____DE ONDE __NASCERAM ____NOSSOS _TERREIROS?
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS Curso de Arquitetura e Urbanismo TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO
DE ONDE NASCERAM NOSSOS TERREIROS?
CENTRO DE ARTES PERFORMÁTICAS NA RUA AUGUSTA
Aluno: Frederico Vergueiro Costa Orientador: Prof. Dr. Leandro Medrano
NOVEMBRO DE 2011
SUMÁRIO 4 INTRODUÇÃO 5 6 8 9
TRÊS TERREIROS EM SÃO PAULO PRAÇA ROOSEVELT, OS TEATROS E AS PAULADAS AV. PAULISTA, OS MUSEUS E OS NEGÓCIOS RUA AUGUSTA, AS BALADAS E A DIVERSIDADE
14 BAIXO AUGUSTA 34 LINA BO BARDI Entre os Terreiros e Teatros 39 REM KOOLHAAS Um máximo de programa e um mínimo de arquitetura 41 DIRETRIZES URBANAS DIRETRIZES PARA UMA CIDADE ACONTECIMENTO 50 PROJETO ARQUITETÔNICO EDIFÍCIO MULTIFUNCIONAL 62 BIBLIOGRAFIA
INTRODUÇÃO A Rua Augusta talvez seja uma das mais conhecidas regiões especializada em Cultura e Entretenimento de massa em São Paulo. Seus três quilômetros, praticamente lineares, partem da porção oeste do Vale do Anhangabaú, Centro da Cidade de São Paulo e sobem em linha reta para a Avenida Paulista para depois descer diretamente até cruzar com a Rua Estados Unidos. Seus atrativos, em sua maioria noturnos, são conhecidos destinos até do turismo internacional sendo a Parada do Orgulho LGHT o maior evento Turistico de São Paulo que cruza sua Esquina com a Avenida Paulista com uma versão metropolitana e colossal de suas Baladas. A imagem que o lugar adiquiriu extravasa seus atributos fisicos e neste caso arquitetonicos. Não parece haver nenhum atributo arquitetonico ou urbano exepcional capaz de justificar sua condição atual de efervecência cultural e mercadológica. Divide a memória dos boemios e das famílias que passaram por ela. Do luxo à Boca do Lixo e às áreas de meretrício do centro da Capital é um tradicional eixo de ligação entre estas duas realidades extremas. Vive-se até hoje dividido entre estas duas idéias de cidade que se misturam e consolidam uma realidade urbana complexa e única.
OBJETIVO
- Investigar empreendimentos locais como repertório de análise do local. Os Teatros próximos ao centro, as baladas ao longo da Rua e os grandes empreendimentos próximos à Avenida Paulista. - Realizar um exercício de projeto na escala do quarteirão em que deverão ser propostas articulações espaciais capazes de contemplar interesses privados com benfeitorias públicas. - Quantificar e distribuir um programa arquitetônico definido a partir da investigação do repertório local e definir projeto arquitetônico de edifício como ensaio de articulação destes programas .
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TRÊS TERREIROS EM SÃO PAULO A região denominada Baixo Augusta é uma parcela da Rua Augusta que liga o Centro Histórico de São Paulo a Avenida Paulista. Como eles, é um espaço urbano com coesão social relacionada à contextos culturais específicos, intitucionais ou não. A Roosevelt e os Teatros, a Avenida Paulista e os Museus e Centros Culturais e a Augusta com a Cultura eo Entretenimento de massa.
AV. PAULISTA
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1982 CONSTRUÇÃO DO VELÓDROMO DA CONSOLAÇÃO Primeiro estádio de futebol do Brasil, foi construído no local onde hoje se encontra o Teatro de Cultura Artística construido na decada de 1950 com projeto de Rino Levi
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1903 CONSTRUÇÃO DO THEATRO MUNICIPAL DE SÃO PAULO 1911 O grandioso edifício foi viabilizado por incentivos municipais que oferecia insenção de impostos para a construção de teatros. A obra foi realizada pelo escritório de Ramos de Azevedo com capacidade para receber grandes produções, principalmente óperas.
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1922 SEMANA DE ARTE MODERNA DE 1922 Realizada no próprio Theatro Municipal de São Paulo, o evento de arte moderna demarca as origens do Movimento Moderno no Brasil e em São Paulo a consolidação do Grupo da Antropofagia. Estabelecem como princípio a ruptura com os canones artistísticos do passado e a busca por abordagens novas para todo o sistema de arte e da cultura.
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1966 CONSTRUÇÃO DO EDIFÍCIO COPAN DE OSCAR NIEMEYER Encomendado para a comemorção do IV Centenário da Cidade de São Paulo, foi só concluído 15 anos depois.
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1955 INAUGURAÇÃO DO TEATRO DE ARENA A companhia que teve origem em 1953 adapta uma garagem na Rua Teodoro Baima, em frente a Igreja da Consolação. Como o próprio nome diz, o formato do palco em arena estabelecia uma oposição aos teatros tradicionais e compunha o aparato conceitual para a elaboração de um teatro experimental genuinamente nacional e revolucionário.
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CRONOLOGIA PRAÇA ROOSEVELT, OS TEATROS E AS PAULADAS Os aconteciemntos e os marcos arquitetônicos localizados no entorno da Praça Roosevelt remetem desde as mais tradicionais isntituições de cultura até os movimentos renovadores e críticos da arte. O cenário que reunia estudantes e artistas próximos à multidão do centro urbano em seu pleno crescimentos nas décadas de 60 e 70 - foi interrompido pelas tranformações politicas e sociais desencadeadas no Regime Militar.
1967 MONTAGEM DA PEÇA O REI DA VELA PELO TEATRO OFICINA Para reinaugurar o Teatro na Rua Jaceguay que fora incendiado, a companhia montou a peça de Oswald de Andrade que depois de 34 anos seria apresentada pela primeira vez. A grande reestreia foi bem sucedida e estabeleceu também os principios conceituais associados ao movimentos culturais da tropicalia e da antropofagia com a intenção também de se elaborar uma proposta de teatro brasileiro.
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1968 INVASÃO AO TEATRO GALPÃO No final da encenação da peça Roda Viva, escrita por Chico Buarque e dirigida por José Celso Martinz Corea o teatro foi invadido por cerca de vinte homens armados de cassetetes, espancaram os artistas, depredaram todo o teatro, desde bancos, refletores, instrumentos e equipamentos eletricos até os camarins. O ataque foi atribuido ao grupo radical CCC, Comando Contra Comunista, e não foi comprovado o envolvimento de militares porém a peça foi censurada e não pode ser apresentada depois do episódio.
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1968 BATALHA DA RUA MARIA ANTÔNIA Estudantes da Faculdade de Filosofia da USP e membros da UNE, União Nacional de Estudantes, entram em conflitos com alunos das Faculdades do Colégio Makenzie na Rua Maria Antônia. Um estudante foi morto. Nos anos que se seguiram, o governo do estado transferiu as unidades da USP no centro da cidade para a Campus no Butantã.
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1968 POROGULGADO O AI-5 O governo federal comandado pelos militares desde 1964 intitue o AI-5 concede as atribuições dos poderes legislativos ao poder executivo e da inicio ao período mais rígido do Regime Militar. 1982 CRIAÇÃO DO CPT COMO PARCEIA ENTRE SESC E
CRONOLOGIA PRAÇA ROOSEVELT, OS TEATROS E AS PAULADAS
GRUPO MACUNAÍMA
Recentemente novos teatros A companhia comandada por Antunes Filho amplia suas atividades para ocuparam a região. São teata área da formação do ator e da origem ao CPT, Centro de Pesquisa Teatral, a partir do vinculo com o SESC. ros pequenos e experimentais A sede fica na unidade SESC Consolaçao onde também se encontra o que buscam criar e testar Teatro Anchieta na Vila Buarque. novos paradigmas artisticos, 1970 CONSTRUÇÃO DA LIGAÇÃO LESTE OESTE E culturais e técnicos que se DA ATUAL PRAÇA ROOSEVELT relacionam com as ações de Iniciada pelo Prefeito Faria Lima, a via expressa foi concluida com o fim seus precursosres locais. das obras do Elevado Costa e Silva, o Minhocão, na gestão de Paulo A reativação do local por parMaluf. A praça constituia justamente a ligação entre a via expressa elevada e o trecho existente. Acima da via no subterrâneo havia ainda te das Companhias e consedois níveis de estacionamento, a laje pouco acima do nível da rua e quentemente do público daõ sobre ele uma cobertura acessível em forma de pentágono. Se por um embasamento para as obras lado oferencia um espaço público abrigado e generoso por outro não cumpria seu papel como praça. Além do difíci acesso desde a calçada de reforma que estão sendo até o Pentágono, a distribuição das pessoas neste espaço não favorerealizadas hoje na Praça cia sua articulação. Os que passam pela rua, mal conseguem perceber Roosevlt pela Prefeitura. os frequentadores acima. Quem está sob o pentágono não pode ser
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visto por quem está acima dele e nem do alto dos prédios vizinhos. A maior obra em concreto armado da américa latina na época, os 3 km de elevado acabaram gerando uma forte desvalorização imobiliára por onde passou e não oferece nenhuma opção ou contrapartida arquitetônica para os moradores locais e pedestres.
