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Como é que a Intergift conseguiu ultrapassar os anos difíceis da pandemia?
A Intergift é uma feira com muita história e com grande prestígio no sector. Apesar de termos passa do um período difícil – em que não pudemos realizar algumas das edições destes anos de pandemia –estas novas edições, tanto a de fevereiro passado como a de setembro próximo, foram muito bem recebidas pelo nosso público. Enche-nos de alegria podermos celebrar o 40º aniversário da Intergift em setembro, um evento que queremos partilhar com todos aqueles que nos têm apoiado e estiveram ao nosso lado nesse período difícil que atravessámos.
Nesta próxima edição mais consolidada pós pande mia quais são as expetativas que a IFEMA tem para a Intergift?
Estamos a trabalhar para posicionar a feira numa área de negócio que já temos mas que até agora não tínhamos destacado em especial. Somos muito bons em mobiliário, e é por isso que queremos trabalhar muito este sector, dar-lhe uma identidade própria. Por enquanto não posso avançar pormenores, já que em setembro haverá surpresas relacionadas com este tema…
Em termos de compradores, e para além dos es panhóis, quais são as outras nacionalidades mais relevantes?
A maioria dos nossos visitantes vem de Portugal, França e Itália, mas na última edição, em Fevereiro deste ano, visitaram-nos compradores de 79 países.
E 200 deles foram convidados diretamente pela feira graças aos Programas de Compradores, tanto nacio nais como estrangeiros, que temos à disposição dos nossos expositores. Um dado relevante dos últimos questionários que realizamos é que 95,6% dos visi tantes voltaria a visitar a feira.
A plataforma LiveConnect teve muito sucesso nas úl timas edições? Atualmente quais são as perspetivas para a sua coabitação com a edição física?
Coabitação é mesmo a melhor forma de definir como queremos trabalhar. As feiras presenciais são a base, os profissionais querem vir, ver, tocar e cheirar, experimentar com todos os sentidos o que acontece no Espaço da Feira no días de exposição. No entanto, isso vai sempre completar-se com uma experiência digital que enriquece a visita à Intergift. LiveConnect é uma ferramenta muito útil, que nos abriu muitas portas, e que por isso mesmo a acrescentámos à nossa estratégia. Veio para ficar!
Temos assistido nas últimas edições a uma sinergia entre as várias feiras do sector têxtil como a Momad e a Intergift. Esta coincidência de datas é para conti nuar nos próximos anos?
Essa é a nossa ideia. Temos perguntado ao sector e este tem-se pronunciado nesse sentido. Gerar sinergias entre os nossos eventos é uma das nossas mais-valias. A coincidência de datas e lugar traz grandes beneficios para todos os agentes que inter vêm na feira. Esta é a nossa tarefa, trabalhar para o bem do sector. t
Não há Estado sem pessoas e por isso não há Portugal sem portugueses. Mas também não há Estado sem economia, nem economia sem pessoas e consumidores. Como também não há economia sem empresas, nem empresas sem pessoas, ainda que em alguns sectores cada vez menos. O que acontece num Estado normal, mesmo quando ele não é omnipresente como nas economias de mercado livre ou apenas parcialmente regulado, é existirem medidas e respostas extraordinárias de emergência, sempre que se dá um fenómeno anormal, extraordinário em situações de emergência de índole diversa.
Quando um cidadão ou uma empresa ficam em má situação por sua culpa exclusiva ou por uma situação de risco de mercado normal no caso das empresas, o Estado até pode ter pena, até pode e deve prever os apoios mínimos no caso dos seus cidadãos, mas no resto, “it`s life”.
Isto para explicar porque é que o Estado português e o seu governo têm de tomar rapidamente medidas de apoio às empresas mais afetadas pelo extraordinário e anormal aumento da conta do gás devido essencialmente ao estado de guerra provocado pela invasão da Ucrânia pela Rússia. Facto para o qual nenhuma empresa portuguesa contribuiu, podia legitimamente prever ou tentar evitar.
Como já foi referido pelo Presidente da ATP, Mário Jorge Machado, há vários casos de empresas que viram a sua conta do gás multiplicada por 10. Um aumento inesperado e absolutamente extraordinário como este não é possível repercutir no produto final sem perder toda e qualquer competitividade. Em sectores fortemente exportadores e com muita mão de obra como a têxtil, sem medidas de apoio a todo o gás as empresas podem sofrer perdas irreparáveis. E com isso lá virão as perdas para as pessoas, a economia… e o Estado. t
Confrontada pela pandemia com a dependência da produção asiática, a Europa sonha agora em fazer renascer toda a sua indústria. Uma proximidade que alinha também com as metas de sustentabilidade, onde o têxtil português está bem posicionado. Podem as fiações ser mais um trunfo competitivo para a nossa ITV?
Otema é comple xo e são múlti plas as varian tes para a sua análise, mas no final tudo se resume à questão da renta bilidade num contexto em que a concorrência não joga toda com as mesmas armas. Num mundo em convulsão, e numa conjuntura em que a guerra desencadeada pela Rússia veio acrescentar ainda novas con dicionantes, as opiniões divi dem-se e foram poucos os que ousaram responder. Há quem, pura e simplesmente, entenda que há questões mais urgen tes e que deverão ser outras as prioridades, quem aplauda a ideia mas veja difícil a sua apli cação, e também quem olhe
para as novas fiações como um elo indispensável para garantir a autonomia como suporte de uma produção de proximidade que possa impulsionar o dese jado processo de reindustria lização da Europa. Principal mente porque a proximidade é também uma das vertentes da produção sustentável.
“Tudo o que possa contri buir para uma maior proxi midade geográfica das várias fases da cadeia produtiva é de certeza positivo para uma maior competitividade do sector têxtil na Europa, logo um forte contributo para a sua reindustrializacão”, conclui o presidente do grupo Endutex, Vitor Abreu, ciente de que au tonomia e consequente esta bilidade no abastecimento são
fatores decisivos de competiti vidade.Sem condicionantes é tam bém a resposta de Miguel Fernandes, administrador da Penteadora, que não hesi ta: “sou de opinião que sim”, respondeu à questão colocada pelo T, enquanto Paulo Melo entende que “hoje em dia ter uma fiação rentável na Europa é na minha opinião um desafio enorme e muito complicado”. O presidente da Somelos deixa entender que o fator rentabili dade é a chave para a resposta e que para isso, será necessário avaliar pressupostos relaciona dos com os custos de energia, preço do fio e concorrência.
“O que existe mais hoje em dia é uma procura por fios pro duzidos na Europa e para que isso exista o preço de venda tem que ser diferente, mais elevado, e por isso o cliente fi nal vai ter que pagar um preço adicional por essa produção”, avança.“Sabemos que sem fio não existe roupa / vestuário mas mesmo assim o fio não pode ser considerado como uma commoditie. Países como a Turquia Egipto, Índia, Chi na e Paquistão são os grandes concorrentes e com estes em termos europeus não se pode competir. Não é pela situação atual do mundo em que vive mos, mas já era na pré-pande mia. Por isso para se investir em fiação temos que ter logo à partida custos de energia to talmente diferentes dos atuais e mesmo dos do passado”, avisa Paulo Melo, lembrando ainda outras condicionantes, como é o caso do “elevado in vestimento”.Umdesafio enorme e com plicado, mas que o leva a con cluir pela sua importância estratégica: “apesar desta posi ção acho que existe um espaço para termos fiações na Europa, mas será sempre um desafio muito grande em termos de gestão”.Mashá também quem veja
logo à partida uma condição que pode desaconselhar o in vestimento em fiações. “Pen so que não faz grande sentido apostar em fiações em países distanciados da produção de matéria-prima, a não ser que estejamos a falar de matérias primas diferenciadas do tradi cional algodão”, analisa a CEO da Texser – A Têxtil de Serze delo, Carla Pimenta.
dade, a glocalização, que tanta necessidade faz para cavalgar a onda da sustentabilidade, da redução da pegada ecoló gica, da rastreabilidade e da transparência”, concretiza o empresário que fala ainda “dos preços e dos salários justos e da manutenção de um clima eco nómico favorável e amigo das empresas e dos investidores”.
O fator sustentabilidade é, por outro lado, um elemento de peso para justificar o in vestimento, sobretudo tendo em conta o posicionamento da têxtil portuguesa na vanguar da da produção responsável, que tem na proximidade um decisivo complemento. “Para uma Europa mais sustentável e menos dependente de países terceiros, é muito importante que novas empresas surjam, bem como novas fiações que terão um papel essencial na produção indústria têxtil”, diz Miguel Silva, Administrador da Sasia, empresa especiali zada na reciclagem de fibras têxteis.Umobjetivo
que o fundador da Tintex gostaria até de ver promovido e dinamizado pela Confederação Europeia do Têxtil e “AchoVestuário.mesmoque a Euratex deveria ter um papel muito importante na dinamização de um cluster europeu que agre gasse num espaço regional toda a cadeia produtiva, desde a fibra à fiação até ao confe cionador”, avança Mário Jorge Silva. E isto, “de forma a ga rantir a economia de proximi
No polo oposto está o admi nistrador da Fábrica de Tecidos de Vilarinho, Jorge Pereira, en tendendo que a criação de no vas fiações não é uma questão central para o crescimento da nossa ITV e chama até à aten ção dos responsáveis políticos para outro tipo prioridades, é neste momento mais impor tanteQuantoanalisar.ao investimento em novas fiações, “penso que não é por aí que vamos resol ver o problema da têxtil”, diz Jorge Pereira, que avança com outras questões. “Existem outro tipo de prioridades para matérias-primas diferentes do algodão que nós Europa entre gamos de mão beijada a outros continentes.NósEuropeus entregamos tudo, até as potências euro peias deram o que hoje lhes faz falta, foi uma estratégia completamente errada da clas se política que nos governa, que estão sentados em assem bleias e não percebem absolu tamente nada das verdadeiras necessidades e problemas dos países.”Tinha, por isso, “tanta coisa para dizer sobre esta conjuntu ra de problemas que vivemos, mal geridos”, avançando ape nas que “além dos problemas frisados, temos outro mons truoso que é a falta de mão-de -obra, seja ela em que sector for é uma calamidade que nin guém quer saber”.
Daí a conclusão: “por isso mesmo penso que não é com fiações que vamos resolver algo, mas sim com outras me didas estruturais bem mais importantes”.
“Tudo o que possa contribuir para uma maior nadocompetitividadeparacertezageográficaproximidadeédepositivoaumentarasectortêxtilEuropa”
“Para uma Europa mais sustentável e menos dependente de países terceiros, novas fiações terão um papel essencial na produção da indústria têxtil”
VITOR ABREU GRUPO ENDUTEX
MIGUEL SILVA SASIA
“Não faz grande sentido apostar em fiações em países distanciados da produção de algodão, a não ser que estejamos a falar de diferenciadas”matérias-primas
CARLA PIMENTA TEXSER
AFlor da Moda – Confeções, S.A Rua 1º de Maio, 239 4755-405 Pereira-Barcelos
Água de aveia com cereais, dois cafés e uma água mineral. Ao pequeno-almoço, no espaço de showroom da marca Ana Sousa
“Estamos, cheios, cheios de encomen das. Tanto que nem conseguimos tra balhar para a nossa marca.” Por estes dias Ana Sousa, a estilista que dá o nome à etiqueta, confronta-se com a empresária que também confeciona para algumas das mais destacadas mar cas internacionais de moda feminina.
A rodar em três faixas com o priva te label e as marcas próprias Ana Sousa e Temperatura, a empresária conjuga a satisfação pelo crescimento das en comendas da Flor da Moda – “nomes grandes da moda, marcas históricas e muitas outras que estão a sair da Ásia” – com o entusiasmo com as novas co leções Ana Sousa e Temperatura, que representam não só um refrescamen to e evolução no estilo e nos materiais, mas também uma nova estratégia na ligação com as suas clientes.
