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Ano XXII — Nº 4.537 — Brasília, segunda-feira, 27 de junho de 2016

Supersimples pode ser votado mesmo com pauta trancada Objetivo do projeto é ampliar oportunidades de adesão ao sistema simplificado de tributação para gerar mais empregos e fortalecer a economia Jefferson Rudy/Agência Senado – 22/6/2016

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Plenário do Senado durante a sessão em que foi decidido o adiamento da votação final do Supersimples, prevista agora para ocorrer nesta semana

Decreto de crédito suplementar destinou para investimento no Ministério do Trabalho recursos previstos para custeio. Foi o que disse à Comissão Especial do Impeachment o ex-secretário da pasta Francisco Ibiapina. Já segundo o diretor da Secretaria de Orçamento Federal, Marcos Ferreira, esses decretos não feriram a meta fiscal. Ambos foram ouvidos como testemunha de defesa de Dilma. 3

Edilson Rodrigues/Agência Senado

Decreto só remanejou recursos, diz ex-secretário

Senadores vão avaliar sugestões para nova legislação aeronáutica A proposta de reformulação do Código Brasileiro de Aeronáutica está pronta para ser discutida no Senado. A minuta do projeto, elaborada por uma comissão de especialistas, foi entregue na terça-feira ao

presidente do Senado, Renan Calheiros, e agora será avaliada por um colegiado especial de senadores. Uma das sugestões amplia a abertura das companhias aéreas nacionais ao capital estrangeiro. 4 Ana Araújo/Infraero

revisto para ser votado na quarta-feira passada, projeto que eleva o limite de faturamento para que micros e pequenas empresas possam aderir ao sistema de tributação simplificada teve votação adiada para esta semana a fim de que senadores tivessem mais tempo para analisar as emendas apresentadas. Por ser um projeto complementar, o texto pode ser votado mesmo estando a pauta do Plenário trancada por duas medidas provisórias. Com validade até quarta, a MP 713/2016 reduz de 25% para 6% o Imposto de Renda Retido na Fonte sobre remessas ao exterior. A MP 714/2016 trata da participação estrangeira no capital de companhias aéreas nacionais. Senadores criticaram mudança feita no texto pela Câmara, que extinguiu o limite de participação. 3

Ibiapina, ao lado de Anastasia e Lira: não cabe ao ministério monitorar a meta

Cresce número de seguidores de perfis do Senado nas redes sociais milhões de vezes, receberam 15,5 milhões de curtidas e geraram 23,6 milhões de comentários. Notícias, debates e projetos do Senado também estão do Twitter e no Tumblr. 2 Edilson Rodrigues/Agência Senado

A página do Senado no Facebook já soma 1,7 milhão de usuários, um crescimento de quase 600% desde janeiro de 2015. Só este ano, as postagens foram compartilhadas 4,6

Postagens sobre cidadania e direitos são as que mais repercutem entre os usuários da página Notícias do Senado

Aeroporto no Recife: revista Em Discussão! trata do anteprojeto sobre aviação

Vazamento de depoimento pode ser investigado

Senado reclama ao CNJ busca em casa de Gleisi

A abertura de inquérito para apurar o vazamento de informações sobre o depoimento do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, em acordo de colaboração premiada com o Ministério Público Federal, foi solicitada pela Mesa do Senado à Polícia Federal. O argumento é de que as gravações estavam protegidas por sigilo. 3

Reclamação disciplinar contra o juiz Paulo Bueno de Azevedo, pelo mandado de busca e apreensão no apartamento de Gleisi ­Hoffmann, foi encaminhado pelo Senado ao Conselho Nacional de Justiça. Segundo a Advocacia da Casa, autorizar a ação caberia ao STF, em função das prerrogativas especiais da senadora. 2


BrasĂ­lia, segunda-feira, 27 de junho de 2016

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819.018 (93,88%) Seguidores no fim de maio

1.691.472

Ganho de seguidores no mĂŞs

156.835

Alcance mensal acumulado de

88.586.200 pessoas MĂŠdia de alcance por dia

3 milhĂľes de pessoas Twitter NĂşmero total de seguidores

330.749

Crescimento no mĂŞs de maio

13.089

Visualizaçþes no mês

7,9 milhĂľes Tumblr.