2000 NOVOS TEATROS DA PRAÇA ROOSEVELT Depois de anos com seu potencial cultural ofuscado pela desvalorização da região e pelas intimidações sofridas pelos grupos Teatrais Experimentais durante o Regime Militar, somente a partir do ano 2000 que uma série de Teatros se instalaram nos térreos dos edífício na Praça Roosevelt. O primeiro a se intalar na região foi o Teatro dos Satyros. Hoje são 6 espaços diferentes em funcionamento na mesma rua. O Teatro do Ator ocupa uma das salas do antigo Cine Bijou que funcionou na praça durante as décadas de 70 e 80 e que promovia a difusão dos filmes se arte e europeus. Os teatros têm em comum a caracteristica de se apropriarem de espaços arquitetônicos convencionais, livres e pouco determinados e que permitem experiementar diferentes espaços cênicos que variam desde a posição do espectador até a relação entre o aparato técnico e os atores. Outro ponto comum é a presença constante de bares que a maioria das comapanhias mantêm em seus espaços além de outros que se estabeleceram por ali. A proxima grande mudança, além da reforma da praça que já está acontecendo, é a tranferênia da SP Escola de Teatro para edifício remodelado na Praça Roossevelt.
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1958 INAUGURAÇAO DO CONJUNTO NACIONAL
DE DAVID LIBENSKIND
00 Primeiro edifício que ocupou totalmente um quarteirão na Avenida
Paulista. Marco da nova fase da avenida após mudança na legislação na década de 1950.
1958 CONSTRUÇÃO DO MASP DE LINA BO BARDI NA PAULISTA 1968 Primeiro grande museu na Avenida Paulista que atribui sentido cultural para a região de maniera intitucional e ao mesmo tempo inovadora. O vão que se estende das calçadas da Avenida é um legitimo exemplar de como Lina difine os espaços livres em seus projetos como terreiros.
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1969 CONSTRUÇÃO DO EDIFÍCIO DA FIESP–CIESP–SESI 1979 DE RINO LEVI O projeto para o edificio das entidades representativas das industrias nacionais foi selecionado por concurso realizado em 1969. O generoso edifício de escritórios exemplifica os sentidos que a Av. Paulista adquiriu como novo centro financeiro da capital.
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1991 PROMULGAÇÃO DA LEI ROUANET Lei nº 8.313 de 23 de dezembro de 1991 constitui a Lei Federal de Incentivo à Cultura que viabilizou a abertura da maioria dos centros culturias vinculados as instituições financeiras na Avenida Paulista na partir da década de 1990. 1992 INAUGURAÇÃO DA LINHA-2 VERDE DO METRÔ A linha da Avenida Paulista foi inaugurada em 1992 durante o Governo da Prefeita Luiza Erondina
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1995 INAUGURAÇÃO DA SEDE DO INSTITUTO ITAÚ CULTURAL
DO ESCRITÓRIO LOEB
dos primeiros exemplares de aplicação de recursos da Lei Rouanet 04 Um para a consolidação das Instituições Culturais vinculadas aos grupos
financeiros principalmente por meio da elaboração de Centros Culturais e Museus
1998 INAUGURAÇÃO DO CENTRO CULTURAL DA FIESP
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DE PAULO MENDES DA ROCHA O projeto de readequação do térreo para transforma-lo em Centro Cultural é mais um exemplo de como os usos se diversificaram na Avenida Paulista principalmente por mudanças nos padrões de ocupações de grandes empresas na cidade que se concentram hoje sobretudo na Região do Rio Pinheiros.
CRONOLOGIA AV. PAULISTA, OS MUSEUS E OS NEGÓCIOS A Avenida Paulista na década de 1990 começa a sofrer profundas tranformações. Muitas das empresas que estavam instaladas imensos edificios da avenida se tranferiram para novos edíficios nos distritos financeiros próximos ao Rio Pinheiros. A partir de 1995, muitas instituições e prinipalmente os bancos utilizram grande quantidade de recursos advidos dos incentivos fiscais da Lei Rouanet de incentivo à cultura para estabelecer grandes Centros Culturais na Avenida. Possui hoje um circuito bastante consolidado, de alta qualidade e com recursos abundantes geridos pelas instiruições culturais . É um contexto que coloca o público em contato com manifestações artisitcas consolidadas nacionais e internacionais de arte contemporânea além além de fomentar, mapear e consolidar a carreira de artistas locais.
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1996 REALIZAÇÃO DA 1ª PARADA DO ORGULHO LGBT Foi o primeiro evento do gênero em São Paulo. Em 2006 chegou a ser considerado a maior Parada Gay do mundo e é hoje a maior atração turística da cidade de São Paulo. Acontece todo ano na Avenida Paulista como uma grande festa chega atraír 3,5 milhões de pessoas em um só edição. Sua dimensão e sentidos politicos e culturais consilidam a Avenida Paulista como um terreiro metropolitano de manifestações, convívio e desenvolvimento cultural.
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1995 INAUGURAÇÃO DO CLUBE ALOCA É o Clube em atividade mais antigo da Baixa Augusta. Localiza-se na Rua Frei Caneca e foi durante muito tempo um meio termo entre a programação noturna mais cara e sofisticada dos Jardins e a carência destes estabelecimentos no centro da cidade.
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2001 CONSTRUÇÃO DO SHOPPING FREI CANECA A instalação deste imenso empreendimento comercial sinaliza e contribui para uma grande valorização imobiliária da região que se verifica pela presença dos três novos empreendimentos imobiliarios de grande porte e distantes não mais do que 200 metros do Shopping Center.
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2005 INAUGURAÇÕES DOS CLUBES VEGAS, VOLT E ZCARNIZERIA 2009 Estes três novos emprendimentos de lazer foram inaugurados na região da Baixa Augusta pelo empresário Facundo Guerra. Se apropriaram de contextos locias para aprimorar suas atrações. O Z se instalou no local onde afirmam ter funcionado um açougue e a decoração foi toda relacionada aos elementos iconográficos da antiga atividade. No Volt, foram reunidos letreiros em Neon que foram proibidos a partir de 2007 pela lei da cidade limpa que eliminou os anuncios publicitários na cidade.
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2007 FECHAMENTO EM MASSA DOS CLUBES MASCULINOS A valorização imobiliária tomou o lugar de grande parte dos clubes masculinos da região. Quando não instalados nas dependências do térreo de edifícios, estes clubles ocupavam imóvies mais antigos, com gabarito baixo e aparentemente com manutenção precária e que se tornaram atraentes para o mercado imobíliario que pode unificar lotes para empreendimentos de alto padrão. De 23 clubes deste tipo que funcionavam em 2007, estão em funcionamento apenas 9 este ano. 2011 PRIMEIRA PISTA GRATUITA NA RUA AUGUSTA O Bar do Netão disponibilizou pela primeira vez, em um pequeno porão, a primeira pista de dança com acesso gratuito. Além dela, o local possui apenas o corredor de acesso onde fica exatamente o bar. É uma célula mínima. Desde então, uma multidão se aglomera na calçada e chega a tomar o espaço da via como uma extensão do próprio bar. Na pista, 100 pessoas ja criam uma aglomeração, porém durante a noite são incontáveis o número de pessoas que podem entrar e sair, ficar ou ir embora deixando apenas sua contribuição financeira para o bar. Seu imenso sucesso evidência a necessidade e o esforço de público e dos empresários locais de se preservar as condições culturais e econômicas através de novas estratégias que comportem a diversidade de público que garantem o funcionamento deste complexo de equipamentos de cultura de massa.
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CRONOLOGIA RUA AUGUSTA AS BALADAS E A DIVERSIDADE No passado recente o Baixo Augusta era principalmente conhecido como local onde concentravam-se os mais movimentados clubes masculinos com atrações eróticas que conformavam um grande chamariz luminoso para a prostituição. Na década de 90 a construção do metrô na Avenida Paulista e estaçaõ na esquina com a Augusta além de novas políticas públicas voltadas novamente para o centro histórico são algumas causas para a valorização da região. Desde a década de 60 a região, principalmente do lado Jardins, foi palco de fenômenos de mídia que têm a música como principal canal de difusão de informação, idéias, cultura e costumes. A Jovem Guarda foi o movimento precursor deste fenômeno em São Paulo. A partir da década de 1980 o Movimento Clubber inaugura o reinado dos Clubes de música eletrônica que definem hoje o contexto cultural, desta vez no Baixo Augusta.
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1958 INAUGURAÇAO DO CONJUNTO NACIONAL
DE DAVID LIBENSKIND
edifício a ocupar totalmente o quarteirão na Avenida Paulista. 00 Primeiro Marco da nova Avenida após mudança na legislação na década de 1950. 1978 REALIZAÇÃO DA EXPOSIÇÃO “MITOS VADIOS” Exposição “Mitos Vadios” em um estacionamento próximo da esquina da Rua Augusta com a Rua Estados Unidos. Hélio Oiticica participa da exposição com sua obra: Delírio Ambulatório.