“Queremos voltar à rua, sair dos shoppings que é o que as pessoas de sejam. Por toda a Europa os centros comerciais fecham ao fim-de-semana, e depois da pandemia há também uma nova dinâmica, querem coisas mais soltas e sustentáveis”, diz a criadora que vai lançar já no início de setembro as coleções Inverno 22/23 nas lojas de Lisboa, Porto, Braga e Coimbra. Peças que estarão de seguida nos espaços e pontos de venda (28) que a Ana Sousa tem espalhados pelo país, numa rede que se alarga ainda por vários países da Europa, México, Colômbia e África do Sul.Na Ana Sousa o tema são as peças retas, casacões e blazers e calças lar gas, uma mistura friendly e casual mas sem despir de todo algum formalismo. “Este inverno não é tão fechado, as estações estão agora menos definidas e temos algumas cores mais quentes, uma mistura de cor e tons escuros, com materiais reciclados e orgâni cos, fibras naturais e sintéticas. Uma mais-valia para as clientes, que estão à procura de coisas mais técnicas”,
considera a estilista, avançando que são mudanças que transporta também para a coleção verão 2023, “que já está pronta”.Umentusiasmo que estende à co leção Temperatura, “com materiais mais técnicos e funcionais, que não tem tanto detalhe” e, como tal, mais acessível em termos de preço. “Ana Sousa tem glamour e requinte, é mais elegante, formal e feminina, enquan to a mulher Temperatura é mais solta, dinâmica, vigorosa e despida de pre conceitos”, sintetiza, frisando que apesar de tudo não são coleções estan ques.“Não é isso que quero, a ideia é mesmo que se possam cruzar e com pletar. Tanto pode juntar uns ténis e pôr um blazer como associar sapatos com stiletto para sair à noite”, acon selha a empresária que viu a primeira coleção Temperatura esbarrar com a pandemia logo à nascença. Mas como os tempos difíceis são sempre também uma oportunidade, a marca acabou por se afirmar no online, num movimento que se alargou à Ana Sousa. Embora se paradas, ambas estão no mesmo site
Com clientes fidelizados, as ven das da coleção de verão” já foram in teressantes” e estão “a andar muito bem” com a de inverno. Tanto nas lojas como no online e com ambas as marcas, precisa Ana Sousa, que se mostra “muito satisfeita mas sobretu do contente por os clientes adorarem a coleção e darem os parabéns pelo design”.Mesmo irmanadas no regresso à rua e no entusiasmo com que as envol ve, Ana Sousa faz questão de reforçar que as duas marcas rodam mesmo em faixas separadas: “têm logísticas e con ceitos próprios e as equipas de design estão separadas. Queremos que não haja influências, manter a identidade, e para isso até mesmo as pessoas são diferentes”. t
Modista precoce, aos 16 anos Ana Faria já tinha atelier com nome próprio, em Barcelos. “Com a ajuda de quatro ou cinco moças, chegava a fazer três vestidos de noiva por semana”, conta a mais nova dos sete filhos de um casal de agricultores, que sempre soube que queria ser modista e aos 11 anos já praticava num atelier da Póvoa de Varzim. Casou aos 18, aos 25 fundava a Flor da Moda Confeções e pouco de pois a marca Ana Sousa. O apelido veio do casamento com João Sousa, o filho do alfaiate da aldeia que lhe seguiu as pisadas. Mais que uma junção de agulhas, foi uma conjugação de atividades que rapidamente se industrializou. No início como confeção para homem, mas depressa a criatividade, sensibilidade e elegância impuseram o nome de Ana Sousa como referência na moda feminina. Uma marca que hoje é do mundo mas que nunca deixou de ter a aldeia natal de Pereira como centro de atividade.
Claro que após o jejum de feiras provocada pela pandemia havia muitas dúvidas. Uma Heimtex til, de bolso e fora de tempo, e as Techtextil/Texprocess regressadas três anos depois, deram a respos ta - foram uma prova de vida. “Ficar em casa é que não resolve nada”, sintetiza António Coelho Lima (ACL). “Na têxtil as relações impessoais, à distância, não subs tituem as feiras e o contacto cara a cara”, acrescenta Manuel Serrão (Selectiva Moda). As feiras estão de volta com um novo fôlego - menos visitantes mirones e novos clientes que se abasteciam no Oriente e agora querem diversificar
É com recurso à modelagem 3D que são de senvolvidas todas as coleções da Impetus, um avanço tecnológico que é também amigo do ambiente e permite poupar tempo e recursos. A empresa destaca que as tecnologias que adotou permitem também digitalizar as amostras físi cas e visualizar com precisão o tecido, a vestibi lidade e como se ajusta à silhueta.
Foi em comunicado que a empresa deu con ta de “mais um passo ao nível do desenvolvi mento tecnológico”, afirmando que “recorre atualmente à modelagem 3D para desenvolver as novas coleções, permitindo que se projete, vi sualize e adapte o produto antes de o mesmo ser fabricado”.Umprocesso
3D que ao mesmo tempo que reduz o tempo de resposta, quer em termos de modelagem, quer em termos de ajustes, permite também “alterar a cor, fecho, estrutura da malha ou outros acessórios”. Tudo isto está agora à dis tância de apenas um click, como enfatiza a em presa fundada por Alberto Figueiredo.
Um ganho de tempo e maior eficiência na pro dução da amostra final, que, ao reduzir a produ ção de prototipagem, contribui para uma maior sustentabilidade, com a diminuição dos recursos e materiais utilizados e resíduos produzidos.
A nota destaca ainda que os softwares adota dos “permitem digitalizar as amostras físicas, o que oferece um conjunto de benefícios, no meadamente visualizar com precisão o tecido, a vestibilidade e como se ajusta à silhueta, as sim como oferecer uma visão muito realista do produto”. Inovações que “vêm revolucionar a indústria têxtil”, ao mesmo tempo que “permi tem uma resposta mais rápida e eficaz às cons tantes necessidades do mercado”.
O Grupo Impetus dá conta que, com a sua aposta na investigação e na multidisciplinarida de das suas equipas, “é possível atualmente tratar os projetos numa ótica vertical da informação, o que permite que os vários departamentos te nham disponível, simultaneamente e de forma imediata, toda a informação”. t
Importar mão de obra da Índia foi a solução encon trada pela Penteadora para resolver a aflitiva carência de mão de obra que punha em perigo a sua capacidade de cumprir os prazos acor dados para a entrega de encomendas. “2021 foi um ano de recuperação. Temos esperança que 2022 supere 2019.Onosso problema não é falta de encomendas mas sim de capacidade produtiva devido à escassez de mão de obra”, afirma António Tei xeira, administrador desta empresa do grupo Paulo de Oliveira.
De agosto do ano passado até abril deste ano, a Pen teadora fez o possível e o impossível para recrutar em Portugal os trabalhadores de que precisa como de pão para a boca. Como não con seguiu preencher as vagas, resolveu recorrer à importa ção de mão de obra da Índia.
“Neste momento, já te mos mais de uma dúzia de indianos, homens e mu lheres, a trabalharem con nosco. E vamos continuar, mandando vir mais. Trata-se de trabalhadores indiferen ciados mas que apreendem rápido”, afirma o adminis trador da Penteadora.
De acordo com António Teixeira, os emigrantes in dianos integraram-se de pressa e sentem-se bem re cebidos pela população da Serra, que lhes oferece rou pa e outros artigos de que eles necessitam.
A Penteadora ajudou-os na instalação, “Tínhamos imobiliário que estava de sativado, que renovamos e pusemos à disposição dos nossos trabalhadores india nos”, diz António Teixeira, acrescentando que a empre sa demonstrou disponibili dade em acolher refugiados ucranianos, só que não apa receu nenhum. t
Maria Gambina , a designer com mais de 30 anos de carreira, estreou-se no passado junho no mundo digi tal. Dedicada a um público jovem, fiel à sua identida de expressiva, com grande capacidade de adaptação e com originalidade nos materiais que utiliza, a de signer lançou assim um novo modelo de negócio. No espaço digital figuram peças femininas e masculinas pautadas pelo seu jogo de cores, padrões e elementos gráficos, mas, mais que uma loja online, o espaço é um local que permite aceder a todo o mundo criativo da designer.
Especialista no fabrico de merchandising desportivo, a FORteams não descura também a vertente de res ponsabilidade social, encarando a Moda no seu sentido mais amplo e responsável. 'Dar sangue é que está na Moda!', foi com este slogan como pano de fundo que decorreu nas instalações da FORteams LAB uma dádiva de sangue, em parceria com a Associação de Dadores de Sangue de Vizela. “A responsabilidade social é nosso apanágio, pelo que foi com o maior gosto que acolhemos esta dádiva”, disse o CEO Pedro Santos, assumindo que é dever de todos contribuir para a reposição das reservas de sangue do IPST, que diminuíram drasticamente no período pandémico. A FORteams dedica-se ao fabrico de merchandising têxtil desportivo, fornecendo equipas e seleções de todas as geografias, não só no futebol mas também do universo do basquetebol e hóquei no gelo.
Foi a pensar na temporada de festas de verão que a Sanjo lançou a sua nova coleção de vestuário. Cheia de cor e personalidade. Holiday Tie-dye é o mais recente marca portuguesa com t-shirt hoodie, sem género e de inspi ração retro. Uma coleção que a marca, que tem fabrico e distribuição da Ygrego, diz ter sido inspirada no verão português e nos dias festivos da estação. Uma t-shirt de gramagem mais leve para os dias quentes e um hoodie que representam a nova cultura portuguesa.underground
"Temos de ter orgulho em dizer que estamos entre os melhores a nível europeu "
MÁRIO JORGE SILVA CEO da Tintexé o peso da venda de moda nas lojas El Corte Inglés
No seguimento do formato adotado com a Áustria na edição homóloga do salão têxtil nacional, o MODTISSIMO 60 irá acolher os Países Baixos como convidado especial. Uma parceria que surge na sequência do interesse por parte das empresas neerlandesas do sector têxtil em explorar Portugal como parceiro sus tentável e circular.
“É mais uma iniciativa que nos enche de or gulho e nos ajuda a aumentar a internacionali zação da feira”, afirma Manuel Serrão, diretor da Jáfeira.naperspetiva dos Países Baixos, este con vite faz todo o sentido numa altura em que se assiste a um “visível aumento do interesse das empresas neerlandesas do sector em explorar Portugal como parceiro”, segundo a embaixa
da neerlandesa em Lisboa.
Entre os atributos da ITV nacional que mo tivam a comitiva neerlandesa destacam-se os princípios da sustentabilidade, circularidade e de inovação que “estão perfeitamente alinha dos com o nosso lema para esta participação: The future of fashion and textiles is circular”.
Com vista à presença no MT60, os Países Baixos estão a trabalhar em articulação com a organização neerlandesa Clean and Unique, plataforma para marcas, designers, especialis tas e produtores neerlandeses sustentáveis.
A parceria, desenvolvida com a AEP (Asso ciação Empresarial de Portugal) e a RVO (Ne therlands Enterprise Agency) prevê ainda a visita de uma forte comitiva neerlandesa a produtores têxteis do Norte de Portugal. t
Familitex, Lemar e TMR Fashion formaram o trio de em presas que compôs a comitiva From Portugal que par ticipou em mais uma edição da PV New York, que teve lugar nos dias 19 e 20 de julho, no Center 415 na cidade de Nova Iorque. Um volume de trabalho acima das ex petativas e muitos visitantes a percorrer os corredores, “a feira correu muito bem, acima das expetativas dos expositores que ficaram muito satisfeitos”, disse Sofia Botelho, diretora executiva da ATP, que acompanhou as três empresas em Nova Iorque.
ANDRÉ RELVAS Administrador da SoremaA Porto Business School (PBS) tem um novo curso, o Global Fashion Business, que pretende partilhar conheci mento e antecipar as tendências da indústria, bem como acelerar a reinvenção e transformação para fortalecer a competitividade no segmento da moda. O curso, dirigido por Isabel Paiva de Sousa e Ana Roncha e com a cola boração de marcas e experts nacionais e internacionais do sector, cruza as caraterísticas distintivas da indústria portuguesa com o modus operandi da PBS.
Kozii , a marca portuguesa de roupa, acessórios e decoração que surgiu em 2015 em Tavira, lançou uma nova coleção primavera/ verão de 2022 que introduziu uma técnica de estampagem arte sanal, a Batik. Como já é habitual, as peças da Kozii resultam de processos únicos de manufatura que reúnem materiais, tecidos e texturas singulares, bem como se pautam pelo conforto. t
Na sua primeira incursão em terras do Tio Sam, a Bloomati não podia estar mais satisfeita com o resultado. Muita procu ra, muitos contactos e negócios e um verdadeiro sucesso com os acabamentos de repelência aos mosquitos e à água.
No final dos dois dias da Functional Fabric Fair, no movimentado Jacob K. Javits Convention, em Nova Iorque, o representante da fabricante de malhas não escondia o entu
siasmo. “A feira correu maravi lhosamente, muitos contactos sobretudo americanos, não só de Nova Iorque mas também de outros estados como a Flórida, e também do Canadá”, refere riu André Carvalho, diretor de produção da empresa.
A par da “muita procura pe los produtos sustentáveis”, o responsável da Bloomati des taca também a grande afluên cia de compradores. “Só no segundo dia de feira tivemos
mais de 30 contactos”, contou, sublinhando “uma procura grande de dois tratamentos nossos, o repelente ao mos quito, o Bugs Free, e também o WaterParaRepellent”.aBloomati, que fez a sua estreia nos EUA, “a surpre sa nesta feira foi enorme, nun ca contámos ter tanta afluên cia, algo fora de série mesmo. O mercado americano abre muitas portas”, concluiu An dré Carvalho. t
A sueca H&M, número dois global do retalho de moda, anunciou ter iniciado o processo para deixar definiti vamente o mercado russo, onde mantinha as suas lojas fechadas desde 2 de março passado. A empresa prevê que a decisão terá um custo extraordinário de 189 mi lhões de euros, cujo impacto financeiro será incluído nos resultados do terceiro trimestre do ano. A H&M chegou à Rússia em 2009 onde no início de março tinha 168 lo jas, que geravam 3,9% do volume de negócios do grupo.
foi o aumento médio do preço do gás natural na Europa
A Mango concluiu os primeiros seis meses de 2022 com uma faturação de 1.214 mi lhões de euros, mais 24,8% que no mesmo período do ano anterior, e ultrapassou as vendas registadas no primeiro semestre de 2019. Em comunicado, o grupo revela que “acelerará o seu ritmo de investimen to com a previsão de ultrapassar os 124 milhões de euros em 2022, quase o triplo que em 2021”. Tecnologia, logística, instala ções e lojas serão os principais âmbitos de investimento do corrente ano.
"Construir marcas é um caminho difícil mas que temos de seguir"
XLineartex
Rua José Sousa Ribeiro, nº 10 2440-387 Jardoeira, Batalha
Ser vertical, ou seja fazer a laminagem, o sourcing do tecido e a confeção do produto final, é a grande mais -valia da Lineartex/Dehora que tem uma história para contar muito diferente das que estamos habituados a ouvir. A excentricidade começa logo pela geogra fia, já que a fábrica está na Batalha, região de Leiria – e prossegue com a originalidade da sua atividade in dustrial ter começado, há 28 anos, a fabricar sapatos.
