila Genny.
Atividade fez a Vila se transformar
Sempre caracterizado como um bairro de trabalhadores, a Vila Industrial no passado conhecida como “Bucheiro” (pela sua proximidade do curtume) desenvolveu também uma forte identidade cultural e viu nascer equipamentos específicos de lazer e cultura, como o Grêmio Recreativo Campinas, os blocos carnavalescos “Do Boi”, “Do Jacaré”, “Do Azul e Branco” ou as tradições do corso, sedimentandose, pouco a pouco, tradições musicais, artísticas e culturais próprias. (AAN)
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Secagem e curtimento de couro alavancaram a economia do bairro operário . O Curtume Brasil foi um dos gigantes no setor de beneficiamento de couros e peles e desde 1915 quando foi fundado e até 1996, quando encerrou as atividades, atuou na secagem, salga, curtimento e outras preparações de couros. Ao lado do Curtume Cantúsio, do Matadouro Municipal e das empresas agrícolas, formava importante parque industrial na primeira vila operária de Campinas, a Vila Industrial .
Retirado do site bibliografia.
do
correio
popular,
indicado
na
A história do curtume está intimamente ligada à história da vila, formada por maioria de imigrantes italianos, portugueses e espanhóis. A mão-de-obra, no seu início, vinha desses migrantes, que trabalhavam nos curtumes Cantúsio e Firmino Costa, no Matadouro e especialmente na Companhia Mogiana de Estrada de Ferro. Antes da instalação do Curtume Firmino Costa (1915) e Cantusio (1911) existiu outra empresa na vila, a Companhia Curtidora Campineira de Calçados (1890). Sediadas nas proximidades dos trilhos de trem, estas inúmeras instituições e moradias de trabalhadores acabaram por modificar uma paisagem originalmente caracterizada por habitações esparsas e caminhos rurais, instaurando-se, pouco a pouco, uma dinâmica muito específica de desenvolvimento. De maneira particular, o Matadouro e o Curtume (e não apenas as companhias Paulista e Mogiana) foram capazes de transformar esta paisagem ao impor uma nova dinâmica ao antigo caminho de boiadas (na atual Rua Salles de Oliveira). No curso da primeira metade do século 20, enfim, surgiram outras fábricas e empresas, como as Fábricas de Seda, além de conjuntos de casas de trabalhadores associados aos breves surtos de industrialização vividos pela cidade, como a Vila
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Correio Popular, Cidades, 10/setembro/2008 Curtume Cantúsio entra na lista para tombamento O edifício do Curtume Cantúsio, na Vila Industrial, das primeiras décadas do século 20, deverá se tornar patrimônio histórico de Campinas. O Conselho de Defesa do Patrimônio Artístico e Cultural de Campinas (Condepacc) decidiu iniciar estudos visando ao tombamento. O prédio do curtume que funcionou até 1990, quando foi desativado é testemunha da pujança industrial da cidade que se desenvolveu a partir do final do século 19, com capital nacional . Segundo a arquiteta Laci de Carvalho Alvite, autora do pedido de tombamento, o prédio está localizado em uma quadra onde antes houve concentração de indústrias em Campinas e era, no passado, os limites territoriais da área urbana, depois da ponte da Capivara, atual Viaduto Cury. “Nessa área, foi edificado o Matadouro de Campinas, projetado por Ramos de Azevedo e que não existe mais”, afirmou. Laci lembrou que, às margens do Córrego Piçarrão, o prédio ficava próximo a outro curtume, o Firmino Costa. Ali perto ainda existem galpões de antigas metalúrgicas, especialmente na beira da linha semidestruída do VLT. Segundo Laci, o núcleo da empresa foi um prédio construído em 1911, no mesmo local. Daí em diante, afirmou, passou por sucessivas ampliações até chegar a 15 mil metros de área construída, conservando as mesmas características da fachada. O projeto de ampliação de 1938, informou, foi elaborado por H. N. Segurado, que se casou com uma das moças da família Cantúsio. “Os elementos em estuque nas molduras das envazaduras do prédio dessa época ainda existem no local”, disse . A arquiteta informou que o curtume está intimamente ligado à história do beneficiamento do couro no País. O beneficiamento para utilização do couro na indústria calçadista, disse, chegou ao Brasil por meio de tecnologia belga e aqui foi aperfeiçoado. Segundo ela, no princípio, todas as etapas da produção eram feitos no chão da própria
