FAMILY THE
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Uma revista relevante e inteligente para toda a família ANO 1 | EDIÇÃO 3 | 2016
MAGAZINE
www.thefamilymagazine.uk
FILHOS O DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM
ADOLESCÊNCIA BULLYING NA ESCOLA
ENTREVISTA DIVERSIDADE CULTURAL
IMIGRAÇÃO DIREITOS DAS CRIANÇAS NAS ESCOLAS
Volta às
AULAS SAIBA COMO FUNCIONA O SISTEMA EDUCACIONAL BRITÂNICO
MULHER | CUISINE | OPINIãO | FASHION | TURISMO | EQUALITY | GALERIA | VIDA A DOIS E MUITO MAIS...
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THE FAMILY MAGAZINE - uma revista feita por famílias, voltada para famílias. De linguagem simples, moderna e atualizada que aborda os valores e beleza existentes no seio familiar, construídos sob a aliança firmada entre um homem e uma mulher. A revista traz tópicos relacionados à família de forma inteligente, relevante e construtiva. Nosso objetivo principal é enfatizar acerca desta instituição divino-orgânica existente no planeta Terra - chamada família.
E DI TOR IA L
C A RVA L H O M A RT I N S Editor Chefe info@thefamilymagazine.uk
O EDITOR
O sistema educacional britânico
ARTE & DIAGRAMAÇÃO M AT H E U S M A RT I N S Graphic Designer
Caro leitor,
COMERCIAL
‘Gratitude’ (gratidão) é a palavra em inglês que descreve melhor o porquê nós da The Family Magazine estamos tão animados e motivados. Como flechas nas mãos do homem valente, assim tem sido cada edição nas nossas mãos.
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CONSELHEIROS JOÃO FAYIKA ISRAEL CRUZ
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Márcia Martins, Carol Wichert, Israel Cruz, Marco Sanz, Jean Karla, Wellington Gondim, Raquel Godoy, Lianir Ribeiro, Marta Ayres, Karla Andrade, Guilherme Pereira, Ticiele Camargo, Francine Mendonça, Marilande Marques, Simon Collyer and Tânia Sperandio.
AS SI NAT U R AS & A N ÚNC IO S
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Uma revista relevante e inteligente para toda a família ANO 1 | EDIÇÃO 3 | 2016
O tema escolhido para esta terceira edição é “O sistema educacional britânico”, aonde nossos colunistas tratam deste assunto com bastante propriedade, trazendo esclarecimentos às dúvidas e questionamentos que muitos pais com filhos na idade escolar geralmente têm. Estar bem informados sobre este assunto nos ajudará a entender como funciona o sistema educacional na Inglaterra, para que nossos filhos e todo estudante vivendo aqui possam fazer uso do sistema adequadamente.
Ainda nesta edição, tratamos de outros assuntos como: a hiperatividade da fase infantil e adulta, o relacionamento do casal na terceira idade, e sobre a dependência química, um mal que vem gerando cada dia um número maior de dependentes. Na página adolescência há um ‘insight’ (compreensão de uma causa e efeito específico em um contexto específico) acerca do bullying sobre a perspectiva cristã. Abra, leia e compartilhe com amigos e familiares, esta é a revista da família, a sua revista. Até a próxima!
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FILHOS O DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM
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NOTA: TheFamilyMagazine Limited - 8, Bridgewood Close SE20 8PH London/England O uso do material publicado aqui só poderá ser reproduzido e transmitido, seja na forma eletrônica, mecânica ou física com a devida permissão e autorização escrita do publicador. A responsabilidade pela veracidade das informações nos anúncios é do próprio anunciante e cada escritor responde pela a natureza dos seus artigos, as opiniões expressas aqui não necessariamente representam a nossa visão. Pais, filhos e avós que tenham habilidade com a escrita que queiram participar com artigos de sua própria autoria (não aceitamos plágios), por favor, encaminhe para o email info@thefamilymagazine.uk, não garantimos a publicação de qualquer material submetido a nós, estes poderão ser usados ou não, conforme critérios da direção.
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THE FAMILY MAGAZINE
DESTAQUE
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ENTREVISTA
Diversidade nas escolas
CAPA O Sistema Educacional Britânico
ASSUNTOS DE FAMÍLIA
04 EDITORIAL O editor e colaboradores 08 DESTAQUE Sistema Educacional Britânico 14 EDUCAÇÃO DE FILHOS Crianças bilíngues 18 VIDA A DOIS Comunicação Conjugal 20 ADOLESCÊNCIA Bullying sob a perspectiva cristã 22 JOVEM Passos para a universidade 26 TERCEIRA IDADE Semeando e colhendo frutos
SAÚDE
28 EQUALITY Deficiência auditiva 30 Hiperatividade TDAH ou falta de limites?
GERAL
12 ENTREVISTA Diversidade na escola 16 GALERIA 38 MULHER A violência doméstica 40 IMIGRAÇÃO Direitos das crianças 41 O PENSADOR De gota em gota 44 NO DIVÃ Dependência química
MODA & CASA
32 FASHION A evolução dos uniformes 42 CUISINE
FILHOS Crianças bilíngues
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JOVEM Passos para a universidade
SERVIÇOS
46 AÇÃO SOCIAL Projeto Sunrise Índia
TURISMO
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SAÚDE HIPERATIVIDADE
35 OXFORD & CAMBRIDGE Excelência em educação
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CAPA
0 SISTEMA EDUCACIONAL BRITÂNICO CAROL WICHERT, Arquiteta com Mestrado em Negócios Internacionais
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orar em um país que não seja nosso país de origem é, sem dúvida, uma grande aventura. Mas também um grande aprendizado. Para que possamos viver integrados na sociedade do país em que estamos vivendo, precisamos entender como funciona o país e seus diversos sistemas; como o sistema político, o sistema de saúde e o sistema educacional.
Há dois tipos de escola no Reino Unido: as chamadas state-funded, que são financiadas pelo governo, e as independent, escolas privadas que cobram mensalidades escolares.
Alinhados com o tema desta edição, decidimos fazer um resumo do sistema educacional inglês, comparando, quando possível, com o sistema educacional brasileiro para facilidade de compreensão. Focamos especialmente nosistema educacional da Inglaterra.
A educação nos anos iniciais pode se dar em escolas maternais (nurseries), públicas ou privadas ou através de pessoas qualificadas e credenciadas que cuidam de crianças em suas casas, as chamadas childminders.
O sistema educacional na Inglaterra é composto de 5 estágios:
Todos acima devem seguir as orientações do EYFS (Early Years Foundation Stage), que são normas e recomendações para a educação de crianças desde seu nascimento até 5 anos. Estas normas são estabelecidas pelo órgão regulador da educação do Reino Unido (OFSTED).
Anos Iniciais / Early Years
Anos iniciais (early years) Escola primária (primary school) Escola secundária (secondary school) Educação continuada (further education) Educação superior (higher education)
Desde Setembro de 2010, todas as crianças a partir de 3 anos completos têm direito a 15 horas semanais de educação gratuita, durante 38 semanas do ano.
Key Stage 1 Key Stage 2 Key Stage 3 Key Stage 4 Sixth Form 8
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1
2
4
5 9
8
7 10
12 (lower sixth)
6
11 13 (upper sixth)
Pré-Escola
Reception
Ensino Médio Ensino Fundamental
Nursery
Secundária
Foundation
Primária
Anos escolares Inglaterra
Estágio-chave Inglaterra
Anos Iniciais
Na Inglaterra, a educação é obrigatória para todas as crianças entre 5 e 16 anos, ou seja, equivalente ao final da escola secundária. Aqui as crianças não ‘reprovam’ de ano, mas vão progredindo ano a ano de acordo com sua idade.
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Idade dos alunos
Anos escolares Brasil Maternal 2
Pré 1
Pré 2
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5 a 7 anos 5
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3 a 5 anos
7 a 11 anos 11 a 14 anos
9
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14 a 16 anos
2
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16 a 18 anos
“
A educação é o aspecto chave no presente e futuro da criança. Embora a criança consuma energia, tempo e gaste uma boa parte dos nossos recursos, não acredito que deva ser o centro da nossa vida.” Pr Israel Cruz
Escola Primária / Primary School
Escola Secundária / Secondary School
Na Inglaterra, a escola primária serve alunos de 4 a 11 anos. À partir de 4 anos de idade completos, no mês de setembro seguinte ao seu aniversário, a criança pode ingressar na classe de recepção à escola, a chamada Reception Class, que pode se dar dentro de uma escola maternal ou já no seio de uma escola primária.
Na Inglaterra, a escola secundária serve alunos de 11 a 16 anos. Dependendo das notas atingidas na escola primária, o aluno poderá aplicar para escolas secundárias melhor qualificadas. Algumas escolas exigem até mesmo um nível mínimo para aceitar a aplicação do aluno.
Inicia-se com a Reception Class (equivalente ao Pré-1 no atual sistema educacional brasileiro) e vai até o sexto ano (equivalente ao quinto ano no atual sistema educacional brasileiro). Algumas escolas primárias possuem também uma escola maternal ou pré-escola e podem atender crianças mais novas.
Os anos da escola secundária também são divididos em estágios (Key Stages), como mostra o esquema abaixo.
Os anos escolares são divididos em estágios (Key Stages), como mostra o esquema no rodapé da página. As turmas são constituídas em média por 25 alunos, um professor e um auxiliar. Há escolas que dividem a escola primária em Infant School (da Reception até o segundo ano) e Junior School (do terceiro ao sexto ano). As disciplinas principais da escola primária são: - Obrigatórias: Inglês, Matemática, Ciências, Design e Tecnologia, História, Geografia, Arte e Design, Música, Educação Física, Educação Religiosa, Língua Estrangeira. - Opcionais: Educação pessoal, social e de saúde, Cidadania, Educação Sexual.
O primeiro ano da Escola Secundária é o Ano 7, que seria um ano de monitoramento. Ao final dele, o aluno passa por testes que servem para determinar seu nível e identificar áreas de suporte necessárias. Estes testes são chamados de mocks (simulados). Baseado nestes testes e nos resultados da Escola Primária, o alunos, a partir do Ano 8, serão classificados em 3 grupos: Inferior, Mediano ou Superior. Assim, no Ano 8, os alunos já classificados serão organizados em seus grupos na mesma sala de aula. Recebem assim, níveis diferentes de dificuldade em cada matéria. Ao final do Ano 8, os testes simulados são aplicados novamente para saber se o aluno mudou de grupo. A partir do Ano 9, o foco aumenta e inicia-se a preparação para os exames GCSE (Certificado Geral de Educação Secundária). Estes são os exames mais importantes aplicados antes da universidade. Caso o aluno tenha resultados ruins em seu GSCE, ele praticamente não tem chances de ingressar na universidade. Cursos aprofundados, como Economia, Negócios, Ciências e Engenharia requerem notas altas no GSCE. Cursos como Arte, Música e Drama podem ser acessados com notas menores. As matérias obrigatórias, mais as matérias escolhidas para o GSCE (3 ou 4 matérias), serão estudadas durante os Anos 10 e 11. Provavelmente esta também será a direção do estudo na universidade, caso o aluno ingresse.