O fundador, Domingos Alves Ferreira, modelista de profissão, nascido na Feira, andou também por Felguei ras, onde bate o coração da indústria de calçado, até que, atraído por uma proposta de melhor salário, se mudou para Leiria, onde acabaria por se estabelecer por conta própria com uma fábrica de calçado que batizou Dehora.
Corria tudo às mil maravilhas até que os chine ses começaram a invadir o mercado com sapatos ao preço da chuva e deram cabo do negócio. “Foi apa nhado desprevenido. Na altura não havia muita in formação”, conta o filho, Diogo Alves, que em 2005, mal concluiu o 12o ano, se juntou ao pai – era mais um par de mãos (e uma nova cabeça) – na luta pela sobre vivência, para tentar evitar o naufrágio da empresa.
Domingos reagiu de forma rápida e incisi va à invasão chinesa. Reduziu o efetivo de 40 para oito trabalhadores, e deu um novo rumo à empre sa, que deixou de fabricar o produto acabado (sa patos), concentrando-se na produção de compo nentes e acabamentos para a indústria do calçado.
A Dehora estava com dificuldades quando a transfu são de sangue novo (Diogo, o filho de Domingos) lhe deu um novo fôlego. “O facto de eu falar várias linguas per mitiu-nos abrir novos mercados e arranjar novos clientes e fornecedores”, recorda Diogo Alves, que procedeu a
uma correção estratégica caminhando para novos rumos.
A criação em 2020 da Lineartex, a divisão de lami nagem têxtil da Dehora, ocorreu num momento de grande turbulência, com a explosão da Covid-19. Mas apesar disso, o barco manteve-se bem à superfície.
“Temos uma enorme experiência acumulada em projetos muito técnicos, que incluem colagens, de que estamos a tirar partido na divisão de laminagem têxtil. E temos um parque de máquinas muito versátil que nos permite fazer todo o tipo de colagens – para ves tuário, equipamentos militares e de proteção, calçado, mobilidade. Os nossos grandes trunfos são esta flexi bilidade aliada ao facto de sermos verticais, oferecendo desde a laminagem até ao produto confecionado, pas sando pelo desenvolvimento e consultoria de projeto, apoiando em proximidade cada um dos nossos clien tes”, afirma Diogo Alves, CEO da Dehora/Lineartex.
O cabo de 28 anos de viagem, com 180 trabalhadores e um volume de negócios de oito milhões de euros (dos quais 58% exportados) tudo leva a crer que o barco da em presa chegou a bom porto. O que confirma da justeza da reorientação estratégica do calçado para os têxteis técni cos e para uma empresa capaz de abraçar projetos de eleva da matriz inovadora e com requisitos técnicos complexos.
Um caminho em que o investimento constante e a participação nas feiras internacionais têm sido funda mentais. “Vamos à procura de clientes que precisam de nós mas ainda não sabem”, diz Diogo, meio a sério meio a brincar. “Nunca paramos de investir, mas temos sem pre a preocupação de dar pequenos passos para conso lidar fundações e evitar retrocessos. Temos a produção cheia. Neste momento o que nos aflige mais não é a falta de trabalho, mas sim de trabalhadores”, conclui. t
A Associação Empresarial de Portugal (AEP) vai organi zar o congresso ‘Portugal Empresarial’, que terá lugar na Exponor, em Matosinhos, no dia 16 de setembro, com o objetivo de fomentar o debate sobre os “desafios da indústria e da sustentabilidade, com a competitividade de Portugal como foco prioritário”. O evento contará com mais de 250 congressistas e onde os participantes dos diferentes painéis, oriundos das empresas, das univer sidades, decisores públicos e privados, debaterão a sua visão sobre as tendências e o futuro.
ISABEL COSTA CEO Burel FactoryA Design Pickle, plataforma tecnológica criativa fundada em 2015 no Arizona, E.U.A., decidiu apostar em Portu gal, passando a oferecer serviços de design para empre sas. “Queremos mudar a forma como as empresas olham para o design. Para quê usar um design de banco de imagem, igual a tantos outros, se podemos ter uma ima gem única que representa a nossa marca na perfeição? É esse o nosso propósito e é a essa questão que respon demos com o nosso serviço de subscrição, ilimitado e que inclui ilustrações, templates de apresentações, de sign gráfico e motion graphics”, explica em comunicado Russ Perry, fundador e CEO da Design Pickle.
Apesar de na Europa já serem triados cerca de 35% dos resíduos têxteis, apenas menos de 1% acaba por ser reci clado. Segundo um estudo da McKinsey, este é um merca do com potencial para atingir os 8 mil milhões de euros e criar 15 mil novos empregos na Europa. O estudo aponta ainda para a redução de 4 milhões de toneladas nas emis sões de CO2, concluindo que “a transformação para uma economia circular oferece inúmeras oportunidades”.
de euros foi a faturação da BeStitch em 2021
Criada em 2005, a marca Tom Ford está à procura de um novo sócio maioritário. A ideia do fundador, que lhe deu o nome, é manter-se na direção criati va, propondo trabalho em conjunto com os novos acionistas. Para isso, Tom Ford terá estabelecido uma par ceria com a Goldman Sach tendo em vista a venda dos seus 60% do capital da marca.
"Fazemos produtos de luxo, nunca podemos ter preço, nem volume"
Uma das tendências mais sur preendentes para este outono no universo da Moda masculina, é a utilização desta paleta de tons pastel, delicados, normalmente associada ao vestuário outrora tido como feminino, ideal para uma primavera florida.
Com as fronteiras entre estas definições de género cada vez mais ténues, e alterações climáticas que desafiam aquilo que anteriormen te conhecíamos como esta ções, poderemos observar cada vez mais apropriações e misturas como esta. Liberdade de expressão e um guarda rou pa fluido são os motes do fu turo.Em
termos de inspira ção, temos um cenário que nos lembra uma es tância de sky luxuosa em meados dos anos 70, com silhuetas estrutura das em cortes de alfaia taria rigorosa. Matérias querem-se igualmente com estrutura, para en fatizar detalhes como palas exageradas, lape las gráficas ou cortes pespontados.Ovestuário Ski ser ve de mote ao lado mais desportivo desta ten dência, com silhuetas oversized e confortá veis, onde os estampados localizados e acabamentos com elásticos desenham uma silhueta arrojada, potenciada pelo uso de nylon e tafetás com brilho
Tantoextra.na
versão mais clássi ca como na mais desportiva, as malhas tricotadas de toque retro complementam o look, com lovers canelados de meia gola/ gola alta ou polos camiseiro com texturas delicadas.
As cores são em todas as peças suaves, numa paleta de rosados e tons lilás, azul céu, marfim, pé rola e verde-água. t
São várias as empresas têxteis reconhecidas com o estatuto Inovadora COTEC e a Acatel congra tulou-se nas suas redes sociais com a renovação da sua distinção. A lista abrange a nível nacional cerca de 650 empresas, dos mais variados sec tores. “A Acatel obteve, pelo segundo ano, o estatuto Inovadora CO TEC, é o reconhecimento pelo nosso desempenho, pela nossa gestão e pelas nossas pessoas, é para nós motivo de grande orgulho”, congratulou-se a têxtil do grupo Impetus.
A Matchesfashion, em presa de moda de luxo com sede em Londres, renovou a sua equipa de direção e contratou como novo diretor de operações Stuart Hill, que até agora era o líder da área de logística da Farfetch. A contratação de Stuart Hill surge na sequência da nomeação como líder do executivo da empresa londrina de Nick Beighton, ex-CEO da Asos – que foi substituído por José António Ramos, antigo presidente execu tivo da Salsa.
Estão abertas as ins crições no iTechStyle Showcase, uma iniciativa destinada a fomentar e a dar visibilidade à inovação da ITV nacional através da promoção e difusão de produtos e ideias inovadoras. A par ticipação (que acompanha as duas edições anuais do MODTISSIMO) está subdi vidida em três áreas: Fó rum de Tecidos, Showcase de Produtos e Fórum de Acessórios. Os produtos inscritos ficam automati camente habilitados para os iTechStyle Awards.
A Triumph anunciou a certificação de todos os seus centros de produção e distribuição pela Global Textile Standard e Global Recycled Standard, dois programas reconhecidos pela indústria têxtil no que toca à sustentabilidade.
“Sermos uma empresa em total conformidade com a certificação GRS/GOTS na UE é uma grande conquista na nossa jornada para a sustentabilidade”, afirma Martin Kemmler, Global Head of Supply Chain da Triumph.
ISABEL FURTADO CEO TMG AutomotiveA Troficolor viu uma dezena dos produtos que apre sentou na Première Vision serem escolhidos pela organização para o fórum de novidades, a mostra que exibe o que de mais relevante e inovador os exposito res apresentam na feira de Paris. “Temos dez produtos que foram selecionados para o fórum pela organização, cinco na secção essentials e os outros cinco na área eco-conscience, contou Carlos Serra, o CEO da especia lista portuguesa em denim que é já uma habitué das grandes feiras internacionais.
“A situação é muito complicada, todos os fato res, como os custos da energia e da matéria pri ma, estão contra. Tudo. Até as paletas, os sacos de plástico, o cartão de embalagem. Tudo. Não existe preço. É tudo sob consulta. E não rece bemos qualquer apoio do Estado”, queixa-se Xavier Leite, presidente da Associação Home from Portugal, traçando em pinceladas de fatura larga o momento delicado que a nossa indústria de têxteis-lar atravessa.
Após um 2021 que foi o melhor ano de sempre para o sector – “Só não ganhou dinhei ro quem não quis”, refere o empresário - os têxteis-lar vivem uma situação de emergên cia, de salve-se quem puder.
O Banco Português de Fomento (BPF) aprovou as candidaturas de 12 empresas ao Programa de Reca pitalização Estratégica do Fundo de Capitalização e Resiliência (FdCR), no valor de quase 77 milhões de eu ros. O comunicado que dá conta da aprovação mostra que entre essas empresas estão a Coindu, a ERT e o grupo António Falcão, um trio de vanguarda na têxtil.
A nota do BPF esclarece que ”fo
ram aprovadas, no dia 30 de junho, as primeiras operações ao abrigo do Programa de Recapitalização Estra tégica do Fundo de Capitalização e Resiliência, gerido pelo Banco Português de Fomento e criado no contexto do Plano de Recuperação e Resiliência Nacional para ajudar a reforçar o capital e a solvência de empresas viáveis”.
É no âmbito do quadro temporá rio de auxílios de Estado covid-19
(Janela B) deste instrumento fi nanceiro que foram aprovadas ope rações de investimento no valor de 76,7 milhões de euros. O Programa de Recapitalização Estratégica con ta com 400 milhões de euros de do tação global, através de fundos do FdCR, e tem por objetivo estimular o crescimento sustentável da eco nomia e colmatar a delapidação de capitais próprios durante a crise ge rada pela pandemia. t
Foi na PV que a Adalberto apresentou ao mundo a coleção ‘Sci-fi Lab’, intei ramente concebida com recurso às tecnologias de Artificial Intelligence e Machine Learning. “Uma coleção única, irreverente e futurista. Tra ta-se verdadeiramente de colocar a máquina ao serviço da organização”, explicou a empresa, entusiasmada com o sucesso da novidade.
Uma coleção de tal modo inova dora e disruptiva, que leva os respon sáveis da Adalberto a afirmar “que se
trata do início de uma nova era em que a literacia tecnológica é promo vida diariamente através da criação interna deste tipo de ferramentas”.
Para a Adalberto, esta é uma fer ramenta poderosíssima, onde os desenvolvimentos e updates serão permanentes, e que tanto pode dar suporte à criatividade da equipa como à produtividade, já que em de terminados desenhos o próprio siste ma pode criar centenas de imagens únicas. Uma ferramenta que alia a
programação ao input de keywords, cores e temas, devolvendo materiais de trabalho únicos.
O interesse da Adalberto nas áreas de artificial intelligence e machine learning não é novo – a empresa já ha via recorrido a estas tecnologias nos vídeos de apresentação de coleções cápsula anteriores – mas ganha agora uma nova dimensão com a coleção ‘Sci-fi Lab’, inteiramente feita com suporte a modelos matemáticos com putacionais. t
“No início do ano já se notava um ligeiro decréscimo da atividade. Depois com a guerra na Ucrânia, os aumentos constantes no custo da energia estão a exercer uma pressão brutal sobre os preços. A situação está por um fio. Ou param de aumentar ou isto rebenta. Receio bem que as empresas financeiramente menos preparadas não aguentem e desapareçam”, declara Xavier Leite, o CEO da Têxteis Penedo que há pouco mais de um mês assumiu, de fac to, a presidência da Home From Portugal.
A direção conta ainda com dois vice-pre sidentes: Fátima Sousa (Domingos Sousa) e Paulo Pacheco (Mi Casa Es Tu Casa). Sandra Cunha (Pereira da Cunha) preside a Mesa da Assembleia Geral, tendo como vice-presiden tes António Leite (Lumatex) e Carlos Carva lho (Cotom Couleur). O Conselho Fiscal é liderado por Pedro Silva (Isadora) e tem como vogais Pedro Lobo (ParallelCotton) e Dionísio Pereira (Pereira & Filhos). t
"A alternativa"uma4.0indústrianãoéopção,éaúnica
ESTADO ESTÁ A DEIXAR AS TÊXTEIS LAR SEM REDE
Aos 60 anos, é responsável pela parte financeira e projetos de internacionalização da Carvema Têxtil, onde chegou já com a experiência de gestão administrativa em empresas de outras áreas. Fundada pelos antecessores, quase cinco décadas depois a empresa mantém o modelo de gestão assente numa parceria familiar, cuja continuidade começa a ser assegurada com a chegada dos elementos da terceira geração.
