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sériE CadErnos PoétiCos

aPaReCIda de SOUSa CaStRO

COReOGRafIa de UM COnfInaMentO I (26/08/2020)

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Sutileza na mão ao mexer um cozido, mingau ou café. Gesto do encanto feito bailarinos na versatilidade do pé. Na coreografia de um confinamento coletivo, o espelho reflete almas ou demônios em conflito sem corpo de baile, uma nova terra. Lá fora sem público ou fila de espera, passa o vento, passa o pó, a “formiga sem barriga”, a manhã, a tarde, só não passa o barulho da serra. É Homens permanentemente ativos em casa. É serra ao lado, é serra em frente, é serra ao fundo e as janelas dos apartamentos ao anoitecer ainda adormecem. Mais cedo que antes acendem-se as luzes. É a cidade em casa. Falar com os deuses, dá ocupado, e de nada adiantaria pois a mente humana anda rasa. Gato nem mia numa pandemia, melhor alimentar o lado cão para que o lobo tenha a mima. O momento é para semideuses em pantomima.

COReOGRafIa de UM COnfInaMentO II (10/02/2021)

Lavamos bem as mãos com água e sabão. Por cima uma camada invisível ataca a outra na contra mão. Cumprimentos e aplausos estão no tempo de repouso. Porém, cotoveladas representam o abraço saudoso. Braço faz é laço para a ciranda da seringa sem vitamina. Todos na mesma dança... Com fé “essa missa” termina.

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