Sistema de avaliação: Para cada matéria, o aluno recebe um nível ao final de cada ano. No final do Ano 2, o mínimo esperado e nível 2b. Se a criança atinge níveis 2 ou 3, está acima das expectativas. No final da Escola Primária (Ano 6), nível 4 é o mínimo esperado. Nível 5 está acima das expectativas e alguns alunos excelentes podem receber até mesmo Nível 6.
Sistema de avaliação: D: abaixo da média C: média B: bom A: muito bom A+: excelente
Também nesta época, os alunos fazem um teste chamado SATS (Statutory Assessment Tests). Este teste compreende escrita, pontuação e gramática, além de leitura e matemática. www.thefamilymagazine.uk
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Educação após os 16 anos
Educação após os 18 anos
Após completarem o ensino obrigatório e os exames do GCSE, aos 16 anos, os estudantes podem, se quiserem e, legalmente, abandonar a escola e começar a trabalhar. Entretanto, a maioria estuda para as qualificações A-levels em escolas chamadas tutorial colleges ou sixth form colleges.
Normalmente, os alunos do college terminam seu curso secundário aos 18 anos, com uma qualificação A-level ou equivalente, e então continuam seus estudos em cursos profissionalizantes ou no ensino superior. As opções são:
Estudantes internacionais que possuem o Ensino Médio, no caso de brasileiros, normalmente entram no sistema educacional britânico neste momento. Podem, por exemplo, fazer um curso A-level como preparação para o ensino superior ou o ensino profissionalizante na Inglaterra. Neste nível, o aluno tem mais liberdade de escolha sobre o que quer estudar, embora seja aconselhado a selecionar matérias que o ajudem na futura carreira ou na vida universitária. Além das matérias tradicionais, o aluno pode escolher dentre uma vasta gama de disciplinas, incluindo Comunicação, Fotografia, Educação Física, Teatro etc.
Ensino Superior Este é o termo utilizado para descrever a educação oferecida em universidades, faculdades e instituições que ministram cursos em nível de graduação ou nível superior a este. O Reino Unido tem mais de 90 universidades e mais de 50 faculdades de ensino superior que oferecem uma ampla variedade de cursos, a maioria levando à graduação, pós-graduação, MBA e doutorado.
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Further Education Educação em geral profissionalizante, que acontece após os 16 anos. Inclui cursos técnicos e alguns cursos de graduação. Mais de 600 further education colleges, tanto governamentais quanto independentes, oferecem um variado programa, incluindo cursos de inglês, GCSE e A-levels, cursos técnicos, cursos de acesso e alguns cursos de graduação. Higher Education ou Ensino Superior Educação que inclui cursos de graduação, programas de pós-graduação e MBAs , oferecidos em universidades, faculdades e outras instituições.
As áreas de formação universitária disponíveis vão desde as tradicionais, como ciências, artes e humanidades, até as opções menos convencionais, como estudos para a paz ou tecnologia da música. Segundo o Conselho Britânico, os cursos baseados nas áreas de negócios, engenharia e tecnologia são os mais populares entre os estudantes internacionais. As universidades mais reputadas na Inglaterra são as seguintes: University of Cambridge, University of Oxford, University of St Andrews, Imperial College London e Durham University.
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ENTREVISTA
ENTREVISTA COM O PROFESSOR SIMON COLLYER
A THE FAMILY MAGAZINE entrevistou o Simon Collyer, professor há 18 anos da rede pública de ensino em diversidade cultural.
Londres. Simon nos falou sobre como as escolas na Inglaterra tratam a
Na Inglaterra, isto é trabalhado em diferentes áreas. Algumas crianças, por exemplo, tem direito ao chamado ‘Pupil Premium funding’, ou seja, um financiamento baseado na renda dos pais ou responsáveis. Isso garante que as famílias com baixa renda tenham as mesmas oportunidades e os melhores resultados possíveis como qualquer outra criança. TFM - O Governo Britânico possui alguma orientação específica para a inclusão cultural nas escolas? SC - Sim, o governo britânico tem muitas políticas que estão no dia-a-dia de uma escola. Esta é uma prática comum neste país e o OFSTED (órgão que regula e supervisiona escolas e cuidadores) está constantemente inspecionando para certificar-se de que cada escola está a cumprir com as políticas. Isso inclui a promoção da igualdade de oportunidades e boas relações entre membros de diferentes grupos raciais, culturais e religiosos.
Simon Collyer é professor de classe de Ano 2 em uma escola estadual local, sudoeste de Londres, Inglaterra.
TFM - Qual a importância de trabalhar com a diversidade cultural nas escolas no Reino Unido? SC - É muito importante que as escolas, tanto particulares quanto públicas, possam abranger uma ampla gama de culturas. Os alunos precisam saber que, na vida cotidiana, estamos constantemente em contato com diferentes educações, raças ou religiões. Estar em um ambiente onde a diversidade cultural é a “norma”, faz com que haja uma transição suave da escola para o mercado de trabalho. TFM - Como professor no Reino Unido por 18 anos, você tem notado um aumento na diversidade cultural na sua escola nos últimos anos? SC - Sim, cada vez mais ao longo dos anos. Isso também é influenciado pela constante evolução da escola, seja quando a escola expande sua oferta de vagas para outros bairros ou quando abre novas classes, aumentando o número de vagas.
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TFM - Como sua escola aborda o tema da diversidade cultural? SC - Estamos verdadeiramente inseridos em uma comunidade internacional, e nós celebramos a riqueza da nossa diversidade cultural e linguística. Na minha escola não vemos a diversidade cultural como um assunto, pois é algo que tratamos como parte da vida cotidiana da escola. Temos 34 diferentes línguas faladas por adultos e crianças. A maioria das crianças nasceram no Reino Unido; alguns de famílias internacionais. Portanto, quase 60% têm muito a oferecer a partir de sua própria história e cultura, e isto é celebrado ao longo do ano. No bairro em que trabalho, as escolas são aconselhadas a incluir a cultura e história de cada criança na sua formação ao longo do ano. É claro que alguns eventos são especialmente focados em algumas características culturais / religiosas, mas em geral, visam promover uma maneira diversa e inclusiva para abordar o tema da diversidade cultural. TFM - Como professor, como você lida com isso em suas aulas diárias? SC - A escola constantemente comemora culturas diferentes. Isso inclui ter uma quinzena internacional, oficinas de teatro que reforçam a aprendizagem das crianças em eventos históricos, dia de esportes, diferentes festas religiosas, noites de talento, assembléias de classe e muito mais.
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To be in surroundings where different upbringings, races or religions are the ‘norm’, makes a smooth transition from education to the workplace”.
TFM - What’s the importance of working with cultural diversity in schools in the UK? SC - It is very important that schools have a wide range of cultures within the private and state sector. Pupils need to know that in everyday life we are constantly in contact with different upbringings, race or religions. To be in surroundings where these are the ‘norm’ makes a smooth transition from education to the workplace. TFM - As a teacher in the UK for 18 years, have you noticed a rise in cultural diversity at your school in past years? SC - Yes more and more over the years. This also depends on the school’s ever widening catchment area when extra classes come into the year group. Having worked in different areas - the children tend to have Pupil Premium funding based on the income of the parents/guardians. This ensures that families with a low income have the same opportunities and the best outcomes possible as any other child. TFM - Does the British goverment has any specific guidance for cultural inclusion in schools? SC - Yes, the British government have many policies that are in the day to day running of a school. This is common practice and OFSTED is constantly inspecting that every school is complying with these policies. This includes promoting equal opportunities and good relations between members of different racial, cultural and religious groups.
TFM - How does your school approach the subject of cultural diversity? SC - We are truly an international community and we celebrate the richness of our cultural and linguistic diversity. In my school we don’t see cultural diversity as a subject as it is something we treat as part of everyday life of the school. We have 34 different languages spoken by adults and children. Most of the children are born in the UK; some from international families. Therefore nearly 60% have much to offer from their own background and these are celebrated throughout the year. In the borough that I work in, the advice given to the schools is that we must include every child’s background in their education throughout the year. Of course some events are especially focused on some cultural/religious characteristics, but in general we aim to promote a diverse and inclusive way to approach the cultural diversity theme. TFM - And you, as a teacher, how do you deal with this in your daily lessons? SC - The school constantly celebrates different cultures. This includes having an International fortnight, theatre workshops that reinforce the children’s learning in historical events, sports day, different religious festivals, talent evenings, class assemblies plus many more... Simon Collyer Year 2 class teacher in a local state school, South West London, England.
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EDUCAÇÃO DE FILHOS
CRIANÇAS BILÍNGUES E
o desenvolvimento da linguagem
RAQUEL GODOY, Psicóloga Clínica
Com especialização em Psicanálise e Psicoterapia Desenvolvimento da fala e da linguagem Um bebê ao nascimento comunica-se basicamente por meio do choro, que de indiferenciado, vai gradativamente tornando-se diferenciado. Aos 2 ou 3 meses aparecem as vocalizações, seguidas de balbúcie e do início da produção de segmentos silábicos, até culminar, nas primeiras palavras, por volta dos 12 ou 13 meses. Essa fase pré-linguística é importante para o desenvolvimento da oralidade; a criança é mais receptora e está atenta aos estímulos que recebe do meio onde vive. Ouvir músicas é uma forma importante de estimular o desenvolvimento da linguagem. Estudos comprovam que a música ativa mais regiões do cérebro do que a linguagem. Isso significa que crianças têm maior facilidade de aprender novas palavras por meio da música. Este argumento embasa o uso constante de música em escolas.
Se, em um passe de mágica pudéssemos
transformar nossos filhos em perfeitos bilíngues, fluentes tanto em português quanto em inglês, quem não o faria? No entanto, a tarefa de ensinar duas línguas a um filho geralmente é bem mais complicada do que os pais imaginam, mas informações importantes sobre o desenvolvimento linguístico e dicas de como lidar com esta tarefa tão complexa, podem auxiliá-lo nesta tarefa. Alguns estudos discutem e apresentam as vantagens do bilinguismo. Indivíduos bilíngues são mais hábeis para discriminar informações relevantes das irrelevantes, aumento da capacidade de processamento da linguagem, principalmente quanto ao processamento fonológico e sintático. Na faixa entre 6 meses e 4 anos, há uma janela cerebral nas crianças. Isso significa que estão se formando circuitos de linguagem. Os neurônios, se estimulados, podem fazer novas conexões e especializações. Apresentar um novo idioma ao seu filho, nessa idade, torna a tarefa do aprendizado mais fácil. Há maior chance de ele falar sem sotaque, já que as estruturas nervosas básicas ainda estão em formação. Além disso, as crianças aguçam a compreensão auditiva e tornamse capazes de distinguir sons semelhantes com mais facilidade. Outra consequência é o aumento da agilidade e das competências cognitivas apresentadas nesta fase.