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1984
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1988
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1992
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CRONOLOGIA RUA AUGUSTA OS CLUBES E A DIVERSIDADE
A rua se encontra em uma condição privilegiada. No passado uniu o centro histórico à INAUGURAÇÃO DO CLUBE MADAME SATÃ aristocracia que habitava os Clube pioneiro em São Paulo localizado na Bela Vista e responsável por bairros jardins precursores reunir grande diversidade de público e consolidar um cenário cultural principalmente Jardim Amérialternativo e underground na cidade. ca - cruzando a aristocrática ABERTURA DO CLUBE NATION Avenida Paulista. Clube aberto nos fundos da Galeria América na Rua Augista do lado Hoje é uma via que se Jardins oferecia uma versão mais sofisticada do que o Madame Satã. extende (com outros nomes) Estabeleceu um forte cenário de difusão de cultura alternativa, moda e comunicação. Fechou em 1991. desde o centro histórico até a Marginal do Rio Pinheiros. INAUGURAÇÃO DA LINHA-2 VERDE DO METRÔ Porém o trecho que mais A linha da Avenida Paulista foi inaugurada em 1992 durante o Governo da Prefeita Luiza Erundina e se conectava com a Linha-1 Azul do Metrô se desenvolve é justamente entre a Avenida Paulista e o ABERTURA DO ESPAÇO UNIBANCO DE CINEMA Centro Histórico que passou Um antigo cinema no lado centro da Rua Augusta é reativado a ser conhecido como Baixa graças ao programa de Cinemas vinculados ao UNIBANCO que pertence a família Moreira Salles e foi recentemente unida Augusta. ao Banco Itaú. É o unico cinema de Rua em atividade no lado A rua acumulou os senticentro da Augusta. No lado jardins funciona a sala do Cinedos que permaneceram na SESC. memória de seus frequentadoCRIAÇÃO DO FESTIVAL MIX BRASIL DE CINEMA res do passado com as novas Participação do Brasil no Mix Nova York (Lesbian and Gay Experimental atrações vivenciadas hoje por Film Festival) se configura em um grande evento que tem como uma uma geração mais jovem. vaiedade de atações dentre elas a difusão de conteudo audiovisual, festas, feiras, peças teatrias. Todos possuem temáticas relacionadas à diversidade sexual.O evento dura aproximadamente um mês e está na 19ª edição este ano.
1995 TRANSFERÊNCIA DO MERCADO MUNDO MIX O Mundo Mix era uma pequena loja vinculada ao Festival Mix Brasil que promovia durante o evento o mercado alternativo e vendia camisetas além de outros acessórios. Em 1994 se tornou um evento idependente e diversificado que vendia desde roupas e acessórios até serviços de maquiagem, piercings além de atrações culturais. Ocupou naquele ano um pequeno galpão na Vila Madalena. O evento cresceu e passou então a ocupar as instalação do Cineclube Elétrico, na Rua Augusta, no lado centro. Hoje o mercado é permanente e ocupa uma Galeria no lado Jardins da Rua Augusta.
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R. AUGUSTA
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CENTRO EXPANDIDO
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CENTRO HISTÓRICO DA CIDADE DE SÃO PAULO
EDIFÍCIO ALTINO ARANTES, O BANESPÃO PRAÇA DA SÉ LARGO DO SÃO FRANCISCO
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BAIXO AUGUSTA
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AVENIDA PAULISTA
AUGUSTA Lado Jardins RUA ESTADOS UNIDOS
N fonte: goole maps, 2011
13 13 1 3 13
QUARTEIRÓES ADJACENTES E IMEDIAÇÕES
BAIXA AUGUSTA AUGUSTA
TOPOGRAFIA
13 00 m
755m 760m 765m 770m 775m 780m 785m 790m 795m 800m 805m 810m
AV. PAULISTA 815m
REGIÃO DE ANÁLISE E INTERVENÇÃO
810m 805m 800m 795m 790m 785m 780m 23°32’ S 46°66’ O
N
100m 1000m
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CIRCULAÇÃO DE VEÍCULOS
SO LA ;Á
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RUAS E TRANSPORTE COLETIVO PRA
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RE
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EIX OTO
GO
MID
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RUA FERNANDO ALBUQUERQUE
RUA HADDOCK LOBO
RUA ANTÔNIO CARLOS
RUA LUIS COELHO
AV. PAULISTA
58000 EMBARQUES DIÁRIOS ESTAÇÃO DE METRO EM CONTRUÇÃO LINHA 4 AMARELA ESTAÇÃO DE METRÔ LINHA-4 AMARELA ESTAÇÃO DE METRÔ LINHA-2 VERDE PONTO DE ÔNIBUS
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DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DOS USOS MULTIFNCIONALIDADE
QUARTEIRÃO
LOTEAMENTO ORIGINAL DA AVENIDA PAULISTA
s do a n do s n zio ba E a a s VR v io LI mo, c í if PO nsu M Ed TE , co e d nto s e ço nim a Ep tre En s os rio ç i ó rv rit Se Esc e e a i ad or éis se s M ot o g o H va ent s no am re ion r Te tac Es
ÁREA DO QUARTEIRÃO TAXA OCUPADA POTENCIAL UTILIZADO
10680 m² 50% 5,25 X
VAZIOS 5456 m² ESTACIONAMENTOS 40% ÁREAS LIVRES (PRIVATIVAS) 60%
TOTAL DE ÁREA ÚTIL residencial 40% hotéis 10% tempo livre 20% serviços 20% estacionamentos 04% áreas livres 06%
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EQUIPAMENTOS CULTURAIS E VIDA NOTURNA
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Clube Noir
Teatro e Cinema Frei Caneca Teatro Augusta
CLUBES CLUBES MASCULINOS BOTECOS, BARES RESTAURANTES SHOPPINGS TEATROS
Comedians Espaço Unibando de Cinema
TEATROS E CINEMAS
Teatro e Cinema Livraria Cultura
Igreja da Consolação
Áreas destinada para bosque público Outs
The Society Inferno Studio SP Beco 203 Beach Club Vegas
Bar do Netão
Sonique Container Fun House
Clube Atlético São Paulo
Bofetada Bar Verde Club Aloca
Paróquia do Divino Espírito Santo
Sarajevo
ÁREAS VERDES CLUBE ESPORTIVO IGREJAS
CLUBES CLUBES MASCULINOS
23°32’ S 46°66’ O
N
100m
1000m
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CLUBES NOTURNOS OS
ESTABELECIMENTOS DE LAZER NOTURNO OFERECEM ATRAÇÕES, PRINCIPALMENTE MUSICAIS ALÉM DE RECURSOS TÉCNICOS VISUAIS OU DECORATIVOS, COMO LUZES, TELÕES E PROJEÇÕES, QUE APRIMORAM A EXPERIÊNCIA ESPACIAL. AS BALADAS, BOATES OU CLUBES SÃO OS PRINCIPAIS LOCAIS DE ENTRETENIMENTO E CULTURA DE MASSA NO BAIXO AUGUSTA RECENTEMENTE. COMPORTAM ENTRE 250 A 700 PESSOAS E AS MAIS FAMOSAS ATINGEM LOTAÇÃO COMPLETA FREQUENTEMENTE O QUE ACABA GERANDO FILAS QUE SE ESTENDEM PELO QUARTEIRÃO OCUPANDO TODA A CALÇADA, SEU ESTREITO FOYER. ALÉM DE UM CONTROLE DE ACESSO PELO CONTROLE DA LOTAÇÃO DEVIDO A ALTA DEMANDA, O MAIS COMUM É ENCONTRAR ESTABELECIMENTOS QUE EXIGEM VALORES MÍNIMOS DE CONSUMO OU DE ACESSO. É MUITO DIFÍCIL ENCONTRAR UMA PISTA DE DANÇA COM A MAIORIA DOS RECURSOS TÉCNICOS DE SOM E LUZ QUE BASICAMENTE TODAS OFERECEM COM O ACESSO GRATITO, PORÉM ISSO JÁ ACONTECE EM ALGUMAS LOCAIS. CARACTERIZAM-SE BASICAMENTE PELA PRESENÇA DA PISTA. LOCAL AMPLO E TOTALMENTE LIVRE PARA RECEBER UMA AGLOMERAÇÃO DE PÚBLICO DESEJÁVEL E ESSENCIAL PARA QUE O EVENTO SEJA BEM SUCEDIDO TANTO PARA O PÚBLICO QUANTO PARA OS PROPRIETÁRIOS. COMO ESTES ESPAÇOS SÃO LIMITADOS TANTO POR QUESTÕES ACÚSTICAS QUANTO PRÁTICAS E ECONÔMICAS, ESTA SITUAÇÃO DE AGLOMERAÇÃO PODE SER FACILMENTE ATINGIDA. É COMO UM ESTADO DE MULTIDÃO E OS ESTABELECIMENTOS SÃO COMO CAPSULAS DE MULTIDÃO. O APARATO DE SOM E LUZ É BASTANTE DIVERSIFICADO E PROMOVE UMA EXPERIÊNCIA ESPACIAL DELIRANTE E ESTIMULANTE POTENCIALIZADA PELA AGLOMERAÇÃO. TODAS ELAS POSSUEM BARES OU JUNTO À PISTA OU EM UM AMBIENTE ESPECÍFICOS SEPARADOS. VARIAM EM FUNCIONAR SOMENTE DURANTE ALGUNS DIAS E PRATICAMENTE A SEMANA TODA E MESMO COM AMBIENTES BASTANTE FLEXÍVEIS NÃO É TÃO COMUM VERIFICAR OUTRAS ATIVIDADES DE LAZER OU CULTURAIS NOS SEUS ESPAÇOS EM OUTROS MOMENTOS. NA MAIORIA DELAS SÃO OS DJ’S QUE SELECIONAM E RODAM AS MÚSICAS DURANTE O EVENTO. EM CLUBES ESPECÍFICOS E MAIORES QUE POSSUEM UM PALCO E APARATO DE SOM MAIS SOFISTICADO É COMUM ACONTECEREM SHOWS COM MÚSICOS AO VIVO E ATÉ APRESENTAÇÕES COMPLETAS DE BANDAS CONVIDADAS. OS CLUBES MASCULINO, AMERICAN BAR OU SIMPLESMENTE AS CASAS DE STRIP-TEASE SÃO FREQUENTADAS EXCLUSIVAMENTE POR HOMENS E OS SHOWS SÃO EXCLUSIVAMENTE DE MULHERES. NAS FACHADAS ELAS SÃO FACILMENTE IDENTIFICAS PELOS LETREIROS EM NEON ACESSOS À NOITE E QUE DURANTE O DIA PERMANECEM DISCRETOS. SÃO RELATIVAMENTE POUCOS OS ESTABELECIMENTOS DESTE TIPO NA RUA AUGUSTA HOJE E SÃO OS QUE MAIS SOFRERAM O IMPACTO DA VALORIZAÇÃO IMOBILIÁRIA DA REGIÃO.