Visualizaçþes no mês

52.370

O ranking do Quintly considera o total de seguidores dos perfis no Facebook e a quantidade de pessoas interagindo com os posts, o que Ê mensurado pelo número de compartilhamentos, curtidas e comentårios. A posição no ranking muda constantemente, pois depende da movimentação diåria nas påginas.

Temas de interesse Segundo Silvia, as postagens que mais atraem a atenção dos seguidores são as que têm interferência na vida das pessoas, como questþes de cidadania e direitos em geral. Uma delas, publicada em 27 de maio, alcançou 9,7 milhþes de pessoas. A postagem trazia informaçþes sobre o projeto de lei que prevê a obrigação de o preso ressarcir ao Estado as despesas com a sua manutenção (PLS 580/2015). A mensagem teve 62,5 mil compartilhamen-

Outras mĂ­dias AlĂŠm da pĂĄgina no Facebook, o NĂşcleo de MĂ­dias Sociais tambĂŠm administra as contas do Senado no Twitter, no Tumblr e no Instagram. De acordo com Silvia, a temĂĄtica das postagens varia de acordo com as caracterĂ­sticas da rede social. — O Twitter, por exemplo, ĂŠ indicado para a notĂ­cia em tempo real. JĂĄ o Facebook, como a mĂŠdia de duração das postagens ĂŠ de 12 horas, nĂŁo ĂŠ bom para esse tipo de publicação — comparou. facebook.com/SenadoFederal twitter.com/SenadoFederal senadofederal.tumblr.com instagram.com/senadofederal

Mesa do Senado Federal

Secretaria de Comunicação Social

Presidente: Renan Calheiros Primeiro-vice-presidente: Jorge Viana Segundo-vice-presidente: Romero JucĂĄ Primeiro-secretĂĄrio: Vicentinho Alves Segundo-secretĂĄrio: Zeze Perrella Terceiro-secretĂĄrio: Gladson Cameli Quarta-secretĂĄria: Ă‚ngela Portela Suplentes de secretĂĄrio: SĂŠrgio PetecĂŁo, JoĂŁo Alberto Souza, Elmano FĂŠrrer

Diretora: VirgĂ­nia Malheiros Galvez Diretora-adjunta: Edna de Souza Carvalho Diretora de Jornalismo: Ester Monteiro

SecretĂĄrio-geral da Mesa: Luiz Fernando Bandeira Diretora-geral: Ilana Trombka

Secretaria Agência e Jornal do Senado Diretor: Ricardo Icassatti Hermano Diretor-adjunto: Flåvio Faria Serviço de Arte: Bruno Bazílio Coordenação de Cobertura: Rodrigo Chia Serviço de Reportagem: Sheyla Assunção Serviço de Fotografia: Leonardo Alves Så Coordenação de Edição: Silvio Burle Serviço de Portal de Notícias: Mikhail Lopes Site: www.senado.leg.br/noticias

Site: www.senado.leg.br/jornal — E-mail: jornal@senado.leg.br — Twitter: @SenadoFederal — facebook.com/SenadoFederal Tel.: 0800 612211 — Av. N2, Unidade de Apoio 3 do Senado Federal, 70165-920, Brasília, DF

Agenda

a reclamação ao CNJ: Veja http://bit.ly/reclamacaoCNJ

A agenda completa, incluindo o número de cada proposição, estå disponível na internet, no endereço: http://bit.ly/agendaLegislativa

``CDH Desemprego

9h Debate sobre democracia e direitos humanos, com foco no desemprego no Brasil. Desburocratização Estatuto 14h Anålise do projeto do Estatuto Geral de Desburocratização. Impeachment Testemunhas 15h Oitiva de Patrus Ananias, Maria Fernanda Ramos Coelho e João Luiz Guadagnin. CCT Fusão de ministÊrios 8h45 Debate sobre a fusão do MinistÊrio das Comunicaçþes com o da Ciência e Tecnologia sob a ótica da comunicação. CMa Produtos hortícolas 9h30 Anålise do PLC 203/2015, sobre embalagens de produtos hortícolas in natura, e mais 16 itens.Depois, emendas à LDO. CAE Carreiras do Judiciårio 10h Emendas à LDO. Depois, votação de projeto sobre as carreiras dos servidores do Judiciårio e mais 5 itens. Impeachment Depoimentos 11h Oitiva de Aldo Rebelo, Luís Inåcio Lucena Adams e Antonio Carlos Stangherlin. Transparência Padronização 11h Emendas à LDO. Depois, audiência interativa sobre a padronização das påginas de transparência da administração pública. Violência contra a Mulher LDO 11h A comissão analisa as emendas à LDO. Senado do Futuro Emendas 11h Discussão e votação de emendas à LDO. CDH Lei orçamentåria 12h Anålise de emendas à LDO. CCT Orçamento 14h Votação de emendas à LDO. Mudanças Climåticas Energia solar 14h30 Audiência pública sobre a política californiana para aumento da participação da energia solar na geração atÊ 2030.