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O bilinguismo pode causar um atraso no desenvolvimento da fala e da linguagem? Um criança com desenvolvimento mal de linguagem, começa a falar por volta de 1 ano e aos 2 anos já pode iniciar pequenas frases. Não existe até o momento, evidências científicas de que o Bilinguismo pode ocasionar atraso no desenvolvimento da linguagem. O processo de aquisição e desenvolvimento da fala e da linguagem de uma criança ocorre em fases e etapas. Existem as variações, mas essas variações geralmente são de dois a quatro meses, não mais do que isso. Em alguns casos os pais relacionam o atraso da fala ao bilinguismo, e acabam “mascarando” um problema que precisa ser encarado de frente e que pode sim, ser solucionado. Existe uma condição clínica, o Distúrbio Específico de Linguagem (Specific Language Impairment), que caracteriza-se por uma dificuldade específica para adquirir e desenvolver a linguagem. Geralmente, são crianças que ouvem bem, que são inteligentes, que podem ter uma compreensão adequada, no entanto, a fala não se desenvolve conforme o esperado, é um dificuldade na linguagem expressiva. A criança que possui uma predisposição para apresentar um transtorno para o desenvolvimento da linguagem irá manifestar as dificuldades linguísticas, independente de quais e quantas línguas são utilizadas.
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Os pais devem estar atentos a isso, ou o que é de fato uma dificuldade pode ser atribuído erroneamente ao bilinguismo. Um outro aspecto que também é importante destacar, é a forma como o ensino da língua ocorre dentro de casa. Ansiedade e cobrança excessiva podem “travar” a criança e não necessariamente o bilinguismo em si. Algumas dicas que auxiliam no desenvolvimento bilíngue do seu filho: Faça um esforço consciente - Quando a criança é cercada por uma língua dominante, ela tende a desenvolver a preferência pela língua falada na escola, na rua e nos meios de comunicação. Famílias de imigrantes que querem apoiar o desenvolvimento da língua materna têm de fazer um esforço consciente para que isso aconteça. Cultive relacionamentos positivos A base de todo aprendizado está no relacionamento. Relacionamentos positivos ajudam na formação de uma comunidade receptiva, que estimula a comunicação. Mantenha a naturalidade - Muitos pais desistem de falar sua língua nativa quando seus filhos começam a responder na língua dominante. Outros se tornam militaristas, e forçam o uso do português dentro de casa, a ponto de transformarem as interações entre pais e filhos em algo extremamente negativo. O ideal é procurar um equilíbrio. A melhor forma de se cultivar a língua é criar um ambiente natural e positivo, onde nenhuma língua é proibida. Crie um ambiente onde todos os membros da família possam conversar e trocar idéias. Preciso lembrar que a criação de rotinas familiares, como refeições, idas ao parque, passeios e eventos festivos formam a base da vida afetiva da criança. Crie oportunidades para a criação de projetos Pintar um quarto, fazer um bolo, escrever uma estória, costurar uma roupa ou confecionar um carrinho de madeira, proporcionam plataformas para desenvolvimento de vocabulário rico e um contexto de aprendizagem novo e cativante. Veja as crianças como fontes de inspiração Observe as ‘paixões’ das crianças e incentive essas paixões. Futebol? Animais? Música? Quase todos os assuntos tornam-se ricas fontes de aprendizado. Fique atento aos ‘erros’ - Tente não se tornar a ‘polícia linguística’ de seus filhos. A correção excessiva dos erros pode inibir o desenvolvimento natural da língua. Porém, fique atento aos erros. Eles podem ser fonte de informação interessante. Uma estratégia efetivamente usada é repetir a frase corretamente durante a conversa. Outra é simplesmente ‘guardar’ o erro e falar sobre ele dentro de um outro contexto.
Crie um ambiente linguisticamente rico -Incentive boa música, livros e oportunidades para conversar. Leia! Livros desenvolvem o vocabulário, a capacidade de compreensão, o conhecimento geral e a criatividade. Use gestos e repetições - A linguagem corporal tem um valor muito grande dentro da comunicação. Use e abuse de gestos para criar um contexto onde as palavras possam se encaixar normalmente. Se a criança não entender algo, evite a tradução. Mude as palavras, explique de outra forma. Use a tradução somente quando extremamente necessário. Faça um investimento em materiais educativos Busque brinquedos educativos e re-usáveis. O ato de brincar é importantíssimo para a formação cognitiva da criança. Evite atividades passivas - Crianças que passam muitas horas na frente da televisão ou do computador perdem a chance de interagir ativamente com outras pessoas ou com materiais educativos. Cultive orgulho pela nossa cultura e evite ser excessivamente patriótico - É importante cultivarmos a apreciação por TODAS as culturas e línguas que nos cercam. É também importante não colocarmos a cultura hospedeira e a cultura brasileira em competição. Evite usar o português como forma de chamar a atenção das crianças - Temos que procurar construir laços positivos com o português. Por isso, usar o português somente para corrigir o comportamento das crianças não é recomendável.
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Galeria de Volta Ă s Aulas da The Family Magazine
Caio
JoĂŁo Victor
Mirella
Samuel
Stefano e Helena
Melissa
Nathalia
Raffael
Ryan
Angela Banzi
VIDA A DOIS
DISCIPLINA
fundamental na educação dos filhos
ISRAEL CRUZ, Psico-Terapeuta
Pastor Community Baptist Church em Londres
O sonho da maioria absoluta das pessoas é formar uma família. Uma vez que o sonho se realiza, se depara com o desafio da educação. Como estar à altura deste desafio? De acordo com um artigo escrito por Laura Clark no Daily Mail de Fevereiro de 2012, ela diz que os pais estão falhando em educar seus filhos de maneira correta e por isto estão formando uma geração de crianças iradas, agressivas e sem respeito. Ela acrescenta ainda, que as crianças de pais violentos, muito críticos e permissivos – aqueles que tratam a criança como o rei ou a rainha do lar e permitem que elas governem e satisfaçam todos os seus desejos, tornam-se duas vezes mais propensas à agressividade, e a causarem perturbação nos ambientes em que se encontram além de desenvolverem insegurança emocional. Em contraste, os pais que corrigem seus filhos com brandura e firmeza, que estabelecem as regras com clareza e impõe limites sensatos, tem como resultado filhos com uma forte tendência a ter um comportamento mais equilibrado, figurando-se como muito melhores em termos de comportamento e êxito em suas atividades em comparação com os seus pares.
num ambiente público, os pais se apressam em buscar justificativas, as mais variadas possíveis, para ilibar tanto eles como a criança da responsabilidade pelos seus atos e encobrir, assim, um pouco da vergonha deles. Deixar a disciplina para o futuro, para um tempo em que se pensa que a criança terá mais condições de responder poderá ser um risco fatal por ser tarde demais. A educação começa ainda no ventre com o estilo de vida da mãe e pai, proporcionando à criança o ambiente tranquilo e saudável necessário para o seu desenvolvimento e continua por ocasião do seu nascimento, quando os pais definem a disciplina para a sua criação, como o tipo de alimento, horário de ir para a cama, convenção de comportamento e habilidades que elas poderão desenvolver, etc. Os filhos são como flecha nas mãos do arqueiro, cabe ao arqueiro arremessá-los para o alvo por ele escolhido. Ou seja, são os pais que
Todos já devem ter ouvido a frase: “quem ama disciplina”. Disciplina é sinônimo de amor. A disciplina precisa ser formativa, corretiva e punitiva. É o dever dos pais ensinar a criança no caminho que ela deve andar, e quando ela for adulta não se desviará dele. Aos pais é dada a missão de incutir em seus filhos os valores e princípios essenciais norteadores da vida nos aspectos do seu ser integral. Somente a eles é conferida a responsabilidade da supervisão, correção e punição - como o último recurso no processo da educação. Indivíduos disciplinados na infância por pais amorosos não precisarão da disciplina punitiva cruel do mundo na fase adulta. Filhos bem educados, via de regra, honram seus pais, são produtivos e bons cidadãos. Alguns pais, inseguros e confusos, adiam o seu papel de educadores para uma fase mais adiantada na vida dos seus filhos por acreditarem que a criança, ainda na condição de incapaz, estaria em um estágio fora do alcance da disciplina pelo pensamento de que elas, nesta fase, tem falta de entendimento. Porém, quando os sinais de rebeldia e obstinação aparecem, principalmente
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É o dever dos pais ensinar a criança no caminho que ela deve andar, e quando ela for adulta não se desviará dele.
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devem dar o destino aos filhos. Quando eles nascem, eles vem como um livro de páginas em branco para serem escritos, na infância os pais são os escritores. Um outro grupo de pais são aqueles que temem que seus filhos desenvolvam traumas e assim, lideram o lar condicionado pelo medo, tornando-se fracos, indecisos e inconsistentes no exercício das suas funções paternas. A preocupação em ofender a criança ou causar qualquer dano em sua vida que possa ter reflexos futuros os tornam paralisados. Porém, o amor lança fora todo o medo, o amor não coexiste com o medo. Operando em amor, certamente os pais serão comedidos e prudentes e sob a regência do amor encontrarão a sabedoria necessária. E, ainda assim, se errarem na tentativa de fazer o certo, o amor é capaz de cobrir uma multidão de pecados. O terceiro grupo, é o daqueles que estão muito ocupados pela correria da vida, estão sempre distantes, assim, terceirizam a educação e procuram compensar a ausência com coisas materiais, enchendo seus filhos de presentes, quando na verdade o que um filho mais quer e precisa é a presença insubstituível de seus pais. Eles se justificam dizendo que estão garantindo o futuro dos filhos e deles. Porém a sabedoria nos diz que não se deve sacrificar o presente pelo futuro nem o futuro pelo
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Os filhos são como flecha nas mãos do arqueiro, cabe ao arqueiro arremessá-los para o alvo por ele escolhido”.
presente, pois todo o tempo é precioso, que se viva um dia de cada vez, pois basta a cada dia o seu próprio mal ou bem. Há ainda, como fator fundamental para o mentoreamento da criança, o fator exemplo. Nada poderá substituir o exemplo dos pais na educação dos filhos, o dito: “faz o que eu mando e não faça o que eu faço” funciona como um veneno que destrói o caráter da criança. Exemplo é o quesito mais importante de todos, pois os pais são os espelhos dos filhos, é neles que os filhos se vêem. Os pais são os modelos dos filhos – “tal pai tal filho”. Sim, pode ser que algum processo de rebeldia se instale no coração do filho mais tarde, talvez pelas más influencias ou outros fatores desconhecidos, neste caso, algum filho poderá negar em seu comportamento os ensinos , princípios e valores recebidos, entretanto, nunca os pais terão peso de consciência, pois saberão que em amor deram o seu melhor. Além de que, ao final das contas, os filhos não são nossas extensões ou propriedades, eles são os outros, educados para vida no mundo. No cenário do mundo eles são atores responsáveis pelos seus atos. Ali, os pais não respondem pelos filhos nem os filhos pelo pais. Finalmente, criar e educar filhos é o empreendimento mais difícil que alguém pode abraçar, dado a sua complexidade e seriedade. É mister que a família alargada, bem como a comunidade em que a família está inserida possa dar sua parcela de contribuição. Mas, aquele que inventou a família e a colocou como a célula fundamental da sociedade deve ser o primeiro a se buscar auxilio para levar a cabo com sucesso este empreendimento. Ele é que pode sustentar os pais nos momentos mais escuros. Ele é a fonte inesgotável de sabedoria. Ele é quem pode socorrer quando ninguém ouve, Ele é o Pai nosso que está nos céus em quem devemos buscar auxílio.