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CASAS NOTURNAS
CAPACIDADE DE PÚBLICO
[1995] ALOCA
600
Rua Frei Caneca, 916
[1999] SARAJEVO
400
Rua Augusta, 1397
[2002] FUN HOUSE
200
Rua Bela Cintra, 567
[2003] CLUBE OUTS
600
Rua Augusta,
[2005] VEGAS
500
Rua Augusta, 765
[2006] INFERNO
600
Rua Augusta, 882
[2008] TAPAS
300
Rua Augusta, 1246
[2008] STUDIO SP
450
Rua Augusta, 591
[2009] SONIQUE
300
Rua Bela Cintra, 461
[2010] CONTAINER
350
Rua Bela Cintra, 483
[2010] LAB CLUB
300
Rua Augusta, 523
[2010] BAR DO NETÁO Rua Augusta, 822
70
+RUA
[2011] BECO 203
600
Rua Augusta, 609
[2011] BEAT CLUB Rua Augusta, 625
[2011] SOCIETY Rua Marques de Paranagua, 329
250 700
TOTAL 6970 PESSOAS
19
TEATROS
CAPACIDADE DE PÚBLICO
[1999] TEATRO AUGUSTA
112
Rua Augusta, 943 Palco Italiano e Pláteia Frontal
[1999] TEATRO AUGUSTA
55*
Rua Augusta, 943 Palco e Pláteia Adaptáveis
[2000] ESPAÇO Ç DOS SATYROS
Praça Franklin Roosevelt, 214 Palco Aberto e Pláteia Frontal Inclinada
60
[2005] TEATRO FREI CANECA
600
Rua Frei Caneca, 569 Palco Italiano e Platéia Frontal
[2005] ESPAÇO Ç DOS SATYROS 2
60
[2006] ESPAÇO Ç PARLAPATÕES
96
Praça Franklin Roosevelt, 214 Palco Aberto e pláteia Frontal Inclinada Praça Franklin Roosevelt, 158
[2007] TEATRO NAIR BELO Rua Frei Caneca, 569 Palco Aberto e pláteia Frontal
240 LOTEAMENTO ORIGINAL DA AVENIDA PAULISTA
[2007] TEATRO EVA HERZ
168
Av. Paulista, 2073 (Livr. Cultura) Palco Italiano
[2008] CLUB NOIR
50*
[2009] MINI TEATRO
45
Rua Augusta, 214 Palco Aberto e Pláteia Frontal Inclinada Praça Franklin Roosevelt, 108 Palco e Platéia Flexiveis
[2010] COMEDIANS
300
Rua Augusta, 1129 Clube de Comédia com mesas na platéia
[0000] TEATRO DO ATOR
112
[0000] STUDIO 184
80
Praça Franklin Roosevelt, 172 Cine-Teatro adaptado [Cine Bijou] Praça Franklin Roosevelt, 184
TOTAL 1978 PESSOAS PLATÉIA FIXA
PLATÉIA FLEXÍVEL
[*LOTAÇÃO] 20
SALAS DE CINEMA [2010] CINE LIVRARIA CULTURA [CONJ. NACIONAL Sala 1 Sala 2
300 100
400 LUGARES
[2001] SHOP. FREI CANECA Sala 1 Sala 2 Sala 1 Sala 2 Sala 3 Sala 4 Sala 5 Sala 4 Sala 5
268 234 181 103 103 125 103 103
877 LUGARES
125
[0000] SHOP. CENTER 3 Sala 1 Sala 2 Sala 1 Sala 2 Sala 3 Sala 4 Sala 5
444 144 144 177 133 242 115
1399 LUGARES
[1979] CINE SESC Sala 1
326
[1993] ESPAÇO UNIBANCO DE CINEMA Sala 1 Sala 2 Sala 3 Sala 4 Sala 5
326LUGARES
263 240 170 107
832 LUGARES
51
CINEMA DE RUA
CINEMA DE SHOPPING
EM NÚMERO DE POLTRONOAS
TOTAL 1158 TOTAL 2319 TOTAL 3477
21
CLUBES
BOFETADA
BAR VERDE
MUITA LUZ E POUCO ESPAÇO
CLUBE ALÔCA
BAR DO NETÃO
22
VEGAS
BAR VOLT
TAPAS CLUB
LAB CLUB
Ezye Moleda
23
ECLÉTICOS BAR INFERNO BECO 203 STUDIO SP
SONIQUE
24
CLUBES MASCULINOS COCO BONGO
SAY
NOVA BABILÔNIA BALNEÁRIO
CASARÃO
BLUE NIGHT SHOW
NIGHT HOUSE
BIG BEN SHOWS
MY LOVE KILT SHOWS 25
BOTECO ESTABELECIMENTOS
QUE COMERCIALIZAM BEBIDAS E OCASIONALMENTE COMIDAS QUE PODEM SER CONSUMIDAS NO LOCAL. PODEM SER CHAMADOS DE BAR QUANDO NÃO OFERECEM MUITAS OPÇÕES DE COMIDA. APROXIMAM-SE DAS LANCHONETES E PADARIAS QUANDO OFERECEM UMA GRANDE VARIEDADE DE REFEIÇÕES NO CARDÁPIO. A CARACTERÍSTICA CONSTANTE É O BALCÃO, QUE ORGANIZAM O ESPAÇO NO INTERIOR DO ESTABELECIMENTO. PERCORREM TODO O AMBIENTE DELIMITANDO UMA ÁREA DE TRABALHO PARA FUNCIONÁRIOS E A ÁREA DE REFEIÇÃO E ESTAR PARA OS FREQUENTADORES. APROXIMADAMENTE METADE PARA CADA LADO. É TANTO UM LUGAR PARA REFEIÇÃO NO LADO EXTERIOR QUANTO UM LOCAL DE PREPARAÇÃO DOS PRATOS NO INTERIOR. OS EQUIPAMENTOS NA ÁREA DE SERVIÇO SÃO MAIS OU MENOS ELABORADOS CONFORME O QUE O ESTABELECIMENTO OFERECE. GERALMENTE TEM ACESSO LIVRE, PORTAS AMPLAS E SEMPRE ABERTAS. O ACESSO E A PERMANÊNCIA SÃO GRATUITOS E ELES FUNCIONAM DURANTE TODO O DIA E A MAIORIA DURANTE A NOITE. ESTAS FACILIDADES DE ACESSO E PERMANÊNCIA VIABILIZAM UM IMPORTANTE ASPECTO DA RUA. ELES SE TORNAM PONTOS DE ENCONTRO OU LOCAIS DE CONCENTRAÇÃO DE PESSOAS NÃO PLANEJADOS. AO CAMINHAR PELA RUA ATÉ ONDE SE PLANEJA PASSAR A NOITE, UM FREQUENTADOR DA REGIÃO PROVAVELMENTE PASSARÁ POR INÚMEROS DESTES LOCAIS ONDE ENCONTRARÁ CONCENTRAÇÕES MAIORES OU MENORES DE PESSOAS QUE BUSCAM NOS BOTECOS PREÇOS MAIS BARATOS, AMIGOS NÃO ESPERADOS E ATÉ MESMO UMA MUDANÇA DE PLANOS OPORTUNA DEVIDO A UM ENCONTRO MAIS INTERESSANTE.
