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dE Pranto Em Pranto Sandra Regina Alves
Sandra Regina Alves
A dor cutucou o olhar Provocou um pranto só Pranto que veio molhar Pranto que veio sem dó Para marcar e machucar
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Veio em forma de poesia Comoção do canto No descarrego da noite pro dia Em prece, se derramando força da reza que alivia
Veio em forma de oração: Oh, Virgem do Pranto Pranto da última hora Para Nosso Senhor Por Nossa Senhora
Pranto sem lástima Os olhos de candura Mergulhados em lágrimas Entre lamentos e doçuras
Pranto da agonia No silêncio dos aflitos Liberdade alforria Os sonhos dos desvalidos
O poema se encena De pranto em pranto Em versos carregados
Por uma vida terrena De tristezas e desencantos
sandra rEgina alvEs
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Marcinha Costa
Aonde quer que eu vá Por onde eu caminhar Minha pressa de chegar É para ocupar meu lugar.
Cansei de esperar, Se não me dão espaço Eu vou adentrar No trono eu também quero estar.
Com passos firmes Vou marchar, me levantar Confiar em mim E na caminhada jamais desistir.
Vou me reerguer Me refazer De folhas me benzer E dos perigos me proteger.
Não vou recuar Nem esmorecer Vou encarar o opressor E o sistema combater.
Pela estrada árdua Vou fincando raízes Encontrando minhas origens E mostrando meu poder.
Aonde quer que eu vá Por onde eu caminhar Vou gritar: Dandara e Zumbi Vocês me trouxeram até aqui.
E nesse aquilombamento Vou empretecendo o movimento Exaltando meus heróis negros Mostrando quem somos e o que queremos.
marcinha costa Baiana de Feira de Santana. Caçula de quatro irmãs. Atriz, professora da Rede pública, mestra em Estudos literários com ênfase em Literatura preta africana / moçambicana (UEFS). Publica poemas em coletâneas. Mulher preta em constante transformação.
E-mail: marcianeide@gmail.com Instagram: @marcinha1407