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ADOLESCÊNCIA
BULLYING SOB A PERSPECTIVA CRISTÃ MARCO SANZ, Advogado e Educador Bullying é um anglicismo utilizado
para descrever atos de violência física ou psicológica intencionais e repetidos, praticados por um indivíduo ou grupo de indivíduos, causando dor e angústia. O bullying é um problema mundial, sendo que a agressão física ou moral repetitiva deixa sequelas psicológicas na pessoa atingida. Você consegue se lembrar de algum episódio em que sofreu bullying? Aparentemente, 15% dos jovens se consideram vítimas de bullying! E, certamente nós mesmos, nossos pais e até avós, lembramo-nos das nossas “dores” e preocupações sobre o assédio moral no ônibus, escola, ou na aula de educação física… quando a palavra “bullying” ainda não era nem usada! Muitos jovens se sentem confortáveis em conversar com seus pais sobre o assunto, outros sentem que não têm em quem confiar e muitos ficam deprimidos e recorrem ao álcool, drogas ou até mesmo ao suicídio. Sim, o problema é sério! Bullying não deve ser ignorado pelo simples pretexto de dizer que as experiências na vida que não nos matam, fazem-nos mais fortes. De fato, sofredores de bullying geralmente se sentem sem esperança, pequenos, entregues ao desespero, tristeza, melancolia, e exasperação. “A esperança adiada faz o coração crescer doente”, não forte, diz a Bíblia. “Mas um desejo cumprido é a árvore da vida”. Quantas histórias ouvimos relacionadas com as consequências do bullying… o que pode incluir sinônimos como perseguir, oprimir, tiranizar, atormentar, amedrontar, intimidar, coagir, subjugar, dominar e tantos outros mais!
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Para o cristão, o desafio não é só aprender a combater o bullying mas também aprender como amar aqueles que praticam o bullying! “ Ouvistes o que foi dito: Amarás o teu próximo e odiarás o seu inimigo. “Mas eu vos digo: amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem, para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céu. Pois ele faz nascer o seu sol sobre maus e bons, e faz chover sobre os justos e sobre os injustos. Porque, se amais os que vos amam, que recompensa que você tem?”, estas são palavras de Jesus. Porque Deus nos deu um espírito não de medo, mas de fortaleza, amor e auto-controle, assim dizia o apóstolo Paulo. www.thefamilymagazine.uk
Uau! Difícil? Com certeza! O bullying faz com que seja difícil amar, pois o tormento intencional de formas físicas, verbais ou psicológicas, é perturbador. Jovens…inexperientes…imaturos: como podem amar como Jesus fez, enquanto era intimidado, sofrendo bullying? Dirão: “Pai, perdoa-lhes que eles não sabem o que fazem”? Olhando Jesus como exemplo, lembro de passagens de quando pessoas tentavam induzí-Lo a dizer a coisa errada para que ele fosse jogado na cadeia ou morto. Jesus permaneceu calmo, permitindo que o espírito de Deus guiasse seus pensamentos e pudesse responder em amor.
“
Bullying não deve ser ignorado pelo simples pretexto de dizer que as experiências na vida que não nos matam, fazem-nos mais fortes”.
Provavelmente, nós nunca poderemos responder exatamente como Jesus fez em cada situação, mas podemos nos esforçar! E não esquecer de que toda a perseguição que Jesus passou tinha um propósito. Mesmo assim, é dificil justificar o bullying. Jovens e adolescentes devem ter isso bem claro e estar preparados para discutir o assunto com um adulto. “Seja forte e corajoso. não temais, nem vos espanteis diante deles; porque o Senhor teu Deus é o que vai contigo; não te deixará nem te desamparará.” O próximo passo é ensinar nossos jovens e adolescentes a perdoar e amar: “Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem; para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus”. Realisticamente, cada vez que uma vítima de bulliyng vê seu “agressor” é muito possível que sinta raiva…vergonha! Porém, como cristãos, devemos ensinar nossos jovens como buscar o Espírito Santo de Deus para que este guie nossos pensamentos e, acima de tudo, possamos praticar o poder da oração em nossos lares.
O outro lado da Moeda
Por outro lado, podemos nós estar causando o bullying. Se assim for, devemos procurar o arrependimento e erguer a cabeça à procura de um perdão sincero, exercitando isto toda vez que encontrarmos “nossa vítima”. Como? Sendo simpático com a pessoa, mostrando empatia às dores que causamos e entendendo os sentimentos que a outra pessoa passou a ter em relação a nós. Como povo de Deus, devemos saber ser tolerantes, pois o bullying pode até mesmo acontecer sem intenção. Ao tratarmos as pessoas de forma diferente por causa de sua cultura, interesse ou crenças, por exemplo. Em Lucas 19:110, lemos que Zaqueu subiu na figueira, porque ele era pequeno. Ele era pequeno demais para ter um vislumbre de
Jesus. Ele era moralmente pequeno, porque recolhia impostos para um governo inimigo. Não sabemos o que se passava na mente de Zaqueu. Talvez ele tivesse subido na árvore para ficar longe da multidão ou pensava que a multidão não gostaria dele, devido ao seu baixo status na sociedade. Ou talvez pensasse ele que seria verbalmente intimidado pelas pessoas ao redor de Jesus? Mas, uma vez que Jesus decidiu ir à casa de Zaqueu, o que as pessoas pensaram então? A verdade é que a multidão em torno de Jesus começou a tiranizar Zaqueu, o “pecador” . Enquanto Jesus ofereceu-lhe a graça, a multidão olhou para ele com uma atitude de julgamento. E se Jesus não tivesse dado qualquer atenção à pessoa que se escondeu na árvore? E se Jesus tivesse cedido ao murmúrio da multidão, por passar a ser hóspede de um “pecador”? Sempre que ouvirmos insultos ou xingamentos, recordemos o encontro de Jesus com Zaqueu e oremos a Deus para que nos conceda a coragem e a sabedoria de Jesus, para seguirmos seu exemplo. Pois a resposta cristã ao bullying transcende todas as nossas discordância, seja sobre orientação sexual, imigração e outras questões modernas. Lembremos que, através de seu encontro com Zaqueu, Jesus nos mostrou como levantar-se contra o bullying e combatê-lo. Ele nos chama para oferecer graça e amor às vítimas de todos os tipos de bullying. Jesus não nos ensinou a julgar e a atirar pedras… o mundo já tem acusadores suficientes! Pesquisas indicam que, no Reino Unido, centenas de crianças em idade escolar tentam ficar em casa devido ao medo de bullying e cerca de 85% dos casos de bullying ocorrem na frente dos espectadores! E em apenas em 11% dos casos, algum dos espectadores parecem intervir em nome do “alvo”. Infelizmente, os cristãos não estão imunes a estes ataques e agressões. O fato é que os cristãos são, muitas vezes, mais propensos a ser vítimas, especialmente se eles estão tentando viver de acordo com os ensinamentos de Jesus. Cabe-nos a responsabilidade diante de Deus para proteger nossos filhos e removê-los de situações onde eles podem estar em perigo. Na parábola do Bom Samaritano (Lucas 10:25), Jesus revela que o coração de um verdadeiro vizinho é aquele que mostra misericórdia, até mesmo para os inimigos. Irmãos, pais, amigos e leitores, provavelmente não vamos encontrar a palavra assédio moral ou bulliying na Bíblia, mas encontraremos a palavra “brutal”, que em hebraico e grego “bruta” significa “gado estúpido, tolo e irracional”. Eis o praticante de bullying, biblicamente definido.
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JOVEM & TECNOLOGIA
PASSOS PARA A
UNIVERSIDADE GUILHERME PEREIRA, Formado em Administração pela Faculdade Sinergia
Na juventude vivenciamos mudanças
à todo instante. É neste período de um interior turbulento com novas sensações, ideais, sentimentos, medos e paixões que necessitamos de certa maturidade para com nossas novas responsabilidades e deveres.
Chega a ser irônico solicitar ao jovem, de forma geral, uma coerência nas suas tomadas de decisões, logo quando a realidade acaba de se apresentar da forma que realmente é, desmentindo o então mundo fantasioso o qual viverá até então. Dentre diversos aspectos decisivos que nortearão o seu futuro, impactando consideravelmente na sua vida adulta, destacamos aqui o ingresso em universidades. Com toda esta transição acontecendo ao mesmo tempo, e devido à trágica realidade do ensino superior no Brasil, os jovens nem sempre estão preparados para assumir tal tarefa. Além de toda dedicação necessária que um curso de graduação requer, seja com o ritmo de estudo, com as alterações em sua lista de prioridades, ou com a administração do tempo, o aluno deve possuir uma
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reserva financeira que custeará todo o gasto fixo e variável deste projeto. Em geral, o Brasil não nos permite esta façanha. O custo de toda esta operação vai muito além do que o jovem e seus familiares estão dispostos a pagar, mesmo sendo o sonho dos pais oportunizar o filho com um diploma, o qual eles próprios não obtiveram, na esperança de um futuro melhor para seu descendente. Digo isto pois, de acordo com o Governo Federal, de cada dez universitários, sete estão matriculados em instituições particulares. Pagar para estudar é a realidade da maioria dos acadêmicos. Isto é atestado pelo fato de possuirmos cerca de 300 universidades públicas contra 2000 particulares, de acordo com a mesma fonte. A concorrência para as universidades públicas chega a ser frustrante, e para milhões de estudantes brasileiros essa seria a única forma de estar inserido no cenário estudantil superior. Grande parte, proveniente de escolas públicas no ensino médio, não tiveram um ensino de qualidade, assim estão despreparados ou no mínimo em desvantagem para cursar o ENEM em relação aos que
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tiveram a oportunidade de ter uma base educacional mais sólida. Poucos até conseguem recorrer a incentivos e convênios tais como o FIES, onde, pós-formado e com um tempo de carência afim de entrar no mercado de trabalho, o aluno começa a pagar as devidas prestações. Temos também o PROUNI, que oferece bolsas integrais ou parciais à alunos de baixa renda que estudaram em escolas públicas. Outra opção é Crédito Universitário, em que os bancos e as instituições firmam parceria oferecendo um empréstimo com juros menores ao aluno. E, por fim, há a tentativa de bolsas e convênios direto com a própria instituição ou programas dos governos estaduais onde o aluno trabalha e desenvolve tarefas como forma de pagamento do seu curso. É necessário, pois, que a educação brasileira receba o valor merecido. Já passamos da hora de disponibilizarmos um ensino de qualidade, formando profissionais em excelência, norteando o indivíduo desde a infância, através de um plano de carreira. Deve-se também oferecer possibilidades para aqueles que buscam o conhecimento, assim como é feito em grandes países da Europa, como por exemplo, a Inglaterra.