fábrica, desde a retirada da pele do boi, a secagem, o estiramento, o amolecimento nos tanques de tanino e nos tambores, o tingimento e o corte das peças. “Em 1910, eram empregados na fábrica principalmente escravos recém-libertos e crianças menores de 18 anos. As condições sanitárias de trabalho eram bem precárias, bem diferentes da situação de 1990, quando a indústria fechou. Nessa época, eram usadas máquinas ultramodernas e operadas por mulheres”, afirmou . Laci lembrou que, nessa fase, os diversos tanques eram quimicamente dosados com diversas concentrações de tanino. As peças de couro eram submersas para que amolecessem. Esses tanques ainda existem por lá. “Após o uso, a mistura era lançada no Piçarrão diretamente, poluindo suas águas e provocando o aparecimento de insetos em demasia. Desse excesso de poluição ambiental resultou um movimento contra os curtumes, incluindo o Firmino Costa, que lançava seus poluentes no córrego”, disse. Isso levou à obrigatoriedade dos curtumes de tratarem a água antes de lançá-la no córrego . Conforme a arquiteta, quatro gerações estiveram à frente da indústria, totalmente nacional. Em 1939, segundo levantamentos da arquiteta, o Cantúsio exportava diversos produtos para Inglaterra e Estados Unidos. Quando completou 70 anos de existência, o curtume exportava para o Japão, Filipinas, Austrália, Suécia, Alemanha, Holanda e Finlândia. Em 1982, chegou a exportar cerca de 3 mil toneladas de produtos entre manufaturas e pele tratada. História se confunde com a formação da Vila Industrial A história do curtume está intimamente ligada à história da vila formada por uma maioria de imigrantes italianos, portugueses e espanhóis. A mão-de-obra, no seu início, vinha desses migrantes, que trabalhavam nos curtumes Cantúsio e Firmino Costa, no Matadouro e especialmente na Companhia Mogiana de Estrada de Ferro. Antes da instalação do Curtume Firmino Costa (1915) e Cantúsio (1911) existiu outra empresa na vila, a Companhia Curtidora Campineira de .95.
Calçados (1890). Sediadas nas proximidades dos trilhos de trem, essas empresas e moradias de trabalhadores acabaram por modificar uma paisagem originalmente caracterizada por habitações esparsas e caminhos rurais, instaurandose, pouco a pouco, uma dinâmica muito específica de desenvolvimento. De maneira particular, o Matadouro e o Curtume (e não apenas as Companhias Paulista e Mogiana) foram capazes de transformar esta paisagem ao impor uma nova dinâmica ao antigo caminho de boiadas (na atual Salles de Oliveira). No curso da primeira metade do século 20, enfim, surgiram outras fábricas e empresas, como as Fábricas de Seda, além de conjuntos de casas de trabalhadores associados aos breves surtos de industrialização vividos pela cidade, como a Vila Tofanello (antigo Furasóio), a Vila Stanislau, a Vila Getúlio Vargas, ou ainda, a Vila Genny. Sempre caracterizado como um bairro de trabalhadores, a Vila Industrial no passado conhecida como “bucheiro”, pela sua proximidade do curtume desenvolveu também uma forte identidade cultural e viu nascer equipamentos específicos de lazer e cultura, como o Grêmio Recreativo Campinas, os blocos carnavalescos Do Boi, Do Jacaré, Azul e Branco e o corso, sedimentando-se, pouco a pouco, tradições musicais, artísticas e culturais próprias.
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.Tfg 2008 incubadoras urbanas.