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``InteligĂŞncia Emendas

14h30 A comissĂŁo analisa emendas Ă LDO.

``Comissþes mistas Eleição

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14h30/15h50 Eleição do presidente das comissþes mistas de nove MPs: 719/2016, sobre o uso do FGTS como garantia para crÊdito consignados; 720/2016, que regulamenta repasses da Lei Kandir; 723/21016, que prorroga o Mais MÊdicos; 724/2016, que prorroga a inscrição no Cadastro Ambiental Rural; 725/2016, que autoriza títulos rurais indexados à variação cambial; 726/2016, sobre a reforma do Executivo; 727/2016, que cria o Programa de Parcerias de Investimentos; 728/2016, que recria o MinistÊrio da Cultura; e 729/2016, que cria novas regras de repasses a municípios para ampliar educação infantil. CDR Aviação regional 8h30 Emendas à LDO. Depois, audiência sobre o Plano de Aviação Regional. CI Ferrovia Transcontinental 8h30 Emendas à LDO. Depois, audiência conjunta sobre a Ferrovia Transcontinental. CAS Orçamento 9h A comissão analisa as emendas à LDO. Na sequência, pauta com 7 itens. CCJ Lei orçamentåria 10h A comissão analisa pauta de 45 itens. Depois, emendas à LDO. CE Emendas 10h30 Anålise de emendas à LDO. CRe BÊlgica, República Tcheca e Gabão 10h Sabatina de indicados às embaixadas. CE Concursos públicos 10h30 Audiência pública discute regras em concursos públicos. CCT Audiência no Rio Grande do Sul 14h A comissão debate a realidade da pesquisa e da inovação no Rio Grande do Sul.

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Quarta

Crescimento de seguidores no ano

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Quinta

As informaçþes produzidas pelo Senado tĂŞm alcançado um nĂşmero cada vez maior de pessoas por meio das redes sociais. Em janeiro do ano passado, a pĂĄgina da Casa no Facebook contava com 240 mil seguidores. Na Ăşltima quinta-feira, o nĂşmero jĂĄ era 1,7 milhĂŁo, um crescimento de quase 600% no perĂ­odo. Criado em agosto de 2010, o perfil na rede social traz informaçþes sobre projetos, debates e votaçþes do Senado, alĂŠm de atividades institucionais. O crescimento do nĂşmero de pessoas alcançadas pelas mensagens tambĂŠm ĂŠ alto, segundo Silvia Gomide, gestora do NĂşcleo de MĂ­dias Sociais, ligado Ă Secretaria de Comunicação Social do Senado. De 1Âş de janeiro a 18 de junho deste ano, as postagens no Facebook foram compartilhadas 4,6 milhĂľes de vezes, receberam 15,5 milhĂľes de curtidas e geraram 23,6 milhĂľes de comentĂĄrios. Silvia ressalta a importância do envolvimento dos usuĂĄrios com as publicaçþes, o chamado nĂ­vel de engajamento. Segundo a gestora, o perfil do Senado no Facebook foi o que obteve o maior engajamento entre as pĂĄginas de governo em todo o mundo, superando o da Nasa e o da Casa Branca nos Ăşltimos meses, conforme o Quintly (www.quintly.com), site de anĂĄlise das mĂ­dias sociais. — Para medir o engajamento, ĂŠ preciso levar em consideração todas as formas de interação em uma determinada postagem. Uma caracterĂ­stica dos nossos perfis ĂŠ que nunca pagamos por espaço. Todo alcance e engajamento sĂŁo orgânicos, ou seja, conseguidos pela prĂłpria qualidade do conteĂşdo — ressalta Silvia Gomide.