Apesar de os ingleses investirem um alto valor na Academia, visto que as faculdades são particulares, o planejamento para esta inserção é o grande diferencial para garantir o ingresso no mundo acadêmico. Durante a fase de 11 a 17 anos, a criança já recebe orientação para a sua carreira acadêmica, fazendo testes que garantirão a sua aprovação pelas notas obtidas. Ou seja, o histórico do aluno e as notas alcançadas nos exames será a pontuação para a escolha da carreira. Esta pontuação indicará o leque de cursos nos quais poderá ser ingressado o estudante. Caso não consiga, por exemplo, a pontuação necessária para o curso de engenharia, terá que optar por um curso “inferior” que esteja dentro do grupo de pontos adquiridos. O mais interessante é que muito poucos deixam de estudar por falta de recurso financeiro. O governo empresta o recurso ao aluno, pagando diretamente o valor estabelecido à universidade. Após formado, inserido no mercado de trabalho e com uma renda estabelecida, é que se dá início ao pagamento das suaves prestações ao governo. Um pouco como o convênio FIES mencionado acima, mas em muito maior escala. Como diríamos aqui no Brasil, “negócio de pai para filho”. Fica a dica aos nossos governantes brasileiros!
Desde 1998 a serviço da comunidade angolana, PALOP e outros falantes da Língua Portuguesa no Reino Unido • Cidadania Britânica • Cartão de Residência para Cidadão Europeu • Visto Permanente
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Escritório Central: Imperial House, 64 Willoughby Lane London N17 0SP Tel/Fax: 020 8808 1255 07904 400 109 E-Mail: Info@wwcuk.org Web: www.wwcuk.org Charity No: 1131751 Company No: 6528173 Instruções: Seven Sisters Station Bus 476 até ao término Northumberland Park
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TERCEIRA IDADE
RELACIONAMENTO NA TERCEIRA IDADE SEMEANDO E COLHENDO FRUTOS LIANIR RIBEIRO – Formada em Saúde Pública: Administração Hospitalar, Gerenciamento em Recursos Humanos (USP) e Auditoria em Saúde Pública.
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NA VELHICE AINDA DARÃO FRUTOS, SERÃO VIÇOSOS E FLORESCENTES” SALMOS 92:14
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SERIA MUITO BOM SE as pessoas entendessem e compreendessem as mudanças naturais das fases da vida. Conforme a permissão e vontade de Deus, chegaremos à velhice, e é melhor que cheguemos bem, sem lamentar ou detestar a situação inevitável. No século XXI, as estatísticas apontam um aumento de longevidade, por isso a sociedade atual necessita se preparar para ser idoso, para dar apoio e cuidar de idosos. Hoje já não existe a idéia de que a velhice é um período de doenças, de perdas e de solidão. Muitos idosos já conseguem conviver bem com a idade e com os benefícios que podem desfrutar.
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Os autores do livro “Como envelhecer sem ficar velho” apresentam uma proposta de vida para que as pessoas idosas vivam melhor e mais felizes. Para que cheguemos bem é preciso que, em nossa plenitude, desenvolvamos em nós mesmos uma abertura de relacionamento com os outros, e assim possamos cooperar na construção de uma sociedade humana na qual é bom viver. Até podemos pensar como T.S. Elliot :”O tempo presente e o tempo passado talvez estejam ambos presentes no tempo futuro. E o tempo futuro, contido no passado”. Quando pensamos em relacionamentos, nos vem à mente os casais idosos de nosso convívio com suas histórias nos casamentos. Muitos entram pelas portas do casamento, mas poucos são os que permanecem casados – é desafios dos heróis. São heróis do amor aqueles que levam a sério os votos feitos no altar: “na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na escassez e na fartura, até que a morte nos separe.” Podemos observar que o casamento é uma construção. Construção esta que exige manutenção diária e é uma obra inacabada. A cada dia algo novo se manifesta e cada dia é um desafio. Há um ditado popular que diz: Quem ama, cuida. Cuidar um do outro faz parte da manutenção conjugal, para que a ferrugem (adversidades da vida) não venha corroer a construção amorosa.
“Apesar de todos os fatores desfavoráveis, nós não somos árvores secas. Ainda temos folhas que o vento balança, frutos que amadurecem e flores que criam beleza na paisagem.” Jesus disse: “Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância.” (João 10: 10) A vida abundante é mais que simplesmente estar vivo. É se regozijar em tudo que Deus nos dá e compartilhar nossa alegria com os outros. Prossigamos sonhando, aprendendo, exercitando, se modernizando, respeitando e amando, vivendo ativamente e podendo dizer a todos: Valeu a pena! É possível amar a vida inteira. Sejamos agradecidos a Deus por nossa longevidade e aproveitemos cada momento para viver a alegria que Cristo nos proporciona. . Aconselhamento cristão em tempos de crise – Pr. João Falcão Sobrinho . Visão Missionária – UFMBB . Ao encontro dos amanhãs – Samuel Rodrigues de Souza
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O casal de idosos passa por mudanças no ciclo vital. E infelizmente, alguns não conseguem aceitar as mudanças e reclamam, murmuram e são queixosos. O casal não deve viver a velhice como se fosse a época do ninho vazio, depois que os filhos se foram, mas sim, o companheirismo deve estar sempre presente, tendo papel importante em suas vidas. Muitos vêem a terceira idade como um farol de automóvel voltado para trás. Vivem a amargura de ressentimentos. Mas podemos lembrar o conselho de Vera Rôças, no seu livro: A mais de sessenta Vida nova na terceira idade.
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EQUALITY
DEFICIÊNCIA AUDITIVA NA ESCOLA KARLA CHRISTINA, Fonoaudióloga - Especialista em Audiologia
Pós Graduada em Fonoaudiologia Hospitalar
MUITOS DIZEM QUE A ESCOLA é nossa segunda casa e um dos fatores que baseiam esta afirmação, é a quantidade de tempo que nossas crianças permanecem neste ambiente. No caso das crianças com deficiência auditiva este ambiente deverá ser preparado para proporcionar o máximo de condições para um bom aprendizado, considerando desde as questões de adaptações curriculares como também as relacionadas as características acústicas importantes, para os usuários de aparelhos auditivos(AASI) e Implantes Cocleares(IC). Uma dificuldade comum que acaba interferindo na comunicação e audição dos deficientes auditivos na sala de aula é a redução da inteligibilidade dos sons, que se define como a porcentagem de palavras corretamente interpretadas pelo ouvinte.
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Existem três principais fatores que interferem esta inteligibilidade: • O ruído; • A reverberação; • A distância entre o professor e a criança. O ruído é definido como sendo um som indesejável e está presente em uma variedade de ambientes, inclusive o escolar. Os ruídos podem mascarar o som da voz, dificultando a percepção auditiva dos sons da fala pela criança. As fontes de ruído de uma sala de aula incluem o ruído interno gerado dentro da própria sala, como o ar condicionado, conversas de outras crianças, ruídos de equipamentos; e o ruído externo, como o ruído do tráfego, de parques e corredores. Uma sala de aula ruidosa, com reverberação ou onde a distância entre o professor e o aluno ultrapasse 1 mt, pode interferir na aprendizagem da criança como um todo, influenciando no desenvolvimento da língua escrita, percepção da fala do professor e afetando sua atenção e concentração.
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O benefício do uso de um sistema FM, é a melhora na compreensão da fala do professor, eliminando as interferências causadas pelo ruído, eco e distância. Ele proporcionará que a fala sempre alcance a orelha da criança com uma intensidade e qualidade sonora melhor. Esse benefício pode ser fundamental para que uma criança com deficiência auditiva participe ativamente das atividades na sala de aula da escola regular. O sistema de FM funciona como um microfone sem fio e é composto por duas partes: um microfone transmissor que capta o som próximo a boca do interlocutor e o envia, sem fio, para um receptor acoplado ao AASI ou IC da criança.
Diante dos fatores expostos, concluímos que a criança com deficiência auditiva deve sentar-se o mais próximo possível do professor, para que ouça com clareza o que ele diz. Além disso, esta criança deve estar afastada de fontes geradoras de ruído, como ventiladores, janelas, aparelhos de ar condicionado, etc.
A indicação e adaptação deste tipo de tecnologia assistiva é realizadas pelo fonoaudiólogo, que levará em consideração algumas características individuais de cada usuário e está disponível através do Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil e através de programas governamentais em diversos países, como: Áustria, Alemanha, Estados Unidos, França entre outros.
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O benefício do uso de um sistema FM, é a melhora na compreensão da fala do professor, eliminando as interferências causadas pelo ruído, eco e distância”.
Medidas simples durante as atividades auxiliam a tornar os sons da voz mais audíveis no ambiente escolar, tais como: colocar protetores de feltro ou de borracha nos pés de mesas e de cadeiras, instalar cortinas com tecidos mais espessos em janelas com acesso a ambientes externos muito ruidosos, mobiliar a sala com maior quantidade de plantas e móveis, utilizar na parede painéis para afixar desenhos, recados e outros confeccionados com feltro, cortiça ou similar, garantir uma luminosidade adequada e reduzir a distância entre o professor e o aluno o mantendo sempre o mais próximo possível. Recursos adicionais podem ser utilizados para ajudar o aluno com deficiência auditiva a melhorar sua compreensão em sala de aula, como um intérprete de LIBRAS ou o uso do Sistema FM. O Sistema de FM é um dispositivo eletrônico que complementa a adaptação do Aparelho auditivo (AASI) ou Implante Coclear (IC). www.thefamilymagazine.uk
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SAÚDE
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Segundo pesquisas, o TDAH ocorre em 3 % a 5% das crianças em diferentes regiões do mundo”.
HIPERATIVIDADE
TDAH ou FALTA DE LIMITES? DR WELLINGTON GONDIM DE OLIVEIRA
Neurologista - Membro da Academia Brasileira de Neurologia
Atualmente a desatenção e a
hiperatividade nas crianças têm sido apontadas como fatores comuns nas dificuldades de aprendizagem, problemas comportamentais e transtornos do desenvolvimento infantil. Conhecido também como TDAH, esse diagnóstico tem sido difundido entre as crianças em idade escolar de forma generalizada e às vezes até irresponsável, em alguns casos sem um estudo aprofundado e critérios bem definidos. Muitos pais e professores sentem dificuldades para identificar se a criança é portador de TDAH, ou se o que lhe FALTA É LIMITES, dado que as crianças nesses estados podem apresentar sintomas parecidos.