A Bloomati é uma marca que vende malhas sustentáveis e recicláveis com acabamentos especiais, enquanto a Carvema é uma empresa de tingimento e acabamento de malhas, explica José Carvalho, um dos quatro re presentantes da segunda geração à frente dos destinos da empresa de Perelhal, Barcelos.
Como nasceu a Carvema e qual era o objetivo inicial? Nasceu em 1974 como empresa de tinturaria e acabamentos têx teis, fundada por quatro sócios, o meu pai e dois irmãos e um amigo deles, o senhor Ventura Marques. Entretanto, os fun dadores foram desaparecendo e hoje somos quatro irmãos e uma prima.
E essas mudanças na estrutura da sociedade são recentes?
O meu pai faleceu há cerca de 30 anos e foi a partir daí que fomos assumindo os cargos. Eu tenho a parte financeira, projetos e internacionalização, o meu irmão Carlos a parte industrial e comercial, juntamente com a minha prima Paula, a minha irmã Lurdes na área produtiva e laboratórios, e o outro irmão, Rui que não tem funções de gerência e está na parte de planeamento. O que quer dizer que entre todos acabamos por coordenar as coisas dentro da lógica familiar inicial.
E assim vai continuar?
Sim, já está aí a nova geração. Até para contrariar o dito de que a primeira constrói, a segunda mantém e a terceira destrói.
E algum dos fundadores tinha passado o conheci mento específico na área?
Um dos meus tios era o chefe
Ada tinturaria da antiga Tor, em Barcelos, outro tinha já muita bagagem em termos comerciais, o meu pai na área contabilística e financeira, e o senhor Marques era um especialista na relação comercial, com clientes e pro dução. Os fundadores tinham um projeto, podíamos ter tido confeção, malhas, estamparia, mas o foco esteve sempre na tinturaria e acabamentos, com objetivos bem definidos e com clientes que nos acompanharam durante muitos anos.
E que ainda se mantêem? Alguns grandes grupos infeliz mente já desapareceram, mas mantemos ainda muitos dessa altura, que foram evoluindo em conjunto com a Carvema e que hoje consideramos até mais amigos que clientes. Empresas como Carcemal, o grupo Becri, Irmãos Rodrigues, Pedrosa & Rodrigues, Trimalhas e muitos outros. Todas empresas que neste momento trabalham para grandes marcas.
Ou seja, um percurso está vel em termos de clientes e de mercados?
Sim, tem sido um percurso estável ao longo destes já quase cinquenta anos. É claro que tem havido altos e baixos, com crises pelo meio, mas a indústria têxtil é feita disso mesmo.
Crises como agora com os preços da energia, como é que isso vos afeta?
Afeta e não é pouco. É um pro blema que se reflete sobretudo na nossa marca, a Bloomati, que nasceu há cerca de cinco anos e estava agora naquela fase de en caminhamento com os clientes vem a pandemia.
Mas há a ideia de que a pandemia até acelerou o crescimento da Bloomati?
Sim, de certa maneira passou incólume. É que com o fecho das feiras, a solução foi passá-las para o online e isso abriu contactos muito mais alargados. Nós tivemos pedidos de amostras até do Sri Lanka, o online veio trazer outra dimensão, aumenta
É numa abordagem totalmente ecológica, que associa sempre os melhores materiais, acaba mentos diferenciados, inovado res e de alta tecnicidade, que assenta o projeto da Bloomati.
A ideia era desenvolver um produto de base sustentável que desse corpo à ideia de internacionalização desenha da para a Carvema, e a sua rápida afirmação no mercado internacional superou até as expectativas mais otimistas.
Distinguidas e requisitadas para os mais diversos fóruns das mais prestigiadas feiras têxteis na Europa, as malhas da Bloomati avançam agora rumo à aventura americana.
E a recetividade e curiosida de suscitada numa primeira presença em Nova Iorque são igualmente prometedoras.
Um segmento que a Carvema descortinou por entre a sua relação fiel e duradoura com os seus clientes de sempre, grandes empresas que fabri cam para as mais destacadas marcas internacionais e para as quais chega a processar diariamente à volta de 20 toneladas de malhas.
Um percurso estável ao longo destes já quase cinquenta anos, que nem as sucessivas crises que têm fustigado o sector foram capazes de abalar. Tal como agora, com a tormenta da fatura do gás, que a Carve ma se prepara já para comba ter investindo numa caldeira de biomassa e na reconversão de equipamentos.
exponencialmente o leque de possíveis clientes. Sim, trouxe também essa vantagem, mas tivemos que refazer os planos.
Que alterações foram essas?
Era o ano do arranque em defi nitivo, da expansão da marca, mas com o tempo as coisas estão a recompor-se. Foi um projeto pensado a dez anos, apontando para que no final desse período a Bloomati pudesse representar 50% da produção da Carve ma. Voltaram agora as feiras, algumas estão a modificar a sua dimensão, a reorganizar datas e criando até algumas sobre posições, mas isso resolve-se. Há sempre solução para tudo, dividimos as equipas.
Querem estar em todas, as feiras continuam a ser determinantes?
Exatamente. Estivemos agora em Nova Iorque e correu mes mo muito bem. Muita gente, muitos pedidos, é outra dimen são. Íamos como que a apalpar terreno, mas acabou por ser bem melhor do que esperávamos.
Até que ponto a marca é autónoma em relação à Carvema?
A Bloomati não é a Carvema, é uma marca que vende malhas ecolológicas, sustentáveis e recicláveis com acabamentos especiais, enquanto a Carvema é uma empresa de tingimento e acabamento de malhas.
Como é que surgiu a ideia de avançar com uma marca própria, não corriam o risco de ser vista como concor rente dos vossos clientes? Essa foi uma das questões que pusemos em cima da mesa e por isso a Bloomati não concorre com os nossos clientes. A Car vema trabalha para clientes que têm produções muito grandes para marcas conceituadas, estamos a falar de marcas como Prada, Louis Vuitton, Next, Dol ce Gabbana, portanto clientes com dimensão e quantidades específicas. E a questão que pusemos foi: o que é que nós po
demos oferecer? São acabamen tos diferenciados com foco em malhas sustentáveis, que além do valor acrescentado trazem outra qualidade ao produto.
E como chegaram a essa conclusão, como percebe ram que era essa a orienta ção do mercado?
Sentíamos que havia um seg mento, um nicho de mercado.
A Bloomati não quer grandes clientes, de grandes quantida des, queríamos um produto onde pudéssemos ter margem e definir o preço. Foi isso que nos levou até este tipo de negócio.
Podíamos perfeitamente ter ido para o mercado nacional vender malha acabada a um preço acessível, mas não era esse o objetivo. A ideia era ir para a moda e a área técnica, acaba mentos especializados, e partir para a internacionalização da Bloomati.
Uma aposta que se mostrou acertada?
Já andamos nisto há muitos anos e tínhamos uma perceção exata do tipo de malhas que queríamos oferecer. A presença e participação nas feiras dá-nos também uma perspetiva de como está o mercado e daquilo que pede. Os prémios e distin ções que nos têm sido atribuídos mostram que havia mesmo este segmento para explorar.
As feiras alavancaram o lançamento da marca?
Não são só as vendas e clientes, é muito importante também estar numa feira ao lado de empresas com produtos completamente diferentes e ver quais são as novidades, as tendências, aquilo que os novos clientes procuram. E nisso, há que o dizer, a Seletiva Moda teve um papel importan te. Foi a nossa primeira reunião e ficamos a saber daquilo que precisávamos para ir para o mercado externo.
Tem sido um percurso de sucesso, quase chegar, ver e vencer?
Foi no tempo certo: O mercado tinha a ideia do sustentável e
"A margemgrandesnãoBloomatiquerclientes,queremosumprodutoondepossamosteredefiniropreço"
É numa forte teia de família que assenta a robustez da malha de lide rança da Carvema, neste caso acrescida ainda de um grande fôlego.
Tal como os irmãos Carlos e Rui que o acompanham na gestão da em presa, José Carvalho é um apaixonado pelo mergulho e pesca subma rina. Uma equipa, por isso, com grande fôlego, que é também tributo da envolvência familiar no apoio ao associativismo e causas sociais.
Foi para criar o corpo de mergulho dos Bombeiros de Barcelos que se iniciaram na atividade, tendo José Carvalho também no currículo a presidência durante cinco anos do Hóquei Clube de Barcelos.
quando começamos a apresentar malhas orgânicas com padrões específicos de sustentabilidade, percebemos logo que o mercado estava de olho na Bloomati. Clientes que na primeira feira ficam curiosos, olham, apalpam as malhas, mas depois já vêem com um objetivo específico, deixam um cartão, pedem amos tras e dizem que acompanham os nossos produtos e atividade nas redes sociais. O nosso lema é a sustentabilidade, a garantia de que aquilo que vendemos é sustentável e ecológico, esse é o nosso caminho.
E como é que se prepararam para isso, criaram um departamento específico de I&D?
Nós já tínhamos. Na Carvema temos um laboratório químico muito, muito bem apetrecha do, temos um laboratório de controlo de qualidade ao nível do melhor que existe, e a partir daí as coisas tornam-se mais fáceis. Eu penso que em termos de sus tentabilidade, Portugal é um dos países melhor preparados, e isso nota-se nas feiras. Por exemplo, na London Textile éramos três stands portugueses no meio de dezenas de empresas turcas e fo mos sempre os mais procurados, o mercado e os clientes reconhe cem o trabalho das empresas portuguesas. Sou do tempo em que era muito difícil colocar uma etiqueta made in Portugal, fazíamos milhares de peças e a etiqueta era a do país da marca, hoje as marcas querem que a etiqueta tenha made in Portugal. Querem diferenciar-se daquilo que é feito noutros países.
E como é que isso se cruza com os preços, há também uma diferenciação?
Por incrível que pareça, eu vejo muito mais os clientes portu gueses a discutirem o preço que os estrangeiros. Mandámos-lhes os preços e eles fecham a enco menda, aqui às vezes andamos a falar em cêntimos, isso já não existe com os estrangeiros. A preocupação neste momento é com o preço dos transportes, que tiveram um aumento brutal.
E os custos da energia, como se estão a refletir na vossa atividade?
Aumentos de 400% de um ano para o outro, não é fácil. Uma fatura que passou de 60 a 70 mil para 300 a 400 mil euros, obri gou-nos a uma conversa com os nossos clientes para avaliarmos até onde estavam dispostos a pagar também estes aumentos. No fundo estamos no mesmo barco, todos vivemos disto, e chegamos a um consenso. Estes custos são uma brutalidade e não fazem sentido e são insu portáveis para as empresas.
Como é que isto se pode resolver?
Estamos a investir, mas as coisas não se resolvem de um dia para o outro. Já compramos uma caldeira de biomassa e temos equipamentos que vamos reconverter, mas tudo isto são mais custos, mais contas para fazer.
Ainda não sabemos. E nas con versas que temos tido com as entidades bancárias dizem-nos que também ainda não sabem. Continuamos a não entender como vai funcionar o Banco de Fomento, como vai funcionar o IAPMEI, mas o certo é que o investimento tem que ser feito. Haja ou não apoios temos que fazer o investimento, e é nessa base que temos funcionado ao longo dos anos.
Voltando aos números, dis se que o projeto era que em 10 anos a Bloomati repre sentasse 50% da produção da Carvema, três anos depois qual é o balanço?
Foi isso que estipulamos como meta, hoje anda nos 5 a 6%.
Qual é o volume de negó cios da Carvema?
Anda à volta dos 8 milhões. Mas note-se que são 8 milhões a pôr um valor acrescentado numa malha, que são os tingimen tos e acabamentos, pelo que estaremos a falar de 300 a 400 milhões de exportações dos nossos clientes.
Qual é a quantidade de malha que processam?
Pode andar entre 16 a 20 tone ladas diárias. Depende se são brancos se são desentalados, que são muito mais rápidos.
Quais investimentos mais relevantes nos últimos tempos?
Acabamos um de 3,5 milhões durante a pandemia, agora a cal deira de biomassa são mais 2,5 milhões. Se formos a contabili zar os últimos 10 anos, serão 8 a 9 milhões de investimentos. Re novamos o parque de máquinas e investimos na componente ambiental, hoje temos uma Etar que daria para uma cidade com 10 a 15 mil habitantes, tratamos não só os nossos efluentes mas também os de duas freguesias, Perelhal e Vila Cova.
É um serviço que a Carve ma presta à comunidade? Há um acordo com a Câmara [de Barcelos], que construiu e encaminhou as condutas de saneamento para a nossa Etar.
Qual é o plantel da empre sa?
Temos 155 pessoas a trabalhar connosco.
E tem ideia de quantas eram no arranque, em 1974?
Estão ali [aponta para uma foto grafia], são menos de 20 pessoas. Era apenas uma caldeira, não ti nha nada a ver com o que é hoje. Estamos a falar de uma caldeira, a evolução foi tremenda, mas nos últimos sete/oito anos tem sido mais na diminuição dos tempos de tingimento e no soft ware que envolve, a produção está agora toda automatizada. t
A Bloomati depressa se afirmou e conquistou mercado, houve alguma razão especial para esse rápido sucesso?
É como já falamos, a parte funcional, os acabamen tos, a vertente sustentá vel, ecológica e ambiental foram de facto muito importantes.
Depois a Europa, quais são agora os objetivos para o mercado ameri cano?
Estamos numa fase inicial, apresentamos os nossos produtos e agora vamos desenvolver, vamos ver o que vai dar. Mas as pers petivas, por aquilo que me foi transmitido, são boas e superam à partida aquilo que eram as nossas expec tativas. t
A Bloomati tem-se desta cado pelos novidadesmentossustentáveistratamentoseacabafuncionais,quepodeesperar o mercado nesta área?