Facebook

tos, que receberam 12,2 mil ­comentĂĄrios. — Estamos bem atentos ao que estĂĄ acontecendo nas redes sociais, na mĂ­dia e na sociedade em geral. EntĂŁo, quando vemos algo que estĂĄ sendo muito debatido, fazemos postagens sobre o assunto. Acompanhamos as publicaçþes e repetimos as que foram bem-sucedidas, como nos casos de serviços e leis que ainda tenham relevância — disse. Silvia ressalta que uma das preocupaçþes da equipe, formada por seis pessoas, ĂŠ adaptar Ă linguagem usada nas redes sociais todo o conteĂşdo, produzido em sua maioria pelos veĂ­culos de comunicação do Senado. — Nosso trabalho ĂŠ tentar adaptar o conteĂşdo do Senado, que, Ă s vezes, ĂŠ mais formal e mais complexo, para algo mais simples, traduzindo nĂŁo ­apenas para uma linguagem mais fĂĄcil para qualquer cidadĂŁo entender, mas tambĂŠm para a linguagem da rede social.

Tribunal Federal (STF) devido à prerrogativa constitucional de função que a senadora possui. Entre outros argumentos, os advogados destacam que, embora o mandado fosse direcionado ao marido da senadora, o ex-ministro Paulo Bernardo, não seria possível separar os bens de cada um na ação. Por isso, somente o STF poderia ter ordenado a busca.

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Sexta

Mais seguidores

O Senado encaminhou ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), na sexta-feira, reclamação disciplinar contra o juiz federal da 6ª Vara Criminal de São Paulo, Paulo Bueno de Azevedo, pelo mandado de busca e apreensão, no âmbito da Operação Custo Brasil, no apartamento funcional da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR). De acordo com a Advocacia do Senado, o pedido deveria ter sido feito pelo Supremo

segunda

Senado amplia alcance de conteĂşdo nas redes sociais

Reclamação contra juiz Ê enviada ao CNJ por busca em imóvel funcional

Terça

Mais de 1,7 milhão de pessoas seguem a pågina da Casa no Facebook e compartilham informaçþes. Com alto nível de interação do usuårio, o perfil superou o da Nasa de acordo com site que mede engajamento

SessĂŁo on-line Confira a Ă­ntegra das sessĂľes no PlenĂĄrio: http://bit.ly/plenarioOnline

Confira a Ă­ntegra das sessĂľes nas comissĂľes: http://bit.ly/comissoesOnline

Editor-chefe: Marcio Maturana Edição e revisão: Cintia Sasse, Fernanda Vidigal, Joseana Paganine, Juliana Rebelo, Juliana Steck, Pedro Pincer, Ricardo Westin e Tatiana Beltrão Diagramação: Beto Alvim, Claudio Portella e Ronaldo Alves Tratamento de imagem: Afonso Celso F. A. Oliveira e Roberto Suguino Arte: Cåssio S. Costa e Diego Jimenez Circulação e atendimento ao leitor: (61) 3303-3333 O noticiårio do Jornal do Senado Ê elaborado pela equipe de jornalistas da Secretaria de Comunicação Social e poderå ser reproduzido mediante citação da fonte.

Impresso em papel reciclado pela Secretaria de Editoração e Publicaçþes (Segraf)


BrasĂ­lia, segunda-feira, 27 de junho de 2016

A pauta do PlenĂĄrio desta semana começa trancada por duas medidas provisĂłrias (MPs 713 e 714, de 2016). O trancamento da pauta, entretanto, nĂŁo atinge a atualização do Supersimples, por ser um projeto complementar (PLC 125/2015 — Complementar). O texto-base foi aprovado na terça-feira, mas precisa de turno extra de votação por se tratar de um substitutivo. A relatora do projeto e autora do substitutivo ao projeto original, Marta Suplicy (PMDBSP), explicou que o objetivo das alteraçþes ĂŠ fazer mais empresas aderirem ao Supersimples e, consequentemente, gerar mais empregos: — Para a conjuntura que a gente estĂĄ vivendo, criar ­emprego ĂŠ fundamental. A ideia era votar o texto final na quarta-feira, mas Ronaldo

Caiado (DEM-GO) pediu tempo para analisar as Ăşltimas emendas apresentadas. O presidente do Senado, Renan Calheiros, acatou a sugestĂŁo, apoiado pelas lideranças: — Teremos um tempo maior para uma melhor reflexĂŁo.