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O TDAH é o transtorno mais comum em crianças e adolescentes encaminhados para serviços especializados. Ele ocorre em 3 a 5% das crianças, em várias regiões diferentes do mundo em que já foi pesquisado. Em mais da metade dos casos o transtorno acompanha o indivíduo na vida adulta, embora os sintomas de inquietude sejam mais brandos. Estudos mostram que nas crianças com diagnósticos de hiperatividade, o funcionamento de um sistema de substâncias químicas chamadas neurotransmissoras, que passam informação entre as células nervosas (neurônios) localizado na região frontal está alterado. Essa região do cérebro é uma das mais desenvolvidas no ser humano em comparação com outras espécies
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animais, sendo responsável pela inibição do comportamento (isto é, controlar ou inibir comportamentos inadequados), além da capacidade de prestar atenção, memorização, autocontrole, organização e planejamento. A hiperatividade é um estado de atividade motora excessiva que pode se manifestar por sintomas de inquietação, nervosismo e movimentos excessivos. Todo esse comportamento excessivo com frequência se acompanha de uma dificuldade de concentração e manutenção do foco para prestar atenção nas aulas, realizar as tarefas propostas tanto em sala de aula quanto em casa, e até para brincar de forma calma e segura com os colegas. A fala é excessiva, podendo ser desorganizada pela “pressa para falar”, e por vezes é muito acelerada parecendo que vão gaguejar. Eles têm muita dificuldade em permanecerem quietos em casa, na escola, no parque ou em qualquer lugar. Em geral o hiperativo é desatento, não possui um bom desempenho na escola e tende a ter problemas com a leitura e outras tarefas acadêmicas. As crianças são tidas como “avoadas”, “vivendo no mundo da lua” e geralmente “estabanadas” e com “bicho carpinteiro” ou “ligados por um motor” (isto é, não param quietas por muito tempo). Frequentemente, esse transtorno pode ser acompanhado de outros atrasos no desenvolvimento como dificuldade na fala e falta de habilidade. A hiperatividade pode se manifestar em qualquer idade e sexo embora a sua prevalência seja maior nos meninos. O diagnóstico que é fundamentalmente clínico, antes dos quatro ou cinco anos de idade raramente é feito, pois o comportamento das crianças nessa fase é muito variável e a atenção não é tão exigida quanto à atenção de crianças maiores. O mesmo deve ser realizado por profissional que conheça profundamente o assunto e que necessariamente descarte outras doenças e transtornos, para então assim indicar o melhor tratamento.
Embora frequentemente estudado, suas causas ainda não foram claramente estabelecidas. Sugerese uma integração de aspectos, que resulta numa origem multifatorial, inclusive herança genética e ambiente propício como, por exemplo, uso de álcool, tabaco, substâncias psicoativas pela mãe durante a gestação; complicações na gestação, como injúria fetal, lesão cerebral, parto prematuro e baixo peso do bebê; complicações no parto, como hipóxia, partos prolongados e traumáticos ao bebê; mãe sob estresse contínuo, mãe mal nutrida ou desnutrida; ambiente familiar desorganizado, caótico, desestruturado, maus tratos e abuso; problemas situacionais como crises familiares (luto, separação e outras) levando a quadros de hiperatividade reativa. O tratamento da hiperatividade consiste de vários mecanismos, sendo o principal, o esclarecimento e aprendizagem comportamental. Hoje temos várias terapias especializadas, que auxiliam a criança a desenvolver sua consciência comportamental, ampliando seu repertório e controlando sua impulsividade. Um bom jeito de aumentar o foco e a disciplina da criança é, por exemplo, as aulas de música onde eles têm o contato com os instrumentos musicais ou práticas de determinados esportes. Sintetizando, a “hiperatividade” por si só, pouco diz, uma vez que sendo um sintoma inespecífico, pode ocorrer em múltiplas situações do dia a dia de crianças e adultos normais, sem causar qualquer espécie de problema. Entretanto, não raro, a hiperatividade pode ser de difícil avaliação quanto ao grau de comprometimento, especialmente em crianças menores. Podemos ter certeza de uma coisa: Diagnosticar, educar e viver com alguém com hiperatividade é um grande desafio!”
No entanto, algumas características já podem ser perceptíveis desde a primeira infância. Tomando alguns cuidados em relação à faixa etária, é possível desde cedo, identificar e estimular algumas habilidades que podem auxiliar no repertório comportamental dessas crianças, como: memória, atenção, concentração, autoconfiança, tolerância à frustração, percepção viso-motora, entre outras. www.thefamilymagazine.uk
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FASHION
a evolução DOS UNIFORMES ESCOLARES NA INGLATERRA Os uniformes escolares foram introduzidos pela
primeira vez na Inglaterra por volta do século XIII, porém, foi a partir do século XVI que os uniformes escolares modernos fizeram uma aparição na história.
Estes surgiram pela primeira vez em grande escala durante o reinado do Rei Henrique VIII. Na época, foram chamdos de “bluecoats”, uma vez que consistia em casacos longos tingidos de azul. O azul era a cor mais barata disponível no mercado e símbolo de humildade na sociedade vigente. A primeira escola a introduzir o uniforme foi a Christ’s Hospital School em Sussex, esta se vangloria dos seus uniformes únicos e distintos desde a sua fundação, há mais de 460 anos atrás, por Edward VI. Os seus estudantes continuam, nos dias de hoje, a usarem o mesmo uniforme distintivo que tem sido mantido praticamente inalterado desde a época Tudor. A instituição acredita que este seja possivelmente o mais antigo uniforme existente. Em 1870, a Lei de Educação Básica fez o ensino fundamental disponível para todas as crianças na Inglaterra e País de Gales. A popularidade dos uniformes aumentou e, eventualmente, a maioria das escolas tinha um uniforme.
Uma estudante de 1910 vestindo um gymslip.
Durante este período, a maioria dos uniformes refletiu as tendências da época, com os rapazes vestindo calças curtas e blazers, até a idade da puberdade, e calças compridas a partir da idade dos 14 anos em diante. As meninas usavam principalmente blusa, vestido de túnica e avental, mas foi no início do século 20 que houve uma completa revolução passando essas a usarem um estilo gymslips, uma espécie de vestido ou túnica sem mangas que se coloca por cima de uma camisa. Estes uniformes continuaram até 1950, quando, após as reformas Butler no ensino secundário, surgiu a liberdade para as escolas criarem os seus próprios uniformes e a implementarem códigos ao uso dos mesmos. Foram introduzidos, assim, os uniformes modelo “Verão” e “Inverno”, em particular para as meninas, que passaram então a usar vestidos no verão e gymslips com camisa no inverno. Historicamente, algumas escolas adotavam os uniformes por razões religiosas, ou para manter a sua tradição. Outras, porém, o faziam por uma questão ideológica, acreditando que o seu uso inspirasse uma noção de que o controle do corpo e da aparência regulamentada gerassem ordem social, na escola e na sociedade em geral. Estudante da Christ’s Hospital School, ano de 1556, vestindo um bluecoat com cinto, meias amarelas e faixa branca no pescoço.
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Hoje, o Governo acredita que os uniformes escolares desempenham um papel importante em contribuir para o ethos* das escola. O Departamento para Crianças, Escolas e Famílias encoraja fortemente as escolas a terem seu www.thefamilymagazine.uk
uniforme; pois ele pode incutir orgulho, apoiar o comportamento positivo e a disciplina, incentivar a identidade do aluno com a escola e dar apoio ao ethos escolar. Também, o uso do uniforme assegura igualdade aos alunos de todas as raças e origens, protege as crianças contra as pressões sociais quanto ao que vestir, fomenta a coesão e promove boas relações entre os diferentes grupos de alunos . As opiniões do público são divididas na Inglaterra. Enquanto um grupo acredita que o uso de uniformes escolares oferece inúmeros benefícios, outros não concordam, e acham que exigir o uso do mesmo seja uma má ideia. Os alunos por sua vez admitem, ainda que não abertamente, que é um alívio não terem de se preocupar com roupas da moda a estabelecerem seu lugar na ordem adolescente todos os dias. Ainda assim, sabemos que a hierarquia será estabelecida de uma forma ou de outra. Por exemplo, estará em voga a bolsa que tem, os sapatos que usam, ou ainda o telefone celular que possuem e que precisam exibir aos colegas. Recentemente, foram introduzidas nas escolas estaduais, incluindo escolas primárias, uma nova política quanto ao uso dos uniformes, conhecida como “gender neutral” ou “gênero neutro”, que afirma que os meninos podem usar uma saia ou avental, e as meninas calças, assegurando a criança o direito de usarem o uniforme que lhe for mais confortável de acordo com o sexo o qual se identificam. Segundo o Departamento de Educação, estas mudanças políticas não são impostas pelo governo, mas surgiram na sequência de um subsídio do governo para tornar as escolas mais inclusivas.
Uniformes escolares femininos nos dias de hoje
E você, o que acha dos uniformes escolares? Seu filho gosta de usar uniforme? Mande seu comentário para: discuss@thefamilymagazine.uk As melhores respostas serão publicadas na próxima edição da The Family Magazine! *Ethos é um termo de origem grega, e refere-se à moral, valores e crenças de uma pessoa, instituição ou mesmo de toda uma cultura.
Uniformes escolares em escola primária www.thefamilymagazine.uk
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TURISMO
OXFORD & CAMBRIDGE excelência em educação
TICIELE DE CAMARGO, Escritora
Cursando Inglês e Literatura na Goldsmith University London
A UNIVERSIDADE de Cambridge é uma
tradicional instituição de ensino superior do Reino Unido considerada uma das mais prestigiadas e importantes do mundo. É também a segunda universidade mais antiga ainda em funcionamento da Inglaterra. A Universidade de Cambridge localiza-se na cidade de Cambridge, e foi fundada em 1209.
Atrações em Cambridge? Caminhando pela lindíssima cidade britânica de Cambridge nos é também recomendável dar início a essa jornada pelo delicioso passeio de punting, as gôndolas de Cambrigde. Há opções do passeio com um chauffeur, que também é um guia. Pra quem vem à cidade pela primeira vez, isso é mais que um dever! Há também a possibilidade de alugar uma gondola e você mesmo se aventurar nas águas geladas de Cambridge, que tal exibir os talentos de um marujo? Além dos puntings, das bicicletas e da fantástica arquitetura e história, as faculdades ajudaram essa cidade a se tornar mais famosa. A Universidade de Cambridge é composta por 31 faculdades, e é possível visitar muitas delas gratuitamente, como a Peterhouse que é a mais antiga, fundada nos meados de 1200. Como também a Magdalene College e sua biblioteca, que contém livros raríssimos! E por quê não visitar a casa onde Charles Darwin viveu, no 22 da Fitzwillian Street?
O Mercado da cidade também é muito interessante, fica localizado no centro e é de fácil acesso. Repleto de barracas com todos os tipo de produtos, pode--se encontrar frutas exóticas, doces e gostosuras artesanais, roupas vintage, discos e CDs, objetos decorativos feito de pura prata, bijuterias etc.
E quanto à Oxford? A 50 minutos de Londres de trem, Oxford é uma cidade pequena e charmosa no Condado de Oxfordshire, situada às margens do Rio Tâmisa. O primeiro registro escrito de Oxford data de 912 e, por 800 anos, a cidade foi lar da realeza e dos estudiosos. Na arquitetura dessa cidade cosmopolita, é possível perceber vários prédios históricos e deslumbrantes. Berço de escritores famosos como C. S. Lewis, J. R. R. Tolkien e Lewis Carroll, a cidade é conhecida pela sua universidade, a Universidade de Oxford, a mais antiga de língua inglesa e uma das melhores do mundo. Uma das escolas de Oxford, a Christ Church College, até serviu de cenário para o filme Harry Potter.