Tudo o que surgir em termos de novidades e evolução será obviamente transposto para a Bloomati através da Carvema. Com esta ligação, a vanguarda está assegurada.permanentemente
Que novos desafios se colocam à empresa com a entrada no mercado ame ricano, designadamente na capacidade de resposta?
Essa é uma questão cen tral. Temos que ver aquilo que será pedido, que tipo de respostas especial.nãonhocreioprodução,cionados,Masempresatemosefetivamentepodemosdaredepoisdeanalisardentrodacomoadequar-nos.nósestamosbempositantoemtermosprodutividade,queseráumcamidecontinuidade,queexigiránadademuito t
André Carvalho Diretor de Recursos Humanos Carvema Domingos Ferreira Sales Manager Bloomati"Hoje as tenhaqueremmarcasqueaetiquetamadeinPortugal"
Foi montada na digitalização e na sustentabilidade, que a Trimalhas apresentou na Première Vision a sua coleção Rewind, que marca a entrada da fabricante de malhas de Guimarães no mundo do metaverso. Tal como as diferentes fases do dia, também a coleção está dividida nas diferentes facetas das suas malhas, enquanto no que toca à sustentabilidade, a Trimalhas apresentou a sua oferta com composições que vão desde o algodão orgânico e reciclado, ao tencel refiber, viscose aloevera e poliamida reciclada. A têxtil mostrou ainda jerseys que usam fibras de banana e ananás e malhas com ecoheater produzidas com desperdícios.
Já ai estão os efeitos da guerra, da subida dos preços e da inflação que, embora compensados ainda em parte pelo valor acrescentado dos produtos, levam ao lançamento de alertas por parte do presidente da ATP. “O arrefecimento está a ser rápido”, avisa Mário Jorge Machado, que recomenda cautelas em relação ao ambiente de negócios que se vive no setor.
“O quadro ainda é pouco claro, mas a quantidade caí. O valor reflete mais a subida de preços do que o aumento de encomendas”, considera também Ana Paula Dinis, comentando os valores das exportações que indicam crescimentos de 18% nos primeiros quatro meses do ano. Números que a ATP tem opta do por não divulgar, por considerar que “podem dar a ideia de um clima ainda muito positivo, que não coincide com as mensagens das empresas e poderia dar uma imagem distorcida da realidade”, como ex plica o “Todospresidente.osdiasrecebemos queixas dos associados relativamente ao impacto da crise energética, uma vez que os preços continuam muito elevados. O apoio do Governo é pouco face à gravidade do pro blema e vai chegar muito mais tarde do que o inicial mente esperado às empresas, uma vez que as can
didaturas a apoios só agora foram lançadas. E resta saber quando pagarão às empresas”, alerta a diretora executiva, considerando que “estamos a viver um momento muito difícil, que se agravou com a guerra e já se está a refletir na redução e cancelamento de encomendas”, conclui Ana Dinis.
Alertas que são corroborados pelas empresas, dando conta que, depois do boom do ano passado, as encomendas estão muito rapidamente a voltar aos níveis de 2020. Um sentimento que é transversal a empresas como Têxteis Penedo, A. Sampaio, Cordex, Inovafil, Mundotêxtil, Marizé ou Lameirinho, como explicaram, ao Expresso os seus responsáveis.
A par do “valor acrescentado que está a premiar o esforço das empresas”, Mário Jorge Machado aponta ainda a outra tendência de efeito positivo que joga também a favor do Made in Portugal. “Se temos uma boa notícia para dar é que a tendência de muitas mar cas comprarem na China está a diminuir. Um estudo do Instituto Francês da Moda confirmou que as mar cas procuram fornecedores de proximidade, 90% pensam em Portugal e o país está no top três das pre ferências no que respeita a intenções de compra de proximidade”, revela o presidente da ATP. t
Foi com emoção e muita saudade que o Teatro Rivoli, no Porto, se encheu no dia 1 de Julho, para uma home nagem a Paulo Nunes de Al meida, primeiro presidente da ATP e antigo presidente da Associação Empresarial de UmPortugal.momento em que foi exibido pela primeira vez o documentário ‘Paulo Nunes de Almeida, o radical dos consensos’.Sucessivamente adiado por causa da pandemia o encontro de homenagem reuniu algumas das mais in
fluentes personalidades da região e do país em torno de um homem descrito como vertical, conciliador e uma peça essencial no movimen to associativo do país.
Quem assim o recorda é Mário Jorge Machado, pre sidente da ATP, para quem Paulo Nunes de Almeida fi cará na memória coletiva por dois grandes vetores: o seu carácter e o seu legado.
“A posição que assumia pe rante as dificuldades e a sua postura muito correta são nota de um carácter singu lar”, regista.
“Mas Paulo Nunes de Al meida deixou-nos também um legado gigante no sector têxtil quando, enquanto di rigente da ATP, fez pressão e contribuiu ativamente para arrastar no tempo a entra da de produtos chineses na Europa, permitindo que as empresas e o sector de uma forma geral tenham tido mais tempo para o tsunami que se adivinhava. Se hoje muitas empresas continuam de pé é também porque lhe devemos muito por esse tra balho”, remata o presidente da ATP. t
Foi durante o Mercado no Castelo, que decorreu junto ao Bom Jesus, em Braga, que a recém-criada marca de moda feminina Sweet Pepper fez a sua primeira apari ção ao público, e o feedback não podia ter sido melhor. “Foi uma experiência ótima. O objetivo era apenas o de apresentar a marca, mas fizemos também vendas e recebemos imensos inputs”, conta Sandra Pimenta, mentora da marca que descreve como “de mulheres empoderadas, até porque algumas das peças são bem arrojadas”. Já presente no Instagram, a Sweet Pepper prepara agora a apresentação noutros mercados en quanto ultima o lançamento do próprio site.
Pijamas made & created Portugal, concebidos para usar em qualquer situação, tanto em casa como na rua. Fundada por portugueses, a Shrooms Malibu tem a princesa Marta Luísa, da Noruega, e o noivo, o xamã Durek Verrett, entre os seus embai xadores. Acabada de vir ao mundo, a marca tem a ambição de criar um novo conceito de pijamas de uso múlti plo, tanto para homens como para mulheres. A coleção décadadasapelativaslinhasapresenta-seinauguralemmodernaseeinspirapelospadrõesdade70.
"O futuro está aqui, é digital, é inclusivo, transparente e consciente"
foi o número de participantes por edição no iTechStyle Summit
A loja da Cleome respira verão por todos os can tos: desde a oferta de biquínis e roupa de praia, totalmente made in Portugal, pendurada nos vários charriots, à própria vibe da loja, onde so bressaem as madeiras e alguns posters do mais recente editorial da marca com o mesmo nome.
O espaço é recente, abriu em dezembro de 2021 no quarteirão Miguel Bombarda, no Porto, mas já capta a atenção tanto dos tu ristas como de transeuntes locais. “É giro ver a amplificação das faixas etárias que che gam à loja. Estamos no online desde 2017 com um público mais jovem e quando abri mos começaram a chegar mães que veem com as filhas, que experimentam e com pram”, expõe o sócio-gerente Marco Moura.
“Quando decidimos abrir a loja, a ideia era trazermos uma oferta diferente do swimwear nacional, queríamos fugir dos folhos, padrões florais. Por isso, os modelos em loja seguem cortes simples, alguns cortes edgy, trabalha mos muito o fitting, as texturas e tentamos trazer prints diferentes”, explica Marco Mou ra, formado em design de moda pela EMP e responsável pelo design do produto/coleção.
De entre os vários modelos, salta à vista o Bingin. “Foi lançado há três anos com ins piração no Bali, é um biquíni que acabou por
fazer a transição e é o nosso modelo signatu re, a par das partes de cima triangulares, que também vendem muito bem”, avança Marco, explicando que Rio 40 Graus, que é a coleção principal deste verão, se inspira na cultura carioca dos anos 90 e 2000 e se complemen ta ainda com uma cápsula desenvolvida em parceria com a influencer Inês Rochinha.
Todos os conjuntos de praia são produzi dos em fábricas da região norte. Já em ter mos de matérias-primas a Cleome traba lha com fornecedores de Itália, Espanha, Suíça, e mais recentemente também do Brasil.
“Os nossos biquínis são todos sustentáveis, feitos a partir de econyl, resultante de plás ticos recolhidos dos oceanos ou pós-consumo destinado a aterros, os nossos forros são 80% reciclado. Este ano as linhas de costura são tam bém recicladas em algumas cores e o objetivo passa por no próximo ano encontrar copas re cicladas”, defende. As criações têm ainda resis tência ao cloro, raios UV, protetor solar e elas ticidade suficiente para se adaptarem ao corpo e assim que retiradas voltarem à forma inicial.
A par da marca própria, a loja oferece ain da marcas complementares. Atualmente estão representadas as portuguesas Futah, de toa lhas de praia, e a Theisolette, de acessórios. t
Uma imagem renovada com foco na afirmação internacio nal, malhas mais técnicas, voltadas para sportswear e com acabamentos funcionais, são as novas armas da Luís Azevedo & Filhos. Mais de metade das malhas são feitas a partir de fibras naturais certificadas, sendo as mais conhecidas as certificações GOTS, Oeko-Tex e BCI. Criada em 1996, a Luís Azevedo orgulha -se de produzir mais de 300 referências de malhas por ano.
THIMO SCHWENZFEIER Director da NeonytSão bodys mágicos, diz a Le Petit Chiffon, uma marca de pijamas e básicos para bebés e crianças em algodão orgânico apontan do à funcionalidade e a um sistema inovador. Parte da magia está num sistema in terior de molas que impede que os mais pequenos fiquem despidos durante a noite, o resto decorre do formato, com uma parte de cima e três partes de baixo, que fazem com que seja possível trocar a fralda dos bebés sem ter que os despir por completo.
MANGO REFORÇA LINHAS KIDS E TEENA Mango quer reforçar a sua aposta nas linhas Kids e Teen, prevendo a abertura de mais 51 lojas até final do ano. O objetivo é a duplicar o volume de negócio e ultrapassar os 200 milhões de euros de faturação nestes dois seg mentos. Com 40 aberturas durante o restante ano cor rente e, simultaneamente, a linha Teen contará com a inauguração de 11 lojas em Espanha, em 2022. É expectável que nestes de partamentos seja duplicado o volume de negócios.
de euros foi o volume de negócios da Lipaco em 2021
Já está nas lojas e no online a nova coleção prima vera-verão da Concreto. Vibrante e relaxada, em tons quentes, materiais fluídos e peças versáteis que iluminam os dias de verão. Até mesmo aqueles em que o sol se ousa esconder, anuncia a marca do grupo Valérius.
Ano de abertura 2021 Produtos Fatos de banho, toalhas e acessórios Público-alvo Mulheres entre os 20 e os 40 anos Loja Online www.cleome.co/ do Rosário,"Na indústria têxtil estão a criarse sinergias entre concorrentes, o que pode ser benéfico para todos"
Vencedor do Innovation Award na recente edição da Techtextil, o projeto Phoenix constitui-se como uma solução de valorização dos desperdícios de couro exis tentes na área automotive da indústria têxtil. A ERT, parceira industrial do projeto, juntamente com CITEVE, CeNTI e CTIC, desenvolveu uma solução que trans forma as aparas de couro num revestimento têxtil sus tentável, feito a partir de uma formulação de base bio.
“A ERT tinha um problema que era o excesso de resíduos de aparas de couro. Apesar de ser um mate rial natural, em termos de requisitos as exigências são idênticas às de uma pele sintética, o que se refle te num aproveitamento de apenas 40/60% da pele. O resto eram resíduos levados para aterro, daí este desafio lançado no âmbito do projeto Texboost”, ex plica David Macário, diretor de inovação da ERT.
“Trabalhamos as aparas no sentido de as valo rizar, aplicando-as num revestimento têxtil. Fi zemos a hidrólise do couro e efetuamos diferen tes revestimentos, que se constituem como uma alternativa ao couro”, descreve Augusta Silva, do CITEVE, destacando que “tivemos sempre o maior cuidado em ter uma formulação o mais bio possível”.
O projeto Phoenix encontra-se concluí do desde 2020, e ao longo dos últimos dois anos a ERT tem-se focado em melhorar o pro duto e dar-lhe aplicações finais diversificadas.
Joaquim Gaião, diretor de inovação do CTIC, explica tãoqueahidróliseconsisteemtransformarosresíduosqueesemestadosólidoemestadolíquido.“Transformamos
os resíduos em hidrolisado através de dois tratamentos complementares, o enzimático e o químico. Uma vez no estado líquido é tratado, filtrado, clarificado, permi tindo depois que esse líquido seja misturado numa pas ta que dá origem ao revestimento”, esclarece o respon sável do Centro Tecnológico da Indústria do Calçado.
Já ao CeNTI coube neste projeto colaborar sobretu do no desenvolvimento de novas formulações. Regina Malgueiro, teamleaderna área dos materiais funcionais, explica que “o objetivo era melhorar as propriedades da solução, nomeadamente a solidez à luz” – propriedade essencial para aplicações exigentes, como é exemplo sector automóvel. Paralelamente, foi testada a adequa ção dos diferentes resíduos em estudo. “Para além do couro, foi triturado também o resíduo de acetato-vinilo de etileno, mais conhecido por EVA, para facilitar a sua integração no processo de coating desenvolvido pelo CITEVE. O CeNTI estudou ainda revestimentos alter nativos – solvente-free, contendo resíduos de EVA”, o que foi feito através de tecnologias de extrusão.