Trancamento A primeira MP a trancar a pauta Ê a 713/2016. Com validade atÊ quarta-feira, reduz de 25% para 6% o Imposto de Renda Retido na Fonte sobre remessas ao exterior para o pagamento de serviços referentes a gastos pessoais com turismo, negócios ou missþes oficiais e tambÊm para fins educacionais ou culturais, inclusive pagamento de taxas escolares, de inscrição em congressos e de exames de proficiência. Na årea de saúde, ficam livres as transferências para o

custeio de despesas mĂŠdico-hospitalares com tratamento de saĂşde do remetente pessoa fĂ­sica residente no Brasil ou de seus dependentes. A MP 714/2016 tambĂŠm tranca a pauta do PlenĂĄrio. O texto aprovado na comissĂŁo especial de anĂĄlise da medida eleva para 49% a participação de capital estrangeiro em companhias aĂŠreas brasileiras. A legislação atual (Lei 7.565/1986) limita a 20%. Na Câmara, porĂŠm, os deputados retiraram o limite de 49%, o que liberaria atĂŠ em 100% a participação estrangeira. Senadores criticaram a mudança. Segundo Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), “as vozes de empresas do setor, aeroviĂĄrios e aeronautas foram ignoradasâ€?. DĂĄrio Berger (PMDB-SC) disse que a mudança fere a soberania na-

cional. Para Roberto RequiĂŁo (PMDB-PR), ĂŠ uma “patifariaâ€?. O texto aprovado mantĂŠm a extinção do Adicional de Tarifa AeroportuĂĄria, mas permite que a AgĂŞncia Nacional de Aviação Civil (Anac) altere valores das tarifas aeroportuĂĄrias para incorporar montante equivalente Ă extinção do adicional. A PEC 58/2015, que concede adicional de periculosidade aos servidores policiais, tambĂŠm consta da pauta. A proposta, de CĂĄssio Cunha Lima (PSDB-PB), estabelece o pagamento do benefĂ­cio aos servidores da PolĂ­cia Federal, da PolĂ­cia RodoviĂĄria Federal, da PolĂ­cia FerroviĂĄria Federal, das polĂ­cias civis e militares e dos corpos de bombeiros que exercem atividades perigosas, de risco Ă integridade fĂ­sica e psicolĂłgica.

Decreto de crĂŠdito suplementar em favor do MinistĂŠrio do Trabalho, assinado em 2015 por Dilma Rousseff, direcionou para investimentos em projetos da pasta recursos previstos para custeio. A afirmação ĂŠ do ex-secretĂĄrio-executivo do ĂłrgĂŁo Francisco Ibiapina, ouvido na sexta-feira pela ComissĂŁo Especial do Impeachment. A comissĂŁo tambĂŠm ouviu o diretor de Programas Especiais da Secretaria de Orçamento Federal (SOF), Marcos Ferreira. Ambos falaram como testemunhas de defesa da presidente afastada. O ex-secretĂĄrio-executivo disse aos senadores que a autorização de suplementação tratou de recursos de superavit financeiro exclusivos do MinistĂŠrio do Trabalho. — Foi um assunto que nĂŁo chegou a ser muito discutido com a Secretaria-Executiva, porque era comum as ĂĄreas tĂŠcnicas pedirem substituição de destinação, de custeio para investimento, por exemplo — explicou Ibiapina. Entre os projetos que receberam recursos, estĂĄ a informati-

Fotos: Edilson Rodrigues/AgĂŞncia Senado

CrĂŠdito suplementar foi destinado a investimento, diz ex-secretĂĄrio

Ferreira e Ibiapina foram convidados Ă comissĂŁo pela defesa de Dilma Rousseff

zação da carteira de trabalho. — O limite que havia na lei orçamentĂĄria era insuficiente para implementar a mudança. EntĂŁo, solicitou-se um remanejamento de recursos. Ao relator, Antonio Anastasia (PSDB-MG), Ibiapina afirmou que nĂŁo cabe ao MinistĂŠrio do Trabalho o monitoramento da meta fiscal, tarefa sob responsabilidade da SOF.

Respeito Ă meta Sobre isso, o diretor de Programas Especiais da SOF, Marcos Ferreira, disse que o respeito ao contingenciamento nĂŁo deixou os crĂŠditos suplementares autorizados por Dilma Rousseff alterarem a meta fiscal do governo.