Subir os 123 degraus da torre da igreja Great St Mary, que fica localizada na Senate House Hill também vale a pena já que a vista lá de cima é de tirar o fôlego! Cambridge é uma cidade plana e estando no topo da Great St Mary nos permite observar uma boa parte do centro histórico e alguns partes da cidade vizinha, chamada Ely. Passeio de punting, Cambridge
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Um dos primeiros desafios que encontrei foi na escrita, mesmo após ter provado através do IELTS o meu nível de fluência no Inglês. A Língua Inglesa é composta por 30% de Latim, o que facilitou muito para mim quando comecei a escrever em nível academico. Comecei a estudar o Latim com 11 anos de idade e mesmo sabendo que era uma língua morta, sabia dentro de mim que serviria para algo. Aconselho quem puder e se interessar por línguas a investir nisso! Tenho certeza que até para outras línguas estrangeiras, o Latim irá te ajudar.
Oxford, Torre Carfax
Uma das maiores faculdades da Universidade de Oxford, a Christ Church College, foi fundada em 1526. Para os fãs de Harry Potter, o local é atração obrigatória, pois a sala de refeição serviu como cenário do filme. No local também se encontra a catedral mais famosa da cidade, uma arquitetura fantástica. Localizada bem no centro de Oxford, a torre é o que restou de uma igreja do século 13. Com 23 metros de altura, você vai enfrentar 99 degraus em uma escada íngreme, em espiral, para chegar até o topo. Mas o esforço vale a pena. A vista de cima da Torre Carfax é belíssima. Inaugurada em 1602, a Bodleian Library é uma das mais antigas bibliotecas do mundo e faz parte da Universidade de Oxford. Possui nove milhões de itens e 176 quilômetros de estantes.
Como estudo BA Comparative Literature, tenho que ter acesso a diversos tipos de literatura começando pelos mais clássicos europeus, como Beowulf, Dante, Petrarca, Cervantes e enfim, a lista vai longe. Por ter contato com a literatura clássica, os livros são traduzidos para o Inglês. E novamente vos incentivo a ter conhecimento no Latim, pois textos no original Italiano, Espanhol e até mesmo Francês farão mais sentido e você poderá extrair significados que as vezes passam desapercebidos no processo de tradução e até mesmo interpretação em sala de aula. Também não vejo forma melhor de terminar essa materia senão a encorajar você leitor a visitar as cidades de Cambridge e Oxford, e se você sonha em estudar em uma dessas Universidades acima, te afirmo que tudo é possível. Dê o seu melhor nos estudos e nunca pare de acreditar em si e no valor da Educação. Os estudos abrem portas e tenho certeza que por mais desafiante que essa jornada seja, ela também valerá muito a pena!
Uma universitária brasileira na Inglaterra A vida como universitária em Londres é muito desafiante para os brasileiros. Sou estudante universitária da Universidade de Goldsmiths, no Leste de Londres fundada em 1891. A Universidade de Goldsmiths se destaca entre uma das melhores do mundo nos cursos de Artes, Literatura, Sociologia e Comunicação. Vários dos seus alunos se tornaram pessoas influentes no mundo das Artes, Música, Tecnologia, Design, Televisão e Jornalismo, como Mark Wallinger, Damien Hirst, Antony Gormley, Sam Taylor-Wood, Lucian Freud, Mary Quant,Bridget Riley, Sarah Lucas, Gary Hume, Steve McQueen, Gillian Wearing, Malcolm McLaren, Katy B, James Blake, Tunday Akintan, Rosie Lowe e John Cale.
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Dê o seu melhor nos estudos e nunca pare de acreditar em si e no valor da educação”.
Universidade de Oxford
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MULHER
DIGA NÃO
À VIOLÊNCIA DOM ÉSTICA A violência é uma agressividade inata ou um impulso? MARTA AYRES, Palestrante,
Especialista em Psicologia Social / Marketing e Analista em Assessment.
TEMOS AQUI A INTENÇÃO de discorrer sobre esse tema incômodo, abjeto, de difícil convivência. E tão real quanto o ato de respirar. Longe do rigor científico, colocamos alguns aspectos a serem considerados. Aspectos e facetas desta cruel realidade humana que muitos praticam, enquanto outros rejeitam. O fato de rejeitá-la não nos impede de saber que ela existe. Como disse Edmund Burke, filósofo AngloIrlandês: ‘Para o triunfo do mal só é preciso que os bons homens não façam nada”. “Existe um meio de libertar os homens da maldição da guerra?”, Einstein surpreende Freud na famosa troca de correspondência entre os dois gênios. A resposta é rápida: “em princípio, os conflitos de interesse entre os homens são solucionados mediante o uso da força”. Explica Freud que a evolução tecnológica e intelectual pode e, muitas vezes, está a serviço de estimular o poder pelas armas ou pelo conhecimento. O objetivo seguiria sendo o mesmo, aniquilar o outro. O respeito ao inimigo vem da necessidade de utilizar a vítima para seus propósitos, bastando mantê-la subjugada e atemorizada. Essas são reflexões que seguem atuais, escritas sob a égide da Segunda Guerra Mundial. Partindo do “filicídio institucionalizado” representado pelos conflitos mundiais, conclui-se que as aflições dos grandes mestres sobre as tendências autodestrutivas da humanidade resistem, apesar dos reiterados esforços da sociedade em explicá-las e evitá-las. Violência: Agressividade inata ou impulso? A etimologia da violência vem do ato de violar, ultrapassar, submeter, subjugar alguém contra sua vontade, ainda que seja com bons modos, mas com intenção evidente de benefício próprio e escuso. É ir além do permitido. Nesse caso, as vítimas são em primeiro lugar vítimas de si próprias, pela incapacidade de se protegerem. Enquadram-se aqui as crianças, jovens, mulheres, idosos, os quais defender-se seria reagir contra alguém que age com força física e força mental doentia sobre estas vítimas.
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Violência doméstica é a violência, explícita ou velada, praticada dentro de casa ou no ambiente familiar, entre indivíduos unidos por parentesco civil (marido, esposa, sogra, padrasto, filhos) ou parentesco natural (pai, mãe, filhos, irmãos, etc). Inclui diversas práticas, como a violência e o abuso sexual contra as crianças, maustratos contra idosos e violência contra a mulher e contra o homem, além da violência sexual contra o parceiro. Acontece normalmente de forma silenciosa, não declarada e na maioria continua velada pelas vítimas e algozes, que são mantidos reféns uns dos outros, num ciclo vicioso e desqualificado. O ser violento não surge da noite para o dia. Ninguém torna-se violento repentinamente. As circunstâncias favorecem o agressor a tornar-se violento. As pulsões somadas à latências e carências, num dado momento, irão se manifestar. Tudo começa na infância, na interação da criança com o ambiente e com seus formadores pais, tutores, professores e responsáveis - que desde cedo contribuem, juntamente com as características
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hereditárias de cada um, a que o ser agressivo se torne violento e se manifeste em um momento oportuno. A agressão é um atributo psicológico e antropológico do ser humano, que, desde o começo de sua história, traz a necessidade de avançar em busca de sua sobrevivência, através da agressão. Temos todos nós um nível de agressão. O que poderá transformar-se em violência é o uso dessa energia em benefício próprio, ferindo os costumes e invadindo o espaço físico e mental do outro, tornado-o uma vítima.
A precaução, a vigilância e a comunicação ajudam a minimizar as perspectivas da violência doméstica. Sempre foi um tabu trazer esse assunto à tona pelos envolvidos no processo. Havendo denúncia, a vítima torna-se denunciada também pela exposição ao preconceito de uma sociedade que, por não conseguir encarar suas deficiências de frente, prefere num dito popular “tapar o sol com uma peneira”, convivendo e perpetrando este mal insidioso.
”Para o triunfo do mal só é preciso que os bons homens não façam nada”.
1 para 5 meninas e 1 para cada 10 meninos são vítimas de abuso sexual no mundo inteiro. Apesar de ser um crime e grave violação de direitos humanos, a violência contra as mulheres segue vitimando milhares de brasileiras. Em 74% dos relatos de violência registrados pelo serviço Ligue 180, a violência é diária ou semanal. Em 72% dos casos, as agressões foram cometidas por homens com quem as vítimas mantêm ou mantiveram uma relação afetiva. 13 mulheres são assassinadas por dia no Brasil. Em todo o ano de 2013 foram mais de 4,7 mil mortes, a maioria das vítimas tinha entre 18 e 30 anos. A ausência de políticas públicas, a cultura machista patriarcal e a falta de educação, baixo desenvolvimento, são alguns dos provedores da violência doméstica. Lei Maria da Penha Aprovada por unanimidade pelo Congresso Nacional e assinada em 7 de agosto de 2006 pelo presidente Lula, a Lei nº 11.340/2006 – conhecida como Lei Maria da Penha – tornou-se o principal instrumento legal para coibir e punir a violência doméstica praticada contra mulheres no Brasil. Em 2012, a Lei Maria da penha foi considerada pela ONU a terceira melhor lei do mundo no combate à violência doméstica. É conhecida por mais de 94% da população brasileira, de acordo com a Pesquisa Avon/ Ipsos (2011). Homenagem à biofarmacêutica Maria da Penha Maia Fernandes, duas vezes vítima de tentativa de assassinato pelo marido, a Lei Maria da Penha é considerada um avanço, pois reconhece como crime a violência intrafamiliar e doméstica, tipifica as situações de violência determinando a aplicação de pena de prisão ao agressor e garante o encaminhamento da vítima e seus dependentes a serviços de proteção e assistência social.
Estatísticas da violência doméstica no Brasil As estatísticas mostram a magnitude do problema. Em pesquisa do governo gaúcho, em uma amostra de 1579 crianças em “situação de rua”, 23,4% não retornavam para casa em função de maus-tratos. Flores e cols. estimaram que 18% das jovens porto-alegrenses, abaixo dos 18 anos, haviam sido vítimas de abuso sexual por familiares. John Sargent, visitante da última jornada de psiquiatria dinâmica, afirmou em conferência no evento que www.thefamilymagazine.uk
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IMIGRAÇÃO & ESCOLA
Direitos das crianças
NA ESCOLA
FRANCINE MENDONÇA, Diretora da London Help4U esclarece quem pode frequentar as escolas públicas no Reino unido.
MUITOS IMIGRANTES que moram no Reino Unido e
tem filhos em idade escolar, tem dúvidas quanto aos direitos das crianças frequentarem as escolas dos países que compõe o grupo. “O Reino Unido faz parte da Convenção das Nações Unidas pelos Direitos das Crianças , da UNICEF, o que garante que os direitos das crianças de frequentarem a escola sejam respeitados, independente da sua condição imigratória”, explica Francine Mendonça. São duas as opções de escolas no Reino Unido: as State Schools, que são as escolas públicas nas quais não se paga para estudar e as Public Schools, que são o correspondente das escolas particulares brasileiras. Na maioria dos casos, crianças imigrantes que moram no Reino Unido , entre 5 e 16 anos de idade, podem frequentar as escolas primária e secundária do governo, sem ter que pagar nenhuma mensalidade. Os pais ou responsáveis por elas devem aplicar para as admissões através do Schools Admissions Code e assegurar-lhes que elas tenham educação em tempo integral.
