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cafEzinho litErário
Cafezinho Literário Foto: Maria Marlene N. T. Pinto
mOvimentO méDiCO Paulista DO CafezinhO literáriO
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O Movimento Médico Paulista do Cafezinho Literário (MMCL) foi criado, no auditório da Associação Paulista de Medicina, na Capital, em cinco de maio de 2005, durante os festejos do 40º Aniversário da Sociedade Brasileira de Médicos Escritores (SOBRAMES). Nas cidades de Santos, São Caetano do Sul, Sorocaba, Santo André e Piracicaba, aconteceram as primeiras reuniões, e como não poderia deixar de ser, foram coroadas de pleno êxito. Taubaté teve o privilégio de ser uma das cidades escolhidas, pelas entidades médicas, para propagar esse fato memorável. O Coordenador Estadual e Idealizador desse movimento é o Sr. William Moffitt Harris, de Campinas, Professor e Doutor aposentado da USP e Membro Titular da SOBRAMES. A imprensa, falada e escrita, dá ampla cobertura e noticia as suas reuniões, em todas as cidades em que são realizadas. Em Taubaté, esse Movimento acontece, a cada três meses, na Associação Paulista de Medicina (APM), seção Regional de Taubaté, situada na Rua Fernando de Mattos, nº 134, centro, sempre às 14 horas. No início, a coordenação ficou ao encargo do Dr. Arnaldo Ferreira dos Santos (já falecido) e, após, ficou sobre a responsabilidade do Dr. José Paulo Pereira, Acadêmico Titular da Academia Taubateana de Letras, ATL. Esse encontro é informal, sem regras fixas, envolvendo um
agrupamento de múltipla entrada. Fazem parte, além dos Médicos, Acadêmicos da ATL, Trovadores, Advogados, Professores, Músicos e convidados especiais. Cada pessoa, participante da tarde literária, ao chegar, registra o trabalho a ser apresentado, com a Secretária da APM. Quando começa a sessão, propriamente dita, é chamada à frente para apresentar as suas performances que podem constar de quaisquer modalidades literárias: poesias, contos, haicais, trovas, sonetos, causos, etc. O auditório torna-se testemunha de um ecletismo considerável que desfila por toda à tarde, travestida da criatividade que emana das inspirações dos poetas e dos artistas. O amor apresenta-se sem candeias, nas linhas dos versos declamados, tornando o ambiente agradável e descontraído. O humor, também, faz-se presente, nos contos e causos, apresentados por alguns escritores. Nos intervalos das apresentações, livros e prendas são sorteados para todos os participantes. O estreitamento dos laços de amizade, o respeito mútuo e a troca de experiências contracenam ao lado das diversidades artísticas que fazem parte desse encontro artístico-cultural. A apresentação de música aliada à Literatura proporciona um espetáculo do mais refinado gosto. Ao terminar a programação, um gostoso cafezinho é servido. Realmente, esses encontros são norteados não só para o aprimoramento cultural, como também para a convivência com pessoas de variadas profissões, comprometidas com a arte literária, sobremaneira, irmanadas com um único propósito: desenvolver a espiritualidade artística, com a convicção que o nosso mundo conturbado só será salvo, se a poética literária estiver atuante. A espiritualidade artística tem um relevante papel na formação da personalidade do ser humano, tornando-o mais dócil, compreensivo e empenhado em espargir o amor na face da Terra. O Dr. William é um ser é um ser iluminado que se dedica de corpo e alma, para levar adiante o seu Projeto: A Arte Literária acessível a todas as camadas da sociedade! Que esse movimento se alastre pelo mundo inteiro!
POr maria marlene nasCimentO teixeira PintO PresiDente Da aCaDemia taubateana De letras, atl
em uma mulher nãO se bate sequer COm uma “flOr”!
Dra. gisele luCCas
Desde o início do isolamento social imposto pela Pandemia do COVID-19, aumentou absurdamente o índice de mulheres vítimas de Violência Doméstica e Familiar. Segundo dados da Polícia Militar o aumento foi de 44%. O Ministério Público
de São Paulo emitiu nota dizendo que 66% dos Feminicídios consumados ou tentados, foram praticados na casa da própria vítima. Os motivos do aumento desse alarmante índice decorre, em parte, da maior dificuldade de acesso as Delegacias, somado ao medo que a vítima tem em denunciar o agressor, que permanece 24h sob o mesmo teto. Convém destacar que ao referir-se a Violência Contra a Mulher, não está associando-se somente a idéia de violência física, mas também a violência moral
(xingamentos depreciativos), violência psicológica (uma tortura mental que faz com que a vítima fique completamente dominada pelo medo), violência patrimonial (o homem controla todos os gastos e ganhos da mulher a ponto da mesma passar necessidades) e a violência sexual (obrigar a mulher a praticar atos sexuais que não deseja). Todas as formas de violência descritas acima, encontram-se na Lei Maria da Penha – Lei nº 11.340/2006, e passíveis de expedição de Medida Protetiva. São Medidas que o Juiz concede visando proteger e garantir a integridade física da mulher. Dentre elas: afastamento do agressor do lar, distanciamento da vítima e de seus familiares, suspensão do porte de arma. Importante frisar que na vigência da Medida Protetiva, o agressor não pode manter qualquer contato com a vítima, seja por Whats, Facebook, e-mail, instagran ou telefonema. Embora muitas pessoas desconheçam, a Lei Maria da Penha foi alterada em 2018, inserindo o artigo 24-A que transforma em CRIME o descumprimento da Medida Protetiva pelo agressor, impondo uma pena de 3 meses a 2 anos. O Feminicídio é o assassinato de mulheres, simplesmente pela condição de MULHER, ou seja, um crime caracterizado pelo gênero feminino. Trata-se de um crime de ódio e encontra-se elencado entre os Crimes Hediondos, que são apenados com mais severidade dada a periculosidade do agente. No Crime de Homicídio, o agressor mata “alguém”, independente de ser homem ou mulher, ou seja, independente o gênero sexual e não existe vínculo de relacionamento afetivo entre ambos. A pena para este crime é de 6 a 20 anos. No Crime de Feminicídio a vítima sempre é
MULHER, existindo entre agressor e vítima um relacionamento doméstico ou familiar que os envolve, incluindo também namorados. A pena para este crime é de 12 a 30 anos. Vale destacar que com a atual vigência do Pacote AntiCrime, o máximo de cumprimento da pena passou de 30 para 40 anos de reclusão. Toda violência doméstica e familiar deve ser denunciada. Rompa o silêncio e peça ajuda. O Feminicídio é uma morte que pode ser evitada. Registre um Boletim de Ocorrência e peça a Medida Protetiva, para que você não vire mais um dado estatístico entre tantos outros. Todos que souberam do sofrimento de uma mulher vítima de violência, DENUNCIE, mas não seja cúmplice por omissão!!!! Disque
180!!!!
Dra. Gisele Luccas
É Advogada, Especialista em Direito Médico, Pós Graduanda em Perícia Criminal e Ciências Forenses, com Capacitação em Psicopatologia Forense, Mediadora Judicial e Privada cadastrada no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, Palestrante, Colunista e