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PrEconcEito Ricardo Hidemi Baba

CrôniCa

riCarDO hiDemi baba

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PreCOnCeitO

Sempre acreditei não haver preconceito, mas me deparei com este triste fato. Em um dia, uma colega chegou em sala de aula abalada devido a frases racistas e chulas escritas nas portas dos banheiros da faculdade. Fiquei indignado! O fato parecia prever! Meses depois, iniciava-se um módulo, o qual por ironia se chamava “Cidadania”. O professor simplesmente ignorava minhas intervenções. Foi um módulo difícil sem poder perguntar tampouco se manifestar, fato que me incomodava. Acontecer isso em um curso de nível superior, para mim, seria inaceitável. Para finalizar a matéria em questão, o famigerado professor propôs um seminário como avaliação. A apresentação seria o desafio, mais um em minha vida! Chegou o último dia e o momento da minha apresentação. Tive problemas com software, aumentando meu nervosismo, mas um colega me ajudou! Comecei a explicar meu trabalho e o professor sequer se esforçava para compreender minha fala, ele conversava com outros alunos, postura completamente incompatível para a função de docente. Mais uma vez, outra amiga interveio e passou a apresentar o seminário comigo, buscando me auxiliar devido a minha dificuldade de fala, mas o comportamento do dito professor persistiu. Concluí minha exposição, e assisti as outras apresentações. Voltei para casa no silêncio da tristeza e da reflexão. Percebi que já havia passado por momentos discriminatórios e, mesmo não considerando preconceito doeu, mas superei. E, desta vez, não seria diferente. No dia da minha defesa de tese, avistei o professor e apenas acenei! Eu concluí o curso, havia vencido! Discriminação existe e precisa ser superada!

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