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No entanto, algumas crianças não tem direito a frequentar as escolas públicas: - crianças não pertencentes a União Européia que estão no país por um curto período: são aquelas que moram fora do Reino Unido e entraram no país com o visto de visitante, como turistas ou para visitar parentes. - crianças não pertencentes a União Européia que estão no Reino Unido com o visto de estudante: essas crianças têm direito de estudar na Inglaterra por conta própria, numa escola paga e não pública. Antes dos 4 ou 5 anos, a criança pode frequentar creches (nurseries ou childminders) mediante pagamento, pois nessa faixa de idade todas as opções são privadas. Se você tem dúvidas com relação aos direitos dos seus filhos, entre em contato conosco. Tire suas dúvidas e marque uma consulta. Helpline 24h +44 7585 668158 ou +44 0207 636 8500 ou através do email info@londonhelp4u.co.uk.
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O PENSADOR
De gota em gota By Ticiele de Camargo - Escritora Infantojuvenil – Autora do ´Vontade
de Escrever I´ lançado na Bienal do Livro no Rio de Janeiro, 2015.
De gota em gota Enche-se um tanque Um rio, um lago E transborda. Agradecer por coisas mínimas Altera qualquer previsão do tempo O inverno fica quente, O verão fica agradável, A primavera desmancha-se em alegria, O Outono se renova dia após dia. E a cada gota de momento, O Eterno nos faz triunfar.
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CUISINE
RECEITA FÁCIL DE VOLTA ÀS AULAS BY TANIA SPERANDIO, proprietária do Esfihas Excellent Restaurante especializado em esfihas e pizzas em Londres.
PIZZA DE PÃO DE FÔRMA INGREDIENTES: • • • •
6 fatias de pão de fôrma 12 fatias de queijo mussarela Molho de tomate temperado Orégano à gosto
MODO DE PREPARO: Com um rolo de pizza, amasse bem a fatia de pão até ficar fininha. Deixe uma frigideira esquentar bem. Se quiser, pode untar com um pouco de manteiga. Assim que a frigideira estiver quente, coloque a fatia de pão, espalhe molho de tomate e adicione 2 fatias de queijo. Tampe a frigideira. Assim que derreter o queijo, abra a frigideira e polvilhe orégano à gosto. Já está pronto, é só servir! A criançada vai amar! Bom apetite!!!!
DicA ThE FAMily MAgAzinE: Se desejar, adicione, antes de esquentar: presunto picadinho em cima do molho de tomate, antes de acrescentar o queijo e rodelas de tomate em cima do queijo. 42
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NO DIVÂ
DEPENDÊNCIA QUÍMICA JEAN CARLA DUARTE, Psicóloga Gestora de Pessoas e Especialista em Psicopatologia Clínica
Addiction there is a way out A DEPENDÊNCIA QUÍMICA é um grave problema social e de saúde pública, atingindo a pessoa em todas as áreas da sua vida e de maneiras diferentes. O abuso de drogas perpassa o nível social, familiar, intelectual e cultural, tornando-se um problema internacional, jurídico, policial e de saúde pública por estar relacionado com doenças e delinquência entre outros problemas.
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O apoio familiar é muito importante em todas as fases do tratamento e do pós-tratamento. Tanto a família quanto a equipe responsável pelo paciente necessitam estar alinhadas para que se estabeleça uma relação de confiança e vínculo.
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Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde) a dependência química está classificada entre os transtornos psiquiátricos, sendo considerada uma doença crônica e multifatorial que pode ser tratada e controlada simultaneamente como doença e como um problema social. Nós vamos conversar sobre as drogas de abuso de maneira geral incluindo o álcool; nicotina; anfetamina/simpaticomiméticos de ação similar, cafeína; canabinóides; cocaína; alucinógenos; inalantes; opióides; fenciclidina; sedativos, hipnóticos, ansiolíticos; antidepressivos; anestésicos; analgésicos, entre outras. Ressalto que cada droga tem seu grau de dependência e particularidades no tratamento.
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A CARACTERÍSTICA A característica essencial da dependência de substância, é o conjunto de sintomas cognitivos, comportamentais e fisiológicos indicando que o paciente continua utilizando uma substância, apesar dos problemas gerados a ela. Existe um padrão de uso contínuo que geralmente resulta em tolerância, abstinência e comportamento compulsivo de consumo da droga. A pessoa que está em situação de drogadição precisa estar comprometida ou sofrer clinicamente com apenas três dos critérios a seguir: necessidade de quantidade progressivamente maiores da substância e por um período mais longo; redução do efeito da mesma quantidade da droga; síndrome da abstinência; a pessoa não consegue reduzir ou controlar o uso; muito tempo gasto em atividades para obtenção da droga, na utilização ou na recuperação dos efeitos e abandono das atividades sociais, recreativas ou ocupacionais. OS PREJUÍZOS Os prejuízos neurológicos, cognitivos e relacionais causados pelas substâncias são em sua maioria irreversíveis, progressivos e passam despercebidos pelo indivíduo. Os danos físicos e sociais quando percebidos impulsionam, ainda mais, o dependente químico a uma insaciável busca pelos efeitos da droga. E essa busca constante altera a vida do dependente, as relações familiares, social e profissional trazendo para o indivíduo um intenso sofrimento físico e emocional, infelizmente a pessoa tem toda a sua vida afetada. O TRATAMENTO O tratamento é lento e romper o ciclo da dependência é difícil e delicado, cuidar do paciente dependente é considerá-lo em sua totalidade dentro do modelo biopsicossocial de saúde. Aceitar a dependência química e o dependente dentro desses parâmetros mostra a necessidade de romper o conceito de dependência química apenas como uma doença psiquiátrica e acatar ações de promoção e prevenção ao uso de drogas com a finalidade de reduzir esse complexo fenômeno da atualidade.
OS SINTOMAS Os sintomas psicológicos da dependência química mais comuns são: - Onipotência, sendo que a pessoa acredita estar sempre no controle, - Megalomania: tendência exagerada à crer na possibilidade de realizar um intento visualizando sempre o resultado, - Manipulação: mentalidade de que tudo se faz pela realização de seus desejos, principalmente pela obtenção e uso de substancias psicoativas, - Obsessão: atitudes insanas pelo desejo de consumir drogas, - Compulsão: atitudes desconexas, incoerentes com a realidade provocada pelo desejo intenso e necessidade de continuar a consumir a substância, - Ansiedade: necessidade constante da realização dos desejos, - Apatia: Falta de empenho para a realização de objetivos e metas, - Auto-suficiência: mecanismo de defesa usado para afastar da consciência os sentimentos de inadequação social gerando uma falsa sensação de domínio, - Autopiedade: um tipo específico de manipulação que o dependente usa para conseguir realizar algum propósito, - Comportamentos anti-sociais: repertório comportamental gerado pela instabilidade emocional que o indivíduo desenvolve sem estabelecer vínculos tendo sua imagem marginalizada pelo meio social, - Paranóia: desconfiança e suspeita exagerada de pessoas ou objetos, de maneira que qualquer manifestação comportamental de outras pessoas é tida como intencional ou malévola.
Conhecer o perfil do dependente químico que busca auxílio em uma unidade de recuperação é importante para a elaboração de estratégias de tratamento buscando a integração desses indivíduos à família e a sociedade. O APOIO FAMILIAR Sem dúvidas o apoio familiar é muito importante em todas as fases do tratamento e do pós-tratamento. Tanto a família quanto a equipe responsável pelo paciente necessitam estar alinhadas objetivando adquirir confiança e vínculo, para que se estabeleça uma relação de confiança e de aceitação ao tratamento, o que irá garantir a efetivação do tratamento e conseqüente melhora. www.thefamilymagazine.uk
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AÇÃO SOCIAL
PROJETO SUNRISE ÍNDIA JUNTOS PODEMOS MUDAR A HISTÓRIA DE OUTRAS CRIANÇAS
POR MARILANDE MARQUES
PROJETO SUNRISE ÍNDIA No ano de 1986, entendendo como centro da vontade de Deus para minha vida o meu envolvimento com missões, senti-me compelida a criar um departamento de missões na minha comunidade local, 1ª Igreja Presbiteriana Renovada de Maringá. A partir dali o IDE DE JESUS a todas às nações se fortaleceu em meu coração e Deus abriu os meus olhos para as necessidades das nações e povos de ouvirem do evangelho.
NOSSO OBJETIVO Ao saber que na região conhecida como janela 10x40, muitos povos nunca haviam ouvido do evangelho, me dispus a ir às nações e fazer a minha parte, para que outros viessem a conhecer do grande amor do Senhor. Surgiu em mim o desejo de ir à Índia. E assim, com muitas lutas e desafios, em Abril do ano de 2002 cheguei à essa terra, onde logo depois de alguns anos nasceu o Projeto Alvorecer – SUNRISE PROJECT - com o objetivo de fazer Jesus conhecido entre os indianos. O trabalho era direcionado às crianças que viviam em uma das favelas de Panjim-Goa. Elas freqüentavam as reuniões onde compartilhávamos do amor de Deus para ganhar um chocolate no final, e assim, hoje muitas delas são servos de Deus e obreiros do Senhor! Aos vermos as condições de vida dessas crianças, a miséria e engano espiritual em que viviam, Deus colocou em nosso coração abrir o LAR NOVA VIDA (NEW LIFE CHILDREN´S HOME) em Outubro do ano de 2005.
Igreja Alfa e Ômega Nasceu do trabalho com crianças e juntamente o Lar Nova Vida, os jovens do grupo de louvor são frutos da Casa Lar! Jovens que sofreram e ainda sofrem perseguição e ameaças por decidirem seguir a Jesus! Igreja Great Light Church Trabalho com mulheres e jovens na cidade de PanjimGoa.
COMO AJUDAR O PROJETO SUNRISE? ORANDO Os tempos são difíceis e somente com os olhos da Fé podemos caminhar, crendo no chamado e no sustento do nosso Deus. Louvamos ao Senhor pelo crescimento do projeto– India e pedimos que orem por nos e pelo o povo indiano, para que muito mais vidas venham conhecer o Senhor que é Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz.
CONTRIBUINDO Que o Senhor levante novos mantenedores para o projeto, pois devido ao aumento do dólar os recursos não tem sido suficientes. E-mail para contato: maritmarques@hotmail.com
Muitas dessas crianças, que outrora não conheciam o Evangelho estavam na ignorância adorando muitos deuses, vieram a conhecer o Senhor Jesus, o amor de Deus Pai e o propósito da vida em Cristo. Através do trabalho com crianças, duas igrejas foram formadas e estabelecidas para glória do Senhor.
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