O conhecimento dos processos de revestimento e adequação de resíduos foi posteriormente passado para as linhas de produção da ERT. “É um sentimento de missão cumprida, ver que a empresa conseguiu intro duzir as soluções desenvolvidas no ciclo produtivo. O prémio de inovação da Techtextil é o reconhecimento de todo o trabalho, mesmo que de forma indirecta”, diz David Macário, adiantando que este é um trabalho que vai continuar a ser aperfeiçoado, aproveitando os incen tivos do PRR para catapultar o produto no mercado. t
Desfiles de moda, debates e uma exposição de vestuário concebido por alunos da Universidade do Minho preen cheram o evento “A Praça: Lugar de Todos os Desfiles”. Foi no Mercado Municipal de Braga que teve lugar a se gunda edição do evento Moda (IN)sustentável, que tem a colaboração dos alunos dos mestrados em Design de Co municação de Moda e em Comunicação, Arte e Cultura, da Universidade do Minho. À semelhança da primeira edição, que teve lugar em Guimarães, em 2019, todo o programa teve subjacente a temática da sustentabilidade.
Foi com um grande bem-haja e em tom de agradecimento a todos os colaboradores do sector que a ATP assinalou, a 4 de Julho, o Dia do Trabalhador Têxtil. Um aplauso que acompa nhou com quadros demostrativos da evolução em emprego e da produtividade que ajudam a perceber como a nossa têxtil se transformou num case study internacional. Um reconhe cimento que decorre do “esforço e dedicação de todos estes profissionais, um dos principais ativos da indústria têxtil" e a quem a ATP deixa uma mensagem de agradecimento.
Depois de uma edição de janeiro tímida, foi com novos clientes e novas encomendas na bagagem que a comitiva From Portugal regressou no início de julho da Playtime Paris. “O primeiro dia foi mais parado, talvez devido às greves nos aeroportos, mas no segundo dos três dias de feira já tivemos mais encomendas do que em janeiro”, dis se Carolina Mota, da Dot Baby. Também a Bootani, a Peter Jo e Suuky regressam a casa com a bagagem reforçada por novos clientes e encomendas, destacando igualmente o crescimento do certame em relação à edição de janeiro.
é o número de pontos de venda da Salsa em todo o mundo
É a mais recente coleção Gucci, que acaba de lançar uma linha destinada aos animais de companhia. Com a Pet Collection, também os amigos de quatro patas podem agora seguir modas e tendências, sem pre em grande estilo. Neste novo segmento, a reputada casa italiana de moda de luxo não quis ficar apenas pelo vestuário, tendo criado também linhas para os segmentos de acessório e artigos para o lar.
"É necessário melhorar o nível médio da qualificação dos nossos trabalhadores"
MIGUEL PEDROSA RODRIGUES Cluster Têxtil
Já é possível aos compradores estrangeiros e nacionais garantirem o seu lugar para visitar a próxima edição do MODTISSIMO, que celebrará a edição 60 nos dias 6 e 7 de Setembro na Exponor, em Matosinhos. À semelhança da edição anterior, são esperados cerca de 500 compra dores internacionais e mais de 3000 nacionais. O acesso é bastante simples e será, pela primeira vez, feito exclu sivamente online, basta preencher o formulário que está acessível na página eletrónica do certame.
A união entre The Ugly Duck e a bam•bu bicycles originou uma nova linha de meias de bamboo, especialmente para os apaixonados pela natureza e pelo mundo das bicicletas. As meias são fabricadas com bamboo, matéria-prima que potencia conforto, é respirável, hipoalergénica e, comparativamente com o algodão, é mais susten tável em todo o seu ciclo de vida. t
Num claro sinal de apoio às ações de reforço da in ternacionalização do sector têxtil, o Secretário de Estado Adjunto e da Economia, João Correia Ne ves, esteve, no dia 6 de julho, de visita aos expo sitores portugueses presentes na Première Vision, em Paris. Fez questão de deixar uma mensagem de esperança por parte do Ministério da Economia, mas também ouviu queixas dos empresários, que aguardam pela renovação dos apoios do governo.
TMG Textiles, Somelos, Lemar, Albano Morga do e TMR foram algumas das empresas visitadas pelo governante nesta importante feira, que não deixou de parte também o sector dos couros, ma lhas e a área de Manufactoring
Na passagem pelos stands, sempre acompanha
do por Mário Jorge Machado (Presidente ATP) e pela Associação Selectiva Moda, e ainda Gonçalo Santos (APIC – Associação Portuguesa dos Indus triais de Curtumes) e César Araújo (Anivec), o Se cretário de Estado foi confrontado com a necessi dade de apoio à ITV nacional, um dos sectores que mais pessoas emprega e mais contribui para as ex portações no país, respondendo que tudo fará para garantir os apoios às empresas, ao mesmo tempo que elogiava o caminho de inovação e sustentabi lidade que estas têm feito.
Estiveram na PV Paris mais de meia centena de empresas portuguesas, a maioria integradas no projeto de internacionalização From Portugal (ATP/ ASM). t
Mostrar aos industriais têxteis a componente digital da sua linha de equipamentos era o primeiro objetivo da estreia da ROQ na Tex process, onde soltou a magia da sua solução integrada de impres são, que esteve em funcionamen to quase ininterrupto durante a feira e encantou os visitantes. No final, os responsáveis da empresa estavam satisfeitos, a missão tinha sidoAcumprida.ROQDTG (ROQ Now, ROQ Sarah, ROQ Packaging), uma so
lução integrada, ready to ship, de impressão digital de t-shirts e sweatshirts, foi o chamariz que atraiu uma chusma de visitantes profissionais ao stand do grupo português.Trata-se de uma solução inte grada que não se contenta em fa zer praticamente tudo – faz mes mo tudo. Para desencadear um processo 100% digital basta dizer ao computador o que se pretende, até ao mínimo pormenor. Depois basta deixar trabalhar a linha com
pleta de produção.
Esta solução integrada da ROQ faz tudo – imprime, passa pela estufa, seca, encarrega-se do pac king, dobra a t-shirt, mete-a num saco e entrega-a já devidamente embrulhada e etiquetada, pronta a seguir para o cliente final. “É uma linha de produção muito flexível, que permite imprimir em simul tâneo no tecido diferentes tipos de aplicações como, por exemplo, floco e foil”, explica Daniela Car valho, do marketing da ROQ. t
Make better choices é o conceito que está na base da nova coleção de fios da Filasa que resultam de uma curiosa mistura de carvão de bamboo e soja e que, de pois de viajar para importantes certames internacionais, de que é exemplo a PV Paris, será apresentada na 60ª edição do MODTISSIMO, a realizar-se de 6 a 7 de Setem bro. “Nesta coleção, como habitualmente, vamos manter os nossos ideais de sustentabilidade. Procuramos criar novas misturas entre materiais sustentáveis, como fibras recicladas, naturais e inovadoras, devidamente certifica das”, explica Sara Leite, do departamento de marketing da empresa.
foi o crescimento das vendas da Mundotêxtil em 2021
Uma camisola que protege quem a veste de agentes quími cos e bacteriológicos é a novidade que a A. Ferreira & Filhos apresentou na Universidade do Minho, no contexto do open day do Fibrenamics Green. Produzida com uma malha especial, desenvolvida em parceria com a Fibrenamics, e uma função protetora reforçada por uma espécie de es tampagem, que esteve a cargo da Foot by Foot, a camisola pode ser acrescentada nos braços com patches, presos com velcro, azuis e laranja, que mudam de cor logo que pres sentem a presença de agentes químicos e bacteriológicos. A novidade vai ser comercializada com o nome CB Pro.
"As grandes marcas de moda conhecem as mais-valias de Portugal na produção sustentável"
CATARINA SANTOS CUNHA CEO da Kind Purpose
Família Vive com a namorada Chloé Casa Apartamento no centro do Porto Formação Licenciatura na Sorbonne Carro Não tem. Anda habitualmente a pé, mas quer com prar uma bicicleta elétrica Portátil PC Gamer (até porque é apaixonado por videojo gos) Telemóvel iPhone, “já velhinho, aqueles que ainda têm botão” Hobbies Música (é compositor e toca vários instrumentos), jogos de vídeo, bricolage e lojas de antiguida des Férias Em criança ia sempre para o Algarve (Quinta do Lago), agora “quero um dia ir ao Japão” Regra de Ouro “Estar sempre em criação”
Criador, músico, videógrafo, fotógrafo, ilustrador, artista e muito mais, Miguel Bernard criou com a namorada Chloé a Symbiosis, um projeto de criação artística com um forte enfoque no sector da moda, onde ambos têm já bastante experiên cia. O objetivo é oferecer serviços artísticos como vídeo, fotografia, ilustração e direção criativa, não só na Moda mas também nos mais diversos sectores de atividade.Aos25anos, Miguel tem já um passado rico para contar e, sobretudo, grandes sonhos para o futuro. “Espero que a Symbiosis possa torna-se um dia um grande pan teão de criadores”, projeta o jovem que parece ter seguido a tendência criativa da fa mília. “Os meus avós eram pintores, a minha mãe designer, a minha irmã mais nova já escreveu dois romances e está a terminar Belas Artes”, conta Miguel que, embora tenha nascido no Porto, cresceu em Vila do Conde onde estudou até ao 8o ano. “Tímido extrovertido”, como se define, Miguel cresceu à boleia das artes. Tocar vários instrumentos e o gosto por desenhar acompanhou-o ao longo de toda a in fância e adolescência. “Lembro-me que nas aulas de história desenhava as persona gens históricas ao lado dos textos nos livros”, recorda, a propósito da transferência para o Liceu Francês Internacional do Porto (LFIP) onde concluiu o secundário.
A origem francesa da mãe puxava-o para a cultura francófona, que não só o cati vou como, de alguma forma, o empurrou para aquela que se tornou numa das suas grandes paixões e fonte de realização profissional: realizar e fazer filmes. “Come cei aos 15 anos ainda no secundário e nunca mais parei”, confessa.
Seguiu-se a licenciatura em Multimédia na Escola Superior de Media Artes e Design, entre Porto e Vila do Conde, de onde se transferiu para a Universidade Sobornne, em Paris, onde viria a terminar a formação superior e a dar os primeiros passos no mercado de trabalho.
Durante cinco anos Miguel viveu em Paris onde, entre outros trabalhos, teve oportunidade de realizar e produzir vários making off na área da moda, perfumaria e acessórios. Colaborou como fotógrafo e film maker com a conceituada marca de perfumes Le Jardin Retrouvé, onde se cruzou com a designer gráfica Chloé e se acendeu a chama da paixão. “Somos almas gémeas. Terminamos as frases um do outro, temos uma ligação cósmica”, reforça Miguel, para explicar uma simbiose que parece não ter fim.
Como freelancers, começaram a desenvolver vários projetos cruzando as áreas do vídeo, fotografia e sonoridade de Miguel, a ilustração e design gráfico de Chloé. Era a altura de avançarem para um projeto próprio que, tal como o seu amor, se as sumia como uma verdadeira Symbiosis. “O nome do nosso projeto reflete a nossa ligação e pretende oferecer aos mais diversos sectores soluções de vídeo, fotogra fia, ilustração e direção criativa”, explica Miguel que, à custa deste novo projeto e de uma grande vontade de viver com Chloé numa cidade mais pequena acolhedora do que Paris, voltou ao Porto.
“Temos muita vontade de ajudar as empresas, em concreto do sector da Moda, a apresentarem os seus produtos e projetos e assim contribuir para a sua criação”, conclui Miguel em jeito de desafio às marcas e empresas. t
É mais um dos tentáculos do pro jeto Sustainable Fashion From Portugal, promovido pela ATP com o objetivo de ampliar nos mercados externos a vocação verde e sustentável da indústria têxtil portuguesa. O Green Book foi oficialmente apresentado na Première Vision e espelha a tradi ção aliada à inovação que marca a diferença da ITV nacional.
“Foi para dar a conhecer ao mundo algumas das melhores práticas, iniciativas e projetos em curso na indústria têxtil e vestuário portuguesa que surge, pelas mãos da ATP, o projeto Sus tainable Fashion From Portugal: Fashion Industry’s New Chic, no âmbito do qual se integra este Green Book”, explica Mário Jor ge Machado, presidente da ATP, destacando que “Portugal é o epi centro da produção sustentável de têxteis e vestuário na Europa e no Mundo”.Coma curadoria de Paulo Go mes, da Manifesto Moda, o Green Book quer destacar precisamente essa vertente da tradição aliada à inovação sustentável que é a mar ca de água da ITV nacional. “Qui semos transmitir a identidade na cional, não só o nosso know how mas também a nossa identidade
de muita a tradição aliada à inova ção”, esclarece Paulo Gomes que, para o efeito, ancorou parte da re vista em três produtos e projetos chave: o fio com cortiça, as peles vegetais com recurso às películas de uvas, e a lã/burel.
têxtil mundial mas também ao consumidor“Portugalfinal.éum dos principais produtores de têxteis e vestuário na Europa, onde clientes de todo o mundo encontram o parceiro certo, uma relação de negócios duradoura, de confiança de bene fício mútuo, com uma oferta de valor acrescentado, onde produto e serviço se complementam num output diferenciador”, considera ainda Mário Jorge Machado a pro pósito do lançamento deste novo projeto da ATP. t
“Desta forma conseguimos enaltecer a nossa indústria desde os fios, até à produção e proces sos e, por fim, à reciclagem, para assim fecharmos o ciclo”, indica Paulo Gomes dando conta de que o Green Book tem como destina tários não só os players do sector BOOK DESTACA A VOCAÇÃO SUSTENTÁVEL DA ITV
É para potenciar ainda mais a veia sustentável da ITV nacio nal que a Universidade da Beira Interior criou uma nova licencia tura em Tecnologia e Produto de Moda Sustentável. O curso abre já no próximo ano letivo para for mar profissionais com conheci mento profundo sobre materiais e tecnologias de produção ami gas do ambiente.
