A ugusto
dos
A njos
M aria M arlene N. T eixeira P into Presidente
da
Academia Taubateana
Augusto Carvalho Rodrigues dos Anjos nasceu na Paraíba, em 20 de abril de 1884, e faleceu, em 12 de novembro de 1914, de uma congestão pulmonar (pneumonia), com apenas 30 anos de idade. Dedicou-se, durante toda a sua vida, ao Magistério. Também era formado em Direito. O poeta foi identificado, muitas vezes, como ‘simbolista’ ou ‘parnasiano’, Mas, muitos críticos, preferem identificá-lo como pré-modernista. Suas palavras inovadoras apresentam uma ruptura com o passado, com o Academismo. Utiliza-se de palavras “não-poéticas” como cuspe, vômito, escarro, vermes, matéria em decomposição, etc. Ele apenas retratava a realidade que via ao seu redor. Ele denunciava a realidade brasileira: as propriedades falindo, ex-escravos na miséria, os tipos humanos marginalizados: o sertanejo, o mulato, o negro, o funcionário público, o caipira e o nordestino. Escritores Brasileiros Contemporâneos
nº.29
de
Letras
Nas poesias, ele usava termos científicos e médicos. Gostava de estudar o ser humano de forma crua. Quase todas as suas obras foram publicadas no livro Eu (1912) que foi reeditado, após a sua morte, com o nome de Eu e Outras Poesias. Suas composições são originais. Ficou conhecido como Poeta da Morte. Augusto era uma pessoa extremamente sensível, introspectivo, triste, não possuía obsessão por palavras suaves. Foi um dos poetas mais críticos da época. Suas poesias têm raízes do simbolismo: gosto pela morte, angústia e o uso de metáforas. Em função do seu pessimismo e da sua angústia devido aos problemas pessoais e das incertezas de um novo século, trazia a ideia de uma guerra mundial (começou entre 28 de julho de 1914 e 11 de novembro de 1918). Por isso, as suas obras são impregnadas da constante ideia de morte.Três fatores contribuíram para a sua tristeza: morte (certeza Outubro/2021
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