26
AUGUSTA/ CAIO PRADO
AUGUSTA/ ANTÔNIA DE QUEIROS
AUGUSTA/ FERNANDO ALBUQUERQUE
AUGUSTA/LUÍS COELHO
UM BOTECO EM CADA ESQUINA AUGUSTA/ FERNANDO ALBUQUERQUE
AUGUSTA/ COSTA AUGUSTA/ LUIS COELHO
FREI CANECA/ MATIAS AIRES
AUGUSTA/ ANTÔNIO CARLOS
FREI CANECA/ PEIXOTO GOMIDE
AUGUSTA/ ANTÔNIO CARLOS
HADDOCK LOBO/ MATIAS AIRES FREI CANECA/ MATIAS AIRES
BAR DA ALÔCA FREI CANECA/ PEIXOTO GOMIDE AUGUSTA/ ANTÔNIA DE QUEIRÓS
OS ESPAÇOS COMERCIAIS COM AMPLAS ABERTURAS PARA A ESQUINA EVIDENCIAM UM PADRÃO PRESENTE NA MAIORIA DAS ESQUINAS DA REGIÃO. AS ATIVIDADES INSTALADAS NO TÉRREO DOS EDÍFICOS ESTABELECEM UMA CONDUTA URBANA COESA A PARTIR DE UMA ESTRATÉGIA ARQUITETÔICA REPETIDA EM CADA UM DOS EXEMPLARES APRESENTDOS. 27 27
SHOPPINGS E GALERIAS COMERCIAIS
NOVOS EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS
Reforma e readequação do antigo Hotel Ca’d’oro.
Em construção Em construção Quatro torres de apartamentos de alto padrão com áreas de lazer integradas e restritas. Concluídas em 2011
Shopping Frei Caneca 2001
Galeria Ouro Velho Galeria Village Galeria Augusta Shopping Center 3
Shopping Porto Paulista
Conjunto Nacional 1958
300m
CONCENTRAÇÃO DOS EMPRENDIMENTOS PRÓXIMA AO SHOPPING FREI CANECA ÁREA DE OCUPAÇÃO SEMELHANTES
23°32’ S 46°66’ O
N
100m
1000m
28
[1958]CONJUNTO NACIONAL
AV. PAULISTA, 2073
10.000 M² ÁREA DO TERRENO 124.277 M² ÁREA CONSTRUÍDA 5.000 M² ACEDEMIA DE GINASTICA 002 ESCADAS ROLANTES 024 ELEVADORES 716 VAGAS NO ESTACIONAMENTO 066 ESTABELECIMENTOS COMERCIAIS 413 ESCRITÓRIOS PEQUENOS 072 ESCRITÓRIOS GRANDES 004 RESTAURANTES 030 FAST-FOODS 002 SALAS DE CINEMA 01 TEATRO 047 APARTAMENTOS 15.000 PESSOAS [POP. FIXA] 30.000 PESSOAS/DIA [POP. FLUTUANTE]
29
SHOPPING CENTER 3
AVENIDA PAULISTA, 2064
6.978 M² ÁREA DO TERRENO 25.000 M² ÁREA CONSTRUÍDA 10.500 M² ÁREA BRUTA LOCÁVEL 004 PISOS 008 ESCADAS ROLANTES 003 ELEVADORES 220 VAGAS NO ESTACIONAMENTO 113 LOJAS E QUIOSQUES 04 RESTAURANTES 30 FAST-FOODS 07 SALAS DE CINEMA
30
[2001] SHOPPING
FREI CANECA RUA FREI CANECA, 569
75.000 M² ÁREA CONSTRUÍDA 5 ANDARES DE LOJAS 5 ANDARES DE ESTACIONAMENTO 2 ANDARES DE CONVENÇÕES 2 ANDARES DE TEATRO 1250 VAGAS NO ESTACIONAMENTO 140 ESTABELECIMENTOS COMERCIAIS 003 RESTAURANTES 020 FAST-FOODS 009 SALAS DE CINEMA 002 TEATRO 20.000 PESSOAS/DIA [POP. FLUTUANTE]
31
R. Augusta
Av. Paulista
CONJUNTO NACIONAL
Al. Santos
R. Augusta
R. Luis Coelho
Av. Paulista
+
ÁREA DO TERRENO 10.000 m² ÁREA DO QUARTEIRÃO 10.000 m2
SHOPPING CENTER 3
AREA DO TERRENO 7.000 m² AREA DO QUARTEIRÃO 10.200 m²
conexão acesso diversidade fluxo público cidade arquitetura popular barato funções
SHOPPING FREI CANECA Rua F rei Ca neca
AREA DO TERRENO 7.000 m² AREA DO QUARTEIRÃO 31.500 m²
-
ACESSO DE VEÍCULOS ACESSO DE PEDESTRES ACESSO DE SERVIÇOS (DOCAS) 23°32’ S 46°66’ O
N
100m
32
NOVOS EMPRRENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS CAPITAL AUGUSTA
ESQUINA DA RUA AUGUSTA COM RUA D. ANTÔNIA DE QUEIROS, 180 BELA VISTA - SÃO PAULO, SP APARTAMENTOS DE 38 A 54M² COMERCIALIZAÇÃO: LOPES
PROJETO ARQUITETÔNICO: AGRES
1ÁREAS DORM (1DE SUÍTE) LAZER
COBERTURA COM PISCINA
PET CARE
IMPLANTAÇÃO EDIFÍCIO RECUADO E MURADO
ESPAÇO GOURMET 33
REFERENCIA 01
LINA BO BARDI
ENTRE OS TERREIROS E TEATROS Nas soluções arquitetônicas estão evidentes as estratégias de mediação comprometida entre o fazer arquitetônico e as demandas contemporâneas da sociedade, da cultura e da produção. Os exemplares apresentados aqui serão quatro de seus teatros e pretendem exprimir o comprometimento da arquiteta com o debate cultural e artístico. O Teatro do SESC Fábrica Pompéia de 1977, o Teatro Oficina de 1984, o Teatro Gregório de Mattos de 1986 e por fim o Teatro da Ruína projetado para Campinas em 1989, mas que não foi construído.
“[...]É inevitável que o arquiteto esteja escrupulosamente a par das contribuições e das inovações de cada atividade profissional que, em conexão com todas as outras, promove o progresso humano. É pois, uma atividade coordenadora e importantíssima, como todas as responsabilidades sociais, morais e estéticas que lhe são próprias; e estas últimas são talvez as mais delicadas, porque a exigência humana visa inclusive a harmonia do movimento e da produtividade do mundo.”1
Já no primeiro exemplar, o teatro para o SESC Pompéia, fica clara sua insubordinação em relação ao modelo consagrado do palco italiano. A opção é pelo teatro de arena, que estabelece a tensão do ator e da cena pelo público por todos os lados. Tenciona a própria cenografia e confere a ela a obrigação de 1 BARDI, Lina, Contribuição Propedêutica ao Ensino da Teoria da Arquitetura, , São Paulo, 1957. pg. 48 - 49
TERREIRO DO UNHÃO, BAHIA. 1963 34
ar livre e os espectadores tomavam chuva, como hoje nos degraus dos estádios de futebol, que também não têm estofados. Os estofados aparecem nos teatros áulicos das cortes, no setecento e continuam até hoje no “confort” da Sociedade de Consumo.” “A cadeirinha de madeira do Teatro da Pompéia é apenas uma tentativa para devolver ao teatro seu atributo de “distanciar e envolver”, e não apenas de sentar-se.”2
tornar-se tridimensional e então espaço. “Num certo sentido, a cenografia tradicional é o contrário da arquitetura e a ausência de “cenografia” é, como dizia Walter Gropius, pura arquitetura.” Como se não bastasse recorrer ao modelo incomum, reconhece que a própria escolha demanda uma tensão não somente do ator e da cena, mas na própria maneira de ver do espectador. “Por quanto se refere à dita cadeirinha, toda de madeira e sem estofado, é de observar: os Autos da Idade Média eram apresentados nas praças, o público de pé e andando. Os teatros grego-romanos não tinham estofados, eram de pedra, ao
A liberdade de proposição gerada pela encomenda do próprio SESC permite ao arquiteto contribuir ativamente para uma inflexão num determinado paradigma cultural. Esta inflexão gera, como já foi anunciado, um estranhamento. O comprometimento com esta mudança esta no profundo entendimento do sistema tradicional de transmissão da cultura, neste caso o Teatro em relação com as outras atividades do lazer, e que se traduz em um método arquitetônico que compreende, contempla e propõe ambientações coerentes, tanto em relação com os artistas quanto para o público. “O Brasil está conduzindo hoje, a batalha da cultura. Nos próximos dez, talvez cinco anos, o país terá traçado os seus esquemas culturais, estará ficado numa linha definitiva: ser um país de cultura autônoma, construída sobre raízes próprias, ou ser um pais inautêntico, com uma pseudo-cultura de esquemas 2 VAINER, André (org.); FERRAZ, Marcelo (org.); SUZUKI, Marcelo (org.); Lina Bo Bardi. Série Arquitetos Brasileiros, Instituto Lina Bo e P.M. Bardi, São Paulo; 2ª edição, 1966.