O novo curso combina o vas
to conhecimento científico exis tente no Departamento de Ciên cia e Tecnologia Têxteis (DCTT) com preocupações relacionadas com a preservação do ambiente, avança a UBI em comunicado, adiantando que são múltiplas as competências que se propõe a dar aos“Éalunos.preciso formar profissio nais que tenham um conheci mento profundo de materiais
têxteis sustentáveis e de tecno logias de produção alternativas, mais amigas do ambiente e me nos consumidoras de recursos”, Nuno Belino, presidente do DCTT.Temas como a capacidade de desenvolvimento de produtos moda ou competências para ges tão integrada do planeamento, produção ou controlo de qualida de estão no centro da formação. t
A Primark vai ampliar a sua parceria com o produtor de algodão reciclado Recover e tornar-se-á o primeiro reta lhista a utilizar a fibra RColorBlend à escala mundial, com o lançamento de uma nova coleção que aposta numa combinação de algodão reciclado de resíduos têxteis e poliéster tingido, reciclado e de baixo impacto. A Recover é um produtor mundial de fibras de algodão reciclado e de misturas de fibras de baixo impacto e elevada quali dade, e a nova coleção RColorBlend estará disponível em lojas selecionadas, em todos os 14 mercados,
FARFETCH CRIA HUB QUE MEDEA Farfetch está a preparar o lançamento de um hub que oferece às marcas uma visão pormenorizada do seu grau de sustentabilidade. É feito em conjunto com a Good on You, plataforma mundial para classificações de sustenta bilidade, e a apresentação à indústria deverá acontecer ainda este ano. “Um dos objetivos da nossa estratégia Positively Farfetch é permitir que as marcas com as quais trabalhamos avancem no seu caminho de sustenta bilidade e, em última análise, ajudem os nossos clientes a fazerem escolhas positivas”, afirma Thomas Berry.
RAÚL FANGUEIRO FibrenamiCSAlmofadas integralmente feitas a partir da lã das ovelhas da raça Bordaleira são o cartão de visita do projeto de sustentabilidade que passa a aproveitar toda a lã das cerca de 25 mil ovelhas dos rebanhos da Serra da Estrela. Uma iniciativa que juntou o Departamen to de Ciência e Tecnologia Têxteis da UBI, o Grupo o Valor do Tempo e as associações locais de pastores e de artesãos. Toda a lã de 2021 foi comprada para este projeto, que depois da lavagem, fiação e tecelagem em jaqcquard deu origem às almofa das, cujo enchimento é em pura lã.
toneladas"A inovação deve seguir os temas da sustentabilidadequesociedade,sãoa e a reciclabilidade”
"O sector têxtil deve apostar fortemente nas fibras sustentáveis"
BPor: Mariana D'Orey
O sonho era antigo, quase tão antigo como a amizade entre Maria João Martins e Joana Lou são, as duas sócias que no início deste ano jun taram os nomes para dar corpo à razão social da empresa de ambas. Abandonaram os seus em pregos - na área dos eventos e do marketing, respetivamente – e nasceu a MariaJoana, cuja atividade passa por fornece staff para os mais di versos tipos de eventos e sectores de atividade.
“Eu e a Joana conhecemo-nos há mais de 13 anos quando nós próprias éramos hos pedeiras e já nessa altura falávamos da possibilidade de um dia criarmos um ne gócio nosso”, recorda Maria João Martins.
Depois de mais de uma década de inten sa atividade profissional de ambas, sem pre com uma profunda ligação à área dos eventos, foi durante a pandemia que deci diram tornar-se sócias e começaram a ma turar a ideia do que viria a ser a MariaJoana.
“Na verdade, o que nos distingue é, por um lado, a nossa enorme base de dados, que nos permite oferecer todo o tipo de staff
para os eventos – hospedeiras, maquilha doras, drivers, promotoras, animadores, etc - como o facto de personalizarmos cada serviço para cada cliente e de acordo com aquilo que cada cliente pretende”, esclare ce ainda a sócia da recém-criada empresa.
Com uma nutrida carteira de clientes, a MariaJoana trabalha já com os mais di versos tipos de sectores e áreas de ativi dade. Empresas e organizações que vão da energia às cervejeiras, das platafor mas financeiras digitais às seguradoras.
“Naturalmente que os clientes da área têx til e da moda são muito atraentes para nós e é uma área que gostaríamos muito de explo rar”, assume Maria João Martins para quem um dos grandes fatores diferenciadores da sua empresa é o acompanhamento em per manência de todas as atividades. “Nós fa zemos questão de estar presentes no dia do evento e não nos limitamos a enviar a equi pa para o local. Acompanhar todo o proces so é para nós algo fundamental”, remata. t
O prémio Techtextil na categoria de Novo Produto distinguiu uma válvula cardíaca fabricada em tecido. Foi desenvolvida por um consórcio alemão, que integra a Universidade Téc nica de Dresden e o Centro Cardiovascular da Universidade de Wurzburg, em parceria com fabricantes de produtos médicos. As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte em todo o mundo e a nova válvula – fabricada sem recurso a pontos, colagem ou qualquer outra técnica de juntar peças – constitui um grande avanço na investigação biotêxtil aplicada à medicina, já que facilita a substituição de válvulas deficientes.
A Riopele vai reforçar a aposta na transição digital e apre sentou, no final de junho, no QSP Summit, a sua primeira coleção no metaverso. Rui Oliveira, diretor de sistemas de informação disse que “com este projeto a empresa colocará no metaverso todas as suas ferramentas para que os clientes possam analisar as coleções, verificarem as funcionalidades e efeito visual dos tecidos em peças digitais com elevado realismo”. A Riopele iniciou a abordagem ao metaverso há cinco anos. “Apesar do termo ter ganho popularidade re centemente, as tecnologias subjacentes já existem há muito. Podemos citar, por exemplo, o controlo e acompanhamento de produção em tempo real", recordou Rui Oliveira.
MARIA JOSÉ MACHADO CEO da Axfilia milhõesA RDD foi uma das protagonistas da Future Fabrics Virtual, o maior showcase mundial de tecidos e mate riais sustentáveis e circulares, que decorreu em Londres. Foi com alguns dos seus produtos mais inovadores que empresa portuguesa se estreou na 10ª edição do cer tame que se assume como um showcase mundialmente reputado ao nível da sustentabilidade e circularidade dos tecidos.
O que faz? É uma empresa que fornece staff para os mais diversos eventos Fundação Janeiro 2022 Escritórios Lisboa Colaboradores 2 colaboradores diretos e mais de 200 indiretos MariaJoana Av. Professor Cavaco Silva, Edifício Qualidade B3 – Piso oA 2740-120 Tagus Park - Oeiras"A têxtil não sobrevive à nova era sem investir em inovação"
de euros é a previsão de investimento da JF Almeida
Mesmo antes da chocante invasão da Ucrânia, já se sentia no Mun do uma crise energética, aquilo a que temos chamado a primeira crise energética em contexto de descarbonização. Tal devia-se a um forte crescimento da procura por combustíveis fósseis, designada mente petróleo, carvão e gás natural, na sequência da retoma eco nómica pós-covid, mas em nome da descarbonização tinham-se travado novos investimentos e novas produções de combustíveis fósseis criando uma tremenda pressão da procura sobre a oferta que tinha dificuldade em acomodar essa procura, levando ao dispa ro dos preços da energia nos mercados mundiais.
Segundo o muito credível “Statistical Review of World Ener gy”, da BP, o consumo mundial de energia primária aumentou 5.8% em 2021 em relação a 2020, atingindo mesmo um nível mais elevado do que se tinha verificado em 2019 antes da pandemia, sendo até o nível mais elevado de sempre. Este aumento da procu ra foi muito puxado pelas economias emergentes e as energias fós seis representaram mais de 82% do consumo de energia primária e mais de 61 % da produção de eletricidade no mundo.
A invasão da Ucrânia veio tornar evidente aos olhos do grande público tudo isto, exacerbando a crise energética que já se sentia antes dessa invasão.
Em Portugal, estamos a ter quase a tempestade perfeita. Temos tido pouco vento e fraca utilização da capacidade instalada da ener gia eólica, a seca extrema tem restringido a capacidade de produção hidroelétrica e fechámos prematura e temerariamente as centrais a carvão, pelo que no sistema elétrico estamos muito dependentes do gás natural e das importações de eletricidade de Espanha, levan do a preços extremamente elevados da eletricidade para as em presas e para a indústria portuguesa. Também os elevados e estra tosféricos preços do gás natural estão a ter fortíssimo impacto nas indústrias que utilizam diretamente o gás natural, como acontece
com o sector da cerâmica e do vidro e com a indústria têxtil e do vestuário, designadamente nos tingimentos e acabamentos.
O governo tomou então duas iniciativas:
Decreto-Lein 33/2022de14deMaio(Plafonamento do preço do gás natural para a produção de eletricidade), fazendo recair sobre os consumidores beneficiários da medida - aqueles que estão sujei tos às variações dos preços da eletricidade no mercado grossista - o pagamento da diferença entre o preço do gás natural no MIBGÁS e o preço do gás limitado no início a €40/Mwh por este DL. Chama mos Custo do Ajustamento a esse diferencial.
Assim sendo, são os próprios consumidores teoricamente bene ficiários da medida, e não os produtores de eletricidade, a suporta rem o Custo do Ajustamento, pelo que o benefício líquido para es tes consumidores será apenas a diferença entre o preço no mercado grossista da eletricidade sem plafonamento e a soma entre o preço efetivo no mercado grossista com plafonamento e esse Custo do Ajustamento.-
Decreto-Lei n 30-B/2022 de 18 de Abril (Sistema de Incenti vos “Apoiar as Indústrias Intensivas em Gás”). A ATP evidencia que o apoio aprovado (30% do custo elegível com um máximo de €400 mil /empresa) é bastante limitado e fica muito aquém das neces sidades das empresas, pondo em causa a integridade de todo um sector, fundamental para a economia do país. Nas indústrias têxtil e de vestuário e na cerâmica e vidro há um número considerável de empresas com consumos médios mensais superiores a 1750 MWh e que ficarão muito penalizadas, uma vez que para estas os 400 mil € poderão representar 10% ou ainda menos do diferencial entre o valor pago em 2022 e o valor pago em 2021. Seria então funda mental, como a ATP chamou a atenção, que o apoio fosse numa % superior (no mínimo 50%, idealmente 70%) e sem qualquer tipo de limitação por empresa. t
Tive a oportunidade de visitar em junho as feiras TECHTEXTIL / TEXPROCESS / HEIMTEXTIL que decorreram em Frank furt. Após um longo interregno devido à pandemia Covid-19 que restringiu se riamente as feiras presenciais, a Messe Frankfurt apostou em forte na realização conjunta destas três feiras sobre as quais gostaria de realçar alguns aspetos.
Em primeiro lugar, a relevância da presença de Portugal nas três feiras. Os stands comuns From Portugal tiveram grande visibilidade e sucesso. No caso da TECHTEXTIL, conforme foi natural mente destacado neste jornal, a atribui ção do prémio de inovação na área da sustentabilidade e economia circular ao consórcio ERT, CITEVE, CeNTI e CTIC pelo processo de recuperação dos desper dícios de couro natural e sua utilização na indústria têxtil. Sem dúvida um exce lente exemplo no caminho da economia circular, a dar visibilidade a Portugal na inovação e sustentabilidade. Mas mui
tas outras razões havia para visitar a TECHTEXTIL, sendo de salientar o show “Performance Textiles in Fashion”, que incluiu por exemplo tecidos inteligentes com elétrodos e cabos extensíveis para eletroestimulação muscular.
No caso da TEXPROCESS, o destaque vai, sem dúvida, para a empresa ROQ que apostou num grande stand com as máquinas em funcionamento quase ininterrupto. A combinação na mesma máquina de estamparia à peça tradicio nal e impressão digital, com soluções integradas de secagem e embalagem foi, sem dúvida, um dos maiores pontos de atração dos visitantes da TEXPROCESS. De salientar também o “Denim Future Lab”, focalizado em materiais e proces samento sustentáveis para o mundo da indústria de jeans
Já no caso da HEIMTEXTIL que a Mes se Frankfurt decidiu juntar excecional mente às outras duas feiras, a aposta de Portugal foi mais tímida, com a ausência,
em stands próprios, de muitas das empre sas do sector, o que pode ser compreensí vel face à data em que ocorreu a feira, que é normalmente agendada para janeiro. Ainda assim, o stand comum From Por tugal à entrada do pavilhão mais nobre desta feira deu boa visibilidade ao nosso país. A HEIMTEXTIL retomará em pleno em janeiro de 2023, esperando-se então a presença em peso da nossa importante indústria de têxteis-lar, tal como nas edi ções até 2020.
Nas três feiras a Messe Frankfurt pro curou apostar na inovação e na susten tabilidade. Estas apostas foram seguidas pela maioria dos expositores e não podem deixar de ser as prioridades de qualquer empresa, especialmente nestes momen tos de grandes incertezas sobre o futuro a curto prazo.
Sem dúvida quem se deslocou a Frank furt em junho, como expositor, compra dor ou simples visitante, como eu, não se arrependeu e promete voltar! t
A adoção de um Sistema de Gestão Empresarial é uma ação cada vez mais comum nos mais variados sectores da sociedade e a indústria têxtil não foge à regra. Isto pode ser explicado pela grande aceleração e transforma ção digital a que as organizações têm sido sujeitas nos últimos anos e tam bém pelas várias vantagens que um ERP pode oferecer como uma vanta gem competitiva e diferenciadora, podendo ainda determinar o sucesso ou fracasso empresarial.
