P oemas G lafira M enezes C orti Alento
C oringa
O olhar amoroso permanece No perceber Tudo que ilusoriamente tive em mim. Uma pausa no vazio do momento presente Como refúgio na minha própria quietude. Olhar que não julga Olhar que não atribui valor, Olhar que não separa Olhar que não distingue, Me edita. No silêncio é que me encontro amada. Me reciclando a cada respiração.
Desviaram a rima da minha poesia Tentei buscá-la em alguém Que soubesse ler cartas Encontrei, lia como ninguém E como alguém profetizou Sobre todos e tudo que rima. Nada para mim fazia sentido, As figuras ali mostradas, misturadas Sobre a mesa entoalhada Viraram de uma só vez. Manobraram o segredo da fuga Não houve espaço para a mão Decifrar a carta, invocar Que desse certo a volta da rima. Mesmo interpolada Satisfaria se meu poema alindasse.
Sou Glafira Menezes Corti, paulistana, borboleta catadora de palavras. Gosto de dar novos significados às palavras, que me seduzem a revelar o meu jeito de pensar a comunicação social. Sou a palhaça Pitanga para as crianças e para os idosos, durante o meu trabalho voluntário. Como contadora de história minha imaginação viaja, sempre que fizio e quizio a narrativa contagiar. Escrevi em várias antologias, jornais e revistas. Tenho publicados os livros: “Tamborilando com letras”, “Pra Você”, também em e-book na Amazon, “Versos Verdes” e o livro infantil “Eu fizio porque quizio”. Escritores Brasileiros Contemporâneos
nº.29
Outubro/2021
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