Segundo ele, o entendimento do corpo tĂŠcnico da SOF era de que os crĂŠditos estavam compatĂ­veis com a meta prevista para 2015 e tambĂŠm conforme o artigo 4Âş da Lei OrçamentĂĄria Anual (LOA). — A lei autorizava, em seu artigo 4ÂŞ, a abertura do crĂŠdito suplementar, desde que houvesse adequação ao resultado primĂĄrio. Todos os crĂŠditos estavam sujeitos aos limites estabelecidos. O limite de gasto nĂŁo foi ampliado. Ronaldo Caiado (DEM-GO), CĂĄssio Cunha Lima (PSDB-PB) e Simone Tebet (PMDB-MS) afirmaram que o governo errou ao autorizar decretos contando com uma revisĂŁo da meta fiscal que nĂŁo havia

sido votada pelo Congresso. Para eles, a equipe econĂ´mica considerou o PLN 5/2015, responsĂĄvel por alterar a meta, como se jĂĄ estivesse aprovado. — Qual o parâmetro usado para autorizar a abertura do crĂŠdito suplementar? A meta fiscal vigente ou a que estava em tramitação? — questionou Simone Tebet. Lindbergh Farias (PT-RJ), por sua vez, afirmou que o governo sempre se pautou pelo artigo 4ÂŞ da LOA. — A mudança de entendimento veio em outubro com a nova interpretação do Tribunal de Contas da UniĂŁo. Depois disso, como confirmaram os depoentes, nĂŁo foi mais editado decreto de crĂŠdito suplementar — afirmou.

Novas testemunhas Hoje, às 15h, serão ouvidos o ex-ministro do MinistÊrio do Desenvolvimento Agrårio Patrus Ananias, a ex-secretåria-executiva do ministÊrio Maria Fernanda Ramos Coelho e o diretor do Departamento de Financiamento e Proteção da Produção do ministÊrio, João Luiz Guadagnin.

Mesa pede apuração de vazamento do depoimento de SÊrgio Machado A Mesa do Senado solicitou a abertura de inquÊrito na Polícia Federal para apurar responsabilidades pelo vazamento de informaçþes relativas ao presidente do Senado, Renan Calheiros, e ao senador Romero Jucå (PMDB-RR). Eles foram citados em depoimento do

AlĂ´ Senado 0800 612211

ex-presidente da Transpetro SĂŠrgio Machado, em acordo de colaboração premiada com o MinistĂŠrio PĂşblico Federal. O argumento da Advocacia-Geral do Senado ĂŠ de que as gravaçþes de Machado estavam protegidas por sigilo. “A divulgação das gravaçþes

e da colaboração premiada nos meios de comunicação jĂĄ constitui prova cabal no sentido da existĂŞncia de materialidade do crime, visto que — como confirmado pelo procurador-geral da ­RepĂşblica — o conteĂşdo veiculado pelo meio de comunicação corresponde aos dados

que se encontravam sob sigilo. Resta, portanto, imprescindĂ­vel a apuração da autoria do delito, independentemente de quem o tenha praticadoâ€?, considera a Advocacia-Geral do Senado. Ă­ntegra do pedido de inquĂŠrito: Veja http://bit.ly/pedidoPF

Geraldo Magela/AgĂŞncia Senado

Projeto amplia possibilidade de adesão ao sistema de tributação simplificada, com o objetivo de ajudar o país na geração de empregos

Ana AmĂŠlia (PP-RS) afirmou na sexta-feira que nĂŁo vĂŞ motivação polĂ­tica na prisĂŁo preventiva do ex-ministro do Planejamento Paulo Bernardo. Para a senadora, a Operação Lava Jato e a Justiça tĂŞm atuado com isenção e ajudado o paĂ­s a extirpar o que chamou de “câncer da corrupçãoâ€?. — Tentar aliar o que aconteceu ontem [quinta-feira] a uma eventual influĂŞncia polĂ­tica, numa decisĂŁo da Justiça, para impactar no processo de impeachment ĂŠ menosprezar, ĂŠ minimizar a relevância, a autonomia e a soberania do Poder JudiciĂĄrio brasileiro.