35
trito e da “passiva aceitação de fórmulas passadistas”. “...o detentor desta total liberdade do corpo, desta desinstitucionalização, é o POVO, esse é o modo de ser do Povo Brasileiro, ao passo que, nos países ocidentais altamente desenvolvidos, é a classe média [...] que procura angustiosamente uma saída de um mundo hipócrita e castrado cujas liberdades eles mesmos destruíram há séculos. “A importação para o Brasil deste sentimento de procura estéril e angustiante é um delito que pode levar à castração total.”4 importados e ineficientes. Um ersatz da cultura de outros países.”3
O ultimo exemplar construído que será apresentado aqui é a Fundação e Teatro Gregório de Mattos. Neste caso especifico faz parte de uma inserção urbana, o Projeto Barroquinha, e por isso serve como referência mais precisa do que se pretende com o projeto na Rua Augusta. O projeto também possibilita compreender mais claramente o entendimento que Lina tem sobre a cidade. Em seus textos e nos projetos o entendimento global e especifico da cidade não são objetivos. Suas concepções de cidade estão impregnadas nos gestos e é inerente a cada projeto e cada lugar. O fato de ser italiana nos remete a suas linhas teóricas.
Seu comprometimento não é autônomo. Não se trata de uma imposição em tabula rasa. Parte sim da compreensão e do envolvimento com demandas culturais que estão envolvidas em dilemas arquitetônicos específicos. É o caso do Teatro Oficina. Talvez o exemplar em que este envolvimento está mais entrelaçado. Arquitetura e o Teatro estão de tal modo comprometidos um com o outro que inclusive dificulta o isolamento e a reprodução do modelo, seja como arquitetura, seja Teatral. Por outro lado esta experiência torna-se realmente única e colabora com a explosão do sentido res- 4 VAINER, André (org.); FERRAZ, Marcelo (org.); 3 BARDI, Lina. Trecho do Catálogo MAMB “Brennand Cerâmica” 1961
SUZUKI, Marcelo (org.); Lina Bo Bardi. Série Arquitetos Brasileiros, Instituto Lina Bo e P.M. Bardi, São Paulo; 2ª edição, 1966.pg. 234
36
“Num certo sentido, a extravagância e o desperdício, a renúncia às idéias contemporâneas, e a passiva aceitação de formulas passadistas são fatores a serem considerados evidentemente, como elementos negativos e fontes de erros. São fatores positivos a rigorosa consideração das utilidades arquitetônicas no quadro geral do urbanismo, que pouco a pouco vai englobando e cada vez mais integran-
do a Arquitetura como sua determinante essencial.”5
No texto de apresentação do projeto, fica evidente a intenção de Lina em estabelecer a cultura e seu aparato arquitetônico como instrumentos indistintos da vida na cidade brasileira. “No tempo importante de Piscator, Walter Gropius relacionaou bem claramente o Teatro com a Arquitetura, no sentido que um “fecunda o outro” e vice-versa. Está claro que a citação não é no sentido “físico” mas sim no comportamento humano, no seu uso “intelectual”. Bem, no conjunto que apresentamos hoje, conjunto dos componentes de uma das cidades mais significativas da América Latina, Bahia de Todos os Santos, este relacionamento aparece claramente, como espírito fundamental da Cidade: Teatro que sai nas praças, ruas, que invade a cidade, cadeiras e móveis que saem das casas, e gente, homens, mulheres, crianças, todo um povo que inspirou, em 1936, a Le Corbusier, quando visitava o Brasil, numa famosa carta ao Ministro Gustavo Capanema: - Senhor Ministro, não mande construir Teatros, com palcos e poltronas, deixe as Praças, as Ruas, o Verde, livres. Mande somente construir “dês Treteaux” de madeira, abertos ao 5 BARDI, Lina, Contribuição Propedêutica ao Ensino da37 Teoria da Arquitetura, , São Paulo, 1957. pg. 48
Povo e o Povo Brasileiro os ocupará, “improvisando”, com sua elegância natural e sua inteligência.”6
O Teatro não é mais diferente nem dos demais cômodos típicos. A diferença está na concepção do espaço como construção intelectual traduzida em soluções até bastante simplórias. Dentre os três exemplos, este é o que passou por maiores dificuldades. É o único sob gestão exclusivamente pública e diante de uma situação de abandono contou com pressões públicas que reivindicaram sua reativação. Por fim, o Teatro da Ruína parece ser uma conclusão desta consistente pesquisa em busca de um espaço teatral brasileiro autêntico. Sobre ele ficam suas imagens e a conclusão de um esforço sensível de síntese entre arquitetura e o desenvolvimento humano de um povo. “E o “Teatro” onde está? Onde estão as poltronas, os “corredores”, o “palco”, os urdimentos, os apetrechos, os bandos de refletores? O que vemos aqui é um espaço livre e despido como uma praça. É preciso aproveitar todos os espaços de uma cidade, encontrando também, junto ao respeito rigoroso pelo passado, o moderno Teatro da Liberdade.”7
6 VAINER, André (org.); FERRAZ, Marcelo (org.); SUZUKI, Marcelo (org.); Lina Bo Bardi. Série Arquitetos Brasileiros, Instituto Lina Bo e P.M. Bardi, São Paulo; 2ª edição, 1966. pg. 279 7 Idem. pg.311
38
REFERENCIA 02
REM KOOLHAAS UM MÁXIMO DE PROGRAMA E UM MÍNIMO DE ARQUITETURA1
Koolhaas parece querer dizer que o arquiteto de hoje deve construir edifícios que não restrinjam a liberdade de ação, movimento que caracteriza a cultura contemporânea . Koolhaas entende que a arquitetura elimina a liberdade, esgota-a. Por isso, sua proposta para construir é a não-arquitetura, já que, como dizia, “onde não há nada, tudo é possível”. É assim que ele o deseja em seus edifícios. 3
As soluções espaciais nos projetos de Koolhaas derivam de uma inteligente e imprevisível articulação de referências iconográficas de espaços que vão além de referências da arquitetura. Entretanto, a tradição arquitetônica é digerida neste Mais uma vez podemos associar conprocesso e ganha um potencial transfor- ceitos sugeridos pelo tema e pelo lomador capaz de criar novos mecanismos. cal às suas estratégias. Primeiro no sentido que não pretende oferecer distinção entre as atividades desem“Para Koolhaas a arquitetura está muito ligada à ação, ao programa. Mas ele inpenhadas no edifício segundo seus terpreta o programa de forma literal, muito valores ou se quer do cliente individudiferente daquela de seus colegas. [...] O almente. Segundo, e como pretendprograma é uma categoria que propicia a emos chamar atenção aqui, o intuito construção de edifícios imprecisos e abertos. Poderíamos dizer que é a excessiva dependência do programa o que Koolhaas tenta evitar.”2
Koolhaas percebe o papel de controle que a arquitetura desempenha e pretende livrar-se dele ou ao menos manipulá-lo de forma lúcida e estimulante.
3 MONEO, Rafael. Inquietação teórica e estratégia
projetual na obra de oito arquitetos contemporâneos. 12, Coleção Face Norte, Cosac Naify, São Paulo; 1ª edição, 2008. p 288-289
1 KOOLHAS, R; MAU, B. S,M,L,XL. The Monacelli Press, Nova York, 1995, p.199. 2 MONEO, Rafael. Inquietação teórica e estratégia projetual na obra de oito arquitetos contemporâneos. 12, Coleção Face Norte, Cosac Naify, São Paulo; 1ª edição, 2008. p 288
39
é ir contra uma segmentação da vida no tempo e no espaço que condena o individuo aos enquadramentos funcionais e até sociais estabelecidos. “Trata-se portanto de uma arquitetura em que diferentes ingredientes que a compõem desaparecem no todo – muito embora ainda seja possível identificá-los. Talvez se possa falar em “mestiçagem”. Acompanha a mestiçagem o conceito de fecundação transformadora.” 4
No caso dos teatros para Koolhas, eles absorvem todo o tipo de atividade que envolve a representação e reunião de público. A grande flexibilidade das estruturas técnicas viabiliza uma série de ações diferentes no espaço, que é em si mesmo pouco hierarquizado. Desta forma, público e apresentador, artista e espectador deixam de ser categorias rígidas. O espaço toma a dimensão do que estamos nos referindo neste trabalho como terreiros. O aparato técnico é condensado na arquitetura e se distribui pelo espaço cênico de maneira ampla, permitindo a ação de atuadores em qualquer ponto e para qualquer direção. Outra estratégia importante é a flexibilidade da platéia, que tradicionalmente determina um imenso espaço fixo em salas convencionais. Este é um dos principais problemas para a viabilização de atividades no edíficio.