Nos dias de hoje, a ITV ainda envolve longos e complexos processos manuais em várias tarefas, pelo que se torna imperativo explorar disrupti vas soluções tecnológicas que permitam aos gestores e empresas adapta rem-se ao novo paradigma, desenvolvendo um negócio mais eficiente e lucrativo. É neste sentido que identificamos cinco vantagens associadas à implementação de um software de gestão na indústria têxtil.
1.Gestãodacadeiadeabastecimentosimplificada-Um SoftwareERP é imprescindível na racionalização, monitorização e gestão da cadeia de for necimento de produção têxtil, especialmente se esta comercializar em di ferentes mercados. A automatização irá reduzir significativamente os obs táculos na produção, distribuição e colaboração de todos os departamentos.
2. Melhor comunicação e gestão da equipa - Um sistema ERP na in dústria têxtil permite que as empresas tenham uma comunicação centra lizada. Para além da automação, o software ERP também atua como uma plataforma de comunicação onde os colaboradores podem visualizar e partilhar dados e informações em tempo real.
3. Otimização - Otimizar o desempenho de cada máquina é outra grande vantagem. Além disso, o sistema armazena e controla o tempo de funcionamento de cada máquina e permite ainda programar a manuten ção dos bens de uma organização. Assim, é possível otimizar a utilização do período de vida útil das máquinas.
4. Automatização de Processos Financeiros - Este tipo de softwares permite à gestão administrativa a automatização de tarefas manuais re petitivas, tais como a emissão de faturas. No sistema, os colaboradores po dem imprimir ou enviar as faturas aos clientes de forma automática. Caso um cliente não tenha liquidado uma determinada fatura, o sistema tem a capacidade de emitir uma notificação.
5 Fornece acessibilidade e flexibilidade - O sistema ERP é um sistema cloud-based, que pode ser acedido a partir de qualquer dispositivo, desde computadores fixos, portáteis, tablets até smartphones. Com esta flexibi lidade, os gestores podem agir rapidamente no seu quotidiano, permitindo também uma rápida intervenção em situações mais complexas que surjam.
Desta forma, conseguimos compreender que os sistemas ERP desem penham um papel essencial para assegurar o sucesso das organizações da indústria têxtil. Dispõe de diferentes módulos capazes de responder às mais variadas necessidades empresariais, o que se traduz numa vantagem para as empresas assegurarem a sua competitividade no mercado. Por sua vez, o sistema de ERP ideal para a indústria têxtil deve ser aquele que é completo, congrega diferentes módulos e proporciona um rápido retorno do investimento. t
Madalena Rocha Pereira Vice-Presidente do Departamento de Ciência e Tecnologia Têxteis / UBILigada à Indústria e academia, desde logo conclui a importância e necessidade de o capital humano das Universidades ser constituído por dois tipos de perfis: com experiência na indústria e de carreira, especificamente no sector Têxtil e Vestuário e Marcas de Moda, especializados para a ITV e numa pedagogia de “aprender a fa zer”. Mas como o sistema nem sempre permite esta conjugação, fomentar o estrei tamento de relações foi sempre uma prioridade. Várias gerações tiveram sorte por terem tido este modelo na sua formação.
Num sector em constante transformação, que oscila com conjunturas econó micas e políticas globais, para lá das especializações ao longo da vida e cursos espe cíficos é fundamental dar a devida atenção às transformações dos mercados e em presas.Na União Europeia legislam-se as novas regras que terão que ser cumpridas para 2026 e 2030 numa estratégia de Sustentabilidade, Economia Circular, Indústria 4.0. Áreas em que o sector tem investido nos últimos anos, se bem que as instituições de ensino só recentemente começaram a desenvolver formações globais na área da Sustentabilidade e Economia Circular.
A pandemia alterou comportamentos, o clima sofre graves alterações e as políti cas no mundo produzem guerras com a consequente escassez de recursos e aumen to dos preços. Precisamos todos de ter consciência do que consumimos e gastamos e, mais uma vez, a ITV está a ser colocada à prova.
Face a estas alterações, o Departamento de Ciência e Tecnologia Têxteis, com longa história na UBI, lançou, uma nova licenciatura em Tecnologia e Produto de Moda Sustentável - a funcionar já em Setembro deste ano - uma formação inova dora e eclética de perfil profissional, conferindo competências centrais para o pro jeto e desenvolvimento de produto moda físico e virtual/digital (tecidos, malhas e vestuário), incorporando os princípios da sustentabilidade e da economia circular, assente no conhecimento necessário e alargado das matérias primas, dos produtos e de todas as fases do processo produtivo.
Para além disso, conferindo-lhe competências para a gestão integrada do pla neamento, produção e qualidade, bem como competências para a atividade técni co-comercial e de sourcing de produto e ainda na produção para marcas nacionais e internacionais.Paraquepossam adquirir estas valências é fundamental o conhecimento das tecnologias. Atualmente, recorrendo às ferramentas específicas, o digital e o desen volvimento de produto moda digital/virtual é fundamental.
O ITV é um sector resiliente. A cultura e o cluster das grandes, médias e peque nas empresas são fundamentais para a sua continuidade e sucesso. Recordo que em 2005 os nossos políticos não acreditavam no sector, mas a indústria provou o con trário. A eles uma mensagem: não cometam o mesmo erro.
Não podemos parar, cada qual deve cumprir a sua função. Todos são importan tes. Os recursos são escassos e teremos que os gastar para o necessário e fundamen tal, incluindo os apoios financeiros e impostos de todos nós.
Nada de novo, só temos que continuar a fazer o que apresenta bons resultados, agir, concretizar, comunicar e incentivar os jovens para o conhecimento do ecos sistema da moda! E alguns lá fora dizem: aprendam a vender melhor o que têm de bom. Também aí temos evoluído significativamente com a experiência de interna cionalização das empresas. t
O ministro Pedro Nuno Santos é, desta vez, o alvo da criati vidade de Katty Xiomara. Equipa-o para uma ida rápida ao espaço, à espera que a subida e descida mexam com o seu ímpeto de protagonismo. Como indumentária, um capacete interativo que faz gravitar as ideias, e para cobrir o corpo um monokini com padrão de peixe-palhaço e algumas falhas relevantes. Tudo a condizer com o seu espírito aventureiro.
Neste tempo de descanso, lembrámo-nos imediatamente daquele ministro, que todos pensamos que partiria de férias mais cedo e de forma permanente, mas que afinal… acabou por ficar bem colado à sua cadeirinha ministerial.Sim,anossa vítima deste verão é Pedro Nuno Santos, esse menino malcomportado que decidiu fazer uma importante comuni cação, aparentemente à rebeldia dos chefes, tentando roubar todo o protagonismo, efeito que, aliás, foi bem conseguido. Embora, não da forma mais carismática, pelo contrário, acabou por arrecadar o pouco apetecível “Framboesa de Ouro” de pior ator secundário.
Da próxima vez que o Pedrito gritar… o lobo, o lobo! o povo não vai acreditar, se bem que, a memória dos portugueses se assemelha à dos peixes e com um pouco de charme tudo se esquece.
Na verdade, Pedro Nuno Santos não foi o único a ladrar, sem morder… António Costa fez exatamente o mesmo, primeiro, muito indignado e até bastante exasperado, mas depois… nada.
Pois bem, falando em férias, peixes e aeroportos, foi nesta trilogia que nos inspirá mos para vestir o nosso ainda ministro das Infraestruturas e da Habitação.
Sugerimos umas férias curtas, mas inten sas, uma daquelas novas viagens milionárias de 10 minutos ao espaço, na expetativa de que a subida e descida mexam com aquele ímpeto de protagonismo e de que a perspe tiva desde lá de cima, o ajude a ver a big picture lembrando-o, de que as suas inquieta ções não deveriam apenas recair sobre a TAP e a ANA, mas contemplar também as pesa das pastas da habitação e a das ferrovias.
Para acompanhar este espírito aventurei ro equipámo-lo com umas magníficas botas tufadas e um capacete interativo que faz gravitar as ideias. Para vestir o corpo, usa mos a sua deixa da “falha relevante” e pre senteamo-lo com algumas falhas de cobertu ra, cobrindo-o apenas com um justo e lindo monokini, com padrão de peixe-palhaço, mas pedimos aos nossos caros leitores para não interpretarem isto como “erros de articulação e comunicação”, pois não queremos exagerar no tom jocoso. t
Oh alma salgada, quanto do teu sal são lágrimas de Portugal!
Bem podem ser muitas as lágrimas vertidas, porque no restaurante Alma & Sal a carne é de comer e chorar por mais. Ficou já dito desta forma que a Alma deste restaurante é a poderosa carne que lá se ser ve. Mas calma, porque nem tudo o que brilha no Alma & Sal é carne ou vem do pasto. Logo nas entradas, muito an tes da carne se vir a desfazer nas nossas bocas, sugiro por exemplo os camarões saltea dos, os belos cogumelos por tobello e uns ovos rotos que não envergonham ninguém.
Já que falamos de carne há que dizer que o Alma & Sal já teve outra encarnação com outro nome e outro estilo mas é claramente um bom exem plo de uma mudança para me lhor. Até porque, já se sabe, tristezas não pagam dívidas!
Este restaurante não é a coisa mais fácil de encontrar. Fica localizado numa estrada secundária, a meio caminho numa curva apertada entre Famalicão e Vila do Conde, mais propriamente em Vilari nho das Cambas, mas há que avisar que se o restaurante é novo, já a estrada de que es tamos a falar é a velha.
Seja como for, o que me interessa num restaurante é o prazer que tenho em lá co mer e a felicidade que sinto quando de lá saio. Hoje em dia, com o gps ao alcance de qualquer comensal, muito mais difícil do que encontrar um restaurante no traseiro de Judas é que ele consiga cor responder às nossas mais es faimadas expetativas. O Alma & Sal, acreditem, resolve po sitivamente esta equação. t
QUINTA DO BARCO | GRANDE ESCOLHA São vinhos de perfil fresco, atraente e sedutor, a condizer com os modelos Ana Sousa e Temperatura, as marcas da têxtil Flor da Moda. O negócio dos vinhos entrou no universo da família Sousa já em 1994, quando adquiriram a Quinta do Barco, uma belíssima propriedade com 26 hectares de vinha numa zona privilegiada para a produção de Vinhos Verdes. Na margem direita do Cavado, a nascente de Barcelos, onde a casta Loureiro mostra todo o seu potencial. E, tal como na produção de moda, a fama e o selo de qualidade rapidamente se colaram aos vinhos da Quinta do Barco, que tem no Grande Escolha 2021 um vinho de eleição da última colheita. A par do Grande Escolha, a Quinta do Barco tem também um Loureiro e um tinto de Vinhão, além do branco Pronúncia, a marca que oferece um vinho mais leve e jovial. As grandes novidades estão, no entanto, guardadas lá mais para o final do ano, quando forem lançados dois brancos e um espumante com o feeting Flor da Moda, ou seja, de segmento superior, com os quais a marca promete alegrar ainda mais a temporada de Natal.
Por: Ana Rodrigues
Natureza Chá Água Brisa do Mar
Nadar Saladas Comida sem Sal Comer Peixe Criar Organizar Música Séries de TV Trabalho em Equipa Frutos Vermelhos Verão Cinema Passear de Carro Passear o Cão Roupa Confortável Família por Perto Anéis Honestidade Comer na Praia Caminhar Trabalhar
Cheiro a Tabaco Barulho Carne Multidões Dentistas Andar de Avião Maquilhagem Frio Correr Café Cozinhar Ignorância Hipocrisia Ter Saudade Gente a Falar Alto Vinho Chuva Fritos Egoísmo Cor Preta Mesquinhez Aranhas Mentira Tatuagens Reality-Shows De Não Ter Tempo
Tem mais de 20 anos, já foi cosido e recosido tantas vezes que quase já tenho vergonha de o usar, mas é o casaco que me traz mais boas memórias e recordações. É um blusão de estilo colonial, em sarja, num bege da cor da pele, a peça de vestuário mais antiga que ainda Agora,guardo.visto-o quando ando de mota, ou nas saídas de sábado à tarde para me aconchegar quando os dias ficam mais fres cos, e até tento usá-lo o menos vezes possível para o preservar, mas tenho por ele um carinho e uma atração que é quase irresis tível, que não consigo explicar. Tanta, que já comprei mais uns dez idênticos, mas não é a mes ma coisa. Seja pelo tecido, pela malha, a textura, flexibilidade, ou a forma como me assentam no corpo. Não são a mesma coisa, não o consigo substituir. O que mais se assemelha é um blusão da Levi’s de corte clássico que não é de ganga e tem a mesma cor bege, que é o único que de vez em quando consigo usar mas que acaba por me aguçar a vontade de pegar no Recordo-meouto. que foi amor à pri meira vista. É um casaco sem marca, comprei-o no Porto, numa loja de rua, mas já dei muitas voltas pela zona e não a consigo identificar, prova velmente já não existe. Nunca encontrei nada parecido. Até já tentei que a minha costureira fizesse com o mesmo modelo, mas também não resultou.
Tenho os outros dez e posso pôr outros tantos ao lado mas vejo logo qual é. Por isso, só me resta conservá-lo. Já foi à costureira dezenas de vezes, está sempre a ser reconstruído, precisa de restauro para ver se dura sempre. Mas nunca o vou deitar fora! t
UM CASACO COSIDO E RECOSIDO QUE NUNCA VOU DEITAR FORAOsvaldo