Pessoa com deficiĂŞncia estĂĄ entrando no mercado, avalia Paim Paulo Paim (PT-RS) avaliou o Estatuto da Pessoa com DeficiĂŞncia como “uma polĂ­tica que deu certoâ€?. O senador citou nĂşmeros de pessoas com deficiĂŞncia em setores como o de saĂşde (1 mil enfermeiros, 2,2 mil tĂŠcnicos em enfermagem), o administrativo (38 mil auxiliares de escritĂłrio, 4 mil recepcionistas) e o de empresas de limpeza e c­ onservação (5 mil). — SĂŁo quase 100 mil pessoas com deficiĂŞncia contratadas e que, graças a essa polĂ­tica das cotas, fazem com que a inclusĂŁo vĂĄ se tornando realidade.

Geraldo Magela/AgĂŞncia Senado

Pauta trancada por MPs não impede votação final do Supersimples

Ana AmÊlia: prisão de ex-ministro não teve motivação política

Rose de Freitas protesta contra machismo no paĂ­s Rose de Freitas (PMDB-ES) discursou sexta-feira contra o machismo no Brasil. Para a senadora, essa prĂĄtica estĂĄ longe de terminar no paĂ­s. O machismo estĂĄ apenas sendo vigiado, disse. Rose afirmou que o que precisa ser destruĂ­do ĂŠ toda uma cultura, nĂŁo uma doença. — Nos Ăşltimos dois meses acho que nĂłs vimos trĂŞs ou quatro estupros coletivos. E nĂłs estamos falando do quĂŞ, afinal? Estamos falando do comportamento de uma sociedade. E o paĂ­s tem que enfrentar isso nĂŁo sĂł como uma doença, mas como uma cultura que tem que ser extinta. Ela tem que acabar.

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Geraldo Magela/AgĂŞncia Senado

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BrasĂ­lia, segunda-feira, 27 de junho de 2016 Valter Campanato/ABr

Senado analisa reformulação do CĂłdigo Brasileiro de AeronĂĄutica A partir desta semana, uma comissĂŁo de senadores deverĂĄ analisar proposta elaborada por especialistas. Principais alteraçþes sugeridas procuram aumentar a concorrĂŞncia no setor aĂŠreo na ComissĂŁo de Constituição e Justiça (CCJ) e, em seguida, no PlenĂĄrio do Senado. A expectativa de Vicentinho ĂŠ que a comissĂŁo especial seja instalada nesta semana. — Vamos trabalhar rĂĄpido para elaborar uma proposição [a partir do anteprojeto], aprovĂĄ-la no Senado e enviĂĄ-la para a Câmara — afirmou.

Capital estrangeiro

Código de Aeronåutica em vigor Ê de 1986 e estå defasado com relação à realidade do transporte aÊreo hoje no país

tos predatórios como o que tirou a Webjet do ar em 2012, um ano após ser adquirida pela Gol. Na Êpoca, foram demitidas 850 pessoas, o que Ê um dos motivos da rejeição da categoria dos aeronautas a mudanças que possam gerar o desaparecimento de empresas por incorporação ou fusão. A proposta de novo CBA, no entanto, deixa claro que as empresas, ainda que com capital totalmente estrangeiro, deverão seguir as leis trabalhistas brasileiras e a Lei do Aeronauta (Lei 7.183/84). A atualização da regulamentação profissional dos aeronautas tambÊm estå em discussão no Congresso, e a comissão decidiu deixar o assunto de fora no novo CBA. Dorieldo Prazeres, vice-presidente da comissão de especialistas, avalia que o surgimento de novas empresas decorrente do investimento estrangeiro criarå um ambiente competitivo que forçarå a busca por novas rotas para explorar, favorecendo o desenvolvimento de uma aviação regionalizada.

Consumidores

Presidente da comissão, Vicentinho quer rapidez na elaboração do novo código

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A proposta aprovada isenta as companhias de indenizar os passageiros por prejuízos decorrentes de atrasos ou cancelamentos de voos causados por fatos considerados de força maior, como eventos climåticos e problemas operacionais que provoquem a interrupção de pousos e decolagens. Tam-

bÊm desobriga a assistência material para esses casos. As companhias querem acabar com o que elas chamam de passivo jurídico, ou seja, os valores pagos por indenizaçþes obtidas pelos passageiros na Justiça, e alegam que isso pode acarretar redução de preços. A proposta, no entanto, pode estar em conflito com o Código de Defesa do Consumidor, o que deverå ser avaliado na comissão de senadores. A flexibilização da franquia de bagagem foi outro tema discutido. O anteprojeto estabelece que as regras para o transporte de bagagem despachada e de bagagem de mão sejam livremente estabelecidas por cada transportador. O texto tambÊm abre possibilidade de construção e exploração de aeroportos por empresas privadas, alÊm da modalidade de concessão hoje existente. Os aeródromos civis passam a ser classificados pelo regime de exploração: público ou privado. Quanto ao arranjo institucional, a proposta da comissão procurou deixar mais clara a denominação e a competência das autoridades. Não houve, porÊm, proposta de mudança na atual divisão de poderes entre civis e militares e nas atribuiçþes dos órgãos encarregados da governança da årea.