Teatro Dee and Charles Wyly em Dallas, EUA 4 Idem. Ibiden
40
Dois pontos de apoio serão instalados quase que equidistântes do Terreiro. O partido principal será mante-los vazios e associar à eles atividades de apoio. Foram selecionados terrenos estratégicos vinculados aos edifícios adjacentes que ganharão destaque por meio da mantençaõ deste vazio ao redor. São eles: A Faculdade das Américas, a Paróquia do Divino Esírito Santo na Rua Frei Caneca e o Shopping Center 3
DIRETRIZES PARA UMA CIDADE ACONTECIMENTO LIGAÇÕES
Os terrenos selecionados para a implantação dos programas de apoio serão conectados pelo alargamento da calçada sobre as vagas de automóveis em um dos lados da via. No caso, a calçada oposta ao sentido de acesso pela Paulista e a partir do Centro. No calçadão junto à área verde destinada ao novo parque e no terreiro central, toda a rua se converterá em uma passagem em nível onde a velocidade deverá ser reduzida e a circulaçao de pedestre favorecida.
TERREIRO ARENA DE EVENTOS E IMPLANTAÇÃO DO EDIFÍCIO MULTIFUNCIONAL No meio do caminho entre o Centro e a Avenida Paulista será aberto o Terreiro em que poderão ser promovidos os grandes eventos musicais para a multidão que já se aglomera nas noites da Rua Augusta. A praça deverá crescer conforme a demanda e a meta final é desocupar a maior áreas: a Subestação Augusta da Eletropaulo. A partir da criação desta nova área será possível inventar novos eventos e manifestações cada vez maiores e mais elaboradas em um espaço que continuará servindo à cidade mesmo quando a multidão não estiver reunida.
PRAÇA DE ALIMENTAÇÃO FACULDADE DAS AMÉRICAS PRAÇA DE ALIMENTAÇÃO FREI CANECA
Jardim Comércios de alimentos e bebidas permanentes ou temporários de pequeno porte. Sanitários com Chuveiros
ESTACIONAMENTO CENTRAL CENTER 3 Centralização das vagas de automóveis ocupadas pelos vazios em uma torre de estacionamentos.
23°32’ S 46°66’ O
N
100m
1000m
41
SELEÇÃO DE TERRENOS PARA A INTERVENÇÃO VARIEDADE DE QUARTEIRÕES
10000m²
100m
RESERVATÓRIO DE ÁGUA SABESP
330m
315m
32 50 0m ²
450 00m ²
750 00m ²
ESTACIONAMENTOS TERRENOS OCIOSOS E VAZIOS
- PERMEABILIDADE +PERMEABILIDADE QUARTEIRÕES DO LOTEAMENTO DA REGIÃO DA AVENIDA PAULISTA
VAZIOS
100 x100m OCUPAÇÃO E POTENCIAL CONSTRUTIVO
ESTAÇÃO ELÉTRICA ELETROPAULO
ÁREAS SELECIONADAS PARA INTERVENÇÃO
ÁREAS VERDES INFRAESTRUTURA ALTA DENSIDADE BAIXA DENSIDADE VAZIO
23°32’ S 46°66’ O
N
100m
1000m
42
SITUAÇÃO ATUAL ALTA OCUPAÇÃO MÉDIA E BAIXA OCUPAÇÃO CALÇADAS VERDE
TERRENOS DE INTERESSE
Foram escolhidos os terrenos com baixo índice de ocupação que apresentavam principalmente duas potencialidades estratégicas. Primeiro a concentração e continidade entre eles e segundo sua proximidade em relação a outros edifícios de interesse coletivo.
VAZIOS ESTACIONAMENTOS IMOVEIS EDIFÍCIO
23°32’ S 46°66’ O
N
100m
43
PISO E ESTAMPA
O piso pretende renovar os padrões definidos para pavimentação urbana. Primeiro sua concepção não seguirá um padrão que se repete e sim uma estampa definida a partir da característica local do alinhamento da rua. Além disso, em todo á area central da intervenção o piso será nivelado com a calçada mas ainda permitirá os fluxos automotivos. Isso pretende inverter a hierarquia de carros e pedestres através de uma estratégia de sentido.
ETAPAS E PRIORIDADES DO PROJETO ETAPA 1
Implantação do edifício multifuncional e da praça de alimentação que conecta a Rua Augusta à Rua Frei Caneca
ETAPA 2
Abertura do BECO no interior do quarteirão com saída para a rua Peixoto Gomide e criação da segunda praça de alimentação.
ETAPA 3
Desocupação da Sub estação Augusta de eletricidade e construção da Arena Augusta Ligação do Beco com a Rua Bela Cintra pelo interior do Antigo Edifício em que funcionou a FEBEM 23°32’ S 46°66’ O
N
100m
44
PROJETO ARENA AUGUSTA
PRAÇ
RUA
A DE
ALIM
ENTA
ÇÃO
RICO
840m ²
COS
TA
ESPL A BECO NADA D O 5250 m²
RUA
PEI
XOT
OG
OM
IDE
- AC
ESS
OÀ
ÁRE
AE
O BECO
PAS S SUB AGEM P SOLO EL DE E O DIFÍ CIO
ELÉT
MN
ÍVE
L
ARENA AUGUSTA 4550m² COMÉRCIO DE APOIO
RUA FERNANDO ALBUQUERQUE - PASSAGEM EM NÍVEL
ALARGAMENTO DA CALÇADA
NOVO EDIFÍCIO EDIFÍCIOS EXISTENTES 23°32’ S 46°66’ O
23°32’ S 46°66’ O
N
O ENTAÇÃ DE ALIM PRAÇA ² m 6 A 6 C 13 NE FREI CA
100m
N 100m
45
PRAÇAS DE ALIMENTAÇÃO As praças de alimentação ficarão nas proxímidades da Arena e próximas aos dois pontos de concentração existentes na Rua Augusta. Deverão se manter como espaços vazios para ocupação temporária exceto pelos sanitários, fontes de água potável e higiene públicas. Sua posição está vinculada com edifícios referenciais. No caso da Rua Frei Caneca, como mostra a imagem, o terreno escolhido é uma passagem visual para a Paróquia ao fundo e as atividades desenvolvidas ali passam a ser uma extensão dos programas existentes ao redor.
46
FLUXOS E ESTACIONAMENTOS ANTES AUTOVIA 10m 4 FAIXAS
Centro
DEPOIS AUTOVIA 8m 3 FAIXAS
Centro
CALÇADA 2,5m CALÇADA ATUAL 2,5m
PASSAGEM EM NÍVEL ARENA CALÇADA AMPLIADA 5m
Av. Paulista ESTACIONAMENTOS PRIVADOS
CALÇADA AMPLIADA 5m
Calçada 2,5m
Rua Hadock Lobo
CALÇADA ATUAL 2,5m
Rua Frei Can eca
PASSAGEM EM NÍVEL BOSQUE
ROTAS AUXILIARES NOS TRECHOS COM CALÇADA AMPLIADA
Av. Paulista VAGAS ANULADAS
VAGAS CRIADAS
-290 vagas públicas -35 vagas -182 vagas -56 vagas
-72 vagas
+105 vagas
+500 vagas
RUA AUGUSTA ATUAL NOVA RUA AUGUSTA VIA DE MÃO DUPLA
VIA DE MÃO DUPLA
DURANTE O DIA (7H - 22H) 2 PISTAS PARA CADA SENTIDO
CALÇADAS AMPLIADAS Somente uma das calçadas será ampliada. Porém, ela não será a mesma ao longo de todo o trajeto. A partir do centro ou da Avenida Paulista, sempre a calçada oposta ao fluxo de entrada será alargada até a passagem em nível no centro em que as calçadas serão conectadas.
DURANTE A NOITE 1 PISTA PARA CADA SENTIDO 1 FAIXA DE ESTACIONAMENTO PARA CADA SENTIDO. CALÇADAS 2,5m DE LARGURA EM AMBOS OS LADOS.
PASSAGENS EM NÍVEL Trecho elevado em nível com a Calçada. Prioridade do pedestre e velocidade reduzida de veículos. ROTAS AUXILIARES As ruas Frei Caneca e Haddock Lobo oferecem rotas alternativas com o mesmo sentido da circulação de veícuos nos trechos em que a faixa da via foi suprimida. 47
CALÇADAS AMPLIADAS
CALÇADA ATUAL 2,5m
CALÇADA ATUAL 2,5m
CALÇADA ATUAL 2,5m
CALÇADA AMPLIADA 5,00m
NOVA CALÇADA A nova calçada passará dos atuais 2,5m para 5m de largura ocupando desta forma uma das faixas da via pública utilizada para o tráfego durante o dia e estacionamento durante a noite. Uma faixa de serviço de 1,5m ficará junto ao meio fio onde serão instalados equipamentos urbanos. As novas luminárias públicas deverão ter menor altura (4m), lâmpadas tubulares verticais e arestas laterais impedindo o vazamento em excesso de luminosidade para os edifícios e para a via ao mesmo tempo que define um filete de luz balizando o trajeto. A calçada oposta continuará com os 2,5m atuais. Nela, permanecerão a vegetação existente e a iluminação pública padrão, com altura e amplitude suficientes para iluminar a via de veículos e a calçada.