“ Acredito na objetividade do passado, mas também na impossibilidade de recuperá-lo, cabendo-nos representá-lo (com o que me fornece o presente) para identificar e entender sua especificidade: assim é que posso tomá-lo como diferença e não como mera anterioridade.” Ulpiano T. Bezerra de Meneses
.Tfg 2008 incubadoras urbanas.
.Cortes . AA .
Esc. 1:250 .Tfg 2008 incubadoras urbanas.
. Projeto.
CAIXAS D´ÁGUA 20,55
ATELIÊS (apoio) 13,10
ATELIÊ ARTES GRÁFICAS 13,10
ATELIÊS (apoio) 8,10
ATELIÊ CENOGRAFIA 8,10
ACESSO (estaciona) 5,30 FOYER | CAFÉ 2,80
OFICINAS 5,10
AUDITÓRIO PLATÉIA PÁTIO 0,40
AUDITÓRIO
ACESSO AO CINEMA
GARAGENS
. Projeto.
Det. 1 .Tfg 2008 incubadoras urbanas.
.Cortes . BB .
Esc. 1:250
PASSARELA
COMÉRCIO 0,40
MERCADO 0,40
PÁTIO MERCADO 0,40
ESTAR 5,10
DORMITÓRIO 5,10
5,10
DORMITÓRIO 5,10
COMÉRCIO 0,40
.Tfg 2008 incubadoras urbanas.
. Projeto.
.Tfg 2008 incubadoras urbanas.
. Projeto.
.Cortes . CC .
Esc. 1:250
ATELIÊS APOIO 13,10
ATELIÊS APOIO 8,10
PRAÇA SUPERIOR 8,10
ESTACIONAMENTO AUTOMÓVEIS 5,30
AUDITÓRIO
CINEMA
FOYER CINEMA| AUDITÓRIO 0,40
ESTACIONAMENTO CAMINHÕES 0,40
ACESSO EDIFÍCIO ATELIÊS 0,40
.Tfg 2008 incubadoras urbanas.
. Projeto.
Esc. 1:250
Passarela
esc. 1:25
.Cortes . DD .
GALERIA VITRINE
GALERIA VITRINE
GALERIA VITRINE PASSARELA
MORADIA TEMPORÁRIA 5,10
MORADIA TEMPORÁRIA 5,10
ACESSO AO AUDITÓRIO 2,20 COMÉRCIO 0,40
COMÉRCIO 0,40
. Projeto.
PRAÇA MERCADO 0,40
(cantoneiras)
Viga do edifício Viga do edifício
ACESSO AO CINEMA 2,80
Perfil da estrutura
PRAÇA SUPERIOR 8,10
8,10
Detalhe encaixe da cobertura na estrutura Em vista Planta
GALERIA VITRINE
Peça U
Chapa metálica j/ junção (parafusada)
13,10
Cobertura
GALERIA VITRINE
Chapa metálica j/ junção (parafusada)
Esc. 1:250
esc. 1:25
.Cortes . EE .
Peça U conexão cantoneiras
. Projeto.
(parafusadas)
.Tfg 2008 incubadoras urbanas.
Ventilação e iluminação
MERCADO 0,40
Perspectiva da cobertura
FOYER | CAFÉ 0,40
4
.Implantacao + parque. | esc. 1:2000
3
.Implantacao + parque.
2
. Parque.
5
Esc. 1:2000
.Tfg 2008 incubadoras urbanas.
. Incubadora Urbana.
Piso permeável
Água
Fluxos Principais
Platôs [piso|grama] Percurso passarela Percurso água Percurso pérgola Demarcação de Piso [metal]
. Parque.
Habitação Comércio
. Diretrizes de Ocupação.
Fazer artístico Comércio
1 2 3 4 5
Alagado
Vegetação gde porte
.Tfg 2008 incubadoras urbanas.
100
Estrutura Viária
.Tfg 2008 incubadoras urbanas.
50
Situação
10
100 50 10
. Projeto.
. Incubadora.
1
. Diretriz| Uso Misto. [Hab + com]
Maquete Eletronica
.Situação. . Projeto.
. Projeto.
. Projeto.
.Tfg 2008 incubadoras urbanas.