aprovado sem mudanças no anteprojeto: a gestão militar do controle de tråfego aÊreo. A única novidade Ê a permissão para que a Aeronåutica possa autorizar empresas privadas a prestar o serviço. Para a maioria dos integrantes da comissão, não hå capacidade no país para a formação de pessoal necessåria à substituição. Passar o controle para os civis, portanto, poderia gerar mais problemas que soluçþes. O anteprojeto tambÊm adapta o código a uma sÊrie de leis e normas editadas depois de 1986 sobre a ocupação do entorno dos aeroportos. A novidade Ê que foi prevista no texto a responsabilidade dos municípios na fiscalização desses entornos. A edição da revista Em Discussão! de julho trarå cobertura completa dos resultados dos trabalhos da comissão de reformulação do CBA. Reprodução

Uma das propostas mais esperadas Ê a que considera a abertura das companhias aÊreas nacionais à participação do capital estrangeiro. Hoje o limite da participação externa Ê de 20% do capital votante. A proposta aprovada pelos especialistas eleva a participação a 100%, desde que a empresa seja estabelecida no Brasil. A maior abertura ao capital estrangeiro tambÊm Ê objeto da Medida Provisória 714/2016, no Congresso desde março. O texto original, enviado pela presidente Dilma Rousseff, ampliava a participação do capital estrangeiro de 20% para 49% das açþes ordinårias, mas emenda aprovada na Câmara, com apoio do presidente interino Michel Temer, elevou o controle por estrangeiros a 100%. O tema dividiu os especialistas durante os trabalhos da comissão. A expectativa Ê que a abertura ao capital estrangeiro possa influenciar no preço da passagem e em outros aspectos de interesse do consumidor. O foco principal da mudança, no entanto, seria dar robustez às companhias em um mercado competitivo ao extremo. AlÊm disso, a capitalização, por tornar algumas companhias muito fortes, pode gerar movimen-

Jane de Araújo/Agência Senado – 21/6/2016

estĂĄ pronta para ser discutida no Senado a proposta de reformulação do CĂłdigo Brasileiro de AeronĂĄutica (CBA), Lei 7.565/1986. Elaborada por uma comissĂŁo de especialistas, a minuta de projeto foi entregue ao presidente do Senado, Renan Calheiros, na terça-feira. Renan defendeu a importância de atualizar a legislação aeronĂĄutica e destacou a defasagem do CBA, elaborado em 1986. — O texto precisa ser atualizado para refletir as grandes transformaçþes da aviação civil nos Ăşltimos 26 anos — disse. Composta por 25 membros de vĂĄrios setores da aviação, a comissĂŁo de especialistas encarregada de apresentar proposta de reformulação do CBA foi criada por sugestĂŁo do senador Vicentinho Alves (PR-TO) e instalada em junho de 2015. O relatĂłrio final, que recebeu 477 emendas, foi aprovado em 15 de abril. Para o presidente do colegiado de especialistas, o professor de direito aeronĂĄutico Georges Ferreira, o novo cĂłdigo trarĂĄ benefĂ­cios para o usuĂĄrio, por prever mais participação privada, que levarĂĄ a mais concorrĂŞncia, ambiente propĂ­cio a preços mais baixos. O presidente do Senado assegurou que darĂĄ urgĂŞncia Ă tramitação do novo CBA e anunciou a criação da comissĂŁo especial de senadores que analisarĂĄ o anteprojeto. A comissĂŁo especial serĂĄ presidida por Vicentinho Alves, terĂĄ como relator JosĂŠ MaranhĂŁo (PMDB-PB) e como vice-presidente, Pedro Chaves (PSC-MS). Depois de analisado pela comissĂŁo especial, o texto seguirĂĄ para votação

Segurança de voo Uma das questþes mais sensíveis da aviação brasileira continuarå pendente se

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