48
ESTACIONAMENTO AUTOMATIZADO E CINEMA TA
S GU
AU A RU
Térreo e elevadores
Pavimento tipo X3
Cobertura e Cine Drive-in
Fachada
Elevaçaõ Lateral
35m
50m 49
EDIFÍCIO MULTIFUNCIONAL FACHADA
RUA AUGUSTA
CORTE AA
COBERTURA 36,67m 10º
33,67m
9º
30,60m
8º
27,76m
7º
24,76m
6º
21,76m
5º
18,67m
4º
15,67m
3º
12,67m
2º
09,00m
1º
06,00m
PISCINA ÁREAS SOCIAIS OU SALAS COMERCIAIS APARTAMENTOS APARTAMENTOS APARTAMENTOS APARTAMENTOS JARDIM SECO SERVIÇO BOTECO
T
00,00m
SS1
-04,00m
SS2
-07,00m
HALL
GARAGEM
50
TÉRREO
Acessos, novo quarteirão e áreas comerciais
BOTECOS 2 NOVOS BARES
AA
RUA AUGUSTA
2 DUAS NOVAS ESQUINAS
14 51.00
04
01
00 02 03 08
10
BOTECO 1 60m²
36.00
18
BB
17
16
15
BB
25.50 20.25
05 08
15.00
07 03
BOTECO 1 BOT
01
11.25 7.5
06
13
3.75
00 02 04
00,00
11 00 Balcão 01.Salão 02.Cozinha 03.Área de serviços 04.Terraço 05.Hall principal
150m²
12
09 AA RUA FERNANDO ALBUQUERQUE
06.Acesso de público 11. Beco 16. Palco pista 07.Acesso privativo - Coberturas 12. Poças 17. Palco recuado 08.Acesso privativos - Apartamentos 13. Ventilação Garagem 18. Abertura do palco 09.Acesso de veículos - Garagem Edifício 14. Ventilação Estacionamento para o exterior 10.Acesso de veículos - Estacionamento 15. TEATRO
51
APARTAMENTOS Os apartamentos foram incluidos no programa do edifício multifuncional pois pretendem suprir a demanda do mercado imobiliário gerada pela alta valorização na região. Um dos partidos foi a alta variedade espacial com otimização de instalações viabilizada pelo agrupamento de forros hidráulicos e shafts com distribuição racionalizada. Outro foi a flexibilização técnica no interior do apartamento ao utilizar estrutura metálica leve independente da estrutura principal do edifício. Por fim, priorizar atributos espaciais como tentativa de atribuir valor aquitetônico mesmo com dimensões de área muito limitadas pelo alto custo do imóvel da região e distribuição Ambos os partidos se beneficiam da racionalização e podem comportar a complexa e variada distribuição espacial de Duplex com acesso inferior, duplex com acesso superior, lofts e kitnets.
AA
AA
15.67m AA
18.67m AA
51.00
36.00
BB 25.50 20.25
15.00 11.25 7.5 3.75 00,00
04
05
23°32’ S 46°66’ O
N
ESCALA 1:500
DUPLEX 55m² 2 Quartos 12 Aptos.
DUPLEX 70m² 3 Quartos 2 Aptos.
SIMPLES 30m² Loft 8 Aptos.
40m² 1 Quarto
60m² 2 Quartos
20m² Kitnet
TOTAL 18 Aptos.
TOTAL 4 Aptos.
TOTAL 16 Aptos.
38 APARTAMENTOS
52
51.00
AA
AA Saída de Emergencia Escada a Prova de Fumaça Ventilada por varanda
Saída de Emergencia Escada a Prova de Fumaça Ventilada por varanda
36.00
BB
BB
25.50 20.25
15.00
2 Elevadores para os Apartamentos 1 Apartamento para a Cobertura
Saída de Emergencia Escada a Prova de Fumaça Ventilada por varanda
11.25 7.5 3.75 00,00
06
21.67m
AA
FORRO HIDRÁULICO SHAFT HIDRÁULICO SHAFT ELÉTRICO E 23°32’ S 46°66’ O
N
ESCALA 1:200
07
24.67m
AA 53
COBERTURAS
Áreas locáveis para serviços ou escritórios. AA
51.00
AA
AA
AA acesso à cobertura
reservatório de água da chuva piscina sob a piscina
36.00 Projeção de abertura zenital com pergola 25.50
BB
Circulação principal de visitantes
Acesso à Cobertura
Circulação principal de visitantes
20.25 ÁREAS RESIDÊNCIAIS Saída de Emergencia ISOLADAS Escada a Prova de Fumaça
Passarela Coberta
15.00 11.25 7.5 3.75 00,00
ÁREAS RESIDÊNCIAIS ISOLADAS
10
33.67 AA
ÁREAS RESIDÊNCIAIS ISOLADAS
09
07
08
30.67 AA
24.67 AA
27.67 AA
ÁREA B 400m² ÁREA A 290m² 30.67
11
COBERTURA
36.67
Caixas D’Água
09.00
36.67
36.67
36.67
AS ÁREAS PODEM SERVIR SOMENTE AO CONDOMÍNIO OU PODEM SER ALUGADAS E ABERTAS PARA O PÚBLICO ATRAVÉS DE ACESSOS EXCLUSIVOS E ISOLADOS DAS ÁREAS RESIDÊNCIAS
36.67
23°32’ S 46°66’ O
N
ESCALA 1:500
54
ESTACIONAMENTO E GARAGEM ÁRE BANAS DES HEIR TINA OS P DA A UBL ICOS PEDES BAN TRE ESTAHEIROSS CION E AME NTO PEDE STRE PRA S ÇA
ESTACIONAMENTO 4415m² 105 VAGAS
SS2
-08.50m
CAR R ÁREAS DESTINADA A BANHEIROS PUBLICOS
PEDE
OS
STRE
CAR R
GARAGEM 2740m² 53 VAGAS
SS1
-04.00m
S
OS
SS1 -04.00
SS2
-7.99m
23°32’ S 46°66’ O
N
ESCALA 1:1000
55
18
PISTA PALCO TERREIRO 03
14 20
17
14
15
14
03
16
14
PRIMEIRA GALERIA 100 m²
SEGUNDA GALERIA E ÁREAS DE APOIO 18
15
150 pessoas
-02,76m 13
06,00m
100 m²
03
04
150 pessoas 12 11
10 04
13
350 m²
PISTA E PALCO -00,60m
19
01.Entrada Principal 02.Acesso à Pista 03.Elevador 04.Plataforma sobre pistão Hidraúlico. 05.Recuo Lateral 06.Bar 07.Depósito 08.Acesso à garagem 09.Banheiros
500 pessoas
05 09
03
04
02
01
08 07 06 02
09
02
04
BAR E FOYER
350 m²
500 pessoas
-04,00m
10.Pista - Palco Central 11.Palco Recuado 12.Palco Externo 13.Saída de Emergência 14.Galeria 15.Cabines técnicas 16. Cabine técnica principal - Luz 17. Urdimento 18. Áreas de Apoio/ Camarins 19. Sobreloja. 20. Projeção da Clarabóia
CORTE BB 30,67m
24,67m
14,00m 09,00m 06,20m 03,84m
05
09,00m
01
04
03
02,76m 00,76m -00,60m
00,00 00,00 -04,00
05,50m
02
06
00,00
-07,00
56
BIBLIOGRAFIA
BIBLIOGRAFIA _CANEVACCI, M. A cidade polifônica: ensaio sobre a antropologia da comunicação urbana. Studio Nobel, 1993. _CORTES, J. M. G. Politicas do espaço: arquitetura, genero e controle social. Senac, 2008 _GUTIERREZ, G. L. Lazer e prazer: questões metodológicas e alternativas políticas. Autores Associados, 2001. _JACQUES, Paola Berenstein. Estética da ginga. A arquitetura das favelas através da obra de Hélio Oiticica. Casa da palavra, Rio de Janeiro; 1ª edição, 2001. _KOOLHAAS, R.; MAU, B. S,M,L,XL: small, medium, large, extra-large. Taschen, 1997. _MAGNANI, J. G. C.; TORRES, L. D. L. Na metrópole: textos de antropologia urbana. EdUSP, 1996. _MONEO, Rafael. Inquietação teórica e estratégia projetual na obra de oito arquitetos contemporâneos. 12, Coleção Face Norte, Cosac Naify, São Paulo; 1ª edição, 2008. _MUMFORD, L. Cidade na historia, a: suas origens, transformações e perspectivas. Martins Editora, 2008. _OLIVEIRA, Olívia de. Lina Bo Bardi: Sutis Substâncias da Arquitetura. São Paulo: Romano Guerra Editora, 2006 _PALOMINO, Erika. Babado Forte: Moda, Música e Noite na Virada do Séc.21. Mandarim. São Paulo. 1999 _VELHO, Otávio Guilherme. (Org). “O Fenômeno Urbano”, Rio de Janeiro, Zahar. 1967.
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